RIO – O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) decide nesta terça-feira, 18, um embate bilionário que, há mais de dez anos, põe em lados opostos o grupo ítalo-argentino Ternium e a brasileira CSN.
O voto do ministro Antonio Carlos Ferreira vai desempatar o placar e
pode levar a Ternium a pagar indenização estimada em R$ 5 bilhões para a
CSN. E, mais do que isso, a decisão pode levar incerteza a transações
de compra de fatias em blocos de controle e, também, colocar em xeque
entendimentos proferidos pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O ministro da 4ª Turma do STJ dará o voto de minerva na disputa. A
decisão poderá implicar, além da indenização de R$ 5 bilhões para a CSN,
R$ 500 milhões para os advogados da companhia e uma nova
jurisprudência. Ou, por outro lado, representar o retorno do caso para a
primeira instância para a produção de provas.
Em 2011, a Votorantim e a Camargo Corrêa compunham, com a Nippon
Steel e o fundo de pensão dos funcionários da Usiminas, o bloco de
controle da siderúrgica e mantinham um acordo de acionistas. A Ternium
comprou as participações das duas brasileiras, o equivalente a 27,7% do
capital votante da siderúrgica, por cerca de R$ 4 bilhões, sem sofrer
oposição da Nippon Steel, que detinha 29,45% do capital total e 43% do
bloco de controle e poderia exercer o direito de preferência. Na
operação, cada ação ON da Usiminas saiu por R$ 36, prêmio de 83% em
relação ao valor dos papéis na época.
Porém, a CSN, que também era acionista da Usiminas, avaliou que houve
alienação do controle da companhia e, por isso, deveria ser deflagrado o
mecanismo de tag along, ou seja, a Ternium deveria fazer uma oferta
pública de ações (OPA), estendendo as mesmas condições a todos os
acionistas.
Desde então, a CSN foi três vezes à CVM, que, em todas as ocasiões,
concluiu que não houve alienação de controle, apenas modificação da
composição do grupo de controle. Portanto, não haveria obrigação de
realização da oferta.
Inconformada, em 2013 a CSN entrou na Justiça paulista para defender
seu ponto de vista. Também foi ao Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (Cade). A queixa não prosperou no Cade, e o pedido na Justiça
foi rejeitado em primeira instância. Então, a CSN voltou à carga, em
segunda instância, tendo seu pleito rejeitado novamente. A empresa
apelou ao STJ, onde seu pedido foi rejeitado por três votos a dois em
março do ano passado.
No mesmo mês, a CSN tentou novo recurso, com embargos de declaração,
na Corte, apontando vícios na decisão. Então, a morte de um ministro,
Paulo de Tarso Vieira Sanseverino, e a declaração de impedimento de
outro, Marco Aurélio Bellizze, mudaram o quadro, pois os dois tinham
votado a favor da Ternium. Os magistrados foram substituídos,
respectivamente, por Humberto Martins e Antonio Carlos Ferreira.
Os ministros Humberto Martins e Moura Ribeiro votaram a favor da CSN.
Já os ministros Nancy Adrighi e Ricardo Villas Bôas Cueva votaram pelo
retorno do processo à primeira instância para a produção de provas.
Assim, o caso está empatado em 2 a 2. O voto do ministro Antonio Carlos
Ferreira vai desempatar o caso.
Para pessoas próximas ao caso, se houver maioria em favor da CSN, o
mercado pode passar a sofrer insegurança jurídica nas compras de
participações em blocos de controle de empresas de capital aberto no
Brasil. Além disso, cria-se uma situação peculiar, em que as
manifestações da CVM perderiam o valor.
Procuradas pela reportagem, a CSN e a Ternium não responderam até a publicação deste texto.
Se empresas ainda estavam reticentes sobre a entrada no mercado
virtual, 2020 chegou para revolucionar e acelerar o processo de
digitalização dos negócios. Com o fechamento do comércio durante o
período mais rígido de isolamento social, a maioria das lojas físicas
viram seu faturamento cair abruptamente. Nesse contexto, o Marketplace
passou a ser uma estratégia utilizada para escoamento do estoque retido.
Muitas empresas, porém, decidiram entrar no universo virtual não só
como estratégia para driblar os efeitos do coronavírus, mas também para
ampliar o alcance da marca com a diversificação dos canais de venda. E
tem surtido efeito. De acordo com dados da empresa Ebit/Nelsen, o faturamento em 2019 em Marketplaces foi de mais de 17 milhões de reais, 13% a mais quando comparado ao ano anterior.
Entretanto o que é mesmo Marketplace? Qual a diferença entre
Marketplace e E-commerce? Será que são a mesma coisa? Quais são as
vantagens de colocar um produto nessa vitrine? É sobre isso que
falaremos agora neste post.
O QUE É MARKETPLACE
O Marketplace é uma grande vitrine que reúne, em um endereço,
produtos de diferentes lojistas na internet. Uma espécie de “shopping
virtual”, que cuida de todas as etapas para a concretização das vendas
on-line: desde as formas de pagamento até, em alguns casos, a logística
para a entrega.
E-commerce x Marketplace
Muitas pessoas confundem E-commerce com Marketplace. Justo. Isso
porque esses conceitos são como planetas diferentes, orbitando o mesmo
universo. Entenda a diferença:
– E-COMMERCE
É todo tipo de mercado on-line, que pode ser próprio ou de terceiros.
Veja: um varejista pode decidir ingressar no E-commerce ao investir em
um site particular para as vendas. Terá de empregar recursos na
plataforma, gerenciar formas de pagamento e logística a fim de que o
produto chegue ao consumidor. Outra opção é fazer parte do mercado
virtual simplesmente por meio de uma plataforma já existente.
– MARKETPLACE
E uma das possibilidades é entrar em um Marketplace, isto é, vitrine
consolidada que concentra produtos de múltiplas marcas em um endereço
para o consumidor. Trata-se de um grande E-commerce que abre suas portas
virtuais, com a intenção de que uma variedade de lojistas usufruam de
uma estrutura previamente montada no que diz respeito às vendas:
plataforma, formas de pagamento, visibilidade e logística.
Por ser uma plataforma mais consolidada, requer uma curva de
aprendizado menor por parte do lojista. O vendedor disponibiliza o
produto no endereço e paga os custos por venda, o que acaba incidindo em
um investimento inicial menor para a entrada no mercado virtual.
Conheça um diferencial do Sebrae Minas, ao convidar diversos
especialistas em Marketplace para conversar e elucidar dúvidas comuns
sobre o assunto. Assista agora!
COMO ENTRAR EM UM MARKETPLACE
Existem grandes Marketplaces hoje no mercado brasileiro. Marcas como
Amazon, Mercado Livre, Netshoes, grupo B2W, Magazine Luiza oferecem o
serviço a negócios de todos os tamanhos no país e na nossa região temos o
Marketplace da Valeon.
Cada uma delas tem um processo particular no que concerne à
aprovação. Os requisitos básicos, porém, são praticamente os mesmos:
você precisará ter um CNPJ, um CNAE de varejista, estar em dia com a
Receita Federal e apto a emitir nota fiscal.
QUAIS SÃO AS VANTAGENS?
Agora que você sabe o que é o Marketplace, como entrar em um e qual a
diferença dele para o E-commerce, é hora de compreender as vantagens de
ingressar nessa grande vitrine virtual.
