sábado, 8 de junho de 2024

A IMPORTÂNCIA DAS PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS E RESPONSÁVEIS NO MUNDO DOS NEGÓCIOS

 

Pedro Coube – Especialista em melhores práticas produtivas e trainer da Interhunter Academy

A importância das práticas sustentáveis e responsáveis no mundo dos negócios está cada vez mais evidente. Comprometer-se com critérios ambientais, sociais e de governança (ESG) não só demonstra responsabilidade social, como também pode impulsionar o sucesso financeiro a longo prazo.

“O ESG é uma evolução da sustentabilidade. Desdobrando a sigla, entendo que cada dimensão pode ser acompanhada de mais uma palavra: cuidado ambiental, responsabilidade social e ética nos negócios (governança corporativa)”, explica Pedro Coube, especialista em melhores práticas produtivas e trainer da Interhunter Academy.

Segundo ele, uma empresa que se compromete com a estratégia ESG deve ser ética, transparente e preocupada com o bem-estar de seus colaboradores. Além disso, tem uma genuína intenção de mitigar os danos causados ao meio ambiente e buscará fontes limpas de energia.

Por que se comprometer com esses aspectos

Coube menciona a Pesquisa Accenture, que ouviu 1.000 CEOs de 22 setores em 99 países sobre sustentabilidade: 71% acreditam que, em 5 anos, a sustentabilidade resultará em valorização da marca; 57% não têm dúvida que desdobrará em crescimento da receita; 52% enxergam maior impacto na mitigação de risco e 51% esperam redução de custo de operação.

Este movimento é apoiado pelas novas gerações de consumidores, que estão cada vez mais exigentes quanto à sustentabilidade. “O ESG representa ganho de competitividade e credibilidade com todos os públicos”, ressalta.

O especialista lista 10 razões para se comprometer com ESG:

1) É uma forma de qualificar a empresa por outros parâmetros que não o seu desempenho financeiro;

2) Geração de valor por meio do controle dos riscos de externalidades ambientais, sociais e de governança;

3) O ESG se distingue da simples noção de Sustentabilidade pela amplitude, o rigor e o impacto;

4) As empresas atrativas ao investimento são as que usam os recursos naturais de maneira equilibrada, que promovem os direitos humanos na cadeia de valor e impedem a corrupção;

5) Ser sustentável é a nova exigência nos negócios;

6) O propósito deve vir antes do lucro;

7) As pessoas esperam se relacionar com organizações que demonstrem cuidado, escuta afetiva, respeito às diferenças e preocupação genuína com o seu bem-estar;

8) É necessário investir em tecnologias disruptivas e em modelos de negócios que gerem impacto positivo para o meio ambiente e para as comunidades;

9) As empresas e os empreendedores precisarão adotar energias renováveis, promover a energia circular, preservar as florestas, regenerar ambientes degradados e respeitar a diversidade;

10) Os novos líderes serão mais empáticos, cuidadores e inclusivos e é o que se espera no ESG.

Veja 3 passos para começar a praticar em sua empresa:

1.   Conscientize a alta gestão e todos os que ainda não se convenceram da importância do ESG;

2.   Faça uma avaliação profunda e rigorosa de quais compromissos a organização possui nas dimensões ambiental, social e governança;

3.   Inicie um plano de ação e preencha os “gaps” constatados.

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A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua empresa seja oficializada.

A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as melhores marcas do varejo e um mix de opções.

O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.

Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é muito abaixo do valor praticado pelo mercado.

Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:

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  • A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a comunicação dos clientes com as lojas.
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                                                                                                                                                                   Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.

Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?

Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.

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sexta-feira, 7 de junho de 2024

PROPOSTA DO GOVERNO DE RESTRINGIR O USO DE CRÉDITOS DE PIS/COFINS DESAGRADA EMPRESÁRIOS

História de ALEXA SALOMÃO – Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A proposta da equipe econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de restringir o uso de créditos de PIS/Cofins azedou o ânimo dos empresários com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Mais do que provocar queixas sobre prejuízos aos mais diversos setores da economia, que já são estimados em bilhões de reais, a proposta é avaliada como uma demonstração de que o governo está disposto a tirar dinheiro de onde puder para não cortar gastos.

A limitação dos créditos tributários está prevista na MP (Medida Provisória) 1227 como alternativa para compensar a desoneração da folha de pagamento para 17 setores. A estimativa é que possa arrecadar R$ 29,2 bilhões neste ano e mais R$ 60 bilhões no ano que vem. O texto foi publicado na terça-feira (4) no Diário Oficial e já está valendo (leia abaixo o que mudou).

A Receita Federal batizou o texto de MP do equilíbrio fiscal. Nesta quinta-feira (6), a Coalizão das Frentes Parlamentares pediu que ela seja rejeitada, qualificando a proposta de MP do fim do mundo. Senadores já se posicionaram contra, e é esperada forte reação no Congresso, com apoio de segmentos empresariais, o que é interpretado como perda de apoio político do setor empresarial ao governo Lula.

Se não houver solução legislativa, a discussão tende a alimentar uma batalha judicial. O tema, por exemplo, mobilizou integrantes da Fiesp nesta quinta. Segundo o diretor jurídico, Flávio Unes, a entidade decidiu que vai apoiar questionamentos judiciais que venham a ser feitos no STF (Supremo Tribunal Federal) e orientou as associadas a reivindicarem seus direitos na Justiça se entenderem que seja necessário.

Praticamente todos os setores que compõem a base produtiva da economia nacional são afetados pela MP. Já ocorreram manifestações de entidades ligadas à indústria de forma geral e segmentos em particular, como óleo e gás, biocombustíveis, mineração, agronegócio.

Como os créditos são utilizados especialmente por exportadores, a limitação afeta inclusive a dinâmica financeira dos embarques internacionais e a competitividade dos produtos brasileiros no exterior. Já se fala em risco para embarques. Os compromissos assumidos estão mantidos, mas as tradings já estão refazendo as contas para negociações futuras, uma vez que o produto ficará mais caro.

A Abrasca, que representa mais de 450 companhias de capital aberto, qualificou a MP de “erro grave”, afirmando que ameaça a reforma tributária, causa insegurança jurídica, afeta as operações das empresas e interrompe projetos de investimentos.

