domingo, 30 de junho de 2024

BANCOS CENTRAIS AGEM NOS PERÍODOS DE MAIOR ESTRESSE DA ECONOMIA

História de Aline Bronzati – Jornal Estadão

NOVA YORK- Presidente do Banco Central (BC) no Brasil durante os dois mandatos da presidente Dilma Rousseff, Alexandre Tombini diz que o “trabalho pesado” de voltar a inflação à meta não é só dos bancos centrais. Os governos precisam fazer a sua parte do lado dos gastos e reformas, defende.

Depois de liderarem o corte de juros no mundo, as autoridades monetárias da América Latina colocaram o pé no freio e passaram a sofrer mais pressão política para seguir cortando as taxas, a exemplo do que ocorre no Brasil, com críticas constantes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao do BC, Roberto Campos Neto.

“É justamente nos períodos de maior discussão, maior estresse que essa independência (dos bancos centrais) se faz necessária”, diz Tombini, em entrevista exclusiva ao Broadcast, do México, de onde representa o Banco de Compensações Internacionais (BIS) para as Américas, conhecido como o banco central dos bancos centrais.

O economista afirma que as autoridades precisam de tranquilidade para implementar as suas políticas, que, por vezes, geram custos no curto prazo, mas trazem benefícios no médio e longo prazos. Afirma, porém, que o BIS não entra em temas específicos de países, sejam os Estados Unidos ou o Brasil. A seguir, os principais trechos da entrevista.

Em seu relatório anual, o BIS menciona um resultado melhor da economia global, com inflação em queda e a expectativa de um pouso suave à frente, porém cita um ‘mas’ e desafios à frente. Quais são os desafios para os bancos centrais da América Latina?

O processo de volta à estabilidade e à meta de inflação na América Latina ainda não está completo, mas está bem próximo. A mensagem do relatório para a região é não baixar a guarda. Existem três desafios: Primeiro, as pressões inflacionárias podem ser mais persistentes, especialmente no setor de serviços, e a recuperação dos salários reais também pode colocar pressão nos preços. A segunda questão é o crescimento econômico. Estamos vendo uma desaceleração, porém, a maioria dos países latino-americanos deve entregar expansão maior do que inicialmente esperado. Esse ponto é importante porque as políticas monetária e fiscal têm limites, são políticas de administração da demanda, não mudam a tendência de crescimento de longo prazo.

E o terceiro desafio?

O terceiro desafio está relacionado à política fiscal. Vimos a grande expansão dos gastos na pandemia e também da dívida pública na maioria dos países. A América Latina não é exceção. Em muitos casos, a política fiscal continua expansionista e isso pode retardar o processo de convergência da inflação à meta. A elevação da dívida pública gera pressões sobre os prêmios de risco da economia, podendo manter as taxas de juros em níveis mais elevados. Em países emergentes, isso pode gerar uma maior sensibilidade da taxa de câmbio a ruídos internos e externos, com potencial impacto no preço de importação, que é outra fonte que pressiona os preços domésticos.

Alexandre Tombini, ex-presidente do Banco Central do Brasil e hoje no BIS, defende corte de gastos e reformas Foto: Dida Sampaio/Estadão

Alexandre Tombini, ex-presidente do Banco Central do Brasil e hoje no BIS, defende corte de gastos e reformas Foto: Dida Sampaio/Estadão© Fornecido por Estadão

Qual a recomendação do BIS para o fiscal?

O BIS recomenda a coerência das políticas monetárias e fiscais nesse período de convergência da inflação para a meta. É fato que os gastos retornaram a níveis mais baixos em relação à pandemia, mas em muitos casos continuam no terreno expansionista, o que gera desafios para essa convergência final da inflação.

O relatório anual aborda as lições aprendidas sobre a política monetária no século 21. Qual foi o papel da América Latina?

Os países da América Latina tiveram um papel relevante na melhoria dos marcos de política econômica em geral e, monetária em particular, nos últimos 25 anos. Desde as crises e da alta inflação das décadas de 80 e 90, os bancos centrais da região reduziram com sucesso a inflação e adotaram marcos de política centrados no controle dos preços em um ambiente desafiador. Mais recentemente, para restabelecer a estabilidade de preços, os bancos centrais da região aumentaram as taxas de juros antes dos seus pares globais, isso foi importante para trazer a inflação de volta à meta. Assim como em outras regiões, as autoridades da América Latina estão cientes de que a política monetária não pode fazer todo o trabalho pesado sozinha.

Como assim?

A política monetária deve atuar de forma consistente com a política fiscal para estabilizar a economia. Embora o compromisso com a inflação baixa e estável seja necessário, não é suficiente para proporcionar um aumento duradouro do crescimento econômico e da prosperidade. São as reformas estruturais que atacam o lado da oferta, da capacidade de produção, que podem gerar crescimento sustentável. O governo tem que reconhecer a limitação dessas políticas de administração de demanda, seja monetária ou fiscal, para o crescimento sustentável.

Depois de liderarem o movimento de corte de juros no mundo, os BCs da América Latina começaram a deixar esse bastão nas últimas semanas. É uma cautela necessária no ambiente atual?

Não dá para generalizar. Há economias distintas dentro da América Latina. Não há uma resposta única.

Quão o senhor está preocupado com a última milha da luta contra a inflação na região?

A inflação do setor de serviços tem apresentado uma resiliência mais forte do que a de bens e condições financeiras globais mais apertadas por mais tempo representam um desafio. A maioria dos bancos centrais espera a convergência dos preços às metas de inflação até o fim de 2025 e a recomendação do BIS é a de que os bancos centrais não devem baixar a guarda nesse período porque novos choques podem elevar a inflação e se mostrar mais persistente do que o esperado. As autoridades da região estão acompanhando esses desenvolvimentos de perto.

Qual a visão do senhor sobre as pressões políticas exercidas sobre bancos centrais na América Latina para baixar juros, em um momento de inflação ainda acima das metas e crescimento moderado no mundo?

O trabalho pesado de voltar a inflação à meta não é só dos bancos centrais. O que vimos nos últimos anos foi o aumento do déficit para responder à crise sanitária da covid-19, no mundo inteiro. Tivemos um aumento muito alto do gasto, que recuou, mas não nos níveis anteriores da pandemia. Em muitos casos, a política fiscal continua em território expansionista e, do outro lado, ainda temos um processo de convergência da inflação às metas que avançou, mas ainda não foi concluído. O BIS recomenda coerência dessas políticas à frente. Os governos devem colocar os seus orçamentos em bases sólidas para ajudar esse processo de convergência da economia e vão ter que lidar com um ambiente de taxas de juros mais elevadas do que se tinha antes do choque da pandemia por um tempo maior do que esperado inicialmente.