– NÃO SE PREOCUPAR COM TODOS OS DETALHES
Em um Marketplace, o empreendedor conta com uma plataforma
consolidada no mercado e com todas as ferramentas necessárias para
vender produtos virtualmente. E essa é uma grande vantagem. Afinal, o
lojista poderá lançar mão de um sistema de pagamento consolidado, da
segurança de uma plataforma validada e reconhecida no mercado, bem como
da logística de um grande Marketplace.
– SER ACESSÍVEL A NEGÓCIOS DE TODOS OS TAMANHOS
Ingressar no E-commerce por conta própria pode não ser tão simples
para pequenos negócios. Os custos são elevados, e a falta de
credibilidade no mercado engessa o consumidor na decisão de compra. Por
isso, o Marketplace muitas vezes é uma opção atrativa em relação a
qualquer tamanho de negócio, já que os custos para utilização são por
venda e há alta exposição da marca no universo on-line.
– SER ATRATIVO AO CONSUMIDOR
O Marketplace é uma grande curadoria de produtos, bem vantajosa para
quem está disposto a comprar pela internet. Isso porque há a
possibilidade de o cliente adquirir diferentes itens em um lugar só, por
meio de única forma de pagamento, entrega etc. Além de contar com o
respaldo de uma marca forte por trás de qualquer produto,
independentemente de sua procedência.
O QUE O EMPREENDEDOR PRECISA SABER ANTES DE ENTRAR EM UM MARKETPLACE
Claro que o Marketplace é o acesso a um universo de possibilidades de
vendas na internet. Contudo, não é regra que todo negócio deve
ingressar nessa grande vitrine virtual. É preciso estar atento a alguns
fatores que indicam a maturidade e a organização de uma empresa,
voltadas a atender às especificidades de um Marketplace sem ter
prejuízos. Por isso, atente-se ao planejamento dos seguintes itens:
Gestão de Estoque: seu negócio está organizado para não correr o risco de vender o produto e não tê-lo em estoque?
Precificação: o Marketplace traz diversos custos operacionais. E o
preço em relação a uma loja física e a uma loja virtual geralmente não é
o mesmo. Você consegue fazer tal distinção?
Apresentação do produto: é certo que a venda na internet exige uma
exposição adequada dos itens. Por isso, é essencial cuidar da
apresentação do produto por meio de uma descrição verossímil, com
título, ficha técnica e fotos de qualidade. Você tem esse olhar
cuidadoso para fazer uma venda saudável e evitar devolução de produto?
O Marketplace é, sem dúvidas, um mercado promissor no Brasil. E a
pandemia da Covid-19 veio para confirmar e acelerar o processo de
digitalização das empresas. Todavia, assim como toda e qualquer decisão
dentro de um negócio, é fundamental que seja estudada e planejada.
Ficou interessado e quer saber mais da inovação para o seu negócio? Não deixe de acompanhar os posts do nosso site! (https://valedoacoonline.com.br/)
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar
ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o
consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita
que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu
consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a
oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de
divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma
Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa
livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua
empresa seja oficializada.
A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando
para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as
melhores marcas do varejo e um mix de opções.
O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o
cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de
compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.
Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que
pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa
plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é
muito abaixo do valor praticado pelo mercado.
Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:
O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação
das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site
de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a
comunicação dos clientes com as lojas.
Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim
trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da
compra.
No país, as lojas online, que também contam com lojas
físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com
relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que
compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
O número de visitantes do Site da Valeon tem crescido
exponencialmente, nesse mês de agosto/2023 tivemos 10.000 visitantes,
hoje a Valeon já atingiu mais de 223.000 acessos.
O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de
comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e
ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros
marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e
promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como:
empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de
produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais
do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.
Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional.
Crescemos tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar.
Nossa história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.
Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?
Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.
A conta de dois mais dois, teoricamente, é invariável. O resultado é
sempre quatro. Ou pelo menos deveria ser. Quando o assunto são as finanças públicas,
a flexibilidade se sobressai aos ensinamentos de Pitágoras, pai da
matemática. No Brasil, a equação é a seguinte: há alguns meses o governo
federal perdeu a queda de braço com o Legislativo e com a cadeia
produtiva, e precisou engolir a desoneração da folha,
iniciativa que reduz em R$ 26,3 bilhões a arrecadação pública. A cifra
era essencial para que o governo conseguisse cumprir a âncora fiscal que
propôs, e que visa o equilíbrio entre as colunas de arrecadação e
gastos.
Munido apenas da lógica da matemática, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, propôs uma alteração tributária no PIS/Cofins,
que resultaria em uma arrecadação extra de R$ 29,2 bilhões, suprindo,
assim, o buraco da desoneração. Perfeito na teoria. Uma derrota para o
governo na prática. O levante dos setores de agronegócio,
serviços e indústria, juntamente com a falação parlamentar e a
sinalização do STF de que a mudança na incidência do imposto seria
inconstitucional, terminou com o presidente do Senado, Rodrigo
Pacheco, devolvendo parte da Medida Provisória 1227/2024 para o Palácio
do Planalto, com a mensagem de que, na aritmética sugerida pela Fazenda,
a conta de dois mais dois não será quatro.
Pode até parecer um detalhe pouco relevante em uma dinâmica
republicana, em que derrotas são comuns e o diálogo faz parte do avanço.
Mas, no cenário atual, a devolução da MP deixa o governo com menos capital político para negociar, e menos opções para atingir os R$ 76,5 bilhões estimados pelo Prisma Fiscal, do Ministério da Fazenda, de déficit para 2024.
• O plano inicial do governo com a MP enviada no dia 7 de junho era fazer um movimento similar ao que aconteceu nas MPs 1185 e 1202, de 2023.
• No primeiro caso, o texto acabava com as isenções de tributos federais aferidas pelos governadores.
•No segundo, impôs um limite de compensação tributária para grandes empresas.
•Ambos os textos tinham forte resistência do empresariado e do Legislativo e, nas duas oportunidades, a solução foi negociada, amenizada e aprovada. Desta vez, o corte foi seco.
Para o ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi,
faltou tato do governo de entender que não é possível fazer uma
movimentação desta, visando apenas arrecadação, sem olhar os efeitos
práticos na economia real. “Não foram consideradas as consequências perversas para a competitividade das empresas”, disse.
E de fato a MP era dura. Uma aposta alta, mas foi a única solução encontrada por Haddad. Segundo o ministro, “Não há plano B”. Para ele, há uma preocupação grande porque a equipe econômica identificou fraudes nas compensações de PIS/Cofins. “Então,
vamos ter de construir também uma alternativa para o combate às
fraudes, mas eu já estou conversando com alguns líderes para ver se a
gente encontra um caminho”, disse Haddad a jornalistas.
Ao tentar minimizar a devolutiva do senado, o chefe da política econômica afirmou que há espaço para negociar a MP. “O Senado assumiu parte da responsabilidade de construir uma solução.” De
acordo com ele, o Executivo colocará toda a equipe da Receita Federal à
disposição “para construir uma alternativa, uma vez que tem um prazo
exíguo e que precisa ser resolvido”.
Racional, Haddad sabe que, se não houver compensação, a saída será corte de gastos.
Para julho está prevista a apresentação de um plano de contenção. Ele
também tem falado de uma nova forma de vinculação dos pisos de Saúde e
Educação, saídas que diminuam o volume dos gastos do governo, sem
aumentar impostos.
Tal solução também foi apontada pelo professor de gestão tributária da Fipecafi Arthur Pitman. “Seria mais produtivo começar a apresentar soluções na ponta do gasto, ao invés da ponta da arrecadação”, disse.
