quarta-feira, 19 de junho de 2024

MORO REBATE CRÍTICAS DE LULA

 

História de Elizabeth Lopes – Jornal Estadão

O senador Sérgio Moro (União-PR) rebateu, em sua conta na rede X, antigo Twitter, as críticas feitas nesta terça-feira, 18, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista à rádio CBN, Lula disse que Moro e o presidente do Banco Central são semelhantes ao se portarem como ‘paladinos da justiça, mas possuírem ‘o rabo preso a compromissos políticos’.

O senador Sérgio Moro rebateu declarações do presidente Lula. Foto: Saulo Cruz/Agência Senado Foto: DIV

O senador Sérgio Moro rebateu declarações do presidente Lula. Foto: Saulo Cruz/Agência Senado Foto: DIV© Fornecido por Estadão

Em sua postagem na rede X, Moro disse que “[Lula] quer levantar nuvem de fumaça sobre a incompetência de seu governo na economia” e que o mandatário continua usando a mesma técnica de sempre: “Lula, ao atacar sem razão o Bacen e Campos Neto, quer levantar nuvem de fumaça sobre a incompetência de seu governo na economia. É a mesma técnica que usou contra mim: quando me atacava queria esconder a corrupção de seus Governos e da Petrobras. Há método na mentira lulista”, disse.

Na entrevista que concedeu hoje à CBN, Lula disse que Campos Neto tem um viés político de atuação, citando o jantar em que foi homenageado, na semana passada, pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. E comparou a autoridade monetária a Moro, que deixou o governo Jair Bolsonaro, onde ocupava a pasta da Justiça, para se lançar na seara política. “O paladino da Justiça, com rabo preso a compromissos políticos.”

RETIRADA DE CONVITE DA UE POR MADURO COMPLICA A VIDA DE LULA

História de RENATO MACHADO E RICARDO DELLA COLETTA – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A decisão do ditador Nicolás Maduro de retirar um convite feito para que observadores da União Europeia acompanhassem as eleições presidenciais venezuelanas, marcadas para 28 de julho, aumentou a pressão sobre o presidente Lula (PT).

O petista é aliado histórico do chavismo e sofre cobranças por ter blindado Maduro de críticas pela perseguição contra opositores, apesar de ele próprio ter feito reprimendas pontuais contra o regime nos últimos meses.

De acordo com um assessor com conhecimento das tratativas, desde os primeiros dias de junho o governo Lula tenta costurar com Caracas um novo convite para uma missão observadora da UE. No entanto, há resistências do lado venezuelano.

No fim de maio, o regime Maduro cancelou o convite que havia sido feito a observadores da União Europeia para acompanhar o pleito marcado para o final de julho –o processo já está marcado por diversos episódios de perseguição contra opositores.

A decisão foi anunciada pelo presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Elvis Amoroso, que justificou a medida pela manutenção das sanções do bloco europeu contra chavistas. Segundo ele, os europeus “não são gente honrada para vir a este país enquanto mantém sanções”.

O veto à UE jogou pressão sobre Lula tanto pelo Brasil ser o maior país da região como pelo histórico de blindagem do petista em relação ao líder venezuelano. Em entrevista à Folha de S.Paulo no domingo (16), o diplomata Edmundo González, candidato de oposição que enfrentará Maduro, disse que Lula precisa insistir com o ditador para que ele aceite observadores internacionais, retomando um convite aos europeus.

Entre auxiliares de Lula, um novo convite aos europeus passou a ser visto como um ponto-chave para que o Brasil siga apoiando o processo eleitoral no país vizinho. A argumentação é que a União Europeia é um dos atores citados nominalmente no Acordo de Barbados, fechado entre o governo e a oposição para realizar eleições presidenciais minimamente competitivas.

Após mais de uma semana de conversas de bastidores, houve a avaliação na equipe de Lula que poucos avanços foram conseguidos e que era necessário subir o nível. O brasileiro então ligou para Maduro, para cobrar a participação de observadores.

Um auxiliar palaciano aponta que o tom da conversa foi ameno, mas que Lula passou o recado de que Maduro precisa garantir algum tipo de monitoramento externo —segundo um auxiliar, o brasileiro não citou especificamente o caso da UE e se referiu ao assunto em termos genéricos.

“Os presidentes também falaram sobre o processo eleitoral venezuelano. Lula reiterou o apoio brasileiro aos acordos de Barbados e ressaltou a importância de contar com ampla presença de observadores internacionais”, informou o Palácio do Planalto, em nota. “Também manifestou a expectativa de que as sanções em vigor contra a Venezuela possam ser levantadas, de modo a contribuir para que o processo eleitoral possa seguir adiante em clima de confiança e entendimento”.

A relação entre Brasília e Caracas estava em compasso de espera, que já durava dois meses, desde a reação crítica do Brasil a um bloqueio do chavismo contra o registro da opositora Corina Yoris. O próprio Lula criticou publicamente o regime Maduro pela exclusão. O petista afirmou que era grave a decisão de excluir a candidata, que já era a substituta da vencedora das prévias da oposição, Maria Corina Machado, também impedida de concorrer.

Dois dias antes, a diplomacia brasileira havia se manifestado na mesma direção, ao expressar preocupação com o desenrolar do processo eleitoral venezuelano. Houve ainda um elogio à oposição. No final de abril, o petista disse que a união de adversários em torno da candidatura de Edmundo González era uma coisa extraordinária.

Nas tratativas diplomáticas, o Brasil usa como argumento com o regime Maduro que o diálogo entre chavistas e oposição e a realização de eleições democráticas são requisitos para que o regime venezuelano possa pleitear com mais força a retirada das sanções.

O governo brasileiro também vem mantendo uma articulação com a Colômbia, resultado de uma preocupação com o dia seguinte às eleições. Há a avaliação entre os dois países de que é preciso intensificar o diálogo em Caracas, para que o processo se dê de maneira transparente e para que seja possível ter um reconhecimento pelo lado perdedor.

