A candidata de esquerda Claudia Sheinbaum fez história ao ser eleita
no domingo (2) como a primeira presidente do México por ampla vantagem e
terá o enorme desafio de conter a violência do narcotráfico e de gênero
que mata quase 30 mil pessoas por ano.
Sheinbaum recebeu entre 58% e 60% dos votos, 32 pontos à frente da
rival de centro-direita Xóchitl Gálvez, segundo a apuração rápida do
Instituto Nacional Eleitoral (INE). A segunda colocada recebeu entre 26%
e 28% dos votos.
“Não vou decepcioná-los”, disse Sheinbaum, de 61 anos, sorridente, emocionada e vestida com uma blusa com bordados indígenas.
– “Chegamos todas” –
“Não chego sozinha. Chegamos todas, com nossas heroínas que nos deram
a pátria, com nossas antepassadas, nossas mães, nossas filhas e nossas
netas”, acrescentou em um hotel da capital, enquanto várias pessoas
gritavam “presidenta” e pediam fotos.
“Pelo bem de todos, primeiro os pobres”, prometeu pouco depois em um
discurso no Zócalo diante de milhares de eleitores que a aplaudiam. Ela
se comprometeu a continuar com o legado do atual presidente, Andrés
Manuel López Obrador.
O ex-deputado Jorge Álvarez Máynez (centro) recebeu entre 9,9% e 10,8% dos votos.
Gálvez, a principal rival de Sheinbaum, admitiu a derrota.
Os simpatizantes de Sheinbaum seguiram para o Zócalo, a principal
praça da capital do país, para celebrar a chegada de uma mulher ao
poder.
“Nossa sociedade é violenta, machista, misógina e a doutora Sheinbaum
na presidência vai poder ajudar realmente a mudar não apenas as leis,
mas também a sociedade e a cultura. O México não aguenta mais
violência”, disse à AFP Lol-Kin Castañeda, de 48 anos.
Sheinbaum, física e ex-prefeita da Cidade do México de origem
judaica, governará até 2030 a 12ª maior economia do mundo, com 129
milhões de habitantes.
“Estou feliz com a continuidade, porque é a primeira mulher
presidente e uma mulher que, sim, representa as mexicanas. “Eu espero
muito pelas mulheres com Sheinbaum, “uma mulher preparada”, disse
Viviana Hernández, 44 anos, durante a comemoração.
A esquerdista Clara Brugada também foi eleita prefeita da Cidade do México, reduto da esquerda há quase três décadas.
O partido governista também conquistou a maioria necessária no
Congresso para aprovar reformas na Constituição (2/3) e possivelmente
conseguirá o mesmo no Senado, segundo as projeções da apuração rápida
dos votos.
– Violência política –
A violência marcou as eleições, com 30 candidatos a diversos cargos assassinados durante a campanha,, segundo a ONG Data Cívica.
Um candidato a um cargo local, um militante de um partido e uma
mulher foram assassinados nas últimas horas no interior do país,
informaram as autoridades.
Quase 450 mil pessoas foram assassinadas no México e dezenas de
milhares estão desaparecidas desde 2006, quando o governo mobilizou os
militares para a luta contra o crime organizado.
Quase 100 milhões de eleitores estavam registrados para votar no domingo. A taxa de participação das eleições foi de 60%.
Com 20.000 cargos em disputa, incluindo as cadeiras no Congresso e
nove dos 32 governos, estas foram as maiores eleições da história do
país.
– Visões contrapostas –
Os apoiadores de Sheinbaum consideram que ela prosseguirá com os
programas de López Obrador, que chega ao fim do governo com uma
popularidade de 66%, o que contribuiu para a eleição da candidata
governista.
Os eleitores destacam que ela foi eficiente em sua gestão como
prefeita da Cidade do México (2018-2023) e que é uma “inspiração” para
as mulheres neste país com altos índices de violência de gênero, no qual
cerca de 10 mulheres são assassinadas diariamente, entre feminicídios e
homicídios dolosos, segundo a ONU.
López Obrador distribuiu milhões em ajuda direta a idosos, jovens e
deficientes, tirando 8,9 milhões de pessoas da pobreza. No entanto, um
terço da população ainda vive na pobreza.
A expansão do crime organizado “é o problema mais assustador” que
será enfrentado por Sheinbam, opinou Michael Shifter, pesquisador do
Inter-American Dialogue, um grupo de reflexão com sede em Washington.
Também terá o desafio de manter os programas sociais quando o déficit
fiscal subiu para 5,9% e o crescimento médio nos últimos seis anos foi
de apenas 0,8%.
Outro desafio será o relacionamento com os Estados Unidos, o destino
de 80% das exportações mexicanas, especialmente se Donald Trump voltar
ao poder, alertou Shifter.
Trump ameaçou determinar deportações em massa de migrantes que cruzam
a fronteira binacional de quase 3.200 km. Além disso, em 2026, os dois
países e o Canadá terão que renegociar seu acordo comercial T-MEC.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, acusou neste domingo (2) a
China de trabalhar para “impedir” outros países de participarem em uma
cúpula de paz sobre a Ucrânia, que Pequim criticou porque a Rússia não
foi convidada.
“A China hoje se esforça para impedir que os países participem da
cúpula da paz”, disse Zelensky aos jornalistas à margem do Diálogo
Shangri-La, um fórum realizado em Singapura que reúne autoridades da
Defesa.
A cúpula da paz na Ucrânia será realizada na cidade suíça de Lucerna
nos dias 15 e 16 de junho. Zelensky afirma que participarão mais de 100
países e organizações e pediu aos Estados da Ásia-Pacífico que
participassem da reunião.
A China declarou na sexta-feira que acredita que a cúpula da paz
“deveria ter o reconhecimento da Rússia e da Ucrânia, a participação
igual de todas as partes”.
“Caso contrário, será difícil para a conferência desempenhar um papel
substancial na restauração da paz”, disse o porta-voz do Ministério das
Relações Exteriores chinês, Mao Ning.
A China informou que o presidente Xi Jinping não participará da
cúpula. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em campanha pela
reeleição, não confirmou a sua presença.
“Estamos desapontados por alguns líderes mundiais ainda não terem confirmado a sua participação”, disse Zelensky.
O presidente ucraniano reuniu-se neste domingo com o secretário da
Defesa americano, Lloyd Austin, em Singapura, no âmbito da sua campanha
para arrecadar mais ajuda para o seu país face aos avanços da ofensiva
russa.
