terça-feira, 18 de junho de 2024

DISPUTA BILIONÁRIA ENTRE GRUPO ÍTALO-ARGENTINO TERNIUM E BRASILEIRA CSN

História de Juliana Garçon – Jornal Estadão

RIO – O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) decide nesta terça-feira, 18, um embate bilionário que, há mais de dez anos, põe em lados opostos o grupo ítalo-argentino Ternium e a brasileira CSN. O voto do ministro Antonio Carlos Ferreira vai desempatar o placar e pode levar a Ternium a pagar indenização estimada em R$ 5 bilhões para a CSN. E, mais do que isso, a decisão pode levar incerteza a transações de compra de fatias em blocos de controle e, também, colocar em xeque entendimentos proferidos pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O ministro da 4ª Turma do STJ dará o voto de minerva na disputa. A decisão poderá implicar, além da indenização de R$ 5 bilhões para a CSN, R$ 500 milhões para os advogados da companhia e uma nova jurisprudência. Ou, por outro lado, representar o retorno do caso para a primeira instância para a produção de provas.

Em 2011, a Votorantim e a Camargo Corrêa compunham, com a Nippon Steel e o fundo de pensão dos funcionários da Usiminas, o bloco de controle da siderúrgica e mantinham um acordo de acionistas. A Ternium comprou as participações das duas brasileiras, o equivalente a 27,7% do capital votante da siderúrgica, por cerca de R$ 4 bilhões, sem sofrer oposição da Nippon Steel, que detinha 29,45% do capital total e 43% do bloco de controle e poderia exercer o direito de preferência. Na operação, cada ação ON da Usiminas saiu por R$ 36, prêmio de 83% em relação ao valor dos papéis na época.

Porém, a CSN, que também era acionista da Usiminas, avaliou que houve alienação do controle da companhia e, por isso, deveria ser deflagrado o mecanismo de tag along, ou seja, a Ternium deveria fazer uma oferta pública de ações (OPA), estendendo as mesmas condições a todos os acionistas.

Falta apenas um voto na 4ª Turma do STJ para definir a questão Foto: Roberto Jayme / Estadão

Falta apenas um voto na 4ª Turma do STJ para definir a questão Foto: Roberto Jayme / Estadão© Fornecido por Estadão

Desde então, a CSN foi três vezes à CVM, que, em todas as ocasiões, concluiu que não houve alienação de controle, apenas modificação da composição do grupo de controle. Portanto, não haveria obrigação de realização da oferta.

Inconformada, em 2013 a CSN entrou na Justiça paulista para defender seu ponto de vista. Também foi ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A queixa não prosperou no Cade, e o pedido na Justiça foi rejeitado em primeira instância. Então, a CSN voltou à carga, em segunda instância, tendo seu pleito rejeitado novamente. A empresa apelou ao STJ, onde seu pedido foi rejeitado por três votos a dois em março do ano passado.

No mesmo mês, a CSN tentou novo recurso, com embargos de declaração, na Corte, apontando vícios na decisão. Então, a morte de um ministro, Paulo de Tarso Vieira Sanseverino, e a declaração de impedimento de outro, Marco Aurélio Bellizze, mudaram o quadro, pois os dois tinham votado a favor da Ternium. Os magistrados foram substituídos, respectivamente, por Humberto Martins e Antonio Carlos Ferreira.

Os ministros Humberto Martins e Moura Ribeiro votaram a favor da CSN. Já os ministros Nancy Adrighi e Ricardo Villas Bôas Cueva votaram pelo retorno do processo à primeira instância para a produção de provas. Assim, o caso está empatado em 2 a 2. O voto do ministro Antonio Carlos Ferreira vai desempatar o caso.

Para pessoas próximas ao caso, se houver maioria em favor da CSN, o mercado pode passar a sofrer insegurança jurídica nas compras de participações em blocos de controle de empresas de capital aberto no Brasil. Além disso, cria-se uma situação peculiar, em que as manifestações da CVM perderiam o valor.

Procuradas pela reportagem, a CSN e a Ternium não responderam até a publicação deste texto.

 

SUA EMPRESA ESTÁ RETICENTE SOBRE O MERCADO VIRTUAL CHEGOU A HORA PARA ACELERAR OS SEUS NEGÓCIOS

 

ESTRATÉGIA E GESTÃOMARKETING E VENDAS – SEBRAE

Se empresas ainda estavam reticentes sobre a entrada no mercado virtual, 2020 chegou para revolucionar e acelerar o processo de digitalização dos negócios. Com o fechamento do comércio durante o período mais rígido de isolamento social, a maioria das lojas físicas viram seu faturamento cair abruptamente. Nesse contexto, o Marketplace passou a ser uma estratégia utilizada para escoamento do estoque retido.

Muitas empresas, porém, decidiram entrar no universo virtual não só como estratégia para driblar os efeitos do coronavírus, mas também para ampliar o alcance da marca com a diversificação dos canais de venda. E tem surtido efeito. De acordo com dados da empresa Ebit/Nelsen, o faturamento em 2019 em Marketplaces foi de mais de 17 milhões de reais, 13% a mais quando comparado ao ano anterior.

Entretanto o que é mesmo Marketplace? Qual a diferença entre Marketplace e E-commerce? Será que são a mesma coisa? Quais são as vantagens de colocar um produto nessa vitrine? É sobre isso que falaremos agora neste post.

O QUE É MARKETPLACE

O Marketplace é uma grande vitrine que reúne, em um endereço, produtos de diferentes lojistas na internet. Uma espécie de “shopping virtual”, que cuida de todas as etapas para a concretização das vendas on-line: desde as formas de pagamento até, em alguns casos, a logística para a entrega.

E-commerce x Marketplace

Muitas pessoas confundem E-commerce com Marketplace. Justo. Isso porque esses conceitos são como planetas diferentes, orbitando o mesmo universo. Entenda a diferença:

– E-COMMERCE

É todo tipo de mercado on-line, que pode ser próprio ou de terceiros. Veja: um varejista pode decidir ingressar no E-commerce ao investir em um site particular para as vendas. Terá de empregar recursos na plataforma, gerenciar formas de pagamento e logística a fim de que o produto chegue ao consumidor. Outra opção é fazer parte do mercado virtual simplesmente por meio de uma plataforma já existente.

– MARKETPLACE

E uma das possibilidades é entrar em um Marketplace, isto é, vitrine consolidada que concentra produtos de múltiplas marcas em um endereço para o consumidor. Trata-se de um grande E-commerce que abre suas portas virtuais, com a intenção de que uma variedade de lojistas usufruam de uma estrutura previamente montada no que diz respeito às vendas: plataforma, formas de pagamento, visibilidade e logística.

Por ser uma plataforma mais consolidada, requer uma curva de aprendizado menor por parte do lojista. O vendedor disponibiliza o produto no endereço e paga os custos por venda, o que acaba incidindo em um investimento inicial menor para a entrada no mercado virtual.

Conheça um diferencial do Sebrae Minas, ao convidar diversos especialistas em Marketplace para conversar e elucidar dúvidas comuns sobre o assunto. Assista agora!

COMO ENTRAR EM UM MARKETPLACE

Existem grandes Marketplaces hoje no mercado brasileiro. Marcas como Amazon, Mercado Livre, Netshoes, grupo B2W, Magazine Luiza oferecem o serviço a negócios de todos os tamanhos no país e na nossa região temos o Marketplace da Valeon.

Cada uma delas tem um processo particular no que concerne à aprovação. Os requisitos básicos, porém, são praticamente os mesmos: você precisará ter um CNPJ, um CNAE de varejista, estar em dia com a Receita Federal e apto a emitir nota fiscal.

QUAIS SÃO AS VANTAGENS?