O governo brasileiro manifesta preocupação de que eventuais questionamentos ao resultado das urnas levem a um conflito interno. Um dos principais motivos para essa apreensão é que a posse presidencial acontece apenas em janeiro de 2025, uma janela longa que, na visão de Brasília, pode ser de forte instabilidade.

 

LIRA DEFENDE CAMPOS NETO APÓS CRITICAS DE LULA

 asil e Mundo Lira defende o presidente do Banco Central Campos Neto

Lira defende autonomia do Banco Central após Lula criticar Campos Neto

Byvaleon

Jun 19, 2024

História de VICTORIA AZEVEDO – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu a autonomia do Banco Central após o presidente Lula (PT) criticar a atuação do chefe da autoridade monetária, Roberto Campos Neto.

Lira participou nesta terça-feira (18) do evento “CNN Talks – Crédito para o Brasil”. Ele disse que a Câmara tem guiado o país na direção que os parlamentares julgam correta, apoiando reformas econômicas e “resistindo a toda tentativa de retrocesso”.

“A autonomia do Banco Central, às vésperas do Copom, aumentou a credibilidade da nossa política monetária. O nosso arcabouço fiscal e a reforma tributária racionalizam a nossa política fiscal”, afirmou Lira.

Mais cedo nesta terça, o presidente Lula criticou Campos Neto, afirmando que ele tem lado político e trabalha para prejudicar o país.

“O presidente do Banco Central, que não demonstra nenhuma capacidade de autonomia, que tem lado político e que, na minha opinião, trabalha muito mais para prejudicar o país do que para ajudar o país”, afirmou o petista em entrevista à rádio CBN, após declarar que a autoridade monetária está “desajustada”.

Lula citou ainda o jantar em homenagem feito a Campos Neto em São Paulo, e sugeriu que ele teria pretensões político-eleitorais. O evento ocorreu na semana passada no Palácio dos Bandeirantes, por iniciativa do governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

“[Tarcísio] Tem mais [poder de influência] que eu. Não é que ele encontrou com Tarcísio numa festa. A festa foi para ele, foi homenagem do governo de São Paulo para ele, certamente porque o governador de São Paulo está achando maravilhoso a taxa de juros de 10,5%”, disse Lula.

Antes de começar a leitura de seu discurso nesta terça, Lira afirmou que o dia já tinha começado “bastante animado” e que não atiçaria mais dúvidas ao atual momento do país.

“Nunca trabalhei contra o meu país e nunca, de maneira nenhuma, a Câmara se posicionou [de modo] contrário aos interesses do Brasil nesse, naquele ou noutro governo. E hoje o dia já começa bastante animado. Não será por parte do presidente da Câmara, que nós atiçaremos mais um pouco as dúvidas, incertezas, agruras, versões, ilações que tanto mal tem feito ao nosso país”, afirmou.

LIDER DO GOVERNO ZEMA CONDENADO POR CORRUPÇÃO

História de Redação – IstoÉ Dinheiro

A juíza Gabriela de Alvarenga Silva Lipienski, da 3ª Vara Criminal da Justiça Federal de Belo Horizonte, condenou o ex-deputado federal e atual deputado estadual de Minas – líder do governo Romeu Zema (Novo) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (Almg) – João Lúcio Magalhães Bifano (MDB) a onze anos e oito meses de prisão pelo suposto recebimento de propina para a destinação de recursos de emenda parlamentar ao município de Tumiritinga, localizado a 370 quilômetros de BH.

Em nota, o parlamentar afirmou que as denúncias são de quase 20 anos atrás e se “baseiam em acusações infundadas”. Magalhães sustenta que “não há nenhum indício” de que ele tenha recebido vantagem indevida.

A condenação se deu na esteira na Operação João de Barro, aberta em 2008 no rastro de um esquema de desvio de dinheiro público para obras de casas populares e estações de tratamento de esgoto. João Magalhães foi enquadrado por corrupção passiva e lavagem de capitais.

Também foram sentenciados o ex-prefeito de Tumiritinga Luiz Denis Alves Temponi e a então secretária do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Rio Doce (CISDOCE) Mary Rosane da Silva Lanes, que atuava como assessora informal do parlamentar.

Segundo a denúncia, quando deputado federal, João Magalhães apresentava emendas ao orçamento da União, destinando recursos para obras em municípios mineiros, e cobrava propinas de 10% e 12% da verba quando os valores eram empenhados.

O Ministério Público Federal narrou que, em 5 de outubro de 2007, João Magalhães recebeu R$ 38 mil de Luiz Temponi (PFL), como ‘contraprestação pela destinação de emenda parlamentar ao município’.

“O conjunto probatório demonstra claramente que João Magalhães, utilizando-se das atribuições do cargo que ocupava, se enriquecia às custas das emendas parlamentares com o envio de recursos aos municípios da região, de modo que a cada verba liberada, ele recebia um percentual a título de comissão, conduta que se amolda ao crime de corrupção passiva”, anotou a juíza Gabriela de Alvarenga Silva Lipienski.

COM A PALAVRA, JOÃO MAGALHÃES

Apesar de discordar da decisão em 1ª instância do tribunal, a recebo com tranquilidade. As referidas denúncias datam de quase 20 anos atrás e se baseiam em acusações infundadas. Não há nenhum indício de que eu tenha recebido qualquer vantagem indevida – o que será devidamente comprovado através de meus advogados ao longo do processo.

Sigo tranquilo com minha conduta e com a integridade de meus atos durante toda a minha vida pública. De 1996 a 2015, período em que exerci mandatos como deputado federal, não foi diferente.Todas as medidas legais cabíveis estão sendo tomadas para que este assunto seja esclarecido e foco minhas energias na atuação em favor de Minas como deputado estadual e líder de governo.

O post Líder de Zema na Almg pega 11 anos de prisão por propina em troca de emenda parlamentar apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

 

STF PODE LIBERAR O USO DA MACONHA NESTA QUINTA-FEIRA

TF julga discriminalização da maconha

STF volta a julgar descriminalização da maconha para uso pessoal nesta quinta-feira

Byvaleon

Jun 19, 2024

História de Gabriel de Sousa – Jornal Estadão

BRASÍLIA – O Supremo Tribunal Federal (STF) vai voltar a julgar nesta quinta-feira, 20, a descriminalização da maconha para uso pessoal. O placar está em 5 a 3 para extinguir a punibilidade do crime e a maioria da Corte já se manifestou para fixar uma quantidade da droga para diferenciar consumo próprio de tráfico no momento da abordagem policial.

