quarta-feira, 26 de junho de 2024

PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REAGE À DECISÃO DO STF E INSTALA COMISSÃO DAS DROGRAS

 

História de VICTORIA AZEVEDO – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), oficializou a designação da comissão especial que irá analisar a PEC (proposta de emenda à Constituição) das Drogas. O ato foi publicado nos canais oficiais da Casa nesta terça-feira (25), após decisão do Supremo Tribunal Federal em julgamento sobre o tema.

O STF formou maioria a favor da descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. A PEC das Drogas foi aprovada pelo Senado por ampla maioria neste ano e na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara no último dia 12.

Com a aprovação na CCJ, cabe ao presidente da Câmara designar a comissão especial para tratar do mérito da proposta -algo que ainda não havia sido feito. Há um prazo de 40 sessões para votar o texto no âmbito do colegiado, sendo que o período para emendas se esgota nas 10 primeiras sessões.

O ato da presidência é do dia 17, mas foi publicado nos canais oficiais da Casa e disparado pela assessoria de imprensa do alagoano na noite desta terça. Segundo o texto, a comissão será formada por 34 membros titulares e 34 suplentes, que ainda precisam ser designados.

Lira está fora do país, em Lisboa, Portugal, para participar de evento jurídico. Durante sessão de votações da Câmara nesta terça, o líder do PL na Casa, deputado Altineu Côrtes (RJ), criticou a decisão do Supremo e cobrou providências de Lira e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

“Hoje foi na matéria da liberação da maconha, mas quantas vezes o Supremo tem invadido a competência do Congresso e legislado por nós? O que vale: o voto popular que coloca aqui deputados e senadores para legislar ou o voto dos ministros do Supremo?”, disse Côrtes.

A PEC constitucionaliza a criminalização de porte e posse de drogas. Ela foi apresentada por Pacheco e aprovada por ampla maioria em abril pelos senadores, em reação ao julgamento do STF.

Mais cedo nesta terça, Pacheco afirmou que respeita o entendimento do STF, mas chamou a medida de inusitada e disse, ainda, que ela criaria um vácuo e uma distorção jurídica. “Acho inusitado que depois de 35 anos de vigência da Constituição Federal, agora se aponte uma inconstitucionalidade no artigo 28, que inclusive coibiu a existência de drogas no Brasil durante muito tempo”, afirmou.

“Respeito decisão, mas o Supremo Tribunal Federal descriminalizar a maconha cria um vácuo e quebra lógica jurídica […] Eu discordo da decisão”, disse Pacheco.

O relator da PEC na CCJ, deputado Ricardo Salles (PL-SP), diz que irá procurar Lira para ser designado o presidente do grupo. “Foi uma ação rápida do presidente da Câmara em defesa das competências e prerrogativas do Legislativo”, afirma.

FÓRUM DE MOBILIDADE URBANA UMA OPORTUNIDADE PARA DISCUTIR O DESENVOLVIMENTO E INFRAESTRUTURA DO TRANSPORTE NACIONAL

 

CNT – Confederação Nacional dos Transportes

Para discutir o tema, no dia 9 de julho acontece o 8º Fórum CNT de Debates. Uma oportunidade de dialogar com o poder público em busca de alternativas para o desenvolvimento da infraestrutura e do transporte nacionaisCNT

Imagine uma grande cidade sem transporte público. Metrópoles como São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte ou Salvador sem ônibus, metrô ou trem durante vários dias.

Provavelmente os moradores dos bairros periféricos e regiões de difícil acesso não chegariam ao trabalho. Consequentemente, serviços essenciais para a população não funcionariam.  O município, com certeza, entraria em colapso.

A situação é hipotética, mas dá para imaginar o caos que provocaria e entender o quanto a mobilidade urbana é um importante gargalo para as cidades.

Oferecer soluções eficientes de transporte coletivo, bem como multimodalidade, com a possibilidade de integração entre o transporte sob trilhos para longas distâncias e o rodoviário ou aquaviário para trajetos mais curtos são importantes desafios enfrentados por gestores, principalmente os dos grandes municípios.

E para discutir o assunto tão relevante e encontrar possíveis alternativas, a CNT (Confederação Nacional do Transporte) realizará, no dia 9 de julho, em Brasília, o 8º Fórum CNT de Debates com o tema “Mobilidade Urbana Sustentável”.

Dialogar para avançar

Com a participação de autoridades públicas, empresários e especialistas em mobilidade urbana, o evento pretende abordar ações efetivas e economicamente possíveis para municípios, empresas e usuários. Uma discussão que envolve investimentos em infraestrutura multimodal, fortalecimento de políticas públicas para o transporte coletivo e soluções sustentáveis, baseadas em boas práticas de ESG.

“Precisamos investir no transporte coletivo rodoviário e por trilhos e acreditar neles como modelos viáveis e sustentáveis. A eficiência da sustentabilidade está na integração dos modos, faixas exclusivas, uso das tecnologias da informação, micromobilidade, entre outras soluções”, destaca o diretor de Relações Institucionais da CNT, Valter Luís de Souza.

Programação

Para debater as raízes dos problemas da mobilidade urbana das cidades, sempre com um olhar voltado para a sustentabilidade econômica, social e ambiental, o 8º Fórum CNT de Debates trará temas como o Transporte público rodoviário e sobre trilhos (trem, metrô, VLT, etc.); Integração entre os modais; Financiamento público e privado; Criação de faixas exclusivas para ônibus; Uso de tecnologias da informação para otimizar serviços; Transporte de carga last mile, impulsionado pelo e-commerce, e Micromobilidade como suplemento na cadeia de transporte.

Valter Souza explica que muito se fala em eletrificação das frotas de ônibus ou do uso de combustíveis verdes, mas pouco se debate acerca da operacionalização, da eficácia de tais medidas. “Estamos em ano de eleições municipais, então este será um assunto fundamental para quem for pleitear um cargo eletivo em outubro. Convidamos esses candidatos para se juntar ao nosso debate, juntamente com as empresas do transporte, as autoridades e o usuários na busca por soluções”, diz o diretor da CNT.

Com a realização de dois painéis: um para debater os desafios da implementação de um sistema sustentável de mobilidade nas cidades; e outro sobre o novo marco legal do transporte público coletivo, o evento contará com a presença de convidados como Vander Costa, Presidente da CNT; Jader Filho, Ministro das Cidades; Paulo Roberto Ziulkoski, Presidente da Confederação Nacional dos Municípios; Aloízio Mercadante, Presidente do BNDES; Beto Simonetti, Presidente da OAB e Denis Andia, Secretário Nacional de Mobilidade Urbana, entre outros.

O 8° Fórum CNT de Debates será realizado em formato híbrido. A parte presencial ocorrerá em Brasília e será limitada a participantes selecionados. Já no online, todos são bem-vindos para acompanhar a transmissão via internet pelo canal da CNT no YouTube, ao longo de toda a manhã.

As inscrições já estão abertas para todos os interessados. Ao preencher e enviar o formulário, a participação será automaticamente confirmada na modalidade online. Para o presencial, será necessário aguardar a confirmação da equipe da CNT.