No entendimento do acadêmico, as justificativas do governo federal de
que a revisão do PIS/Cofins seria uma forma de consertar as distorções
do sistema tributário não se sustentam. “Isso porque trata-se de um
cenário em que os setores mais afetados são justamente aqueles que
passam a ser prejudicados pelo risco de cumulatividade, aumento relativo
dos preços e prejuízo ao fluxo de caixa das empresas”, afirmou.
PRESSÃO
Liderando uma das frentes de pressão ao governo após o envio da MP estava o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban. De acordo com ele, Lula entendeu que a proposta era muito agressiva e teria aceitado encerrar a discussão neste momento.
Alban fez uma reunião, na terça-feira (11), com Lula, e um dos temas centrais foi a tramitação do texto. O
receio era que, além do encarecimento da produção, a alta nos preços da
ponta contribuísse também para elevar a inflação, um tema sensível para
um governo que busca redução da taxa básica de juros.
“Não há plano b. Agora vamos precisar
construir uma alternativa para o combate às fraudes
tributárias.”Fernando Haddad, ministro da Fazenda
Nesse sentido, quem mensurou o impacto financeiro foi o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP),
que estima R$ 10 bilhões extras para o setor de distribuição de
combustíveis. Pelos cálculos do IBP, a gasolina poderia apresentar
aumentos de 4% a 7%, ou 0,20 a 0,36 real por litro, enquanto o diesel
pode encarecer 1% a 4%, ou 0,10 a 0,23 real por litro com a medida. Não
foram computados nesses valores impactos nos elos anteriores da cadeia,
como o custo do produto.
O IBP representa empresas como Raízen, Ipiranga, do grupo Ultra, e Vibra Energia,
as três maiores distribuidoras de combustíveis do Brasil. Também de
grande representatividade econômica, as mineradoras fizeram os cálculos e
estimaram que, se levado adiante o projeto, o custo seria da ordem dos
R$ 11 bilhões. O calculo foi feito pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).
E se não bastasse a pressão dos empresários, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou
que o governo e o Congresso têm 60 dias para encontrarem uma fonte de
receita para compensar o prolongamento da desoneração da folha de
pagamento a 17 setores da economia. Os Poderes Executivo e Legislativo
também precisam compensar a redução, de 20% para 8%, da contribuição à
Previdência pelas prefeituras de cidades com até 126 mil habitantes.
Para justificar as mudanças tributárias, Haddad tem defendido
que a Receita Federal detectou até R$ 25 bilhões por ano em suspeitas
de fraude no uso de compensações de PIS/Cofins.
• As compensações tributárias são um mecanismo por
meio do qual as empresas obtêm descontos em tributos pagos a mais ao
longo da cadeia produtiva.
• No entanto, brechas e exceções na legislação
permitem que as companhias, por exemplo, usem créditos de PIS/Cofins
para abater o pagamento de Imposto de Renda.
• “Vários empresários fazem uso indevido das compensações ao declarar créditos ilegítimos não reconhecidos pela Receita Federal”, justificou o ministro.
• Ele, no entanto, lembrou que nem todos os casos
são fraudes. “Vamos responsabilizar criminalmente quem frauda
dolosamente. Não o sujeito que, por falta de dinheiro, não conseguiu
recolher imposto ou porque se enganou, não estamos falando disso”,
acrescentou.
“O governo não considerou as consequências perversas para a competitividade das empresas.”Blairo Maggi, ex-ministro da Agricultura
No entendimento de Haddad, ainda que Pacheco tenha devolvido
ao governo o trecho que restringia as compensações de PIS e Cofins, foi
bom ter mantido a determinação para que as empresas declarem, num
sistema informatizado, os incentivos fiscais que recebem. “Essas
medidas já servem para os contribuintes explicarem o que estão fazendo,
dizerem qual lei está fundamentando a prevenção, o que facilita a
fiscalização.”
A fala otimista do ministro, no entanto, ignora uma prática comum
dentro do emaranhado tributário brasileiro. Aquela em que a equação de
dois mais dois (à moda Roberto Carlos) são cinco.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os professores de universidades e
institutos federais decidiram continuar em greve após novo encontro com o
governo Lula (PT) nesta sexta-feira (14). A paralisação já dura dois
meses e alcança 61 instituições.
Terminada a reunião, iniciada às 10h, os servidores disseram
reconhecer uma disposição dos ministérios da Gestão e da Inovação em
Serviços Públicos e da Educação em negociar suas demandas, mas seguem
insatisfeitos.
Brasília ofereceu, por exemplo, a revogação da portaria 983, que
amplia a carga horária dos docentes. Também foi prometida a criação de
um grupo permanente de trabalho para discutir a restruturação da
carreira acadêmica.
Não foi apresentada, porém, proposta de reajuste salarial ainda em
2024. Por isso, professores, representados pelo Andes (Sindicato
Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) resolveram
seguir a paralisação.
O sindicato reivindica aumento de 3,69% em agosto deste ano, 9% em
janeiro de 2025 e 5,16% em maio 2026. Brasília oferece 9% em janeiro de
2025 e 3,5% em maio de 2026.
As propostas do governo nesta sexta serão levadas a assembleias nas
universidades ao longo da semana que vem. Os professores serão
consultados se elas são o bastante para encerrar a greve. A expectativa é
por maciça negativa da oferta, aumentando a pressão por aumento
salarial.
Em meio a cobranças, o governo lançou um PAC (Programa de Aceleração
do Crescimento) na segunda-feira (10) para as universidades federais e
para os hospitais universitários, com previsão de R$ 5,5 bilhões em
investimentos.
O ministro da Educação, Camilo Santana, também anunciou um acréscimo
de recursos para o custeio das instituições federais, em um total de R$
400 milhões. Desse total, R$ 279,2 milhões serão para as universidades e
outros R$ 120,7 milhões para os institutos federais.
Assim, o orçamento de 2024 dos centros de ensino chega a R$ 6,38 bi. O valor já é superior aos R$ 6,26 bi de 2023.
Além de contemplar as instituições já existentes, o novo programa
prevê a construção de dez novos campi pelo país, em São Gabriel da
Cachoeira (AM), Rurópolis (PA), Baturité (CE), Sertânia (PE), Estância
(SE), Jequié (BA), Cidade Ocidental (GO), Ipatinga (MG), São José do Rio
Preto (SP) e Caxias do Sul (RS).
Mesmo com o acrescimento orçamentário, a presidente da Andifes
(Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino
Superior) e reitora da Unb (Universidade de Brasília), Márcia Abrahão,
cobrou uma solução para a questão salarial dos servidores das
universidades.
No mesmo dia do anúncio, o presidente Lula cobrou o fim da greve dos
docentes, dizendo não haver razões para seguir com o movimento. Isso
irritou os servidores.
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O governo do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) criou nesta sexta-feira (14) uma sala de situação para
acompanhar a situação e elaborar soluções para as queimadas e a seca em
todos os biomas, após o grande aumento de focos no Pantanal.
Segundo a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, a primeira reunião
será na próxima segunda-feira (17), quando serão discutidas questões
como simplificação no processo de contratação de brigadistas, de
equipamentos e de aeronaves.
Marina Silva também afirmou que foi feito um pedido de recursos
extraordinários para lidar com as queimadas, que será analisado pela JEO
(Junta de Execução Orçamentária). Ela disse ter recebido a sinalização
do Ministério da Fazenda de que os recursos, cujos valores não quis
detalhar, deverão ser liberados.
Ela afirmou que também serão analisadas outras medidas, como a
alteração na legislação para possibilitar que aeronaves de países outros
países possam ser acionadas, em casos em que conseguem chegar mais
fácil aos focos do problema.