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF© Fornecido por Estadão

O julgamento foi suspenso em março do ano passado pelo ministro Dias Toffoli. A sessão da Corte vai começar às 14 horas e o tema é o único que está na pauta. É preciso apenas mais um voto para que o STF forme maioria e acabe com a punição para o uso da maconha para uso pessoal.

A apreciação do tema ocorre em meio a um embate da Corte com o Congresso Nacional. Em abril, o Senado aprovou uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que criminaliza a posse e o porte de qualquer quantidade de drogas no País, em contraponto a uma possível decisão do Supremo.

A PEC incorporará à Constituição artigo considerando tanto o posse e como o porte de drogas ato ilícito em qualquer quantidade como crime. Caberá ao policial, segundo emenda de autoria de Rogério Marinho (PL-RN), distinguir a pessoa entre usuário e traficante. O texto está tramitando na Câmara dos Deputados e precisa de 308 votos, em dois turnos, para conseguir alterar a Carta Magna.

O relator do julgamento é o ministro Gilmar Mendes, que abriu os votos pela descriminalização do uso da droga. Gilmar foi acompanhado pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, e pelos ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber (aposentada) e Edson Fachin.

Vídeo relacionado: STF encerra sessão sem julgar reforma da previdência (Dailymotion)

Votaram contra a descriminalização os ministros André MendonçaKassio Nunes Marques e Cristiano Zanin. Além de Toffoli, ainda restam opinar sobre o tema os ministros Luiz Fux e Cármen Lúcia.

Veja como foi a discussão do STF até aqui

O STF julga um recurso contra uma decisão da Justiça de São Paulo, que manteve a condenação de um homem flagrado com três gramas de maconha. O análise do caso começou em agosto de 2015, mas sofreu sucessivos pedidos de vista – mais tempo para análise. Como a matéria tem repercussão geral, todas as instâncias da Justiça deverão seguir a solução adotada pelo STF quando forem julgar casos semelhantes.

O STF analisa se o artigo nº 28 da Lei de Drogas, sancionada em 2006, é inconstitucional ou não. A norma estabelece que o usuário pode ser condenado a medidas socioeducativas por até dez meses. Já para os traficantes, a pena é de cinco a 15 anos de prisão. Na regulamentação, porém, não há uma quantidade de entorpecentes que diferencie os dois delitos.

Em 2015, Gilmar votou no sentido de descriminalizar o porte de qualquer tipo de droga para consumo próprio. Posteriormente, após o voto de Fachin, ele reajustou o entendimento para restringir a medida ao porte de maconha e pela fixação de parâmetros diferenciando o tráfico de consumo próprio.

O ministro do STF Gilmar Mendes Foto: Nelson Jr./SCO/STF/Divulgação

O ministro do STF Gilmar Mendes Foto: Nelson Jr./SCO/STF/Divulgação© Fornecido por Estadão

Fachin considerou que o artigo nº 28 da Lei de Drogas é inconstitucional exclusivamente em relação à maconha. O ministro interpretou também que os parâmetros para diferenciar traficantes de usuários devem ser fixados pelo Legislativo.

Acompanhando Fachin e Gilmar, Barroso propôs como parâmetro a posse de 25 gramas da substância ou a plantação de até seis plantas fêmeas da espécie. Para o ministro, o Supremo precisa diferenciar porte e produção para consumo próprio do tráfico de entorpecentes para evitar que pessoas pretas e pobres sejam tratadas de maneira diferente que brancos e ricos durante abordagens policiais.

O ministro Alexandre de Moraes, em seu voto, sugeriu que as pessoas flagradas com até 60g de maconha ou que tenham seis plantas fêmeas sejam presumidamente usuárias. O magistrado explicou que chegou a esses números a partir de um estudo sobre o volume médio de apreensão de drogas no Estado de São Paulo, entre 2006 e 2017. A sugestão foi incluída pelo relator em seu voto.

O ministro do STF Alexandre de Moraes Foto: Wilton Junior/Estadão

O ministro do STF Alexandre de Moraes Foto: Wilton Junior/Estadão© Fornecido por Estadão

Antes de se aposentar, Rosa Weber também deu parecer favorável à liberação do porte da maconha e declarou que a punibilidade é desproporcional, por atingir de forma veemente a autonomia privada. Weber também afirmou que a mera tipificação de crime potencializa o estigma sobre o usuário e acaba por “aniquilar os efeitos pretendidos pela lei em relação ao atendimento, ao tratamento e à reinserção econômica e social de usuários e dependentes”.

Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no ano passado, Zanin foi o responsável por abrir a divergência quando o julgamento estava em 5 a 0 para a descriminalização. Para ele, a descriminalização somente seria possível se fossem definidas regras sobre como seria a oferta da droga legalizada. Além disso, o magistrado entende que a decisão pode agravar problemas de saúde e segurança da população.

Zanin foi acompanhado por Mendonça, que declarou que há uma falsa imagem na sociedade de que a maconha não faz mal. Para o ministro, o uso da droga é o “primeiro passo para o precipício”. O ministro também defendeu que a descriminalização do uso pessoal da droga é tarefa do Legislativo e propôs que o Congresso tenha um prazo de 180 dias para fixar critérios objetivos para diferenciar o usuário do traficante.

O ministro do STF André Mendonça. Foto: Joédson Alves/EFE

O ministro do STF André Mendonça. Foto: Joédson Alves/EFE© Fornecido por Estadão

O último ministro que votou no julgamento foi Kassio Nunes Marques. No entendimento do ministro, a droga não afeta apenas o usuário, mas também os familiares do viciado e a sociedade, contrariando o objetivo do legislador de afastar o perigo das drogas no ambiente social. Ele também considerou que o artigo nº 28 da Lei de Drogas constitui um “nítido fato inibitório do consumo, da circulação e, como consequência, do tráfico de entorpecentes”.