“O efeito nocivo dessa MP é de uma extensão nunca vista, por isso estamos presenciando um número tão grande de manifestações contrárias. Umas 80 entidades já se posicionaram, pedindo ao Congresso que faça a sua devolução”, afirma Raul Jungmann, presidente do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração), que já divulgou nota alertando para os efeitos negativos da proposta.

A principal queixa é o componente surpresa da MP. Ninguém esperava nada parecido. Não houve consulta nem sinalização da Fazenda. Nenhum porta-voz do governo se manifestou sobre a MP também. A principal aparição do ministro Haddad nesta quinta foi na foto oficial com o papa Francisco em sua visita ao Vaticano.

Alguns representantes da iniciativa privada, que preferem não ter o nome citado, afirmam que o ambiente é de revolta. Alguns qualificam a proposta como calote e confisco, pois o crédito tributário é considerado um direito em inúmeros segmentos. Alguns falam que é preciso pôr o pé na porta, com manifestações contundentes, para mostrar que tudo tem limite.

Frase recorrente é que o “governo dá com uma mão e toma com a outra”, numa alusão ao trabalho do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) pela neoindustrialização, de um lado, e a busca desenfreada por arrecadação via Ministério da Fazenda.

“A repercussão no setor industrial é muito grande, e o clima é de indignação”, disse à Folha Mário Sérgio Telles, superintendente de economia da CNI (Confederação Nacional da Indústria). Na quarta, o presidente da entidade, Ricardo Alban, deixou a comitiva oficial do governo brasileiro em visita à Arábia Saudita e à China e retornou ao Brasil para tratar do tema. Ainda estava em voo até a publicação deste texto.

Telles qualifica a MP como um retrocesso. Lembra que compensação de crédito de PIS/Cofins é permitida há mais de 20 anos. O crédito referente à Previdência é uma conquista recente, de 2018, mas que foi negociada pelo setor empresarial com o governo. A própria CNI participou das discussões por dez anos.

No agronegócio, a MP fortalece o discurso da polarização do “nós contra eles”. Já se fala que a medida é o prenúncio de que Lula 3 pode acabar imitando os governos argentinos peronistas, criando medidas que prejudiquem as exportações.

Em nota nesta quinta, a Aprosoja verbalizou o sentimento registrando que o setor rural e a agroindústria receberam a MP com “grande espanto e revolta”.

“A Aprosoja Brasil e qualquer outra entidade séria prima pela implementação de ações em busca do equilíbrio fiscal. Contudo, o que vemos é a falta de um ajuste nos gastos do Governo. Pelo contrário, os gastos da máquina pública estão sempre aumentando”, afirma o texto.

“E agora, surgem ações que se assemelham às ‘retenciones’ argentinas, país que destruiu a sua cadeia agropecuária nas últimas décadas e gerou instabilidade no câmbio e inflação descontrolada como consequência deste tipo de política distorcida.”

Nesta quinta, numa demonstração de insatisfação coletiva, o IPA (Instituto Pensar Agropecuário) soltou nota subscrevendo 48 entidades para detalhar os prejuízos da MP. Entre os setores signatários estão soja, milho, café, frutas, algodão, carnes e óleo vegetal.

“Nestes primeiros dias, as empresas estão absorvendo os custos da MP, e vamos ver o que fazer no final de semana. Mas já sabemos que, para cumprir os contratos, os prejuízos são imensos”, diz Leonardo Zilio, vice-presidente da Ubrabio (União Brasileira do Biodiesel).

A desoneração vale para 17 setores da economia. Entre eles está o de comunicação, no qual se insere o Grupo Folha, empresa que edita a Folha. Também são contemplados os segmentos de calçados, call center, confecção e vestuário, construção civil, entre outros.

ENTENDA O QUE MUDOU

Crédito do PIS/Cofins em geral

Serão compensáveis apenas na sistemática da não cumulatividade, sem compensação com outros tributos ou cruzada, exceto com débitos do próprio PIS/Cofins. Mantém-se a possibilidade de ressarcimento em dinheiro, mediante prévia análise do direito creditório.

Crédito presumido de PIS/Cofins

Espécie de benefício fiscal concedido a empresas. Leis mais recentes já vedam o ressarcimento em dinheiro, impedindo a tributação negativa ou subvenção financeira para setores contemplados, mas em oito casos a autorização permanecia.

A MP estende a vedação ao ressarcimento para os oito casos que permaneceram e que representaram R$ 20 bilhões pleiteados em 2023. Não se altera a possibilidade de compensação na sistemática da não cumulatividade, ou seja, o direito permanece, desde que haja tributo a ser pago pelo contribuinte.

 

MORO PODE SER CONDENADO POR CALÚNIA NO STF

 

História de ANA GABRIELA OLIVEIRA LIMA – Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A acusação de calúnia contra o senador Sergio Moro (União Brasil – PR), tornado réu pelo STF (Supremo Tribunal Federal) nesta terça-feira (4), deve gerar condenação, mas é improvável que resulte em sanções como cassação ou detenção, avaliam especialistas ouvidos pela reportagem.

Moro se tornou réu depois de o Supremo aceitar denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) em caso envolvendo vídeo viralizado nas redes sociais em que o senador fala a interlocutores sobre “comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes”.

Em abril do ano passado, Lindôra Araújo, vice do então PGR Augusto Aras, assinou a denúncia contra o senador. Ela pediu que Moro seja condenado à prisão e que, se a pena for superior a quatro anos, ele perca o mandato.

A defesa do político alega que a fala sobre Gilmar, dita durante uma confraternização, foi uma “expressão infeliz” e pediu a absolvição.

“Em nenhum momento meu cliente acusou o ministro Gilmar Mendes, por quem ele tem imenso respeito, de vender sentença”, disse Luis Felipe Cunha, advogado de Moro, durante julgamento no Supremo nesta terça (4).

Previsto no artigo 138 do Código Penal, o crime de calúnia tem como pena detenção de seis meses a dois anos e multa.

Segundo Luisa Ferreira, professora de direito penal da FGV Direito-SP, o caso de Moro tem quatro causas de aumento que podem agravar a pena, caso se considere que de fato houve calúnia: o fato de ter ocorrido contra funcionário público, contra pessoa maior de 60 anos (caso de Gilmar), ter sido praticado na presença de outras pessoas e divulgado nas redes sociais.