A ministra acrescentou que as medidas serão tomadas de maneira de
maneira preventivas, para evitar que sejam necessárias ações mais
drásticas.
O anúncio foi feito após uma reunião de emergência convocada pelo
presidente em exercício Geraldo Alckmin (PSB), com ministros, para
tratar das queimadas no Pantanal.
Participaram Marina Silva (Meio Ambiente), José Múcio (Defesa),
Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), Paulo Teixeira
(Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), Laércio Portela
(Secom), Cristina Kiomi (ministra substituta da Gestão), a
secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, o
secretário-executivo do Ministério da Justiça, Manoel Carlos, entre
outros.
Na semana passada, a Folha mostrou, de janeiro ao início de junho de
2024, os focos de incêndio no bioma aumentaram 974% na comparação com o
mesmo período do ano anterior.
Os dados são do Programa de BDQueimadas, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Atualizada diariamente, a plataforma mostra que, até esta terça-feira
(4), o bioma somava 978 focos, enquanto em 2023 o número era de 91.
O valor acumulado neste ano é o segundo maior dos últimos 15 anos,
atrás apenas de 2020, quando foram registrados 2.135 focos. Naquele ano,
cerca de 30% do bioma foi consumido pelas chamas.
Durante o anúncio, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho,
ressaltou que o Pantanal geralmente costuma ficar embaixo de água
durante todo o primeiro semestre do ano, com a seca iniciando na
sequência.
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O governo de Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) alterou dados da Previdência Social para reduzir a projeção de
despesas com benefícios em cerca de R$ 12 bilhões, segundo documentos
obtidos pela reportagem.
A estimativa menor, incorporada ao relatório de avaliação do
Orçamento do 2º bimestre, ajudou o Executivo a desfazer o bloqueio de R$
2,9 bilhões realizado em março e honrar o acordo para liberar mais R$
3,6 bilhões em emendas parlamentares.
Sem a contenção nos números da Previdência, o cenário mais provável
seria a imposição de uma trava ainda maior sobre despesas
discricionárias, como custeio e investimentos, segundo dois técnicos do
governo ouvidos sob reserva.
A mudança de última hora está registrada em notas técnicas do INSS,
disponibilizadas pelo órgão após pedido feito com base na LAI (Lei de
Acesso à Informação).
Em 15 de maio, a coordenação de Orçamento e Finanças do INSS
(Instituto Nacional do Seguro Social) estimou que a despesa com
benefícios alcançará R$ 912,3 bilhões neste ano. A conta considera o
ritmo de execução dos gastos até abril de 2024 e um crescimento
vegetativo de 0,64% ao mês, dada a redução das filas de espera.
Quatro dias depois, a Dirben (Diretoria de Benefícios) e a assessoria
da Presidência do INSS emitiram outra nota técnica sugerindo o uso de
uma taxa de crescimento vegetativo de 0,17%, equivalente a um quarto da
anterior.
A recomendação resultou em uma nova estimativa de despesa com
benefícios, emitida em 20 de maio, dois dias antes da divulgação do
relatório. O valor ficou em R$ 902,7 bilhões, dos quais ainda foram
descontados outros R$ 9,05 bilhões em economias esperadas com medidas de
produtividade e revisão de benefícios.
A mudança de parâmetro também impactou a projeção de gastos com a
compensação previdenciária, um acerto de contas feito com estados e
municípios quando um antigo segurado do INSS se aposenta pelos regimes
próprios desses entes.
Antes estimada em R$ 10,2 bilhões, a despesa com a compensação previdenciária caiu a R$ 7,96 bilhões.
Os efeitos, somados, evitaram um aumento de R$ 11,84 bilhões nos cálculos de despesas com a Previdência Social.
Procurado, o INSS disse que a definição dos parâmetros “observa um
fluxo processual de informações entre áreas, que consideram aspectos
diferentes”. Enquanto a área orçamentária considera o histórico
executado, a Dirben incorpora impactos de ações de gestão na análise dos
dados de concessão e suas respectivas tendências.
Na nota técnica de 19 de maio, a Diretoria de Benefícios argumentou
que os dados de concessão do primeiro quadrimestre foram impulsionados
pelo programa de enfrentamento à fila.
“Destacamos que tais meses apresentam desafios operacionais: janeiro é
um mês que a produtividade é reduzida de forma significativa em
decorrência de férias das equipes; fevereiro possui o menor número de
dias úteis do ano, com feriados prolongados; março assim como abril
representam recuperação da capacidade produtiva, ultrapassando médias
pois estamos em um cenário de vigência do PEFPS (Programa de
Enfrentamento à Fila da Previdência Social)”, diz o documento.
Propor um crescimento vegetativo de 0,64% ao mês com base nesse
período seria inapropriado, segundo a nota, porque o programa de
enfrentamento à fila vale até 13 de agosto 2024 (com possibilidade de
prorrogação até novembro de 2024) e haveria uma tendência de acomodação
no segundo semestre.
“Desta forma, o crescimento vegetativo é afetado pelo número de
benefícios concedidos, que é sazonal, sendo plausível a utilização do
mesmo valor que usamos na Projeção Orçamentária das Despesas do Regime
Geral de Previdência Social (RGPS): 2,09% de crescimento ao ano”, afirma
o documento.
A taxa seria compatível com um crescimento vegetativo de 0,17% ao mês parâmetro incorporado às estimativas oficiais.
A mudança afetou tanto as projeções orçamentárias, que sinalizam o
valor do crédito a ser autorizado pelo Congresso para pagar a despesa,
quanto as financeiras, que representam o que vai efetivamente sair do
caixa do governo neste ano e sensibilizam as regras fiscais perseguidas
pelo governo.
Há uma diferença estrutural entre esses dois números porque uma
parcela pequena dos benefícios de dezembro são pagos apenas no mês de
janeiro. Mas o impacto da mudança no parâmetro é semelhante.
A estimativa inicial do governo era de uma despesa financeira de até
R$ 909,6 bilhões, considerando a possibilidade de a taxa de crescimento
vegetativo alcançar 3,65% no acumulado do ano quase o dobro da que foi
contabilizada pelo INSS.
Mesmo com a economia de R$ 9,05 bilhões com as revisões, o gasto da
Previdência ainda ficaria em R$ 900,1 bilhões. No entanto, o valor
efetivamente incorporado foi de R$ 889,5 bilhões.
No Comprev, a estimativa financeira inicial era de R$ 9,5 bilhões, mas só R$ 7,7 bilhões foram contabilizados no relatório.
Um técnico crítico à mudança dos parâmetros afirma que os números da Previdência precisarão ser “consertados” ao longo do ano.
Só nos primeiros quatro meses, foram concedidos 2 milhões de novos
benefícios, um crescimento de 40,9% em relação a igual período de 2023.
Ainda que a desaceleração no segundo semestre se concretize, a expansão
deve se manter significativa. Além disso, nem todos os benefícios
concedidos são temporários como o auxílio-doença.
Outro técnico do governo afirma que a adoção de um parâmetro menor
não representa manobra para subestimar despesas e argumenta que algumas
projeções são excessivamente conservadoras.
Para essa ala, incorporar uma “gordura para não correr riscos” nem
sempre é justificável. Há também otimismo desse grupo com os resultados
das revisões de benefícios em curso, o que pode abrir caminho para um
ajuste gradual, se necessário.
A economista Vilma Pinto, da IFI (Instituição Fiscal Independente) do
Senado, avalia que há, sim, algum grau de subestimação nos números da
Previdência.