Questionado pelos jornalistas sobre o encontro, o presidente ucraniano respondeu que foi “muito bom”.
Esta reunião ocorreu depois de os Estados Unidos terem anunciado esta
semana que levantaram parcialmente as restrições ao uso de armas que
Washington fornece à Ucrânia para atacar o território russo,
estabelecendo que podem ser utilizadas “para fins de contra-ataque na
região de Kharkiv”.
A Ucrânia sofre o duro golpe de uma ofensiva lançada por Moscou no
início de maio na região de Kharkiv, no nordeste, em um momento de
desgaste das suas tropas após mais de dois anos da invasão russa,
iniciada em fevereiro de 2022.
Donald Trump disse que aceitaria o confinamento em casa ou a prisão
após a sua condenação histórica por um júri de Nova York na semana
passada, mas que seria “difícil” para o público aceitar.
“Não tenho certeza se o público apoiará isso”, disse o candidato
presidencial republicano à Fox News em entrevista que foi ao ar neste
domingo. “Acho que seria difícil para o público aceitar. Você sabe, em
certo ponto, há um ponto de ruptura.”
Trump não entrou em detalhes sobre o que ele acha que poderia acontecer se esse ponto fosse alcançado.
Questionada sobre o que os apoiadores de Trump deveriam fazer se ele
fosse preso, a copresidente do Comitê Nacional da República (RNC, na
sigla em inglês), Lara Trump, disse à CNN: “bem, eles vão fazer o que
fizeram desde o início, que é manter a calma e protestar nas urnas em 5
de novembro. Não há nada a fazer além de fazer com que suas vozes sejam
ouvidas em alto e bom som e se manifestarem contra isso”.
Trump usou a sua convicção para intensificar os seus esforços de
angariar fundos, mas não procurou mobilizar os seus apoiadores, em
contraste com os seus comentários de protesto contra a sua derrota em
2020 para Biden, que foram seguidos por um ataque dos seus apoiadores em
6 de janeiro de 2021no Capitólio dos EUA.
O RNC e a campanha de Trump arrecadaram 70 milhões de dólares nas 48
horas após o veredito, disse Lara Trump, um número que a Reuters não foi
capaz de verificar de forma independente.
O que acontece agora?
Trump prometeu recorrer da condenação do júri de Nova York, que o
considerou culpado de 34 acusações criminais por falsificação de
documentos para encobrir um pagamento para silenciar uma estrela pornô
antes das eleições de 2016.
Mas é improvável que a questão seja resolvida antes das eleições
presidenciais de novembro, quando tentará recuperar a Casa Branca do
presidente democrata Joe Biden. As pesquisas de opinião mostram uma
disputa acirrada entre os dois e sugerem que sua condenação pode
prejudicá-lo junto a alguns eleitores republicanos e independentes.
Trump ainda enfrenta outros três processos criminais, embora não seja
provável que cheguem a julgamento antes das eleições. Ele nega qualquer
irregularidade em todos os casos e chamou as acusações de conspiração
democrata para impedi-lo de competir.
Enquanto isso, Biden tem procurado defender o sistema de justiça do
país, dizendo que é “imprudente” e “perigoso” chamar o veredito de
“fraudado”. O Departamento de Justiça dos EUA nega qualquer
interferência política.
O advogado de Trump, Will Scharf, disse ao programa “This Week” da
ABC News que não espera que Trump “acabe sendo sujeito a qualquer
sentença” e planeja levar o caso à Suprema Corte.
O presidente da Câmara dos EUA, Mike Johnson, um aliado de Trump,
disse ao “Fox News Sunday” que conhece os juízes do tribunal e “eles
estão profundamente preocupados, tal como nós, em manter o nosso sistema
de justiça”.
Geração Z tem procurado mais do que somente salário quando se
candidata a uma vaga e tendência de busca por benefícios como
auxílio-educação impulsiona um cenário em que as empresas também
precisam se atualizar para conquistar e reter talentos
Aos 27 anos, Luiz Gustavo Ferreira faz parte do grupo de
trabalhadores brasileiros que, mesmo com a responsabilidade e a carga
horária do trabalho, não abrem mão dos estudos. O analista de processos é
formado em engenharia mecânica e sempre se interessou pelo mundo
acadêmico, fazendo da educação um assunto presente no dia a dia. A
surpresa para Luiz foi saber que a empresa em que trabalha entraria
nesse sonho junto com ele, custeando parte do valor do seu MBA.
Ao lado dos benefícios já tradicionais no mundo corporativo, como
vale-refeição e assistência médica e odontológica, o auxílio-educação
aparece como o quarto benefício mais desejado pelos colaboradores em uma
vaga de emprego. O dado é de um levantamento feito pelas empresas Swile
e Leme e indica que os colaboradores querem mais do que somente
trabalhar e receber o salário no fim do mês, eles desejam crescer
enquanto estão na empresa.
“Eu havia começado meu MBA pouco antes do programa de desenvolvimento
da TODOS Internacional ter início. Mas quando soube que poderia incluir
minha pós-graduação no plano e que receberia todo o investimento, foi
uma grata surpresa. Me senti valorizado ao perceber que a empresa estava
investindo em mim, acreditando no meu potencial. Na verdade, nunca
havia vivenciado algo assim antes”, conta Luiz Gustavo Ferreira.
De acordo com o Diretor de Pessoas e Cultura do Grupo TODOS
Internacional, Rennan Vilar, o investimento na educação dos
colaboradores da empresa foi possibilitado por meio da criação do
programa interno ‘Desenvolve TODOS’, que oferece verba para que os
funcionários possam fazer cursos, graduações e pós-graduações. “Focamos
no cuidado com as pessoas para aprimorarmos a jornada do nosso
colaborador, com o intuito de melhorar a sua qualidade de vida no
trabalho e também incentivar o crescimento profissional. Só nos últimos
dois anos, o Desenvolve TODOS já disponibilizou R$ 1,7 milhão para o
crescimento contínuo dos funcionários”, afirma Vilar.
Para Luiz, o auxílio é uma oportunidade de mão dupla para que ele
adquira novos conhecimentos e, ao mesmo tempo, aplique-os em seu
trabalho na empresa. “O MBA em Qualidade, Gestão e Engenharia de
Processos surgiu como uma excelente oportunidade para me capacitar e,
assim, poder sugerir e atuar com maior autoridade nesse contexto. Na
minha visão, o MBA contribuirá para uma compreensão mais gerencial,
holística e estratégica dos processos e projetos no contexto do negócio
praticado pelo Grupo TODOS Internacional”, destaca Luiz.