Com os agravantes, a pena máxima, segundo a especialista, poderia chegar a até seis anos, mas o cenário é considerado bastante improvável.

Para ela, a condenação de Moro é provável levando em consideração a linha que o STF seguiu ao aceitar a denúncia contra o senador nesta terça. “Não vejo muito o que pode mudar na opinião do Supremo ao longo do processo. Não há muita dúvida do que aconteceu”, afirma.

Em sua avaliação, porém, dificilmente a condenação deve resultar em prisão ou detenção. A especialista afirma que o cenário mais provável é uma condenação que resulte em prestação pecuniária ou de serviço à comunidade.

Uma defesa possível além da alegação de que a fala foi meramente jocosa é o fato de Moro já ter se retratado pelo que disse, afirma Ferreira.

“Essa foi a alegação da defesa, mas o Supremo entendeu que essa causa de extinção de punibilidade só se aplica em crimes de ação penal privada. Como o processo foi iniciado pela PGR, a retratação não teria esse efeito”, diz.

Para Gustavo Sampaio, professor de direito constitucional da UFF (Universidade Federal Fluminense), a fala pode de fato gerar implicações jurídicas.

“Se a emissão de palavra, ainda que por razões jocosas, provoca como consequência o prejuízo à imagem da pessoa, a honra subjetiva da pessoa, então pode haver a caracterização do crime contra a honra”, afirma.

Ele afirma que uma condenação é provável, uma vez que o STF tem se movimentado para preservar a imagem da corte. Entretanto, calcula que sanções mais graves não devem ocorrer, dentre outras razões, porque trariam grande repercussão pública.

“Hoje, as decisões judiciais têm um pendor muitas vezes consequencialista. Muitas vezes o magistrado calcula os efeitos da decisão judicial, mede os efeitos de suas consequências antes de proferi-la”.

Para Maíra Fernandes, professora de processo penal da FGV Direito Rio, o cenário mais provável para Moro é a condenação, mas com pena convertida em medida restritiva de direitos, como o pagamento de multa.

Para ela, importa considerar neste caso o histórico entre o réu e Gilmar.

“Esse certamente não é um processo qualquer e tem uma complexidade adicional, porque são duas pessoas públicas que já estiveram relacionadas. Moro já foi julgado no STF pelo próprio Gilmar Mendes, e o ministro adotou posição dura em julgamento do processo de Lula, falando sobre a incompetência e suspeição de Moro”.

Ricardo Yamin, professor de processo civil da PUC-SP, concorda que uma cassação pelo STF seria improvável, mas afirma que a corte pode encaminhar a decisão de condenação para o Senado, que votaria a perda do mandato do parlamentar.

“A Constituição prevê uma possibilidade de cassação de mandato para qualquer parlamentar que seja condenado criminalmente em uma decisão transitada em julgado”, diz.

Uma eventual condenação, afirma Yamin, não tornaria Moro inelegível pela Lei da Ficha Limpa, pois a calúnia não se enquadra entre os crimes previstos na lei que podem levar a essa consequência.

Segundo Luisa Ferreira, o julgamento do caso deve ser mantido na primeira turma do STF. Como o julgamento já é no Supremo, há poucas possibilidades de recurso em caso de condenação. O senador pode fazer uso de embargos infringentes se houver divergência na decisão por ao menos dois ministros. Com o embargo, o caso pode ir para o plenário, que pode rever a decisão.

EMPRESÁRIO RECONSTRÓI PONTE NO RIO GRANDE DO SUL

 

História de LEONARDO VIECELI – Folha de S. Paulo

LAJEADO, RS (FOLHAPRESS) – “Quando a ponte estourou, fui até a empresa com o vídeo e falei que não teria lógica continuar trabalhando sem resolver o problema. A gente precisa se reconectar. A gente precisa se reconstruir.”

A fala é do empresário Roberto Lucchese, diretor da construtora Lyall, do município gaúcho de Lajeado (a 120 km de Porto Alegre), localizado no Vale do Taquari.

Espaços da cidade foram devastados pela enchente há um mês, incluindo parte de uma ponte de ferro. É essa estrutura que Lucchese planeja entregar até o final de semana —a obra estava no 11º dia nesta quarta-feira (5).

A ponte era uma ligação secundária entre Lajeado e o município vizinho de Arroio do Meio. A principal estrutura que conectava as duas cidades, pela RS-130, também caiu com a força das águas. Nesse local, o Exército instalou uma passadeira provisória, que só recebe pedestres.

Segundo Lucchese, a reconstrução da ponte de ferro é uma tentativa de amenizar o caos logístico que se instalou na região. A nova estrutura poderá receber carros e motos em um sentido de cada vez, a exemplo do que já ocorria antes da enchente. Caminhões não podem trafegar pelo local.

“Estamos fazendo isso para que o paciente [Vale do Taquari] não morra”, afirma o empresário.

A meta é concluir o içamento da estrutura até sexta (7); até domingo (9), 15º dia do projeto, a intenção é liberar o trânsito na via.

O empresário afirma que, ao perceber o caos logístico criado pela tragédia ambiental na região, procurou as prefeituras de Lajeado e Arroio do Meio para apresentar o plano de reconstrução. Com o aval do poder público, a obra teve início, conta ele.

De acordo com Lucchese, a ponte tem em torno de 51 metros de extensão, e o custo total deve ficar na faixa de R$ 2 milhões a R$ 2,2 milhões.

Dessa quantia, de R$ 1,2 milhão a R$ 1,4 milhão sairão do caixa da Lyall, diz o empresário. O restante da despesa, que inclui doação de material, será dividido entre empresas parceiras e o poder público –o diretor cita a Prefeitura de Lajeado.

“Ninguém tem na faixa de R$ 1,5 milhão sobrando. A grande questão é que a gente precisa reconectar o vale. Não tinha como seguir com o nosso trabalho e não dar atenção para o vale, que faz a empresa acontecer”, afirma.

Sem as duas pontes, há casos de moradores que não conseguem fazer a travessia por meio da passarela flutuante do Exército, ele diz. E afirma que essa situação prejudica, por exemplo, pessoas em tratamento contra o câncer.

