quarta-feira, 5 de junho de 2024

GREVISTAS DO IBAMA QUEREM CHAMAR A ATENÇÃO PARA AS SUAS DEMANDAS

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

Parecem insuficientes os prejuízos já impostos pela “operação-padrão” dos funcionários federais do setor ambiental. Há seis meses os servidores suspenderam trabalhos em campo, como fiscalizações e vistorias, afetando o combate ao desmatamento, travando obras que precisam de licenciamento e gerando problemas em cascata para empresas e para o próprio governo federal. Agora anunciam uma paralisação geral nesta quarta-feira, Dia Mundial do Meio Ambiente, para reivindicar a reestruturação da carreira, além de um indicativo de greve para a próxima semana. Ou seja, a bomba-relógio ambiental, se já era preocupante, pode tornar-se perturbadora.

Os grevistas querem chamar a atenção para o que consideram desinteresse do governo por suas demandas. Tal desinteresse, porém, beira a indulgência. Se o complacente presidente Lula da Silva não dá qualquer sinal de que pretende se desgastar em negociações salariais, muito menos numa necessária reestruturação da carreira do funcionalismo, ninguém do seu governo parece empenhado o suficiente para enfrentar o problema. Sobretudo quando servidores de braços cruzados sabotam atividades essenciais para a economia. O próprio Lula já havia aberto a porteira para movimentos grevistas passarem: “Não tenho moral para falar contra greve, nasci das greves”, disse ele, numa fala que ecoou como um incentivo às paralisações.

O prolongamento da “operação-padrão” do setor ambiental, eufemismo para greve, já demonstrou seus efeitos. A redução do ritmo de trabalho diminuiu o volume de autorizações a menos da metade: a queda da emissão de licenças e autorizações foi de 180 para 69 entre janeiro e abril, se comparado ao mesmo período de 2023 e 2024. A atual produtividade está abaixo da registrada na gestão do então presidente Jair Bolsonaro, período no qual os servidores do Ibama e do Instituto Chico Mendes (ICMBio) alegam ter ocorrido desmonte dos órgãos ambientais.

Ao desmonte dos órgãos, contudo, responde-se com desmonte da economia. O setor de transmissão de energia elétrica calcula que o Ibama analisa projetos que somam R$ 75 bilhões em investimentos, considerando lotes arrematados em leilões realizados entre 2021 e 2024. Termoelétricas, parques eólicos e linhas de transmissão esperam a assinatura dos fiscais. Em maio, os fabricantes de veículos automotores informavam haver 50 mil carros aguardando a liberação da licença de importação. Segundo o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás, o setor público deixou de arrecadar mais de R$ 1 bilhão. A queda de faturamento do setor teria sido de R$ 3,4 bilhões, enquanto outros R$ 650 milhões de novos investimentos estão parados por falta de licenciamento. Sem esquecer o abalo na geração de empregos e nos autos de infração de crimes ambientais.

Enquanto isso, o Brasil se vê entre a pressão dos servidores e a inércia do governo, que adotou o pior caminho: ignorar tanto as carências na infraestrutura dos órgãos ambientais, problema reconhecido pelos próprios executivos dos setores afetados, quanto os efeitos devastadores deixados por uma paralisação que já foi longe demais. Um misto de indiferença e incompetência que está custando caro ao País.

 

PROCESSOS EM QUE O MINISTRO ALEXANDRE DE MORAIS FIGURA COMO VÍTIMA A ORDEM JURÍDICA É REINTERPRETADA CONFORME O FREQUÊS

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

Em fevereiro, a Polícia Federal (PF) arquivou o inquérito aberto para apurar as agressões que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes alegou ter sofrido, junto com sua família, no aeroporto de Roma. À época, o delegado Hiroshi Sakaki decidiu não indiciar o empresário Roberto Mantovani Filho, sua mulher, Andreia Munarão, e o genro do casal, Alex Zanatta, por entender que as ofensas que o trio teria dirigido a Moraes, além do tapa que Zanatta desferiu contra o filho do ministro, eram crimes de menor potencial ofensivo – o que já era evidente desde que o caso veio a público.

Agindo assim, Sakaki nada mais fez do que cumprir uma norma editada pela própria PF, segundo a qual os crimes de menor potencial ofensivo, como foi aquela lamentável altercação no aeroporto, não ensejam indiciamentos. Ademais, o delegado justificou que, para indiciar os investigados, os crimes dos quais eram suspeitos deveriam ser passíveis de extradição – o que não é o caso da injúria real.

É fato que Mantovani e seus familiares agiram como típicos vândalos bolsonaristas, que vivem de acossar e estigmatizar pessoas e instituições nas redes sociais e, eventualmente, nas ruas. Mas daí a apontar as pesadas baterias penais do Estado contra eles vai uma longa e civilizada distância. Ao que parece, porém, um desfecho anticlimático para o caso não seria bem recebido em Brasília – terra onde ofensas contra autoridades, nestes tempos esquisitos, chegam a ser tratadas como levantes contra o Estado Democrático de Direito.

Um mês após a conclusão do inquérito, o ministro Dias Toffoli, relator do caso no STF, atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou que a PF interrogasse Mantovani Filho outra vez. A PGR, segundo consta, queria saber se o empresário teria manipulado o vídeo do entrevero entre as famílias. Para essa nova fase de diligências, foi incumbido o delegado federal Thiago Rezende, haja vista que Sakaki pediu para deixar o caso. As razões de seu afastamento são desconhecidas, mas, de fato, o delegado nada mais tinha a fazer, pois ficou claro que a boa técnica policial adotada por ele não poderia levar a outro desfecho senão o arquivamento sem indiciamentos.

Eis que agora, sem que qualquer fato novo tenha sido trazido aos autos, o novo delegado decidiu mudar a posição da PF e indiciou Mantovani, a mulher e o genro pelas supostas hostilidades contra Moraes. É difícil tirar a razão do advogado da família, Ralph Tórtima, quando ele diz a este jornal que o inquérito contra seus clientes, “lamentavelmente, tem se revelado um verdadeiro vale-tudo”.

Como o próprio delegado Thiago Rezende reconhece, “muito embora as palavras proferidas (pelos investigados) não possam ser ouvidas, nada nas imagens contradiz o que foi dito pelos agredidos”. Como se vê, portanto, a nova conclusão, desta feita favorável ao ministro Alexandre de Moraes, ampara-se apenas e tão somente nos interesses do magistrado, não em prova concreta.

Parece haver dois tipos de ritos de persecução criminal no País. Um é destinado aos cidadãos comuns; o outro, aos processos em que o ministro Alexandre de Moraes figura como vítima. Nesse caso, a ordem jurídica é reinterpretada conforme o freguês. Só isso explica as muitas excrescências que têm sido naturalizadas quando o ministro figura num dos polos da ação. O magistrado, por exemplo, acaba de expedir mandados de prisão preventiva contra dois acusados de ameaçar sua família no mesmíssimo feito em que, corretamente, se declarou impedido de relatar. O que justifica essa bagunça?

