O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou no dia 31, trechos da
lei aprovada pelo Congresso Nacional que reestrutura a carreira de
diversos cargos federais. Os vetos foram publicados em edição extra do
Diário Oficial da União (DOU).
Um dos trechos vetados permitia que servidores de agências
reguladoras pudessem exercer outra atividade profissional, desde que
observados o cumprimento da jornada do cargo, o horário de funcionamento
do órgão e se não houvesse conflitos de interesse. A justificativa dada
pelo presidente é de que a alteração na lei fere os princípios da
moralidade e eficiência e o grau de independência.
“Em que pese a boa vontade do legislador, a manutenção do regime
atual de proibição de exercício de outra atividade profissional assegura
a observância dos princípios da moralidade, da eficiência
administrativa e da isonomia e são meios proporcionais aptos a garantir a
indispensável isenção e independência dos servidores destas agências,
inclusive conflitos de interesses”, diz o veto.
O presidente vetou ainda um trecho que alterava o prazo de duração do
mandato dos membros da Diretoria da Agência Nacional de Mineração (ANM)
– a proposta enviada pelo Executivo tratava apenas da remuneração
dessas carreiras. O Congresso aprovou, no entanto, uma regra de
transição e determinou que apenas manteriam o mandato de quatro anos os
membros que, em maio de 2024, exerciam seu primeiro mandato.
“A norma é omissa quanto ao prazo de duração do mandato daqueles que
estão no segundo mandato, podendo gerar a interpretação de que podem ser
quatro ou cinco anos. Além disso, a situação narrada gera grave
insegurança jurídica, pois afeta a forma de funcionamento e composição
da diretoria colegiada da agência reguladora, o que pode acarretar
reflexos no ambiente regulado”, justifica o presidente.
Outro trecho vetado, por inconstitucionalidade, retirava a obrigação
de dedicação exclusiva aos ocupantes de cargos da carreira de Policial
Rodoviário Federal (PRF). “A regra, como se sabe, é a impossibilidade de
acumulação de cargos e empregos na Administração, sendo certo que as
exceções só são as permitidas constitucionalmente. Eventual exceção
demandaria alteração formal da Constituição, o que não é o caso”, avalia
o veto.
De cada dez homens, oito (83%) reconhecem que precisam cuidar mais da
própria saúde, mas parcelas significativas ainda identificam, no dia a
dia, empecilhos. De acordo com a pesquisa A Saúde do Brasileiro, do
Instituto Lado a Lado pela Vida, em parceria com o QualiBest, 51% deles
apontam a rotina estressante como o principal obstáculo e 32%, o acesso à
saúde. Ao todo, 63% disseram que se preocupam muito com a própria
saúde.
Para conhecer a percepção do grupo, a entidade entrevistou 815
pessoas, dos quais mais da metade (52%) é usuária do Sistema Único de
Saúde (SUS), pouco mais de um quarto (27%) utiliza o sistema suplementar
(planos e seguros de saúde) e cerca de um quinto (21%) usa ambos os
sistemas de saúde.
A equipe de sondagem apurou, ainda, que a proporção de homens que
dizem ir ao médico ao menos uma vez ao ano é significativa, de 88%. Um
ponto que se destaca é o fato de que 84% dos entrevistados disseram que
quem agenda as próprias consultas médicas são eles mesmos, restando 10%
que ainda dependem das companheiras para realizar essa tarefa em seu
lugar.
Embora haja os que permanecem delegando a responsabilidade, a
presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, Marlene Oliveira, avalia
que o que se viu, ao longo dos anos, foi progresso em relação a isso. “É
que a gente fala do Brasil, que tem dimensão continental. Tem regiões
em que o homem ainda tem preconceito muito forte e ele não se cuida. Mas
a campanha Novembro Azul tem cumprido seu papel, que é de orientação”,
explicou.
Muitas vezes, como ressalta Marlene, os homens acabam agravando
quadros de saúde que poderiam ter sido diagnosticados precocemente, o
que, inclusive, onera as redes de saúde, já que os tratamentos acabam
custando mais em fases mais avançadas.
“Nós temos um dado do ano passado, de uma pesquisa que fizemos, que é
o de que 62% dos homens só procuram o sistema de saúde se estão
sentindo algo insuportável”, revelou.
Dos homens que participaram da pesquisa e demonstraram preocupação
com o corpo, 42% deles assumiram estar acima do peso indicado. Desse
total, 31% têm sobrepeso de 6 quilos a 10 quilos, enquanto um quarto dos
entrevistados (25%) pesa, atualmente, 15 quilos a mais do que o ideal.
A pesquisa identificou ainda alguns tipos de tratamento que os homens
têm feito. No total, 16% dos respondentes informaram tratamento de
doenças do coração realizado nos últimos 5 anos; 15% trataram a
obesidade e 14% as doenças respiratórias. Uma porcentagem bastante
inferior, de apenas 3%, tratou algum tipo de câncer.
Marlene Oliveira defende que, por conta dos problemas relacionados ao
modelo de virilidade que a sociedade alimenta, que reforça a ideia de
que homens não podem ter fragilidades, as famílias fomentem discussões
sobre a saúde do homem desde cedo com os meninos, da mesma forma como
fazem a educação das meninas nesse âmbito, além de campanhas promovidas
pelo poder público.
“As meninas, a partir de 12, 13 anos, a gente já educa que vai ter
que acompanhar sua saúde ginecológica e outras coisas. E a gente,
mulher, se toca e acende um alerta quando percebe alguma coisa
diferente. O homem, não, vai convivendo com aquilo, porque acha que é
normal”.
É sempre bom refrescar memórias diante da naturalização de certas
aberrações na vida política nacional. O Supremo Tribunal Federal (STF)
declarou a inconstitucionalidade do chamado orçamento secreto em
dezembro de 2022. Um ano e meio antes, este jornal revelou ao País a
existência desse sofisticado esquema de compra de apoio parlamentar
urdido pelo governo do então presidente Jair Bolsonaro e lideranças do
Congresso. Na prática, porém, aquela correta decisão do STF não resistiu
ao teste do tempo – ou não “pegou”, como se costuma dizer por aqui
sobre leis ou decisões judiciais que viram letra morta, ignoradas
olimpicamente que são até por mandatários. O que “pegou” mesmo foi o
orçamento secreto.