 

ENTENDER O PERFIL DOS CLIENTES É UMA FORMA DE ALAVANCAR A EMPRESA

 

Tatiana Moura, da Fix Online (@fixonline), profissional cadastrada na categoria de Assistência técnica de celulares do GetNinjas, maior aplicativo de contratação de serviços do Brasil, comenta sobre esse processo.

Entender sobre o perfil do cliente é uma das formas mais eficazes de alavancar a empresa e crescer entre os concorrentes, é o que destaca Tatiana Moura, profissional cadastrada no GetNinjas

Conhecer o público-alvo do seu negócio é fundamental para criar estratégias de comunicação com alto poder de conversão. Sem conhecer as necessidades, desejos e objetivos dos seus clientes potenciais, torna-se quase impossível criar produtos e serviços que sejam capazes de atender as expectativas de cada um.

Pensando em esclarecer esses pontos e proporcionar um direcionamento mais abrangente, Tatiana Moura, da Fix Online (@fixonline), profissional cadastrada na categoria de Assistência técnica de celulares do GetNinjas, maior aplicativo de contratação de serviços do Brasil, comenta sobre esse processo.

Tati da fix, como é popularmente conhecida nas redes sociais, onde concentra quase 20 mil seguidores, é especialista em conteúdo para gestão de assistências técnicas. Ela acredita que a chave para o sucesso está em entender as necessidades, desejos e objetivos dos clientes, permitindo criar produtos e serviços que atendam às suas expectativas e aumentem a taxa de conversão. “Conhecer profundamente o público-alvo é o primeiro passo para construir um negócio de sucesso”, destaca a especialista.

Aqui, ela traz dicas valiosas, mostrando que é completamente possível fazer um bom trabalho.

Para começar, você precisa entender o que o público-alvo:

O público-alvo representa um grupo específico de pessoas que compartilham algumas características e interesses semelhantes e a partir daí é que conseguimos desenvolver estratégias de marketing mais segmentadas e focadas em dores ou desejos específicos.

Quais características devem ser filtradas:

Entre os principais pontos que são utilizados para formar um público-alvo, destacam-se a idade, o gênero, a renda, a formação, a localização geográfica, os hábitos de consumo e os interesses em temas específicos, permitindo, dessa forma, entender quais são os produtos e serviços que atendem, da melhor forma possível, os interesses dessas pessoas que contemplam interesse no seu negócio.

A importância da ação:

Conhecer e entender seu público é necessário justamente para abrir a possibilidade de fazer a sua campanha chegar nas pessoas certas, com o perfil de consumidor do seu produto e que têm a necessidade em adquiri-lo.

Dessa forma, os investimentos serão direcionados aos produtos certos, evitando erros e gastos sem retorno. 

Conheça o seu mercado:               

Para entender o público da sua empresa é necessário avaliar o mercado. Esse tipo de análise vai ajudar a compreender quem são os consumidores e como os concorrentes estão atendendo, gerando maior consciência sobre como impactar as pessoas. “Faça a avaliação dos concorrentes; escute clientes e consumidores; encontre dados sobre nicho de atuação, entenda comportamento de cada um e acompanhe informações do mercado”, orienta Tatiana Moura.

Invista em pesquisas:               

Realizar pesquisas de mercado para entender o perfil do público da empresa também é um ponto que pode ajudar a defini-lo. Esse tipo de tarefa é realizado de diversas formas, como: utilizar redes sociais para compreender mais sobre os consumidores; fazer pesquisas em plataformas de questionários; realizar entrevistas com pessoas que já compraram pela sua empresa; analisar dados e recorrer a pesquisas de mercado.   

Fidelizar clientes:  

“Quanto mais a sua empresa conhece o cliente, mais vocês criam conexões. Isso quer dizer que quando ele pensar em comprar algo que a sua empresa oferece, logo ele vai pensar em você”, explica. E antes de fidelizar o cliente, você precisa saber quem ele é e quais são as suas necessidades.

Por fim, é tão importante quanto cada dica repassada, entenda qual problema o seu negócio resolve, para, assim, mostrar os benefícios do seu serviço ou produto aos clientes.

                     O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?                

Moysés Peruhype Carlech

Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”, sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de resto todas as lojas dessa cidade no Site da nossa Plataforma Comercial da Startup Valeon.

Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?

Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a sua localização aí no seu domicílio? Quais os produtos que você comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu WhatsApp?

Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para ficarem passeando pelos Bairros e Centros da Cidade, vendo loja por loja e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.

A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar pelos corredores dos shoppings centers, bairros e centros da cidade, durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.

É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e eficiente.  Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e aumentar o engajamento dos seus clientes.

Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer”. – Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o próximo nível de transformação.

O que funcionava antes não necessariamente funcionará no futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo aquilo que é ineficiente.

Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde queremos estar.

Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que você já sabe.

Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na internet.

Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar você para o próximo nível.

Aproveite essa oportunidade para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.

Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.

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terça-feira, 18 de junho de 2024

VISITA DE PUTIN A COREIA DO NORTE TEM COMO FOCO A COOPERAÇÃO MILITAR

História de Moon Jun-ah – BBC News BrasilVISITA DE PUTIN A c

Vladimir Putin e Kim Jong-un vêm se aproximando há algum tempo

Vladimir Putin e Kim Jong-un vêm se aproximando há algum tempo© Getty Images

presidente da Rússia, Vladimir Putin, deve visitar a Coreia do Norte nesta semana.

Há relatos de que Pyongyang já começou os preparativos para a visita do presidente russo.

Se a viagem à Coreia do Norte realmente acontecer, será a primeira visita de Putin ao país em 24 anos — a última foi em 2000, quando Kim Jong-il, pai do atual líder, Kim Jong-un, ainda estava no poder.

O líder russo aceitou o convite de Kim para visitar a Coreia do Norte em setembro do ano passado, quando ambos os líderes se reuniram em Vostochny, no extremo leste russo.

