sábado, 29 de junho de 2024

GERAÇÃO Z, MILLENIAL E BOOMER SÃO TERMOS UTILIZADOS PARA DENOMINAR PESSOAS QUE NASCERAM EM DETERMINADOS PERÍODOS

 

História de Vika Rosa – IGN Brasil

Geração Z, Millenial, Boomer e mais: em que ano começou cada geração? Entenda as características e particularidades de cada uma© Fornecido por IGN Brasil

Você provavelmente já ouviu falar de geração Z, Millenials, Boomers e outros termos. Eles são utilizados para denominar pessoas que nasceram entre determinados períodos.

Em todo caso, o IGN Brasil fez um guia para você nunca mais se confundir sobre as gerações e suas particularidades. Lembrando que isso se altera conforme o contexto cultural, então não é poss

Guia de gerações Baby Boomers: nascidos entre 1946 e 1964 e fazem entre 60 e 78 anos em 2024. Geração X: nascidos entre 1965 e 1980 e fazem entre 44 e 59 anos em 2024. Geração Y ou Millenials: nascidos entre 1981 e 1996 e fazem entre 28 e 43 anos em 2024. Geração Z: nascidos entre 1997 e 2010 e fazem entre 12 e 27 anos em 2024. Geração A ou Alfa: nascidos a partir de 2010 e que nascerão até 2025, até lá possuirão no máximo 15 anos. Geração C: Não é uma geração de verdade, mas uma denominação para bebês e crianças que nasceram ou vivenciaram a pandemia de Covid-19. Não existe uma definição de quando começa ou termina.

Lembrando que não existe um consenso exato entre especialistas sobre a definição de cada geração, embora os períodos acima sejam os mais aceitos e divulgados. Inclusive, pesquisas são feitas com base neles.

Entenda um pouco sobre cada geração

Apesar das particularidades de cada geração, precisamos destacar que não se trata de algo genérico. O comportamento de jovens mudam conforme o contexto cultural e a geração Z no Brasil não apresenta comportamentos iguais à dos EUA, Europa, Japão ou México.

Mesmo assim, existem certas semelhanças, devido ao contexto global, como o comportamento no mercado de trabalho. Você também pode encontrar semelhanças com a geração anterior ou posterior, especialmente se nasceu no final ou começo da sua geração.

Baby Boomers

Também chamados de Boomers, o termo vem em por conta do “boom” na taxa de natalidade em diversos países (1946-1964). De modo geral são mais conservadores, prezam por estabilidade, família e uma carreira que não necessariamente significa dinheiro.

Boa parte deles já não estão entre nós, mas os mais novos deles podem ser pouco adaptados à internet e modernidade. O termo “Ok, Boomer” é utilizado para pessoas em todas as faixas de idade que apresentam algum comportamento dos Baby Boomers, como reclamar da tecnologia, dos tempos atuais, ou o clássico “na minha época era melhor”.

Geração X

Nasceram em um momento tenso no Brasil e muitos vivenciaram a ditadura em sua infância e até mesmo até o início da vida adulta. No nosso país também são chamados de Geração Coca-Cola.

É provavelmente a mais diversa das gerações, por nascerem em um momento incerto, de dificuldade econômica global e conflito de ideais. A maioria é tradicionalistas, enquanto poucos apresentam tendências mais progressistas.

Geração Y

Os Millenials nasceram em uma mudança de paradigma total. Vivenciaram o inicio da era digital e mudança do mercado do trabalho ainda muito novos. A maioria deles compõem mercado de trabalho atualmente.

Foi uma geração de inovação e passou de uma era mais analógica para o advento da internet em massa. É justo dizer que foram eles quem trouxeram e proporcionaram a era digital. De modo geral, também chegam com novos ideais, desafiando os paradigmas das gerações anteriores.

Geração Z

A primeira geração a presenciar uma era completamente digital e também são chamados de Centennials. Mesmo que os mais velhos dela (nascidos em 1997) possam ter visto, de relance, uma transição. Ela entra atualmente no mercado de trabalho e está mudando fortemente os paradigmas.

Seus comportamentos são distintos e se distanciam dos Millenials. Por exemplo, ao preferirem o uso de smartphones, em vez de computadores. Apesar disso, são consideradas nativas digitais.

Geração A

Definitivamente são as verdadeiras nativas digitais. Apesar de fazerem 14 anos em 2024, já apresentam seus comportamentos específicos na internet e no meio digital como um todo.

Se assemelham muito aos da geração Z no uso de smartphones e contato com a internet. Em alguns anos serão a maior geração da história da humanidade, devido à natalidade em todo o mundo.

PREOCUPAÇÕES SOBRE A CAPACIDADE FÍSICA E MENTAL DO PRESIDENTE BIDEN APÓS FIASCO EM DEBATE COM TRUMP

 

História de dw.com – DW Brasil

Falando a apoiadores, presidente americano admitiu desempenho ruim, mas disse que “sabe como fazer esse trabalho” e prometeu ganhar eleições: “Há muito em jogo.”

Ao lado da mulher, Jill Biden, o presidente americano Joe Biden sorri ao subir no palanque em comício na Carolina do Norte

Ao lado da mulher, Jill Biden, o presidente americano Joe Biden sorri ao subir no palanque em comício na Carolina do Norte© Evan Vucci/AP/dpa/picture alliance

Após o fiasco do debate contra Donald Trump na noite anterior, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tentou afastar as preocupações sobre a sua capacidade física e mental de concorrer à reeleição dizendo a apoiadores nesta sexta-feira (28/06) ter certeza de que é capaz de governar o país pelos próximos quatro anos, e que planeja vencer as eleições à Casa Branca, em novembro.

Biden, 81, soou vacilante e confuso no primeiro debate televisionado da campanha, suscitando questionamentos na imprensa americana e entre correligionários sobre a viabilidade de sua candidatura.

“Eu sei, eu não sou nenhum jovem – para dizer o óbvio”, afirmou a apoiadores democratas reunidos em um comício em Raleigh, na Carolina do Norte. “Já não ando com tanta facilidade como antes, não falo com tanta fluência como antes, não debato tão bem como antes, mas sei o que sei: sei como dizer a verdade.”