“No Vale do Taquari, a gente tem mais ou menos 300 mil pessoas desconectadas. Lajeado, a capital do vale, tem um grande centro oncológico.”

A antiga ponte de ferro havia sido inaugurada em julho de 1939, quase 85 anos atrás, de acordo com informações disponíveis no site da Prefeitura de Arroio do Meio. A expectativa diária é de que 5.000 a 7.000 veículos utilizem a estrutura reformulada, segundo Lucchese.

STF JUSTICA GASTOS COM SEGURANÇA DE MINISTROS

 

História de Carlos Vasconcellos – IstoÉ

O STF (Supremo Tribunal Federal) divulgou nesta quinta-feira, 5, uma nota justificando os altos gastos com a segurança de ministros da Corte. Segundo o Supremo, o valor se justifica por conta da “agressividade” e da “hostilidade” quem sofrem os membros do tribunal nos últimos anos.

A resposta da Corte vem após uma matéria da Folha de S. Paulo, que revelou que o ministro Dias Toffoli viajou para assistir a final da Champions League, em Londres, na Inglaterra, com um segurança privado que teria custado R$ 39 mil aos cofres do STF.

“Até pouco tempo atrás, os ministros do Supremo Tribunal Federal circulavam em agendas pessoais e até institucionais inteiramente sós. Infelizmente, nos últimos anos, fomentou-se um tipo de agressividade e de hostilidade que passaram a exigir o reforço da segurança em todas as situações”, diz a nota.

“As autoridades públicas de todos os poderes circulam com esse tipo de proteção seja em eventos privados, seja em eventos públicos. Porque, evidentemente, a agressão ou o atentado contra uma autoridade, em agenda particular ou não, é gravosa para a institucionalidade do país”, complementa o comunicado, assinado por Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça.

De junho de 2023 a maio deste ano, os ministros do Supremo viajaram pelo menos 22 vezes ao exterior — uma média de dois eventos internacionais por mês.

Embora os valores com passagens e hospedagens sejam pagos pelos magistrados, a segurança é paga pelo poder público. Em 2023, por exemplo, o segurança do ministro Luiz Fux registrou R$ 145 mil em diárias emitidas. Uma parcela deste montante acaba estornada aos cofres públicos quando a viagem é cancelada ou nos casos em que um magistrado retorna ao Brasil antes do prazo prevista.

* Com informações do Estadão Conteúdo

GOVERNO COMPRA EM LEILÃO 263,3 MIL TONELADAS DE ARROZ IMPORTADO

História de RICARDO DELLA COLETTA – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O governo federal comprou um total de 263,3 mil toneladas de arroz importado, num leilão anunciado para amenizar os impactos das chuvas no Rio Grande do Sul sobre o abastecimento e os preços do cereal.

O leilão foi realizado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) na manhã desta quinta-feira (6). O total da operação custou cerca de R$ 1,3 bilhão.

A decisão do governo de importar arroz por causa das enchentes no Rio Grande do Sul, principal produtor no país, se converteu numa disputa judicial. O leilão só ocorreu após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) suspender liminar de um juiz federal que tinha barrado o certame.

O objetivo anunciado pelo governo é mitigar os impactos das enchentes na região e evitar a escassez e a inflação do produto. De acordo com as regras divulgadas, a entrega dos bens comprados deve ser feita até 8 de setembro.

A previsão de compra era de até 300 mil toneladas do produto.

Ainda segundo o governo, a medida foi necessária em função da importância do estado na produção de arroz e porque a calamidade observada a partir do mês passado pode desencadear repercussões negativas no abastecimento e nos preços internos, “colocando em risco a segurança alimentar e nutricional da população”.

A decisão do governo de autorizar a compra causou incômodo entre produtores nacionais, levando a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) a questionar o tema no STF (Supremo Tribunal Federal). A entidade demandou explicações sobre a medida, vista como um equívoco de diagnóstico, ao protocolar na segunda (3) ação pedindo também a suspensão do leilão.

Segundo a CNA, a importação tem potencial de desestruturar a cadeia produtiva ao criar instabilidade de preços, prejudicar produtores locais, desconsiderar grãos já colhidos e armazenados e, ainda, comprometer as economias de produtores rurais que hoje já sofrem com a tragédia e com os impactos das enchentes.

Na ação, a CNA indica que os produtores rurais, especialmente os produtores de arroz do Rio Grande do Sul, não foram ouvidos no processo de formulação da política de importação. A entidade afirma, ainda, que a importação do arroz viola a Constituição e seria uma medida abusiva de intervenção do poder público na atividade econômica, restringindo a livre concorrência.

A Conab já havia divulgado, entre os detalhes do edital, o rótulo que deverá estar nas embalagens de arroz importado adquirido com recursos da União neste ano. Segundo as regras, o texto afirmará que o produto foi comprado pelo governo federal, carregará a marca da atual gestão e estabelecerá, para o pacote de 5 quilos, o preço máximo de R$ 20.

Segundo o governo, os gastos eram limitados limitados a R$ 1,7 bilhão, enquanto as despesas de equalização de preços para a venda do produto estão estimadas em R$ 630 milhões.

O edital define que o produto deverá ter aspecto, cor, odor e sabor característico de arroz beneficiado polido longo fino tipo 1. O produto deverá estar em embalagem com capacidade de 5 quilos transparente que permita a visualização do produto.

De acordo com a Conab, a intenção é que o arroz adquirido seja destinado às regiões metropolitanas a serem definidas com base em indicadores de insegurança alimentar. Os compradores deverão vender o arroz exclusivamente para o consumidor final.

 

CIDADE INTELIGENTE CHAMADA PLANET SMART CITY NO BRASIL

 

História de Oferecimento Planet Smart City – Catraca Livre

Você sabe o que é uma cidade inteligente?

Você sabe o que é uma cidade inteligente?© Depositphotos

O que vem na sua mente quando você imagina uma cidade inteligente? Aposto que é uma imagem com carros voadores, robôs e locais de teletransporte. Acertei?!

Embora essa realidade dos filmes de ficção científica ainda esteja um pouco distante da nossa realidade, já temos cidades que incorporaram muito bem a tecnologia em seu dia a dia.