Serviço

8º Fórum CNT de Debates – Mobilidade Urbana Sustentável

Data: 9 de julho de 2024
Hora: 9h às 13h
Transmissão: Canal da CNT no YouTube
Local: Sede do Sistema Transporte
Setor de Autarquias Sul, Quadra 1, Bloco J, Ed. Clésio Andrade – Brasília (DF)

O FUNIL DE VENDAS PRECISA SER ASSERTIVO PARA ENTENDER A POSIÇÃO DO CONSUMIDOR EM RELAÇÃO À DECISÃO DE COMPRA

 

Saiba o que é o funil de vendas, suas etapas e funções para uso correto na estratégia de vendas da sua empresa.

SEBRAE-MG – Mercado e Vendas | VENDA VAREJISTA

Todo o processo de fechamento de um negócio, que vai desde o momento da captação do cliente à conversão final com a efetivação da venda, integra o conceito de funil de vendas. Por meio dele, compreende-se a posição do consumidor em relação à decisão de compra, já que é possível acompanhar o cliente desde o primeiro contato com os produtos ou serviços da sua empresa até o momento em que a venda é fechada.

Por potencializar as vendas e gerar mais oportunidades de negócio em menos tempo, o funil de vendas precisa ser assertivo, permitindo percorrer o caminho feito pelo consumidor até a decisão de comprar ou não. As etapas do funil são:

  • Topo: momento do contato inicial do cliente, que chegou a você de alguma forma, mas sobre o qual você ainda não tem nenhuma informação. Este é o momento de oferecer materiais ricos na tentativa de fazê-lo andar no funil. 
  • Meio: nesta etapa, o cliente reconhece que tem uma demanda, então estabelecer uma relação de confiança com ele é fundamental. Você precisa estar disposto a oferecer conteúdos que evidenciam para o cliente o seu objetivo de ajudá-lo, e não necessariamente de vender, por isso é o momento de oferecer várias soluções.
  • Fundo: também chamado de MQL (Marketing Qualified Leads), em referência aos leads que passaram por todo o processo de educação e que o marketing classificou como prontos para receber o contato de um vendedor. É o momento do “empurrãozinho”, ou seja, de apresentar propostas atrativas de vendas, provando o valor da sua marca e do seu produto.

Além dessas etapas, algumas empresas oferecem também uma quarta, denominada pós-venda, fundamental para fidelizar o novo cliente e transformá-lo em um promotor da sua marca. Durante o processo de venda, é fundamental fazer o controle da jornada percorrida pelo consumidor, observando como a empresa é contatada e como é feita a conversão. Para cada uma das etapas, é importante apresentar conteúdos específicos, que venham ao encontro das necessidades do cliente. Por isso, pense em técnicas e estratégias de marketing, bem como em utilizar métodos automatizados para esse fim.

Vale destacar que pensar em implementar um funil de vendas pode contribuir com a previsibilidade de resultados, com respostas para o desenvolvimento de produtos e com a otimização da gestão, gerando maior produtividade e melhor aproveitamento das oportunidades.

Tipos de funil

Existem vários tipos de funil de vendas e eles devem ser definidos conforme os objetivos que a empresa pretende alcançar. Entre eles, podem ser citados:

  • Funil de vendas com base nos objetivos de conversão: com foco na conversão de leads qualificados; na nutrição de leads; ou na tomada de decisão.
  • Funil de vendas com funcionamento automático: venda direta; conteúdo e venda direta; encantamento e venda direta; encantamento e venda postergada; encantamento e múltiplas vendas; encantamento e vendas.
  • Funil de vendas de acordo com o seu produto/serviço: funil do best-seller; de lançamento do produto; de webinário perfeito; de produtos físicos; de isca digital; de site de assinatura.

Outros tipos de funil de vendas são: funil Growth Hacking, funil das cartas de vendas, Step Tripwire, funil invisível, funil magnético de leads, funil automático de webinários e funil baseado em campanhas nas redes sociais.

Lembre-se: o Sebrae é seu parceiro nessa jornada empreendedora, então aproveite e faça o curso Marketing digital: planejar para vender pela Internet.

ESCALANDO NEGÓCIOS DA VALEON

1 – Qual é o seu mercado? Qual é o tamanho dele?

O nosso mercado será atingir os 766 mil habitantes do Vale do Aço e poder divulgar os produtos / serviços para vocês clientes, lojistas, prestadores de serviços e profissionais autônomos e obter dos consumidores e usuários a sua audiência.

A ValeOn atenderá a todos os nichos de mercado da região e especialmente aos pequenos e microempresários da região que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona. Pretendemos cadastrar todas as empresas locais com CNPJ ou não e coloca-las na internet.

2 – Qual problema a sua empresa está tentando resolver? O mercado já expressou a necessidade dessa solução?

A nossa Plataforma de Compras e Vendas que ora disponibilizamos para utilização das Empresas, Prestadores de Serviços e Profissionais Autônomos e para a audiência é um produto inovador sem concorrentes na região e foi projetada para atender às necessidades locais e oferecemos condições de adesão muito mais em conta que qualquer outro meio de comunicação.

Viemos para suprir as demandas da região no que tange a divulgação de produtos/serviços cuja finalidade é a prestação de serviços diferenciados para a conquista cada vez maior de mais clientes e públicos.

O nosso diferencial está focado nas empresas da região ao resolvermos a dor da falta de comunicação entre as empresas e seus clientes. Essa dor é resolvida através de uma tecnologia eficiente que permite que cada empresa / serviços tenha o seu próprio site e possa expor os seus produtos e promoções para os seus clientes / usuários ao utilizar a plataforma da ValeOn.

3 – Quais métodos você usará para o crescimento? O seu mercado está propício para esse tipo de crescimento?

Estratégias para o crescimento da nossa empresa

  1. Investimento na satisfação do cliente. Fidelizar é mais barato do que atrair novos clientes.
  2. Equilíbrio financeiro e rentabilidade. Capital de giro, controle de fluxo de caixa e análises de rentabilidade são termos que devem fazer parte da rotina de uma empresa que tenha o objetivo de crescer.
  3. Desenvolvimento de um planejamento estratégico. Planejar-se estrategicamente é como definir com antecedência um roteiro de viagem ao destino final.
  4. Investimento em marketing. Sem marketing, nem gigantes como a Coca-Cola sobreviveriam em um mercado feroz e competitivo ao extremo.
  5. Recrutamento e gestão de pessoas. Pessoas são sempre o maior patrimônio de uma empresa.

O mercado é um ambiente altamente volátil e competitivo. Para conquistar o sucesso, os gestores precisam estar conectados às demandas de consumo e preparados para respondê-las com eficiência.

Para isso, é essencial que os líderes procurem conhecer (e entender) as preferências do cliente e as tendências em vigor. Em um cenário em que tudo muda o tempo todo, ignorar as movimentações externas é um equívoco geralmente fatal.

Planeje-se, portanto, para reservar um tempo dedicado ao estudo do consumidor e (por que não?) da concorrência. Ao observar as melhores práticas e conhecer quais têm sido os retornos, assim podemos identificar oportunidades para melhorar nossa operação e, assim, desenvolver a bossa empresa.

4 – Quem são seus principais concorrentes e há quanto tempo eles estão no mercado? Quão grandes eles são comparados à sua empresa? Descreva suas marcas.

Nossos concorrentes indiretos costumam ser sites da área, sites de diretório e sites de mídia social. Nós não estamos apenas competindo com outras marcas – estamos competindo com todos os sites que desejam nos desconectar do nosso potencial comprador.

