Em sua postagem na rede X, Moro disse que “[Lula] quer levantar nuvem
de fumaça sobre a incompetência de seu governo na economia” e que o
mandatário continua usando a mesma técnica de sempre: “Lula, ao atacar
sem razão o Bacen e Campos Neto, quer levantar nuvem de fumaça sobre a
incompetência de seu governo na economia. É a mesma técnica que usou
contra mim: quando me atacava queria esconder a corrupção de seus
Governos e da Petrobras. Há método na mentira lulista”, disse.
Na entrevista que concedeu hoje à CBN, Lula disse que Campos Neto tem
um viés político de atuação, citando o jantar em que foi homenageado,
na semana passada, pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. E
comparou a autoridade monetária a Moro, que deixou o governo Jair
Bolsonaro, onde ocupava a pasta da Justiça, para se lançar na seara
política. “O paladino da Justiça, com rabo preso a compromissos
políticos.”
História de RENATO MACHADO E RICARDO DELLA COLETTA – Folha de S. Paulo
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A decisão do ditador Nicolás Maduro de
retirar um convite feito para que observadores da União Europeia
acompanhassem as eleições presidenciais venezuelanas, marcadas para 28
de julho, aumentou a pressão sobre o presidente Lula (PT).
O petista é aliado histórico do chavismo e sofre cobranças por ter
blindado Maduro de críticas pela perseguição contra opositores, apesar
de ele próprio ter feito reprimendas pontuais contra o regime nos
últimos meses.
De acordo com um assessor com conhecimento das tratativas, desde os
primeiros dias de junho o governo Lula tenta costurar com Caracas um
novo convite para uma missão observadora da UE. No entanto, há
resistências do lado venezuelano.
No fim de maio, o regime Maduro cancelou o convite que havia sido
feito a observadores da União Europeia para acompanhar o pleito marcado
para o final de julho o processo já está marcado por diversos episódios
de perseguição contra opositores.
A decisão foi anunciada pelo presidente do Conselho Nacional
Eleitoral, Elvis Amoroso, que justificou a medida pela manutenção das
sanções do bloco europeu contra chavistas. Segundo ele, os europeus “não
são gente honrada para vir a este país enquanto mantém sanções”.
O veto à UE jogou pressão sobre Lula tanto pelo Brasil ser o maior
país da região como pelo histórico de blindagem do petista em relação ao
líder venezuelano. Em entrevista à Folha de S.Paulo no domingo (16), o
diplomata Edmundo González, candidato de oposição que enfrentará Maduro,
disse que Lula precisa insistir com o ditador para que ele aceite
observadores internacionais, retomando um convite aos europeus.
Entre auxiliares de Lula, um novo convite aos europeus passou a ser
visto como um ponto-chave para que o Brasil siga apoiando o processo
eleitoral no país vizinho. A argumentação é que a União Europeia é um
dos atores citados nominalmente no Acordo de Barbados, fechado entre o
governo e a oposição para realizar eleições presidenciais minimamente
competitivas.
Após mais de uma semana de conversas de bastidores, houve a avaliação
na equipe de Lula que poucos avanços foram conseguidos e que era
necessário subir o nível. O brasileiro então ligou para Maduro, para
cobrar a participação de observadores.
Um auxiliar palaciano aponta que o tom da conversa foi ameno, mas que
Lula passou o recado de que Maduro precisa garantir algum tipo de
monitoramento externo segundo um auxiliar, o brasileiro não citou
especificamente o caso da UE e se referiu ao assunto em termos
genéricos.
“Os presidentes também falaram sobre o processo eleitoral
venezuelano. Lula reiterou o apoio brasileiro aos acordos de Barbados e
ressaltou a importância de contar com ampla presença de observadores
internacionais”, informou o Palácio do Planalto, em nota. “Também
manifestou a expectativa de que as sanções em vigor contra a Venezuela
possam ser levantadas, de modo a contribuir para que o processo
eleitoral possa seguir adiante em clima de confiança e entendimento”.
A relação entre Brasília e Caracas estava em compasso de espera, que
já durava dois meses, desde a reação crítica do Brasil a um bloqueio do
chavismo contra o registro da opositora Corina Yoris. O próprio Lula
criticou publicamente o regime Maduro pela exclusão. O petista afirmou
que era grave a decisão de excluir a candidata, que já era a substituta
da vencedora das prévias da oposição, Maria Corina Machado, também
impedida de concorrer.
Dois dias antes, a diplomacia brasileira havia se manifestado na
mesma direção, ao expressar preocupação com o desenrolar do processo
eleitoral venezuelano. Houve ainda um elogio à oposição. No final de
abril, o petista disse que a união de adversários em torno da
candidatura de Edmundo González era uma coisa extraordinária.
Nas tratativas diplomáticas, o Brasil usa como argumento com o regime
Maduro que o diálogo entre chavistas e oposição e a realização de
eleições democráticas são requisitos para que o regime venezuelano possa
pleitear com mais força a retirada das sanções.
O governo brasileiro também vem mantendo uma articulação com a
Colômbia, resultado de uma preocupação com o dia seguinte às eleições.
Há a avaliação entre os dois países de que é preciso intensificar o
diálogo em Caracas, para que o processo se dê de maneira transparente e
para que seja possível ter um reconhecimento pelo lado perdedor.
O governo brasileiro manifesta preocupação de que eventuais
questionamentos ao resultado das urnas levem a um conflito interno. Um
dos principais motivos para essa apreensão é que a posse presidencial
acontece apenas em janeiro de 2025, uma janela longa que, na visão de
Brasília, pode ser de forte instabilidade.