O órgão prevê um gasto total de R$ 929,5 bilhões neste ano, valor que
contempla não só os benefícios e a compensação previdenciária, mas
também as sentenças judiciais da área. Neste recorte mais amplo, a
estimativa do governo está em R$ 917,8 bilhões. A diferença beira os R$
12 bilhões.
Segundo Pinto, a projeção da IFI leva em consideração a evolução
recente dos benefícios emitidos (com crescimento em torno de 3,3%), o
valor do salário mínimo e a inflação.
“Levamos em conta alguma possível economia que leve a uma
desaceleração dessa taxa de crescimento, mas em nenhum cenário seria
possível chegar a um crescimento vegetativo de 0,17%, pelas nossas
contas. Diante disso, eu acho que pode haver, sim, algum grau de
subestimação nos números da Previdência”, afirma a economista.
Ela chama a atenção para o fato de que o governo já precisou
reconhecer parte da pressão, uma vez que a projeção total de R$ 917,8
bilhões é maior que os R$ 908,7 bilhões previstos originalmente no
Orçamento aprovado pelo Congresso.
Advogados com larga experiência em direito eleitoral avaliam que o
projeto de lei do novo código, em debate no Senado, oscila entre
atualização e ‘mais do mesmo’. Eles defendem a concentração da
legislação eleitoral em um único código, como já ocorre com os códigos
civil e penal, mas fazem ressalvas sobre pontos importantes do texto
como, por exemplo, o que trata do fim da reeleição para os cargos do
Executivo – prefeitos, governadores e presidente.
“Não resolverá os problemas do Brasil”, afirma o advogado Alexandre
Rollo, professor de pós-graduação em Direito Eleitoral do Tribunal
Regional Eleitoral de São Paulo e mestre e doutor em Direito das
Relações Sociais pela PUC-SP. “Quem usa indevidamente a máquina
administrativa para reeleição, o que está errado, também o fará para
eleger o seu sucessor, o que também está errado.”
O projeto aborda pontos sensíveis do universo político, além do fim
da reeleição, como quarentena para candidaturas de juízes e militares,
mandato de cinco anos, união entre eleições municipais e gerais e oito
anos de inelegibilidade para políticos condenados.
O novo código eleitoral está em discussão no Senado por meio do
projeto de lei complementar (PLP 112/21), que une em quase 900 artigos
toda a legislação eleitoral e partidária, incluindo Lei dos Partidos
Políticos, Lei das Eleições, Lei do Plebiscito, referendo e iniciativa
popular e Lei de Combate à violência política contra a mulher.
Para o doutor em Direito Constitucional, Acacio Miranda, ‘a minirreforma vem em boa hora’.
“Apesar de não ser aplicável às eleições de 2024, atende a diversos
anseios da sociedade, especialmente os relacionados ao fim da reeleição e
ao prazo para contagem da inelegibilidade”, anota.
Alexandre Rollo é a favor da concentração da legislação eleitoral em
um único código. “Nosso atual Código Eleitoral é de 1965 e foi aprovado
em pleno período de ditadura militar. Passou da hora de termos uma
modernização.”
Ele destaca que há pontos positivos e negativos a serem observados.
“Alguma quarentena pode ser importante para evitar que os juízes e
militares se promovam politicamente antes de saírem de suas carreiras.
Com a ‘quarentena’, a fama momentânea acaba esfriando. A fixação de
inelegibilidades em oito anos também me parece coerente”, pontua.
Rollo aponta para outra mudança proposta. “A união entre eleições
municipais e gerais é uma ideia desastrosa. Primeiro, porque a própria
Justiça Eleitoral não possui estrutura para julgar todas as eleições num
mesmo ano. E, segundo, porque as eleições municipais, que são
importantíssimas, vão desaparecer em meio às eleições para presidente e
governadores.”
Antonio Carlos de Freitas Jr., mestre em Direito Constitucional pela
USP e especialista em Direito Eleitoral, entende que as mudanças
sugeridas ‘ou são irrelevantes, como pequenas correções de procedimento,
ou aberrantes, como a regulação dos mandatos coletivos’.
Para Freitas, o ponto principal é que o novo código eleitoral não
alcança, de fato, questões relevantes sobre o tema. “Voto distrital ou
redução de magnitude dos distritos seriam assuntos muito mais efetivos
para a qualidade da democracia”, diz.
Ele sugere que ‘a ordem do dia deveria ser um debate sobre o quão
proporcional ou majoritário é o sistema eleitoral e as medidas de
redução dos partidos políticos’.
“Como está, temos mais uma vez processo legislativo ‘enxugando gelo’.
É o Brasil discutindo muito para não resolver nada”, alerta.
A aprovação do primeiro pacote de leis depois de seis meses implica
para o presidente Javier Milei uma nova fase de gestão da Argentina na
qual será cobrado por soluções sem poder atribuir toda a culpa à herança
recebida. A inflação de maio é a mais baixa desde fevereiro de 2022,
mas precisará da normalização da economia para continuar a cair. O
governo negocia um novo empréstimo com o FMI, que avisa não ter pressa
para um acerto. A vice-presidente, Victoria Villarroel, ganha
protagonismo num governo até aqui deficiente em gestão.
Márcio Resende, correspondente da RFI em Buenos Aires
Há quase um ano, Diego Bentancor passou a morar na rua. O salário
como ajudante de cozinha num restaurante de comida rápida já não era
suficiente para pagar um aluguel. Mês a mês, à medida que a inflação na
Argentina disparava a ponto de terminar 2023 em 211,4%, o aumento de
preços superou o poder de Diego comprar comida. Atualmente, ele depende
de refeições doadas para comer.
Mesmo assim, Diego, 38 anos, acredita que é questão de tempo sair das
ruas. “Eu me sinto como se tivesse um problema transitório. Estou na
rua, é verdade, mas nunca digo que moro na rua. Digo que tenho um
problema e que vou sair. Estou hoje comendo aqui, mas vou-me recuperar”,
afirma Diego à RFI.
O otimismo de Diego começa a ter correlação com a realidade. Nas
últimas horas, o Instituto argentino de Censos e Estatísticas (Indec)
divulgou que a inflação de maio ficou em 4,2%. O número equivale a todo
um ano de inflação no Brasil e assustaria em qualquer país estável. Mas,
nesta Argentina, até seis meses atrás sob risco de hiperinflação, é uma
boa notícia. Esse é a taxa mais baixa desde fevereiro de 2022.
Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada ficou em 276,4%. É a
primeira vez, desde julho de 2023, que o acumulado interanual diminuiu
em relação ao mês anterior. A inflação de maio é cinco vezes inferior
aos 25,5% de dezembro, quando o presidente Javier Milei assumiu o cargo, quatro
vezes inferior aos 20,6% de janeiro, três vezes inferior aos 13,2% de
fevereiro ou aos 11% de março, e a metade dos 8,8% de abril.
Mas os analistas advertem que a trajetória de baixa pode ter
encontrado um piso. O governo adiou aumentos como um imposto aos
combustíveis e subidas nas tarifas de serviços públicos. Além disso, a
continuidade da baixa depende agora de ajustes reformistas na economia.
Nos seus primeiros seis meses, Javier Milei aplicou um brutal ajuste
fiscal, equivalente a cinco pontos do Produto Interno Bruto. Mesmo
assim, manteve o apoio popular com o qual foi eleito.
Segundo o consultor em opinião pública Jorge Giacobbe, a imagem
positiva de Milei é de 59%. Para o analista, com a aprovação da Lei
Bases, começa uma nova fase do governo, com menos choque e mais
horizonte, menos urgência e mais reformista.