A recomendação do BIS é em defesa da independência dos BCS?

O BIS defende a independência dos bancos centrais. Isso está explícito no nosso relatório anual. O banco central, com o objetivo de assegurar a estabilidade de preços, toma medidas que, em geral, têm custos de curto prazo e benefícios de médio e longo prazos. E é justamente nos períodos de maior discussão, maior estresse que essa independência se faz necessária.

Pode haver a necessidade de algum tipo de coordenação entre os grandes bancos centrais para alinhar política monetária e evitar turbulências globais?

Houve um movimento global de aperto das condições monetárias para evitar a desancoragem das expectativas para a inflação, numa grande convergência de políticas. Agora, não há a convergência que houve atrás por razões legítimas, ou seja, as economias estão em situações distintas e, portanto, as políticas monetárias estão mais divergentes na Europa, nos Estados Unidos e na China. Política monetária não se faz por analogia, mas diante dos desafios que cada banco central enfrenta.

Quais são os riscos relacionados a essas divergências entre os BCs?

Esse momento de mais divergência gera mais volatilidade das taxas de câmbio globais. Esse é um ponto de atenção e exige que os bancos centrais estejam mais atentos e, certamente, estão.

A troca de diretorias de banco centrais sempre é um motivo de alerta nos mercados. Esse ano, temos mudanças no Brasil e, em breve, nos Estados Unidos. O BIS monitora essas mudanças?

O BIS não tem recomendações para questões específicas de países. A autonomia operacional dos bancos centrais é importante para que possam cumprir as suas funções. Os bancos centrais têm que ter a tranquilidade para implementar as suas políticas. Mas o BIS não entra e não oferece recomendações para questões internas de países, sejam os Estados Unidos, a Argentina, o Brasil, o Japão, enfim.

Ativos domésticos em países emergentes têm sofrido pressão de questões locais como fiscais, riscos políticos etc. Qual o sentimento desses investidores para a região?

O cenário de taxas de juros altas mantidas por um prazo maior gera condições financeiras mais apertadas e menos espaço para a tomada de risco e exposição a países emergentes. Ou seja, é um período no qual esses países enfrentam condições mais apertadas de financiamento externo. Isso por si só deve ser um ponto de atenção.

A inteligência artificial tem sido tema em todas as conversas, e não é diferente na política monetária. As autoridades monetárias estão preparadas para essa revolução e os desafios à frente?

Há incertezas em relação à extensão da inteligência artificial, como a tecnologia vai afetar a economia e as nossas vidas, porém, não há dúvida de que já está impactando de forma importante. No nosso relatório anual, focamos em duas dimensões: como a inteligência artificial vai ter impacto na economia e no setor financeiro, que é o objeto de regulação e de trabalho dos bancos centrais. E, em outra dimensão, como usuários de tecnologia, os bancos centrais também serão impactados.

E quanto aos impactos econômicos, perda de empregos, inflação?

Na questão econômica, há um impacto pelo lado da oferta, um aumento da produtividade. Pelo lado da demanda, tanto as famílias quanto as empresas esperam que a inteligência artificial possa gerar mais renda no futuro, e, com isso, aumente o consumo e o investimento. Esses dois impactos indicam que a inteligência artificial tem o poder de expandir a economia. Em relação à inflação, objeto dos bancos centrais, vai depender do impacto no mercado de trabalho. A inteligência artificial vai gerar novas posições, mas também vai eliminar alguns postos, principalmente aqueles que são mais automatizáveis. A forma como essas duas forças vão agir no curto prazo e qual o efeito líquido sobre o mercado de trabalho devem ser acompanhadas. Nós não temos uma visão para que lado vai ser. Essa é uma parte da incerteza, mas os bancos centrais estão atentos a isso.

 

ENERGIAS RENOVÁVEIS COMO EÓLICA E SOLAR CONSOMEM VASTAS QUANTIDADES DE MINERAIS PREJUDICIAIS AO MEIO AMBIENTE

História de Steve Forbes – Forbes Brasil

O mundo está em uma situação lamentável do ponto de vista econômico. É heresia dizer isso, mas uma medida extremamente proveitosa, que revigoraria a economia mundial, seria passar uma motosserra no enorme desperdício de dinheiro com as chamadas energias renováveis, principalmente a eólica e a solar. Isso liberaria recursos para investimentos produtivos que impulsionariam o tão necessário crescimento econômico.

Uma iniciativa desse porte é indispensável. Pela estimativa do Banco Mundial, o crescimento global em 2024 será de apenas 2,4%, após os patéticos 2,6% do ano passado. E esses 2,4% podem ser reflexo de um otimismo excessivo.

As economias pós-Covid deveriam estar bombando; em vez disso, a maioria está no marasmo ou afundando. Os países em desenvolvimento estão penando. A China afirma que vai crescer 5% em 2024, mas ninguém acredita mais nos números de Pequim, levando em conta a imensa taxa de jovens desempregados e os apuros do mercado imobiliário, que já foi um grande motor do crescimento.

Alemanha, Japão e Reino Unido estão em recessão ou perto dela.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se vangloria de que o país têm a melhor economia do mundo, mas nosso desempenho está abaixo dos padrões históricos e é deleteriamente sustentado por grandes gastos públicos. Algo surpreendente é que, devido à nossa estranha maneira de calcular o PIB, os gastos públicos o aumentam diretamente: quanto mais cheques o Tio Sam assina, maior a cifra do PIB.

Washington despejará cerca de US$ 7 trilhões neste exercício fiscal, e Biden quer gastar ainda mais no ano que vem. Esses desembolsos anuais excedem as supostas máximas temporárias atingidas durante a pior fase da crise da Covid, ou seja, nosso desempenho medíocre se apoia em uma plataforma de investimentos nefasta e antiprodutiva.

Os países estão afogados em dívidas. A dívida total no âmbito mundial é de US$ 300 trilhões, quase três vezes o tamanho da economia global. Cortar os gastos com fontes alternativas de energia liberaria enormes montantes para permitir a retomada do crescimento das economias. Isso é particularmente importante para os países mais pobres, que estão passando por uma estagnação nociva do ponto de vista político.

Presume-se que as energias renováveis salvarão o planeta ao eliminarem as emissões de dióxido de carbono. No entanto, há cada vez mais indícios de que as vastas quantidades de minerais necessárias para essa transição e as outras etapas prejudiciais ao meio ambiente nesse processo acabam, na melhor das hipóteses, empatando com os combustíveis fósseis. Em outras palavras, estamos desperdiçando quantias inimagináveis de dinheiro para nada.