Nosso concorrente maior ainda é a comunicação offline que é formada por meios de comunicação de massa como rádios, propagandas de TV, revistas, outdoors, panfletos e outras mídias impressas e estão no mercado há muito tempo, bem antes da nossa Startup Valeon.

5 – Sua empresa está bem estabelecida? Quais práticas e procedimentos são considerados parte da identidade do setor?

A nossa empresa Startup Valeon é bem estabelecida e concentramos em objetivos financeiros e comerciais de curto prazo, desconsideramos a concorrência recém chegada no mercado até que deixem de ser calouros, e ignoramos as pequenas tendências de mercado até que representem mudanças catastróficas.

“Empresas bem estabelecidas igual à Startp Valeon devemos começar a pensar como disruptores”, diz Paul Earle, professor leitor adjunto de inovação e empreendedorismo na Kellogg School. “Não é uma escolha. Toda a nossa existência está em risco”.

6 – Se você quiser superar seus concorrentes, será necessário escalar o seu negócio?

A escalabilidade é um conceito administrativo usado para identificar as oportunidades de que um negócio aumente o faturamento, sem que precise alavancar seus custos operacionais em igual medida. Ou seja: a arte de fazer mais, com menos!

Então, podemos resumir que um empreendimento escalável é aquele que consegue aumentar sua produtividade, alcance e receita sem aumentar os gastos. Na maioria dos casos, a escalabilidade é atingida por conta de boas redes de relacionamento e decisões gerenciais bem acertadas.

Além disso, vale lembrar que um negócio escalável também passa por uma fase de otimização, que é o conceito focado em enxugar o funcionamento de uma empresa, examinando gastos, cortando desperdícios e eliminando a ociosidade.

Sendo assim, a otimização acaba sendo uma etapa inevitável até a conquista da escalabilidade. Afinal de contas, é disso que se trata esse conceito: atingir o máximo de eficiência, aumentando clientes, vendas, projetos e afins, sem expandir os gastos da operação de maneira expressiva.

Pretendemos escalar o nosso negócio que é o site marketplace da Startup Valeon da seguinte forma:

  • objetivo final em alguma métrica clara, como crescimento percentual em vendas, projetos, clientes e afins;
  • etapas e práticas que serão tomadas ao longo do ano para alcançar a meta;
  • decisões acertadas na contratação de novos colaboradores;
  • gerenciamento de recursos focado em otimização.

terça-feira, 25 de junho de 2024

MATO GROSSO DO SUL DECRETA EMERGÊNCIA APÓS INCÊNDIOS NO PANTANAL

História de dw.com – DW Brasil

Decreto de emergência vale para as cidades atingidas pelos incêndios. Incêndios já destruíram mais de 600 mil hectares do Pantanal em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso este ano.

Segundo dados do início de junho, área afetada por queimadas no Pantanal é 700% maior do que no mesmo período de 2020

Segundo dados do início de junho, área afetada por queimadas no Pantanal é 700% maior do que no mesmo período de 2020© Ueslei Marcelino/REUTERS

O governo de Mato Grosso do Sul, no Centro-Oeste, decretou situação de emergência nesta segunda-feira (24/06) por causa dos incêndios que já consumiram cerca de 600 mil hectares no Pantanal em 2024 –

No total, o fogo já destruiu 148 mil hectares no estado vizinho de Mato Grosso e 480 mil no Mato Grosso do Sul. As estatísticas são do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O decreto de emergência vale para as cidades atingidas pelos incêndios, mas o texto publicado no Diário Oficial não cita quais são os municípios. A medida deve permitir, por exemplo, que ocorram licitações sem edital para ações emergenciais.

O texto é válido por 180 dias e autoriza ainda a convocação de voluntários para reforçar as ações de resposta ao desastre e a realização de campanhas de arrecadação de recursos com o objetivo de facilitar as ações de assistência à população afetada pelo desastre, sob a coordenação da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDEC/MS).

Ainda de acordo com o texto, as autoridades administrativas e os agentes de defesa civil, diretamente responsáveis pelas ações de resposta aos desastres, em caso de risco iminente, estão autorizadas a entrar nas casas, para prestar socorro ou para determinar a pronta evacuação; bem como a utilizar propriedades particulares.

A União também anunciou que vai enviar mais três aeronaves do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e outras quatro de grande porte do Exército para combater as queimadas – dois modelos Air Tractor já estão em Corumbá, um dos municípios mais atingidos pelo fogo.

O governo federal também autorizou o envio de 50 homens da Força Nacional para atuarem diretamente contra os focos.

Queimadas na região em 2024

Mato Grosso do Sul vem enfrentando, desde o início do ano, uma seca, com estiagem prolongada em grande parte do território. Dados do Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), mostraram que, desde o final de maio, houve uma intensificação nas condições de seca no estado, levando a um aumento exponencial dos focos de calor.

O Pantanal pode estar diante da temporada mais destruidora de toda a sua história em termos de queimadas. Nas duas primeiras semanas de junho, o número de focos de incêndio era de quase 700% maior do que no mesmo período de 2020, o ano da pior crise até então.

O fogo chegou mais cedo em 2024 e pegou algumas equipes de combate em fase de contratação de pessoal. No calendário oficial, as brigadas temporárias contratadas pelo Ministério de Meio Ambiente começam a atuar em junho e costumam, entre agosto e outubro, enfrentar a fase mais crítica.

A temporada precoce de incêndios em 2024 encontra um Pantanal ainda em recuperação. Em 2020, os grandes incêndios no bioma em território nacional consumiram 43% de locais nunca antes queimados e provocaram a mortalidade em massa da vida selvagem.

Ao todo, naquele ano, foram 39 mil quilômetros quadrados atingidos pelas chamas. Um estudo publicado na Scientific Reports, do grupo Nature, estimou a morte de 17 mil animais vertebrados em decorrência de incêndios.

Além disso, o último período chuvoso terminou com pouca água nos rios da região. O monitoramento feito pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) aponta que, de todo o volume de chuva esperado, 60% se confirmaram. O mapa que mostra as regiões sob seca produzido pela ANA alerta para zonas críticas justamente sobre o Pantanal.

Uma pesquisa divulgada recentemente pela rede de pesquisa MapBiomas apontou que, proporcionalmente, o Pantanal é o bioma mais afetado por queimadas ao longo dos últimos 39 anos. Foram 9 milhões de hectares, o que representa 59,2% do território que abrange os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Entre 1985 e 2023, o município de Corumbá f(MS) oi o que mais registrou queimadas em todo o país.

 

AGENDA AMBIENTAL DE MARINA SILVA TRAVA NAS FALAS DE LULA E NOS INTERESSES DE MEMBROS DO GOVERNO

História de JOÃO GABRIEL – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A agenda ambiental de Marina Silva, mais de um ano após sua volta ao Ministério do Meio Ambiente, trava nas contradições do discurso do presidente Lula (PT) e nas negociações da ala política do governo com grupos de interesse e com o Congresso Nacional.

Essa é a avaliação de parlamentares, integrantes do Executivo e membros do terceiro setor ligados ao tema do meio ambiente ouvidos pela reportagem.

A pauta foi central no discurso de Lula durante as eleições contra Jair Bolsonaro (PL), em 2022. O petista se reconciliou com Marina Silva após mais de uma década, a chamou para o governo e prometeu tornar as questões ambientais prioritárias e transversais no seu terceiro mandato.