O redivivo inquérito do aeroporto nem sequer deveria ter sido instaurado. Não fossem as vítimas quem são, é improvável que a rusga tivesse chegado ao conhecimento de uma autoridade policial. E, se tivesse, dificilmente iria mais longe do que uma carraspana do delegado de plantão. Mas, em se tratando de um ministro do STF, em particular de Moraes, tratado como a encarnação do anjo da guarda da democracia brasileira, tudo muda de figura.

* Nota: originalmente, este editorial transcreveu o trecho da decisão do delegado Thiago Rezende com um erro (”muito embora as palavras proferidas (pelos investigados) não possam ser ouvidas, nada nas imagens contradiz o que foi dito pelos agressores”).

PREVER ACONTECIMENTOS FUTUROS REFERE-SE A UMA SENSAÇÃO INTUITIVA DE ALGO QUE PODE OCORRER NO FUTURO

 

Mauro Saraiva Falcão – Escritor

O título não sugere previsões lógicas das consequências das negligências humanas, mas evoca sensibilidades a presságios. Refere-se a uma sensação intuitiva de algo que pode ocorrer no futuro, desconectada da realidade presente. Este é um tema que desperta interesse e discussão, envolvendo tanto os que acreditam em premonições quanto os céticos. Apesar dessa divisão, a ciência já se pronunciou sobre essa possibilidade.

Quando Einstein afirma que tempo e espaço são relativos, ele indica que, quanto mais sutil for a matéria, mais rápida é a passagem do tempo. Ou seja, quanto mais ágil o meio de transporte do evento, mais rápido chega a informação. A compreensão desses fenômenos físicos abre uma nova dimensão de conhecimento, oferecendo visões valiosas para autopreservação e alertas de perigo, como flashes da angústia materna frente a uma possível ameaça ao filho.

A referência à velocidade da luz e do som, por exemplo, revela variações observáveis. Um exemplo natural é a visualização de um relâmpago antes de ouvir o trovão. Essa observação sugere que a aceleração do tempo é um fenômeno real. Nesse contexto, a tecnologia atual comprova que o pensamento possui energia. Embora ainda não seja possível medir sua velocidade, ela está além da velocidade da luz. Esta fisiologia atômica da atividade cerebral é comprovada por exames eletroencefalográficos.

Frequentemente, ouvimos relatos de pessoas que descrevem eventos antes de sua ocorrência, com precisão impossível de ignorar. Sonhos vívidos de acidentes que aconteceram ou foram evitados por aqueles que acreditaram neles são exemplos disso. É notável que pessoas que se amam muitas vezes parecem estar conectadas pelo inconsciente, compartilhando sensações e emoções. Apesar dessa inata capacidade premonitória, tendemos a desconsiderar o que está além dos nossos sentidos, relegando essa habilidade valiosa à incredulidade.

Como mencionado anteriormente, a compreensão das concepções de tempo e espaço está configurada à nossa capacidade sensorial, como visão e audição. Porém, o inconsciente não está sujeito aos obstáculos físicos que dificultam a assimilação dos fatos. Embora o tema seja complexo, é essencial enfatizar que esta faculdade Divina só será confiável quando estiver comprometida com a proteção da vida, e não quando negligenciada em favor de interesses desconexos.

10 características de pessoas com intuição forte

Monange

Você já conheceu alguém que parece ter o dom de sempre fazer as escolhas certas, sem precisar pensar demais?

Enquanto para algumas de nós a intuição pode até ser algo novo, que ainda estamos aprendendo a usar, para outras já é uma velha conhecida, companheira incansável para todas as horas (e decisões mais cabeludas).

Pessoas com intuição forte costumam ter algumas características em comum, que podem ser desenvolvidas por todas nós. Confira algumas delas:

1. Otimismo e confiança

A habilidade de aprender rapidamente a partir dos próprios erros tornam pessoas com intuição forte mais otimistas e confiantes. Elas acreditam que sempre existe um lado bom, por pior que a situação possa parecer a princípio.

2. Criatividade

Artistas e empreendedores costumam seguir seus corações, obedecendo o desejo de criar e fazer a diferença, usando suas criações como uma forma de expressar suas intuições. É por isso que a criatividade é uma forte característica de pessoas intuitivas.

3. Sensibilidade

Imagine um radar humano, que consegue perceber todo tipo de emoção. Essa capacidade de “ler” as pessoas é uma das características mais marcantes de pessoas com intuição forte, que usam isso para decidir se confiam ou não no outro.

4. Observação

Pessoas intuitivas prestam atenção aos detalhes e absorvem informações importantes que muitas vezes poderiam passar batido. E são exatamente essas informações que o coração sente e a intuição usa para antecipar o que pode acontecer, além de revelar padrões que as ajudam a tomar decisões.

5. Autoconsciência

Pessoas com intuição forte costumam perceber quando o corpo está tentando dizer algo a elas. O coração bate de um jeito diferente, às vezes é um nó no estômago. Mas só é possível diferenciar estas sensações quando se está consciente de como o corpo reage.

6. Atenção aos sonhos

Pessoas com intuição forte costumam prestar atenção aos sonhos. Elas têm o hábito de refletir a respeito, pois há momentos em que os sonhos podem ser um canal de comunicação com seu inconsciente. E, às vezes, um sonho é só um sonho mesmo.

7. Foco no presente

Para conseguir entender o que a intuição diz, pessoas intuitivas focam a mente no presente, bloqueando pensamentos negativos, traumas do passado e ansiedade pelo futuro. Esse estado de atenção plena é o que permite escutar e seguir o coração.

8. Senso de propósito

Mesmo sem saber ao certo a motivação por trás de suas decisões, quem tem a intuição apurada costuma ter um forte senso de propósito em suas vidas. São pessoas que seguem em frente, pois acreditam que existe uma razão (e oportunidade) por trás de cada desafio.

9. Empatia

A habilidade de sentir e se conectar com os sentimentos do outro é uma forte característica em quem tem intuição forte. São aquelas pessoas que são ótimas ouvintes e que, mesmo sem dizer nada, fazem com que a gente se sinta melhor.

10. Gostar de ficar sozinha

Pessoas com intuição forte têm o hábito de reservar um tempinho para elas mesmas, longe da correria e do estresse do dia a dia. São esses momentos de solidão e silêncio que permitem que elas façam reflexões mais profundas e prestem mais atenção ao corpo, mente e coração.

ESCOLHER O MELHOR HOSPITAL PARA PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS NÃO É O MESMO QUE ESCOLHER UM BOM HOTEL

 

Dr. Felipe Villaça, cirurgião plástico da FVG

Compartilho abaixo uma sugestão de pauta que fala sobre a importância de escolher um hospital qualificado na hora de realizar um procedimento cirúrgico. Da mesma forma que um hotel de alto padrão proporciona experiências ainda mais incríveis durante um passeio, um centro de saúde de alto nível pode significar comodidade extra, atendimento de primeira e, principalmente, estrutura, tecnologia e profissionais preparados para os momentos de emergência.

Mais segurança ou melhor custo-benefício? Mais conforto ou apenas o mínimo necessário? Esses e tantos outros dilemas costumam martelar na cabeça de quem está em vias de realizar um procedimento cirúrgico, mas ainda não se decidiu pelo lugar onde será atendido. Na dúvida, muitas pessoas optam pelo mais em conta. Uma escolha que pode até ser a mais adequada, mas que também faz aumentar os riscos ao paciente.