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente da Câmara dos Deputados,
Arthur Lira (PP-AL), defendeu a autonomia do Banco Central após o
presidente Lula (PT) criticar a atuação do chefe da autoridade
monetária, Roberto Campos Neto.
Lira participou nesta terça-feira (18) do evento “CNN Talks – Crédito
para o Brasil”. Ele disse que a Câmara tem guiado o país na direção que
os parlamentares julgam correta, apoiando reformas econômicas e
“resistindo a toda tentativa de retrocesso”.
“A autonomia do Banco Central, às vésperas do Copom, aumentou a
credibilidade da nossa política monetária. O nosso arcabouço fiscal e a
reforma tributária racionalizam a nossa política fiscal”, afirmou Lira.
Mais cedo nesta terça, o presidente Lula criticou Campos Neto,
afirmando que ele tem lado político e trabalha para prejudicar o país.
“O presidente do Banco Central, que não demonstra nenhuma capacidade
de autonomia, que tem lado político e que, na minha opinião, trabalha
muito mais para prejudicar o país do que para ajudar o país”, afirmou o
petista em entrevista à rádio CBN, após declarar que a autoridade
monetária está “desajustada”.
Lula citou ainda o jantar em homenagem feito a Campos Neto em São
Paulo, e sugeriu que ele teria pretensões político-eleitorais. O evento
ocorreu na semana passada no Palácio dos Bandeirantes, por iniciativa do
governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
“[Tarcísio] Tem mais [poder de influência] que eu. Não é que ele
encontrou com Tarcísio numa festa. A festa foi para ele, foi homenagem
do governo de São Paulo para ele, certamente porque o governador de São
Paulo está achando maravilhoso a taxa de juros de 10,5%”, disse Lula.
Antes de começar a leitura de seu discurso nesta terça, Lira afirmou
que o dia já tinha começado “bastante animado” e que não atiçaria mais
dúvidas ao atual momento do país.
“Nunca trabalhei contra o meu país e nunca, de maneira nenhuma, a
Câmara se posicionou [de modo] contrário aos interesses do Brasil nesse,
naquele ou noutro governo. E hoje o dia já começa bastante animado. Não
será por parte do presidente da Câmara, que nós atiçaremos mais um
pouco as dúvidas, incertezas, agruras, versões, ilações que tanto mal
tem feito ao nosso país”, afirmou.
A juíza Gabriela de Alvarenga Silva Lipienski, da 3ª Vara Criminal da
Justiça Federal de Belo Horizonte, condenou o ex-deputado federal e
atual deputado estadual de Minas – líder do governo Romeu Zema (Novo) na
Assembleia Legislativa de Minas Gerais (Almg) – João Lúcio Magalhães
Bifano (MDB) a onze anos e oito meses de prisão pelo suposto recebimento
de propina para a destinação de recursos de emenda parlamentar ao
município de Tumiritinga, localizado a 370 quilômetros de BH.
Em nota, o parlamentar afirmou que as denúncias são de quase 20 anos
atrás e se “baseiam em acusações infundadas”. Magalhães sustenta que
“não há nenhum indício” de que ele tenha recebido vantagem indevida.
A condenação se deu na esteira na Operação João de Barro, aberta em
2008 no rastro de um esquema de desvio de dinheiro público para obras de
casas populares e estações de tratamento de esgoto. João Magalhães foi
enquadrado por corrupção passiva e lavagem de capitais.
Também foram sentenciados o ex-prefeito de Tumiritinga Luiz Denis
Alves Temponi e a então secretária do Consórcio Intermunicipal de Saúde
do Vale do Rio Doce (CISDOCE) Mary Rosane da Silva Lanes, que atuava
como assessora informal do parlamentar.
Segundo a denúncia, quando deputado federal, João Magalhães
apresentava emendas ao orçamento da União, destinando recursos para
obras em municípios mineiros, e cobrava propinas de 10% e 12% da verba
quando os valores eram empenhados.
O Ministério Público Federal narrou que, em 5 de outubro de 2007,
João Magalhães recebeu R$ 38 mil de Luiz Temponi (PFL), como
‘contraprestação pela destinação de emenda parlamentar ao município’.
“O conjunto probatório demonstra claramente que João Magalhães,
utilizando-se das atribuições do cargo que ocupava, se enriquecia às
custas das emendas parlamentares com o envio de recursos aos municípios
da região, de modo que a cada verba liberada, ele recebia um percentual a
título de comissão, conduta que se amolda ao crime de corrupção
passiva”, anotou a juíza Gabriela de Alvarenga Silva Lipienski.
COM A PALAVRA, JOÃO MAGALHÃES
Apesar de discordar da decisão em 1ª instância do tribunal, a
recebo com tranquilidade. As referidas denúncias datam de quase 20 anos
atrás e se baseiam em acusações infundadas. Não há nenhum indício de que
eu tenha recebido qualquer vantagem indevida – o que será devidamente
comprovado através de meus advogados ao longo do processo.
Sigo tranquilo com minha conduta e com a integridade de meus atos
durante toda a minha vida pública. De 1996 a 2015, período em que
exerci mandatos como deputado federal, não foi diferente.Todas
as medidas legais cabíveis estão sendo tomadas para que este assunto
seja esclarecido e foco minhas energias na atuação em favor de Minas
como deputado estadual e líder de governo.