“Sei distinguir o bem do mal. Sei como fazer este trabalho. Sei como fazer as coisas. Sei, como milhões de americanos sabem, que quando você é derrubado, você se levanta novamente”, acrescentou

Biden disse ainda que não se candidataria novamente se não acreditasse que pode fazer “este trabalho”. “Há muito em jogo.”

“Estou na Carolina do Norte por uma razão, porque tenho a intenção de ganhar este estado em novembro. Se ganharmos aqui, ganhamos as eleições”, afirmou.

Pesquisa aponta Trump como vencedor do duelo

Segundo a imprensa americana, a atuação vacilante de Biden no aguardado duelo televisivo deixou o partido Democrata em pânico.

Trump, 78, alimentou as dúvidas sobre se Biden é capaz de continuar no cargo.

Durante os aproximadamente 90 minutos de debate, Biden titubeou, falou com voz baixa e rouca, e às vezes era difícil seguir seu discurso.

Porta-voz da campanha de Biden, Michael Tyler negou que haja conversas no partido Democrata sobre uma possível troca de candidatos. “Preferiríamos ter uma noite ruim do que um candidato com uma visão ruim de para onde ele quer levar o país”, afirmou a jornalistas.

Em rápida pesquisa com espectadores que assistiram ao debate, a CNN, que transmitiu o duelo, mostrou que Trump foi o vencedor para 67% dos entrevistados, contra 33% que preferiram Biden.

Ainda segundo a pesquisa, a maioria disse não ter confiança real na capacidade de Biden de liderar o país e que o debate teve pouco ou nenhum efeito sobre a decisão deles em quem votar.

NO MUNDO DOS NEGÓCIOS A CULTURA ORGANIZACIONAL SE DESTACA PARA O SUCESSO E A LONGEVIDADE DAS EMPRESAS

 

START SE

Comportamento, valores e mais: por que autoconhecimento também é papo de CEO?

No mundo dos negócios, a cultura organizacional se destaca como um pilar fundamental para o sucesso e a longevidade das empresas. E qual a relação de cultura com o autoconhecimento de um CEO? Roberto Publio, CEO da Escola Atemporal, fala um pouco com a StartSe sobre isso.

Homem pensativo (Foto: Canvas)

O autoconhecimento nada mais é do que uma investigação profunda sobre si mesmo, ou seja, umabusca por entender seus pensamentos, sentimentos, valores, motivações, comportamentos e crenças.

Mas o que o autoconhecimento tem a ver com os negócios? Ou melhor, qual é o impacto do autoconhecimento de um CEO para a cultura da organização? Roberto Publio, empresário e especialista em liderança e cultura, falou um pouco com a gente sobre isso. Confira:

“Primeiro, é importante que você entenda que a cultura de uma organização é o eco dos micro hábitos de uma gestão”, diz Roberto Publio. Ou seja, é como as coisas acontecem no dia a dia, na prática. 

“O que faz a cultura de uma empresa é o que a alta gestão está tomando de pequenas decisões, grandes decisões, como estão reagindo ao meio, como estão se relacionando, dando feedback, comunicando, fazendo, agindo, pelo exemplo, como eles estão congruentes”, comenta ele. 

Isso quer dizer que a cultura está diretamente ligada ao que prevalece dentro de uma empresa independente de qualquer movimentação interna. 

É o conjunto de hábitos, crenças, valores, expectativas e atitudes que define como a organização se comporta e como trata o seu time, seus clientes e parceiros.

E esse tipo de percepção sobre o quão consciente estão sendo os micro hábitos do dia a dia, é algo que só vem do autoconhecimento

Para manter uma cultura sólida na organização, é preciso que o CEO, primeiro, se desenvolva internamente. 

“É preciso entender, primeiro, aquilo que eu (como indivíduo) acredito, aquilo que eu faço naturalmente bem, as minhas crenças pessoais, o como eu penso, o que eu penso”, completa ele.


E quais são as práticas e ferramentas indicadas para que CEOs desenvolvam autoconhecimento?

Primeiramente, é importante lembrar que o autoconhecimento não é linear, ele é um processo contínuo e perpétuo

Então, existem várias possibilidades e várias ferramentas para explorar, mas é um processo muito personalizado, cada um vai descobrindo ao longo do tempo o que mais faz sentido dentro da sua realidade particular.

Mas, se for pra citar uma ferramenta, Publio diz: o outro. “Tem muito conhecimento sobre nós disponível com os outros (…) coisas que a gente não sabe sobre nós, não percebemos, não notamos que fazemos. Mas os outros, talvez, estejam com muita vontade de nos dizer. Então, o outro é a fonte de conhecimento.” 

Ou seja, um lugar muito precioso de autoconhecimento é o feedback. Conversar com as pessoas sobre as nossas ações. Entender o que a gente faz bem, como é que a gente fortalece. 

Autoconhecimento também é papo de CEO 

No fim, é fundamental ter em mente que somos seres emocionais. 

  • “95% das nossas escolhas são inconscientes e, desses 5% que nos restam, 98% são decisões emocionais, não racionais”, comenta Roberto Publio. 

Por que importa?

Ou seja, lidar melhor com as próprias emoções por meio do autoconhecimento também precisa ser uma preocupação de CEO, pois isso vai impactar diretamente na cultura da organização e, consequentemente, no próprio negócio

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sexta-feira, 28 de junho de 2024

LULA PRECISA TER MAIS JUÍZO NA ADMINSTRAÇÃO DAS CONTAS PÚBLICAS

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

Há muitas razões para ter algum otimismo sobre o Brasil. A economia cresce, a inflação está sob controle, o desemprego está baixo, a renda sobe e até os investimentos têm ensaiado uma recuperação. Não há problemas nas contas externas. Mesmo com o aumento das importações, a balança comercial acumula um saldo positivo, e o déficit em conta corrente até se elevou, mas é facilmente coberto pelo Investimento Direto no País (IDP).