Com gestão de negócios e pessoas pautadas na Administração Solidária,
Rennan explica que a ação de incentivo ao estudo dos colaboradores
segue o princípio de que o impacto positivo na vida das pessoas
envolvidas no negócio deve ser prioridade. “Nós entendemos que é muito
valioso retermos talentos que crescerão conosco. Assim, incentivamos uma
cultura corporativa positiva e que realmente agrega valor à vida dos
nossos colaboradores. E quando o assunto é investimento em educação,
todos crescem”, ressalta.
Sabe o que eu mais vejo no mercado?
Junior Borneli — StartSe
Testemunho:
Que empresários existem aos montes, mas poucos são empreendedores.
Simplesmente porque um empreendedor se forja em meio a desafios.
E eu tiro isso pela minha própria história.
Eu nasci no interior de Minas Gerais. Numa cidade de apenas 13 mil habitantes.
E como toda cidade do interior, as opções de lá eram bem limitadas
Eu sempre senti que poderia ir além, nunca consegui saber como.
Então trabalhei numa universidade por 10 anos.
Sem propósito, sem objetivo, apenas fornecendo o necessário pra minha esposa e filho.
Até que um eu cheguei em casa e vi que a minha energia elétrica havia sido cortada.
E eu digo que esse foi o pior e o melhor dia da minha vida.
Porque foi aí que a ficha caiu.
Que eu entendi que precisava fazer algo e que só o empreendedorismo poderia me tirar daquele lugar.
Que custe o que custasse, eu NUNCA MAIS me encontraria naquela situação novamente
Esse foi o gatilho que despertou o que eu chamo de atitude empreendedora.
A voz que diz lá dentro que “você pode mais”.
Como despertar sua atitude empreendedora e impactar positivamente seus projetos com isso.
Espírito empreendedor: 8 dicas matadoras para despertar o seu
Janu França
Um empreendedor de sucesso não nasce pronto, ele se molda.
Compartilhamos neste artigo 8 habilidades fundamentais para você atingir
seus objetivos.
Qualquer realização começa na mente. E empreendedores são,
normalmente, aqueles que têm a capacidade de colocar suas ideias em
prática e fazer acontecer. Algumas pessoas já nascem com esse espírito,
né? Outras nem tanto. Mas não se engane, isso pode ser trabalhado e
desenvolvido.
É fundamental desenvolver – ou aprimorar – esse perfil realizador
para quem quer abrir uma empresa e fazer ela crescer. O sucesso
empresarial está diretamente ligado à reunião de um grupo de
características e habilidades que tornam uma mente mais atenta para
aspectos essenciais de um negócio.
Confira nossas dicas de como despertar este espírito em você!
1 Tenha autoconfiança
“Autoconfiança é muito importante para alcançar o sucesso. E para se tornar confiante, é importante estar preparado.”
Arthur Ashe, tenista
Todo bom empreendedor confia em si mesmo. É preciso acreditar em suas
ideias e visão de negócio para colocá-las em prática e fazer com que
elas prosperem. Por isso, não se limite a pensar no que pode ou não
fazer, acredite em você e no seu sucesso. Isso irá te impulsionar.
2 Trabalhe sua mente
“Persiga um ideal, não o dinheiro. O dinheiro vai acabar indo atrás de você.”
Tony Hsieh, empreendedor
Quem tem um espírito empreendedor persegue as oportunidades quando as
encontra. E para reconhecer essas oportunidades é preciso que você
possua a mentalidade certa, quando você tem uma percepção incorreta, seu
espírito empreendedor não se desenvolve.
Alimente uma atitude positiva e encare as barreiras e os pequenos
fracassos como aprendizado, que preparam você para tentar novamente.
3 Desenvolva senso crítico
“Você deve lutar mais de uma batalha para se tornar um vencedor.”
Margaret Thatcher, política
Trabalhe seu senso crítico diariamente, ele será extremamente
necessário para que você desenvolva seus projetos da melhor maneira
possível. Sempre analise e reflita sobre todos os aspectos do projeto,
se não ficar satisfeito com algo, repense e refaça.
Crie a capacidade de você mesmo avaliar suas ideias e a forma como realiza cada etapa.
4 Planeje suas metas e as cumpra
“Todas as diretrizes são resultado de um planejamento e todo planejamento é resultado de sonhos.”
Flávio Augusto, empreendedor
Para alcançar seus objetivos você precisa saber exatamente onde
deseja chegar. Por isso trace suas metas e planeje bem suas estratégias,
ter um espírito empreendedor tem a ver com a capacidade de planejar e
ter disciplina, por isso trabalhe essas habilidades.
Estabelecer metas ajuda a alimentar seu espírito empreendedor, mas
elas precisam ser realistas, palpáveis e mensuráveis. Obedecendo a esses
pontos você poderá traçar objetivos de curto e longo prazo.
#DicaConsolide: não deixe de conhecer a história do grande erro do super empresário Flávio Augusto.
5 Tenha atitude
“Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que você veja toda a escada. Apenas dê o primeiro passo.”
Martin Luther King, pastor e ativista político
Não adianta ter boas ideias, planejar estratégias, traçar metas e não
ter atitude para executá-las. Para realizar seus sonhos e alcançar o
sucesso desejado, é necessário agir. Ter um espírito empreendedor não
tem a ver com ideias e planejamento, e sim em possuir a capacidade e a
motivação para executar.
A melhor maneira de despertar e alimentar seu espírito empreendedor é
colocar algo em prática. Os desafios de um negócio e seus processos vão
fazer com que esse espírito se manifeste. Por isso, ao identificar sua
ambição no mundo empresarial e o mercado onde deseja atuar, não perca
tempo e parta para a ação.
6 Tenha ambições realistas
“Faça o que você puder, onde você está e com o que você tem.”
Theodore Roosevelt, ex-presidente EUA
Tenha ambições que estejam ao seu alcance, não adianta tentar
resolver problemas que estão fora do seu controle ou tentar atingir
alguns objetivos cedo demais. Faça planos e trace metas que façam
sentido para o seu projeto, utilizando seu senso crítico para definir se
são plausíveis e alcançáveis naquele momento.
7 Seja criativo
“Criatividade é inteligência, divertindo-se.”