Desde então, o Ministério do Meio Ambiente reverteu atos da gestão bolsonarista de Ricardo Salles (PL-SP), reduziu índices de desmatamento no país e reativou o Fundo Amazônia.

Por outro lado, o governo prevê seguir investindo em combustíveis fósseis, enquanto é seguidamente derrotado —por vezes sem apresentar resistência— pela bancada ruralista no Congresso. Os ruralistas fazem avançar um “novo pacote da destruição”, como chamam ambientalistas.

Procurados, Marina e o Palácio do Planalto não quiseram se manifestar.

“A construção da relevância e da transversalidade da agenda ambiental e climática no governo não pararam tão em pé como se esperava. A correlação de forças entre ministérios e grupos políticos se mostrou um empecilho. Marina não tem a mesma articulação com Congresso e governo que outras pastas”, afirma Mariana Mota, coordenadora de políticas públicas do Greenpeace Brasil.

“Tem sabotagem dentro do governo. O ministro de Minas e Energia anunciou, no meio da COP28, que o Brasil ia entrar na Opep [Organização dos Países Exportadores de Petróleo]. Isso não é desaviso. E, na própria Casa Civil, o ministro Rui Costa não tem simpatia com a agenda ambiental”, diz Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, citando a adesão do Brasil ao grupo Opep+, de aliados dos petroestados, durante a conferência da ONU sobre clima de 2023.

A lista de dificuldades de Marina é extensa.

Os incêndios no pantanal colocam o país sob risco, segundo a própria ministra, de uma tragédia tão grave quanto a do Rio Grande do Sul. Com uma temporada de queimadas antecipada e devastadora, a pasta precisou correr atrás de apoio para combate ao fogo.

Marina enfrenta também reivindicação dos servidores ambientais por melhores condições de trabalho. A pauta da categoria não foi aceita pelo Ministério da Gestão, que alega não haver orçamento para tal. Nesta segunda-feira (24), servidores do Ibama devem entrar em greve em diversos estados.

A ministra defende desde o início de 2023 o plano de prevenção a desastres, mas ele só se tornou uma prioridade de Lula após a tragédia das chuvas do Sul.

A discussão sobre a autoridade climática, órgão idealizado pela ministra e que precisaria ser aprovado pelo Congresso, esfriou.

Além disso, a pauta ambiental é usada como moeda de troca nas negociações no Legislativo. Na votação do marco temporal, por exemplo, o governo liberou sua base em vez de de orientar posição contrária.

Já na tramitação da proposta de Lula para organização da Esplanada dos Ministérios de Lula, no início do governo, parlamentares da base admitiam, sob reserva, que a prioridade era preservar outras estruturas do governo, em detrimento da ambiental, que foi desidratada.

O projeto que flexibilizou a liberação de agrotóxicos avançou com relatoria de um petista, Fabiano Contarato (PT-ES), e os vetos de Lula foram derrubados facilmente.

“A gente tem um corpo mole gigantesco dos negociadores do governo com a pauta ambiental. O governo é um para fora do Congresso e outro para dentro, uma situação politicamente constrangedora”, diz Astrini.

“Os protagonistas do governo hoje são as agendas econômica e da governabilidade. A briga é evitar derrotas no Legislativo, e o meio ambiente é o último da lista de prioridades. É uma derrota atrás da outra, com um esforço mínimo. Não é falta de vontade do ministério, mas do governo de priorizar essa agenda”, avalia Mota.

Há entre parlamentares queixas sobre a ausência de Marina em votações importantes e sobre a falta de diálogo da pasta com deputados e senadores —críticas também direcionadas a outros ministérios.

A exploração de petróleo na bacia Foz do Amazonas segue defendida pelo ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia), pelo líder do governo no Legislativo, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), e pelo próprio Lula. O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) já negou a licença ao empreendimento.

A reconstrução da BR-319 é prioridade da pasta dos Transportes e tem apoio de parlamentares aliados a Lula da região Norte —mesmo após o Ibama identificar que a estrada é vetor de desmatamento.

“Tem uma extrema direita antiambiental que perdeu as eleições no Planalto e transferiu sua agenda para o Congresso. E o governo poderia fazer mais, é lento: recomposição de estrutura, reajuste salarial, criação de unidades de conservação, demarcação de terras indígenas. São decisões políticas”, afirma Astrini.

A avaliação é que o Ministério do Meio Ambiente não está mais fraco que em outras gestões, mas não ganhou o peso esperado.

Em outra frente, Marina Silva é elogiada por ter tido sucesso na redução do desmatamento, sobretudo na amazônia —em que pese o aumento da destruição do cerrado.

O ministério recriou os conselhos ambientais extintos por Bolsonaro, reativou o Fundo Amazônia e o Fundo Clima e relançou o PPCDAm (o plano para preservação e recuperação da floresta amazônica).

Também desfez uma série de atos da gestão Salles e recuperou orçamentos de Ibama e do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Biodiversidade).

Conseguiu que tanto o Novo PAC quanto o novo Plano Safra tivessem diretrizes ambientais inéditas.

Tem atuado para recuperar o papel internacional do país no tema e ganhou a sede da COP30, a conferência de clima da ONU (Organização das Nações Unidas), que acontecerá em Belém em 2025.

“A retomada da política ambiental é louvável, mas, se vem um outro governo, desmonta os conselhos, os recursos orçamentários com facilidade, com uma canetada. É uma demonstração que não temos a agenda, no Brasil, com a força necessária para ações estruturantes”, diz Mota.

 

SERVIDORES AMBIENTAIS DO IBAMA ENTRAM EM GREVE EM 5 ESTADOS

 

História de JOÃO GABRIEL – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Os servidores ambientais de cinco estados iniciaram greve nesta segunda-feira (24) e reivindicam ao governo Lula (PT) melhores condições de trabalho, a reestruturação da carreira e reajuste salarial.

A paralisação nos estados do Acre, Espírito Santo, Pará, Paraíba e Rio Grande do Norte foi oficializada ao governo na última sexta-feira (21). Os demais estados e o Distrito Federal devem aderir à paralisação no próximo dia 1º.

A categoria manterá apenas algumas atividades, sob regime especial, voltadas sobretudo a emergências.

Assim, mesmo que estados como Mato Grosso do Sul, Mato Grosso ou Rio Grande do Sul entrem na paralisação, o combate ao fogo -em razão da seca histórica do pantanal- e o atendimento a desastres -como o caso das chuvas no Sul- seguem funcionando..

As operações de desintrusão e combate a crimes ambientais ficam paralisadas até segunda ordem, o que pode impactar, por exemplo, a operação na Terra Indígena Yanomami, já que Roraima já aprovou sua greve a partir da próxima semana.

“As servidoras e os servidores ambientais federais de todo o país se unirão em uma paralisação nacional, em uma greve da área, com intensificação após a adesão dos demais estados no próximo dia 1º. Somente ações essenciais e emergenciais, e em números mínimos, terão atividades realizadas”, afirmou Cleberson Zavaski, presidente da Ascema (associação nacional dos servidores ambientais).

Vídeo relacionado: Servidores ambientais iniciam greve em cinco estados (Dailymotion)

Para ele, há um “desinteresse do governo federal em realizar a justa e devida reestruturação” da carreira.