Sabe-se, no entanto, que o País tem uma grande vulnerabilidade: uma política fiscal inconsistente, caracterizada por um desequilíbrio estrutural entre receitas e despesas de mais de dez anos. Esse rombo é a razão pela qual o Brasil pratica taxas de juros tão elevadas, e impedir que o buraco continue a crescer é – ou deveria ser – a principal tarefa de qualquer governo preocupado em criar um ambiente de negócios amigável à atração de investimentos.

O presidente Lula da Silva já demonstrou ser incapaz de assimilar essa lógica, mas, em uma conjuntura favorável, o mercado é capaz de relevar esse problema e apostar suas fichas na capacidade do ministro Fernando Haddad de convencê-lo a ter algum juízo na administração das contas públicas. No entanto, basta que algo mude na conjuntura para que a precariedade desse arranjo fique clara.

Foi o que ocorreu em março, quando o Federal Reserve decidiu prolongar o aperto nas taxas de juros norte-americanas – o maior em 23 anos – pela quinta vez consecutiva, decisão mantida também nas reuniões de maio e junho e sem perspectiva de revisão no curto prazo. Desde então, o dólar tem ganhado valor sobre muitas moedas no mundo, entre as quais o real.

A questão é que a moeda brasileira está entre as cinco que mais se desvalorizaram neste ano. E essa posição relativa, lamentavelmente, se deve muito a deméritos próprios – em especial, a evidente má vontade do governo em enfrentar seus desafios fiscais. Não se trata de mera impressão: foi uma decisão materializada em abril, quando o governo alterou as metas fiscais de 2025 e 2026 e driblou o arcabouço, aumentando o limite de gastos deste ano para reverter o parco contingenciamento anunciado em março.

Em paralelo, a agenda de recuperação de receitas da equipe econômica dá cada vez mais sinais de esgotamento. Principal aposta do governo para reforçar a arrecadação neste ano, a negociação especial para contribuintes derrotados pelo voto de desempate nos julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) não contabilizou uma única adesão formal até agora, e o Congresso devolveu trechos da medida provisória que limitavam o uso de créditos de PIS/Cofins pelas empresas.

Os números não mentem. O Tesouro Nacional divulgou que as contas do governo central registraram um déficit de R$ 61 bilhões em maio. Foi o segundo pior resultado para o mês em toda a série histórica, iniciada em 1997, superado apenas por maio de 2020, auge da covid-19.

O detalhe é que as receitas avançaram incríveis 9% em termos reais, resultado que só não impressiona mais que as despesas, que aumentaram em um ritmo 14% acima da inflação, como se o arcabouço fiscal nem sequer existisse. Em 12 meses, o rombo acumulado é de R$ 268,4 bilhões, o equivalente a 2,36% do PIB, muito acima da meta de déficit zero.

Não há crise financeira internacional nem uma pandemia a justificar essa gastança, que, não por acaso, muito se assemelha àquela promovida por Dilma Rousseff, presidente de triste memória. A exemplo de sua criatura, tudo que Lula fez, até agora, foi desautorizar as iniciativas dos poucos ministros que ainda defendem um mínimo de responsabilidade fiscal.

Lula acha que está tudo bem e, em seu negacionismo econômico, amplia incertezas e retroalimenta uma crise de confiança criada por suas próprias ações hesitantes e declarações desastrosas. Quanto mais o presidente fala, mais eleva a curva futura de juros e a desvalorização do real ante o dólar. Tal como uma profecia autorrealizável, quanto mais Lula da Silva rejeita o ajuste fiscal, mais aumenta o custo das medidas que serão necessárias para reverter essa sangria.

STF QUER PUNIR JUIZ QUE FALOU ALGUMAS VERDADES CONTRA O SISTEMA

História de admin3 – IstoÉ

Decano do braço da Justiça Federal em Maringá, interior do Paraná, o juiz José Jácomo Gimenes tem um perfil discreto, mas opiniões firmes sobre a estrutura do Poder Judiciário e sua cúpula, o Supremo Tribunal Federal. Agora alvo de uma ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que ordenou ‘providências cabíveis’ sobre sua conduta ao condenar a União a indenizar um ex-deputado estadual por causa de ‘erro procedimental’ do ministro, Jácomo Gimenes já criticou, em outra ocasião, o que chamou de “extravagante concentração de poder” do STF.

A avaliação de Jácomo Gimenes sobre o STF consta de um artigo de sua autoria publicado na edição de junho e julho de 2022 da Revista Bonijuris. Título: “A cúpula do Judiciário é ineficiente, não olhe para cima.”.

O veículo é editado pela Bonijuris, que tem publicações voltadas para a área jurídica.

No texto, Jácomo Gimenes diz que o Brasil tem um “sistema judicial simbiótico e distorcido”. Ele critica o fato de o Supremo funcionar “como se fosse uma quarta instância, atolada em processos”, “causando insegurança jurídica, por falta de jurisprudência nacional firme e tempestiva”.

Na ocasião, o juiz federal comentou entrevista de um constitucionalista americano. Jácomo Gimenes se opôs à formatação da cúpula do Judiciário, que, em sua avaliação, “não funciona como deveria”.

Em um trecho, o juiz evocou o filme “Não Olhe Para Cima” – sobre meteoro que acaba por destruir o planeta – para indicar que “os atores incluídos no espaço de conforto do sistema não querem mudança”.

“Não olhe para cima, faça que não vê o mega problema, o prejuízo contínuo para a sociedade não tem relevância, o sofrido povo brasileiro não tem importância”, escreveu.

O magistrado apontou para o largo acervo processual do STF e indicou que ele “inviabiliza a eficiência da Corte”. Acentuou o “caos de indefinição e demora em questões fundamentais para o País”.

“Deu no que deu, com uma Constituição ampla, regulando quase todos os aspectos da vida nacional e um sistema recursal abundante e altamente permissivo, temos nossa suprema corte funcionando como se fosse uma quarta instância, atolada em estoque de quase 60 mil processos”, avaliou.