“Apesar das semelhanças, escolher o melhor hospital não é exatamente o mesmo que escolher um hotel ao planejar uma viagem”, compara o Dr. Felipe Villaça, cirurgião plástico da FVG Cirurgia Plástica e diretor técnico do Hospital São Rafael. “Um hotel razoável pode manter as expectativas elevadas em relação a um passeio turístico. Mas, quando se trata de saúde, há alguns riscos que só os hospitais de excelência podem estar preparados para superar”, argumenta.

Por isso, ele defende que a seleção do local onde realizar a cirurgia seja baseada em diversos fatores, como atendimento, infraestrutura, formação e experiência da equipe multidisciplinar e adoção de tecnologias de ponta. Todos esses fatores, enfatiza, são essenciais para “medir” a qualificação de um local de saúde, mas reconhece que a espinha dorsal começa pelos profissionais.

“Não há grandes hospitais sem grandes profissionais, como também não há grandes profissionais sem equipamentos de ponta. Por isso, um centro de excelência em saúde funciona como uma cadeia positiva, um círculo virtuoso, que passa por todos aqueles fatores: desde a estrutura física do hospital, passando pelo atendimento e, claro, colocando o paciente sob as mãos de quem é capaz de proporcionar o máximo de segurança”, esclarece Felipe Villaça.

Ele realça que os equipamentos também devem ser de última geração, já que isso pode potencializar a recuperação e o atendimento dispensados ao paciente. Um segredo, segundo o médico e diretor técnico do Hospital São Rafael, é informar-se mais a fundo sobre os locais que melhor podem oferecer o atendimento esperado.

“O caminho é sempre buscar hospitais que são referência no tratamento desejado. Ser referência significa estar no topo ou próximo dele em relação a todos os demais. Um hospital que é referência tem tudo para oferecer o que há de melhor. Mesmo que isso custe mais do que uma instituição ‘mais ou menos’. Mas será que isso será suficiente para livrar o paciente de todos os riscos? Minha recomendação é para que não apostem nisso”, aponta.

O NETWORKING É UMA PRÁTICA ESSENCIAL NO MUNDO DOS NEGÓCIOS E UMA FERRAMENTA ESSENCIAL PARA O SUCESSO PROFISSIONAL

 

*Mara Leme Martins – PhD. Vice Presidente do BNI Brasil – Business Network International – a maior e mais bem-sucedida organização de networking de negócios do mundo

Conectar, interagir, estabelecer laços profissionais – o networking é uma prática essencial no mundo dos negócios. No entanto, além de ser uma ferramenta crucial para o sucesso profissional, o networking também desempenha um papel fundamental na promoção da diversidade e inclusão, afinal, as necessidades de mercado nesse setor ainda são carentes. Dados do “Relatório de Empregabilidade”, realizado pela Gupy, empresa de soluções para RH no Brasil, nos mostra que por mais que existam leis que amparem PCDs, empresas com mais de 200 pessoas colaboradoras ainda apresentam números baixos de contratações desse público.

Essa pesquisa elucida o quanto o networking está integralmente ligado na construção de redes diversas no panorama empresarial. Precisamos entendê-lo como essencial para fortalecer ações inclusivas, tornando líderes e empresas mais preparados para debater a pauta de forma responsável.

A diversidade como ativo estratégico

Em um mundo cada vez mais interconectado, a diversidade é mais do que uma simples narrativa de aceitação e igualdade. Ela é um ativo estratégico para as empresas, trazendo consigo perspectivas únicas de inovação e resiliência.

Ao inserir-se em redes de networking, os líderes empresariais se encontrarão em meio a diversidade, seja ela opiniões, físicas, e de gênero, expandindo horizontes e percebendo a sua volta a importância do debate sobre equidade, além de abrir as portas para uma ampla gama de talentos e ideias.

O networking, muitas vezes centrado em eventos e encontros, oferece uma plataforma única para a interação entre profissionais de diferentes origens étnicas, culturais e de gênero. Ao construir essas conexões, líderes têm a oportunidade de aprender com experiências diversas, e cultivar um ambiente de trabalho plural.

A contribuição das mulheres no networking empresarial

Também se faz necessário entender como crucial destacar o papel que as mulheres desempenham no networking empresarial e na promoção da diversidade. As mulheres têm conquistado espaços significativos em todas as áreas profissionais, mas a disparidade de gênero ainda persiste. Ao se inserirem em redes diversas, as mulheres não apenas quebram barreiras, mas também criam oportunidades para si e para outras mulheres.

O networking se revela como uma ferramenta poderosa para superar desafios que as mulheres enfrentam no mundo dos negócios, proporcionando mentorias, compartilhamento de experiências e acesso a oportunidades que podem ser fundamentais para o avanço profissional.

A responsabilidade dos líderes na promoção da inclusão

Estar inserido em redes diversas não é apenas benéfico para a carreira individual, mas também traz uma responsabilidade maior para os líderes. Ao construir e manter conexões inclusivas, os líderes se tornam agentes de mudança, capazes de promover políticas e práticas que impulsionam a diversidade.

A inclusão, além de uma pauta ética, também é um imperativo empresarial. Empresas que priorizam a diversidade e a inclusão são mais propensas a atrair e reter talentos excepcionais, construir equipes inovadoras e conquistar múltiplos mercados. Portanto, o networking eficaz não apenas amplia o círculo de contatos, mas também capacita os líderes a assumirem papéis ativos na construção de organizações mais justas e sustentáveis.

20 coisas que eu gostaria de saber aos 20 anos (mas tive que aprender sozinho)

Karen Nimmo – Psicóloga

“Espírito primeiro. Porque isso é o mais importante. Não é o quão bem você pode executar ou quanto dinheiro você pode ganhar. Mas se você não é o ser humano que deveria ser, você não está fazendo isso corretamente.” — Gladys Knight.

Uma jovem cliente que estava terminando sua terapia tinha um pedido final.

Ela queria alguns conselhos genéricos de vida: que tal 20 coisas para 2020? ela disse, lançando um desafio.

Eu não tive que pensar sobre isso por muito tempo. Quanto mais velho você fica, mais você vê, mais você erra, mais você tem a dizer.

MAS…

Quanto mais medo você tem de dizer isso, porque sabe que não existe uma estratégia de tamanho único para a vida – que cada um de nós precisa seguir seu próprio caminho.

Ainda assim, eu estava pronto para o desafio. Aqui estão algumas coisas para ponderar.

20 coisas que eu gostaria de ter sabido nos meus vinte anos

1. Bons amigos valem ouro.

Ao longo da vida, apenas algumas pessoas realmente “pegarão” você. E alguns deles também não ficarão por aqui. Portanto, cuide de quem o faz. Mas também vale a pena saber que a amizade (e o amor) se desenvolve em lugares surpreendentes, em todas as idades e fases. Fique aberto a isso.