“O governo Milei começou em 10 de dezembro com a luta contra a
inflação. Agora, a partir da ‘Lei Bases’ começa uma nova fase. Uma fase
na qual a opinião pública diz ao presidente: ‘Agora que você tem as
ferramentas para solucionar o problema, resolva o problema’. Se Milei
não os resolver, pagará um custo por isso”, explica Jorge Giacobbe à RFI.
Sem a lei, o presidente seria obrigado a governar por decreto, uma
alternativa que impediria a chegada de investimentos a longo prazo. “É
importante que Milei avance com leis porque as suas decisões ficam
sólidas a futuro, evitando que próximos presidentes, de outros signos
políticos, derrubem os decretos do presidente anterior”, ressalta
Giacobbe.
Liderança no Congresso
Com 72 senadores, a votação terminou empatada em 36 votos. Na
Argentina, a vice-presidente é automaticamente presidente do Senado,
cabendo-lhe votar unicamente quando a sessão termina empatada. Eis que
emerge o protagonismo da vice-presidente Victoria Villarroel, quem é
vista como possível candidata a substituir Milei num futuro governo.
“Pelos argentinos que sofrem, que esperam, que não querem ver os seus
filhos irem embora do país. Para esses argentinos que merecem recuperar
o orgulho de serem argentinos, pensando sempre pela Argentina, o meu
voto é afirmativo”, discursou Villarroel, antes de emitir o voto
minerva.
Não cabe à presidente do Senado fazer discursos durante as sessões.
Muitos viram nessa quebra das regras, uma intencionalidade política.
Nova fase de gestão
De concreto, com o seu primeiro pacote de leis, o presidente Javier
Milei ganha capacidade de gestão e poder de governabilidade. A aprovação
das ferramentas básicas permite ao presidente exibir aos investidores
que pode avançar com reformas, apesar da sua hiper minoria parlamentar.
Milei tem apenas 10% do Senado e 15% da Câmara de Deputados.
“Sem dúvida, Milei ganha governabilidade ao demonstrar que as
políticas oficiais podem ser legitimadas. É mesmo um milagre que tenha
conseguido o aval do Congresso. É verdade que cedeu e perdeu muito do
pacote de leis pelo caminho, mas conseguiu muito mais para quem tem uma
hiper minoria. Além disso, aprendeu a negociar, a dialogar e a ceder”,
observa o cientista político Marcos Novaro, para quem começa uma nova
fase de gestão.
“Acabam-se as desculpas para governar. Milei tinha o apoio da
sociedade, mas não do Congresso e a sua gestão era muito deficiente, a
ponto de ser preocupante. Agora conseguiu o apoio do Congresso e começa
uma nova gestão”, aponta.
O consultor em opinião pública Julio Aurelio concorda. “Agora, Milei
terá de mostrar gestão. Esta primeira lei gera certeza jurídica, um dos
principais objetivos do mercado. Os agentes econômicos veem um governo
com capacidade de conseguir acordos e que, naquilo que Milei cedeu, pode
voltar a insistir com futuras novas leis”, avalia o analista.
Acordo com o FMI para normalizar a economia
Os mercados reagiram com euforia e o governo começou a negociar um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional. As ações argentinas em Wall Street subiram perto dos 10%, a taxa de risco-país caiu 7% e a moeda argentina se valorizou em 4%.
“O governo tem avançado em matéria econômica, mas os agentes querem
ver a sustentabilidade do ajuste fiscal e do equilíbrio nas contas
públicas. Para isso, o governo precisava que o Congresso demonstrasse
que grande parte da política argentina está de acordo com esses
lineamentos econômicos”, indica o economista Fausto Spotorno.
O ministro da Economia, Luis Caputo, confirmou que a Argentina começa
negociar um novo empréstimo com o FMI para ajudar a normalizar a
economia, acabando com as restrições de acesso às moedas estrangeiras e
de movimento de capitais. “Primeiro temos de negociar com o FMI e
procurar que, com esse novo acordo, chegue dinheiro novo”, anunciou
Caputo.
O Ministério da Economia emitiu uma nota na qual diz que “a partir do
avanço obtido com a recuperação das ferramentas de política monetária e
com o controle dos fatores de criação de dinheiro”, prevê apresentar ao
FMI “um acordo de programação monetária no final de junho de 2024” para
a “continuidade do processo de estabilização macroeconômica”.
“O Banco Central contempla avançar na liberação dos controles
cambiais e numa maior flexibilidade cambial”, mas “sem incluir
compromissos de datas ou de medidas específicas”, esclareceu.
Por sua vez, o FMI destacou os “sólidos avanços” do governo Milei,
mas advertiu sobre a necessidade de “implementar uma agenda estrutural”
para gerar investimento, crescimento e recuperação do emprego formal,
além da necessidade de “continuar com os esforços de apoiar os mais
vulneráveis”.
Porém, sobre um novo acordo financeiro, o FMI mostrou cautela ao
classificar como “prematura qualquer discussão sobre um novo programa”.
Nações se encontram no Lago Lucerna para discutir como ajudar Kiev.
Resultado, porém, não deve incluir um cessar-fogo. Rússia não foi
convidada, motivo pelo qual Lula não participa. China também é
desfalque.Mais de 90 países confirmaram participação em uma cúpula
organizada pela Suíça a pedido de Kiev para debater caminhos para a paz
na Ucrânia. O evento ocorre neste sábado (15/06) e domingo no complexo
hoteleiro Bürgenstock, perto do Lago Lucerna. Para o presidente
ucraniano, Volodimir Zelenski, o evento é o ponto alto de uma maratona
diplomática.
De acordo com a presidente suíça, Viola Amherd, metade das nações
participantes vêm da Europa e da América do Norte. A segunda metade é
formada por países do Sul Global – da América do Sul, África, Oriente
Médio e Ásia.
Segundo Amherd, muitos governos agradeceram à Suíça por acolher a
conferência. Para ela, trata-se de um “processo amplo”, para criar as
condições “para uma futura conferência de paz com a participação da
Rússia”.
Moscou não foi convidada. Por essa razão, o presidente brasileiro,
Luiz Inácio Lula da Silva, que está na Europa para o encontro do G7, se
recusou a participar pessoalmente. Em vez disso, o Brasil enviará sua
embaixadora em Berna.
Outro desfalque é a China. Apesar do empenho da Alemanha em
convencê-la a participar, Pequim também enviou sua rejeição à Suíça.
Lula insiste que a base do evento tem que ser um projeto selado entre
Brasil e China, e que prevê a participação do Kremlin nas negociações de
paz.
Reconstrução da Ucrânia
Esta semana, em um evento em Berlim pela reconstrução da Ucrânia, o
chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, disse que espera que, com a
conferência de paz, “surgirá algo que nos aproximará da paz”. Zelenski
fez coro. Para o ucraniano, o fato de a conferência organizada pela
Suíça ocorrer já é um sucesso.
“É muito difícil não perder aliados e países parceiros. E unir países
que são parceiros e não parceiros é uma tarefa difícil para a Ucrânia”,
disse Zelenski, refletindo sobre mais de dois anos da grande invasão da
Rússia.
Ao lado de Zelenski em Berlim, Scholz acrescentou que talvez, na
Suíça, “poderia ser mostrada uma maneira de entrar com sucesso num
processo em que a Rússia um dia também estará à mesa quando chegar a
hora”. Mas reforçou que a decisão sobre se Moscou deve ou não participar
do debate é somente da Ucrânia.