No texto, Jácomo Gimenes abordou, ainda, a rotina da Corte, “concedendo liminares monocráticas provisórias com validade longeva, pedidos de ‘vista’ sem limites, atrasando julgamentos colegiados em anos, emperrando o funcionamento do sistema judicial e causando insegurança jurídica, por falta de jurisprudência nacional firme e tempestiva”,

“A quantidade de competência processual do Supremo é risível”, ele registrou. “Em 2020, recebeu 74 mil processos (um disparate na comparação com seus congêneres), quantidade incompatível para um tribunal de 11 ministros. Os números são estarrecedores, inviabilizam a eficiência e agilidade esperadas do nosso tribunal maior. A lentidão espraia-se por todo o Judiciário e gera um defeito estrutural ruinoso, bom para os que querem escapar da justiça e para os que faturam com a ineficiência sistêmica.”

Jácomo Gimenes sugeriu no artigo uma “partilha de poder”. “A partilha de poder, mesmo quando a experiência diz que deve ser feita, é sempre uma luta. Quem tem não quer perder. É corrente a história de que a retirada de poder do Supremo para criação do Superior Tribunal de Justiça na Constituição de 1988 foi um parto à fórceps, mesmo assim foi concessão parcial ineficaz, somente para questões de lei ordinária, mantendo um fluxo espantoso de recursos sobre questões constitucionais para o STF, gerando esse caos de indefinição e demora em questões fundamentais para o país”, detalhou.

“Temos um Judiciário amplo, composto de justiça comum e especializadas, federal e estaduais, assentado em quatro instâncias (juízo local, tribunais regionais, tribunais nacionais e STF), que pode ser aprimorado com facilidade, sem perda de qualidade, bastando transferência de competência constitucional para os tribunais nacionais, fazendo com que os processos subjetivos sejam concluídos na terceira instância, no máximo, como ocorre na maioria das democracias, libertando suficientemente a nossa suprema corte para julgamento rápido das questões nacionais importantes”, sugeriu no texto publicado na Revista Bonijuris, edição de junho e julho de 2022.

Enfatizou. “Até quando os atores do sistema judicial, beneficiários do Judiciário lento e burocratizado, vão manter essa extravagante concentração de poder na suprema corte, em claro prejuízo para a nação?”, questionou.

“Como vão responder perante a história por essa distorção injustificável? Onde está a opinião pública da grande maioria dos operadores do direito que querem um Judiciário eficiente e justo? Os juristas, parlamentares e operadores do direito precisam conversar sobre isso.”

A sentença de Jácomo Gimenes

Em maio último, dia 28, Jácomo Gimenes sentenciou uma ação movida pelo ex-deputado estadual do Paraná Homero Marchese (Novo) e condenou a União a pagar indenização de R$ 20 mil ao político.

O juiz atribuiu ‘erro procedimental’ ao ministro Alexandre de Moraes, que não incluiu expressamente a plataforma Instagram em uma decisão que desbloqueava os perfis do ex-deputado no âmbito do inquérito das fake news, no STF.

Na sentença em que impôs à União indenização de R$ 20 mil, Jácomo Gimenes apontou ‘demora no desbloqueio’ do Instagram de Homero Marchese.

O desbloqueio da conta do ex-parlamentar no Instagram só ocorreu em maio de 2023, quase seis meses depois da ordem de Moraes. Na sentença, o juiz federal apontou ‘excessiva’ demora na “complementação da decisão omissa”, vez que a defesa de Marchese questionou “imediatamente” o fato de o Instagram do então deputado não ter sido destravado.

Pivô do imbróglio, os perfis de Marchese nas redes sociais foram bloqueados por Moraes em novembro de 2022. Um mês depois, o ministro liberou as contas do então deputado no X e no Facebook, mas não mencionou o Instagram.

A Advocacia-Geral da União recorreu da condenação, por meio de uma reclamação protocolada diretamente no gabinete de Moraes. A AGU alegou que as “críticas e desavenças” em decisão judicial de primeiro grau “interferem diretamente” na condução do inquérito das fake news, “desafiando as competências” do STF.

Nesta quarta, 27, o ministro cassou a sentença de Jácomo Gimenes e encaminhou ao Conselho Nacional de Justiça ordem para ‘providências’ sobre a conduta do juiz federal.

Na avaliação de Moraes, a decisão de Jácomo Gimenes ‘desafiou’ a competência do STF e o “modo de condução” da investigação, que teria sido prejudicada. “É impensável afirmar que decisão proferida em âmbito de Juizado Especial possa julgar o modo de condução e a legitimidade de atos judiciais tomados em processo em regular trâmite neste Supremo Tribunal Federal”, atacou o ministro.

 

PERDA DE HABILIDADE POLÍTICA DO GOVERNO E FALTA DE DIÁLOGO COM ALIADOS

 

História de Monica Gugliano – Jornal Estadão

Não chega a ser apatia, mas cientistas políticos que analisam o comportamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se dizem surpresos com o estilo do chefe da Nação que aparenta administrar as questões do País muito mais com base na reação do que chamando para si a ação. Se comparado com Lula I e Lula II, esses analistas consideram que o presidente está longe de demonstrar a habilidade política que sempre o caracterizou. “O governo está completamente sem rumo. Esperava mais dele”, diz o professor Sergio Praça, professor e pesquisador da Escola de Ciências Sociais do CPDOC (FGV-RJ).

Para ele, o mais surpreendente é que Lula já governou o Brasil outras duas vezes e, na visão de Praça, foi muito bem sucedido. Os cenários nacional e principalmente internacional eram muito diferentes e os indicadores econômicos não vão tão mal, na visão dele. No entanto, o professor alerta que apoiar-se apenas neste momento de bonança pode ser arriscado. “E se algum momento a situação mudar e as expectativas não forem cumpridas?”, pergunta.

Governo Lula tem tido dificuldades na relação com o Congresso e apresentado comportamento vacilante em algumas questões Foto: Wilton Junior/Estadão

Governo Lula tem tido dificuldades na relação com o Congresso e apresentado comportamento vacilante em algumas questões Foto: Wilton Junior/Estadão© Fornecido por Estadão

Para o professor Carlos Pereira, colunista do Estadão que está lançando o livro “Por que a democracia brasileira não morreu” (Companhia das Letras) em parceria com seu colega, Marcus André Melo, Lula tem cometido o equívoco de centralizar recursos e poder entre o PT e o próprio governo, afastando parceiros que trata como apêndices e isso vêm dificultando ações mais incisivas do Governo. “Ele tem lidado muito mal com os sócios do presidencialismo de coalizão que, por sua vez, também passam a se sentir descompromissados com o Governo. E esse creio que é um problema que dificulta sobremaneira a relação com o Congresso, dando essa sensação de desorganização”, observa Pereira.