BRASÍLIA – O Supremo Tribunal Federal (STF) vai
voltar a julgar nesta quinta-feira, 20, a descriminalização da maconha
para uso pessoal. O placar está em 5 a 3 para extinguir a punibilidade
do crime e a maioria da Corte já se manifestou para fixar uma quantidade
da droga para diferenciar consumo próprio de tráfico no momento da
abordagem policial.
O julgamento foi suspenso em março do ano passado pelo ministro Dias Toffoli.
A sessão da Corte vai começar às 14 horas e o tema é o único que está
na pauta. É preciso apenas mais um voto para que o STF forme maioria e
acabe com a punição para o uso da maconha para uso pessoal.
O relator do julgamento é o ministro Gilmar Mendes, que abriu os
votos pela descriminalização do uso da droga. Gilmar foi acompanhado
pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, e pelos ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber (aposentada) e Edson Fachin.
Vídeo relacionado: STF encerra sessão sem julgar reforma da previdência (Dailymotion)
O STF julga um recurso contra uma decisão da Justiça de São Paulo,
que manteve a condenação de um homem flagrado com três gramas de
maconha. O análise do caso começou em agosto de 2015, mas sofreu
sucessivos pedidos de vista – mais tempo para análise. Como a matéria
tem repercussão geral, todas as instâncias da Justiça deverão seguir a
solução adotada pelo STF quando forem julgar casos semelhantes.
O STF analisa se o artigo nº 28 da Lei de Drogas, sancionada em 2006,
é inconstitucional ou não. A norma estabelece que o usuário pode ser
condenado a medidas socioeducativas por até dez meses. Já para os
traficantes, a pena é de cinco a 15 anos de prisão. Na regulamentação,
porém, não há uma quantidade de entorpecentes que diferencie os dois
delitos.
Em 2015, Gilmar votou no sentido de descriminalizar o porte de
qualquer tipo de droga para consumo próprio. Posteriormente, após o voto
de Fachin, ele reajustou o entendimento para restringir a medida ao
porte de maconha e pela fixação de parâmetros diferenciando o tráfico de
consumo próprio.
Fachin considerou que o artigo nº 28 da Lei de Drogas é
inconstitucional exclusivamente em relação à maconha. O ministro
interpretou também que os parâmetros para diferenciar traficantes de
usuários devem ser fixados pelo Legislativo.
Acompanhando Fachin e Gilmar, Barroso propôs como parâmetro a posse
de 25 gramas da substância ou a plantação de até seis plantas fêmeas da
espécie. Para o ministro, o Supremo precisa diferenciar porte e produção
para consumo próprio do tráfico de entorpecentes para evitar que
pessoas pretas e pobres sejam tratadas de maneira diferente que brancos e
ricos durante abordagens policiais.
O ministro Alexandre de Moraes,
em seu voto, sugeriu que as pessoas flagradas com até 60g de maconha ou
que tenham seis plantas fêmeas sejam presumidamente usuárias. O
magistrado explicou que chegou a esses números a partir de um estudo
sobre o volume médio de apreensão de drogas no Estado de São Paulo,
entre 2006 e 2017. A sugestão foi incluída pelo relator em seu voto.
Antes de se aposentar, Rosa Weber também deu parecer favorável à
liberação do porte da maconha e declarou que a punibilidade é
desproporcional, por atingir de forma veemente a autonomia privada.
Weber também afirmou que a mera tipificação de crime potencializa o
estigma sobre o usuário e acaba por “aniquilar os efeitos pretendidos
pela lei em relação ao atendimento, ao tratamento e à reinserção
econômica e social de usuários e dependentes”.
Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no ano
passado, Zanin foi o responsável por abrir a divergência quando o
julgamento estava em 5 a 0 para a descriminalização. Para ele, a
descriminalização somente seria possível se fossem definidas regras
sobre como seria a oferta da droga legalizada. Além disso, o magistrado
entende que a decisão pode agravar problemas de saúde e segurança da
população.
Zanin foi acompanhado por Mendonça, que declarou que há uma falsa
imagem na sociedade de que a maconha não faz mal. Para o ministro, o uso
da droga é o “primeiro passo para o precipício”. O ministro também
defendeu que a descriminalização do uso pessoal da droga é tarefa do
Legislativo e propôs que o Congresso tenha um prazo de 180 dias para
fixar critérios objetivos para diferenciar o usuário do traficante.
O último ministro que votou no julgamento foi Kassio Nunes Marques.
No entendimento do ministro, a droga não afeta apenas o usuário, mas
também os familiares do viciado e a sociedade, contrariando o objetivo
do legislador de afastar o perigo das drogas no ambiente social. Ele
também considerou que o artigo nº 28 da Lei de Drogas constitui um
“nítido fato inibitório do consumo, da circulação e, como consequência,
do tráfico de entorpecentes”.
Tatiana Moura, da Fix Online (@fixonline), profissional cadastrada na
categoria de Assistência técnica de celulares do GetNinjas, maior
aplicativo de contratação de serviços do Brasil, comenta sobre esse
processo.
Entender sobre o perfil do cliente é uma das formas mais eficazes de
alavancar a empresa e crescer entre os concorrentes, é o que destaca
Tatiana Moura, profissional cadastrada no GetNinjas
Conhecer o público-alvo do seu negócio é fundamental para criar
estratégias de comunicação com alto poder de conversão. Sem conhecer as
necessidades, desejos e objetivos dos seus clientes potenciais, torna-se
quase impossível criar produtos e serviços que sejam capazes de atender
as expectativas de cada um.