Além da subversão da decisão da mais alta instância do Poder
Judiciário, uma daquelas aberrações por si só, há fartas evidências de
que o esquema, ao que parece, veio para ficar, ainda que o instrumento
técnico utilizado para sua perpetuação não seja mais a emenda de relator
(RP-9). Há poucos dias, o Estadão revelou que o
orçamento secreto não apenas segue vivíssimo no governo do presidente
Lula da Silva, como se converteu em valioso trunfo eleitoral neste ano
de eleições municipais. A rigor, nem de “moeda de troca” o esquema pode
mais ser chamado, pois ainda que o governo federal abra as comportas por
onde jorram as emendas parlamentares, oficiais e oficiosas, isso não se
reverte em apoio congressual minimamente confortável.
Ainda no campo das recordações, convém lembrar que Lula da Silva,
então candidato à Presidência da República, referiu-se a Bolsonaro como
um “bobo da corte” durante uma entrevista ao Jornal Nacional,
da TV Globo. Lula aludia ao fato de Bolsonaro ser um chefe de Estado e
de governo sem poder, pois era “refém do Congresso Nacional”, um
presidente que nem “sequer cuida do Orçamento”, afinal, disse o petista,
“quem cuida do Orçamento é o Lira”, em referência ao presidente da
Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Invertam-se as posições de
Lula e Bolsonaro quase dois anos depois e o quadro segue rigorosamente
inalterado. Como já sublinhamos nesta página, hoje, sob os auspícios de
Lula, vige o “orçamento secreto 2.0?.
Pois é esse esquema em tudo antidemocrático – rebatizado e
revigorado, mas igualmente inconstitucional – que tem não só alimentado o
apetite voraz de certos parlamentares por nacos do Orçamento, sobretudo
os que integram os grupos políticos liderados por Lira e pelo
presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), como turbinado as
pré-campanhas de candidatos espalhados Brasil afora que disputarão as
eleições municipais que se avizinham.
Uma parte dos recursos que outrora abasteciam o “orçamento secreto
1.0?, chamemos assim, passou à alçada do Poder Executivo a partir da
decisão do STF de 2022. O valor de R$ 19,4 bilhões previstos para
emendas RP-9 em 2023 foi redistribuído para sete Ministérios (R$ 9,85
bilhões) – Saúde, Cidades, Desenvolvimento e Assistência Social, Família
e Combate à Fome, Desenvolvimento Regional, Agricultura e Pecuária,
Esporte e Educação – e para a alínea das emendas RP-6, individuais (R$
9,6 bilhões). Entretanto, isso se descortinou como mera formalidade. À
margem da decisão do STF, a disposição desses recursos em sua totalidade
jamais saiu do raio de ação dos cupins do Orçamento no Congresso. Sem
que “padrinhos” e “madrinhas” dos repasses dessa bilionária verba
remanescente sejam identificados, as pastas têm transferido o dinheiro
para os municípios seguindo ordens de deputados e senadores – e fora do
alcance de controles institucionais claros e precisos para manejo de
recursos públicos, ainda que Executivo e Legislativo digam o contrário.
E sob essa opaca “gestão”, por assim dizer, a distribuição de uma
vultosa parte do Orçamento segue orientada por critérios eminentemente
políticos, e não técnicos – que dirá morais ou republicanos. Prefeituras
associadas a parlamentares recebem mais recursos do que outras somente
em razão dessa proximidade, e não por necessidades comprovadas. Além de
secreto, esse orçamento é só para quem tem padrinho.
Por mais que se explique o porquê, o brasileiro não entende e parece
que jamais entenderá o motivo para nosso carro custar tão caro, ou pelo
menos mais caro do que outros países. Isso acontece em função da
tributação, ou seja, da avidez do governo federal pelos impostos.
Poucos imaginam que ao comprar um automóvel, de cada R$100 pagos, R$
43 ficam para os cofres públicos. Por isso, não tem sentido comparar o
preço de venda dos nossos modelos com os comercializados nos Estados
Unidos ou na Europa.
Um bom exemplo disso foram os primeiros elétricos chineses que
chegaram no mercado com preço reduzido, incomodando os produzidos no
Brasil. O governo rapidamente cortou a isenção dos impostos de
importação e seu preço já vai se distanciando dos nacionais.
Carros a gasolina são trocados a cada 12 anos, enquanto carros elétricos são renovados a cada 3, aponta estudo
História de Viny Mathias – IGN Brasil
Num mundo onde a longevidade dos automóveis parece estar a aumentar
constantemente, as pessoas estão a adiar a compra de um veículo novo por
mais tempo do que nunca. Segundo um estudo realizado pela S&P Global Mobility nos Estados Unidos, a idade média dos veículos atingiu 12,5 anos, marcando assim um recorde nos últimos seis anos. Que fatores estão por trás dessa tendência crescente?
Um dos principais impulsionadores dessa tendência foi a falta de
estoque nas concessionárias nos últimos anos, fazendo com que os
consumidores optassem por manter seus carros atuais por mais tempo. Além
disso, a inflação e as taxas de juro mais elevadas também contribuíram
para a redução da procura de veículos novos, levando a uma maior
retenção de carros mais antigos.
Mas e os veículos elétricos em meio a esse cenário em mudança?