Mais do que descoordenação, o professor Claudio Couto, coordenador do mestrado Profissional em Gestão e Políticas Públicas (MPGPP) da EAESP-FGV, diz ver um certo “bater de cabeça”, que resulta nos atos vacilantes que o governo pratica, como recuos e posições divergentes entre ministros e o próprio presidente, como se viu nos casos da chamada “taxa das blusinhas”. Ele também aponta que Lula, diferentemente dos mandatos anteriores, não tem por perto aquele grupo com quem trocava ideias e se atrevia a confrontá-lo quando fosse necessário. Esse ponto vem sendo comentado por muitos dos que estiveram com o presidente recentemente. “Faz falta esse diálogo, esse confronto que ajudava o presidente a tomar decisões e isso é preocupante”, diz.

Em vez da troca de ideias, Couto nota um clima de confronto entre os chamados “ministros da Casa”, que atuam no Palácio do Planalto, caso de Rui Costa, da Casa Civil, Alexandre Padilha, Relações Institucionais, e Marcio Macêdo, Secretaria Geral. O último, inclusive, pouco tem aparecido e a última grande tarefa que estava em sua cota de funções (organização com a sociedade civil) foi a organização do dia 1° de Maio que virou um verdadeiro fiasco e deixou o presidente bastante contrariado pela falta de público.

“E isso sem contar com os que jogam uns contra os outros, como Rui Costa, que vive em conflito aberto com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tumultuando o ambiente ainda mais”, diz Couto. Toda essa confusão, acredita ele, se reflete também na ação do presidente Lula, que acaba falando demais e em momentos inapropriados, como, por exemplo com a batalha que arrumou com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. “Em alguns momentos, parece que Lula não percebeu como se deram as mudanças no cenário interno e externo”, afirma.

No Congresso, aliados acreditam que somente mudanças no Ministério poderão dar uma “sacudida” no governo. Se essas mudanças acontecerem,aliados preveem tempos melhores, principalmente na relação com os parlamentares que, neste biênio administrado na Câmara pelo presidente Artur Lira, está mais empoderado do que em antigas gestões. “De qualquer forma, Lula terá que voltar a conversar com os parlamentares e a tomar as rédeas do seu mandato como fez em seus dois mandatos anteriores, Se não fizer isso, seja quem for o presidente da Casa, não vai funcionar”, diz Couto.

DECISÃO DO STF SOBRE MACONHA VAI LIBERTAR MILHARES DE PRESOS

 

História de ISABELLA MENON – Folha de S.Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de fixar a quantidade de até 40 gramas de maconha ou seis plantas fêmeas para definir quem é usuário da droga pode beneficiar milhares de pessoas atualmente presas por tráfico -mas esse contingente representa menos de 3% da população carcerária brasileira.

O grande número de pessoas encarceradas no país que é um dos principais motivos citados pelos ministros da corte ao justificar a decisão desta quarta (26).

Agora, quem foi condenado por uma quantidade abaixo do novo limite poderá, na teoria, procurar a Justiça para ser tratado como usuário e, assim ser libertado. Projeções do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) indicam que de 1% a 2,4% dos presos no país estão nessa situação.

Uma nota técnica divulgada nesta quinta (27) pelo instituto, feita a partir do Atlas da Violência, apontou que se o STF estabelecesse o limite de 25 gramas para diferenciar usuário de traficante, isso beneficiaria 1% do total de presos brasileiros. Se esse limite subisse para 100 gramas, o total de beneficiados seria de 2,4%.

Segundo os dados mais recentes disponíveis, de 2022, o Brasil tem 820.159 pessoas presas. Ou seja, o total de pessoas beneficiadas pela decisão do STF, de 40 gramas, fica entre 8.200 presos (o que representa 1% da população carcerária) e 19.600 (2,4%).

Outro levantamento do instituto analisou o impacto da medida para 41,1 mil processos do primeiro semestre de 2019 e observou que 7,2% de todos os réus processados por tráficos de drogas poderiam ser beneficiados pela decisão do STF.

Para Milena Karla Soares, técnica de desenvolvimento e administração do Ipea, a parcela beneficiada pela medida é relevante. “Porém, está aquém do que poderia ser, se houvesse também critérios objetivos para a cocaína”, diz ela.

O Ipea publicou um outro estudo, em 2023, que mostra que a cocaína é a drogada que mais aparece em processos criminais por tráfico de drogas (70,2% dos casos), com a quantidade mediana de 24 gramas. A segunda mais comum é a Cannabis (67,1 % dos processos), com uma média de 85 gramas.

O número exato de quantas pessoas estão presas por porte de até 40 gramas de maconha em todo o país, no entanto, ainda não está disponível.

O Tribunal de Justiça de São Paulo, por exemplo, afirmou que não possui o cálculo, uma vez que o assunto que existe na tabela do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) é referente à “posse de drogas para consumo pessoal”, que não distingue que tipo de droga se trata.

“Não temos como levantar dados para processos que versem exclusivamente sobre o porte de maconha”, explicou o órgão.

Para saber o número exato será preciso aguardar o CNJ, que vai fazer um mutirão nos presídios para reavaliar os casos de pessoas detidas por portar maconha.

Isso aconteceu após o Supremo determinar que o conselho adotasse medidas para cumprir a decisão, além de promover mutirões carcerários com a Defensoria Pública para apurar e corrigir prisões que tenham sido decretadas fora dos novos parâmetros.

Além disso, de acordo com dados do Banco Nacional de Demandas Repetitivas e Precedentes Obrigatórios do CNJ, há 6.343 processos atualmente parados que aguardavam essa definição em todo o país.