Albert Einstein, físico
A criatividade é essencial para qualquer empreendedor, desde a
concepção de um novo negócio até a hora de desenvolver soluções e
estratégias dentro da empresa. Todo mundo tem certo nível de
criatividade, por isso se você deseja ser um empreendedor trabalhe
sempre sua criatividade para mantê-la ativa.
8 Desenvolva habilidades de liderança
“O melhor líder não é necessariamente aquele que faz as melhores
coisas. Ele é aquele que faz com que pessoas realizem as melhores
coisas.”
Ronald Reagan, ex-presidente EUA
É muito importante que um empreendedor tenha habilidades de
liderança, para conduzir seu projeto e delegar quando necessário. Além
disso, é preciso saber tomar as próprias decisões e fazer com que outros
acreditem em seu projeto.
Também é essencial que você saiba conduzir as pessoas pelo caminho que você deseja trilhar.
Pronto para despertar seu espírito empreendedor? Então comece logo a colocar essas dicas em prática.
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EMPRESAS DO VALE DO AÇO.
O desejo de mudar, de transformar, de acreditar, são
fundamentais para irmos além. São agentes propulsores da realização de
sonhos. Já o empreendedorismo está presente no DNA dos brasileiros e
nossa história trouxa essa capacidade que temos de nos reinventar e de
nos conectarmos com você internauta e empresários que são a nossa razão
de existir.
E todos esses elementos combinados e levados ao território da internet, torna o que era bom ainda melhor. Na internet e através
do Site da Valeon, podemos proporcionar o início do “virar de chaves”
das empresas da região para incrementar as suas vendas.
Assim, com inovação e resiliência, fomos em busca das
mudanças necessárias, testamos, erramos, adquirimos conhecimento,
desenhamos estratégias que deram certo para atingirmos o sucesso, mas
nada disso valeria se não pudéssemos compartilhar com vocês essa
fórmula.
Portanto, cá estamos! Na Plataforma Comercial Marketplace da
VALEON para suprir as demandas da região no que tange à divulgação dos
produtos e serviços de suas empresas com uma proposta diferenciada dos
nossos serviços para a conquista cada vez maior de mais clientes e
público.
Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos compublicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para asmarcas
exporem seus produtos e receberem acessos. Justamente por reunir uma
vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon
atrai uma grande diversidade evolume de público. Isso
proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores
que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por
meio dessa vitrine virtual.
O Site desenvolvido pela Startup Valeon,
focou nas necessidades do mercado e na falta de um Marketplace para
resolver alguns problemas desse mercado e em especial viemos para ser
mais um complemento na divulgação de suas Empresas e durante esses três
anos de nosso funcionamento procuramos preencher as lacunas do mercado
com tecnologia, inovação com soluções tecnológicas que facilitam a
rotina das empresas. Temos a missão de surpreender constantemente,
antecipar tendências, inovar. Precisamos estar em constante evolução
para nos manter alinhados com os desejos do consumidor. Por isso,
pensamos em como fazer a diferença buscando estar sempre um passo à
frente.
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar
ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o
consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita
que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu
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reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
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também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.
Avanço de baterias pode tornar veículos elétricos mais baratos e ecológicos
Neste sábado (01), o portal Olhar Digital destacou duas pesquisas
revolucionárias lideradas por cientistas da Universidade McGill, que
apontam caminhos promissores para a fabricação de baterias de íon-lítio
mais econômicas e sustentáveis. As descobertas sugerem a viabilidade de
utilizar materiais catódicos desordenados do tipo sal-gema (DRX),
potencialmente substituindo metais caros e insustentáveis como cobalto e
níquel por alternativas mais baratas e ecológicas, como ferro e
manganês.
No primeiro estudo, a equipe de engenharia, incluindo o estudante de
doutorado Richie Fong, focou no desenvolvimento de cátodos DRX à base de
ferro, tradicionalmente considerados inadequados para veículos
elétricos devido à sua baixa capacidade de armazenamento. No entanto, os
pesquisadores conseguiram modificar o processo, alcançando uma das
maiores capacidades de armazenamento já registradas para esses
materiais, o que pode levar a uma redução de até 20% no custo das
baterias de íon-lítio.
Paralelamente, o segundo estudo, realizado em colaboração com o
Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia da Coreia, explorou os
sais-gema desordenados à base de manganês (Mn-DRX). Apesar de oferecer
alto conteúdo energético, o Mn-DRX enfrentava desafios de baixa
condutividade elétrica e instabilidade estrutural. A solução encontrada
pelos pesquisadores envolveu o uso de nanotubos de carbono de paredes
múltiplas e um aglutinante adesivo como aditivos de eletrodo, resultando
na mais alta densidade de energia prática já registrada para cátodos
Mn-DRX.
“O futuro do desenvolvimento de baterias de íon-lítio é
imensamente promissor com essas descobertas, que abrem caminho para
soluções de armazenamento de energia mais acessíveis e sustentáveis”, afirma
o Prof. Jinhyuk Lee, coautor do estudo. Ele acrescenta que um parceiro
da indústria está colaborando com os pesquisadores para trazer essas
inovações ao mercado, indicando um avanço significativo na busca por
alternativas mais verdes e econômicas para a tecnologia de baterias.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O papel dos subsídios para estimular o
avanço das energias renováveis ficou para trás, e o incentivo para o
investimento nessas energias, atualmente, deve partir das próprias
empresas.
A avaliação é de Cristopher Vlavianos, fundador e presidente do
conselho de administração da comercializadora de energia Comerc,
companhia que concentra os ativos de energia renovável da Vibra após a
distribuidora adquirir 50% de seu capital, em 2021.
“O que a gente vê hoje como um incentivo são as próprias empresas
querendo investir em energia renovável. Durante um período, esse
subsídio foi bem utilizado. Mas o investidor tem uma consciência, os
fundos, os family offices, os próprios bancos, eles olham esse mercado. O
direcionamento do capital para esse tipo de projeto já traz um
benefício grande para quem quer investir em energia renovável”, afirma o
empresário.
Vlavianos também diz ver uma mudança no olhar do setor privado para o
mercado de crédito de carbono. Em 2023, em parceria com a Vibra, a
Comerc lançou sua mesa de operações de crédito de carbono.
“No passado, as empresas que emitiam muito CO2 acabavam compensando
isso comprando crédito de carbono, e muito pouco preocupadas com o
processo. O mundo está mudando. Ele não aceita mais você estragar de um
lado e compensar do outro”, diz.