Agora que você sabe o que é o Marketplace, como entrar em um e qual a diferença dele para o E-commerce, é hora de compreender as vantagens de ingressar nessa grande vitrine virtual.

– NÃO SE PREOCUPAR COM TODOS OS DETALHES

Em um Marketplace, o empreendedor conta com uma plataforma consolidada no mercado e com todas as ferramentas necessárias para vender produtos virtualmente. E essa é uma grande vantagem. Afinal, o lojista poderá lançar mão de um sistema de pagamento consolidado, da segurança de uma plataforma validada e reconhecida no mercado, bem como da logística de um grande Marketplace.

– SER ACESSÍVEL A NEGÓCIOS DE TODOS OS TAMANHOS

Ingressar no E-commerce por conta própria pode não ser tão simples para pequenos negócios. Os custos são elevados, e a falta de credibilidade no mercado engessa o consumidor na decisão de compra. Por isso, o Marketplace muitas vezes é uma opção atrativa em relação a qualquer tamanho de negócio, já que os custos para utilização são por venda e há alta exposição da marca no universo on-line.

– SER ATRATIVO AO CONSUMIDOR

O Marketplace é uma grande curadoria de produtos, bem vantajosa para quem está disposto a comprar pela internet. Isso porque há a possibilidade de o cliente adquirir diferentes itens em um lugar só, por meio de única forma de pagamento, entrega etc. Além de contar com o respaldo de uma marca forte por trás de qualquer produto, independentemente de sua procedência.

O QUE O EMPREENDEDOR PRECISA SABER ANTES DE ENTRAR EM UM MARKETPLACE

Claro que o Marketplace é o acesso a um universo de possibilidades de vendas na internet. Contudo, não é regra que todo negócio deve ingressar nessa grande vitrine virtual. É preciso estar atento a alguns fatores que indicam a maturidade e a organização de uma empresa, voltadas a atender às especificidades de um Marketplace sem ter prejuízos. Por isso, atente-se ao planejamento dos seguintes itens:

  • Gestão de Estoque: seu negócio está organizado para não correr o risco de vender o produto e não tê-lo em estoque?
  • Precificação: o Marketplace traz diversos custos operacionais. E o preço em relação a uma loja física e a uma loja virtual geralmente não é o mesmo. Você consegue fazer tal distinção?
  • Apresentação do produto: é certo que a venda na internet exige uma exposição adequada dos itens. Por isso, é essencial cuidar da apresentação do produto por meio de uma descrição verossímil, com título, ficha técnica e fotos de qualidade. Você tem esse olhar cuidadoso para fazer uma venda saudável e evitar devolução de produto?

O Marketplace é, sem dúvidas, um mercado promissor no Brasil. E a pandemia da Covid-19 veio para confirmar e acelerar o processo de digitalização das empresas. Todavia, assim como toda e qualquer decisão dentro de um negócio, é fundamental que seja estudada e planejada.

Ficou interessado e quer saber mais da inovação para o seu negócio? Não deixe de acompanhar os posts do nosso site! (https://valedoacoonline.com.br/)

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua empresa seja oficializada.

A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as melhores marcas do varejo e um mix de opções.

O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.

Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é muito abaixo do valor praticado pelo mercado.

Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:

  • O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
  • A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a comunicação dos clientes com as lojas.
  • Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da compra.
  • No país, as lojas online, que também contam com lojas físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
  • O número de visitantes do Site da Valeon tem crescido exponencialmente, nesse mês de agosto/2023 tivemos 10.000 visitantes, hoje a Valeon já atingiu mais de 223.000 acessos.
  • O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
  • A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como: empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.

Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.

Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?

Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

sábado, 15 de junho de 2024

GOVERNO NÃO PODE AUMENTAR DESPESAS E A SOLUÇÃO É O CORTE DE GASTOS

História de editora3 – IstoÉ Dinheiro

A conta de dois mais dois, teoricamente, é invariável. O resultado é sempre quatro. Ou pelo menos deveria ser. Quando o assunto são as finanças públicas, a flexibilidade se sobressai aos ensinamentos de Pitágoras, pai da matemática. No Brasil, a equação é a seguinte: há alguns meses o governo federal perdeu a queda de braço com o Legislativo e com a cadeia produtiva, e precisou engolir a desoneração da folha, iniciativa que reduz em R$ 26,3 bilhões a arrecadação pública. A cifra era essencial para que o governo conseguisse cumprir a âncora fiscal que propôs, e que visa o equilíbrio entre as colunas de arrecadação e gastos.

Munido apenas da lógica da matemática, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, propôs uma alteração tributária no PIS/Cofins, que resultaria em uma arrecadação extra de R$ 29,2 bilhões, suprindo, assim, o buraco da desoneração. Perfeito na teoria. Uma derrota para o governo na prática. O levante dos setores de agronegócio, serviços e indústria, juntamente com a falação parlamentar e a sinalização do STF de que a mudança na incidência do imposto seria inconstitucional, terminou com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, devolvendo parte da Medida Provisória 1227/2024 para o Palácio do Planalto, com a mensagem de que, na aritmética sugerida pela Fazenda, a conta de dois mais dois não será quatro.

Pode até parecer um detalhe pouco relevante em uma dinâmica republicana, em que derrotas são comuns e o diálogo faz parte do avanço. Mas, no cenário atual, a devolução da MP deixa o governo com menos capital político para negociare menos opções para atingir os R$ 76,5 bilhões estimados pelo Prisma Fiscal, do Ministério da Fazenda, de déficit para 2024.

• O plano inicial do governo com a MP enviada no dia 7 de junho era fazer um movimento similar ao que aconteceu nas MPs 1185 e 1202, de 2023.

• No primeiro caso, o texto acabava com as isenções de tributos federais aferidas pelos governadores.

 No segundo, impôs um limite de compensação tributária para grandes empresas.

 Ambos os textos tinham forte resistência do empresariado e do Legislativo e, nas duas oportunidades, a solução foi negociada, amenizada e aprovada. Desta vez, o corte foi seco.

Para o ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi, faltou tato do governo de entender que não é possível fazer uma movimentação desta, visando apenas arrecadação, sem olhar os efeitos práticos na economia real. “Não foram consideradas as consequências perversas para a competitividade das empresas”, disse.

E de fato a MP era dura. Uma aposta alta, mas foi a única solução encontrada por Haddad. Segundo o ministro, “Não há plano B”. Para ele, há uma preocupação grande porque a equipe econômica identificou fraudes nas compensações de PIS/Cofins. “Então, vamos ter de construir também uma alternativa para o combate às fraudes, mas eu já estou conversando com alguns líderes para ver se a gente encontra um caminho”, disse Haddad a jornalistas.

Produtores do agronegócio e fabricantes entraram na linha de frente para que a MP do PIS/Cofins não tivesse vida fácil no Congresso (Crédito:Divulgação )

Produtores do agronegócio e fabricantes entraram na linha de frente para que a MP do PIS/Cofins não tivesse vida fácil no Congresso (Crédito:Divulgação )© Fornecido por IstoÉ Dinheiro

(Divulgação)

(Divulgação)© Fornecido por IstoÉ Dinheiro

Ao tentar minimizar a devolutiva do senado, o chefe da política econômica afirmou que há espaço para negociar a MP. “O Senado assumiu parte da responsabilidade de construir uma solução.” De acordo com ele, o Executivo colocará toda a equipe da Receita Federal à disposição “para construir uma alternativa, uma vez que tem um prazo exíguo e que precisa ser resolvido”.

Racional, Haddad sabe que, se não houver compensação, a saída será corte de gastos. Para julho está prevista a apresentação de um plano de contenção. Ele também tem falado de uma nova forma de vinculação dos pisos de Saúde e Educação, saídas que diminuam o volume dos gastos do governo, sem aumentar impostos.