A demanda pela valorização dos profissionais de Ministério do Meio Ambiente, Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Serviço Florestal e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) vem desde o final de 2022, na transição para o terceiro governo de Lula.

O argumento dos servidores é de que a carreira foi sucateada e assediada durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e, mesmo assim, resistiu ao desmonte da política ambiental, fato que deveria ser valorizado pelo petista.

O descontentamento com o governo Lula aumentou após o governo promover reajustes, por exemplo, para a PRF (Polícia Rodoviária Federal), categoria identificada com o bolsonarismo.

Uma mesa de negociação foi instalada em 2023, mas empacou no final do ano, e às vésperas da COP -a conferência climática da ONU (Organização das Nações Unidas)-, a categoria passou a criticar publicamente a gestão petista.

Desde janeiro de 2024, servidores ambientais iniciaram a paralisação gradual, que até aqui resultou na redução no número de autos de infração e multas aplicadas, além do impacto negativo sobre as análises de licenciamento ambiental.

A última proposta de reestruturação feita pelo Ministério da Gestão e Inovação aconteceu em abril, mas não agradou a categoria.

O maior problema foi uma redução de até 6% no salário de novos ingressantes na categoria, nos cálculos da Ascema.

No geral, o governo fala em um reajuste geral de 20% a 30% da remuneração geral para o setor. A associação contesta esses números e alega que ele varia, na verdade, de 19% a 26%.

A Ascema viu alguns avanços, como a melhoria na proporção entre remuneração fixa e remuneração variável -mas que ainda está aquém do que era demandado- e aceitou o escalonamento da carreira em 20 níveis.

Por outro lado, avaliou que a proposta não atendia a nenhuma das suas principais reivindicações: espelhamento da carreira com a da ANA (Agência Nacional de Águas), redução da disparidade salarial entre cargos ou benefícios por atuação de risco, por exemplo.

Os servidores fizeram uma contraproposta, mas, no último dia 7, o Ministério da Gestão afirmou à categoria que havia chegado ao “limite máximo, do ponto de vista orçamentário, do que é possível oferecer” e indicou o fim da mesa de negociação.

Diante disso, a paralisação escalou para a greve, que deve aumentar com a adesão dos outros estados a partir da próxima semana.

A categoria realizará mais assembleias nos próximos dias e, para ampliar a greve no próximo dia 1º, deve avisar oficialmente o governo até a próxima sexta-feira (28).

De acordo com o plano aprovado até agora, cinco setores seguirão em regime especial, para atender emergências climáticas, desastres naturais ou preservar a vida de populações tradicionais ou animais sob risco, por exemplo.

O combate ao fogo, por exemplo, será 100% mantido, uma vez que o pantanal vive atualmente o que pode se tornar a crise de seca mais grave de sua história.

Nesta segunda, o estado de Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência.

Nos 12 primeiros dias de junho, o bioma registrou 733 focos de incêndio, o número mais alto para toda a série histórica do mês arquivada no Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que começa em 1998.

Os números são 90% maiores que os do ano de 2020 no mesmo período. Em 2020, o fogo destruiu 26% do bioma, o maior incêndio de sua história.

CINCO SETORES SEGUIRÃO REGIME ESPECIAL NA GREVE

– Licenciamento: Manutenção de 10% dos servidores, em casos de emergência ambiental ou calamidade pública;

– Unidades de conservação: Apenas demandas emergenciais que possam colocar em risco comunidades tradicionais e/ou coloquem em risco imediato a biodiversidade e conservação dos recursos naturais e valores fundamentais das unidades;

– Fauna e flora: Mantido o resgate e os cuidados de animais sob custódia;

– Incêndios florestais: Permanecem em atividade 100% das brigadas e supervisores do Ibama voltados ao combate ao fogo;

– Emergências: Atendimento de ações emergenciais em desastres ambientais que demandem intervenção imediata

EDITOR DO WIKILEADS JULIAN ASSANGE DEIXA A PRISÃO NO REINO UNIDO APÓS ACORDO COM OS EUA

História de Redação – Revista Planeta

Fundador do Wikileaks se declara culpado de acusação de conspirar para obter e divulgar ilegalmente informações confidenciais. Acordo permite que ele retorne à Austrália, encerrando drama jurídico de mais de uma década.O fundador do Wikileaks, Julian Assange, deixou a prisão no Reino Unido depois chegar a um acordo judicial com autoridades dos Estados Unidos que colocou fim ao seu drama jurídico de anos.

“Julian Assange está livre. Ele deixou a prisão de segurança máxima de Belmarsh na manhã de 24 de junho, depois de passar lá 1.901 dias”, anunciou nesta terça-feira (25/06) o portal WikiLeaks em seu perfil na rede social X (antigo Twitter). O jornalista já saiu do Reino Unido e estaria num avião fretado que fez um pouso em Bangkok e cujo destino é a Austrália. Mas antes ele deve passar ainda nas Ilhas Marianas para firmar o acordo com a Justiça americana.

O portal afirmou que Assange, de 52 anos e nacionalidade australiana, “recebeu liberdade sob fiança do Tribunal Superior de Londres e foi liberado à tarde no aeroporto de Stansted, de onde embarcou num avião e deixou o Reino Unido”.

“Depois de mais de cinco anos numa cela de 2×3 metros, isolado 23 horas por dia, ele logo irá se reunir com sua esposa, Stella Assange, e seus filhos, que só conheceram o pai atrás das grades”, acrescentou o portal. O Wikileaks também divulgou um vídeo que mostra Assange lendo papéis e depois subindo os degraus de um avião.

As acusações que pesavam contra Assange

Assange foi libertado após chegar um acordo com a Justiça americana. Ele é acusado nos EUA de, juntamente com a ex-militar Chelsea Manning, a primeira grande fonte do Wikileaks, roubar e publicar documentos secretos das operações militares americanas no Iraque e no Afeganistão. Segundo os promotores, isso teria colocado em risco também a vida de informantes dos Estados Unidos. Em 2010, o então vice-presidente americano, hoje presidente, Joe Biden, chamou Assange de “terrorista de alta tecnologia”.

Assange, porém, não é o responsável pela publicação dos dados completos e sem edição. Em 2010, o Wikileaks reuniu um grupo de grandes organizações de mídia para produzir reportagens com as informações vazadas. Faziam parte do grupo The New York Times, The Guardian, Le Monde, Der Spiegel e El Pais. A senha da pasta onde estavam os documentos foi publicada num livro pelos jornalistas envolvidos no projeto. O Wikileaks só publicou as informações depois que elas já eram públicas.

Assange era acusado com base na Lei de Espionagem – uma legislação promulgada há mais de cem anos para condenar espiões e traidores da pátria durante a Primeira Guerra Mundial. Essa lei nunca havia sido usada contra jornalistas.

Até agora, o governo americano não apresentou evidências de que alguém tenha sido prejudicado devido à publicação dos documentos. Além disso, argumenta que Assange não é jornalista, alegando que ele seria um hacker por ter publicado os documentos sem apresentá-los num contexto. Por outro lado, Assange ganhou vários prêmios jornalísticos. Mas esse ponto não é relevante para a acusação, pois a Lei de Espionagem não diferencia entre jornalistas e outros cidadãos.