Pensando em esclarecer esses pontos e proporcionar um direcionamento
mais abrangente, Tatiana Moura, da Fix Online (@fixonline), profissional
cadastrada na categoria de Assistência técnica de celulares do
GetNinjas, maior aplicativo de contratação de serviços do Brasil,
comenta sobre esse processo.
Tati da fix, como é popularmente conhecida nas redes sociais, onde
concentra quase 20 mil seguidores, é especialista em conteúdo para
gestão de assistências técnicas. Ela acredita que a chave para o sucesso
está em entender as necessidades, desejos e objetivos dos clientes,
permitindo criar produtos e serviços que atendam às suas expectativas e
aumentem a taxa de conversão. “Conhecer profundamente o público-alvo é o
primeiro passo para construir um negócio de sucesso”, destaca a
especialista.
Aqui, ela traz dicas valiosas, mostrando que é completamente possível fazer um bom trabalho.
Para começar, você precisa entender o que o público-alvo:
O público-alvo representa um grupo específico de pessoas que
compartilham algumas características e interesses semelhantes e a partir
daí é que conseguimos desenvolver estratégias de marketing mais
segmentadas e focadas em dores ou desejos específicos.
Quais características devem ser filtradas:
Entre os principais pontos que são utilizados para formar um
público-alvo, destacam-se a idade, o gênero, a renda, a formação, a
localização geográfica, os hábitos de consumo e os interesses em temas
específicos, permitindo, dessa forma, entender quais são os produtos e
serviços que atendem, da melhor forma possível, os interesses dessas
pessoas que contemplam interesse no seu negócio.
A importância da ação:
Conhecer e entender seu público é necessário justamente para abrir a
possibilidade de fazer a sua campanha chegar nas pessoas certas, com o
perfil de consumidor do seu produto e que têm a necessidade em
adquiri-lo.
Dessa forma, os investimentos serão direcionados aos produtos certos, evitando erros e gastos sem retorno.
Conheça o seu mercado:
Para entender o público da sua empresa é necessário avaliar o
mercado. Esse tipo de análise vai ajudar a compreender quem são os
consumidores e como os concorrentes estão atendendo, gerando maior
consciência sobre como impactar as pessoas. “Faça a avaliação dos
concorrentes; escute clientes e consumidores; encontre dados sobre nicho
de atuação, entenda comportamento de cada um e acompanhe informações do
mercado”, orienta Tatiana Moura.
Invista em pesquisas:
Realizar pesquisas de mercado para entender o perfil do público da
empresa também é um ponto que pode ajudar a defini-lo. Esse tipo de
tarefa é realizado de diversas formas, como: utilizar redes sociais para
compreender mais sobre os consumidores; fazer pesquisas em plataformas
de questionários; realizar entrevistas com pessoas que já compraram pela
sua empresa; analisar dados e recorrer a pesquisas de mercado.
Fidelizar clientes:
“Quanto mais a sua empresa conhece o cliente, mais vocês criam
conexões. Isso quer dizer que quando ele pensar em comprar algo que a
sua empresa oferece, logo ele vai pensar em você”, explica. E antes de
fidelizar o cliente, você precisa saber quem ele é e quais são as suas
necessidades.
Por fim, é tão importante quanto cada dica repassada, entenda qual
problema o seu negócio resolve, para, assim, mostrar os benefícios do
seu serviço ou produto aos clientes.
O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?
Moysés Peruhype Carlech
Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”,
sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de
resto todas as lojas dessa cidade no Site da nossa Plataforma Comercial
da Startup Valeon.
Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer
pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as
minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais
uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?
Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a
sua localização aí no seu domicílio? Quais os produtos que você
comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online
com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu
WhatsApp?
Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para
ficarem passeando pelos Bairros e Centros da Cidade, vendo loja por loja
e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.
A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao
mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para
sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em
Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para
enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de
isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos
hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar
pelos corredores dos shoppings centers, bairros e centros da cidade,
durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar
por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que
tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa
barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio
também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.
É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda
do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim
um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu
processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e
eficiente. Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e
aumentar o engajamento dos seus clientes.
Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu
certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer”. –
Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um
grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe
você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o
próximo nível de transformação.
O que funcionava antes não necessariamente funcionará no
futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas
como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos
consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas
tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo
aquilo que é ineficiente.
Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de
pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos
justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer
e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde
queremos estar.
Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a
absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que
você já sabe.
Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo
por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na
internet.
Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a
sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar
você para o próximo nível.
Aproveite essa oportunidade para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.
Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, deve visitar a Coreia do Norte nesta semana.
Há relatos de que Pyongyang já começou os preparativos para a visita do presidente russo.
Se a viagem à Coreia do Norte realmente
acontecer, será a primeira visita de Putin ao país em 24 anos — a
última foi em 2000, quando Kim Jong-il, pai do atual líder, Kim Jong-un,
ainda estava no poder.
O líder russo aceitou o convite de Kim para visitar a Coreia do Norte
em setembro do ano passado, quando ambos os líderes se reuniram em
Vostochny, no extremo leste russo.
Acredita-se que o foco do próximo encontro será a cooperação militar
entre os dois países, mas também será uma oportunidade para fortalecer a
cooperação em outras áreas como economia, cultura, agricultura, turismo
e social.
Em particular, será interessante ver até que ponto o presidente Putin
fará menção ao intercâmbio de armas avançadas e à posse de armas
nucleares pela Coreia do Norte.
No entanto, há também a opinião de que é mais provável que o encontro
acabe sendo mais um “evento” do que um momento de discussão em busca de
resultados reais.