Surpreendentemente, os carros elétricos estão contrariando essa
tendência de longevidade. De acordo com o estudo realizado em 2023, a
idade média dos veículos elétricos nos Estados Unidos é de apenas 3,6 anos,
marcando uma diminuição em relação aos anos anteriores. Esta redução da
idade média dos veículos elétricos deve-se em parte ao avanço
tecnológico e à crescente disponibilidade de opções no mercado. À medida
que mais fabricantes investem em veículos elétricos e a infraestrutura
de carregamento se expande, os consumidores optam por atualizar os seus
carros com mais frequência. No entanto, nem tudo são boas notícias para
os elétricos. Apesar da sua popularidade crescente, o estudo também
descobriu que 6,6% dos veículos elétricos em operação ficaram fora de
serviço durante um período de 10 anos, em comparação com apenas 5,2% dos
veículos de combustão. Isto sugere que ainda existem desafios a superar
em termos de durabilidade e fiabilidade dos veículos elétricos. Este
foi o sexto ano consecutivo de aumentos na idade média dos veículos, com
o maior aumento anual desde a recessão de 2008-09. Naquela altura, a
diminuição da procura de veículos novos acelerou o envelhecimento da
frota. Em 2022, a idade média foi empurrada para cima por conta das
restrições de oferta e à redução da procura, com as taxas de juro e a
inflação espantando os consumidores no segundo semestre do ano.
Enquanto os consumidores optam por manter os seus veículos a gasolina
por mais tempo, os elétricos contrariam esta tendência, oferecendo uma
opção mais atrativa e tecnologicamente avançada. À medida que o mercado
de carros elétricos continua a evoluir, será interessante ver como os
hábitos de compra e utilização dos consumidores mudam no futuro.
Fernando Sapata, Diretor de Pessoas, Cultura e Encantamento na Select Soluções
Mirar em pontos-chave traz consequências positivas dentro do
cenário geral da empresa, impactando positivamente na saúde do
colaborador e resultando em um ambiente mais proativo e acolhedor
São Paulo, abril de 2024 – “Por que você trabalha na
sua atual empresa? Quando alguém lhe pede indicação para um novo
emprego, você a recomenda?” Na maioria dos casos, a resposta a essas
duas perguntas está relacionada aos benefícios que são oferecidos aos
funcionários, como salários e convênios. Porém, antes desses fatores
entrarem na equação, existe um questionamento-chave que deve ser levado
em consideração: você se sente bem no meu ambiente de trabalho?
Uma pesquisa da Microsoft levantou que, em 2021, 18% das pessoas
pediram demissão quando perceberam que sua rotina de trabalho não estava
mais alinhada com suas prioridades – e não acaba aí: um levantamento da
Gallup deste ano também apontou que 44% dos colaboradores em empresas
ao redor do mundo se sentem estressados no dia a dia corporativo. Sendo
assim, um bom ambiente de trabalho previne que problemas, tanto de saúde
quanto pessoais, afetem os funcionários e a empresa.
Para Fernando Sapata, Diretor de Pessoas, Cultura e Encantamento na Select Soluções, uma
empresa que oferece soluções utilizando a tecnologia cloud da Amazon
Web Services (AWS), pensar sobre o próprio bem-estar no trabalho, causa
uma certa familiaridade com o conceito de encantamento em uma empresa.
“Quando um funcionário se sente pertencente à empresa em que trabalha,
podemos dizer que ele está encantado. Em outras palavras, os ideais
pessoais estão alinhados aos da corporação, resultando em um ambiente
proativo e harmonioso. Trata-se, portanto, de um lugar que trata seus
colaboradores não como mão de obra, mas sim como seres humanos, com suas
próprias necessidades,individualidades e sonhos”, explica.
Mas afinal, o que significa encantar funcionários?
O encantamento está intrinsecamente ligado ao trabalho interno da
empresa, voltado ao seu ecossistema e também à humanização do
colaborador. É um branding corporativo pensado nos funcionários, capaz
de traduzir e comunicar a eles as práticas e os valores da corporação;
os resultados dessa prática, obviamente, são sempre positivos. “Para que
possa encantar, um líder precisa ver o liderado como ser humano. Qual é
o sonho dessa pessoa? É papel de um bom gestor encontrar meios para
fazê-lo acontecer. O melhor exemplo disso está na promoção de
funcionários: em vez de oferecermos somente aumentos e benefícios,
pensamos em como alinhar os nossos processos para oferecer oportunidades
que estejam alinhadas com esse sonho pessoal do colaborador, com isso
fazemos com que ele se sinta pertencente à equipe”, diz.
De acordo com ele, outra possibilidade é trazer o time geral para
decisões importantes para a empresa. “Isso pode acontecer em reuniões de
criação e implementação de produtos, não focando as decisões apenas no
parecer do time técnico – todos os funcionários têm experiências
valiosas que podem ser aproveitadas durante reuniões. Afinal, todas as
pessoas da corporação, independentemente de sua função dentro dela,
serão impactadas pelo sucesso do produto depois de implementado”,
ressalta Sapata.
É preciso transformar a empresa em um local na qual as pessoas se
sintam valorizadas pelo que são, e não necessariamente pela função que
exercem. Abaixo, o especialista lista as principais dicas para alcançar
esse objetivo. Confira:
1. Adotar ferramentas para medir o nível de encantamento: “O
principal meio de medir o nível de encantamento e, consequentemente, a
satisfação dos funcionários é aplicar pesquisas do tipo NPS (net promoter score),
sempre levando em consideração o anonimato das pessoas. É importante
que esses questionários tenham uma frequência regular e elevada, a fim
de que os gestores possam visualizar e trabalhar com mais facilidade os
fatores que receberam uma nota baixa”, entende.
2. Oriente o time executivo da empresa: “É
necessário estabelecer um responsável do time executivo para entrar em
contato pessoalmente para entender o que aconteceu em caso de nota
baixa. Deve-se levar em consideração os três tipos de NPS: colaborador,
cliente e parceiros. Quando uma pessoa se dispõe a investigar e entender
o feedback negativo ‘direto da fonte’, a empresa consegue se preparar
melhor para mitigar os pontos negativos que os avaliadores encontram nos
serviços prestados”, orienta o Diretor de Encantamento da Select.