Vivian Calderoni, pesquisadora do Instituto Igarapé, considera a decisão pela descriminalização como um momento histórico no Brasil, que estabelece um critério para auxiliar a aplicação no cotidiano para fazer essa diferenciação entre usuário e traficante.

Ela explica que a Lei de Drogas, de 2006, estabeleceu que o traficante teria uma pena mínima de cinco anos de detenção, enquanto o usuário não deveria ser preso, embora sofresse outras punições de natureza criminal (como a realização de serviços comunitários). “A aplicação, porém, mostrou que muitos usuários foram presos como traficantes e essa decisão, então, vem esclarecer e corrigir essa aplicação”, diz.

Em um cálculo também baseado no Atlas da Violência, o Ipea estima que o custo do encarceramento de pessoas que poderiam ser presumidas como usuárias de droga ultrapassa os R$ 2 bilhões por ano -o instituto chegou ao valor ao estimar o cenário de presos por porte de até 100 gramas de Cannabis e 15 gramas de cocaína.

Segundo o instituto, trata-se de recurso desperdiçado, que poderia ter uma destinação mais eficaz para “melhorar as condições de segurança, como o investimento na primeira infância e ensino fundamental para populações vulneráveis socialmente, o que poderia acarretar, inclusive, uma diminuição nas mortes por overdose de drogas.”

Na quarta, após o julgamento, o presidente do STF, ministro Luis Roberto Barroso, afirmou que a decisão estabelece uma forma de lidar com o hiperencarceramento de jovens primários, com bons antecedentes pelo porte de pequenas quantidades de drogas.

Segundo ele, a falta de fixação de critério distinto entre usuário e traficante fazia com que “houvesse uma grande discriminação em relação as pessoas pobres, geralmente negras, que vivem nas periferias”.

“Fixar a quantidade vai evitar que a prisão exacerbada forneça mão-de-obra para crime organizado nas prisões brasileiras”, afirmou Barroso.

Ele também opinou que a política de drogas que se deva praticar é a de monitoramento dos grandes carregamentos, dos grandes traficantes, monitoramento do dinheiro e do policiamento tão intenso quanto possível de fronteiras e “não a política de prender em flagrante meninos pobres de periferia com pequenas quantidades de drogas”.

Ele admitiu, ainda que se trata de uma questão polêmica para a sociedade. “Haverá concordâncias e divergências. Não é possível unanimidade, mas convencidos de termos feito o que é melhor para o país e para uma política em matéria de drogas.”

COMPANHIAS QUE RECONHECERAM DESVIOS PÚBLICOS ACEITARM PROPOSTA DO GOVERNO DE REDUÇÃO DA DÍVIDA EM 50%

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

O governo Lula da Silva ofereceu descontos de até 50% em multas bilionárias impostas em acordos de leniência – legais, vale lembrar – firmados por empresas envolvidas em escândalos de corrupção revelados pela Operação Lava Jato. Companhias que há poucos anos reconheceram desvios em contratos firmados com o poder público aceitaram a proposta com ressalvas e querem ainda mais. Alegam que a realidade – ou melhor, o faturamento – mudou.

O caso está em discussão no Supremo Tribunal Federal (STF) após PSOL, PCdoB e Solidariedade ajuizarem uma ação de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) em defesa de empreiteiras que alimentaram esquemas de corrupção em gestões petistas passadas. Pediram as agremiações alinhadas ao lulopetismo que seja reconhecido um suposto estado de coisas inconstitucional – instrumento criado na Corte Constitucional da Colômbia para tratar de sistemáticas e generalizadas violações de direitos. O que, sem dúvida, não é o caso.

A história recente conta que jorrou dinheiro – isso, sim, uma ilegalidade – para irrigar campanhas eleitorais de petistas e companhia bela em troca de obras, que, após a descoberta da pilhagem – sobretudo na Petrobras –, claro, rarearam. Eis o aperto no caixa.

A ação está sob a relatoria do ministro André Mendonça, que formou uma mesa de negociação com o governo e empresas para discutir a revisão dos acordos. A Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia-Geral da União (AGU) primeiramente propuseram abatimentos de 20% a 30% para Metha (antiga OAS), Nova Participações (Engevix), UTC Engenharia, Mover Participações (Camargo Corrêa), Andrade Gutierrez, Novonor (Odebrecht) e Braskem.

Os devedores reconhecem a dívida e dizem que querem pagá-la, mas não gostaram da proposta. Fato é que querem pagar o quanto bem entenderem e da forma que melhor lhes convier. Por isso, insistiam na pechincha e pediram um desconto de até 70%, o que, ainda bem, foi negado.

O governo, porém, cedeu e apresentou o desconto camarada, em uma última oferta. Em valores corrigidos, essas companhias devem ainda cerca de R$ 11,7 bilhões. Ao cortar pela metade esse saldo, o governo Lula da Silva se dispôs a abrir mão de cerca de R$ 5,8 bilhões. As empresas, que de ingênuas não têm nada, concordam em abater a multa com prejuízo fiscal, mas reivindicam agora que o benefício se dê sobre o total devedor – o que pode chegar a R$ 8 bilhões.

Como apurou o Estadão, as companhias estão divididas. Há advogados que ainda avaliam deixar correr a judicialização. Outros defendem a negociação – essa espécie de “Desenrola” da Lava Jato.

As ressalvas feitas poderão ser sanadas nos próximos dias. Até aqui, a CGU e a AGU resistiram a uma revisão tão radical quanto à pleiteada pelas empresas. Que assim se mantenham, haja vista que o abatimento de metade do débito sobre o saldo devedor é um excelente negócio – para as empreiteiras, não para os cofres públicos. Se o governo ceder mais, logo essas companhias vão cobrar indenização e exigir pedido de desculpas.