Tal solução também foi apontada pelo professor de gestão tributária da Fipecafi Arthur Pitman“Seria mais produtivo começar a apresentar soluções na ponta do gasto, ao invés da ponta da arrecadação”, disse.

No entendimento do acadêmico, as justificativas do governo federal de que a revisão do PIS/Cofins seria uma forma de consertar as distorções do sistema tributário não se sustentam. “Isso porque trata-se de um cenário em que os setores mais afetados são justamente aqueles que passam a ser prejudicados pelo risco de cumulatividade, aumento relativo dos preços e prejuízo ao fluxo de caixa das empresas”, afirmou.

PRESSÃO

Liderando uma das frentes de pressão ao governo após o envio da MP estava o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban. De acordo com ele, Lula entendeu que a proposta era muito agressiva e teria aceitado encerrar a discussão neste momento.

Alban fez uma reunião, na terça-feira (11), com Lula, e um dos temas centrais foi a tramitação do texto. O receio era que, além do encarecimento da produção, a alta nos preços da ponta contribuísse também para elevar a inflação, um tema sensível para um governo que busca redução da taxa básica de juros.

(Diogo Zacarias)

(Diogo Zacarias)© Fornecido por IstoÉ Dinheiro

“Não há plano b. Agora vamos precisar construir uma alternativa para o combate às fraudes tributárias.”Fernando Haddad, ministro da Fazenda

Nesse sentido, quem mensurou o impacto financeiro foi o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), que estima R$ 10 bilhões extras para o setor de distribuição de combustíveis. Pelos cálculos do IBP, a gasolina poderia apresentar aumentos de 4% a 7%, ou 0,20 a 0,36 real por litro, enquanto o diesel pode encarecer 1% a 4%, ou 0,10 a 0,23 real por litro com a medida. Não foram computados nesses valores impactos nos elos anteriores da cadeia, como o custo do produto.

O IBP representa empresas como Raízen, Ipiranga, do grupo Ultra, e Vibra Energia, as três maiores distribuidoras de combustíveis do Brasil. Também de grande representatividade econômica, as mineradoras fizeram os cálculos e estimaram que, se levado adiante o projeto, o custo seria da ordem dos R$ 11 bilhões. O calculo foi feito pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

E se não bastasse a pressão dos empresários, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o governo e o Congresso têm 60 dias para encontrarem uma fonte de receita para compensar o prolongamento da desoneração da folha de pagamento a 17 setores da economia. Os Poderes Executivo e Legislativo também precisam compensar a redução, de 20% para 8%, da contribuição à Previdência pelas prefeituras de cidades com até 126 mil habitantes.

O especialista em tributação Arthur Pitman diz que, neste momento, é mais interessante encontrar soluções para dimnuir as despesas do governo (Crédito:Divulgação )

O especialista em tributação Arthur Pitman diz que, neste momento, é mais interessante encontrar soluções para dimnuir as despesas do governo (Crédito:Divulgação )© Fornecido por IstoÉ Dinheiro

FRAUDES

Para justificar as mudanças tributárias, Haddad tem defendido que a Receita Federal detectou até R$ 25 bilhões por ano em suspeitas de fraude no uso de compensações de PIS/Cofins.

• As compensações tributárias são um mecanismo por meio do qual as empresas obtêm descontos em tributos pagos a mais ao longo da cadeia produtiva.

• No entanto, brechas e exceções na legislação permitem que as companhias, por exemplo, usem créditos de PIS/Cofins para abater o pagamento de Imposto de Renda.

• “Vários empresários fazem uso indevido das compensações ao declarar créditos ilegítimos não reconhecidos pela Receita Federal”, justificou o ministro.

• Ele, no entanto, lembrou que nem todos os casos são fraudes. “Vamos responsabilizar criminalmente quem frauda dolosamente. Não o sujeito que, por falta de dinheiro, não conseguiu recolher imposto ou porque se enganou, não estamos falando disso”, acrescentou.

Divulgação

Divulgação© Fornecido por IstoÉ Dinheiro

“O governo não considerou as consequências perversas para a competitividade das empresas.”Blairo Maggi, ex-ministro da Agricultura

No entendimento de Haddad, ainda que Pacheco tenha devolvido ao governo o trecho que restringia as compensações de PIS e Cofins, foi bom ter mantido a determinação para que as empresas declarem, num sistema informatizado, os incentivos fiscais que recebem“Essas medidas já servem para os contribuintes explicarem o que estão fazendo, dizerem qual lei está fundamentando a prevenção, o que facilita a fiscalização.”

A fala otimista do ministro, no entanto, ignora uma prática comum dentro do emaranhado tributário brasileiro. Aquela em que a equação de dois mais dois (à moda Roberto Carlos) são cinco.

O post Entenda o quebra-cabeça tributário que está deixando Lula sem saída apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

 

PROFESSORES DAS UNIVERSIDADES E INSTITUTOS FEDERAIS DECIDEM MANTER A GREVE

 

História de BRUNO LUCCA – Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os professores de universidades e institutos federais decidiram continuar em greve após novo encontro com o governo Lula (PT) nesta sexta-feira (14). A paralisação já dura dois meses e alcança 61 instituições.

Terminada a reunião, iniciada às 10h, os servidores disseram reconhecer uma disposição dos ministérios da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e da Educação em negociar suas demandas, mas seguem insatisfeitos.

Brasília ofereceu, por exemplo, a revogação da portaria 983, que amplia a carga horária dos docentes. Também foi prometida a criação de um grupo permanente de trabalho para discutir a restruturação da carreira acadêmica.

Não foi apresentada, porém, proposta de reajuste salarial ainda em 2024. Por isso, professores, representados pelo Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) resolveram seguir a paralisação.

O sindicato reivindica aumento de 3,69% em agosto deste ano, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio 2026. Brasília oferece 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.

As propostas do governo nesta sexta serão levadas a assembleias nas universidades ao longo da semana que vem. Os professores serão consultados se elas são o bastante para encerrar a greve. A expectativa é por maciça negativa da oferta, aumentando a pressão por aumento salarial.

Em meio a cobranças, o governo lançou um PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na segunda-feira (10) para as universidades federais e para os hospitais universitários, com previsão de R$ 5,5 bilhões em investimentos.

O ministro da Educação, Camilo Santana, também anunciou um acréscimo de recursos para o custeio das instituições federais, em um total de R$ 400 milhões. Desse total, R$ 279,2 milhões serão para as universidades e outros R$ 120,7 milhões para os institutos federais.

Assim, o orçamento de 2024 dos centros de ensino chega a R$ 6,38 bi. O valor já é superior aos R$ 6,26 bi de 2023.

Além de contemplar as instituições já existentes, o novo programa prevê a construção de dez novos campi pelo país, em São Gabriel da Cachoeira (AM), Rurópolis (PA), Baturité (CE), Sertânia (PE), Estância (SE), Jequié (BA), Cidade Ocidental (GO), Ipatinga (MG), São José do Rio Preto (SP) e Caxias do Sul (RS).

Mesmo com o acrescimento orçamentário, a presidente da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) e reitora da Unb (Universidade de Brasília), Márcia Abrahão, cobrou uma solução para a questão salarial dos servidores das universidades.

No mesmo dia do anúncio, o presidente Lula cobrou o fim da greve dos docentes, dizendo não haver razões para seguir com o movimento. Isso irritou os servidores.

GOVERNO QUER TOMAR SOLUÇÕES PARA AS QUEIMADAS E A SECA EM TODOS OS BIOMAS

 

História de RENATO MACHADO – Folha de S.Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criou nesta sexta-feira (14) uma sala de situação para acompanhar a situação e elaborar soluções para as queimadas e a seca em todos os biomas, após o grande aumento de focos no Pantanal.

Segundo a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, a primeira reunião será na próxima segunda-feira (17), quando serão discutidas questões como simplificação no processo de contratação de brigadistas, de equipamentos e de aeronaves.