2. Ninguém se importa com o que você faz da sua vida.

Bem, alguns fazem um pouco – espero que isso inclua seus pais. Mas a maioria das pessoas está muito ocupada trilhando seus próprios caminhos para se preocupar com o que você está fazendo no seu. No final, até seus pais só querem que você seja feliz e autossuficiente. Aponte para isso.

3. A paixão por hambúrgueres com queijo e batatas fritas tem consequências.

Apenas dizendo.

4. A vida não dura para sempre.

Certa vez, tive um colega de apartamento cujo resumo da experiência humana era o seguinte: “você nasce, vive um pouco e depois morre”. Achei que ele era um Bisonho; Acontece que ele estava certo. Espero que você tenha um longo intervalo entre o começo e o fim. Mas nenhum de nós sabe o que está por vir. Use bem o seu tempo.

5. Nem o planeta.

Você não pode salvar tudo sozinho, mas pode fazer a sua parte.

6. A vida às vezes é entediante – precisa ser.

Tente viver em altas rotações 24 horas por dia, 7 dias por semana, e você saberá o que quero dizer. Tempo de inatividade, manchas planas, tédio – como você quiser chamar – é necessário para recuperar e recarregar, pensar e criar – e fazer mudanças.

O tédio crônico é um problema, portanto, se você se encontrar lá, faça tudo o que puder para mudá-lo.

7. Sua saúde mental é um trabalho em andamento.

Humores e emoções não são consistentes. É mais difícil do que você pensa ficar em um bom espaço mentalmente. Haverá altos e baixos, dias bons e ruins, então você precisa aprender ferramentas e estratégias para lidar com ambos. E você precisa continuar usando-os.

8. Assim como sua saúde física.

Os corpos também não se cuidam. Eles brincam, ficam doentes, precisam de remédios, exames de saúde e manutenção regular. Quanto mais velho você fica, mais alto “use-o ou perca-o” soa em seus ouvidos. Quanto mais cedo você prestar atenção nisso, melhor.

9. Mentiras são corredores rápidos.

Uma vez ouvi dizer: uma mentira pode dar meia volta ao mundo antes mesmo de a verdade calçar seus sapatos de salto alto. É verdade. As mentiras se espalham rapidamente – e machucam. Pense nisso por um tempo.

10. Você precisa usar tanto as mãos quanto a cabeça.

Passar muito tempo em sua cabeça o deixará louco – e fará de você um insone. Fazer coisas é a melhor maneira de combatê-lo – tira você da cabeça e o leva para o corpo. Isso é bom pra você.

11. A maioria das pessoas está fazendo o melhor que pode. Mas alguns não são.

Verdadeiramente, a maioria das pessoas está se esforçando com o que tem. A maioria das pessoas quer ser um ser humano bom, gentil e que contribui. Algumas pessoas são idiotas, e mesmo que tenham uma razão válida para isso, você precisa ficar longe delas.

12. Poder regular tudo é tudo.

Comida, álcool, substâncias, pornografia/sexo, humores, emoções, reações – ter propriedade sobre isso é possuir sua própria vida. NB: Não espere muito em breve, leva tempo e prática.

13. Tentar fazer os outros felizes é perda de tempo.

Você não pode. Você pode apoiá-los e estar lá para eles, mas criar uma vida boa é o trabalho deles. Assim como criar o seu é seu.

14. Ficar sozinho é legal. Estar sozinho é difícil.

Estar sozinho, para experimentar, pensar e sonhar, sustentará e até fortalecerá sua saúde mental. Mas sentir-se isolado o levará para o outro lado. Faça o possível para se manter conectado – com as pessoas, com os vizinhos, com os animais de estimação, com o caixa do supermercado. E se você não está sozinho, fique de olho nos que estão. Uma palavra gentil faz uma grande diferença.

15. O arrependimento é bom; pendurar no passado é ruim.

Ter arrependimentos mostra que você está ciente dos erros que cometeu, das maneiras não tão boas como tratou os outros ou a si mesmo. Apegar-se a coisas que você não pode mudar irá destruí-lo, então treine seus olhos na estrada à sua frente.

16. O luto é uma merda.

As pessoas que você ama e se preocupam estarão perdidas para você, e você terá que encontrar maneiras de lidar com isso. Leva muito mais tempo do que você pensa, às vezes para sempre. Mas você precisa saber que pode viver uma vida boa, até ótima, ao lado dela.

17. As pessoas são criaturas de hábitos E incrivelmente imprevisíveis. Incluindo você.

Abandone suas elevadas expectativas em relação às pessoas. Até de si mesmo.

18. Você vai se machucar — mas não precisa se agarrar a isso.

Mágoa, rejeição e dor fazem parte do trato humano. Mas continue aprendendo a deixar ir, ou pelo menos afrouxar seu controle sobre isso.

19. Coisas ruins acontecem com pessoas boas.

Sim, eles fazem. E grandes coisas acontecem para significar pessoas. Vai saber.

20. A diversão também está em toda parte – mas às vezes está escondida.

Para citar os atemporais Desiderata de Max Ehrmann: “Apesar de toda a sua farsa, labuta e sonhos desfeitos, ainda é um mundo lindo.”

Nem sempre parece assim, eu sei. Às vezes parece que a beleza foi sugada dele. Mas há muita coisa boa no mundo. Faça da sua missão continuar procurando por ele.

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terça-feira, 4 de junho de 2024

BILIONÁRIOS AMERICANOS AUMENTAM AS DOAÇÕES PARA DONALD TRUMP APÓS O SEU JULGAMENTO

 

História de Bernd Debusmann Jr – BBC News, Washington – BBC News Brasil

A campanha de Trump diz que arrecadou US$ 53 milhões um dia após seu veredicto em Nova York

A campanha de Trump diz que arrecadou US$ 53 milhões um dia após seu veredicto em Nova York© Getty Images

Desde que Donald Trump foi condenado criminalmente, na semana passada, bilionários republicanos estão demonstrando seu apoio financeiro.

Trump, o candidato republicano que tentará voltar à Casa Branca nas eleições de novembro, foi considerado culpado de falsificar registros comerciais para ocultar o pagamento à ex-atriz pornô.

Embora tenha ficado atrás, na angariação de fundos, do presidente e candidato à reeleição Joe Biden e dos esforços dos democratas, a condenação deu novo fôlego à candidatura de Trump.

Sua campanha anunciou que arrecadou quase US$ 53 milhões (cerca de R$ 278 milhões) em apenas 24 horas após o veredicto em Nova York.

A bilionária israelense-americana Miriam Adelson, empresária no setor de cassinos, deverá anunciar um aporte multimilionário à campanha de Trump esta semana.

De acordo com relatos na imprensa americana, Adelson fará uma doação para um comitê de ação política (PAC, na sigla em inglês) chamado Preserve America.

Não há limite para o montante a ser gasto por esses comitês no apoio a candidatos a cargos eletivos.

Embora não se saiba quanto ela deve doar, o site Politico e outros meios de comunicação dos EUA relataram que a contribuição deverá ultrapassar a doação de US$ 90 milhões para a Preserve America feita por Adelson e seu falecido marido, Sheldon, antes das eleições de 2020.

Miriam Adelson e Donald Trump

Miriam Adelson e Donald Trump© Getty Images

Outros provavelmente seguirão o exemplo. Nas horas após o veredicto, vários bilionários publicaram mensagens de apoio a Trump.