Pressão da Rússia sob o Sul Global
Na Conferência de Recuperação da Ucrânia 2024 (URC2024) em Berlim, a
União Europeia prometeu empréstimos para apoiar pequenas e médias
empresas ucranianas, além de fundos para reparações de emergência no
fornecimento de eletricidade e calor. Bruxelas contrai empréstimos para a
Ucrânia, que por sua vez são pagos a partir das receitas de juros de
ativos russos congelados na Europa.
Em Berlim, Zelenski também falou pessoalmente pela primeira vez no
Bundestag(câmara baixa do Parlamento alemão) e pouco depois visitou
soldados ucranianos que estão sendo treinados pela Bundeswehr (Forças
Armadas Alemãs) para usarem o sistema de defesa aérea Patriot.
Em uma semana agitada para a diplomacia internacional, o URC2024 foi
seguido pela reunião das sete maiores nações industrializadas do mundo,
oG7, na Itália, com a esperança de que o maior número possível de chefes
de Estado e governo viajassem de lá para a conferência na Suíça.
Nos bastidores, diz-se que a Rússia exerceu pressão, especialmente
sobre os países do Sul Global, para boicotar a conferência suíça. É
também por isso que os organizadores suíços consideram a presença de 90
nações um sucesso parcial. Aparentemente, isso também foi possível
porque a agenda a ser discutida foi significativamente reduzida.
Sem cessar-fogo
A cúpula na Suíça não deve resultar em nenhuma solução de paz ou
acordo de cessar-fogo. Os debates se concentrarão na segurança das
centrais nucleares ucranianas. A maior usina nuclear da Europa, a de
Zaporíjia, está ocupada por soldados russos, na linha de frente de
batalha, no sul da Ucrânia.
Além disso, haverá discussões sobre a garantia adicional das
exportações de cereais da Ucrânia, especialmente para os países do Sul
Global, e sobre a libertação de crianças ucranianas raptadas pela Rússia
nos territórios ocupados.
A declaração final da conferência não deverá incluir uma cessação
imediata da guerra de agressão russa nem a retirada da Rússia da
Ucrânia, como prevê o atual plano de paz formulado por Kiev.
Segundo Zelenski, para poder proteger pelo menos todas as grandes
cidades e as instalações energéticas mais importantes, seu país
precisaria de um total de sete sistemas antiaéreos Patriot. A Alemanha
prometeu um terceiro sistema há semanas, mas muitos dos pedidos do
governo alemão aos aliados por equipamento adicional permaneceram sem
resposta.
À margem do URC2024, o presidente ucraniano disse que “a Alemanha é
líder no apoio à Ucrânia, protegendo o seu espaço aéreo com sistemas
Patriot”.
A mídia dos EUA informou que o presidente americano, Joe Biden,
deseja entregar outra instalação militar Patriot dos EUA à Ucrânia.
Aparentemente, trata-se de um dos sistemas Patriot que atualmente
protegem o sudeste da Polônia, na fronteira com a Ucrânia. O sistema
guarda o aeroporto regional de Rzeszów, que se tornou o centro mais
importante da ajuda militar ocidental à Ucrânia.
Rússia apresenta condições para negociar a paz
Ao lado de Scholz em Berlim, Zelenski disse que “hoje existe uma nova
solução de defesa aérea e não apenas o Patriot” – mas não forneceu
detalhes.
Com mais um sistema Patriot da Alemanha e dos EUA, haveria um total
de cinco na Ucrânia – dos sete esperados. Além disso, espera-se que os
primeiros caças F-16 ocidentais sejam implantados pela Força Aérea
Ucraniana neste verão europeu.
Para Zelenski, tão crucial para a sobrevivência do país quanto a
defesa antiaérea, a reconstrução da Ucrânia e, em última análise, a
primeira “conferência de alto nível sobre a paz na Suíça”, é que seu
país “não perca a iniciativa”. Segundo ele, essa iniciativa não pode ser
“dada a qualquer um e nem à Rússia”.
Nesta sexta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, falou mais uma
vez sobre suas condições para negociar a paz com a Ucrânia:a retirada
de tropas de quatro regiões parcialmente ocupadas por Moscou, a
desistência, por Kiev, da ascensão à Organização do Tratado do Atlântico
Norte (Otan) e a extinção de todas as sanções financeiras impostas pelo
Ocidente.
Por outro lado, Zelenski tem um plano de paz de dez pontos, que prevê
a retirada total de tropas russas do território ucraniano
internacionalmente reconhecido – inclusive a península da Crimeia,
anexada por Moscou em 2014 –, bem como a criação de um tribunal especial
para a investigação de crimes de guerra.
Fernando Sapata, Diretor de Pessoas, Cultura e Encantamento na Select Soluções
Mirar em pontos-chave traz consequências positivas dentro do
cenário geral da empresa, impactando positivamente na saúde do
colaborador e resultando em um ambiente mais proativo e acolhedor
São Paulo, abril de 2024 – “Por que você trabalha na
sua atual empresa? Quando alguém lhe pede indicação para um novo
emprego, você a recomenda?” Na maioria dos casos, a resposta a essas
duas perguntas está relacionada aos benefícios que são oferecidos aos
funcionários, como salários e convênios. Porém, antes desses fatores
entrarem na equação, existe um questionamento-chave que deve ser levado
em consideração: você se sente bem no meu ambiente de trabalho?
Uma pesquisa da Microsoft levantou que, em 2021, 18% das pessoas
pediram demissão quando perceberam que sua rotina de trabalho não estava
mais alinhada com suas prioridades – e não acaba aí: um levantamento da
Gallup deste ano também apontou que 44% dos colaboradores em empresas
ao redor do mundo se sentem estressados no dia a dia corporativo. Sendo
assim, um bom ambiente de trabalho previne que problemas, tanto de saúde
quanto pessoais, afetem os funcionários e a empresa.
Para Fernando Sapata, Diretor de Pessoas, Cultura e Encantamento na Select Soluções, uma
empresa que oferece soluções utilizando a tecnologia cloud da Amazon
Web Services (AWS), pensar sobre o próprio bem-estar no trabalho, causa
uma certa familiaridade com o conceito de encantamento em uma empresa.
“Quando um funcionário se sente pertencente à empresa em que trabalha,
podemos dizer que ele está encantado. Em outras palavras, os ideais
pessoais estão alinhados aos da corporação, resultando em um ambiente
proativo e harmonioso. Trata-se, portanto, de um lugar que trata seus
colaboradores não como mão de obra, mas sim como seres humanos, com suas
próprias necessidades,individualidades e sonhos”, explica.
Mas afinal, o que significa encantar funcionários?
O encantamento está intrinsecamente ligado ao trabalho interno da
empresa, voltado ao seu ecossistema e também à humanização do
colaborador. É um branding corporativo pensado nos funcionários, capaz
de traduzir e comunicar a eles as práticas e os valores da corporação;
os resultados dessa prática, obviamente, são sempre positivos. “Para que
possa encantar, um líder precisa ver o liderado como ser humano. Qual é
o sonho dessa pessoa? É papel de um bom gestor encontrar meios para
fazê-lo acontecer. O melhor exemplo disso está na promoção de
funcionários: em vez de oferecermos somente aumentos e benefícios,
pensamos em como alinhar os nossos processos para oferecer oportunidades
que estejam alinhadas com esse sonho pessoal do colaborador, com isso
fazemos com que ele se sinta pertencente à equipe”, diz.