Marina Silva também afirmou que foi feito um pedido de recursos extraordinários para lidar com as queimadas, que será analisado pela JEO (Junta de Execução Orçamentária). Ela disse ter recebido a sinalização do Ministério da Fazenda de que os recursos, cujos valores não quis detalhar, deverão ser liberados.

Ela afirmou que também serão analisadas outras medidas, como a alteração na legislação para possibilitar que aeronaves de países outros países possam ser acionadas, em casos em que conseguem chegar mais fácil aos focos do problema.

A ministra acrescentou que as medidas serão tomadas de maneira de maneira preventivas, para evitar que sejam necessárias ações mais drásticas.

O anúncio foi feito após uma reunião de emergência convocada pelo presidente em exercício Geraldo Alckmin (PSB), com ministros, para tratar das queimadas no Pantanal.

Participaram Marina Silva (Meio Ambiente), José Múcio (Defesa), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), Laércio Portela (Secom), Cristina Kiomi (ministra substituta da Gestão), a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Manoel Carlos, entre outros.

Na semana passada, a Folha mostrou, de janeiro ao início de junho de 2024, os focos de incêndio no bioma aumentaram 974% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Os dados são do Programa de BDQueimadas, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Atualizada diariamente, a plataforma mostra que, até esta terça-feira (4), o bioma somava 978 focos, enquanto em 2023 o número era de 91.

O valor acumulado neste ano é o segundo maior dos últimos 15 anos, atrás apenas de 2020, quando foram registrados 2.135 focos. Naquele ano, cerca de 30% do bioma foi consumido pelas chamas.

Durante o anúncio, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, ressaltou que o Pantanal geralmente costuma ficar embaixo de água durante todo o primeiro semestre do ano, com a seca iniciando na sequência.

GOVERNO ALTERA DADOS DA PREVIDÊNCIA PARA REDUZIR DESPESAS

História de IDIANA TOMAZELLI – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alterou dados da Previdência Social para reduzir a projeção de despesas com benefícios em cerca de R$ 12 bilhões, segundo documentos obtidos pela reportagem.

A estimativa menor, incorporada ao relatório de avaliação do Orçamento do 2º bimestre, ajudou o Executivo a desfazer o bloqueio de R$ 2,9 bilhões realizado em março e honrar o acordo para liberar mais R$ 3,6 bilhões em emendas parlamentares.

Sem a contenção nos números da Previdência, o cenário mais provável seria a imposição de uma trava ainda maior sobre despesas discricionárias, como custeio e investimentos, segundo dois técnicos do governo ouvidos sob reserva.

A mudança de última hora está registrada em notas técnicas do INSS, disponibilizadas pelo órgão após pedido feito com base na LAI (Lei de Acesso à Informação).

Em 15 de maio, a coordenação de Orçamento e Finanças do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) estimou que a despesa com benefícios alcançará R$ 912,3 bilhões neste ano. A conta considera o ritmo de execução dos gastos até abril de 2024 e um crescimento vegetativo de 0,64% ao mês, dada a redução das filas de espera.

Quatro dias depois, a Dirben (Diretoria de Benefícios) e a assessoria da Presidência do INSS emitiram outra nota técnica sugerindo o uso de uma taxa de crescimento vegetativo de 0,17%, equivalente a um quarto da anterior.

A recomendação resultou em uma nova estimativa de despesa com benefícios, emitida em 20 de maio, dois dias antes da divulgação do relatório. O valor ficou em R$ 902,7 bilhões, dos quais ainda foram descontados outros R$ 9,05 bilhões em economias esperadas com medidas de produtividade e revisão de benefícios.

A mudança de parâmetro também impactou a projeção de gastos com a compensação previdenciária, um acerto de contas feito com estados e municípios quando um antigo segurado do INSS se aposenta pelos regimes próprios desses entes.

Antes estimada em R$ 10,2 bilhões, a despesa com a compensação previdenciária caiu a R$ 7,96 bilhões.

Os efeitos, somados, evitaram um aumento de R$ 11,84 bilhões nos cálculos de despesas com a Previdência Social.

Procurado, o INSS disse que a definição dos parâmetros “observa um fluxo processual de informações entre áreas, que consideram aspectos diferentes”. Enquanto a área orçamentária considera o histórico executado, a Dirben incorpora impactos de ações de gestão na análise dos dados de concessão e suas respectivas tendências.

Na nota técnica de 19 de maio, a Diretoria de Benefícios argumentou que os dados de concessão do primeiro quadrimestre foram impulsionados pelo programa de enfrentamento à fila.

“Destacamos que tais meses apresentam desafios operacionais: janeiro é um mês que a produtividade é reduzida de forma significativa em decorrência de férias das equipes; fevereiro possui o menor número de dias úteis do ano, com feriados prolongados; março assim como abril representam recuperação da capacidade produtiva, ultrapassando médias pois estamos em um cenário de vigência do PEFPS (Programa de Enfrentamento à Fila da Previdência Social)”, diz o documento.

Propor um crescimento vegetativo de 0,64% ao mês com base nesse período seria inapropriado, segundo a nota, porque o programa de enfrentamento à fila vale até 13 de agosto 2024 (com possibilidade de prorrogação até novembro de 2024) e haveria uma tendência de acomodação no segundo semestre.

“Desta forma, o crescimento vegetativo é afetado pelo número de benefícios concedidos, que é sazonal, sendo plausível a utilização do mesmo valor que usamos na Projeção Orçamentária das Despesas do Regime Geral de Previdência Social (RGPS): 2,09% de crescimento ao ano”, afirma o documento.

A taxa seria compatível com um crescimento vegetativo de 0,17% ao mês —parâmetro incorporado às estimativas oficiais.

A mudança afetou tanto as projeções orçamentárias, que sinalizam o valor do crédito a ser autorizado pelo Congresso para pagar a despesa, quanto as financeiras, que representam o que vai efetivamente sair do caixa do governo neste ano e sensibilizam as regras fiscais perseguidas pelo governo.

Há uma diferença estrutural entre esses dois números porque uma parcela pequena dos benefícios de dezembro são pagos apenas no mês de janeiro. Mas o impacto da mudança no parâmetro é semelhante.

A estimativa inicial do governo era de uma despesa financeira de até R$ 909,6 bilhões, considerando a possibilidade de a taxa de crescimento vegetativo alcançar 3,65% no acumulado do ano —quase o dobro da que foi contabilizada pelo INSS.

Mesmo com a economia de R$ 9,05 bilhões com as revisões, o gasto da Previdência ainda ficaria em R$ 900,1 bilhões. No entanto, o valor efetivamente incorporado foi de R$ 889,5 bilhões.

No Comprev, a estimativa financeira inicial era de R$ 9,5 bilhões, mas só R$ 7,7 bilhões foram contabilizados no relatório.

Um técnico crítico à mudança dos parâmetros afirma que os números da Previdência precisarão ser “consertados” ao longo do ano.

Só nos primeiros quatro meses, foram concedidos 2 milhões de novos benefícios, um crescimento de 40,9% em relação a igual período de 2023. Ainda que a desaceleração no segundo semestre se concretize, a expansão deve se manter significativa. Além disso, nem todos os benefícios concedidos são temporários como o auxílio-doença.

Outro técnico do governo afirma que a adoção de um parâmetro menor não representa manobra para subestimar despesas e argumenta que algumas projeções são excessivamente conservadoras.

Para essa ala, incorporar uma “gordura para não correr riscos” nem sempre é justificável. Há também otimismo desse grupo com os resultados das revisões de benefícios em curso, o que pode abrir caminho para um ajuste gradual, se necessário.

A economista Vilma Pinto, da IFI (Instituição Fiscal Independente) do Senado, avalia que há, sim, algum grau de subestimação nos números da Previdência.