Entre eles, o investidor do Vale do Silício David Sacks, que postou na rede social X que “agora há apenas uma questão nesta eleição: se o povo americano irá defender que os EUA se tornem uma República das Bananas”.

Sacks e seu colega investidor Chamath Palihapitiya planejam para 6 de junho um evento de arrecadação de fundos para Trump em São Francisco. Os participantes estão sendo solicitados a contribuir com até US$ 300.000 (R$ 1,5 milhão).

Outro potencial doador, o gestor de fundos hedge (os chamados fundos de cobertura) Bill Ackman, deve fazer um anúncio no X nos próximos dias sobre o apoio a Trump.

Embora há três anos Ackman tenha dito que Trump “deveria pedir desculpas a todos os americanos” após a invasão ao Capitólio dos EUA, o investidor desde então suavizou seu tom e ofereceu palavras de apoio ao ex-presidente na internet.

O diretor do Blackstone Group, Steve Schwarzman, um dos bilionários mais proeminentes de Wall Street, já anunciou que apoiará Trump nas eleições.

Tal como Ackman, Schwarzman tinha anteriormente se distanciado do ex-presidente.

Entretanto, no final de maio, Schwarzman disse que tinha as mesmas preocupações da “maioria dos americanos” de que as “políticas econômicas, de imigração e externas estão levando o país na direção errada”.

Ele também disse que o “aumento dramático do antissemitismo” o levou a “focar nas consequências das próximas eleições com maior urgência”.

Embora anteriormente tenha demonstrado se afastar de Trump, o bilionário Steve Schwarzman voltou a mostrar apoio ao candidato republicano

Embora anteriormente tenha demonstrado se afastar de Trump, o bilionário Steve Schwarzman voltou a mostrar apoio ao candidato republicano© Getty Images

Outros bilionários que já deram o seu apoio a Trump incluem os fundadores de fundos hedge John Paulson e Robert Mercer, bem como o pioneiro do fracking (fraturamento hidráulico para extração de petróleo e gás de rochas de xisto) Harold Hamm e o magnata dos cassinos Steve Wynn.

O investidor bilionário Nelson Peltz, que disse após a invasão ao Capitólio ter se arrependido de ter votado em Trump em 2020, mudou de ideia e recebeu o ex-presidente em sua mansão à beira-mar na Flórida em março.

Elon Musk, por outro lado, disse anteriormente que não faria doações a nenhum dos candidatos desta eleição, embora planeje organizar um evento transmitido ao vivo com Trump.

Shaun Maguire, sócio da importante empresa de capital de risco Sequoia, anunciou uma doação de US$ 300 mil a Trump poucos minutos após o veredicto da semana passada, argumentando que o julgamento foi injusto.

Num longo post no X, Maguire apresentou motivos para apoiar Trump, incluindo a forma como a gestão Biden lidou com a retirada dos EUA do Afeganistão e a “fragilidade” no Oriente Médio.

Os vários processos judiciais contra Trump, acrescentou Maguire, também serviram como uma “experiência radicalizante”.

“Há uma chance real de que o presidente Trump seja condenado por acusações criminais e sentenciado à prisão”, escreveu ele.

“Sem rodeios, é em parte por isso que o apoio. Acredito que o nosso sistema judicial está sendo usado como arma contra ele.”

Já o bilionário e proeminente doador republicano Peter Thiel teria recusado pedidos de doação para a campanha de Trump e teria dito não estar planejando qualquer doação neste ano eleitoral.

No final de abril, a campanha de Biden tinha um saldo de US$ 192 milhões, contra US$ 93,1 milhões da campanha de Trump.

No mesmo mês, porém, a campanha de Trump angariou US$ 76 milhões, ultrapassando os rivais democratas pela primeira vez neste ciclo eleitoral.

A campanha de Biden arrecadou US$ 51 milhões em abril, uma queda acentuada em relação aos mais de US$ 90 milhões arrecadados no mês anterior.

Mas, para o professor Justin Buchler, especialista em financiamento de campanha da Universidade Case Western Reserve, em Ohio, “o dinheiro não será determinante na eleição”.

“O principal papel do dinheiro numa campanha é aumentar o reconhecimento do nome. Todo mundo já sabe quem são Donald Trump e Joe Biden.”

Uma análise dos dados da CBS, parceira da BBC nos EUA, concluiu que a angariação de fundos de Trump tende a receber impulsos nos momentos-chave das suas diversas batalhas jurídicas.

Antes da condenação da semana passada, seus melhores dias para arrecadação de fundos tinham sido 4 de abril do ano passado — o dia em que foi acusado em Nova York — e 25 de agosto, quando uma foto dele tirada por autoridades policiais, a mugshot, foi divulgada.

A BBC aguarda posicionamento das campanhas de Trump e Biden.

IMPÉRIO DO COMÉRCIO ELETRÔNICO PELA META

História de Sasha Rogelberg – Jornal Estadão

Ethan Gaskill, um criador de conteúdo de 29 anos, começa o dia sempre da mesma forma: “Quando acordo de manhã – a maioria das pessoas pega o celular e começa a verificar o Instagram – eu verifico o Facebook Marketplace.”

Com sua casa em Los Angeles, EUA, mobiliada quase que exclusivamente com itens de segunda mão e um TikTok com mais de 220 mil seguidores interessados em suas compras econômicas, Gaskill confia que a plataforma é uma fonte confiável de pepitas ocultas: uma luminária e um pendente Herman Miller de US$ 1 mil que ele conseguiu por US$ 400; uma cama de US$ 5 mil do mesmo designer que ele comprou por 20% do preço original; e uma cômoda Founders centenária no valor de US$ 4 mil que Gaskill conseguiu por US$ 800.

“O site oferece uma oportunidade para que as pessoas possam trazer para suas casas itens realmente raros ou itens únicos que, de outra forma, não teriam se não pudessem ir a um mercado de pulgas ou a uma venda de imóveis”, disse Gaskill à Fortune.

O Facebook Marketplace não se tornou apenas uma fonte confiável para items de segunda mão de Los Angeles. Ele se tornou um verdadeiro concorrente para competir de igual para igual com sites de comércio eletrônico bem estabelecidos. O Facebook cresceu para 3,07 bilhões de usuários ativos mensais (MAUs) até o final de 2023, um aumento de 3% em relação ao ano anterior. Desses, até 40%, ou 1,2 bilhão, são usuários ativos que compram no Marketplace, de acordo com um relatório de março da Capital One Shopping.

Mark Zuckerberg impulsiona o Facebook Marketplace, agora com quatro vezes mais clientes que a Amazon Foto: David Paul Morris/Bloomberg—Getty Images

Mark Zuckerberg impulsiona o Facebook Marketplace, agora com quatro vezes mais clientes que a Amazon Foto: David Paul Morris/Bloomberg—Getty Images© Fornecido por Estadão

O mercado online de segunda mão da Meta já está desafiando os gigantes do setor. O Marketplace eclipsou os MAUs do site Craigslist anos atrás, com o CEO do Meta, Mark Zuckerberg, dizendo em 2018 que havia 800 milhões de MAUs do Marketplace, em comparação com os 55 milhões de visitantes do Craigslist em 2017. Em contrapartida, a Amazon tinha 310 milhões de usuários mensais em 2023, de acordo com o Tech Report, cerca de um quarto dos MAUs do Marketplace. O Marketplace é o segundo site mais popular para compras de segunda mão, atrás do Ebay, de acordo com um relatório da Statista de 2022.