Acredita-se que o foco do próximo encontro será a cooperação militar entre os dois países, mas também será uma oportunidade para fortalecer a cooperação em outras áreas como economia, cultura, agricultura, turismo e social.

Em particular, será interessante ver até que ponto o presidente Putin fará menção ao intercâmbio de armas avançadas e à posse de armas nucleares pela Coreia do Norte.

No entanto, há também a opinião de que é mais provável que o encontro acabe sendo mais um “evento” do que um momento de discussão em busca de resultados reais.

Abaixo, 3 motivos para a aproximação entre Putin e Kim.

1. Cooperação militar: Rússia precisa de armas, Coreia do Norte precisa de apoio técnico

Recentemente, os EUA autorizaram a Ucrânia a usar armas de fabricação americana em território russo

Recentemente, os EUA autorizaram a Ucrânia a usar armas de fabricação americana em território russo© Getty Images

Quase dois anos e meio após o início da invasão russa à Ucrânia, a interdependência entre a Coreia do Norte e a Rússia segue crescendo, com um fornecendo suprimentos ao outro.

Nam Sung-wook, professor do Departamento de Unificação e Diplomacia da Universidade da Coreia, disse que, neste momento, a agenda da reunião terá como foco definir “quantas armas fabricadas pela Coreia do Norte serão fornecidas à Rússia no futuro”.

Outros dizem que existe a possibilidade de que se vá além dos acordos de curto prazo, focados no fornecimento de armas convencionais pela Coreia do Norte, e se estabeleça as bases para uma cooperação militar muito mais estreita através de programas como o desenvolvimento conjunto de sistemas de armamento.

Especula-se também que a Coreia do Norte possa querer mais do que comida e combustível em troca das armas que fornece à Rússia.

Mais especificamente, o professor Nam acredita que a Coreia do Norte — que não conseguiu lançar um satélite de reconhecimento militar em maio passado — usará o encontro para discutir o apoio da Rússia a sua tecnologia aeroespacial.

A explicação é que a Coreia do Norte vai precisar de ajuda da Rússia, uma potência em tecnologia espacial, para lançar satélites com sucesso.

É esperado ainda que a Coreia do Norte tente obter apoio tecnológico da Rússia para aumentar a resolução dos satélites de reconhecimento e aprimorar seus submarinos nucleares.

Enquanto isso, o professor Nam considera improvável que o intercâmbio de armas nucleares seja mencionado publicamente.

Atualmente, o presidente Putin tem se mostrado sensível à entrada de armas ocidentais na Ucrânia e à ameaça que representam ao território continental russo — e chegou a mencionar a possibilidade de usar armas nucleares.

No entanto, como a cooperação ou o intercâmbio de armas nucleares entre a península coreana e o nordeste da Ásia pode despertar forte oposição de países como os EUA e a China, espera-se que não se revele muito sobre as conversas relacionadas que ocorrerem durante a reunião.

2. Cooperação econômica: Rússia quer mão de obra, Coreia do Norte quer moeda estrangeira

Koryo foi um restaurante norte-coreano que funcionou em Moscou

Koryo foi um restaurante norte-coreano que funcionou em Moscou© Getty Images

É esperado que a Rússia e a Coreia do Norte também discutam a ampliação da cooperação econômica.

Kang Dong-wan, professor de ciência política e diplomacia na Universidade Dong-A, diz que o que a Coreia do Norte mais precisa da Rússia atualmente é de moeda estrangeira que chega por meio das remessas de trabalhadores no exterior.

Isso significa a possibilidade de a Coreia do Norte enviar mais trabalhadores à Rússia.

A Rússia também precisa de mão de obra para a reconstrução, devido à guerra. É necessário um número significativo de trabalhadores para o país se recuperar dos danos causados pela guerra na Ucrânia e reconstruir sua economia.

O veículo de comunicação russo Vedomosti citou uma fonte diplomática que disse: “Os dois líderes poderiam discutir se devem trazer trabalhadores imigrantes da Coreia do Norte, dado que a Rússia está passando por uma grave escassez de mão-de-obra devido à mobilização de tropas e aos jovens que fogem para o exterior desde a guerra na Ucrânia”.

No entanto, sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU contra a Coreia do Norte proíbem que norte-coreanos trabalhem no exterior e determinam a repatriação de todos aqueles que já estavam nessa situação antes de 22 de dezembro de 2019.

Caso a Rússia, um membro permanente do Conselho de Segurança, busque oficialmente a contratação de trabalhadores norte-coreanos, é muito provável que haja forte reação da comunidade internacional.

A atenção se concentra em como os dois países buscarão a cooperação econômica diante da oposição e da pressão diplomática da comunidade internacional.

3. Intercâmbio cultural: a rota turística entre a Coreia do Norte e a Rússia será aberta?

98 pessoas participaram da primeira excursão organizada pela agência de viagens russa Vostok Intru à Coreia do Norte, em fevereiro passado. O número de participantes caiu para 48 no mês seguinte

98 pessoas participaram da primeira excursão organizada pela agência de viagens russa Vostok Intru à Coreia do Norte, em fevereiro passado. O número de participantes caiu para 48 no mês seguinte© Vostok Intur

A Rússia retomou em fevereiro as viagens de grupo para a Coreia do Norte, que tinham sido suspensas na sequência da covid-19.

Além disso, no início deste mês, o serviço de trens de passageiros entre a Coreia do Norte e a Rússia foi retomado pela primeira vez depois de cerca de quatro anos.

Segundo o governo da região russa de Primorsky Krai, mais de 400 turistas russos visitaram a Coreia do Norte entre fevereiro e maio deste ano.

No site da agência de viagens russa Vostok Intru, um pacote turístico de cinco dias e quatro noites para a Coreia do Norte é anunciado por US$ 750.

Também são oferecidas viagens em grupo para a Coreia do Norte, que podem ser reservadas até setembro.

A página oferece vários pacotes, como rotas pela montanha Baekdu, um passeio pela história da Coreia do Norte e um itinerário para o aniversário da vitória na Guerra de Libertação da Pátria.