O órgão prevê um gasto total de R$ 929,5 bilhões neste ano, valor que contempla não só os benefícios e a compensação previdenciária, mas também as sentenças judiciais da área. Neste recorte mais amplo, a estimativa do governo está em R$ 917,8 bilhões. A diferença beira os R$ 12 bilhões.

Segundo Pinto, a projeção da IFI leva em consideração a evolução recente dos benefícios emitidos (com crescimento em torno de 3,3%), o valor do salário mínimo e a inflação.

“Levamos em conta alguma possível economia que leve a uma desaceleração dessa taxa de crescimento, mas em nenhum cenário seria possível chegar a um crescimento vegetativo de 0,17%, pelas nossas contas. Diante disso, eu acho que pode haver, sim, algum grau de subestimação nos números da Previdência”, afirma a economista.

Ela chama a atenção para o fato de que o governo já precisou reconhecer parte da pressão, uma vez que a projeção total de R$ 917,8 bilhões é maior que os R$ 908,7 bilhões previstos originalmente no Orçamento aprovado pelo Congresso.

 

REFORMA DA LEI ELEITORAL ABORDA VÁRIOS PONTOS COMO O FIM DA REELEIÇÃO

 

História de Redação – IstoÉ Dinheiro

Advogados com larga experiência em direito eleitoral avaliam que o projeto de lei do novo código, em debate no Senado, oscila entre atualização e ‘mais do mesmo’. Eles defendem a concentração da legislação eleitoral em um único código, como já ocorre com os códigos civil e penal, mas fazem ressalvas sobre pontos importantes do texto como, por exemplo, o que trata do fim da reeleição para os cargos do Executivo – prefeitos, governadores e presidente.

“Não resolverá os problemas do Brasil”, afirma o advogado Alexandre Rollo, professor de pós-graduação em Direito Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo e mestre e doutor em Direito das Relações Sociais pela PUC-SP. “Quem usa indevidamente a máquina administrativa para reeleição, o que está errado, também o fará para eleger o seu sucessor, o que também está errado.”

O projeto aborda pontos sensíveis do universo político, além do fim da reeleição, como quarentena para candidaturas de juízes e militares, mandato de cinco anos, união entre eleições municipais e gerais e oito anos de inelegibilidade para políticos condenados.

O novo código eleitoral está em discussão no Senado por meio do projeto de lei complementar (PLP 112/21), que une em quase 900 artigos toda a legislação eleitoral e partidária, incluindo Lei dos Partidos Políticos, Lei das Eleições, Lei do Plebiscito, referendo e iniciativa popular e Lei de Combate à violência política contra a mulher.

Para o doutor em Direito Constitucional, Acacio Miranda, ‘a minirreforma vem em boa hora’.

“Apesar de não ser aplicável às eleições de 2024, atende a diversos anseios da sociedade, especialmente os relacionados ao fim da reeleição e ao prazo para contagem da inelegibilidade”, anota.

Alexandre Rollo é a favor da concentração da legislação eleitoral em um único código. “Nosso atual Código Eleitoral é de 1965 e foi aprovado em pleno período de ditadura militar. Passou da hora de termos uma modernização.”

Ele destaca que há pontos positivos e negativos a serem observados. “Alguma quarentena pode ser importante para evitar que os juízes e militares se promovam politicamente antes de saírem de suas carreiras. Com a ‘quarentena’, a fama momentânea acaba esfriando. A fixação de inelegibilidades em oito anos também me parece coerente”, pontua.

Rollo aponta para outra mudança proposta. “A união entre eleições municipais e gerais é uma ideia desastrosa. Primeiro, porque a própria Justiça Eleitoral não possui estrutura para julgar todas as eleições num mesmo ano. E, segundo, porque as eleições municipais, que são importantíssimas, vão desaparecer em meio às eleições para presidente e governadores.”

Antonio Carlos de Freitas Jr., mestre em Direito Constitucional pela USP e especialista em Direito Eleitoral, entende que as mudanças sugeridas ‘ou são irrelevantes, como pequenas correções de procedimento, ou aberrantes, como a regulação dos mandatos coletivos’.

Para Freitas, o ponto principal é que o novo código eleitoral não alcança, de fato, questões relevantes sobre o tema. “Voto distrital ou redução de magnitude dos distritos seriam assuntos muito mais efetivos para a qualidade da democracia”, diz.

Ele sugere que ‘a ordem do dia deveria ser um debate sobre o quão proporcional ou majoritário é o sistema eleitoral e as medidas de redução dos partidos políticos’.

“Como está, temos mais uma vez processo legislativo ‘enxugando gelo’. É o Brasil discutindo muito para não resolver nada”, alerta.

O post ‘Fim da reeleição não vai resolver os problemas do País’, diz advogado eleitoral apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

GOVERNO MILEI NA ARGENTINA ENTRA EM NOVA GESTÃO APÓS APROVAÇÃO DA 1ª LEI

 

História de Márcio Resende – RFI

Argentina: gestão de Milei entra em nova com aprovação da 1ª lei, inflação em baixa e discussão com FMI

Argentina: gestão de Milei entra em nova com aprovação da 1ª lei, inflação em baixa e discussão com FMI© REUTERS – Agustin Marcarian

A aprovação do primeiro pacote de leis depois de seis meses implica para o presidente Javier Milei uma nova fase de gestão da Argentina na qual será cobrado por soluções sem poder atribuir toda a culpa à herança recebida. A inflação de maio é a mais baixa desde fevereiro de 2022, mas precisará da normalização da economia para continuar a cair. O governo negocia um novo empréstimo com o FMI, que avisa não ter pressa para um acerto. A vice-presidente, Victoria Villarroel, ganha protagonismo num governo até aqui deficiente em gestão.

Márcio Resende, correspondente da RFI em Buenos Aires

Há quase um ano, Diego Bentancor passou a morar na rua. O salário como ajudante de cozinha num restaurante de comida rápida já não era suficiente para pagar um aluguel. Mês a mês, à medida que a inflação na Argentina disparava a ponto de terminar 2023 em 211,4%, o aumento de preços superou o poder de Diego comprar comida. Atualmente, ele depende de refeições doadas para comer.

Mesmo assim, Diego, 38 anos, acredita que é questão de tempo sair das ruas. “Eu me sinto como se tivesse um problema transitório. Estou na rua, é verdade, mas nunca digo que moro na rua. Digo que tenho um problema e que vou sair. Estou hoje comendo aqui, mas vou-me recuperar”, afirma Diego à RFI.

O otimismo de Diego começa a ter correlação com a realidade. Nas últimas horas, o Instituto argentino de Censos e Estatísticas (Indec) divulgou que a inflação de maio ficou em 4,2%. O número equivale a todo um ano de inflação no Brasil e assustaria em qualquer país estável. Mas, nesta Argentina, até seis meses atrás sob risco de hiperinflação, é uma boa notícia. Esse é a taxa mais baixa desde fevereiro de 2022.

Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada ficou em 276,4%. É a primeira vez, desde julho de 2023, que o acumulado interanual diminuiu em relação ao mês anterior. A inflação de maio é cinco vezes inferior aos 25,5% de dezembro, quando o presidente Javier Milei assumiu o cargo, quatro vezes inferior aos 20,6% de janeiro, três vezes inferior aos 13,2% de fevereiro ou aos 11% de março, e a metade dos 8,8% de abril.

Mas os analistas advertem que a trajetória de baixa pode ter encontrado um piso. O governo adiou aumentos como um imposto aos combustíveis e subidas nas tarifas de serviços públicos. Além disso, a continuidade da baixa depende agora de ajustes reformistas na economia.