“Essa é uma área em crescimento”, diz Charles Lindsey, professor associado de marketing da Universidade de Buffalo, à Fortune. “Não me surpreenderia se, em três ou cinco anos, ela realmente ultrapassasse o Ebay.”

A Amazon e o Ebay não responderam ao pedido de comentário da Fortune.

De venda de garagem online a gigante do comércio eletrônico

O crescimento astronômico do Marketplace se deve, em grande parte, ao fato de a plataforma ser simplesmente fácil de usar e já estar vinculada a um site em que muitas pessoas já são membros, argumenta Lindsey.

“Há um fator de confiança porque ela está associada ao Facebook”, diz ele. “Ele tem uma interface fácil de usar. É integrado ao Facebook Messenger, então é fácil ir e voltar.”

Lançado em 2016, o Marketplace era originalmente uma forma de facilitar as vendas entre vizinhos, com a maioria dos usuários oferecendo um item usado para venda a um preço razoável, e os compradores pegando o item e coordenando com o vendedor pelo Facebook Messenger sobre a coleta e o pagamento. Mas o Marketplace se transformou em uma formidável plataforma de comércio eletrônico, com um em cada três usuários americanos do Facebook na plataforma até 2018. Durante a pandemia, o Marketplace explodiu graças ao aumento da dependência do comércio eletrônico e da cadeia de suprimentos e aos atrasos nas entregas que prejudicaram as compras tradicionais.

“Estamos vendo todo mundo prosperar, desde artesãos que fabricam produtos à mão, passando por madeireiros e vendedores de carros”, diz Deb Liu, fundadora e então vice-presidente do Marketplace, à Modern Retail em 2021.

Naquela época, o Marketplace havia se tornado uma bênção não apenas para os compradores que gostam de economizar, mas também para as pequenas empresas que buscavam canais de vendas exclusivos. A Beautiful Fight Woodworking, sediada em Springfield, Missouri, gerou US$ 168 mil de sua receita de US$ 266 mil em 2020 exclusivamente por meio de vendas no Marketplace.

Sem dúvida, a plataforma tem problemas, principalmente porque golpistas e contas de bots proliferaram no site, dificultando a vida de compradores bem-intencionados. Um usuário da Carolina do Sul, EUA, afirmou em fevereiro que foi enganado em US$ 18 mil depois de colocar seu Audi 2016 à venda no Marketplace. Uma pesquisa da thinkmonkey de 2022 com mil britânicos descobriu que um em cada seis havia sido enganado na plataforma.

“O que acontece offline muitas vezes acaba entrando em ambientes online e, infelizmente, isso inclui golpes”, diz Ryan Daniels, porta-voz da Meta, à Wired. A Meta disse que trabalha “agressivamente para identificar, desativar e banir rapidamente os golpes e as contas associadas a eles”.

A nova rede social favorita da geração Z

Com sua ascensão, o Marketplace conquistou uma geração de jovens que, em grande parte, havia se afastado do Facebook. “Eu o vejo como se fosse um aplicativo de mídia social”, diz Dre Vez, criador de conteúdo de 25 anos, à Fortune.

Vez passa cerca de seis a 12 horas por dia no Marketplace, onde ganha a vida “trollando” os vendedores, pedindo por mensagens de áudio para testar o produto, antes de carregar as interações no TikTok para seus 755 mil seguidores.

Para ele, o Marketplace não é apenas um material para vídeos divertidos, mas também uma verdadeira ferramenta de mídia social para a geração Z (nascidos entre 1995 e 2010), pois é rápido e altamente estimulante.

“É a capacidade de ter várias interações em um curto período de tempo, onde eu poderia ir ao Facebook Marketplace, pesquisar uma bicicleta e entrar em contato com sete a dez pessoas diferentes e ter todas essas conversas ao mesmo tempo”, diz ele.

Mesmo nos dias em que não consegue encontrar um bom negócio, Vez dá algumas risadas no site. Os vendedores já conseguiram vender cortadores de unha usados, escovas de banheiro, desentupidores – até mesmo um Dorito em forma de rosto por US$ 10 mil, lembra ele.

A Meta percebeu o entusiasmo de seus jovens usuários. Embora a popularidade do Facebook entre os adolescentes tenha diminuído na esteira da ascensão do TikTok, o Facebook agora tem mais de 40 milhões de usuários jovens adultos de 18 a 29 anos nos EUA e no Canadá, um recorde de três anos, com um em cada quatro usando o Marketplace, diz Meta à Fortune.

Para o conhecedor de produtos de segunda mão Gaskill, que consulta o Marketplace de cinco a dez vezes por dia, a plataforma é atraente para os jovens porque apela para seu desejo de independência, de economizar dinheiro e de proteger o meio ambiente contra as pressões da produção em massa e do frete.

“Dadas as circunstâncias econômicas, mas também a mentalidade da Geração Z, eles adoram a exclusividade e a autoexpressão”, diz ele. “Mas eles também gostam muito de encontrar coisas por um bom preço.”

Encontrando espaço para crescer

Com 1,2 bilhão de usuários ativos, o Facebook Marketplace redefine o comércio eletrônico Foto: Dado Ruvic/Reuters

Com 1,2 bilhão de usuários ativos, o Facebook Marketplace redefine o comércio eletrônico Foto: Dado Ruvic/Reuters© Fornecido por Estadão

No entanto, o fato de a Meta se orgulhar de ter um público crescente em sua plataforma Marketplace não significa que seja um braço lucrativo da empresa. A Meta não respondeu ao pedido de comentário da Fortune sobre como ganha dinheiro com o Marketplace, mas a professora de marketing Lindsey sugere que a empresa se beneficia das taxas de transação do vendedor, bem como de mais olhos nos anúncios do site.

“De modo geral, quanto maior a probabilidade de alguém usar o Facebook Marketplace, provavelmente maior será a probabilidade de ele também acessar o Facebook”, diz ele. “Então, o Facebook se aproveita disso para que as empresas paguem por anúncios que chegam ao meu feed e ao seu feed.”

A Comissão Europeia da UE alegou, em dezembro de 2022, que o Facebook e o Marketplace se unem e usam dados de uma forma que infringe as regras de concorrência da UE, de acordo com um registro da SEC de dezembro de 2023.

O Marketplace é, em parte, uma faceta importante do quebra-cabeça financeiro do Facebook porque suas trocas locais são de baixo custo, de acordo com Sucharita Kodali, analista do setor de varejo da empresa de pesquisa de mercado Forrester – especialmente em comparação com o Ebay, que exige uma enorme infraestrutura internacional.

“É um volume enorme de transações”, diz ela à Fortune. “Com esse volume de transações, há uma espécie de investimento necessário em muita automação, atendimento ao cliente, gerenciamento de vendedores, ferramentas para vendedores, etc.”