Pense no seguinte: neste século, gastamos quase US$ 6 trilhões com energias renováveis, e a proporção de energia proveniente de combustíveis fósseis caiu de 86% para apenas 84% em nível mundial. Se todos esses recursos tivessem sido usados para abrir novas empresas, expandir as existentes, criar tecnologias que melhoram a vida e garantir água potável para todos, imagine como o mundo seria melhor?! Ou reflita sobre este fato: incrivelmente, as emissões de dióxido de carbono da Europa atingiram o pico em 1979; as dos EUA atingiram o pico em 2005.

Existem duas fontes de energia seguramente limpas: o gás natural e a energia nuclear. Porém, o governo Biden está estrangulando a produção de gás natural, embora os EUA estejam repletos dele. Ao mesmo tempo, as autoridades reguladoras estão sufocando avanços animadores na energia nuclear, mais especificamente os pequenos reatores modulares (SMRs, na sigla em inglês), que são muito mais fáceis de construir e poupam tempo e custos consideráveis.

Os SMRs podem fornecer energia para áreas reduzidas, como cidades, campi de universidades, hospitais e data centers. Contudo, as regulamentações governamentais estão inviabilizando os SMRs ao gerarem despesas e atrasos longos e desnecessários.

 

COMO TIRAR MOFO DE ROUPA

História de Equipe eCycle

Descubra como tirar mofo de roupa

Descubra como tirar mofo de roupa© Fornecido por eCycle

Como tirar mofo de roupa? Aquela sensação de pegar uma roupa ou uma toalha guardadas no guarda roupa e ser surpreendido com um cheiro desagradável de mofo e com manchas verdinhas é de doer. Além do cheiro desagradável ficar nas suas roupas, o mofo pode se espalhar para fora do armário e impregnar toda a casa.

Por isso, saber como tirar mofo de roupa é um conhecimento dos mais importantes – e não requer o uso de produtos químicos nocivos para sua saúde, como a água sanitária.

Por que o cheiro de mofo aparece?

O odor característico do mofo é resultado do excesso de umidade do ar no ambiente. Isso permite o aumento da proliferação dos fungos. E realmente não é nada agradável encontrar suas roupas mofadas.

Quando as manchas de mofo são recentes, é só lavar normalmente as roupas, o mais rápido possível, para tirar todo o mofo. Em outros casos, o cheiro de mofo insiste em continuar nas roupas, por mais que você tente lavá-las.

Às vezes dá até vontade de jogar a roupa fora, né? Calma! Embora dramático, o mofo nas roupas é uma questão reversível. Além disso, para tirar manchas de mofo, você pode usar algumas técnicas caseiras que dispensam o uso de produtos de limpeza com substâncias químicas prejudiciais.

Como tirar mancha de mofo da roupa?

Como tirar mofo de roupa com vinagre?

O que é bom para tirar mofo de roupas coloridas? Se a lavagem simples não deu jeito, você pode tentar o truque de remover o mofo usando um pouco de vinagre. Essa técnica é bem simples e rápida – além de econômica. O vinagre tem propriedades antibióticas e antifúngicas, de modo que ele ajuda a eliminar tanto o cheiro de mofo, quanto os fungos que causam as manchas de mofo.

Jogue água quente em uma bacia com a peça de roupa dentro e misture com dois copos de vinagre de álcool ou qualquer vinagre branco. Deixe a peça de molho por mais ou menos oito horas. Depois lave a peça normalmente e deixe secar completamente antes de guardá-la no guarda-roupa ou usá-la de novo.

Como tirar mofo de roupa com bicarbonato de sódio?

Um segundo passo na briga para tirar mofo de roupa é misturar o vinagre com algumas colheres de bicarbonato de sódio, sempre útil nas soluções caseiras. Misture os dois itens até obter uma pasta, aplique na região afetada e espere 10 minutos. Em seguida, esfregue com uma escova ou um pano limpo, fazendo movimentos circulares (cuidado para não estragar o tecido!). Então, lave a roupa normalmente.

Como tirar mofo de roupa com limão e sal?

Para tirar mofo de roupa com sal e limão, faça uma pasta de partes iguais de sal e suco de limão. Aplique a pasta sobre a mancha de mofo, e depois deixe o tecido secar sob o sol. Em seguida, siga com a lavagem normal das roupas afetadas.

Como tirar mofo de roupas com álcool?

Tirar o mofo de roupa de couro é uma tarefa um pouco mais difícil. Para essas peças, usar álcool e sabão pode ajudar. Primeiro esfregue a mancha com uma escova de cerdas macias. Depois, coloque a peça para secar e, em seguida, retire a parte do mofo com um sabão bactericida (se for um sabão caseiro ou de coco é melhor!) e água ou com álcool.

Freezer

Para roupas que não podem ser lavadas, é possível tirar o mofo com o método do freezer – esse método é utilizado para alguns tipos de roupa que são feitos com tecidos que não se devem molhar. Ponha esses tipos de peça em uma bolsa grande de plástico e coloque-a no freezer. Após dois dias, tire-a de lá e deixe o gelo derreter.

Ebulição

Para toalhas, disponibilizamos o truque da ebulição – essa prática é recomendada somente em toalhas, pois pode danificar outros tipos de tecido. Para começar, ferva em um recipiente uma quantidade considerável de água para que cubra suas toalhas.

Depois disso, coloque a mistura de água fervente sobre as toalhas em cima de uma pia ou banheira. Deixe agir por aproximadamente dez minutos. Termine lavando algumas vezes com água gelada. Para saber mais, confira a matéria:

Esses métodos citados são ótimas alternativas de como tirar mofo de roupa. Você acaba com o cheiro indesejável e não prejudica o tecido – nem sua saúde ou o meio ambiente. Entretanto, se nenhum deles der certo, evite usar tecidos mofados, pode ser perigoso para sua saúde! Entenda o porquê na matéria:

 

MEI PODE SER UMA ARMADILHA PARA IDOSOS EMPREENDEDORES

 

História de Redação – Catraca Livre

Senior men drinking tea together and chatting

Senior men drinking tea together and chatting© Fornecido por Catraca Livre

Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O desejo de muitos aposentados de buscar uma renda extra através do empreendedorismo pode se tornar uma armadilha se não observados os critérios ao regularizar seus pequenos negócios como Microempreendedor Individual (MEI). A formalização pode, na verdade, resultar no corte de benefícios importantes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), exigindo cautela ao dar esse passo.

Idosos com MEI podem perder aposentadoria

Idosos com MEI podem perder aposentadoria© Fornecido por Catraca Livre

Empreender na aposentadoria

Após a aposentadoria, muitos idosos desejam continuar ativos no mercado de trabalho, explorando seus talentos ou transformando hobbies em fontes de renda. Empreender pode ser uma escolha válida, mas é fundamental compreender os critérios, principalmente ao optar pela formalização através do MEI.