Primeira lei depois de seis meses

A notícia de queda da inflação, mesmo que ainda insuficiente, veio acompanhada da melhor novidade para o presidente depois de seis meses de mandato: a aprovação pelo Senado da primeira lei do governo. Mesmo desidratada pelo Congresso, a chamada “Lei Bases” é um pacote de ferramentas básicas com as quais o presidente pretende desregulamentar o Estado e modernizar a economia.

Nos seus primeiros seis meses, Javier Milei aplicou um brutal ajuste fiscal, equivalente a cinco pontos do Produto Interno Bruto. Mesmo assim, manteve o apoio popular com o qual foi eleito.

Segundo o consultor em opinião pública Jorge Giacobbe, a imagem positiva de Milei é de 59%. Para o analista, com a aprovação da Lei Bases, começa uma nova fase do governo, com menos choque e mais horizonte, menos urgência e mais reformista.

“O governo Milei começou em 10 de dezembro com a luta contra a inflação. Agora, a partir da ‘Lei Bases’ começa uma nova fase. Uma fase na qual a opinião pública diz ao presidente: ‘Agora que você tem as ferramentas para solucionar o problema, resolva o problema’. Se Milei não os resolver, pagará um custo por isso”, explica Jorge Giacobbe à RFI.

Sem a lei, o presidente seria obrigado a governar por decreto, uma alternativa que impediria a chegada de investimentos a longo prazo. “É importante que Milei avance com leis porque as suas decisões ficam sólidas a futuro, evitando que próximos presidentes, de outros signos políticos, derrubem os decretos do presidente anterior”, ressalta Giacobbe.

Liderança no Congresso

Com 72 senadores, a votação terminou empatada em 36 votos. Na Argentina, a vice-presidente é automaticamente presidente do Senado, cabendo-lhe votar unicamente quando a sessão termina empatada. Eis que emerge o protagonismo da vice-presidente Victoria Villarroel, quem é vista como possível candidata a substituir Milei num futuro governo.

“Pelos argentinos que sofrem, que esperam, que não querem ver os seus filhos irem embora do país. Para esses argentinos que merecem recuperar o orgulho de serem argentinos, pensando sempre pela Argentina, o meu voto é afirmativo”, discursou Villarroel, antes de emitir o voto minerva.

Não cabe à presidente do Senado fazer discursos durante as sessões. Muitos viram nessa quebra das regras, uma intencionalidade política.

Nova fase de gestão

De concreto, com o seu primeiro pacote de leis, o presidente Javier Milei ganha capacidade de gestão e poder de governabilidade. A aprovação das ferramentas básicas permite ao presidente exibir aos investidores que pode avançar com reformas, apesar da sua hiper minoria parlamentar. Milei tem apenas 10% do Senado e 15% da Câmara de Deputados.

“Sem dúvida, Milei ganha governabilidade ao demonstrar que as políticas oficiais podem ser legitimadas. É mesmo um milagre que tenha conseguido o aval do Congresso. É verdade que cedeu e perdeu muito do pacote de leis pelo caminho, mas conseguiu muito mais para quem tem uma hiper minoria. Além disso, aprendeu a negociar, a dialogar e a ceder”, observa o cientista político Marcos Novaro, para quem começa uma nova fase de gestão.

“Acabam-se as desculpas para governar. Milei tinha o apoio da sociedade, mas não do Congresso e a sua gestão era muito deficiente, a ponto de ser preocupante. Agora conseguiu o apoio do Congresso e começa uma nova gestão”, aponta.

O consultor em opinião pública Julio Aurelio concorda. “Agora, Milei terá de mostrar gestão. Esta primeira lei gera certeza jurídica, um dos principais objetivos do mercado. Os agentes econômicos veem um governo com capacidade de conseguir acordos e que, naquilo que Milei cedeu, pode voltar a insistir com futuras novas leis”, avalia o analista.

Acordo com o FMI para normalizar a economia

Os mercados reagiram com euforia e o governo começou a negociar um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional. As ações argentinas em Wall Street subiram perto dos 10%, a taxa de risco-país caiu 7% e a moeda argentina se valorizou em 4%.

“O governo tem avançado em matéria econômica, mas os agentes querem ver a sustentabilidade do ajuste fiscal e do equilíbrio nas contas públicas. Para isso, o governo precisava que o Congresso demonstrasse que grande parte da política argentina está de acordo com esses lineamentos econômicos”, indica o economista Fausto Spotorno.

O ministro da Economia, Luis Caputo, confirmou que a Argentina começa negociar um novo empréstimo com o FMI para ajudar a normalizar a economia, acabando com as restrições de acesso às moedas estrangeiras e de movimento de capitais. “Primeiro temos de negociar com o FMI e procurar que, com esse novo acordo, chegue dinheiro novo”, anunciou Caputo.

O Ministério da Economia emitiu uma nota na qual diz que “a partir do avanço obtido com a recuperação das ferramentas de política monetária e com o controle dos fatores de criação de dinheiro”, prevê apresentar ao FMI “um acordo de programação monetária no final de junho de 2024” para a “continuidade do processo de estabilização macroeconômica”.

“O Banco Central contempla avançar na liberação dos controles cambiais e numa maior flexibilidade cambial”, mas “sem incluir compromissos de datas ou de medidas específicas”, esclareceu.

Por sua vez, o FMI destacou os “sólidos avanços” do governo Milei, mas advertiu sobre a necessidade de “implementar uma agenda estrutural” para gerar investimento, crescimento e recuperação do emprego formal, além da necessidade de “continuar com os esforços de apoiar os mais vulneráveis”.

Porém, sobre um novo acordo financeiro, o FMI mostrou cautela ao classificar como “prematura qualquer discussão sobre um novo programa”.

RÚSSIA PRESSIONOU PAÍSES DO SUL PARA NÃO PARTICIPAR DESSA CONFERÊNCIA E O BRASIL É UM DELES

 

História de Redação – Revista Planeta

Nações se encontram no Lago Lucerna para discutir como ajudar Kiev. Resultado, porém, não deve incluir um cessar-fogo. Rússia não foi convidada, motivo pelo qual Lula não participa. China também é desfalque.Mais de 90 países confirmaram participação em uma cúpula organizada pela Suíça a pedido de Kiev para debater caminhos para a paz na Ucrânia. O evento ocorre neste sábado (15/06) e domingo no complexo hoteleiro Bürgenstock, perto do Lago Lucerna. Para o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, o evento é o ponto alto de uma maratona diplomática.

De acordo com a presidente suíça, Viola Amherd, metade das nações participantes vêm da Europa e da América do Norte. A segunda metade é formada por países do Sul Global – da América do Sul, África, Oriente Médio e Ásia.

Segundo Amherd, muitos governos agradeceram à Suíça por acolher a conferência. Para ela, trata-se de um “processo amplo”, para criar as condições “para uma futura conferência de paz com a participação da Rússia”.

Moscou não foi convidada. Por essa razão, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que está na Europa para o encontro do G7, se recusou a participar pessoalmente. Em vez disso, o Brasil enviará sua embaixadora em Berna.

Outro desfalque é a China. Apesar do empenho da Alemanha em convencê-la a participar, Pequim também enviou sua rejeição à Suíça. Lula insiste que a base do evento tem que ser um projeto selado entre Brasil e China, e que prevê a participação do Kremlin nas negociações de paz.

Reconstrução da Ucrânia

Esta semana, em um evento em Berlim pela reconstrução da Ucrânia, o chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, disse que espera que, com a conferência de paz, “surgirá algo que nos aproximará da paz”. Zelenski fez coro. Para o ucraniano, o fato de a conferência organizada pela Suíça ocorrer já é um sucesso.

“É muito difícil não perder aliados e países parceiros. E unir países que são parceiros e não parceiros é uma tarefa difícil para a Ucrânia”, disse Zelenski, refletindo sobre mais de dois anos da grande invasão da Rússia.