E esse exemplo está mais próximo do que você imagina! Localizada a aproximadamente 50 km de Fortaleza, no Ceará, a Smart City Laguna adota uma série de soluções inteligentes para garantir a melhor qualidade de vida possível a seus moradores.

Mas vamos ter calma antes que você pense que estamos falando de um condomínio de mansões automatizadas, que parecem mais um resort cheio de luxo e ostentação.

As cidades inteligentes, segundo Susanna Marchionni, CEO da Planet Smart City no Brasil, responsável pela construção desse empreendimento, são, por definição, acessíveis. A empresa olha sempre para as pessoas, a arquitetura, a engenharia, a tecnologia e o meio ambiente.

Susanna Marchionni, CEO da Planet Smart City no Brasil: "Uma cidade é inteligente quando a tecnologia que está dentro dela é utilizada em prol das pessoas, fazendo-as se sentirem pertencentes ao lugar onde vivem."

Susanna Marchionni, CEO da Planet Smart City no Brasil: “Uma cidade é inteligente quando a tecnologia que está dentro dela é utilizada em prol das pessoas, fazendo-as se sentirem pertencentes ao lugar onde vivem.”© Fornecido por Catraca Livre

“Gosto de dizer que a tecnologia é um meio, não um fim. Uma cidade é inteligente quando a tecnologia que está dentro dela é utilizada em prol das pessoas, fazendo-as se sentirem pertencentes ao lugar onde vivem. É uma cidade pensada no futuro de uma comunidade”, define a CEO.

A executiva ainda explica que essa ideia de smart city está ligada a uma “maneira ‘inteligente’ de se viver”. “Para se planejar uma cidade dessas, leva-se em conta diversos desafios. Um deles é a infraestrutura, que prioriza a mobilidade urbana e de redes de comunicação eficientes. Outro aspecto é a garantia de que a tecnologia beneficie a todos”, acrescenta.

A Smart City Laguna possui piso intertravado (um tipo de pavimentação com blocos de concreto com intertravamento por areia de selagem), que é mais resistente e drenante

A Smart City Laguna possui piso intertravado (um tipo de pavimentação com blocos de concreto com intertravamento por areia de selagem), que é mais resistente e drenante© Fornecido por Catraca Livre

Por dentro de Laguna

A ideia de cidade inteligente ficou muito abstrata? Então, bora ver na prática como a Smart City Laguna une tecnologia e todas essas outras coisas que estamos falando em cada um de seus 330 hectares.

Um dos pontos mais importantes é a infraestrutura e a mobilidade. Por ser uma cidade planejada, Laguna tem ruas largas para evitar congestionamento, iluminação LED e as vias usam piso intertravado (um tipo de pavimentação com blocos de concreto com intertravamento por areia de selagem), que é mais resistente e drenante.

Este tipo de piso evita a formação de buracos nos períodos chuvosos e diminui as ilhas de calor provocadas pela impermeabilização das cidades por conta do asfalto.

Além disso, para incentivar os moradores a usar menos o carro, a cidade tem ciclofaixas e um bicicletário com bikes compartilhadas. Nos pontos de ônibus, dá para carregar o seu celular e usar Wi-Fi de graça.

Outra característica bacana são as casas planejadas. Você pode comprar um dos cinco modelos de residências – com diferentes tamanhos e números de cômodos – ou ainda escolher um lote para construir o lar dos seus sonhos ou abrir um negócio.

Para incentivar que seus moradores sintam-se em casa dentro da Smart City, Laguna tem vários espaços coletivos: como cozinha compartilhada, campo de futebol, playground, área fitness (com bicicletas ergométricas que geram energia), biblioteca de objetos (onde você pode pegar emprestado diversas ferramentas), ateliê de costura, banco de mudas que são usadas no replantio ao longo do empreendimento e muito mais.

Já no Hub de Inovação tem cinema, coworking, espaço cultura, espaço de saúde, salas multiuso e espaços para cursos, eventos e reuniões. Tudo isso é aberto e grátis para todo mundo.

Para as pessoas não terem que se deslocar tanto para comprar coisas e usar serviços, o polo comercial tem uma série de lojas como mercadinho, salão de beleza e restaurante. E ainda há uma área para empresas de pequeno e grande porte, o que é ótimo para oferecer oportunidades de trabalho para os moradores.

E, como a comunicação é essencial numa Smart City, todos os moradores e pessoas da vizinhança têm acesso ao Planet App, com o qual é possível reservar espaços coletivos (que também estão acessíveis às comunidades locais); acessar as câmeras de monitoramento da cidade, ler notícias sobre a cidade, e até anunciar seus produtos e serviços para os demais moradores.

“Uma pessoa que deseja fazer pequenos serviços de costura pode usar nossas máquinas, anunciar gratuitamente no aplicativo e, com isso, ganhar uma renda extra para si. Isto é fantástico”, revela Marchionni.

Trabalho pela coletividade

Todas essas tecnologias e soluções são apenas uma pequena parte do que há em uma cidade inteligente. Mas elas servem para mostrar como uma Smart City pensa em cada detalhe da vida das pessoas da maneira mais sustentável possível.

E isso só é possível graças à noção de Gestão Social. “É um setor que facilita a integração entre os moradores e contribui para seu desenvolvimento social e pessoal. Os gestores sociais explicam que pertencer a uma comunidade também significa cuidar do coletivo. Para nós, isso é muito importante, pois estamos não apenas vendendo casas ou lotes, mas também formando cidadãos”, explica a CEO.

Ela ainda conta que esse time tem a proposta de ouvir os anseios dos moradores e pensar em novas soluções para as cidades.

“Uma das iniciativas é a formação do Comitê de Moradores, um grupo que constrói ideias e práticas que contribuem para uma cidade mais cuidada. Eles também organizam jantares de acolhida para novos residentes e festas de integração na Páscoa, São João e outras datas”.

Viu como uma cidade inteligente vai muito além da tecnologia? Uma coisa bem bacana da Smart City Laguna é que a cidade é aberta para quem quiser visitar, não tem muros e barreiras como um grande condomínio.

CELEBRAÇÃO DO DIA D NA FRANÇA E AMEAÇAS DE PUTIN

 

História de IGOR GIELOW – Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, proferiu um duro discurso na celebração dos 80 anos do Dia D, a invasão da Normandia pelas forças aliadas ocidentais que liberou a França do jugo nazista. Ele comparou a ameaça de Adolf Hitler às ações de Vladimir Putin na Guerra da Ucrânia.