Embora o Facebook Marketplace não precise de um sistema elaborado para gerenciar transações locais, isso também significa que ele provavelmente não está ganhando tanto dinheiro quanto seus concorrentes do comércio eletrônico. Na verdade, Kodali chegou a chamar o Marketplace de uma plataforma “anticomércio” porque tem muitos grupos de “não compre nada” e trocas entre pares. Ela adotou uma postura semelhante à de Lindsey, argumentando que o mérito financeiro da plataforma é ajudar a direcionar melhor os anúncios para os usuários ativos.

“Não se trata realmente de, por exemplo, ‘Vamos ganhar dinheiro com o volume de publicações que vemos na seção do marketplace’”, diz ela.

As vibrações da venda de garagem virtual do Marketplace e a sensação de comunidade da plataforma podem não estar gerando bilhões de dólares para o Meta, mas são exatamente o que faz com que os usuários voltem ao site.

“Você nunca sabe quando a próxima coisa incrível vai aparecer”, diz Gaskill. “Essa é a graça da coisa. É mais ou menos isso que o torna viciante.”

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.

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ENCHENTES NO RIO GRANDE DO SUL PODERÃO OCORRER NOVAMENTE

 

História de JÉSSICA MAES – Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – As mudanças climáticas provocadas pelas emissões de gases de efeito estufa das atividades humanas dobraram a probabilidade de ocorrência das chuvas que devastaram o Rio Grande do Sul. O El Niño teve um papel igualmente importante, enquanto falhas de infraestrutura pioraram os danos provocados pelas inundações.

As conclusões são de um estudo do WWA (World Weather Attribution) feito por pesquisadores do Brasil, Reino Unido, Suécia, Holanda e Estados Unidos divulgado nesta segunda-feira (3).

A análise levou em consideração a precipitação em dois intervalos de tempo: de quatro dias, 29 de abril a 4 de maio, e de dez dias, de 26 de abril a 5 de maio. Ambos os eventos foram considerados extremamente raros no clima atual, ocorrendo aproximadamente uma vez a cada 100 anos.

Nos dois cenários, a crise climática aumentou em mais de duas vezes a probabilidade de ocorrência da chuva extrema no estado e a tornou de 6% a 9% mais intensa.

O El Niño teve um impacto equivalente, aumentando a probabilidade das chuvas em duas a três vezes e a intensidade de 4% a 8% para o evento de dez dias, e de duas a cinco vezes e 3% a 10% para o evento de quatro dias.

O levantamento se baseia em técnicas de atribuição climática, ciência que busca determinar a influência do aquecimento global em eventos climáticos extremos.

Devido a sua natureza imediata, os resultados dos estudos de atribuição rápida do WWA, feitos logo após a ocorrência de fenômenos como ondas de calor e tempestades, não são revisados por pares até a sua divulgação -mas a metodologia usada é, o que certifica a confiabilidade dos resultados.

“No Rio Grande do Sul, esse padrão de chuva volumosa e intensa é consistente com o El Niño, mas estudos já mostraram que com as mudanças climáticas esses eventos vão aumentar, se tornando maiores e mais persistentes”, diz Regina Rodrigues, pesquisadora da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) que participou do estudo.

Cientistas apontam que o pico do El Niño, caracterizado pelo aquecimento das águas do oceano Pacífico na região da linha do Equador, já passou e que nos próximos meses ele deve ser substituído pelo La Niña, com águas mais frias nesta mesma região.

Apesar disso, a pesquisadora explica que eventos extremos de chuva são esperados no sul do país na fase de arrefecimento do fenômeno.

“As maiores inundações no sul do Brasil [em anos de El Niño] ocorrem, na verdade, em maio, chegando até mesmo a julho”, afirma. “Por exemplo, enchentes de 1983 no vale do rio Itajaí-Açu [em Santa Catarina], foram em julho, no final do grande El Niño de 1982 e 1983. Portanto, o fato de o El Niño estar enfraquecendo no oceano Pacífico não significa que não tenha impacto no Brasil”.

“Isso é algo que deveria ser incorporado pelos formuladores de políticas públicas e ainda não foi”, diz Rodrigues.

Ela aponta, ainda, que desde 2014 não houve nenhum ano “neutro”, ou seja, sem a ocorrência de El Niño ou La Niña -e ambos causam eventos climáticos extremos no Brasil. No Sul, o La Niña causa seca, que vinha se estendendo por três anos antes da chegada do El Niño atual, que traz mais chuva para a região.

“Isso é muito típico das previsões dos impactos das mudanças climáticas, com múltiplos anos de La Niña e com o El Niño mais forte”, diz.

As inundações que atingiram o estado gaúcho foram uma das tragédias ambientais mais significativas do país, atingindo 90% dos municípios do estado, afetando 2,3 milhões de pessoas e levando a pelo menos 172 mortes. Em duas semanas, choveu o equivalente a três meses dos níveis normais de precipitação na região, diz Rodrigues.

O estudo ressalta que previsões e alertas de inundações estavam disponíveis quase uma semana antes das chuvas, mas que os avisos podem não ter alcançado todos os que estavam em risco. A população também pode não ter entendido a gravidade dos impactos ou saber quais ações tomar em resposta às previsões.

Além disso, a falta de manutenção e investimentos em mecanismos de prevenção de enchentes é apontada como um fator importante para que o desastre tenha tomado proporções tão grandes.

Os autores afirmam que, devido à característica multifatorial que levou não apenas às chuvas extremas, mas à dimensão da tragédia, com milhões de pessoas impactadas, as medidas de adaptação climática adotadas daqui para frente precisam refletir essa complexidade.

“Algumas das principais prioridades devem incluir a manutenção robusta do sistema de proteção contra enchentes que já existe em Porto Alegre e aumentar a vegetação e espaços abertos [nas proximidades de corpos d’água] na capital e em outros municípios para aumentar a capacidade do tecido urbano de absorver água”, enumera Maja Vahlberg, pesquisadora do Centro Climático da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, que também faz parte da equipe.

Ela acrescenta, ainda, que outras medidas necessárias são o fortalecimento da legislação e da fiscalização ambientais –para restaurar ecossistemas e prevenir a construção em áreas altamente propensas a enchentes– e a redução da pobreza, incluindo a melhoria das condições de vida para as populações mais vulneráveis.

“O país de fato tem avançado nesse sentido, por exemplo, por meio do aclamado programa de proteção social do Brasil, o Bolsa Família, que é identificado como um dos fatores por trás da clara redução da pobreza no país”, afirma Vahlberg. “Por fim, melhorias contínuas na comunicação de riscos são imperativas para garantir que os alertas precoces levem a ações apropriadas, que salvam vidas”.