Abaixo, 3 motivos para a aproximação entre Putin e Kim.
1. Cooperação militar: Rússia precisa de armas, Coreia do Norte precisa de apoio técnico
Quase dois anos e meio após o início da invasão russa à Ucrânia, a
interdependência entre a Coreia do Norte e a Rússia segue crescendo, com
um fornecendo suprimentos ao outro.
Nam Sung-wook, professor do Departamento de Unificação e Diplomacia
da Universidade da Coreia, disse que, neste momento, a agenda da reunião
terá como foco definir “quantas armas fabricadas pela Coreia do Norte
serão fornecidas à Rússia no futuro”.
Outros dizem que existe a possibilidade de que se vá além dos acordos
de curto prazo, focados no fornecimento de armas convencionais pela
Coreia do Norte, e se estabeleça as bases para uma cooperação militar
muito mais estreita através de programas como o desenvolvimento conjunto
de sistemas de armamento.
Especula-se também que a Coreia do Norte possa querer mais do que comida e combustível em troca das armas que fornece à Rússia.
Mais especificamente, o professor Nam acredita que a Coreia do Norte —
que não conseguiu lançar um satélite de reconhecimento militar em maio
passado — usará o encontro para discutir o apoio da Rússia a sua
tecnologia aeroespacial.
A explicação é que a Coreia do Norte vai precisar de ajuda da Rússia,
uma potência em tecnologia espacial, para lançar satélites com sucesso.
É esperado ainda que a Coreia do Norte tente obter apoio tecnológico
da Rússia para aumentar a resolução dos satélites de reconhecimento e
aprimorar seus submarinos nucleares.
Enquanto isso, o professor Nam considera improvável que o intercâmbio de armas nucleares seja mencionado publicamente.
Atualmente, o presidente Putin tem se mostrado sensível à entrada de
armas ocidentais na Ucrânia e à ameaça que representam ao território
continental russo — e chegou a mencionar a possibilidade de usar armas
nucleares.
No entanto, como a cooperação ou o intercâmbio de armas nucleares
entre a península coreana e o nordeste da Ásia pode despertar forte
oposição de países como os EUA e a China, espera-se que não se revele
muito sobre as conversas relacionadas que ocorrerem durante a reunião.
2. Cooperação econômica: Rússia quer mão de obra, Coreia do Norte quer moeda estrangeira
É esperado que a Rússia e a Coreia do Norte também discutam a ampliação da cooperação econômica.
Kang Dong-wan, professor de ciência política e diplomacia na
Universidade Dong-A, diz que o que a Coreia do Norte mais precisa da
Rússia atualmente é de moeda estrangeira que chega por meio das remessas
de trabalhadores no exterior.
Isso significa a possibilidade de a Coreia do Norte enviar mais trabalhadores à Rússia.
A Rússia também precisa de mão de obra para a reconstrução, devido à
guerra. É necessário um número significativo de trabalhadores para o
país se recuperar dos danos causados pela guerra na Ucrânia e
reconstruir sua economia.
O veículo de comunicação russo Vedomosti citou uma fonte diplomática
que disse: “Os dois líderes poderiam discutir se devem trazer
trabalhadores imigrantes da Coreia do Norte, dado que a Rússia está
passando por uma grave escassez de mão-de-obra devido à mobilização de
tropas e aos jovens que fogem para o exterior desde a guerra na
Ucrânia”.
No entanto, sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU
contra a Coreia do Norte proíbem que norte-coreanos trabalhem no
exterior e determinam a repatriação de todos aqueles que já estavam
nessa situação antes de 22 de dezembro de 2019.
Caso a Rússia, um membro permanente do Conselho de Segurança, busque
oficialmente a contratação de trabalhadores norte-coreanos, é muito
provável que haja forte reação da comunidade internacional.
A atenção se concentra em como os dois países buscarão a cooperação
econômica diante da oposição e da pressão diplomática da comunidade
internacional.
3. Intercâmbio cultural: a rota turística entre a Coreia do Norte e a Rússia será aberta?
A Rússia retomou em fevereiro as viagens de grupo para a Coreia do Norte, que tinham sido suspensas na sequência da covid-19.
Além disso, no início deste mês, o serviço de trens de passageiros
entre a Coreia do Norte e a Rússia foi retomado pela primeira vez depois
de cerca de quatro anos.
Segundo o governo da região russa de Primorsky Krai, mais de 400
turistas russos visitaram a Coreia do Norte entre fevereiro e maio deste
ano.
No site da agência de viagens russa Vostok Intru, um pacote turístico
de cinco dias e quatro noites para a Coreia do Norte é anunciado por
US$ 750.
Também são oferecidas viagens em grupo para a Coreia do Norte, que podem ser reservadas até setembro.
A página oferece vários pacotes, como rotas pela montanha Baekdu, um
passeio pela história da Coreia do Norte e um itinerário para o
aniversário da vitória na Guerra de Libertação da Pátria.
Quanto à razão por trás do recente aumento do turismo no país, Kim
Dong-yup, professor da Universidade de Estudos da Coreia do Norte, diz
que “isso se deve ao fato de o turismo não ser simplesmente uma forma de
ganhar dinheiro, mas também desempenha um papel importante na melhoria
das relações através da troca direta entre as pessoas”.
Ele acrescentou que os russos que visitam a Coreia do Norte ajudam a promover as relações amigáveis entre os dois países.
A análise é de que, à medida que as visitas entre povos aumentam, a
interdependência entre os dois países é fortalecida, o que pode
contribuir para aliviar tensões militares.