 

BIKE CINE É UM CINEMA INTINERANTE MOVIDO A BICICLETAS

 

Patrocínio Instituto Cultural vale

BikeCine oferece cinema ao ar livre e com energia limpa

Movido a bicicletas e com sessões gratuitas itinerantes, o novo projeto une cultura, sustentabilidade e esporte

A estreia em Timóteo tem patrocínio do Instituto Cultural Vale, com exibição da animação “Elementos”

Cinema ao ar livre totalmente movido a bicicletas! O BikeCine é um cinema itinerante e que funciona apenas com energia limpa e sustentável, gerada pelo próprio público, pedalando. Em Timóteo, a sessão gratuita será dia 28 de junho, na Quadra Poliesportiva do Alphaville, com patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

A programação na cidade traz exibição de filmes curtas-metragens variados e depois o longa-metragem “Elementos”, ambos com recursos de acessibilidade. A animação da Disney e Pixar conta uma história divertida e emocionante, e num cenário deslumbrante de cores e formas, sobre amor e aceitação das diferenças.

Os ingressos on-line ficam disponíveis para o público pelo site https://bikecine.com.br/ e na distribuição presencial no local, uma hora antes do evento.

O BikeCine estreia em nove cidades de Minas Gerais, ao longo do mês de junho, com circuito de sessões gratuitas patrocinadas pelo Instituto Cultural Vale. A agenda inclui as cidades de: Belo Vale (13/06), Sabará (14/06), Nova Lima (15/06), Congonhas (16/06), Mariana (26/06), Nova Era (27/06), Timóteo (28/06), Antônio Dias (29/06) e Coronel Fabriciano (30/06).

Lançado este ano no Brasil, o novo conceito de cinema une cultura, entretenimento, sustentabilidade e esporte.

Como funciona o BikeCine

O público pode escolher de onde assistir aos filmes: acomodados na plateia de cadeiras ou pedalando nas estações de bicicletas, participando ativamente. 

São 12 bicicletas fixas e quatro bases para acoplar as “bikes” trazidas pelo próprio público, totalizando 16 estações que captam a energia gerada pelos ciclistas. Também é possível colaborar pelo “pedal de mão”, ideal para diversão das crianças, idosos e pessoas com mobilidade reduzida, promovendo maior acessibilidade. O BikeCine é para todos.

Toda energia gerada é consumida no momento e, quanto mais rápidas forem as pedaladas, maior é a energia produzida. Um sinalizador exibe a carga de energia em tempo real e avisa se for preciso pedalar mais. Se baixar, os ciclistas são estimulados ou convidados ao revezamento durante as sessões.

Tecnologia também nas imagens. A exibição dos filmes no BikeCine é feita na tela inflável da Airscreen, equipamento com tecnologia de ponta, que oferece projeção de alta qualidade ao ar livre. Tudo para garantir a melhor experiência ao público.

O BikeCine é uma experiência cultural colaborativa, ecológica, inclusiva e diferenciada. O projeto tem parceria de desenvolvimento com os já bem-sucedidos cinemas ao ar livre, o Cine Autorama e o CineSolar.

“É uma grande alegria estrear em Minas Gerais esse projeto que reúne tantas pautas que consideramos importantes para a população e para o planeta. Cultura, entretenimento, bem-estar, mobilidade, sustentabilidade, conscientização e inclusão estão entre os temas que queremos discutir com o BikeCine.”, conta Marco Costa, coordenador geral e idealizador do BikeCine.

Em Timóteo, o BikeCine é viabilizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet, com patrocínio do Instituto Cultural Vale, apoio da Prefeitura de Timóteo, correalização Efecto Cine, realização BikeCine, Ministério da Cultura e Governo Federal, União e Reconstrução.

Instagram: @bikecine 

Serviço  

BikeCine em Timóteo

Data: 28 de junho 2024 (sexta-feira)

Horário: 19h (sessão de curtas) e 20h (longa-metragem)

Local: Quadra Poliesportiva do Alphaville
Endereço: Rua Clara Nunes, 200, Alphaville, Timóteo – MG

Capacidade: 150 lugares em cadeiras, 12 bikes fixas e 4 estações disponíveis para o público acoplar a própria bicicleta.

Ingressos: entrada gratuita

50% dos ingressos ficam disponíveis para reserva on-line no https://bikecine.com.br e 50% são distribuídos presencialmente, a partir de 1 hora antes.

Sessão com recursos de acessibilidade

Programação: seleção de filmes curtas-metragens e “Elementos”

Longa-metragem:

Elementos
(de Peter Sohn – EUA – 2023 – Animação/Comédia/Família – 122 minutos – Livre) 
Sinopse
A Cidade Elemento é um lugar onde os habitantes, os quatro elementos da natureza, fogo, água, terra e ar vivem em harmonia, onde respeitam as regras de não se misturarem. Faísca é uma jovem espirituosa, apaixonada pela família e com um temperamento um pouco quente; conhece Gota, um jovem emotivo, que não tem medo de demonstrar suas emoções – na verdade, é difícil controlá-las. Juntos descobrem algo inesperado e surpreendente, sobre diferença, aceitação e amor. 


FOTOS

Conheça mais sobre o BikeCine

Energia limpa. Ao invés do cinema consumir energia para funcionar, são as pessoas que geram energia com seu corpo. Toda a eletricidade necessária para cada sessão do BikeCine acontecer, seja inflar e sustentar a tela, projetar o filme, o sistema de som e demais equipamentos, são exclusivamente gerados a partir das pedaladas do público nas bicicletas. Energia limpa que não emite poluentes e não causa impactos negativos à natureza, contribuindo para a sustentabilidade do planeta. 

No BikeCine, a energia humana se transforma em energia elétrica, em cinética, gerada pela força motriz do movimento do pedal. Todo o sistema consome cerca de 2.500 watts por hora, já que cada ciclista gera 200 watts, em média.


Pensando no planeta e no bem-estar. Além da diversão, o BikeCine busca promover a consciência ambiental. Pela utilização da energia sustentável participativa, o espectador é convidado a refletir sobre o uso e consumo energético, e as formas renováveis disponíveis. Incentiva, ainda, a colaboração coletiva e o uso da bicicleta como meio de transporte não só para ir ao evento, mas também em seu deslocamento no dia a dia. Uma reflexão sobre mobilidade urbana, além da importância do exercício para uma vida saudável.