3. A empresa deve fugir apenas do básico: “Pagar o
salário em dia e tratar seus funcionários com sensibilidade é o mínimo
do mínimo em qualquer ambiente corporativo. Quanto mais a corporação
mostrar que está atenta às necessidades de seus colaboradores, maiores
as chances destes de demonstrarem satisfação em relação ao ambiente de
trabalho”, alerta.
4. Estabeleça uma boa comunicação com os funcionários: “Existem
algumas alternativas que podem ser adotadas por grandes empresas para
que todos os colaboradores sejam alcançados, como ter um canal de
comunicação direto para tratar de variados assuntos e também um canal
anônimo para denúncias dentro da corporação; traçar objetivos, de forma
estratégica, sobre como funcionam determinados setores da empresa; e
investir em multiplicadores, ou seja, mostrar ao funcionário o que é o
processo e o que ele deve/pode esperar do encantamento. Esses são alguns
métodos para espalhar a cultura do ambiente de trabalho e incentivar
que ela seja adotada e seguida pelos demais funcionários, formando o
pilar do encantamento”, finaliza Fernando Sapata.
Sobre a Select Soluções
No mercado desde 2016, a Select nasceu da vontade de criar soluções
inteligentes, inovadoras e de baixo custo para as necessidades do
mercado nacional e internacional. Com mais de 20 anos de experiência dos
seus fundadores em diversas áreas da tecnologia e negócios, e um time
composto por especialistas altamente certificados e reconhecidos
internacionalmente, a Select Soluções criou nos últimos anos mais de 9
pilares entre soluções e serviços, focados em ajudar empresas na
transformação digital e tornarem seus negócios rentáveis. São parceiros
exclusivos da Amazon Web Services (AWS), e tem um portfólio de serviços
amplo, agregando inteligência dentro de um ambiente seguro, consolidado e
em constante transformação. Saiba mais: https://www.selectsolucoes.com.br/
O que é marketplace e por que investir nessa plataforma
ÚnicaPropaganda e Moysés Peruhype Carlech
Milhares de internautas utilizam o marketplace diariamente para fazer
compras virtuais. Mas muitos ainda desconhecem seu conceito e como ele
funciona na compra e venda de produtos.
Afinal, o que é marketplace?
O marketplace é um modelo de negócio online que pode ter seu funcionamento comparado ao de um shopping center.
Ao entrar em um shopping com a intenção de comprar um produto
específico, você encontra dezenas de lojas, o que lhe permite pesquisar
as opções e os preços disponibilizados por cada uma delas. Além de
comprar o que você planejou inicialmente, também é possível consumir
outros produtos, de diferentes lojas, marcas e segmentos.
Leve isso ao mundo virtual e você entenderá o conceito de
marketplace: um lugar que reúne produtos de diversas lojas, marcas e
segmentos. A diferença é que no ambiente virtual é mais fácil buscar
produtos, e existe a facilidade de comprar todos eles com um pagamento
unificado.
Os principais marketplaces do Brasil
A Amazon foi a primeira a popularizar esse modelo de negócio pelo mundo, e até hoje é a maior referência no assunto
No Brasil, o marketplace teve início em 2012. Quem tornou a
plataforma mais conhecida foi a CNova, responsável pelas operações
digitais da Casas Bahia, Extra, Ponto Frio, entre outras lojas.
Hoje, alguns nomes conhecidos no marketplace B2C são: Americanas,
Magazine Luiza, Netshoes, Shoptime, Submarino e Walmart. No modelo C2C,
estão nomes como Mercado Livre e OLX. Conheça os resultados de algumas
dessas e de outras lojas no comércio eletrônico brasileiro.
Aqui no Vale do Aço temos o marketplace da Startup Valeon que é uma
Plataforma Comercial de divulgação de Empresas, Serviços e Profissionais
Liberais que surgiu para revolucionar o comércio do Vale do Aço através
de sua divulgação online.
Como escolher o marketplace ideal para sua loja
Para ingressar em um marketplace, é preciso cadastrar sua loja,
definir os produtos que serão vendidos e iniciar a divulgação. Mas é
fundamental levar em consideração alguns pontos importantes antes de
decidir onde incluir sua marca:
Forma de cobrança: cada marketplace possui seu modelo de comissão
sobre as vendas realizadas, que pode variar de 9,5% a 30%. O que
determina isso é a menor ou maior visibilidade que o fornecedor
atribuirá a seus produtos. Ou seja, o lojista que quer obter mais
anúncios para seus produtos e as melhores posições em pesquisas pagará
uma comissão maior.
Na Startup Valeon não cobramos comissão e sim uma pequena mensalidade para a divulgação de seus anúncios.
Público-alvo: ao definir onde cadastrar sua loja, é essencial
identificar em quais marketplaces o seu público está mais presente.
Garantimos que na Valeon seu público alvo estará presente.
Concorrentes: avalie também quais são as lojas do mesmo segmento que
já fazem parte da plataforma e se os seus produtos têm potencial para
competir com os ofertados por elas.
Felizmente não temos concorrentes e disponibilizamos para você cliente e consumidores o melhor marketplace que possa existir.
Reputação: para um marketplace obter tráfego e melhorar seus
resultados em vendas precisa contar com parceiros que cumpram suas
promessas e atendam aos compradores conforme o esperado. Atrasos na
entrega, produtos com qualidade inferior à prometida e atendimento
ineficiente são fatores que afastam os usuários que costumam comprar
naquele ambiente virtual. Ao ingressar em um marketplace, certifique-se
de que a sua loja irá contribuir com a boa reputação da plataforma e
pesquise as opiniões de compradores referentes às outras lojas já
cadastradas.
Temos uma ótima reputação junto ao mercado e consumidores devido a seriedade que conduzimos o nosso negócio.
Vantagens do marketplace
A plataforma da Valeon oferece vantagens para todos os envolvidos no comércio eletrônico. Confira abaixo algumas delas.
Para o consumidor
Encontrar produtos de diversos segmentos e preços competitivos em um único ambiente;
Efetuar o pagamento pelos produtos de diferentes lojistas em uma única transação.