“As forças das trevas nunca desaparecem. A Ucrânia foi invadida por um tirano e nunca se rendeu”, afirmou, defendendo a união da Otan, o clube militar criado pelos EUA em 1949 para proteger a Europa Ocidental do maior seu principal aliado na Segunda Guerra Mundial, a União Soviética.

“Hitler pensava que as democracias eram frágeis, que o futuro era dos ditadores”, discursou o americano sobre o líder nazista (1889-1945). “Não se engane: nós não iremos nos curvar, não podemos nos render aos valentões, isso é simplesmente impensável. Se o fizermos, a liberdade será subjugada, toda a Europa estará ameaçada.”

“Nós devemos nos perguntar: iremos novamente nos levantar contra o mal, contra a brutalidade esmagadora? Vamos nos unir pela liberdade, defender a democracia? Vamos nos unir? Minha resposta é sim, e só pode ser sim”, disse.

O tom era previsível, dado o grau da crise entre o Ocidente e Moscou, na esteira da invasão de 2022 da Ucrânia. Ao traçar paralelos entre 1944 e 2024, Biden também sinalizou à China. “Nós não vamos nos afastar [do apoio a Kiev]. Se o fizermos, [Putin] não vai parar ali. Autocratas no mundo todo estão olhando atentamente”, disse ele, que já admoestara o líder chinês Xi Jinping sobre o tema.

O discurso vem na esteira de um renovado apoio ocidental a Kiev, após quase seis meses de protelações devido ao conflito no Congresso americano entre os democratas de Biden e o republicanos do seu rival na eleição em novembro Donald Trump.

Os EUA e países europeus passaram a autorizar ataques ucranianos com armas ocidentais contra alvos russos, e novos pacotes de ajuda foram anunciados. Analistas, contudo, acreditam que talvez seja tarde para salvar a Ucrânia de uma temporada de más notícias no campo de batalha.

A fala de Biden também mirou Trump, um crítico da Otan durante sua passagem pela Casa Branca (2017-2021). Falando sobre a necessidade de união entre aliados, disse: “Espero que a América nunca esqueça. O isolamento não é a resposta hoje”, afirmou.

O americano e seu colega francês Emmanuel Macron participavam da celebração dos 80 anos da maior operação aeronaval da história, que ocorreu em cinco praias da Normadia, no Memorial Americano do Dia D.

Macron, que tem tentado liderar uma posição mais dura da Otan ante Putin, deixou as palavras mais incisivas para Biden. O francês fez um discurso mais emocional, louvando aqueles que, em suas palavras, salvaram a França e a Europa. Depois, condecorou 11 veteranos americanos da invasão.

Os líderes irão depois a um evento ampliado, na praia mais mortífera da invasão, codinome Omaha —ali, até 90% dos soldados da primeira leva de desembarque comandada pelos EUA lá foram mortos. Ao fim de 6 de junho de 1944, havia 2.500 baixas americanas no local, entre mortos, feridos e desaparecidos, 25% do total da invasão.

Mais cedo, no evento do Memorial Britânico, o rei Charles 3º proferiu um discurso mais solene, remetendo à conta paga pelo império centrado em Londres, que envolveu mais soldados e marinheiros do que qualquer outra nação no Dia D. Aludindo ao presente, disse: “Nós lembramos a lição que chega a nós, de novo e de novo, através das décadas: Nações livres devem se unir para se opor à tirania”.

As falas espelham a tensão geopolítica inaudita na Europa desde a Guerra Fria, com a Rússia guerreando na invadida Ucrânia e os temores de uma escalada que oponha as maiores potência nucleares do planeta.

Desde a Guerra Fria, as celebrações do Dia D explicitavam rivalidades com a então União Soviética e mesmo entre os aliados ocidentais, caso da ausência do presidente francês Charles de Gaulle do evento dos 20 anos, em 1964.

De forma geral, os soviéticos substituíram os nazistas na retórica da Otan como ameaça ao continente. O fim do império comunista em 1991 mudou o cenário, e em 2004 e 2014 Vladimir Putin, tornou-se o primeiro líder russo nas celebrações.

O Dia D em si é lateral na historiografia russo-soviética, que considera a abertura da segunda frente na guerra europeia um esforço para apoiar a vitória que já se desenhava nas grandes batalhas de 1942-43 no leste. Putin leva tão a sério isso que criminalizou narrativas alternativas na Rússia.

Agora o russo voltou a ser o vilão, em especial após invadir a Ucrânia em 2022.

Na véspera, ele havia retomado sua tradicional rotina de sístole e diástole retóricas. Após semanas de ameaças atômicas, o presidente russo disse que não tem planos de atacar a Otan e sugeriu que sua retribuição ao emprego de armas ocidentais ora autorizadas por EUA e aliados contra seu país pelos ucranianos deverá ser indireto.

Falando a jornalistas em São Petersburgo, Putin disse que tem direito de reagir, mas que pode fazer isso equipando algum adversário do Ocidente com armas capazes de alvejá-los. Isso dá uma nova dimensão, global, às ameaças, já que no Oriente Médio há aliados antiocidentais de sobra para Moscou.

A Rússia também anunciou exercícios navais no Caribe, com seus parceiros Cuba e talvez Venezuela, movimento que foi minimizado em Washington. De todo modo, encurralado por sua própria retórica, Putin retirou por um momento a carta nuclear da mesa.

O EMPREENDORISMO CRIATIVO CONTRIBUI SIGNIFICATIVAMENTE PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

 

Lívia Herdy é uma advogada

Você sabia que, no cenário econômico atual, o empreendedorismo criativo vem contribuindo significativamente para o desenvolvimento econômico? Esses empresários não apenas se esforçam para gerar oportunidades de negócio e aumentar a receita, mas também visam criar novas opções de emprego e melhorar o estilo de vida das pessoas.

Quando afirmamos que a criatividade pode ser aprendida, estamos dizendo também que ela pode – e deve! – ser ensinada. E essa lição certamente começa de cima para baixo. Líderes e gestores criativos não só inspiram funcionários como também mostram, na prática, que essa é uma postura positiva e bem-vinda no ambiente empresarial.