Quanto à razão por trás do recente aumento do turismo no país, Kim Dong-yup, professor da Universidade de Estudos da Coreia do Norte, diz que “isso se deve ao fato de o turismo não ser simplesmente uma forma de ganhar dinheiro, mas também desempenha um papel importante na melhoria das relações através da troca direta entre as pessoas”.

Ele acrescentou que os russos que visitam a Coreia do Norte ajudam a promover as relações amigáveis entre os dois países.

A análise é de que, à medida que as visitas entre povos aumentam, a interdependência entre os dois países é fortalecida, o que pode contribuir para aliviar tensões militares.

O professor Kim diz que as visitas de turistas estrangeiros ajudam a aliviar a imagem da Coreia do Norte como um país fechado e perigoso para a comunidade internacional.

Assim, o turismo norte-coreano é valorizado como um importante meio de intercâmbio social e cultural e de melhoria da imagem internacional para além dos aspectos económicos.

Mas há casos recentes de cancelamentos de viagens em grupo para a Coreia do Norte.

Uma agência de viagens anunciou que uma excursão de quatro dias pelo país, prevista para 31 de maio, tinha sido cancelada devido à falta de interessados.

As características específicas da Coreia do Norte – carece de uma infraestrutura turística e restringe a livre circulação de estrangeiros – tornam o turismo uma indústria difícil de se expandir.

Para o professor Kang Dong-wan, um encontro entre Coreia do Norte e Rússia poderia ser uma oportunidade para se discutir cooperação turística.

24 anos depois

Em 2002, Putin se reuniu com o então líder da Coreia do Norte, Kim Jong-il, em Vladivostok

Em 2002, Putin se reuniu com o então líder da Coreia do Norte, Kim Jong-il, em Vladivostok© Getty Images

Em 19 de julho de 2000, o presidente Putin visitou Pyongyang pela primeira vez e se reuniu com o presidente Kim Jong-il, no primeiro encontro bilateral entre os dois países desde o fim da Guerra Fria.

Naquela época, a Rússia sonhava em ressurgir na comunidade internacional, e a Coreia do Norte tentava aumentar o contato com o mundo exterior após o fim do período da “Marcha Árdua”.

Naquela época, os dois líderes adotaram a Declaração Conjunta Coreia do Norte-Rússia, que continha referências à cooperação mútua entre os dois países em várias áreas, incluindo com relação aos mísseis norte-coreanos, e especificava os conteúdos do tratado de amizade e cooperação.

Em matéria de cooperação militar, especificamente, foi acordado que “em caso de invasão ou situação de perigo, os dois países entrarão em contato imediatamente”.

Considerando que a relação entre a Coreia do Norte e a Rússia foi reforçada, especula-se que o tratado – que já passou de “entendimento” para “aliança” – será renovado no encontro.

“A visita anterior de Putin ao país asiático ocorreu em um momento em que as provocações militares da Coreia do Norte eram limitadas. Mas, agora, com a guerra da Ucrânia como uma oportunidade, os laços militares entre a Coreia do Norte e a Rússia se fortaleceram. Esse encontro bilateral trará uma cooperação muito mais profunda que a do passado,” explicou o professor Nam.

“Parece que vai chegará quase ao nível de aliança”, acrescentou.

E observou que outra grande diferença é que, diferentemente de hoje, no passado a Coreia do Norte não possuía armas nucleares.

“Em uma situação em que há uma reorganização da ordem internacional, em que ao mesmo tempo o sistema unipolar centrado nos EUA é enfraquecido, espera-se que a Rússia e a Coreia do Norte procurem novas formas de cooperar em prol de seus respectivos interesses nacionais”.

E conclui: “Em uma situação em que as relações inter-coreanas estão interrompidas, há a possibilidade de a Coreia do Norte conceber uma nova estratégia diplomática”.

 

EQUIPE ECONÔMICA DETALHOU PARA LULA O QUADRO DE EVOLUÇÃO DE GASTOS FEDERAIS

 

História de Cicero Cotrim, Giordanna Neves, Amanda Pupo, Fernanda Trisotto e Sofia Aguiar – Jornal Estadão

BRASÍLIA – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, 17, ter apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um cenário de evolução das receitas e despesas, além dos principais gastos com programas do governo. Questionado se a desindexação de despesas no Orçamento foi abordada, o ministro respondeu que foram discutidos “todos os cadastros”, sem responder diretamente à pergunta.

Haddad citou a experiência com o saneamento de cadastros que foi feito em razão do auxílio prestado ao Rio Grande do Sul, levando em conta sobre como essa experiência pode liberar, a nível federal, espaço orçamentário para acomodar outras despesas, e garantir um patamar “adequado” dos gastos discricionários (não obrigatórios, como investimentos e custeio da máquina pública).

“Tomamos até a experiência do Rio Grande do Sul recente, o trabalho de saneamento dos cadastros, o que isso pode implicar em termos orçamentários do ponto de vista de liberar espaço orçamentário para acomodar outras despesas e garantir que despesas discricionárias continuem em patamar adequado para os próximos anos”, afirmou Haddad.

Haddad e Tebet se reuniram com Lula para falar sobre o Orçamento de 2025. Foto: WILTON JUNIOR/Estadão

Haddad e Tebet se reuniram com Lula para falar sobre o Orçamento de 2025. Foto: WILTON JUNIOR/Estadão© Fornecido por Estadão

Lula se reuniu na manhã desta segunda-feira com os ministros que compõem a Junta de Execução Orçamentária (JEO): Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos) e Rui Costa (Casa Civil). O debate sobre a revisão de gastos públicos ganhou força após a escalada da incerteza fiscal e a alta do dólar, que vêm pressionando a equipe econômica.

Haddad disse que o presidente Lula se “apropriou” dos números apresentados pela equipe econômica sobre a evolução de gastos federais com “bastante atenção”, e abriu um espaço classificado como “importante” para a discussão do tema. Após dar uma declaração no Planalto, Haddad falou com a imprensa brevemente ao voltar para a sede da Fazenda em Brasília.