Para o lojista
Ingressar em um comércio eletrônico bem visitado e com credibilidade, o que eleva a visibilidade de seus produtos;
Fazer parte de uma estrutura completa de atendimento e operação de
vendas com um menor investimento, considerando que não será necessário
pagar um custo fixo básico, como aconteceria no caso de investir na
abertura de uma loja física ou online.
Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:
• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;
• Atraímos visualmente mais clientes;
• Somos mais dinâmicos;
• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;
• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;
• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.
• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em
buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para
impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as
suas vendas.
Para o Marketplace
Dispor de uma ampla variedade de produtos em sua vitrine virtual, atraindo ainda mais visitantes;
Conquistar credibilidade ao ser reconhecido como um e-commerce que
reúne os produtos que os consumidores buscam, o que contribui até mesmo
para fidelizar clientes.
Temos nos dedicado com muito afinco em melhorar e
proporcionar aos que visitam o Site uma boa avaliação do nosso canal
procurando captar e entender o comportamento dos consumidores o que nos
ajuda a incrementar as melhorias e campanhas de marketing que
realizamos.
Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (App)
Uma análise crítica da ofensiva contínua
das elites financeiras contra os direitos sociais garantidos pela
Constituição de 1988 e o impacto das políticas de austeridade no Brasil.
Por Paulo Kliass – de Brasília
A campanha orquestrada pela nata de nossas elites financeiras contra
qualquer medida de apoio a políticas públicas dirigidas à maioria da
população brasileira teve início antes mesmo da votação e promulgação de
nossa nova Constituição em 1988. Em julho daquele ano, O Presidente da
República, José Sarney, foi à televisão alertar que o Brasil se
transformaria em um país “ingovernável” caso o projeto da nova Carta
fosse aprovado pelos constituintes. Essa estratégia de criar um ante
clima do apocalípse se manteve ao longo de todo o período até os dias de
hoje. Mas o fato é que meses depois daquela ameaça, o texto foi
aprovado por uma ampla maioria. À época ele dizia que os riscos
envolviam uma
A realidade é que o nosso País adotava um conjunto de regras para o
futuro de suas gerações, um horizonte que se abria com o fim da ditadura
militar, com a adoção de propostas que iam na contramão das
recomendações que o paradigma do Consenso de Washington espalhava pelo
resto do mundo. Enquanto a regra geral era aquela do Estado mínimo, por
aqui a nova Constituição apontava para um modelo um pouco inspirado nas
experiências do Estado de Bem Estar Social dos países europeus. Assim, o
texto não estabelecia nenhuma prioridade para processos de privatização
de empresas estatais. Aliás, pelo contrário, os dispositivos apontavam
para a necessidade da presença pública em setores estratégicos e para a
oferta de serviços sociais básicos pelo governo. Esse é o caso da
educação, da saúde e da previdência social, dentre tantos outros.
As elites e a Constituição de 1988
Apesar da aprovação do documento, as tentativas para sua revisão e
alteração nunca mais saíram da agenda do conservadorismo liderado pelo
capital financeiro. O Brasil atravessou todas as décadas de hegemonia do
neoliberalismo e sofreu as consequências de tais proposições. Assim
foram os processos de privatização ocorridos ao longo da década de 1990 e
a generalização das ideias de liberalização de toda a ordem. No que se
refere à introdução do espírito da austeridade fiscal a todo o custo,
tivemos a aprovação da Lei Complementar de Responsabilidade Fiscal (LRF)
em 2000 e o posterior teto de gastos em 2016. Este último implicou a
inusitada introdução do espírito da austeridade fiscal na própria
Constituição, por meio da Emenda Constitucional (EC) 95.
A estratégia para o momento atual envolve a combinação do reforço da
suposta inevitabilidade da austeridade fiscal com a necessidade de
redução do espaço do setor público na oferta de serviços para o conjunto
da sociedade. Assim, tal como alertado por todos os economistas do
campo progressista, o Novo Arcabouço Fiscal (NAF) começa por apresentar
sua fatura. O modelo foi colocado em movimento por meio da Lei
Complementar nº 200/2023, aprovada pelo Congresso Nacional com base em
um projeto elaborado pelo Ministro Haddad de depois de consultas e
negociações junto ao presidente do Banco Central (BC) e mais meia dúzia
de banqueiros privados. O espírito da austeridade fiscal se manteve, em
uma versão mais light, se comparada ao teor draconiano do teto de gastos de Temer.
Capital financeiro: cruzada contra direitos sociais
Como o modelo segue montado na diretriz de promover equilíbrio nas
contas governamentais com base na contenção de despesas, o arcabouço
continha em seu interior uma espécie de bomba de efeito retardado, uma
vez que a existência de salvaguardas constitucionais para determinados
grupos de gastos orçamentários promoveria o esmagamento dos demais.
Ocorre que a luz vermelha começou a piscar bem antes do previsto. O novo
regramento não chegou a completar nem mesmo um ano de existência e as
vozes do conservadorismo retomaram seus ataques de forma mais virulenta.
A intenção do momento é eliminar as garantias de pisos constitucionais
atrelados à arrecadação tributária e reduzir o impacto do gasto
previdenciário.
Isso significa colocar em prática o sonho não realizado de Henrique
Meirelles, Paulo Guedes e do conjunto dos agentes operadores do
financismo. Desconstitucionalizar, desindexar e desvincular as chamadas
“despesas obrigatórias”. As mais cobiçadas pela turma da finança são a
saúde, a educação e a previdência social. Afinal, com esse movimento
eles alcançam dois objetivos: i) reduzem as despesas públicas,
alcançando o sacrossanto superávit primário; e ii) abrem espaço para
ampliar a participação do capital privado na oferta deste tipo de
serviço público.
Mas o inusitado é que tal mudança esteja ocorrendo durante um governo
do Partido dos Trabalhadores (PT), ao longo do terceiro mandato de
Lula. Tudo começou com as nada singelas manifestações de secretários
nacionais da área econômica, alertando para a necessidade de retirar os
pisos constitucionais de saúde e de educação. Em seguida, os titulares
das pastas também reforçaram o coro de destruição das políticas públicas
essenciais. Tanto Fernando Haddad quanto Simone Tebet se manifestavam a
favor da desvinculação dos benefícios previdenciários em relação ao
valor do salário mínimo. Uma loucura!