PERGUNTA – Desde a abertura, em janeiro, do mercado livre para a
entrada de novos consumidores com consumo mensal acima de R$ 10 mil, que
é um movimento considerado como porta para descarbonização, qual tem
sido o reflexo dessa nova demanda?
Cristopher Vlavianos – Nos últimos 20 anos, a migração para o mercado
livre começou com os grandes consumidores até os médios. Os que estão
migrando para o mercado livre agora são aqueles que têm mais ou menos
uma conta de energia acima de R$ 10 mil por mês. Pode ser um consumidor
comercial, industrial, um condomínio ou uma padaria.
Estamos saindo de um volume de consumidores migrados de 25 mil
unidades para 100 mil unidades. Seriam 75 mil unidades de novos
consumidores nesse mercado livre com potencial de redução de custos e
emissões, porque eles migram para o mercado livre consumindo energia
renovável.
Como está a disputa por esse consumidor no varejo?
C. V. – O mercado tem vários players [competidores] hoje. O que ele
tem que avaliar é a credibilidade, se essa empresa que está oferecendo
um produto vai entregar, se ela vai reduzir o custo de forma
consistente. É como comprar qualquer produto. Tem que avaliar de quem
você vai comprar essa energia, porque é uma commodity essencial. O
consumidor tem que avaliar o novo fornecedor quando vai fazer essa
decisão de migrar para o mercado livre.
Como funciona o planejamento da descarbonização, que vocês, na empresa, chamam de jornada da descarbonização?
C. V. – É a conscientização dos consumidores de que eles precisam
reduzir a sua pegada de carbono. Ela começa sempre com medição, com um
inventário. Se você não consegue medir, você não consegue reduzir nem
saber que está reduzindo. O inventário mostra quais são as emissões que
esse consumidor tem para ele poder começar a trabalhar nos processos e
reduzir.
São três escopos de emissões: as que são diretas do cliente, as que
são referentes ao consumo de energia e as emissões dos fornecedores
dele. Então, olhando toda a gama de fornecedores, ele pode escolher quem
são os consumidores responsáveis ambientalmente e que também reduzem a
sua pegada de carbono.
Saiu uma pesquisa da EY em maio, com 100 mil pessoas, segundo a qual
só 30% dos entrevistados estão dispostos a investir mais dinheiro em
nome da energia limpa e 70% não querem fazer mais do que já fazem. As
pessoas estão desanimadas em gastar com placar solar, por exemplo?
C. V. – O que o consumidor avalia é se a oportunidade de redução de
emissão também é uma oportunidade de redução de custo. No Brasil, você
consegue essas duas vantagens. Consegue reduzir emissões consumindo
energia renovável e consegue reduzir custo também com uma energia mais
barata do que esse consumidor tem hoje na sua distribuidora.
O consumidor europeu ou americano tem que pagar um adicional para ter
essa vantagem de usar a energia renovável. Lá, a renovável é mais cara
do que a convencional. O consumidor livre brasileiro tem uma vantagem
grande em relação ao restante mundo por termos abundância de fontes
renováveis, de sol, de vento. Temos custo de energia elétrica menor
hoje. Temos uma modulação de energia porque temos bastante energia
hidráulica. A gente não precisa despachar térmicas no intervalo dessas
fontes renováveis.
O Brasil já tem essa vantagem da matriz energética limpa, mas alguns
especialistas citam dois pontos críticos, que são a digitalização e a
descentralização. O que o país precisa fazer para avançar nessas outras
frentes da transição energética?
C. V. – O Brasil já vem fazendo essa descentralização. Saímos das
grandes usinas agora para usinas menores e até para o chamado
prosumidor, o consumidor que tem a placa instalada no telhado. Isso é
uma descentralização. Antes, aquela grande usina era financiada com
prazo muito longo de construção e de amortização desse investimento.
A digitalização vem junto. Ela permite ter informações, dados de
consumo e telemetria desses consumidores. Com isso, você entende como
funciona o consumo. Hoje, já tem digitalização e isso vai crescendo. A
inteligência artificial também se aplica à energia. Já existem processos
em que o consumidor de baixa tensão entra em uma plataforma, assina um
contrato e, no mês seguinte, começa a receber energia de fonte
renovável. Nós já estamos caminhando para esses 3Ds, da
descentralização, digitalização e descarbonização, que vêm junto com o
benefício da energia renovável.
Em um futuro não tão distante, é possível que o consumidor brasileiro
tenha aplicativo no celular para controlar o consumo de energia da casa
dele? Ou essa descentralização vai ficar restrita ao consumidor que tem
dinheiro para instalar painel solar no telhado de casa?
C. V. – O consumidor que tem esse painel no telhado já tem um
aplicativo em que ele sabe quanto gerou e quanto compensou. Mas não é só
nesse caso. Hoje, existem equipamentos que medem consumo sensorizado. E
aí o consumidor passa a ser protagonista nesse mercado e conhecer muito
mais. O que era uma incógnita para ele, um fantasma de consumo de
energia, fica mais acessível. Basta você ter as informações e começar a
usar esses dados para fazer o uso consciente dessa energia.
E o debate sobre incentivo econômico, sobre tributar mais produtos de
energias que são sujas e isentar as limpas até que elas fiquem
competitivas? Na sua avaliação, em que momento o Brasil está nesse
cenário?
C. V. – O Brasil criou um subsídio para as energias renováveis com o
Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas) em 2005. Esse
subsídio veio sendo aproveitado por essas usinas e está acabando. O
subsídio da geração distribuída também teve um período, mais curto, mas
também está se encerrando.
O Brasil deu o subsídio para fazer com que essas fontes gerassem
escala e pudessem ser competitivas e hoje está tirando. O que a gente
vê, hoje, como um incentivo são as próprias empresas querendo investir
em energia renovável. E, uma vez que ela é mais competitiva, hoje,
independentemente do subsídio, ela pode investir em energia renovável
sem necessariamente ter um subsídio para isso. É exatamente porque o
subsídio do passado trouxe esse benefício para essas fontes.
Durante um período, esse subsídio foi bem utilizado. Mas o
investidor, hoje, tem uma consciência, os fundos, os family offices, os
próprios bancos, eles olham esse mercado. Então, o direcionamento do
capital para esse tipo de projeto já traz um benefício grande para quem
quer investir em energia renovável.