O professor Kim diz que as visitas de turistas estrangeiros ajudam a
aliviar a imagem da Coreia do Norte como um país fechado e perigoso para
a comunidade internacional.
Assim, o turismo norte-coreano é valorizado como um importante meio
de intercâmbio social e cultural e de melhoria da imagem internacional
para além dos aspectos económicos.
Mas há casos recentes de cancelamentos de viagens em grupo para a Coreia do Norte.
Uma agência de viagens anunciou que uma excursão de quatro dias pelo
país, prevista para 31 de maio, tinha sido cancelada devido à falta de
interessados.
As características específicas da Coreia do Norte – carece de uma
infraestrutura turística e restringe a livre circulação de estrangeiros –
tornam o turismo uma indústria difícil de se expandir.
Para o professor Kang Dong-wan, um encontro entre Coreia do Norte e
Rússia poderia ser uma oportunidade para se discutir cooperação
turística.
Em 19 de julho de 2000, o presidente Putin visitou Pyongyang pela
primeira vez e se reuniu com o presidente Kim Jong-il, no primeiro
encontro bilateral entre os dois países desde o fim da Guerra Fria.
Naquela época, a Rússia sonhava em ressurgir na comunidade
internacional, e a Coreia do Norte tentava aumentar o contato com o
mundo exterior após o fim do período da “Marcha Árdua”.
Naquela época, os dois líderes adotaram a Declaração Conjunta Coreia
do Norte-Rússia, que continha referências à cooperação mútua entre os
dois países em várias áreas, incluindo com relação aos mísseis
norte-coreanos, e especificava os conteúdos do tratado de amizade e
cooperação.
Em matéria de cooperação militar, especificamente, foi acordado que
“em caso de invasão ou situação de perigo, os dois países entrarão em
contato imediatamente”.
Considerando que a relação entre a Coreia do Norte e a Rússia foi
reforçada, especula-se que o tratado – que já passou de “entendimento”
para “aliança” – será renovado no encontro.
“A visita anterior de Putin ao país asiático ocorreu em um momento em
que as provocações militares da Coreia do Norte eram limitadas. Mas,
agora, com a guerra da Ucrânia como uma oportunidade, os laços militares
entre a Coreia do Norte e a Rússia se fortaleceram. Esse encontro
bilateral trará uma cooperação muito mais profunda que a do passado,”
explicou o professor Nam.
“Parece que vai chegará quase ao nível de aliança”, acrescentou.
E observou que outra grande diferença é que, diferentemente de hoje, no passado a Coreia do Norte não possuía armas nucleares.
“Em uma situação em que há uma reorganização da ordem internacional,
em que ao mesmo tempo o sistema unipolar centrado nos EUA é
enfraquecido, espera-se que a Rússia e a Coreia do Norte procurem novas
formas de cooperar em prol de seus respectivos interesses nacionais”.
E conclui: “Em uma situação em que as relações inter-coreanas estão
interrompidas, há a possibilidade de a Coreia do Norte conceber uma nova
estratégia diplomática”.
História de Cicero Cotrim, Giordanna Neves, Amanda Pupo, Fernanda Trisotto e Sofia Aguiar – Jornal Estadão
BRASÍLIA – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, 17, ter apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um
cenário de evolução das receitas e despesas, além dos principais gastos
com programas do governo. Questionado se a desindexação de despesas no
Orçamento foi abordada, o ministro respondeu que foram discutidos “todos
os cadastros”, sem responder diretamente à pergunta.
Haddad citou a experiência com o saneamento de cadastros que foi
feito em razão do auxílio prestado ao Rio Grande do Sul, levando em
conta sobre como essa experiência pode liberar, a nível federal, espaço
orçamentário para acomodar outras despesas, e garantir um patamar
“adequado” dos gastos discricionários (não obrigatórios, como
investimentos e custeio da máquina pública).
“Tomamos até a experiência do Rio Grande do Sul recente, o trabalho
de saneamento dos cadastros, o que isso pode implicar em termos
orçamentários do ponto de vista de liberar espaço orçamentário para
acomodar outras despesas e garantir que despesas discricionárias
continuem em patamar adequado para os próximos anos”, afirmou Haddad.
Haddad disse que o presidente Lula se “apropriou” dos números
apresentados pela equipe econômica sobre a evolução de gastos federais
com “bastante atenção”, e abriu um espaço classificado como “importante”
para a discussão do tema. Após dar uma declaração no Planalto, Haddad
falou com a imprensa brevemente ao voltar para a sede da Fazenda em
Brasília.
Segundo ele, para o encontro realizado mais cedo, a Casa Civil, o
Planejamento e a Fazenda preparam vários gráficos para que Lula possa
compreender a evolução das despesas, e o impacto dessa trajetória, a fim
de que o presidente se familiarize com os dados e com uma “proposta de
equacionamento dessas questões”.
“Não é o primeiro Orçamento que ele fecha, já está no décimo ano (de
governo), ele está muito familiarizado e habituado com esse debate. Mas
foi uma reunião muito produtiva, senti o presidente bastante mais senhor
dos números, se apropriou dos números com bastante atenção, abriu
espaço importante de discussão dessas questões”, disse
De acordo com Tebet, Lula ficou “mal impressionado” com o aumento da
renúncia fiscal e que possíveis soluções para a elevação das despesas
serão apresentadas a Lula em uma próxima reunião da Junta de Execução
Orçamentária (JEO).