Falso consenso em torno da austeridade
Pois ao longo do último fim de semana, o ataque do financismo por
meio dos jornais, revistas, redes da internet, rádio e televisão foi
ainda mais reforçado. A estratégia envolve ganhar o apoio da opinião
pública para as medidas “duras” e isolar politicamente Lula e qualquer
capacidade de resistência dos setores progressistas. O clima de
catastrofismo volta à cena política, alertando para um apocalípse caso
nada seja feito para conter a gastança, os rombos e a dita
irresponsabilidade fiscal. O precipício estaria logo ali na frente e o
governo nada faz para impedir que tudo exploda. O caminho para esse
pessoal seria o de criar uma espécie de falsa unanimidade construída em
torno da necessidade de mais um desastre austericida.
Os grandes meios de comunicação não economizaram em suas baterias de ataque ao longo dos últimos dias:
(…) “despesas obrigatórias vão anular espaço para gastos ou ampliar déficit” (…) – [Folha/UOL]
(…) “o peso das vinculações de despesas no problema fiscal do país” (…) – [Valor Econômico/Globo]
(…) “pisos de saúde e educação vão consumir todo o espaço das despesas não obrigatórias até 2028” (…) – [Estadão]
(…) “a cruzada solitária de Fernando Haddad e Simone Tebet” (…) – [Veja]
(…) “Regras automáticas de crescimento de despesas tornam mais difícil ajuste fiscal” (…) – [Isto É]
E dá-lhe abrir espaço para entrevistas e declarações de supostos
“especialistas” em assuntos de política fiscal e de economia em geral.
No entanto, como costuma acontecer, o viés da escolha recai apenas e tão
somente sobre banqueiros, diretores de instituições financeiras e ex
ocupantes de cargos no governo federal indicados pela nata do
financismo. Nesse assunto e neste momento, os grandes meios de
comunicação não abrem espaço para o contraditório e para opiniões de
analistas que tenham uma visão divergente a respeito do diagnóstico e
das propostas para superar as dificuldades existentes.
Trata-se de uma verdadeira operação de guerra, uma autêntica blitzkrieg,
com o objetivo de destruir todo e qualquer obstáculo que se coloque à
frente da máquina destruidora dos direitos sociais e asfixiadora das
opiniões que pretendam questionar o pensamento hegemônico, ainda
herdeiro do defunto paradigma neoliberal. A atual avalanche de
posicionamentos de mesma natureza aqui no Brasil lembra muito o início
da construção de um aparente consenso a respeito do modelo que viria a
substituir as propostas de Estado de Bem Estar Social e as opções de
política econômica que incorporassem a presença do setor público.
Lula precisa se manifestar contra a destruição
A partir de alguns polos do pensamento acadêmico nas universidades
norte-americanas e com o apoio institucional dos organismos
multilaterais (a exemplo do Fundo Monetário Internacional e do Banco
Mundial), consolidou-se a ideia de que não haveria alternativa a esse
movimento hiper conservador. Era o momento de Ronald Reagan nos EUA e de
Margareth Tatcher no Reino Unido, ao passo em que a palavra de ordem
era traduzida pelo acrônimo TINA, do inglês, There is no alternative.
Ocorre que, depois de quatro décadas, o mundo se transformou e o Brasil
segue sendo um dos poucos países onde o establishment do financismo se
mantém ativo como órfão de um sistema que se apresenta em decomposição
pelo resto do mundo.
Infelizmente os atuais ocupantes do Ministério da Fazenda e do
Planejamento continuam rezam pela cartilha ultrapassada. Insistem na
estratégia do austericídio e não têm nenhuma vergonha ou prurido em
sugerir a destruição de conquistas socias relevantes, que estão
expressas por garantias constitucionais para saúde, educação e
previdência social. Com a operação em curso promovida pela elite do
sistema financeiro, é fundamental que o Presidente Lula estabeleça os
limites de seu governo. Ele precisa se manifestar de forma urgente,
antes que uma nova suposta unanimidade seja construída socialmente em
torno da inexorabilidade de mais um ajuste estrutural conservador.
Paulo Kliass é doutor em economia e membro da carreira de Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental do governo federal.
As opiniões aqui expostas não representam necessariamente a opinião do Correio do Brasil
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma confusão entre entidades que
representam os professores federais marca a greve da categoria por
aumento salarial.
O Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino
Superior) defende continuar a mobilização até que o governo Lula (PT)
aceite dar um reajuste ainda neste ano.
Enquanto isso, a Proifes (Federação de Sindicatos de Professores e
Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino
Básico Técnico e Tecnológico) já assinou acordo com o Ministério da
Gestão e Inovação em Serviços Públicos e pede pelo retorno às aulas nas
universidades.
O trato, porém, foi suspenso pela Justiça Federal nesta quarta-feira (29).
As partes possuem um longo histórico de embates desde o início dos
anos 2000, e as discussões ficam mais ríspidas a cada confronto.
Ligada ao PT (Partido dos Trabalhadores), a Proifes foi fundada em
2004 por dissidentes do Andes. Ela é uma federação de vários sindicatos.
Desde sua criação, a entidade foi responsável por assinar acordos para
encerramento das grandes greves de professores federais –2008, 2012 e
2015.
Em todas as oportunidades, o Andes foi contra e acusou seu algoz de
ser subserviente ao governo, praticando um “sindicalismo chapa branca”,
discurso repetido neste ano.
Hoje, a Proifes representa 11 universidades e institutos federais,
entre elas a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a Universidade
Federal de Santa Catarina e a Universidade Federal do Pará.
Por sua vez, o Andes é uma entidade mais antiga e abrangente. Foi
criado em 1981, sendo o primeiro sindicato de professores federais no
país.