A criatividade no empreendedorismo é uma das habilidades mais desafiadoras, pois somos moldados a pensar em conjunto. Pensar fora da caixa é o diferencial para aqueles que querem se destacar no mundo dos negócios. Mesmo sendo considerada uma das habilidades mais requisitadas pelo mercado de trabalho, a criatividade não é algo que se desenvolve da noite para o dia. Qualquer saída criativa deve ser atraente e gerar valor de forma direta ou indireta para seu público. Lembre-se de que a criatividade precede a inovação e é daí que pode surgir o grande diferencial do seu negócio.

Ao contrário do empreendedorismo tradicional, que se concentra no convencional, o empreendedorismo criativo se baseia na inovação e na solução de problemas de forma original, tornando o negócio único. Com isso, os empreendedores criativos podem se destacar no mercado e oferecer soluções exclusivas para seus clientes, levando ao sucesso do negócio. Um exemplo notável é Kaio Poffo, fundador da Heróis da Pizza, que inovou ao criar todo um universo de super-heróis em sua pizzaria.

Iniciando sua trajetória no setor de hospitalidade como auxiliar de garçom, Poffo utilizou sua falta de experiência como um catalisador para a inovação. A Heróis da Pizza não é apenas uma rede de pizzarias; é um conceito que redefine a experiência culinária, oferecendo aos clientes uma imersão em um mundo onde fantasia e sabor se entrelaçam.

Em Gramado, a Heróis da Pizza transporta seus clientes para uma versão gastronômica de Manhattan, onde cada detalhe, desde os táxis amarelos até o palco ao estilo Broadway, é meticulosamente planejado para enriquecer a experiência do cliente. O atendimento temático, realizado por colaboradores caracterizados como heróis, eleva o padrão de serviço, proporcionando uma experiência que transcende o convencional.

A visão empreendedora de Poffo se estende além das fronteiras físicas de suas pizzarias. Com a criação do Heróis Studios, ele diversificou sua oferta, desenvolvendo personagens originais, histórias em quadrinhos, produtos licenciados e conteúdo digital. Essa expansão multidimensional da marca Heróis da Pizza amplia seu alcance e ressoa emocionalmente com um público mais amplo.

Uma das características mais importantes no empreendedorismo criativo é colocar o cliente no centro do negócio. Por isso, é fundamental estar sempre atento a quem é seu consumidor, onde ele se encontra no mercado, o que e como pensa e quais são suas necessidades. Pensar no que você vai oferecer para agradar o seu cliente é essencial. Pode ser um serviço, um produto ou, simplesmente, melhorar o seu relacionamento com o consumidor.

Qual é a proposta da sua marca e como ela agrega valor para o seu cliente e para a sociedade? O empreendedorismo criativo mora no inédito. Qual é o diferencial competitivo do seu negócio? Busque ter ideias de produtos ou serviços diferentes e que ainda não existam no mercado. A inspiração pode vir de qualquer lugar, inclusive buscando soluções para questões simples do seu cotidiano.

O empreendedorismo criativo não é novo e existe ao longo da história. Você pode encontrar um artista empreendedor na forma de artesãos antigos ou de uma celebridade moderna. Muitos empreendedores criativos famosos existem agora e existiram no passado. No entanto, devido ao crescimento das plataformas online e das redes sociais, essa forma de empreendedorismo se tornou mais acessível e popular.

Ser empreendedor é ter a capacidade de aplicar ações de mudança de forma criativa, reformulando e recriando produtos e ambientes, buscando oportunidades diferenciadas e assumindo os riscos. Ele se mantém atento, preparado e informado.

A criatividade pode ser o diferencial que leva seu negócio ao próximo nível. Invista em inovação, conheça seu público e não tenha medo de ousar. Afinal, o futuro pertence aos criativos.

Como a Plataforma Site Valeon pode ajudar as empresas a crescerem

A Plataforma Site Valeon pode ajudar as empresas a crescerem de diversas maneiras:

1. Aumentando a visibilidade online:

  • Oferecendo um site profissional e otimizado para mecanismos de busca, aumentando a visibilidade da empresa na internet e atraindo mais visitantes.
  • Integração com ferramentas de marketing digital, como Google Ads e Facebook Ads, para alcançar um público mais amplo e direcionado.
  • Otimização do site para conversão, com formulários de contato e botões de ação que facilitam a interação com os clientes.

2. Melhorando a experiência do cliente:

  • Conteúdo informativo e relevante, que ajuda os clientes a encontrarem as informações que procuram e a entenderem os produtos e serviços da empresa.
  • Ferramentas de autoatendimento, como chat online e FAQs, que respondem às perguntas dos clientes de forma rápida e eficiente.
  • Design intuitivo e responsivo, que garante uma boa experiência de navegação em qualquer dispositivo.

3. Aumentando as vendas:

  • Integração com plataformas de e-commerce, permitindo que os clientes comprem produtos e serviços consultando diretamente no site.
  • Ferramentas de marketing automation, que automatizam o envio de emails e mensagens personalizadas para leads e clientes.
  • Análise de dados, que fornece insights sobre o comportamento dos clientes e ajuda a otimizar as campanhas de marketing.

4. Reduzindo custos:

  • Automação de tarefas repetitivas, como o envio de emails e a gestão de leads.
  • Otimização do site para SEO, que reduz a necessidade de investir em publicidade paga.
  • Integração com ferramentas de CRM, que ajuda a gerenciar o relacionamento com os clientes de forma mais eficiente.

5. Aumentando a produtividade:

  • Ferramentas de colaboração, como compartilhamento de arquivos e calendários, que facilitam o trabalho em equipe.
  • Integração com ferramentas de gestão de projetos, que ajuda a organizar e acompanhar o andamento das tarefas.
  • Automação de tarefas repetitivas, que libera tempo para os funcionários se concentrarem em atividades mais estratégicas.

A Plataforma Site Valeon é uma solução completa e acessível que pode ajudar empresas de todos os portes a crescerem.

Para saber mais, visite o site <valedoacoonline.com.br> ou entre em contato com a equipe de vendas pelo telefone (31) 98428-0590.