”São duas grandes preocupações. Houve crescimento dos gastos da
Previdência e de gastos tributários, da renúncia. O próprio relatório do
TCU mostra que há uma intersecção entre esses gastos”, disse Tebet após
o encontro. “Lula ficou extremamente impressionado, mal impressionado,
com o aumento dos subsídios que estão batendo quase 6% do PIB do Brasil.
Estamos falando de renúncia fiscal, mas também de benefícios
financeiros e creditícios”, disse.
Segundo Tebet, a soma desses gastos – com renúncia fiscal e
benefícios financeiros e creditícios – atinge R$ 646 bilhões, sendo que
só os benefícios tributários somam R$ 519 bilhões. Lula pediu que a
equipe econômica se debruce sobre esses números para apresentar
alternativas.
Haddad também acrescentou que a equipe já apresentou ao presidente
dados para a formulação da proposta de lei orçamentária de 2025, além de
dar informes sobre a execução do Orçamento deste ano. “Teve uma ênfase
muito grande no relatório do TCU.
Sobre a receita, há uma preocupação muito grande com as renúncias
fiscais, que continuam num patamar de R$ 519 bilhões, isso em 2023?,
disse. A reunião também tratou da evolução de despesas.
Haddad também disse que o time se concentrou em apresentar
explicações a Lula sobre a redução da carga tributária do País, tendo em
vista a pressão de setores sobre as medidas de correção da erosão
fiscal que estão sendo tomadas pela Fazenda.
Um exemplo é a MP que limitava o uso de créditos de PIS/Cofins,
amplamente rechaçada pelo setor produtivo e que acabou devolvida pelo
Congresso. Ele considerou a reunião produtiva e importante para que Lula
tenha mais familiaridade com a execução orçamentária desse ano.
“(Lula) ficou até surpreso com a notícia de que a carga tributária no
ano passado caiu, porque alguns grupos de interesse reclamam e não veem
a conformação do todo”, avaliou Haddad.
Segundo o ministro, durante o encontro, também foram apresentadas
séries históricas desde o governo do ex- presidente Fernando Henrique
Cardoso. “Nos debruçamos sobre isso para ele ver a evolução tanto no
agregado quanto das unidades de contas específicas para que ele pudesse
fazer acompanhamento preciso e pudesse tomar as decisões corretas para
seguirmos com a nossa agenda de em relação ao PIB, fazermos recomposição
para buscar o equilíbrio das contas”, reiterou.
Reforma tributária
Haddad afirmou que o presidente Lula está preocupado com a regulamentação da reforma tributária,
em tramitação no Congresso, e que a agenda de votações até o recesso
parlamentar, em julho, foi o tema da primeira reunião com o presidente
nesta segunda, 17.
De acordo com Haddad, Lula pediu aos ministros empenho para a
aprovação da tributária. “Ele pediu muito empenho dos ministros
presentes para que interajam de forma mais produtiva possível, sobretudo
com a Câmara no primeiro semestre, para conseguirmos votar a
regulamentação dos dois projetos de lei complementar”, disse.
O governo vai abrir mão de arrecadar quase R$ 790 bilhões em impostos
em 2024, segundo levantamento da Unafisco (Associação Nacional dos
Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil).
A entidade divulgou nesta segunda-feira, 17, uma atualização de seu levantamento sobre os privilégios tributários no Brasil.
Segundo a Unafisco, o valor de R$ 789,6 bilhões representa um aumento
considerável de 46,9% em relação a 2023, que foi da ordem de R$ 537,5
bilhões. Este valor inclui todas as isenções, anistias, remissões,
subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia,
conforme os dados do Demonstrativo dos Gastos Tributários (DGT) e as
omissões identificadas pelos auditores.
O estudo visa fomentar o debate sobre a política tributária no
Brasil, identificando os chamados gastos tributários e as rubricas
consideradas pela Unafisco como “regalias fiscais”.
“Os privilégios tributários identificados representam uma
significativa perda de arrecadação que poderia ser utilizada para
políticas públicas mais eficazes”, disse, em nota a entidade.
São considerados privilégios tributários as renúncias fiscais
concedidas a setores ou grupos específicos de contribuintes sem
contrapartida adequada, notória ou comprovada para o desenvolvimento
econômico sustentável ou redução das desigualdades.
Principais privilégios tributários, segundo a Unafisco
1. Isenção dos Lucros e Dividendos Distribuídos por Pessoa Jurídica
– Valor: R$ 160,1 bilhões
– Justificativa: A isenção dos lucros e dividendos distribuídos por
pessoa jurídica é considerada um privilégio tributário significativo,
pois não há contrapartida adequada para o desenvolvimento econômico
sustentável ou redução das desigualdades
2. Não Instituição do Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF)
– Valor: R$ 76,46 bilhões
– Justificativa: A ausência de regulamentação do IGF, previsto
constitucionalmente, é vista como um privilégio que protege a camada
mais rica da população, resultando em uma perda significativa de
arrecadação.
3. Benefícios da Zona Franca de Manaus
– Valor: R$ 30,99 bilhões
– Justificativa: Os benefícios fiscais concedidos à Zona Franca de
Manaus são considerados privilégios devido à falta de comprovação de
contrapartidas adequadas
4. Programas de Parcelamentos Especiais (Refis)
– Valor: R$ 29,37 bilhões
– Justificativa: Os programas de parcelamentos especiais, que incluem
anistias e remissões, são considerados privilégios tributários, pois
reduzem o montante do crédito tributário devido sem uma contrapartida
clara
5. Simples Nacional
– Valor: R$ 125,36 bilhões (parcialmente considerado privilégio)
– Justificativa: Embora o Simples Nacional seja um incentivo
importante para micro e pequenas empresas, parte do benefício é
considerada privilégio, especialmente para empresas com faturamento
elevado que não contribuem significativamente para a geração de empregos
6. Desoneração da Cesta Básica
– Valor: R$ 38,99 bilhões (parcialmente considerado privilégio)
– Justificativa: A desoneração da cesta básica é parcialmente
considerada privilégio, pois beneficia também contribuintes com maior
capacidade contributiva
7. Benefícios para Entidades Filantrópicas
– Valor: R$ 19,75 bilhões.