Problemas na organização surgiram em 2004, quando ela se aproximou do
Psol e, segundo críticos, passou a defender mais o embate virulento que
a busca por direitos trabalhistas, além de servir como palanque para
críticos ao petismo.
Foi naquele mesmo período a debandada de alguns membros para fundação do Proifes.
Hoje, o Andes representa mais de 60 universidades federais em todos
os estados do país. Apesar de possuir muito mais associados em
comparação ao Proifes, o governo os recebe em condições de igualdade a
cada negociação, irritando o Andes.
JUSTIÇA BARRA ACORDO
Nesta quarta, a 3ª Vara Federal de Sergipe proibiu o governo de
fechar acordo salarial apenas com a Proifes. O Ministério da Gestão e da
Inovação em Serviços Públicos havia anunciado, na segunda (27), um
trato com o sindicato pelo fim da paralisação. O reajuste seria de 9% em
janeiro de 2025 e de 3,5% em maio de 2026. Com a decisão, o arranjo
está suspenso.
A ação foi movida pela Associação dos Docentes da Universidade
Federal de Sergipe, um braço do Andes. Na decisão, o juiz Edmilson da
Silva Pimenta diz que um acordo da gestão Lula (PT) com apenas uma
entidade pode prejudicar os “direitos pleiteados pelo movimento
paredista dos docentes que não são representados pela referida
entidade”.
Não há ainda um consenso científico sobre a questão. Quanto maior a
variedade de métodos utilizados no ensino, melhor será o resultado
alcançado.O filósofo grego Sócrates acreditava que as ideias escritas
caiam no esquecimento. Agora, milhares de anos depois, estamos na
posição privilegiada de poder discutir o pensamento de Sócrates, porque
ele foi justamente escrito. Hoje em dia, comentaristas dizem com
frequência que a palavra escrita, ou seja, os livros, é melhor do que
computadores para o ensino.
O argumento usado para justificar essa afirmativa é o mesmo de
Sócrates em relação à escrita: o esquecimento. À medida que cada vez
mais salas de aula trocam os livros impressos por obras e outros
materiais digitais, pesquisadores analisam o impacto dessa mudança sobre
o aprendizado das crianças.
O campo é novo e ainda não há consenso científico sobre o que é
melhor para o aprendizado das crianças, se são os livros ou os
dispositivos digitais.
Um estudo realizado em escolas de ensino fundamental em Honduras, por
exemplo, constatou que a substituição de livros didáticos por laptops
não fez diferença no aprendizado dos alunos – não foi nem positivo nem
negativo.
Mas não seria senso comum que ambas as formas de aprendizado –
impressa e digital – podem ser eficazes, dependendo do indivíduo e da
situação? Vamos nos aprofundar um pouco mais.
Aprendizado precoce reconfigura o cérebro
É importante considerar a neurociência aqui, pois ela pode ajudar os
educadores a escolher quais ferramentas usar em diferentes estágios do
desenvolvimento de uma criança. E os neurocientistas mostraram que o
aprendizado e a formação da memória reconfiguram fisicamente o cérebro.
O cérebro é “elástico” – ele cresce e estabelece conexões entre os
neurônios à medida que formamos memórias, aprendemos e esquecemos. Isso
acontece em todas as idades, mas o cérebro é particularmente maleável
durante a infância. A plasticidade do cérebro depende ainda enormemente
das experiências e do ambiente.
Estudos revelaram que quanto mais rico for o ambiente de aprendizado
durante a infância, mais “coisas” serão aprendidas. Há também uma
mudança na maneira em como e cérebro aprende coisas novas pelo resto da
vida.
O melhor exemplo é o aprendizado de idiomas. Crianças aprendem um
segundo idioma com maior facilidade em comparação aos adultos, porque
seu cérebro é mais flexível. Já adultos que aprenderam dois idiomas na
infância podem aprender uma terceira língua muito mais rápido do que
aqueles que aprenderam apenas um idioma na infância, pois seu cérebro
foi treinado para essa aprendizagem.
No outro extremo, a privação sensorial durante a infância altera
permanentemente o cérebro para pior. Crianças privadas de experiências
diferentes – como menos contato e interação com adultos, por exemplo,
menos imagens, e sons e pouco acesso à aprendizagem – podem desenvolver
cérebros menores. Essas mudanças geralmente não podem ser revertidas
mais tarde na vida.
Benefícios das experiências de aprendizado mais ricas
O que isso significa para a educação? Crianças precisam ser expostas
ao maior número possível de diferentes tipos de ferramentas de
aprendizado, tanto digitais quanto físicas. Isso pode significar
recorrer a livros e à escrita à mão para formar um conhecimento
duradouro sobre algo.
Estudos apontam que o ato de escrever exige que o cérebro seja um
participante ativo no processo de fazer anotações, mas que o cérebro é
menos ativo ao digitar. Assim, escrever à mão grava melhor o conteúdo na
memória.
Mas também o uso de plataformas de aprendizagem digital pode
significar uma experiência enriquecedora: desenhos animados, aplicativos
educacionais baseados em recompensas, salas de aula virtuais e
ferramentas de inteligência artificial (IA), como o ChatGPT, motivam os
alunos a aprenderem de forma interativa.
De acordo com pesquisas, quando usada em um contexto de aprendizagem,
a tecnologia digital é eficaz para aprimorar as habilidades de
alfabetização e aptidões numéricas, além da destreza manual e da memória
visual.
Os resultados benéficos influenciam todas as áreas de aprendizado de
uma criança, incluindo linguagem, alfabetização funcional, matemática,
ciências, conhecimento geral e pensamento criativo.
Há também aspectos negativos ligados às tecnologias digitais. Alguns
estudos mostram que os computadores podem ter um impacto negativo sobre a
atenção se usado forma passiva em vez de ser utilizado como uma
ferramenta de aprendizado ativa que envolva o cérebro. Mas ainda não
está claro se esses impactos são de curto ou longo prazo.