Acordo com Justiça americana

A justiça dos EUA acusou Assange de até 18 crimes relacionados a violações da Lei de Espionagem devido a um dos maiores vazamentos de informações confidenciais da história do país. Segundo o acordo firmado com o Departamento de Justiça, Assange vai se declarar culpado de uma única acusação: a de conspirar para obter e divulgar ilegalmente informações confidenciais. O acordo, que ainda precisa ser aprovado por um juiz, prevê que Assange seja condenado a 62 meses de prisão, o equivalente ao tempo que já cumpriu na prisão de alta segurança de Belmarsh, no Reino Unido.

Assange comparecerá na quarta-feira, às 9h locais a um tribunal nas Ilhas Marianas, um território dos EUA no Oceano Pacífico, para finalizar o acordo que permitirá o seu retorno à Austrália. A audiência ocorrerá nas Ilhas Marianas devido à proximidade com a Austrália e à oposição de Assange em viajar para o território continental dos EUA.

O jornalista estava detido em Belmarsh, no leste da capital britânica, desde 2019, quando foi preso após sete anos exilado dentro da embaixada do Equador em Londres, onde se refugiou para evitar ser extraditado para a Suécia, onde era acusado de abuso sexual, algo que ele sempre negou. Posteriormente, a Justiça sueca arquivou o caso.

Desde então que os EUA tentavam a extradição de Assange , e o jornalista vinha enfrentando uma batalha legal para impedir a deportação. Organizações de liberdade de imprensa pediam a libertação de Assange há anos, e a esposa dele, Stella, liderava uma campanha em sua defesa envolvendo celebridades e personalidades políticas.

O acordo alcançado não foi totalmente inesperado. O presidente Biden estava sob pressão para encerrar o caso de longa data contra Assange. Em fevereiro, o governo australiano fez um pedido oficial nesse sentido, e Biden afirmou que iria considerar a questão, aumentando as esperanças entre os apoiadores do ativista de que fosse alcançada uma solução em breve.

 

OS EMBLEMAS DE SUCESSO DA GERAÇÃO Z SÃO TER UM PC MODERNO E CHEGAR NAS REUNIÕES COM IPHONE NA MÃO

 

História de Eleanor Pringle – Jornal Estadão

Cada geração cultiva seus próprios emblemas de sucesso. No passado, isso poderia ser visto como ter um carro ou passar férias no exterior. Mais recentemente, as demonstrações de riqueza são ter um PC moderno ou chegar às reuniões com um iPhone na mão.

Mas os millennials e a geração Z ? esta última em particular ? estão mudando a aparência dos símbolos de status de sua faixa etária. Já se foram os dias da tecnologia nova e brilhante e das peças de grife mais recentes. Em vez disso, os jovens consumidores estão cobiçando bolsas de segunda mão e lojas de alimentos caros à medida que navegam em uma economia repleta de inflação, ao mesmo tempo em que mantêm as preocupações ambientais firmemente na mente.

Especialistas em consumo afirmam que, embora os itens exatos que a geração Z está desejando mudem ao longo do tempo ? à medida que novos produtos são lançados e os fatores econômicos ao seu redor mudam ?, suas prioridades de gastos provavelmente permanecerão as mesmas.

Uma das coisas que certamente os fará seguir em frente? A adoção dessas tendências por outras gerações. Como diz Gillian Brooks, professora associada de marketing: “Parte de como a (geração Z) se vê não é ser milenar, não é ser um boomer”.

Como resultado, os setores que se basearam nos pilares tradicionais de status ? desde a propriedade de uma casa até itens de luxo ? podem ter de adaptar suas ofertas a um grupo demográfico com sua própria imagem do que é ser rico.

Gastos com estilo de vida

Os jovens consumidores estão realmente falando alto quando se trata de seus símbolos de status ? eles querem que os próprios cartões que usam digam algo sobre sua posição. Entre eles está o Amex.

Os cartões American Express há muito tempo são associados à riqueza, cortesia das taxas anuais que acompanham a manutenção de uma conta e das vantagens de viagem que são irrelevantes para os consumidores de baixa renda. A empresa não fez nenhum esforço para esconder o fato de que está atrás de clientes mais jovens que querem exibir um cartão de “estilo de vida” no caixa, e a geração Z e a do milênio estão firmemente a bordo.

Howard Grosfield, presidente de serviços ao consumidor da American Express nos EUA, disse à Fortune no início deste mês que a geração Z e os millenials foram responsáveis por 75% das novas contas platinum e gold do consumidor em 2023. Mas os símbolos de status não são definidos apenas pela forma como as pessoas gastam seu dinheiro, mas também com o que elas o gastam.

Basta olhar para uma nota divulgada pelo Bank of America na semana passada, que constatou que todos os anos, desde 2021, a geração Z gastou mais em supermercados “premium” do que em redes de valor. Por outro lado, apesar de as compras de nível padrão ainda serem as mais populares em todas as gerações, para os consumidores da geração Z, a parcela de gastos com cartão nessa categoria caiu aproximadamente 4% entre abril de 2019 e abril de 2024.

Se você está procurando evidências do fenômeno em ação, não precisa procurar mais do que a mania do Erewhon que está varrendo o TikTok. O mercado de alimentos de luxo sediado em Los Angeles tem mais de 26 mil vídeos sob sua hashtag, muitos dos quais testam os smoothies virais da marca, que custam até US$ 23 cada.

Enquanto isso, a geração do milênio é bastante consistente em seus hábitos de compra (preferindo o nível padrão, depois o valor, seguido de perto pelas mercearias de luxo), embora isso vá contra a forma como as gerações mais velhas fazem compras. Os dados do BofA revelaram que a geração X e os baby boomers estão cada vez mais escolhendo lojas de valor em vez de suas contrapartes mais sofisticadas, acrescentando: “Esses clientes estão ainda mais avançados em seu estágio de vida e já estão pagando por mais necessidades do que seus colegas mais jovens.”

Se não está no TikTok, não aconteceu

A diferença quando se trata da geração Z ? seja em suas vidas pessoais ou no trabalho ? é que a maioria cresceu com um smartphone ao alcance da mão e uma presença na mídia social desde quase o dia em que nasceu.

Como resultado, Brooks, do King’s College de Londres, disse à Fortune que os símbolos de status não têm nenhum valor para a geração Z no mundo real ? eles só têm importância se forem publicados on-line. O “verdadeiro status” que a geração mais jovem está buscando é a atenção.

“Seja mostrando que não estão consumindo e que estão comprando de segunda mão, seja fazendo capital de atenção dizendo: ‘Veja quanto posso gastar em um smoothie e estou comprando todas essas coisas para aumentar meu bem-estar por um preço’, o status é a atenção”, explicou.

Em suas salas de aula, ela acrescentou, dois alunos que exibem um produto da moda se sentam um ao lado do outro, mas nunca falam sobre a compra: “É totalmente on-line. Eles podem ter chegado com a garrafa de água Stanley ou, há alguns anos, com os tênis Balenciaga. Eles chegam, não se fala nada ? isso faz parte do cache. Há um olhar, mas nunca há um reconhecimento”.

O poder dos símbolos de status também só está aumentando por causa da mídia social, acrescentou Brooks. “Os símbolos de status estão se tornando muito mais importantes porque têm muito peso”, explicou ela. “Não se trata apenas da marca, mas de: ‘O que a marca representa? A marca está alinhada com meu ethos, e o que isso diz sobre mim como consumidor e minha marca pessoal quando eu compro, o que inevitavelmente farei, porque é isso que minha geração faz?”