Ao lado de Zelenski em Berlim, Scholz acrescentou que talvez, na Suíça, “poderia ser mostrada uma maneira de entrar com sucesso num processo em que a Rússia um dia também estará à mesa quando chegar a hora”. Mas reforçou que a decisão sobre se Moscou deve ou não participar do debate é somente da Ucrânia.

Pressão da Rússia sob o Sul Global

Na Conferência de Recuperação da Ucrânia 2024 (URC2024) em Berlim, a União Europeia prometeu empréstimos para apoiar pequenas e médias empresas ucranianas, além de fundos para reparações de emergência no fornecimento de eletricidade e calor. Bruxelas contrai empréstimos para a Ucrânia, que por sua vez são pagos a partir das receitas de juros de ativos russos congelados na Europa.

Em Berlim, Zelenski também falou pessoalmente pela primeira vez no Bundestag(câmara baixa do Parlamento alemão) e pouco depois visitou soldados ucranianos que estão sendo treinados pela Bundeswehr (For­ças Armadas Alemãs) para usarem o sistema de defesa aérea Patriot.

Em uma semana agitada para a diplomacia internacional, o URC2024 foi seguido pela reunião das sete maiores nações industrializadas do mundo, oG7, na Itália, com a esperança de que o maior número possível de chefes de Estado e governo viajassem de lá para a conferência na Suíça.

Nos bastidores, diz-se que a Rússia exerceu pressão, especialmente sobre os países do Sul Global, para boicotar a conferência suíça. É também por isso que os organizadores suíços consideram a presença de 90 nações um sucesso parcial. Aparentemente, isso também foi possível porque a agenda a ser discutida foi significativamente reduzida.

Sem cessar-fogo

A cúpula na Suíça não deve resultar em nenhuma solução de paz ou acordo de cessar-fogo. Os debates se concentrarão na segurança das centrais nucleares ucranianas. A maior usina nuclear da Europa, a de Zaporíjia, está ocupada por soldados russos, na linha de frente de batalha, no sul da Ucrânia.

Além disso, haverá discussões sobre a garantia adicional das exportações de cereais da Ucrânia, especialmente para os países do Sul Global, e sobre a libertação de crianças ucranianas raptadas pela Rússia nos territórios ocupados.

A declaração final da conferência não deverá incluir uma cessação imediata da guerra de agressão russa nem a retirada da Rússia da Ucrânia, como prevê o atual plano de paz formulado por Kiev.

Segundo Zelenski, para poder proteger pelo menos todas as grandes cidades e as instalações energéticas mais importantes, seu país precisaria de um total de sete sistemas antiaéreos Patriot. A Alemanha prometeu um terceiro sistema há semanas, mas muitos dos pedidos do governo alemão aos aliados por equipamento adicional permaneceram sem resposta.

À margem do URC2024, o presidente ucraniano disse que “a Alemanha é líder no apoio à Ucrânia, protegendo o seu espaço aéreo com sistemas Patriot”.

A mídia dos EUA informou que o presidente americano, Joe Biden, deseja entregar outra instalação militar Patriot dos EUA à Ucrânia. Aparentemente, trata-se de um dos sistemas Patriot que atualmente protegem o sudeste da Polônia, na fronteira com a Ucrânia. O sistema guarda o aeroporto regional de Rzeszów, que se tornou o centro mais importante da ajuda militar ocidental à Ucrânia.

Rússia apresenta condições para negociar a paz

Ao lado de Scholz em Berlim, Zelenski disse que “hoje existe uma nova solução de defesa aérea e não apenas o Patriot” – mas não forneceu detalhes.

Com mais um sistema Patriot da Alemanha e dos EUA, haveria um total de cinco na Ucrânia – dos sete esperados. Além disso, espera-se que os primeiros caças F-16 ocidentais sejam implantados pela Força Aérea Ucraniana neste verão europeu.

Para Zelenski, tão crucial para a sobrevivência do país quanto a defesa antiaérea, a reconstrução da Ucrânia e, em última análise, a primeira “conferência de alto nível sobre a paz na Suíça”, é que seu país “não perca a iniciativa”. Segundo ele, essa iniciativa não pode ser “dada a qualquer um e nem à Rússia”.

Nesta sexta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, falou mais uma vez sobre suas condições para negociar a paz com a Ucrânia:a retirada de tropas de quatro regiões parcialmente ocupadas por Moscou, a desistência, por Kiev, da ascensão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a extinção de todas as sanções financeiras impostas pelo Ocidente.

Por outro lado, Zelenski tem um plano de paz de dez pontos, que prevê a retirada total de tropas russas do território ucraniano internacionalmente reconhecido – inclusive a península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014 –, bem como a criação de um tribunal especial para a investigação de crimes de guerra.

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MIRAR EM PONTOS-CHAVE TRAZ CONSEQUÊNCIAS POSITIVAS PARA A EMPRESA RESULTANDO EM UM AMBIENTE MAIS ACOLHEDOR

 

Fernando Sapata, Diretor de Pessoas, Cultura e Encantamento na Select Soluções

Mirar em pontos-chave traz consequências positivas dentro do cenário geral da empresa, impactando positivamente na saúde do colaborador e resultando em um ambiente mais proativo e acolhedor

São Paulo, abril de 2024 – “Por que você trabalha na sua atual empresa? Quando alguém lhe pede indicação para um novo emprego, você a recomenda?” Na maioria dos casos, a resposta a essas duas perguntas está relacionada aos benefícios que são oferecidos aos funcionários, como salários e convênios. Porém, antes desses fatores entrarem na equação, existe um questionamento-chave que deve ser levado em consideração: você se sente bem no meu ambiente de trabalho?

Uma pesquisa da Microsoft levantou que, em 2021, 18% das pessoas pediram demissão quando perceberam que sua rotina de trabalho não estava mais alinhada com suas prioridades – e não acaba aí: um levantamento da Gallup deste ano também apontou que 44% dos colaboradores em empresas ao redor do mundo se sentem estressados no dia a dia corporativo. Sendo assim, um bom ambiente de trabalho previne que problemas, tanto de saúde quanto pessoais, afetem os funcionários e a empresa.

Para Fernando Sapata, Diretor de Pessoas, Cultura e Encantamento na Select Soluções, uma empresa que oferece soluções utilizando a tecnologia cloud da Amazon Web Services (AWS), pensar sobre o próprio bem-estar no trabalho, causa uma certa familiaridade com o conceito de encantamento em uma empresa. “Quando um funcionário se sente pertencente à empresa em que trabalha, podemos dizer que ele está encantado. Em outras palavras, os ideais pessoais estão alinhados aos da corporação, resultando em um ambiente proativo e harmonioso. Trata-se, portanto, de um lugar que trata seus colaboradores não como mão de obra, mas sim como seres humanos, com suas próprias necessidades,individualidades e sonhos”, explica.

Mas afinal, o que significa encantar funcionários?

O encantamento está intrinsecamente ligado ao trabalho interno da empresa, voltado ao seu ecossistema e também à humanização do colaborador. É um branding corporativo pensado nos funcionários, capaz de traduzir e comunicar a eles as práticas e os valores da corporação; os resultados dessa prática, obviamente, são sempre positivos. “Para que possa encantar, um líder precisa ver o liderado como ser humano. Qual é o sonho dessa pessoa? É papel de um bom gestor encontrar meios para fazê-lo acontecer. O melhor exemplo disso está na promoção de funcionários: em vez de oferecermos somente aumentos e benefícios, pensamos em como alinhar os nossos processos para oferecer oportunidades que estejam alinhadas com esse sonho pessoal do colaborador, com isso fazemos com que ele se sinta pertencente à equipe”, diz.