Segundo ele, para o encontro realizado mais cedo, a Casa Civil, o Planejamento e a Fazenda preparam vários gráficos para que Lula possa compreender a evolução das despesas, e o impacto dessa trajetória, a fim de que o presidente se familiarize com os dados e com uma “proposta de equacionamento dessas questões”.

“Não é o primeiro Orçamento que ele fecha, já está no décimo ano (de governo), ele está muito familiarizado e habituado com esse debate. Mas foi uma reunião muito produtiva, senti o presidente bastante mais senhor dos números, se apropriou dos números com bastante atenção, abriu espaço importante de discussão dessas questões”, disse

‘Mal impressionado’

Haddad e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, fizeram uma apresentação do quadro fiscal do País ao presidente Lula, com ênfase no detalhamento da análise do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre as contas do primeiro ano do governo e sobre o tamanho dos gastos tributários.

De acordo com Tebet, Lula ficou “mal impressionado” com o aumento da renúncia fiscal e que possíveis soluções para a elevação das despesas serão apresentadas a Lula em uma próxima reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO).

”São duas grandes preocupações. Houve crescimento dos gastos da Previdência e de gastos tributários, da renúncia. O próprio relatório do TCU mostra que há uma intersecção entre esses gastos”, disse Tebet após o encontro. “Lula ficou extremamente impressionado, mal impressionado, com o aumento dos subsídios que estão batendo quase 6% do PIB do Brasil. Estamos falando de renúncia fiscal, mas também de benefícios financeiros e creditícios”, disse.

Segundo Tebet, a soma desses gastos – com renúncia fiscal e benefícios financeiros e creditícios – atinge R$ 646 bilhões, sendo que só os benefícios tributários somam R$ 519 bilhões. Lula pediu que a equipe econômica se debruce sobre esses números para apresentar alternativas.

Haddad também acrescentou que a equipe já apresentou ao presidente dados para a formulação da proposta de lei orçamentária de 2025, além de dar informes sobre a execução do Orçamento deste ano. “Teve uma ênfase muito grande no relatório do TCU.

Sobre a receita, há uma preocupação muito grande com as renúncias fiscais, que continuam num patamar de R$ 519 bilhões, isso em 2023?, disse. A reunião também tratou da evolução de despesas.

Haddad também disse que o time se concentrou em apresentar explicações a Lula sobre a redução da carga tributária do País, tendo em vista a pressão de setores sobre as medidas de correção da erosão fiscal que estão sendo tomadas pela Fazenda.

Um exemplo é a MP que limitava o uso de créditos de PIS/Cofins, amplamente rechaçada pelo setor produtivo e que acabou devolvida pelo Congresso. Ele considerou a reunião produtiva e importante para que Lula tenha mais familiaridade com a execução orçamentária desse ano.

“(Lula) ficou até surpreso com a notícia de que a carga tributária no ano passado caiu, porque alguns grupos de interesse reclamam e não veem a conformação do todo”, avaliou Haddad.

Segundo o ministro, durante o encontro, também foram apresentadas séries históricas desde o governo do ex- presidente Fernando Henrique Cardoso. “Nos debruçamos sobre isso para ele ver a evolução tanto no agregado quanto das unidades de contas específicas para que ele pudesse fazer acompanhamento preciso e pudesse tomar as decisões corretas para seguirmos com a nossa agenda de em relação ao PIB, fazermos recomposição para buscar o equilíbrio das contas”, reiterou.

Reforma tributária

Haddad afirmou que o presidente Lula está preocupado com a regulamentação da reforma tributária, em tramitação no Congresso, e que a agenda de votações até o recesso parlamentar, em julho, foi o tema da primeira reunião com o presidente nesta segunda, 17.

De acordo com Haddad, Lula pediu aos ministros empenho para a aprovação da tributária. “Ele pediu muito empenho dos ministros presentes para que interajam de forma mais produtiva possível, sobretudo com a Câmara no primeiro semestre, para conseguirmos votar a regulamentação dos dois projetos de lei complementar”, disse.

GOVERNO PERDERÁ R$ 789 BI EM IMPOSTOS EM 2024

 

História de darlanlvarenga – IstoÉ Dinheiro

O governo vai abrir mão de arrecadar quase R$ 790 bilhões em impostos em 2024, segundo levantamento da Unafisco (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil).

A entidade divulgou nesta segunda-feira, 17, uma atualização de seu levantamento sobre os privilégios tributários no Brasil.

Segundo a Unafisco, o valor de R$ 789,6 bilhões representa um aumento considerável de 46,9% em relação a 2023, que foi da ordem de R$ 537,5 bilhões. Este valor inclui todas as isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, conforme os dados do Demonstrativo dos Gastos Tributários (DGT) e as omissões identificadas pelos auditores.

O estudo visa fomentar o debate sobre a política tributária no Brasil, identificando os chamados gastos tributários e as rubricas consideradas pela Unafisco como “regalias fiscais”.

“Os privilégios tributários identificados representam uma significativa perda de arrecadação que poderia ser utilizada para políticas públicas mais eficazes”, disse, em nota a entidade.

São considerados privilégios tributários as renúncias fiscais concedidas a setores ou grupos específicos de contribuintes sem contrapartida adequada, notória ou comprovada para o desenvolvimento econômico sustentável ou redução das desigualdades.

Principais privilégios tributários, segundo a Unafisco

1. Isenção dos Lucros e Dividendos Distribuídos por Pessoa Jurídica

– Valor: R$ 160,1 bilhões

– Justificativa: A isenção dos lucros e dividendos distribuídos por pessoa jurídica é considerada um privilégio tributário significativo, pois não há contrapartida adequada para o desenvolvimento econômico sustentável ou redução das desigualdades

2. Não Instituição do Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF)

– Valor: R$ 76,46 bilhões

– Justificativa: A ausência de regulamentação do IGF, previsto constitucionalmente, é vista como um privilégio que protege a camada mais rica da população, resultando em uma perda significativa de arrecadação.