– Justificativa: Os benefícios fiscais concedidos a entidades
filantrópicas são considerados privilégios devido à falta de comprovação
de contrapartidas adequadas
– Justificativa: Os benefícios fiscais concedidos às regiões da
SUDENE e SUDAM são considerados privilégios devido à falta de
comprovação de contrapartidas adequadas
9. Benefícios para Produtos Químicos e Farmacêuticos
– Valor: R$ 10,80 bilhões.- Justificativa: Os benefícios fiscais
concedidos ao setor de produtos químicos e farmacêuticos são
considerados privilégios devido à falta de comprovação de contrapartidas
adequadas
“A Unafisco Nacional recomenda ao governo análise mais
rigorosa e a inclusão de todos os benefícios fiscais no Demonstrativo
dos Gastos Tributários (DGT) para uma avaliação mais precisa e justa,
com o propósito de perseguir maior transparência e justiça fiscal no
sistema tributário brasileiro, além de destacar a importância de revisar
e ajustar os privilégios tributários para promover uma maior justiça
fiscal e eficiência econômica”
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A Executiva Nacional do PT criticou a
proposta de limitar o crescimento real dos pisos de saúde e educação a
2,5%. Por meio de nota divulgada nesta segunda-feira (17), afirma que os
pisos são conquistas históricas da sociedade brasileira.
Conforme a Folha de S.Paulo mostrou, a mudança é objeto de estudo do
Ministério da Fazenda, como forma de aproximar o crescimento dessas
despesas à lógica do arcabouço fiscal, que limita o conjunto dos gastos
federais a uma alta real de até 2,5% ao ano
“Como defendemos ao longo da campanha presidencial, um dos maiores
desafios do país continua sendo colocar o povo no Orçamento e fazer os
muito ricos pagarem impostos”, afirma.
Sem citar o estudo da Fazenda, a executiva do partido afirma que o
governo Lula enfrenta “campanha especulativa e de ataques ao programa de
reconstrução do país com desenvolvimento e justiça social”.
De acordo com um integrante da equipe econômica, com a mudança o
crescimento real dos pisos passaria a ser limitado aos mesmos 2,5%
previstos no arcabouço. Também estão em análise alterações nas regras de
certos benefícios previdenciários, como o auxílio por incapacidade
temporária (antigo auxílio-doença) -que passariam a ser desvinculados do
salário mínimo.
A proposta, no entanto, já enfrenta resistências na ala política do
governo e na cúpula do PT. Um técnico do governo afirma que a medida
teria impacto pequeno no Orçamento de 2025 e 2026, o que desmotiva a ala
política a assumir o elevado custo político da discussão em troca de um
“ganho zero” para o restante do mandato.
No fim de semana, Lula criticou publicamente o estudo. O presidente
afirmou que não fará ajuste fiscal “em cima dos pobres”. O petista
disse, no entanto, que vai se reunir com a equipe econômica para
discutir o Orçamento e que não haverá “gastos desnecessários”.
De acordo com a Executiva Nacional do PT, a arrecadação e o PIB têm
crescido e há uma “inexistente crise fiscal” fabricada. “Um país que
está saindo de um déficit primário de 2,29% para algo próximo de zero no
corrente ano.”
Classifica, ainda, a gestão do Banco Central de bolsonarista. Além de
se manifestar contra a PEC (proposta de emenda à Constituição) que
amplia a autonomia do BC.
“A escancarada sabotagem ao crédito, ao investimento e às contas
públicas, movida pela direção bolsonarista do Banco Central com a
manutenção da maior taxa de juros do planeta, soma-se à feroz
resistência de setores privilegiados diante das necessárias e inadiáveis
propostas, encaminhadas ao Congresso Nacional pelo ministro Fernando
Haddad, para a correção de um conjunto de desonerações tributárias,
muitas injustas e injustificáveis”, diz.
Apesar do apoio do presidente do BC, Roberto Campos Neto, a PEC
enfrenta a resistência de cardeais do Senado, como Omar Aziz (PSD-AM). O
líder da União Brasil, Efraim Filho (PB), avalia que a medida está no
radar dos senadores, mas não deve avançar a curto prazo.
A proposta ainda não tem data para votação. O relator, senador Plínio
Valério (PSDB-AM), esperava ler o parecer na CCJ (Comissão de
Constituição e Justiça) na quarta (12), mas o presidente, Davi
Alcolumbre (União Brasil-AP), pediu a realização de uma audiência
pública antes.
Um parecer feito pela liderança do governo no Senado afirma que a PEC
é inconstitucional, cria insegurança jurídica para os servidores e
coloca em xeque a fiscalização de instituições financeiras.
A nota técnica, obtida pela Folha de S.Paulo, diz que a proposta
viola a harmonia e a separação de Poderes (uma cláusula pétrea da
Constituição) ao retirar o BC da estrutura administrativa do Executivo e
submeter a instituição à supervisão do Congresso Nacional.