Muitas empresas ainda preferem compensar toda a emissão delas com
crédito de carbono, sem procurar ações que reduzam as suas próprias
emissões. Como você avalia esse tipo de posicionamento e como isso vem
mudando ao longo dos anos?
C. V. – No passado, as empresas que emitiam muito CO2 acabavam
compensando isso comprando crédito de carbono, e muito pouco preocupadas
com o processo. O mundo está mudando. Ele não aceita mais você estragar
de um lado e compensar do outro.
O que você precisa fazer é tornar seus processos mais eficientes,
reduzir essas emissões, e fazer dessa aquisição de crédito de carbono
uma compensação de um pedaço dessas emissões que as empresas não
conseguiram reduzir. Essa composição de compensação com mudança de
processos vai sendo cada vez mais importante para as empresas. E é isso
que mostra que a empresa é realmente ambientalmente responsável.
Vocês atuam no Rio Grande do Sul? O ministro de Minas e Energia falou
em mais de R$ 1 bilhão em danos para o sistema por causa das chuvas.
Que impactos vocês sofreram?
C. V. – Temos um escritório em Bento Gonçalves, e a nossa primeira
preocupação foi dar suporte aos nossos colaboradores e clientes também,
entendendo como foram afetados. Fizemos campanhas internas da Comerc com
a consciência de que esse estado, realmente, vai precisar ser
reconstruído.
Estamos fazendo o possível para conseguir ajudar o estado, não na
questão da recomposição dessa linha de distribuição e transmissão,
porque isso está muito relacionado à questão da distribuidora, mas no
apoio à população do estado. É extremamente necessário.
Foi muito pesado para os clientes?
C. V. – Para alguns clientes, foi pesado, porque não puderam consumir
a energia e tiveram de parar fábricas. Tivemos de ajudá-los no sentido
de não terem nenhum prejuízo em relação à contratação de energia. E para
poderem ter a tranquilidade de que estamos atuando como parceiros deles
neste momento.
E a nova Bolsa de energia N5X? Como a entrada de uma Bolsa nova atua na transição energética?
C. V. – Já temos hoje uma Bolsa funcionando no mercado, que é uma
sociedade de vários agentes. Várias comercializadoras hoje têm um balcão
de negociação. A Bolsa é um sinal de liquidez. No nosso mercado, como
em qualquer mercado, quanto maior for a liquidez, melhor.
Ainda não pudemos verificar que efeito esse novo instrumento vai
trazer porque é muito novo, ainda está sendo desenvolvido, mas qualquer
mecanismo que traga liquidez e que tenha uma boa governança em relação à
comercialização de energia é muito bem-vindo. Esperamos que ações como
essa e outras tenham sucesso e tragam para o nosso mercado uma liquidez
com segurança. Como é um mercado muito volátil, não é muito fácil você
criar mecanismos de garantias, mas a experiência e o desenvolvimento
dessas Bolsas e desses balcões organizados acabam trazendo liquidez, e
isso é importante.
RAIO-X | CRISTOPHER VLAVIANOS, 59
O empresário, que cursou economia na Fecap (Fundação Escola de
Comércio Álvares Penteado), sem completar, fundou a Comerc Corretora de
Mercadorias aos 22 anos. Quase 15 anos depois, migrou para o setor de
energia. Foi CEO de empresas do grupo e assumiu o conselho de
administração em 2021
CIDADE DO MÉXICO, MÉXICO (FOLHAPRESS) – O México deve eleger a sua
primeira presidente neste domingo (2). Não são todas as mexicanas, no
entanto, que se sentem exatamente animadas unicamente pelo fato de que
as duas líderes nas pesquisas de intenção de voto são mulheres.
Em um país hostil a elas, com altas taxas de violência de gênero e de
violência política, as organizações sociais cobram Claudia Sheinbaum,
candidata governista, e Xóchitl Gálvez, nome da oposição, sobre quais
políticas elas colocarão em prática para reverter esse cenário desigual.
As respostas de ambas, surpreendentemente similares, vêm sendo
descritas como comedidas e insuficientes. É uma ideia generalizada de
que a representatividade de gênero, por si só, não é o suficiente.
A cada dia do primeiro trimestre deste ano duas mexicanas, em média,
foram assassinadas por fatores ligados a seu gênero, o chamado crime de
feminicídio; 177 mulheres denunciaram alguma agressão física; e ao menos
quatro casos de abuso sexual contra meninas chegaram ao conhecimento da
polícia, segundo dados oficiais do Estado.
Em alguns desses indicadores, houve ligeira queda no ano passado,
fator celebrado pelo governo de Andrés Manuel López Obrador, prestes a
se despedir do cargo após seis anos. Organizações feministas dizem que
essa realidade ainda não apareceu no dia a dia.
A Rede Nacional de Refúgios, que há 20 anos atua no atendimento a
mulheres e crianças vítimas de violência doméstica, diz ter registrado
aumento de 27% em seus atendimentos no primeiro quadrimestre. Em abril, o
número cresceu 39% em relação ao mesmo mês de 2023. Muitas mulheres
chegam após não conseguir acessar a ajuda estatal.
“As propostas das duas candidatas carecem de uma compreensão do
território nacional”, diz Wendy Figueroa, psicóloga que coordena a rede.
“São propostas feitas em escritório.”
Entre outras coisas, Claudia Sheinbaum, a candidata de López Obrador,
defende que o combate à violência doméstica seja feito com a retirada
do agressor da casa da família e que haja um apoio financeiro mensal
para mulheres de 60 a 64 anos, idade anterior à aposentadoria.
Xóchitl, uma mulher indígena e que relata ter sido vítima de
violência doméstica no passado, por sua vez, pleiteia políticas públicas
como a criação de um cartão com 5.000 pesos mensais (R$ 1.500) para que
mulheres vítimas de violência possam arcar com seus gastos.
Sobre a primeira ideia de Sheinbaum, Figueroa avalia que o plano é
insuficiente. Em contrapartida, a ativista defende que também sejam
fortalecidas as redes de abrigo para mulheres e menores vítimas de
agressão, um tema pouco falado na campanha.
Talvez uma das maiores frustrações de alguns setores feministas tenha
sido as declarações comedidas das duas em relação ao direito ao aborto,
em um país com presença ainda robusta da Igreja Católica.
No ano passado, a Suprema Corte exigiu que o Congresso alterasse o
Código Penal para retirar artigos que tornam a interrupção da gravidez
um crime. Mas Câmara e Senado ainda não legislaram sobre o tema.