Mesmo com a aposentadoria, não há restrições para iniciar um novo emprego ou empreendimento. O afastamento do mercado de trabalho não implica em invalidez, e muitos idosos escolhem dedicar-se a atividades autônomas para complementar sua renda.

Os riscos de abrir um MEI na aposentadoria

É importante que os aposentados estejam cientes dos riscos ao optarem pelo MEI. Ao registrar um pequeno negócio em seu nome, o sistema reconhece a nova fonte de renda, e isso pode resultar no cancelamento de benefícios importantes do INSS.

Os benefícios do INSS cancelados ao se tornar MEI incluem a Aposentadoria por Invalidez e o Auxílio-Doença ou Salário Maternidade.

Estes benefícios são destinados a situações específicas, como doenças permanentes que impedem o retorno ao trabalho. Abrir uma empresa pode ser interpretado como a capacidade de gerar uma renda adicional, o que poderia afetar a elegibilidade desses benefícios.

Exceções para Idosos Aposentados:

Por outro lado, os idosos aposentados por idade, tempo de contribuição ou insalubridade têm mais liberdade para registrar suas atividades como Microempreendedor.

Nesses casos, a formalização pode ser uma maneira interessante de regularizar o trabalho prestado, contribuir para o INSS e aproveitar vantagens adicionais.

Por que idosos devem considerar o MEI?

Para aqueles que ainda não se aposentaram, a abertura do MEI é uma opção interessante, pois permite a contribuição para o INSS e traz diversas vantagens:

  • Emissão de nota fiscal e venda para outras empresas ou órgãos públicos;
  • Possibilidade de realizar empréstimos em nome da empresa para investimentos;
  • Contratação de até um funcionário para aumentar a produção;
  • Unificação de pagamentos de impostos, resultando em benefícios fiscais.

SER CRIATIVO E ESTRATÉGICO SEMPRE FOI PARTE IMPORTANTE DO PACOTE NA ÁREA DE MÍDIA

START SE – Redação Startups

Thiago Fernandes é diretor-executivo de Canais e Audiências da iD\TBWA

Algoritmos, prompts e criatividade: conheça o novo perfil do profissional de mídia 4.0

Profissão está em constante evolução e integração da IA está transformando a maneira como campanhas são criadas e gerenciadas. Entenda!

O profissional de mídia 4.0: entre algoritmos, prompts e criatividade

No dia 21 de junho comemoramos o Dia do Profissional de Mídia. É impossível mensurar ao certo quando esta profissão surgiu de fato, porém, o que podemos ter certeza é que ele passou por inúmeras mudanças desde então. Inclusive, a potencial maior delas acontece neste exato momento com a chegada da IA. Antes de mais nada, porém, é preciso avaliar o contexto histórico.

Há alguns anos, os profissionais técnicos de mídia, que operam nas plataformas de comunicação, principalmente Google e Facebook, eram chamados de “traders”. Isso porque havia uma clara semelhança entre a forma de atuação destas pessoas de mídia com funcionários do setor financeiro, em um leilão frenético entre publishers vendendo seus espaços e as agências/anunciantes calibrando os lances.

Com a evolução do papel da comunicação no negócio e nos resultados dos clientes, a operação de mídia passou a receber um teor mais analítico e matemático. Não me entenda mal, ser criativo e estratégico sempre foi parte importante do pacote no na área de mídia. No entanto, os profissionais mais recentes que ingressaram no mercado passavam mais tempo operando plataformas digitais de mídia do que expondo o seu lado inspiracional.

Avaliando o atual cenário do setor de mídia, a IA definitivamente chegou e está sendo integrada de forma definitiva na rotina de praticamente todas as áreas. E o profissional de mídia, é claro, não está passando ileso a isso. Em um movimento liderado por essas mesmas grandes plataformas, como Google e Facebook, estão sendo implementadas soluções complexas e integradas ao setor de mídia, praticamente unindo a parte criativa à operação de comunicação.

Por meio da integração da IA com as plataformas de mídia, você é capaz de montar sua peça, troca o fundo, adiciona o call to action, muda o copy, integra nas campanhas, testa o resultado, tira insights, otimiza e corre pro abraço. Tudo numa mesma jornada de usuário e sequência rápida de cliques e prompts. Este é o futuro presente da profissão, pelo menos no que depender das plataformas de mídia self-service.

Esse novo cenário cria um momento de reflexão – como será o profissional de mídia e comunicação que irá cumprir essa função? Daqui a mais ou menos 2 anos (ou será 6 meses?), quando essa pessoa for contratada, como será sua rotina? E qual será a nomenclatura desse cargo? Criatimídia? Midiativo? Criativo analítico? Estrategista de campanhas? Trader criativo?

Apesar de todas essas incógnitas, o que fica claro é que o novo profissional de mídia, ou de criação, ou de marketing em geral, vai precisar adicionar inúmeras novas camadas em uma única função: capacidade analítica, ser bom com números, ter senso estético, criatividade, redação e desenvolver bons prompts. Ou seja, quem trabalha com mídia precisará usar intensamente ambos os lados do cérebro. A ampliação das atribuições não ocorre sem um contexto propício.

Com a IA integrando-se cada vez mais às plataformas de mídia, a automação de tarefas repetitivas irá liberar tempo para que os profissionais de comunicação possam focar cada vez mais em estratégias criativas e analíticas. No entanto, isto exigirá novos conhecimentos e demandas por parte dos especialistas de mídia. Plataformas como o Google Ads, por exemplo, já utilizam machine learning para otimizar lances e segmentação de forma automática, mas demandam conhecimento em mídia, mesmo que básico, em programação básica e compreensão de algoritmos da tecnologia.

Ou seja, a convergência entre departamentos criativos de comunicação e de mídia sugere uma maior necessidade de colaboração interdisciplinar, com equipes integradas de criadores, analistas de dados e especialistas em IA trabalhando juntas para criar campanhas holísticas. O grande ponto é: será que os departamentos de Criação e Mídia, apartados, porém integrados, como são hoje, continuarão a existir? Aliás, será que departamentos irão existir?

“Ah Thiago, mas os profissionais de hoje já são assim!” São mesmo? Claro que existem pessoas de mídia que conseguem alinhar todas essas expertises, seja por talento ou necessidade. Contudo, cada vez mais esse será o default da profissão – e precisaremos aprender na marra a viver dentro desta nova realidade. Estamos num momento de deslumbramento, adaptação, incertezas e novidades na área de mídia. É normal estar apreensivo, mas também é mágico poder participar de tudo isso, desde ajudando a desenhar o futuro ou mesmo experimentando como as coisas acontecerão.