Pegue a bolsa

A geração Z e a geração do milênio também estão carregando seus símbolos de status nos ombros ? embora os consumidores mais velhos possam ter um déjà vu. Isso se deve ao fato de que os compradores mais jovens do espectro compram grandes quantidades de seu guarda-roupa, não apenas porque gostam de sua aparência, mas porque simbolizam suas prioridades na vida.

De acordo com uma pesquisa divulgada este ano pela Capital One, 83% da geração Z já fez compras de segunda mão, sendo que 34% disseram que só compram em brechós. Sua motivação é clara, segundo a Capital One: 85% dos compradores de segunda mão disseram que queriam economizar dinheiro. Mas, além disso, 42% disseram que compram em segunda mão porque é mais sustentável e 17% querem retribuir às comunidades.

O feedback também sugeriu que há um elemento de status no thrifting: 47% dos entrevistados disseram que comprar em segunda mão é “legal” ou “está na moda”.

Enquanto isso, uma pesquisa da plataforma de revenda de artigos de luxo autenticados The RealReal constatou que os compradores estavam “trocando” as marcas de ultraluxo, procurando opções mais acessíveis em “condições razoáveis” (ou seja, com sinais de desgaste). Os compradores também têm um estilo específico em mente: Y2K (anos 2000) e peças vintage. O Y2K “dominou” em 2022 e 2023, segundo o relatório, mas essa “fome por peças autênticas do Y2K pode ter dado início a um interesse generalizado por peças vintage”.

Essa demanda por sustentabilidade não está indo a lugar algum, acrescentou Brooks. Ela explicou: “As pessoas sempre consumiram de forma ostensiva, elas consomem para se mostrarem sob uma luz específica. A geração Z quer ver informações sobre mudanças climáticas, sobre saúde mental ? eles querem ver que a empresa está considerando isso… eles querem mostrar investimento em marcas em uma empresa que defende algo que eles defendem.”

Os mantimentos são para sempre?

Embora a geração Z possa estar comendo menos fora de casa por causa dos preços e da “ansiedade do cardápio” relatada, é provável que suas preferências mudem à medida que a economia ao seu redor mudar e seu poder aquisitivo aumentar.

Voltando à nota do BofA, o economista Joe Watford acrescentou que os sinais de redução da geração Z estão começando, à medida que eles “envelhecem” na economia mais ampla, com custos de moradia, automóveis e seguros a serem pagos. Ele explicou: “Até recentemente, o crescimento mais alto dos salários em relação a outras gerações pode ter permitido que (a geração Z) comprasse em lojas de alto nível por mais tempo. Mas acreditamos que é possível que a geração Z tenha recentemente passado a comprar em supermercados de categoria de valor para aliviar algumas das pressões de assumir mais gastos com necessidades à medida que envelhecem.”

Da mesma forma, Brooks acrescenta que, embora os mantimentos caros possam estar na moda agora, em seis ou oito semanas um novo produto ou tendência assumirá o controle. O verdadeiro assassino de um símbolo de status da geração Z é também o interesse de outras gerações, disse ela: “Um smoothie pode acabar em uma hora, mas você ainda estará mostrando que comprou aquele smoothie ? e que tem o capital social e cultural para saber que é algo de valor. É um sinal de que você conhece as regras do jogo para mostrar seu status.

“Portanto, se alguém de uma geração diferente adota um de seus símbolos, você se sente deslocado, ultrapassou os limites. Parece que você está se esforçando demais ? parte de como a (geração Z) se vê não é ser millennial, não é ser um boomer.”

Redefinindo o luxo

Uma combinação de supermercado, bolsa e cartão de crédito pode não apresentar os valores tradicionais de consumo com os quais muitas marcas se acostumaram. Como Sophie Maxwell, sócia, futuros e insights da Pearlfisher, escreveu para a Fortune no ano passado: “Para atrair e manter (a geração Z) engajada, as marcas de luxo estão tendo que ir rapidamente além das noções tradicionais de luxo ? como status, legado, prestígio e herança ? em direção a um novo conjunto de valores: inclusão, sustentabilidade, transparência, tecnologia e inovação circular.”

Entretanto, nem todos na diretoria executiva estão convencidos desse argumento. No início deste ano, o CEO da Pandora, Alexander Lacik, rejeitou a ideia de que a geração Z e a geração do milênio estão comprando diamantes cultivados em laboratório porque são sustentáveis, dizendo à Fortune que eles só querem algo mais acessível com um design bonito.

Lacik acrescentou: “Eu estarei morto antes que alguém entre em minhas lojas e diga: ‘Você pode me mostrar seus produtos sustentáveis?’ Isso simplesmente não está na mente das pessoas quando elas estão comprando nessa categoria.”

Para as empresas que consideram importante atender às preocupações éticas e ecológicas dos clientes, a gigante da consultoria KPMG adverte que o entendimento profundo é fundamental. Julio Hernandez, diretor do centro global de excelência do cliente, disse à Fortune que as empresas precisam, em primeiro lugar, garantir que seus compromissos sejam autênticos e estejam alinhados com os valores dos clientes.

Ele acrescentou: “À medida que as empresas buscam influenciar o comportamento de seus clientes em direção a uma maior sustentabilidade, é necessário entender os valores, as atitudes e a motivação dos clientes para comportamentos positivos. Embora a lacuna entre valor e ação esteja diminuindo, as empresas em geral precisam entender as diferenças significativas de atitudes e intenções entre os diferentes grupos de sua base de clientes.

“Isso deve abrir oportunidades de inovação com novos produtos e serviços. Também permitirá que as empresas se envolvam com seus clientes de uma forma mais significativa.”

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VESTUÁRIO DOS POLÍTICOS FRANCESES EM PLENA SEMANA DE MODA EM PARIS

 

História de admin3 – IstoÉ

A uma semana do primeiro turno das eleições legislativas, a França observa todos os sinais que possam indicar o resultado nas urnas. Em plena Semana de Moda em Paris, o vestuário dos políticos também é alvo de análise.

– Uniforme –

O político francês tem seu uniforme: terno azul marinho, ajustado e com lapelas estreitas, camisa branca e gravata fina. A moda começou com o então presidente Nicolas Sarkozy (2007-2012), marcando o fim do terno cinza.

“Transmite respeito, autoridade e, sobretudo, não é ostentoso”, analisa o jornalista de moda Marc Beaugé. Segundo ele, “a socialdemocracia, o centro, combina com estilo liso”.

– Repaginada rápida-

Durante a Copa do Mundo 2014, o jornalista Marc Beaugé foi chamado ao Eliseu, conta à AFP, para uma assessoria de imagem para François Hollande, partidário do “nem elegante demais, nem descuidado”.

As mulheres, tanto de direita como de esquerda, também deixaram progressivamente as peças assinadas por estilistas, apesar do apreço de algumas pela alta-costura, como a ministra de Cultura, Rachida Dati, que quase sempre usa calças, mas não deixa de usar vestidos de casas como Schiaparelli em grandes eventos.

– Óculos, barba, sorriso… –

Em 2012, um estudo publicado no Journal of Economic Behavior & Organization pediu a um grupo representativo da população francesa que atribuísse a orientação política de 550 candidatos às eleições europeias a partir de uma fotografia.

“Observamos o que diferenciava, na mente das pessoas, a aparência de um deputado de esquerda de um de direita”, disse à AFP seu autor, o economista Pierre-Guillaume Méon.