3. Benefícios da Zona Franca de Manaus

– Valor: R$ 30,99 bilhões

– Justificativa: Os benefícios fiscais concedidos à Zona Franca de Manaus são considerados privilégios devido à falta de comprovação de contrapartidas adequadas

4. Programas de Parcelamentos Especiais (Refis)

– Valor: R$ 29,37 bilhões

– Justificativa: Os programas de parcelamentos especiais, que incluem anistias e remissões, são considerados privilégios tributários, pois reduzem o montante do crédito tributário devido sem uma contrapartida clara

5. Simples Nacional

– Valor: R$ 125,36 bilhões (parcialmente considerado privilégio)

– Justificativa: Embora o Simples Nacional seja um incentivo importante para micro e pequenas empresas, parte do benefício é considerada privilégio, especialmente para empresas com faturamento elevado que não contribuem significativamente para a geração de empregos

6. Desoneração da Cesta Básica

– Valor: R$ 38,99 bilhões (parcialmente considerado privilégio)

– Justificativa: A desoneração da cesta básica é parcialmente considerada privilégio, pois beneficia também contribuintes com maior capacidade contributiva

7. Benefícios para Entidades Filantrópicas

– Valor: R$ 19,75 bilhões.

– Justificativa: Os benefícios fiscais concedidos a entidades filantrópicas são considerados privilégios devido à falta de comprovação de contrapartidas adequadas

8. Benefícios da SUDENE e SUDAM

– Valores: R$ 23,58 bilhões (SUDENE) e R$ 15,42 bilhões (SUDAM).

– Justificativa: Os benefícios fiscais concedidos às regiões da SUDENE e SUDAM são considerados privilégios devido à falta de comprovação de contrapartidas adequadas

9. Benefícios para Produtos Químicos e Farmacêuticos

– Valor: R$ 10,80 bilhões.- Justificativa: Os benefícios fiscais concedidos ao setor de produtos químicos e farmacêuticos são considerados privilégios devido à falta de comprovação de contrapartidas adequadas

“A Unafisco Nacional recomenda ao governo análise mais rigorosa e a inclusão de todos os benefícios fiscais no Demonstrativo dos Gastos Tributários (DGT) para uma avaliação mais precisa e justa, com o propósito de perseguir maior transparência e justiça fiscal no sistema tributário brasileiro, além de destacar a importância de revisar e ajustar os privilégios tributários para promover uma maior justiça fiscal e eficiência econômica”

O post Governo abrirá mão de R$ 789 bi em impostos em 2024, aponta estudo; veja maiores renúncias apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

PT CRITICA MUDANÇAS EM PISOS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO

 

História de ANA POMPEU – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A Executiva Nacional do PT criticou a proposta de limitar o crescimento real dos pisos de saúde e educação a 2,5%. Por meio de nota divulgada nesta segunda-feira (17), afirma que os pisos são conquistas históricas da sociedade brasileira.

Conforme a Folha de S.Paulo mostrou, a mudança é objeto de estudo do Ministério da Fazenda, como forma de aproximar o crescimento dessas despesas à lógica do arcabouço fiscal, que limita o conjunto dos gastos federais a uma alta real de até 2,5% ao ano

“Como defendemos ao longo da campanha presidencial, um dos maiores desafios do país continua sendo colocar o povo no Orçamento e fazer os muito ricos pagarem impostos”, afirma.

Sem citar o estudo da Fazenda, a executiva do partido afirma que o governo Lula enfrenta “campanha especulativa e de ataques ao programa de reconstrução do país com desenvolvimento e justiça social”.

De acordo com um integrante da equipe econômica, com a mudança o crescimento real dos pisos passaria a ser limitado aos mesmos 2,5% previstos no arcabouço. Também estão em análise alterações nas regras de certos benefícios previdenciários, como o auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) -que passariam a ser desvinculados do salário mínimo.

A proposta, no entanto, já enfrenta resistências na ala política do governo e na cúpula do PT. Um técnico do governo afirma que a medida teria impacto pequeno no Orçamento de 2025 e 2026, o que desmotiva a ala política a assumir o elevado custo político da discussão em troca de um “ganho zero” para o restante do mandato.

No fim de semana, Lula criticou publicamente o estudo. O presidente afirmou que não fará ajuste fiscal “em cima dos pobres”. O petista disse, no entanto, que vai se reunir com a equipe econômica para discutir o Orçamento e que não haverá “gastos desnecessários”.

De acordo com a Executiva Nacional do PT, a arrecadação e o PIB têm crescido e há uma “inexistente crise fiscal” fabricada. “Um país que está saindo de um déficit primário de 2,29% para algo próximo de zero no corrente ano.”

Classifica, ainda, a gestão do Banco Central de bolsonarista. Além de se manifestar contra a PEC (proposta de emenda à Constituição) que amplia a autonomia do BC.

“A escancarada sabotagem ao crédito, ao investimento e às contas públicas, movida pela direção bolsonarista do Banco Central com a manutenção da maior taxa de juros do planeta, soma-se à feroz resistência de setores privilegiados diante das necessárias e inadiáveis propostas, encaminhadas ao Congresso Nacional pelo ministro Fernando Haddad, para a correção de um conjunto de desonerações tributárias, muitas injustas e injustificáveis”, diz.

Apesar do apoio do presidente do BC, Roberto Campos Neto, a PEC enfrenta a resistência de cardeais do Senado, como Omar Aziz (PSD-AM). O líder da União Brasil, Efraim Filho (PB), avalia que a medida está no radar dos senadores, mas não deve avançar a curto prazo.

A proposta ainda não tem data para votação. O relator, senador Plínio Valério (PSDB-AM), esperava ler o parecer na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) na quarta (12), mas o presidente, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), pediu a realização de uma audiência pública antes.

Um parecer feito pela liderança do governo no Senado afirma que a PEC é inconstitucional, cria insegurança jurídica para os servidores e coloca em xeque a fiscalização de instituições financeiras.

A nota técnica, obtida pela Folha de S.Paulo, diz que a proposta viola a harmonia e a separação de Poderes (uma cláusula pétrea da Constituição) ao retirar o BC da estrutura administrativa do Executivo e submeter a instituição à supervisão do Congresso Nacional.

DELEGADOS DA POLÍCIA FEDERAL CONTRA OS CORTES NO ORÇAMENTO DA PF

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