A grande verdade é que a profissão de mídia digital no âmbito da comunicação está em constante evolução, e a integração da IA está transformando a maneira como as campanhas são criadas e gerenciadas. O especialista precisa estar mais preparado do que nunca, alinhando uma combinação equilibrada de analista de dados, criativo, estrategista, tecnólogo e adaptando-se continuamente às novas ferramentas, plataformas e métodos que a tecnologia traz para o campo de mídia. O caminho à frente é desafiador, mas também repleto de oportunidades para inovação e crescimento. E se você irá participar deste processo comigo, feliz Dia do Profissional de Mídia!

PITCH DA ValeOn

1 – PROBLEMAS QUE A STARTUP ValeOn RESOLVE:

A dinâmica empresarial cria fluxos no qual a população busca por produtos e serviços cada vez mais especializados. Desse modo a dinâmica e a rede comercial gera interferências em todas as cidades aqui do Vale do Aço.

Existem as mudanças de costumes e hábitos inseridos na sociedade que por meio das tecnologias acessíveis e do marketing chegam até aos menores lugares, levando o ideário de consumismo e facilitando que esses locais igualmente tenham oportunidade de acesso aos diversos produtos.

A facilidade no acesso as novas tecnologias, à propaganda e estímulo ao consumismo fazem com que mesmo, com o comércio físico existente nessas cidades, ocorra a difusão das compras por meio da internet.

O setor terciário agrega as atividades que não fazem e nem reestruturaram objetos físicos e que se concretizam no momento em que são realizadas, dividindo-se em categorias (comércio varejista e atacadista, prestação de serviços, atividades de educação, profissionais liberais, sistema financeiro, marketing, etc.)

Queremos destacar a área de marketing que é o nosso negócio que contribui na ampliação do leque de informações através da publicidade e propaganda das Empresas, Serviços e Profissionais da nossa região através do site que é uma Plataforma Comercial da Startup ValeOn.

A Plataforma Comercial da Startup ValeOn é uma empresa nacional, desenvolvedora de soluções de Tecnologia da informação com foco em divulgação empresarial. Atua no mercado corporativo desde 2019 atendendo as necessidades das empresas que demandam serviços de alta qualidade, ganhos comerciais e que precisam da Tecnologia da informação como vantagem competitiva.

Nosso principal produto é a Plataforma Comercial ValeOn um marketplace concebido para revolucionar o sistema de divulgação das empresas da região e alavancar as suas vendas.

A Plataforma Comercial ValeOn veio para suprir as demandas da região no que tange à divulgação dos produtos/serviços de suas empresas com uma proposta diferenciada nos seus serviços para a conquista cada vez maior de mais clientes e públicos.

2 – O QUE FAZ A STARTUP ValeOn

A Statup ValeOn através do seu site que é uma Plataforma Comercial feita para fazer publicidade e propaganda online das Empresas, Serviços e Profissionais Liberais da região do Vale do Aço para as suas 27 (vinte e sete) cidades.

A nossa Plataforma de Compras e Vendas que ora disponibilizamos para utilização das Empresas, Prestadores de Serviços e Profissionais Autônomos e para a audiência é um produto inovador sem concorrentes na região e foi projetada para atender às necessidades locais e oferecemos condições de adesão muito mais em conta que qualquer outro meio de comunicação.

3 – VALEON É UM MARKETPLACE – QUE FAZ UM MARKETPLACE?

Marketplace é um site de comércio eletrônico no qual são anunciados produtos das empresas, serviços e profissionais liberais dos parceiros anunciantes.

Um marketplace funciona como um shopping virtual e dessa forma as vantagens desse modelo de negócio atinge todos os envolvidos.

Os consumidores podem comparar os preços, orçamentos e avaliações de vários profissionais nesta vitrine online de conquistar mais clientes.

Marketplace é na realidade uma junção de palavras: Market (mercado em inglês) e Place (lugar em inglês). É basicamente, um lugar onde se faz comércio.

O marketplace remete a um conceito mais coletivo de vendas online. Nessa plataforma, diferentes lojas podem anunciar seus produtos dando aos consumidores um leque de opções.

4 –  MERCADO DA STARTUP ValeOn

O nosso mercado será atingir os 766 mil habitantes do Vale do Aço e poder divulgar os produtos / serviços para vocês clientes, lojistas, prestadores de serviços e profissionais autônomos e obter dos consumidores e usuários a sua audiência.

Viemos para suprir as demandas da região no que tange a divulgação de produtos/serviços cuja finalidade é a prestação de serviços diferenciados para a conquista cada vez maior de mais clientes e públicos.

O QUE OFERECEMOS E VANTANGENS COMPETITIVAS

  • Fazemos anúncios de publicidade para vários tipos de Empresas, Serviços e para Profissionais Liberais;
  • Temos excelente custo x benefício;
  • Nossos sites: (https://valedoacoonline.com.br/ e https://valeonnoticias.com.br/) têm grande penetração no mercado consumidor com um bom marketing fit que satisfaz esse mercado;
  • A nossa Plataforma Comercial ValeOn permite total flexibilidade de anúncios, promoções e de produtos, além de oferecer serviços de divulgação de Ofertas de Supermercados e de Veículos;
  • Os resultados são mensurados através de métricas diária/mensal;
  • O seu negócio estará disponível para milhares de Internautas através de uma vitrine aberta na principal avenida do mundo, 24 horas por dia, 7 dias da semana;
  • A sua empresa fica visível para milhares de pessoas que nem sabiam que ela existe;
  • Somos altamente comprometidos com os nossos clientes no atendimento de suas demandas e prazos e inteiramente engajados para aumentar as suas vendas.

5 – DIFERENCIAL DA STARTUP ValeOn?

  • Eficiência: A ValeOn inova, resolvendo as necessidades dos seus clientes de forma simples e direta, tendo como base a alta tecnologia dos seus serviços e graças à sua equipe técnica altamente capacitada.
  • Acessibilidade: A ValeOn foi concebida para ser utilizada de forma simples e fácil para todos os usuários que acessam a sua Plataforma Comercial , demonstrando o nosso modelo de comunicação que tem como princípio o fácil acesso à comunicação direta com uma estrutura ágil de serviços.
  • Abrangência: A ValeOn atenderá a todos os nichos de mercado da região e especialmente aos pequenos e microempresários da região que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona.
  • Comprometimento: A ValeOn é altamente comprometida com os seus clientes no atendimento das suas demandas e prazos. O nosso objetivo será atingir os 766 mil habitantes do Vale do Aço e poder divulgar para eles os produtos/serviços das empresas das diversas cidades que compõem a micro-região do Vale do Aço e obter dos consumidores e usuários a sua audiência.

6 – OBJETIVOS FUTUROS DA STARTUP ValeOn

Vamos tornar a nossa marca ValeOn conhecida em toda a região como uma forma de ser desenvolvedora do comércio da região e também de alavancar as vendas do comércio local.