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quinta-feira, 6 de junho de 2024

MINISTRO DO STF ASSISTE FINAL DA CHAMPIONS LEAGUE EM LONDRES COM SEGURANÇA QUE O STF PAGOU R$ 39 MIL

 

História de MATEUS VARGAS E LUCAS MARCHESINI – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O STF (Supremo Tribunal Federal) pagou R$ 39 mil a um segurança do ministro Dias Toffoli em diárias internacionais por viagem à Inglaterra que incluiu a ida do magistrado à final da Champions League.

O segurança recebeu os valores para acompanhar Toffoli entre os dias 25 de maio e 3 de junho. O Real Madrid conquistou o 15º título do torneio em partida realizada no dia 1º. O ministro participou remotamente da sessão de 29 de maio do Supremo.

O STF não quis confirmar a viagem do ministro e quais foram as agendas dele no exterior. O órgão afirmou que “nenhuma viagem reduz o ritmo de trabalho e os estudos por parte do ministro, que segue trabalhando em seus votos, em suas decisões e participando das sessões colegiadas”.

A corte já havia desembolsado R$ 99,6 mil de recursos públicos para um segurança acompanhar Toffoli em eventos realizados em Londres, no Reino Unido, e Madri, na Espanha, semanas antes, como revelou a Folha de S.Paulo.

As informações sobre a ida mais recente de Toffoli a Londres estão registradas em ordem bancária emitida no último dia 27 e localizada nos dados do Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira).

O ministro acompanhou a vitória de 2 a 0 do Real Madrid contra o Borussia Dortmund, no estádio Wembley, ao lado do empresário Alberto Leite. A informação foi revelada pelo jornal O Globo e confirmada pela Folha.

A assessoria de Leite disse que o empresário não quer se manifestar sobre a ida ao jogo. Afirmou ainda que não bancou despesas de Toffoli na Inglaterra.

Leite participou, em 2022, de evento que marcou o encontro do então presidente Jair Bolsonaro (PL) com o bilionário Elon Musk, dono do Space X e da rede social X (antigo Twitter) e crítico da atuação de Alexandre de Moraes no Supremo.

A FS Security, cujo dono é o empresário Alberto Leite, ainda foi uma das patrocinadoras do 1º Fórum Jurídico Brasil de Ideias, realizado em Londres, no fim de abril, que contou com a presença de Toffoli e de outras autoridades do Judiciário.

A assessoria do STF disse que a orientação do setor de segurança do órgão “é não informar razões e locais de deslocamento”.

“Ressalta-se que em nenhuma viagem o ministro recebeu passagens ou diárias do STF”, disse ainda o Supremo, sem confirmar se Toffoli esteve na Inglaterra e por qual motivo. A reportagem também questionou se o ministro participou de algum evento ou teve agenda privada, mas não obteve resposta.

Em 2022, o portal Metrópoles revelou que o ministro Kassio Nunes Marques acompanhou a final da Champions com despesas pagas por um advogado.

“O STF não comentará questionamentos que individualizem seguranças, pois isso representa grave ameaça à segurança do servidor, da autoridade protegida e seus familiares. O custo da despesa é regularmente divulgada no portal da transparência no site”, afirmou o Supremo.

O tribunal disse que detectou “exposição equivocada” de nomes de seguranças que acompanham os ministros após a Folha mostrar pagamento anterior a assessor de Toffoli. O órgão diz que corrigiu a forma de divulgação de informações sobre esses pagamentos.

“Destaca-se que os ministros são protegidos, caso necessário, em agendas institucionais ou não, porque o risco não ocorre somente na agenda institucional. Tal procedimento é mundial para as autoridades públicas.”

O ministro Dias Toffoli não divulgou informações de sua agenda nos dias em que o segurança lotado no seu gabinete recebeu pagamentos por viagem para a Inglaterra.

O STF pagou cerca de R$ 170 mil, em 2024, em diárias para viagens ao exterior e dentro do Brasil ao segurança de Toffoli.

O tribunal desembolsa US$ 959,40 em diárias para viagens no exterior a ministros e US$ 671,58 para demais beneficiários. Os recursos são pagos antecipadamente, de uma só vez, exceto em casos de afastamentos emergenciais; quando compreender período superior a 15 dias, poderão ser pagos em parcelas, segundo a norma.

Toffoli e outros integrantes do STF participaram de eventos na Europa em abril e maio. O ministro foi um dos palestrantes do 1º Fórum Jurídico Brasil de Ideias, realizado em Londres de 24 a 26 de abril e organizado pelo Grupo Voto.

Empresas com ações nos tribunais superiores bancaram palestrantes ou patrocinaram o fórum. Entre elas, estão a indústria de cigarros BAT Brasil (British American Tobacco) -antiga Souza Cruz- e o Banco Master. A imprensa foi barrada neste evento.

A FS Security, do empresário Leite, afirma que foi uma das patrocinadores “ao ter sido convidada a participar de um debate na sua área de atuação, que é cybersegurança, inteligência artificial e tecnologia no geral, e declara que não tem nenhuma ação em tribunal superior”.

Em seguida, Toffoli esteve em Madri, onde foi convidado a participar de um debate jurídico no dia 3 de maio, mas não compareceu ao evento. No dia 2 de maio, ele participou remotamente da sessão do tribunal.

Depois, ele foi a um terceiro evento jurídico, também na capital espanhola, ocorrido de 6 a 8 de maio. Na ocasião, o ministro palestrou no programa internacional de alta formação Segurança Jurídica e Tributação, realizado pela Escola Superior de Advocacia Nacional, braço educativo do Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

Quando esteve na capital da Espanha, o ministro disse que as reportagens a respeito das viagens dos magistrados à Europa para participar de eventos jurídicos de outras instituições são “absolutamente inadequadas, incorretas e injustas”. “É o tribunal que, no ano passado, tomou colegiadamente mais de 15 mil decisões. Então, essas matérias são absolutamente inadequadas, incorretas e injustas”, afirmou.

“A Secretaria de Segurança do STF é responsável por zelar pelos ministros, e a equipe mensura os riscos conforme as circunstâncias do local, os modos e meios de cada ministro. Assim, é definida a quantidade de agentes que acompanhará determinado ministro em quaisquer agendas”, disse o STF em nota.

DELEGADOS DA POLÍCIA FEDERAL CONTRA OS CORTES NO ORÇAMENTO DA PF

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