A COOPERAÇÃO É O MELHOR ANTÍDOTO CONTRA AS PANDEMIAS

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

Confirmou-se o que se avizinhava, e os 194 países que integram a Organização Mundial da Saúde (OMS) terão um ano para concluir o que não conseguiram fazer em mais de dois anos: aprovar um acordo de prevenção contra futuras pandemias. Em 2021, ainda em meio aos milhões de mortos deixados pela covid-19, as nações concordaram em preparar um ambicioso plano global para enfrentar ameaças futuras – algum patógeno desconhecido e possivelmente mais contagioso, mortífero e resiliente que o coronavírus. Em abril, após nove rodadas de negociações, a conclusão se mostrava difícil (ver o editorial A próxima pandemia vem aí, de 8/4). Agora os prognósticos se consumaram, com os países jogando a solução para o “prazo máximo de um ano”. O comunicado deu ênfase ao futuro, mas no fundo se trata de uma pá de cal sobre o passado de 30 meses de esforço. Um revés a um só tempo incompatível com o gigantismo da necessidade global e compatível com o tamanho dos obstáculos, muitos dos quais difíceis de superar.

A necessidade vem das lições deixadas pela covid-19, em que se viu falta de preparação, coordenação e solidariedade. Constatou-se ali que, além do conhecimento científico, a cooperação é o melhor antídoto contra epidemias. Apesar de ciclos horrendos, como aids, ebola e covid-19, no século 21 as epidemias passaram a matar numa proporção muito menor de humanos do que em qualquer outro período da história – passando pela Peste Negra no século 14 e o surto mortal de gripe do início do século 20. De lá para cá, a humanidade se tornou mais vulnerável a epidemias, e hoje um vírus pode viajar entre a Ásia, a Europa e as Américas em menos de 24 horas. Em compensação, ainda que tais surtos sejam proporcionalmente menos mortais, o fato é que patógenos infecciosos não conhecem fronteiras nem distinguem classes, e, se uma parte do mundo estiver desprotegida, todo o mundo estará.

Já os obstáculos são muitos e em múltiplas frentes – a principal delas na abordagem One Health (“Uma Só Saúde”), que promove a cooperação em todos os níveis para enfrentar pandemias, mudanças climáticas e outras ameaças. Isso inclui, por exemplo, melhorar a vigilância sanitária no comércio de produtos agrícolas. Países em desenvolvimento temem que obrigações do gênero possam ser usadas para criar barreiras comerciais, enquanto nações desenvolvidas argumentam que, sem essa abordagem, a OMS pode levar tempo demais para declarar emergências. Há também impasses na transferência de tecnologia, com disputas centradas nos direitos de propriedade intelectual. Outro conflito envolve o acesso rápido a patógenos e suas sequências genéticas, a distribuição facilitada e coordenada de vacinas (uma das máculas da covid-19) e a repartição de benefícios financeiros.

Não são problemas triviais, e só quem enxerga o mundo com lentes binárias achará que a ausência de solução é fruto de mera má vontade dos países ou da maldade congênita de seus representantes. Não é. São desafios que exigem cálculos apurados de custo-benefício e análise de causas e consequências. Por exemplo, mexer nos direitos de patentes pode reduzir o incentivo para o desenvolvimento de vacinas; por outro lado, não interferir pode prejudicar a escala e a equidade da distribuição. Nesses casos, porém, a inação resultará em desproteção do planeta, ampliando riscos já elevados. O tempo é um desses perigos. Quanto mais distantes estivermos da covid-19, mais escassa será a memória e, com efeito, menor será o sentido de urgência e o interesse político. Nada tão humano quanto essa espécie de amnésia coletiva, em que o esquecimento substitui a pressão ante uma emergência.

Aos envolvidos, contudo, resta dizer: os vírus em circulação no planeta e os novos que surgem todos os anos vencerão a batalha contra a humanidade se o isolacionismo e a desconfiança superarem a cooperação. Chegar a um acordo – nesta e em outras agendas que exigem multilateralismo eficaz, como a mudança climática – não é nem jamais será simples. Mas muito mais difícil será se não houver um plano concertado, sobretudo porque a dúvida não é se o mundo enfrentará novas catástrofes no futuro, e sim quando e como. Uma projeção sombria como um alerta para um inadiável despertar.

GOVERNO DE OLHO NO DINHEIRO DEIXADO PELO MORTO

 

História de IDIANA TOMAZELLI E ADRIANA FERNANDES – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai propor a possibilidade de estados taxarem recursos aportados em planos de previdência privada transmitidos a beneficiários por meio de herança.

Alguns deles já cobram o ITCMD (Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos), valor de competência estadual, sobre planos do tipo PGBL e VGBL. No entanto, as regras não são homogêneas e enfrentam questionamentos na Justiça.

A inclusão da autorização no segundo projeto de lei complementar que regulamenta a reforma tributária foi um pedido dos próprios estados, que ficarão com os eventuais recursos arrecadados com a medida, sem reflexos para a União.

O Congresso Nacional ainda precisará analisar a proposta e pode fazer alterações. Se a medida for aprovada, os governadores ainda precisarão detalhar seu funcionamento e fixar as alíquotas em nível local, por meio de lei ordinária.

O objetivo do projeto de lei complementar é uniformizar as normas em âmbito nacional e dar maior segurança jurídica à cobrança do tributo, que poderá ser recolhido mesmo se os valores do plano de previdência não forem listados no inventário do beneficiário morto.

A autorização para cobrar o ITCMD foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo e confirmada pela Folha de S.Paulo.

O texto exclui da taxação os planos similares a seguros de vida, que pagam uma indenização em caso de morte do segurado em valor sem relação direta com o montante aportado.

O projeto de lei também busca uniformizar a base de cálculo do ITCMD no caso de herança contendo participações societárias. Alguns estados consideram o valor de mercado das empresas, enquanto outros permitem a incidência sobre o valor patrimonial (que costuma ser menor) caso o bem não tenha sido negociado em mercado nos meses anteriores à transmissão.

Em termos gerais, o texto do projeto diz que a legislação estadual ou distrital poderá considerar como base de cálculo do imposto o valor de mercado do bem ou do direito transmitido na data da declaração do contribuinte ou da avaliação pela administração tributária.

No caso específico de cotas ou ações emitidas por pessoas jurídicas, a proposta prevê que a base de cálculo do ITCMD será determinada de acordo com as regras que privilegiam o valor de mercado.

Segundo técnicos, o texto foi proposto pelos estados e passou por uma análise jurídica no âmbito da União, com o objetivo de assegurar que as regras não entrassem em conflito com decisões já tomadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal), como o afastamento de ITCMD sobre seguros de vida, por exemplo.

O projeto prevê ainda que a alíquota do ITCMD será progressiva, respeitando o limite máximo estipulado em resolução do Senado Federal (hoje em 8%).

A progressividade, porém, deverá ser implementada pelos próprios governadores por meio de leis ordinárias. Eles terão autonomia para decidir os níveis de cobrança do imposto.

Técnicos admitem que o conceito de progressividade ficou bastante genérico, inclusive no texto da emenda constitucional da reforma tributária. Um estado que preveja faixa de isenção até determinado valor do bem herdado e uma alíquota sobre patrimônios avaliados acima disso já pode, via de regra, ter seu sistema enquadrado como progressivo.

Por isso, a criação de uma escada de alíquotas, majoradas quanto maior for o valor do patrimônio transmitido via herança ou doação, vai depender da disposição de cada governador

DELEGADOS DA POLÍCIA FEDERAL CONTRA OS CORTES NO ORÇAMENTO DA PF

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