7 – DESCRIÇÃO DA STARTUP ValeOn

A Plataforma Comercial da ValeOn é um site moderno, responsivo, profissional, projetado para atender às necessidades dos serviços da região onde existem várias formas de busca: por cidades, por empresas, por produtos, por atividades, por município e por procura.

Detalhe interessante dessa inovação da ValeOn é que os lojistas/prestadores de serviços/profissionais autônomos inscritos na Plataforma não precisarão fazer nenhuma publicidade ou propaganda, quem o fará é a equipe da ValeOn responsável pela plataforma.

Sobre a publicidade de divulgação dos nossos clientes será feita em todas as redes sociais: Facebook, Instagran, WhatsApp, Google, Linkedin, Rádios locais, Jornais locais e onde for possível fazê-la.

Ao entrar no nosso site você empresário e consumidor terá a oportunidade de verificar que se trata de um projeto de site diferenciado dos demais, pois, “tem tudo no mesmo lugar” e você poderá compartilhar além dos conteúdos das empresas, encontrará também: notícias, músicas e uma compilação excelente das diversas atrações do turismo da região.

8- EQUIPE DA ValeOn

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sábado, 29 de junho de 2024

DECLARAÇÕES DE LULA GERAM PRESSÃO SOBRE O CÂMBIO

História de Marianna Gualter – jornal Estadão

As declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na manhã desta sexta-feira, 28, foram responsáveis pela escalada registrada pelo câmbio, avalia Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central e consultor da A.C. Pastore & Associados.

“Esse movimento (do câmbio) tem nome e sobrenome: Luiz Inácio Lula da Silva. Foi ele começar a falar e o dólar começou a subir”, pontua o economista, que afirma que não houve nenhum fator externo com força o suficiente para justificar o movimento.

Nesta manhã, Lula voltou a criticar o nível atual da taxa básica de juros e disse que, quando indicar o novo presidente do BC, será construída uma nova filosofia na autarquia. O presidente também afirmou que o governo está fazendo uma análise sobre os gastos públicos, para verificar se há exageros ou desperdício, mas disse que essa avaliação ocorre sem considerar os humores do mercado.

Schwartsman: 'Enquanto o presidente continuar a falar ‘cretinices’, o mercado reagirá negativamente' Foto: Gabriela Biló/Estadão

Schwartsman: ‘Enquanto o presidente continuar a falar ‘cretinices’, o mercado reagirá negativamente’ Foto: Gabriela Biló/Estadão© Fornecido por Estadão

Ao longo do dia, o mercado de câmbio viveu nova rodada de estresse. Com as dúvidas sobre a situação fiscal doméstica renovadas e catalisadas pelo temor de que o contingenciamento nos gastos no próximo relatório bimestral seja apenas modesto, a cotação da moeda americana à vista foi de quase R$ 5,60, com pressão também nos juros futuros e, em menor grau, na Bolsa.

À tarde, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse ser normal haver especulações sobre o próximo comandante da autarquia, mas que é um “não-tema” para um diretor — Galípolo é o favorito para assumir o cargo no fim do ano. O dirigente reconheceu também que o nível do câmbio chama a atenção do BC. Apesar disso, a toada de desvalorização do real seguiu.

Ao fim do dia, o dólar à vista estava cotado a R$ 5,5883, alta diária de 1,47% e semestral de 15,14%, o maior salto neste ano entre os emergentes relevantes e também a mais alta variação ante o real desde 2020. Na semana, a moeda subiu 2,71%, e em junho avançou 6,43%. No acumulado do ano, a alta foi de 15,14%, o que corresponde ao avanço mais significativo em relação à moeda brasileira desde os 35,51% registrados no primeiro semestre de 2020.

A alta do dólar ante o real neste primeiro semestre também se destacou quando comparada ao desempenho da moeda americana ante outras divisas de países emergentes. O dólar subiu bem menos em relação à lira turca (11,01%), peso mexicano (7,97%) peso colombiano (7,15%), peso chileno (7,06%) e rupia indiana (0,23%), e em relação ao rublo russo e ao rand sul-africano caiu 4,06% e 0,55%, respectivamente.

As declarações de Lula já haviam mexido com o câmbio também na quarta-feira, 26. Em entrevista ao portal UOL, pela manhã, ele afirmou que o governo estava fazendo uma análise sobre os gastos públicos, mas ressaltou haver muitos outros países que gastam muito mais do que o Brasil. O petista chegou a reclamar das notícias que relacionavam a alta do dólar às suas declarações na quinta-feira, 27. “Os cretinos não perceberam que o dólar tinha subido 15 minutos antes de eu dar a entrevista”, afirmou. Apesar de o dólar ter aberto em alta na quarta, o movimento acelerou durante sua entrevista.

Lula chegou a sinalizar um ajuste nas contas. Nesta sexta, por exemplo, ele voltou a dizer que “nunca” fará um ajuste fiscal “em cima do povo trabalhador e pobre”, mas ressaltou que fará “qualquer ajuste necessário”, porque não quer “gastar mais do que a gente ganha”.

“Agora mesmo estão dizendo que é importante ter preocupação e fazer ajuste fiscal porque o salário mínimo está ficando alto. Que salário mínimo alto? É o mínimo. Eu farei qualquer ajuste necessário, porque não quero gastar mais do que a gente ganha, mas não será nunca em cima do povo trabalhador e pobre”, afirmou. As cobranças por um ajuste fiscal não passam, porém, pelo reajuste do salário mínimo em si, mas pelo fato de esse valor estar atrelado a outros benefícios, como o BPC (benefício a idosos de baixa renda e pessoas com deficiência), por exemplo.

Para Schwartsman, a chance de o governo concretizar um ajuste pelo lado do gasto neste ou nos próximos anos é “zero”.

O economista avalia que reações do mercado como a vista nesta sexta tendem a continuar enquanto o presidente seguir fazendo declarações parecidas. “Enquanto o presidente continuar a falar ‘cretinices’, o mercado reagirá negativamente.”

 

CONTA DE LUZ VOLTA A SUBIR

História de NICOLA PAMPLONA – Folha de S. Paulo

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Depois de mais de dois anos sem taxa extra na conta de luz, o brasileiro terá que pagar em julho R$ 1,88 por cada 100 kWh (quilowatt-hora) consumidos para sustentar o acionamento de usinas térmicas, mais caras do que as renováveis.

É a primeira vez, desde abril de 2022, que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) implanta a bandeira amarela sobre a tarifa. Em todo esse período, o elevado volume de chuvas e o crescimento da geração renovável mantiveram a conta sem taxas extras.