Sheinbaum e Xóchitl dizem apenas que a decisão deve ser respeitada.
As duas também pleiteiam políticas de apoio às mulheres grávidas e à
primeira infância. O diagnóstico, afirma um membro da cúpula da campanha
de oposição, é de que muitas mulheres se vêm forçadas ao aborto por
falta de apoio e porque se sentem sozinhas. Não há pesquisas que
indiquem esse fator, que fica à cargo da subjetividade.
Ninde Molina, da ONG Abortistas MX, diz que seria importante uma voz
presidencial em defesa do direito de escolha. “Poderíamos conseguir
mudanças culturais mais rapidamente com esse incentivo e exemplo”,
afirma ela, que tampouco está animada com as eleições.
“Infelizmente, com López Obrador aprendemos a amarga lição de que
defender direitos das mulheres na campanha presidencial não
necessariamente significa operar por isso.”
O líder mexicano se gaba de ter ampliado de maneira expressiva a
verba destinada ao chamado Anexo 13, parte do orçamento nacional voltada
para o combate a desigualdades. De fato, o fez: de 2018, quando
assumiu, a este 2024, a verba com esse destino cresceu mais de 500%.
Há seis anos, o anexo recebia um montante correspondente a 0,2% do
PIB (Produto Interno Bruto) mexicano. No ano passado, eram 1,2%.
Mas estudiosos do tema dizem que o Anexo 13 tem poucas políticas
comprovadamente voltadas para combate à violência de gênero, por
exemplo. Estudo da ONG Fundar aponta que 89% do total é enviado para
programas sem distinção entre homens e mulheres, como um programa de
pensões para maiores de 65 anos que vem sendo descrito como o principal
programa social de López Obrador.
“O governo, que prometeu transversalizar as políticas de combate à
desigualdade, não está fazendo isso”, diz a pesquisadora Andrea Larios.
“A verba do anexo vai majoritariamente para programas que não estão
construídos com base em perspectiva de gênero e que não se justificam
sob esse aspecto, ainda que sejam importantes. Tampouco se pode medir
como esses programas avançam em igualdade de gênero.”
Sheinbaum, que capitaneia todas as pesquisas à frente de Xóchitl,
promete criar o que personifica como “uma República de mulheres”, uma
realidade da qual o país obviamente está muito distante.
Ao menos simbolicamente, a chegada da primeira mulher à chefia do
Executivo nacional vai coroar um índice do qual o México tem êxito: o de
participação política. Em ranking da ONU, a nação aparece em quarto
lugar, atrás de Ruanda, Cuba e Nicarágua, como aquela com mais paridade
de gênero nas vagas do Congresso (50%).
Mas também aí um outro desafio vem recordar os dilemas da República
hostil às mexicanas: o México tem altíssimos números de violência
política de gênero. Em 2022, foi considerado o líder global nesses
ataques, com 537, seguido pelo Brasil (327), de acordo com ranking da
Universidade de Georgetown, baseada em Washington.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou no dia 31, trechos da
lei aprovada pelo Congresso Nacional que reestrutura a carreira de
diversos cargos federais. Os vetos foram publicados em edição extra do
Diário Oficial da União (DOU).
Um dos trechos vetados permitia que servidores de agências
reguladoras pudessem exercer outra atividade profissional, desde que
observados o cumprimento da jornada do cargo, o horário de funcionamento
do órgão e se não houvesse conflitos de interesse. A justificativa dada
pelo presidente é de que a alteração na lei fere os princípios da
moralidade e eficiência e o grau de independência.
“Em que pese a boa vontade do legislador, a manutenção do regime
atual de proibição de exercício de outra atividade profissional assegura
a observância dos princípios da moralidade, da eficiência
administrativa e da isonomia e são meios proporcionais aptos a garantir a
indispensável isenção e independência dos servidores destas agências,
inclusive conflitos de interesses”, diz o veto.
O presidente vetou ainda um trecho que alterava o prazo de duração do
mandato dos membros da Diretoria da Agência Nacional de Mineração (ANM)
– a proposta enviada pelo Executivo tratava apenas da remuneração
dessas carreiras. O Congresso aprovou, no entanto, uma regra de
transição e determinou que apenas manteriam o mandato de quatro anos os
membros que, em maio de 2024, exerciam seu primeiro mandato.
“A norma é omissa quanto ao prazo de duração do mandato daqueles que
estão no segundo mandato, podendo gerar a interpretação de que podem ser
quatro ou cinco anos. Além disso, a situação narrada gera grave
insegurança jurídica, pois afeta a forma de funcionamento e composição
da diretoria colegiada da agência reguladora, o que pode acarretar
reflexos no ambiente regulado”, justifica o presidente.
Outro trecho vetado, por inconstitucionalidade, retirava a obrigação
de dedicação exclusiva aos ocupantes de cargos da carreira de Policial
Rodoviário Federal (PRF). “A regra, como se sabe, é a impossibilidade de
acumulação de cargos e empregos na Administração, sendo certo que as
exceções só são as permitidas constitucionalmente. Eventual exceção
demandaria alteração formal da Constituição, o que não é o caso”, avalia
o veto.
De cada dez homens, oito (83%) reconhecem que precisam cuidar mais da
própria saúde, mas parcelas significativas ainda identificam, no dia a
dia, empecilhos. De acordo com a pesquisa A Saúde do Brasileiro, do
Instituto Lado a Lado pela Vida, em parceria com o QualiBest, 51% deles
apontam a rotina estressante como o principal obstáculo e 32%, o acesso à
saúde. Ao todo, 63% disseram que se preocupam muito com a própria
saúde.
Para conhecer a percepção do grupo, a entidade entrevistou 815
pessoas, dos quais mais da metade (52%) é usuária do Sistema Único de
Saúde (SUS), pouco mais de um quarto (27%) utiliza o sistema suplementar
(planos e seguros de saúde) e cerca de um quinto (21%) usa ambos os
sistemas de saúde.
A equipe de sondagem apurou, ainda, que a proporção de homens que
dizem ir ao médico ao menos uma vez ao ano é significativa, de 88%. Um
ponto que se destaca é o fato de que 84% dos entrevistados disseram que
quem agenda as próprias consultas médicas são eles mesmos, restando 10%
que ainda dependem das companheiras para realizar essa tarefa em seu
lugar.