“A cor da gravata teve grande influência: vermelha ou colorida para a esquerda, azul para a direita. Deputados com barba e bigode foram mais atribuídos à esquerda”, acrescenta.

“Os óculos foram mais indicados à esquerda (…) o fato de mostrar os dentes ao sorrir, um marcador da direita”, detalha.

– Roupa esportiva –

Na presidência de Emmanuel Macron, o traje azul, marca do político, é praxe. O ministro da Justiça, Eric Dupond-Moretti, segue a tendência, mas deixa em casa seus apreciados relógios de luxo.

Emmanuel Macron, que ocasionalmente aparece em trajes esportivos ou informais nas redes sociais, também se comunica através da imagem. Em 9 de junho, para anunciar a dissolução da Assembleia Nacional, vestiu, excepcionalmente, preto.

– Normalização –

A extrema direita, que entrou com força na Assembleia Nacional em 2022 e pode conquistar uma maioria nas próximas eleições, utiliza um vestuário formal para transmitir uma ideia de normalização.

Após o êxito de 2022, Marine Le Pen impôs o uso da gravata a todos os cargos eleitos, “embora quase ninguém a use na França”, indica Marc Beaugé.

– O casaco de trabalhador de Mélenchon –

Jean-Luc Mélenchon, líder do França Insubmissa (LFI, esquerda radical), é partidário da jaqueta de quatro bolsos com gola estreita, símbolo da tradição operária e revolucionária, também relacionada à túnica chinesa com sua gola Mao.

O França Insubmissa não hesitou em politizar a questão do vestuário no Parlamento.

Acusado pelo deputado de direita Renaud Muselier de parecer “sujo e desalinhado”, deputados do LFI aproveitaram a ocasião e determinaram o dresscode da Assembleia no dia 26 de julho de 2022: roupa desgrenhada e gravata por cima.

TAXAÇÃO DOS SUPER RICOS É UMA ULTRA ABERRAÇÃO DO PRESIDENTE DO BRASIL CHAMADO LULA

 

TAXAÇÃO DOS SUPER RICOS É UMA ULTRA

História de André Ruoco – IstoÉ

Não mais que os dedos das mãos, ultra bilionários – em dólares – mundo afora, aderem ao sonho de consumo dos ultra retrógrados ultra socialistas ainda existem sobre a Terra: a ultra taxação das ultra fortunas.

Uso o superlativo “ultra” repetidas vezes, para tentar chamar a atenção para esta ultra aberração, também, é claro, defendida com ultra fervor pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Ultra da Silva, digo, Lula.

O chefão petista é daqueles que acredita – e afirma à exaustão – que os bilionários do mundo enriquecem às custas do trabalho dos pobres. Obviamente, não apresenta qualquer prova para tal bravata demagoga.

PINGOS NOS IS

Já a lógica e os fatos avisam: a pobreza não existe pela riqueza, mas a riqueza diminui a pobreza. São os ricos do mundo que entopem os caixas de governantes (como Lula) com os bilhões surrupiados em impostos.

Agora, se os estados – como o brasileiro – utilizam toda a grana subtraída de quem trabalha e produz em benefício próprio e de seus apaniguados, por que diabos a culpa da pobreza seria justamente de quem sustenta tudo?

Bilionários são responsáveis, além dos bilhões em impostos, por centenas de milhões de empregos e, principalmente, por inovações tecnológicas que permitem que o mundo, hoje, seja o mais próspero da história humana.

A REALIDADE

Sim, nunca vivemos tão bem e tanto. Nunca a pobreza foi tão baixa – ainda que assole bilhões de pessoas ao redor do mundo – e nunca as condições de vida foram tão boas – ainda que, repito, bilhões de pessoas sejam pobres.

Educação, Saúde, Saneamento Básico, Segurança Alimentar… A humanidade jamais esteve “tão bem assim”. Mortes por violência e guerras jamais foram tão poucas historicamente, a despeito de tantos conflitos.

A iniciativa privada sempre foi, é e será a mola propulsora da humanidade. Aos governos cabe a preservação do Contrato Social e a manutenção da civilidade através de leis, da força e da manutenção da segurança territorial.

SÓ BRAVATAS

Para tanto, parte considerável da produção e da riqueza acumuladas são adjudicadas compulsoriamente sob a forma de impostos – é assim no mundo todo e em qualquer tipo de regime, da mais feroz ditadura à mais sólida democracia.

A pobreza ainda existente não passa, portanto, pela culpa dos empresários, trabalhadores e profissionais liberais, mas, sim, pela má administração da riqueza por eles produzida. Gente incapaz, como Lula, é a responsável pela carência e carestia.

Quando o brasileiro acusa os “mercados” de responsáveis pela fome de milhões de crianças pobres no País, ou quando culpa os ultra ricos pela pobreza dos trabalhadores, está sendo, além de mentiroso, injusto.

MAIS IMPOSTOS?

Agora, se a arrecadação de tributos ainda é insuficiente para a satisfação da qualidade de vida básica de bilhões de pessoas mundo afora, pode-se e deve-se discutir aumento de impostos, porém, jamais da forma como quer Lula e alguns.

No Brasil, especificamente, aumento de impostos – mais? – que já dragam 35% do PIB do País é inadmissível antes de uma reforma administrativa que retire da máquina pública os privilégios indecorosos, a corrupção desenfreada e o desperdício.

Não há o menor cabimento taxar os ultra ricos para enriquecer, não os ultra pobres, mas os já ultra beneficiados: a casta do funcionalismo público e os setores da economia escolhidos a dedo pelos poderosos de plantão.

OS NÚMEROS

Em 2023, a arrecadação federal passou de 2.3 trilhões de reais. Recorde histórico! Mas o déficit público também aumentou. O governo gasta muito e gasta mal, por isso não consegue diminuir a pobreza no Brasil.

Hoje, o desemprego encontra-se em um dos níveis mais baixos após a redemocratização, em torno de 8%. Ou seja, o setor privado, mais uma vez, também neste quesito, está fazendo sua parte e contratando.

O capital privado é responsável por 90% de todo o investimento em Tecnologia e Inovação existente no País, bem como representa, em média, 10 vezes mais o aporte anual do Estado em relação ao PIB (17.39% a 1.61%).

E O GOVERNO?

Tudo isso em meio a um dos piores ambientes de negócios do mundo – totalmente incompatível com o tamanho da nossa economia – justamente por conta e ordem do Poder Público, nas três esferas (municipal, estadual e federal).

O governo – ou governos – não faz sua parte há pelo menos 70 anos, gastando sempre mais do que arrecada, aumentando o endividamento, precarizando os serviços e falhando miseravelmente em Infraestrutura, Saúde, Educação e Segurança.

Pergunto, pois, para encerrar: é este mesmo governo – e governante – a autoridade moral para pregar taxação de super ricos para diminuir a pobreza? Não creio. Devia juntar-se à meia dúzia de bilionários que pensam o mesmo e ir trabalhar de verdade ao invés de apenas teorizar e praticar populismo rasteiro.

Em tempo: 69% dos brasileiros apoiam taxar grandes fortunas. E poderia ser diferente?

GOVER NO LULA NÃO CONCORDA COM AS REDES SOCIAIS LIVRES DE CENSURA

  Brasil e Mundo ...