De acordo com ele, outra possibilidade é trazer o time geral para decisões importantes para a empresa. “Isso pode acontecer em reuniões de criação e implementação de produtos, não focando as decisões apenas no parecer do time técnico – todos os funcionários têm experiências valiosas que podem ser aproveitadas durante reuniões. Afinal, todas as pessoas da corporação, independentemente de sua função dentro dela, serão impactadas pelo sucesso do produto depois de implementado”, ressalta Sapata.

É preciso transformar a empresa em um local na qual as pessoas se sintam valorizadas pelo que são, e não necessariamente pela função que exercem. Abaixo, o especialista lista as principais dicas para alcançar esse objetivo. Confira: 

1. Adotar ferramentas para medir o nível de encantamento: “O principal meio de medir o nível de encantamento e, consequentemente, a satisfação dos funcionários é aplicar pesquisas do tipo NPS (net promoter score), sempre levando em consideração o anonimato das pessoas. É importante que esses questionários tenham uma frequência regular e elevada, a fim de que os gestores possam visualizar e trabalhar com mais facilidade os fatores que receberam uma nota baixa”, entende.

2. Oriente o time executivo da empresa: “É necessário estabelecer um responsável do time executivo para entrar em contato pessoalmente para entender o que aconteceu em caso de nota baixa. Deve-se levar em consideração os três tipos de NPS: colaborador, cliente e parceiros. Quando uma pessoa se dispõe a investigar e entender o feedback negativo ‘direto da fonte’, a empresa consegue se preparar melhor para mitigar os pontos negativos que os avaliadores encontram nos serviços prestados”, orienta o Diretor de Encantamento da Select.

3. A empresa deve fugir apenas do básico: “Pagar o salário em dia e tratar seus funcionários com sensibilidade é o mínimo do mínimo em qualquer ambiente corporativo. Quanto mais a corporação mostrar que está atenta às necessidades de seus colaboradores, maiores as chances destes de demonstrarem satisfação em relação ao ambiente de trabalho”, alerta.

4. Estabeleça uma boa comunicação com os funcionários: “Existem algumas alternativas que podem ser adotadas por grandes empresas para que todos os colaboradores sejam alcançados, como ter um canal de comunicação direto para tratar de variados assuntos e também um canal anônimo para denúncias dentro da corporação; traçar objetivos, de forma estratégica, sobre como funcionam determinados setores da empresa; e investir em multiplicadores, ou seja, mostrar ao funcionário o que é o processo e o que ele deve/pode esperar do encantamento. Esses são alguns métodos para espalhar a cultura do ambiente de trabalho e incentivar que ela seja adotada e seguida pelos demais funcionários, formando o pilar do encantamento”, finaliza Fernando Sapata.

O que é marketplace e por que investir nessa plataforma

ÚnicaPropaganda e Moysés Peruhype Carlech

Milhares de internautas utilizam o marketplace diariamente para fazer compras virtuais. Mas muitos ainda desconhecem seu conceito e como ele funciona na compra e venda de produtos.

Afinal, o que é marketplace?

O marketplace é um modelo de negócio online que pode ter seu funcionamento comparado ao de um shopping center.

Ao entrar em um shopping com a intenção de comprar um produto específico, você encontra dezenas de lojas, o que lhe permite pesquisar as opções e os preços disponibilizados por cada uma delas. Além de comprar o que você planejou inicialmente, também é possível consumir outros produtos, de diferentes lojas, marcas e segmentos.

Leve isso ao mundo virtual e você entenderá o conceito de marketplace: um lugar que reúne produtos de diversas lojas, marcas e segmentos. A diferença é que no ambiente virtual é mais fácil buscar produtos, e existe a facilidade de comprar todos eles com um pagamento unificado.

Os principais marketplaces do Brasil

A Amazon foi a primeira a popularizar esse modelo de negócio pelo mundo, e até hoje é a maior referência no assunto

No Brasil, o marketplace teve início em 2012. Quem tornou a plataforma mais conhecida foi a CNova, responsável pelas operações digitais da Casas Bahia, Extra, Ponto Frio, entre outras lojas.

Hoje, alguns nomes conhecidos no marketplace B2C são: Americanas, Magazine Luiza, Netshoes, Shoptime, Submarino e Walmart. No modelo C2C, estão nomes como Mercado Livre e OLX. Conheça os resultados de algumas dessas e de outras lojas no comércio eletrônico brasileiro.

Aqui no Vale do Aço temos o marketplace da Startup Valeon que é uma Plataforma Comercial de divulgação de Empresas, Serviços e Profissionais Liberais que surgiu para revolucionar o comércio do Vale do Aço através de sua divulgação online.

Como escolher o marketplace ideal para sua loja

Para ingressar em um marketplace, é preciso cadastrar sua loja, definir os produtos que serão vendidos e iniciar a divulgação. Mas é fundamental levar em consideração alguns pontos importantes antes de decidir onde incluir sua marca:

Forma de cobrança: cada marketplace possui seu modelo de comissão sobre as vendas realizadas, que pode variar de 9,5% a 30%. O que determina isso é a menor ou maior visibilidade que o fornecedor atribuirá a seus produtos. Ou seja, o lojista que quer obter mais anúncios para seus produtos e as melhores posições em pesquisas pagará uma comissão maior.

Na Startup Valeon não cobramos comissão e sim uma pequena mensalidade para a divulgação de seus anúncios.

Público-alvo: ao definir onde cadastrar sua loja, é essencial identificar em quais marketplaces o seu público está mais presente.

Garantimos que na Valeon seu público alvo estará presente.

Concorrentes: avalie também quais são as lojas do mesmo segmento que já fazem parte da plataforma e se os seus produtos têm potencial para competir com os ofertados por elas.

Felizmente não temos concorrentes e disponibilizamos para você cliente e consumidores o melhor marketplace que possa existir.

Reputação: para um marketplace obter tráfego e melhorar seus resultados em vendas precisa contar com parceiros que cumpram suas promessas e atendam aos compradores conforme o esperado. Atrasos na entrega, produtos com qualidade inferior à prometida e atendimento ineficiente são fatores que afastam os usuários que costumam comprar naquele ambiente virtual. Ao ingressar em um marketplace, certifique-se de que a sua loja irá contribuir com a boa reputação da plataforma e pesquise as opiniões de compradores referentes às outras lojas já cadastradas.

Temos uma ótima reputação junto ao mercado e consumidores devido a seriedade que conduzimos o nosso negócio.

Vantagens do marketplace

A plataforma da Valeon oferece vantagens para todos os envolvidos no comércio eletrônico. Confira abaixo algumas delas.

Para o consumidor

Encontrar produtos de diversos segmentos e preços competitivos em um único ambiente;

Efetuar o pagamento pelos produtos de diferentes lojistas em uma única transação.

Para o lojista

Ingressar em um comércio eletrônico bem visitado e com credibilidade, o que eleva a visibilidade de seus produtos;

Fazer parte de uma estrutura completa de atendimento e operação de vendas com um menor investimento, considerando que não será necessário pagar um custo fixo básico, como aconteceria no caso de investir na abertura de uma loja física ou online.

Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:

• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;

• Atraímos visualmente mais clientes;

• Somos mais dinâmicos;

• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;

• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;

• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.

• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as suas vendas.

Para o Marketplace

Dispor de uma ampla variedade de produtos em sua vitrine virtual, atraindo ainda mais visitantes;

Conquistar credibilidade ao ser reconhecido como um e-commerce que reúne os produtos que os consumidores buscam, o que contribui até mesmo para fidelizar clientes.

Temos nos dedicado com muito afinco em melhorar e proporcionar aos que visitam o Site uma boa avaliação do nosso canal procurando captar e entender o comportamento dos consumidores o que nos ajuda a incrementar as melhorias e campanhas de marketing que realizamos.

ORAÇÃO PROFÉTICA DE UM PASTOR DOS EUA

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