Embora haja os que permanecem delegando a responsabilidade, a
presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, Marlene Oliveira, avalia
que o que se viu, ao longo dos anos, foi progresso em relação a isso. “É
que a gente fala do Brasil, que tem dimensão continental. Tem regiões
em que o homem ainda tem preconceito muito forte e ele não se cuida. Mas
a campanha Novembro Azul tem cumprido seu papel, que é de orientação”,
explicou.
Muitas vezes, como ressalta Marlene, os homens acabam agravando
quadros de saúde que poderiam ter sido diagnosticados precocemente, o
que, inclusive, onera as redes de saúde, já que os tratamentos acabam
custando mais em fases mais avançadas.
“Nós temos um dado do ano passado, de uma pesquisa que fizemos, que é
o de que 62% dos homens só procuram o sistema de saúde se estão
sentindo algo insuportável”, revelou.
Dos homens que participaram da pesquisa e demonstraram preocupação
com o corpo, 42% deles assumiram estar acima do peso indicado. Desse
total, 31% têm sobrepeso de 6 quilos a 10 quilos, enquanto um quarto dos
entrevistados (25%) pesa, atualmente, 15 quilos a mais do que o ideal.
A pesquisa identificou ainda alguns tipos de tratamento que os homens
têm feito. No total, 16% dos respondentes informaram tratamento de
doenças do coração realizado nos últimos 5 anos; 15% trataram a
obesidade e 14% as doenças respiratórias. Uma porcentagem bastante
inferior, de apenas 3%, tratou algum tipo de câncer.
Marlene Oliveira defende que, por conta dos problemas relacionados ao
modelo de virilidade que a sociedade alimenta, que reforça a ideia de
que homens não podem ter fragilidades, as famílias fomentem discussões
sobre a saúde do homem desde cedo com os meninos, da mesma forma como
fazem a educação das meninas nesse âmbito, além de campanhas promovidas
pelo poder público.
“As meninas, a partir de 12, 13 anos, a gente já educa que vai ter
que acompanhar sua saúde ginecológica e outras coisas. E a gente,
mulher, se toca e acende um alerta quando percebe alguma coisa
diferente. O homem, não, vai convivendo com aquilo, porque acha que é
normal”.
É sempre bom refrescar memórias diante da naturalização de certas
aberrações na vida política nacional. O Supremo Tribunal Federal (STF)
declarou a inconstitucionalidade do chamado orçamento secreto em
dezembro de 2022. Um ano e meio antes, este jornal revelou ao País a
existência desse sofisticado esquema de compra de apoio parlamentar
urdido pelo governo do então presidente Jair Bolsonaro e lideranças do
Congresso. Na prática, porém, aquela correta decisão do STF não resistiu
ao teste do tempo – ou não “pegou”, como se costuma dizer por aqui
sobre leis ou decisões judiciais que viram letra morta, ignoradas
olimpicamente que são até por mandatários. O que “pegou” mesmo foi o
orçamento secreto.
Além da subversão da decisão da mais alta instância do Poder
Judiciário, uma daquelas aberrações por si só, há fartas evidências de
que o esquema, ao que parece, veio para ficar, ainda que o instrumento
técnico utilizado para sua perpetuação não seja mais a emenda de relator
(RP-9). Há poucos dias, o Estadão revelou que o
orçamento secreto não apenas segue vivíssimo no governo do presidente
Lula da Silva, como se converteu em valioso trunfo eleitoral neste ano
de eleições municipais. A rigor, nem de “moeda de troca” o esquema pode
mais ser chamado, pois ainda que o governo federal abra as comportas por
onde jorram as emendas parlamentares, oficiais e oficiosas, isso não se
reverte em apoio congressual minimamente confortável.
Ainda no campo das recordações, convém lembrar que Lula da Silva,
então candidato à Presidência da República, referiu-se a Bolsonaro como
um “bobo da corte” durante uma entrevista ao Jornal Nacional,
da TV Globo. Lula aludia ao fato de Bolsonaro ser um chefe de Estado e
de governo sem poder, pois era “refém do Congresso Nacional”, um
presidente que nem “sequer cuida do Orçamento”, afinal, disse o petista,
“quem cuida do Orçamento é o Lira”, em referência ao presidente da
Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Invertam-se as posições de
Lula e Bolsonaro quase dois anos depois e o quadro segue rigorosamente
inalterado. Como já sublinhamos nesta página, hoje, sob os auspícios de
Lula, vige o “orçamento secreto 2.0?.
Pois é esse esquema em tudo antidemocrático – rebatizado e
revigorado, mas igualmente inconstitucional – que tem não só alimentado o
apetite voraz de certos parlamentares por nacos do Orçamento, sobretudo
os que integram os grupos políticos liderados por Lira e pelo
presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), como turbinado as
pré-campanhas de candidatos espalhados Brasil afora que disputarão as
eleições municipais que se avizinham.
Uma parte dos recursos que outrora abasteciam o “orçamento secreto
1.0?, chamemos assim, passou à alçada do Poder Executivo a partir da
decisão do STF de 2022. O valor de R$ 19,4 bilhões previstos para
emendas RP-9 em 2023 foi redistribuído para sete Ministérios (R$ 9,85
bilhões) – Saúde, Cidades, Desenvolvimento e Assistência Social, Família
e Combate à Fome, Desenvolvimento Regional, Agricultura e Pecuária,
Esporte e Educação – e para a alínea das emendas RP-6, individuais (R$
9,6 bilhões). Entretanto, isso se descortinou como mera formalidade. À
margem da decisão do STF, a disposição desses recursos em sua totalidade
jamais saiu do raio de ação dos cupins do Orçamento no Congresso. Sem
que “padrinhos” e “madrinhas” dos repasses dessa bilionária verba
remanescente sejam identificados, as pastas têm transferido o dinheiro
para os municípios seguindo ordens de deputados e senadores – e fora do
alcance de controles institucionais claros e precisos para manejo de
recursos públicos, ainda que Executivo e Legislativo digam o contrário.
E sob essa opaca “gestão”, por assim dizer, a distribuição de uma
vultosa parte do Orçamento segue orientada por critérios eminentemente
políticos, e não técnicos – que dirá morais ou republicanos. Prefeituras
associadas a parlamentares recebem mais recursos do que outras somente
em razão dessa proximidade, e não por necessidades comprovadas. Além de
secreto, esse orçamento é só para quem tem padrinho.