Em nota, a Aneel diz que a decisão responde à previsão de chuvas abaixo da média até o fim do ano e à expectativa de consumo acima do normal no inverno, que terá temperaturas superiores à média histórica. Assim, espera-se um acionamento maior de usinas térmicas no período.

O sistema de bandeiras tem quatro diferentes níveis. A verde representa que o sistema está ajustado e não cobra taxa extra na conta de luz. As outras têm valores diferentes para cada 100 kWh consumidos: a amarela, R$ 1,885; a vermelha patamar 1, R$ 4,465; e a vermelha patamar 2, R$ 7,877.

Os valores são revistos a cada ano. Em 2024, a Aneel aprovou reduções entre 20% e 37%. Em nota, disse que os cortes foram aprovados “devido ao cenário hidrológico favorável, à grande oferta de energia renovável no país e aos alívios verificados no preço dos combustíveis fósseis no mercado internacional”.

Agora, afirma em nota que as projeções de chuva e demanda já vêm impactando o preço da energia no mercado atacadista, chamado PLD (preço de liquidação das diferenças) e o risco hidrológico das hidrelétricas, que podem gerar menos do que os valores contratados.

“Com o sistema de bandeiras, o consumidor consegue fazer escolhas de consumo que contribuem para reduzir os custos de operação do sistema, reduzindo a necessidade de acionar termelétricas”, diz a Aneel.

Antes das bandeiras, prossegue, o consumidor não tinha a informação de que a energia estava mais cara e, portanto, não tinha um sinal para reagir ao aumento.

“Dessa forma, o consumidor ganha um papel mais ativo na definição de sua conta de energia. Ao saber, por exemplo, que a bandeira está vermelha, o consumidor pode adaptar seu consumo para ajudar a reduzir o valor da conta”.

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 e reflete o custo variável da produção de energia, no país.

Em 2021, diante da seca severa nas bacias das regiões Sudeste e Centro-Oeste, o governo acabou criando uma bandeira adicional, chamada de bandeira de escassez hídrica, que tinha valor de R$ 14,20 por 100 kWh consumidos.

 

O GOVERNO PODERÁ DESARRANJAR UMA ECONÔMIA RAZOAVELMENTE EQUILIBRADA COM SEUS ALTOS GASTOS

 

História de Rolf Kuntz – jORNAL eSTADÃO

Com desemprego em queda, inflação no espaço de tolerância, consumo em alta e contas externas em ordem, as finanças públicas são a área principal de incerteza econômica no País. Se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva insistir na gastança, poderá desarranjar uma economia razoavelmente equilibrada e em condições de crescer com segurança. O alerta vem sendo acionado, seguidamente, por suas falas em defesa de uma política orçamentária frouxa. O problema, segundo ele, é saber “se precisa efetivamente cortar ou se a gente precisa aumentar a arrecadação.

Dólar em alta e agitação financeira têm sido efeitos imediatos dessa retórica — eventos acompanhados, nos últimos dias, de ferozes catilinárias presidenciais contra os especuladores do mercado. Lula continua muito menos empenhado em entender do que em xingar o mercado e o presidente do Banco Central (BC)Roberto Campos Neto. De vez em quando, até aceita falar sobre contenção de gastos, atendendo à insistência do ministro da FazendaFernando Haddad, associado, nessa pressão, à colega do PlanejamentoSimone Tebet. Mas esse discurso dura pouco e é difícil acreditar num efetivo compromisso presidencial de austeridade financeira.

O governo brasileiro pode e deve gastar mais, segundo o presidente Lula. No Brasil, de acordo com ele, a dívida pública é muito menor que a observada em outros países. Na média, a dívida observada em países da OCDE, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, equivale a 123% do Produto Interno Bruto (PIB). Na China, corresponde a 83%. No Japão, a 237%. No Brasil, anda próxima de 75%. Poderia ter citado mais exemplos, como França, Itália e outros desenvolvidos. Mas faltaria lembrar a diferença entre os juros pagos pelos Tesouros desses países e aqueles cobrados do setor público brasileiro. O complemento desse discurso deveria incluir alguma consideração sobre o risco atribuído pelos emprestadores a cada um desses governos.

O risco associado ao setor público brasileiro pode ser exagerado, neste momento, mas é explicável por uma história de irresponsabilidades e de má administração. É preciso, sem dúvida, consertar essa imagem, mas, para isso, será preciso converter em rotina a boa gestão das finanças federais. Neste século — para mencionar um período razoavelmente curto — o Brasil já acumulou o desastre fiscal deixado pela gestão Dilma Rousseff e o golpe do governo Bolsonaro contra os detentores de precatórios, créditos contra o governo reconhecidos pela Justiça.

LULA BRASÍLIA 17. 06.2024 LULA/FUNDO AMAZÔNIA POLÍTICA OE - O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acompanhado dos ministro, Ricardo Lewandowvski (Justiça) Marina Silva (Meio Ambiente) o presidente do BNDES Aloisio Mercadante , o diretor geral da Policia Federal Andrei Rodrigues, a presidente da Petrobras Magda Chambriard, durante a cerimônia de assinatura de contrato entre o Ministério da Justiça e o BNDES para destinação de recursos do Fundo Amazônia a ações de fortalecimento do ¨Plano Amazônia: Segurança e Soberania -AMAS. FOTO: WILTON JUNIOR/ ESTADÃO Foto: WILTON JUNIOR/Estadão

LULA BRASÍLIA 17. 06.2024 LULA/FUNDO AMAZÔNIA POLÍTICA OE – O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acompanhado dos ministro, Ricardo Lewandowvski (Justiça) Marina Silva (Meio Ambiente) o presidente do BNDES Aloisio Mercadante , o diretor geral da Policia Federal Andrei Rodrigues, a presidente da Petrobras Magda Chambriard, durante a cerimônia de assinatura de contrato entre o Ministério da Justiça e o BNDES para destinação de recursos do Fundo Amazônia a ações de fortalecimento do ¨Plano Amazônia: Segurança e Soberania -AMAS. FOTO: WILTON JUNIOR/ ESTADÃO Foto: WILTON JUNIOR/Estadão© Fornecido por Estadão

No fim do ano passado, o presidente Lula editou medida provisória para liberar R$ 93 bilhões destinados a liquidar precatórios acumulados desde o período bolsonarista. Fortalecer a credibilidade financeira do governo federal tem sido um dos objetivos declarados do atual ministro da Fazenda. O buraco de R$ 48,64 bilhões nas contas federais de fevereiro foi causado principalmente pela liquidação de precatórios.