De acordo com ele, outra possibilidade é trazer o time geral para
decisões importantes para a empresa. “Isso pode acontecer em reuniões de
criação e implementação de produtos, não focando as decisões apenas no
parecer do time técnico – todos os funcionários têm experiências
valiosas que podem ser aproveitadas durante reuniões. Afinal, todas as
pessoas da corporação, independentemente de sua função dentro dela,
serão impactadas pelo sucesso do produto depois de implementado”,
ressalta Sapata.
É preciso transformar a empresa em um local na qual as pessoas se
sintam valorizadas pelo que são, e não necessariamente pela função que
exercem. Abaixo, o especialista lista as principais dicas para alcançar
esse objetivo. Confira:
1. Adotar ferramentas para medir o nível de encantamento: “O
principal meio de medir o nível de encantamento e, consequentemente, a
satisfação dos funcionários é aplicar pesquisas do tipo NPS (net promoter score),
sempre levando em consideração o anonimato das pessoas. É importante
que esses questionários tenham uma frequência regular e elevada, a fim
de que os gestores possam visualizar e trabalhar com mais facilidade os
fatores que receberam uma nota baixa”, entende.
2. Oriente o time executivo da empresa: “É
necessário estabelecer um responsável do time executivo para entrar em
contato pessoalmente para entender o que aconteceu em caso de nota
baixa. Deve-se levar em consideração os três tipos de NPS: colaborador,
cliente e parceiros. Quando uma pessoa se dispõe a investigar e entender
o feedback negativo ‘direto da fonte’, a empresa consegue se preparar
melhor para mitigar os pontos negativos que os avaliadores encontram nos
serviços prestados”, orienta o Diretor de Encantamento da Select.
3. A empresa deve fugir apenas do básico: “Pagar o
salário em dia e tratar seus funcionários com sensibilidade é o mínimo
do mínimo em qualquer ambiente corporativo. Quanto mais a corporação
mostrar que está atenta às necessidades de seus colaboradores, maiores
as chances destes de demonstrarem satisfação em relação ao ambiente de
trabalho”, alerta.
4. Estabeleça uma boa comunicação com os funcionários: “Existem
algumas alternativas que podem ser adotadas por grandes empresas para
que todos os colaboradores sejam alcançados, como ter um canal de
comunicação direto para tratar de variados assuntos e também um canal
anônimo para denúncias dentro da corporação; traçar objetivos, de forma
estratégica, sobre como funcionam determinados setores da empresa; e
investir em multiplicadores, ou seja, mostrar ao funcionário o que é o
processo e o que ele deve/pode esperar do encantamento. Esses são alguns
métodos para espalhar a cultura do ambiente de trabalho e incentivar
que ela seja adotada e seguida pelos demais funcionários, formando o
pilar do encantamento”, finaliza Fernando Sapata.
O que é marketplace e por que investir nessa plataforma
ÚnicaPropaganda e Moysés Peruhype Carlech
Milhares de internautas utilizam o marketplace diariamente para fazer
compras virtuais. Mas muitos ainda desconhecem seu conceito e como ele
funciona na compra e venda de produtos.
Afinal, o que é marketplace?
O marketplace é um modelo de negócio online que pode ter seu funcionamento comparado ao de um shopping center.
Ao entrar em um shopping com a intenção de comprar um produto
específico, você encontra dezenas de lojas, o que lhe permite pesquisar
as opções e os preços disponibilizados por cada uma delas. Além de
comprar o que você planejou inicialmente, também é possível consumir
outros produtos, de diferentes lojas, marcas e segmentos.
Leve isso ao mundo virtual e você entenderá o conceito de
marketplace: um lugar que reúne produtos de diversas lojas, marcas e
segmentos. A diferença é que no ambiente virtual é mais fácil buscar
produtos, e existe a facilidade de comprar todos eles com um pagamento
unificado.
Os principais marketplaces do Brasil
A Amazon foi a primeira a popularizar esse modelo de negócio pelo mundo, e até hoje é a maior referência no assunto
No Brasil, o marketplace teve início em 2012. Quem tornou a
plataforma mais conhecida foi a CNova, responsável pelas operações
digitais da Casas Bahia, Extra, Ponto Frio, entre outras lojas.
Hoje, alguns nomes conhecidos no marketplace B2C são: Americanas,
Magazine Luiza, Netshoes, Shoptime, Submarino e Walmart. No modelo C2C,
estão nomes como Mercado Livre e OLX. Conheça os resultados de algumas
dessas e de outras lojas no comércio eletrônico brasileiro.
Aqui no Vale do Aço temos o marketplace da Startup Valeon que é uma
Plataforma Comercial de divulgação de Empresas, Serviços e Profissionais
Liberais que surgiu para revolucionar o comércio do Vale do Aço através
de sua divulgação online.
Como escolher o marketplace ideal para sua loja
Para ingressar em um marketplace, é preciso cadastrar sua loja,
definir os produtos que serão vendidos e iniciar a divulgação. Mas é
fundamental levar em consideração alguns pontos importantes antes de
decidir onde incluir sua marca:
Forma de cobrança: cada marketplace possui seu modelo de comissão
sobre as vendas realizadas, que pode variar de 9,5% a 30%. O que
determina isso é a menor ou maior visibilidade que o fornecedor
atribuirá a seus produtos. Ou seja, o lojista que quer obter mais
anúncios para seus produtos e as melhores posições em pesquisas pagará
uma comissão maior.
Na Startup Valeon não cobramos comissão e sim uma pequena mensalidade para a divulgação de seus anúncios.
Público-alvo: ao definir onde cadastrar sua loja, é essencial
identificar em quais marketplaces o seu público está mais presente.
Garantimos que na Valeon seu público alvo estará presente.
Concorrentes: avalie também quais são as lojas do mesmo segmento que
já fazem parte da plataforma e se os seus produtos têm potencial para
competir com os ofertados por elas.
Felizmente não temos concorrentes e disponibilizamos para você cliente e consumidores o melhor marketplace que possa existir.
Reputação: para um marketplace obter tráfego e melhorar seus
resultados em vendas precisa contar com parceiros que cumpram suas
promessas e atendam aos compradores conforme o esperado. Atrasos na
entrega, produtos com qualidade inferior à prometida e atendimento
ineficiente são fatores que afastam os usuários que costumam comprar
naquele ambiente virtual. Ao ingressar em um marketplace, certifique-se
de que a sua loja irá contribuir com a boa reputação da plataforma e
pesquise as opiniões de compradores referentes às outras lojas já
cadastradas.
Temos uma ótima reputação junto ao mercado e consumidores devido a seriedade que conduzimos o nosso negócio.
Vantagens do marketplace
A plataforma da Valeon oferece vantagens para todos os envolvidos no comércio eletrônico. Confira abaixo algumas delas.
Para o consumidor
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Efetuar o pagamento pelos produtos de diferentes lojistas em uma única transação.
Para o lojista
Ingressar em um comércio eletrônico bem visitado e com credibilidade, o que eleva a visibilidade de seus produtos;
Fazer parte de uma estrutura completa de atendimento e operação de
vendas com um menor investimento, considerando que não será necessário
pagar um custo fixo básico, como aconteceria no caso de investir na
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buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para
impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as
suas vendas.
Para o Marketplace
Dispor de uma ampla variedade de produtos em sua vitrine virtual, atraindo ainda mais visitantes;
Conquistar credibilidade ao ser reconhecido como um e-commerce que
reúne os produtos que os consumidores buscam, o que contribui até mesmo
para fidelizar clientes.
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proporcionar aos que visitam o Site uma boa avaliação do nosso canal
procurando captar e entender o comportamento dos consumidores o que nos
ajuda a incrementar as melhorias e campanhas de marketing que
realizamos.
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