Sobre o Instituto Cultural Vale
O Instituto Cultural Vale acredita que a cultura transforma vidas. Por isso, patrocina e fomenta projetos em parcerias que promovem conexões entre pessoas, iniciativas e territórios. Seu compromisso é contribuir com uma cultura cada vez mais acessível e plural, ao mesmo tempo em que atua para o fortalecimento da economia criativa.

Desde a sua criação, em 2020, o Instituto Cultural Vale já esteve ao lado de mais de 800 projetos em 24 estados e no Distrito Federal, contemplando as cinco regiões do país. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com programação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura, a Vale está. Visite o site do Instituto Cultural Vale: institutoculturalvale.org

HÁ ALGO DE MUITO ERRADO NAS FINANÇAS DO GOVERNO FEDERAL

 

Ives Gandra da Silva Martins é professor emérito das universidades Mackenzie, Unip, Unifieo, UniFMU, do Ciee/O Estado de São Paulo, das Escolas de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), Superior de Guerra (ESG) e da Magistratura do Tribunal Regional Federal – 1ª Região, professor honorário das Universidades Austral (Argentina), San Martin de Porres (Peru) e Vasili Goldis (Romênia), doutor honoris causa das Universidades de Craiova (Romênia) e das PUCs PR e RS, catedrático da Universidade do Minho ( Portugal), presidente do Conselho Superior de Direito da Fecomercio -SP, ex-presidente da Academia Paulista de Letras (APL) e do Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp).

O Brasil atingiu, segundo os jornais da semana passada, cifra superior a um trilhão de reais da dívida pública (R$ 1.000.000.000.000,00). O arcabouço fiscal faz água e as previsões para cima (déficit futuro) crescem, por enquanto com a promessa de que o superávit pretendido apenas ficará menor. Roberto Campos ironizava, no passado, que as promessas dos detentores do Poder comprometiam apenas as pessoas que as ouviam. No caso, os economistas do mercado, pois são realistas, sabem que dificilmente as promessas do governo Lula sobre o arcabouço serão mantidas.

O certo é que o governo não tem merecido a confiança do empresariado brasileiro, circulando nos jornais no início do mês uma nota de repúdio das 5 mais fortes confederações de empresários (agricultura, comércio e serviços, indústria, cooperativa e transporte) à negativa de créditos legítimos que as empresas tem de PIS/Cofins para compensar a desoneração da folha de serviços negociada com o Legislativo e desrespeitada com a Medida Provisória nº 1.202/2023, que o Congresso Nacional devolveu ao Governo.

Desde o dia 12/06/2024, o dólar oscila em 5,40 a 5,42 reais e a Bolsa caiu quase 2 pontos percentuais. Pesou neste cenário a fala do presidente que prometeu aumento de tributação e queda de juros, o que afetaria o único instrumento atual de combate à inflação, que é a política monetária.

Neste quadro, resolveu o Governo, com a catástrofe climática do Rio Grande do Sul importar arroz. A Confederação Nacional da Agricultura, todavia, mostrou a desnecessidade da importação, pois mais de 4/5 da safra do Rio Grande do Sul já tinha sido colhida e o risco de desabastecimento é rigorosamente nenhum.

Transcrevo trecho do livro que escrevi com Samuel Hanan, que demonstra a importância do agronegócio para o Brasil e a equivocada visão governamental:

Agrobusiness Brasileiro (2023)

A. 26 a 30% do PIB Brasil (+US$600 bilhões) (US$2.130 Bilhões);

B. 49 a 50% das exportações brasileiras (US$166,55 bilhões);

C. 150% do saldo da balança comercial (US$150 bilhões) – saldo Brasil: US$ 98,84 bilhões;

D. 30% dos empregos formais;

E. 40% da produção mundial de soja (complexo);

F. 50% da produção mundial de açúcar;

G. 30% da produção mundial de café;

H. 80% da produção mundial de suco de laranja;

1. 25% da produção mundial de carne bovina;

J. 30% da produção mundial de carne de frango.

BRASIL-POTÊNCIA MUNDIAL DE PRODUÇÃO DE ALIMENTOS (BRASIL: 2,6% DA POPULAÇÃO MUNDIAL)

(Brasil – Que país é esse? – Editora Valer, pg. 41)

Ora, no momento em que o Governo resolve comprar no exterior arroz que temos, à evidência prejudica empregos e empresas brasileiras que poderiam fornecer o produto.

A reação do setor do agronegócio tem sido, pois, coerente e imediata. Explicam, à exaustão, a desnecessidade da importação, mostrando que o governo gastaria dinheiro que não tem, levando em consideração sua dívida e, por outro lado, prejudicaria empregos de produtores e comerciantes de arroz que tradicionalmente atuam no país.

O governo, todavia, fez o primeiro leilão e empresas sem nenhuma tradição no mercado e sem força econômica suficiente ganharam, o que o obrigou a cancelá-lo, sobre pairar ainda a suspeita de ilicitude no pregão.

A grande questão que se coloca é a seguinte. Se não temos dinheiro para gastar num arcabouço fiscal cada vez mais inconfiável, se o governo não precisaria importar porque tem arroz suficiente para o Brasil, se nossa dívida chegou a mais de um trilhão de reais, por que importar arroz, vale dizer, queimar divisas para comprá-lo no exterior?

Não gostaria de lembrar Shakespeare, embora pertença à Academia William Shakespeare, mas que há algo de muito errado nas finanças do Governo Federal, não há dúvida de que há.

Ives Gandra da Silva Martins é professor emérito das universidades Mackenzie, Unip, Unifieo, UniFMU, do Ciee/O Estado de São Paulo, das Escolas de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), Superior de Guerra (ESG) e da Magistratura do Tribunal Regional Federal – 1ª Região, professor honorário das Universidades Austral (Argentina), San Martin de Porres (Peru) e Vasili Goldis (Romênia), doutor honoris causa das Universidades de Craiova (Romênia) e das PUCs PR e RS, catedrático da Universidade do Minho ( Portugal), presidente do Conselho Superior de Direito da Fecomercio -SP, ex-presidente da Academia Paulista de Letras (APL) e do Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp).

PF INDICIA BOLSONARO POR VÁRIAS CRIMES

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