A área financeira do atual governo tem procurado consertar problemas acumulados em anos de irresponsabilidade. Ao apoiar esse esforço, o presidente Lula contabiliza a seu favor o apoio a um respeitável trabalho de correção e saneamento. Por enquanto, o ministro da Fazenda parece dispor, juntamente com a ministra do Planejamento, de uma forte sustentação no Palácio do Planalto. Mas compromissos de seriedade fiscal têm apoio limitado no Congresso e são com frequência sabotados no Executivo. Além disso, austeridade financeira e rigorosa seleção de gastos podem conflitar com padrões petistas, mais favoráveis à identificação entre governar e gastar.

O presidente Lula mostrará compromisso com a seriedade se continuar apoiando o uso moderado e criterioso do dinheiro público. Isso deverá envolver uma seleção cuidadosa dos investimentos e uma escolha rigorosa das políticas sociais. O rótulo “social” é tão insuficiente quanto a palavra “investimento” para indicar o uso produtivo e socialmente útil do orçamento. Muitos bilhões foram desperdiçados, neste século, em projetos mal concebidos, mal-executados e frequentemente emperrados. O ministro Haddad parece saber disso. Parte do governo nem parece dar alguma importância a esse tipo de preocupação.

UNIÃO PARA BANCAR AUTORIDADES EM LISBOA GASTA R$ 1,3 BI E O MINISTRO GILMAR MENDES ACHA POUCO

 

História de Weslley Galzo – Jornal Estadão

ENVIADO ESPECIAL A LISBOA – O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), minimizou o custo de R$ 1,3 milhão, revelado pelo Estadão, para que as autoridades brasileiras se deslocassem a Portugal para participar do Fórum de Lisboa – evento que foi promovido pelo Instituto de Ensino e Desenvolvimento em Pesquisa (IDP), do qual Gilmar é sócio.

“Eu não sei avaliar essa questão de valores porque teria que se fazer vis a vis a viagens que são realizadas também no Brasil”, disse Gilmar no encerramento do evento. “A todo momento a imprensa publica eventos que estão ocorrendo no Brasil e que custam. É natural que haja custo. Tem que se ter passagem, hospedagem, de modo que eu não sei avaliar se isso é muito ou pouco”, afirmou.

O levantamento do Estadão é parcial, com base nas informações já publicadas: o valor final tende a aumentar. Procurados, os órgãos confirmaram as informações e detalharam as agendas de seus representantes.

O ministro do STF Gilmar Mendes no Fórum de Lisboa Foto: orumdelisboa.com/2024Via Facebook

O ministro do STF Gilmar Mendes no Fórum de Lisboa Foto: orumdelisboa.com/2024Via Facebook© Fornecido por Estadão

Só em diárias, o valor desembolsado por órgãos dos Três Poderes para que seus integrassem viajassem a Lisboa chegou a R$ 1,2 milhão. O pagamento foi feito a pelo menos 78 pessoas, entre servidores, políticos, seguranças, ministros de Estado e membros do Poder Judiciário. A conta tende a aumentar: os dados consultados pela reportagem estão atualizados até o dia 26 de junho, o que significa que nem todos os pagamentos aparecem nas ordens bancárias.

O decano do STF brincou com a situação ao ser questionado pela reportagem sobre os custos ao erário para que juízes, políticos e servidores participassem do evento. “Até agora a gente não conseguiu inventar essa possibilidade da gente viajar de graça. Se o Estadão conseguir ensinar como os correspondentes se deslocam de maneira mais barata. Certamente não vêm a nado”, afirmou.

Segundo Gilmar, uma viagem de Brasília a São Paulo custa mais do que uma viagem de Brasília a Lisboa. Busca na plataforma de monitoramento de passagens Google Flights indica custo de aproximadamente R$ 9 mil para fazer o trajeto Brasília-Lisboa com partida nesta sexta-feira, 28, e retorno no mesmo dia da semana que vem. Já o percurso Brasília-São Paulo na mesma data custaria cerca de R$ 2,6 mil.

O ministro ainda minimizou as críticas ao evento. Disse ouvir as válidas e refutar as que julga injustas.

O evento promovido pelo decano do STF, que foi apelidado no mundo jurídico de “Gilmarpalooza”, por causa dos eventos paralelos, chegou à sua 12ª edição neste ano imerso em críticas por causa da falta de transparência e sob suspeita de conflito de interesses.

Estadão mostrou que sócios, diretores e presidentes de 12 empresas com ações no STF participam como palestrantes da edição deste ano do Fórum. A reportagem também mostrou que o happy hour do Gilmarpalooza na última quinta-feira, 27, foi organizado pelo banco BTG Pactual, que responde a ações na Corte, e reuniu ministros e parlamentares.

MILEI DIZ QUE OS OS DOIS PAÍSES DEVEM COLOCAR OS SEUS INTERESSES ACIMA DESSAS NINHARIAS DE PEDIR DESCULPA

 

História de admin3 – IstoÉ

O ultraliberal presidente argentino Javier Milei recusou-se, nesta sexta-feira (28), a pedir desculpa ao seu homólogo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, como havia pedido, e em vez disso descreveu-o como um “esquerdista” com “ego inflamado”.

“Devemos nos colocar acima dessas ninharias porque os interesses dos argentinos e dos brasileiros são mais importantes do que o ego inflamado de algum esquerdista”, declarou Milei ao ser questionado pelo canal de televisão LN+ sobre o pedido de Lula.

O presidente brasileiro havia dito publicamente que não falaria com Milei até que ele pedisse desculpas.

“Eu não conversei com o presidente da Argentina porque acho que ele tem que pedir desculpas ao Brasil e a mim, ele falou muita bobagem, só quero que ele peça desculpas”, disse Lula em entrevista ao portal UOL.

Lula não especificou a quais declarações se referia, embora Milei já o tenha chamado de “corrupto”.

“Quais são os problemas, que eu o chamei de corrupto? Ele não foi preso por ser corrupto? Ou estamos tão doentes com o politicamente correto que não se pode dizer nada à esquerda, mesmo que seja verdade?”, disse Milei nesta sexta-feira quando questionado sobre o assunto.

Ambos os presidentes cumprimentaram-se cordialmente quando se encontraram recentemente na Itália, durante a cúpula do G7, mas não se reuniram.

Lula havia declarado que “a Argentina é um país muito importante para o Brasil, e o Brasil é muito importante para Argentina. Não é um presidente da República que vai criar uma cizânia entre Brasil e Argentina”.

Lula não compareceu à posse de Milei em dezembro, para a qual foi convidado seu adversário político, o ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022), próximo do presidente argentino.

Milei e Lula se reunirão novamente em Assunção no início de julho, durante a cúpula do Mercosul, bloco comercial do qual são grandes parceiros, junto ao Paraguai e ao Uruguai.

Uma fonte da Chancelaria paraguaia confirmou à AFP a presença dos dois líderes na reunião de 8 de julho.