Alguns estudos também sugerem que o uso excessivo de computadores
afeta a saúde física e mental. Mas isso pode ter mais a ver com o fato
de ficar sentado em um lugar por muito tempo do que com os próprios
computadores. É por isso que correr ao ar livre ou chutar uma bola é
vital para o desenvolvimento das crianças e também para seu desempenho
escolar.
O verdadeiro problema da educação: a pobreza
Há muitos fatores em jogo na educação de uma criança. O ambiente
doméstico é tão importante quanto os materiais e dispositivos usados na
aprendizagem. Um dos maiores problemas é a pobreza, que limita o acesso a
livros e computadores.
Essa questão ficou evidente durante a pandemia da covid-19, quando as
crianças mais carentes tiveram menos acesso a computadores ou livros em
casa durante os períodos em que as escolas estavam fechadas.
Uma pesquisa realizada no Reino Unido constatou que um terço dos
alunos de áreas carentes não teve acesso adequado a ferramentas de
aprendizagem em casa durante a pandemia. O efeito foi uma queda no
desempenho escolar.
Os resultados de aprendizagem de crianças em idade escolar caíram nos
últimos anos e isso se deve mais a fatores socioeconômicos do que a
qualquer outra coisa. Essa é uma tendência observada em todo o mundo e
tem sido associada à falta de acesso a ferramentas educacionais mais
avançadas.
Conhecidos também como ‘vape’, os cigarros eletrônicos ganharam
popularidade por serem vendidos como uma alternativa menos prejudicial
em relação ao cigarro comum. Contudo, especialistas têm apontado que o
dispositivo eletrônico está associado a doenças e riscos similares aos
da versão tradicional, como asma e enfisema pulmonar. Além disso, a
Associação Brasileira do Sono (ABS) indicou, recentemente, que os vapes
podem colaborar com mais um problema: noites maldormidas.
Presente tanto no cigarro comum quanto no eletrônico, a nicotina é
uma substância psicoestimulante, assim como a cafeína. Apesar de num
primeiro momento causar uma sensação de bem-estar e até relaxamento, num
segundo momento, de acordo com a pneumologista e médica do sono da ABS,
Jéssica Polese, contribui para deixar o usuário desperto, ligado e até
mesmo ansioso, o que acaba resultando na privação do sono.
“O vape tem uma quantidade superior de nicotina, o que acaba potencializando os efeitos dessa substância”, disse Jéssica.
Segundo a ABS, as substâncias presentes na fumaça e nos vapores
inalados possuem propriedades inflamatórias, capazes de prejudicar as
vias aéreas superiores. Isso pode levar ao surgimento de tosses
frequentes e contribuir para o desenvolvimento de condições como rinite,
sinusite e asma. Além disso, esses efeitos podem colaborar para o
agravamento do ronco e da apneia obstrutiva do sono, caracterizada por
obstruções parciais ou totais da garganta, resultando em pausas
respiratórias curtas.
“Além dos efeitos das substâncias, é comum que pacientes com
dependência química, tanto do cigarro comum quanto do eletrônico,
acordem durante a noite para fumar”, afirmou Jéssica.
Quando as noites maldormidas se tornam frequentes, outros problemas
acabam surgindo. Entre eles, a pneumologista destaca a dificuldade de
concentração, o aumento da irritabilidade e até mesmo o agravamento de
condições como ansiedade e depressão, especialmente em pacientes
predispostas a esses transtornos.
“A privação de sono ainda está relacionada a problemas
cardiovasculares, como hipertensão e insuficiência cardíaca. Assim,
garantir uma boa qualidade de sono é importante para a saúde tanto
física quanto mental”, conclui Jéssica.
O etanol, conhecido como álcool etílico (C2H5OH), é uma substância pura composta por uma molécula com dois átomos de carbono, cinco de hidrogênio e um grupo hidroxila. Ele pertence à função orgânica dos alcoóis.
O etanol é o principal componente de bebidas alcoólicas, sendo encontrado em pequenas concentrações nestas bebidas.
Já em relação ao consumo de etanol combustível, existem dois tipos
principais: anidro e hidratado. A diferença entre eles está na
concentração de água em sua composição. O etanol anidro contém cerca de 0,5% de água, enquanto o hidratado tem aproximadamente 5%.
O etanol hidratado é produzido de forma convencional
na indústria e é comercializado nos postos de combustíveis para uso em
veículos. Já o etanol anidro passa por um processo adicional e específico para remover o excesso de água.
O etanol anidro é utilizado na produção de gasolina
C, que é uma mistura de gasolina A (gasolina pura) e álcool etílico.
Essa mistura geralmente contém de 20% a 25% de álcool anidro. No
entanto, nem a gasolina A nem o álcool anidro podem ser vendidos
diretamente aos consumidores finais.
Como ocorre a produção de etanol?
Diversas espécies vegetais podem ser usadas como matéria-prima na produção de álcool etílico.
No Brasil, a cana-de-açúcar é a mais amplamente utilizada, e também é
uma alternativa para a geração de eletricidade a partir do resíduo em
forma de bagaço. A cada tonelada de cana-de-açúcar, são produzidos cerca
de 140 kg de bagaço.
O Programa Nacional do Álcool (Pró-álcool), lançado pelo governo federal, em 1975, como resposta ao choque mundial do petróleo, incentivou o cultivo de cana-de-açúcar no país.
Isso se deve às condições ideais encontradas no Brasil, como solo,
topografia e clima favoráveis ao desenvolvimento dessa cultura. Além
disso, a cana-de-açúcar apresenta a maior produtividade por hectare em
comparação com outras espécies vegetais.
De acordo com dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o Brasil ocupa a segunda posição mundial na produção de etanol,
ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Enquanto no Brasil é a
cana-de-açúcar a principal matéria-prima para sua produção, nos Estados
Unidos, o milho é a espécie vegetal mais utilizada pelos produtores.
Vantagens e desvantagens do etanol
O álcool etílico possui vantagens e desvantagens que devem ser
consideradas. Por um lado, é uma alternativa mais limpa em comparação
aos combustíveis fósseis, ajudando a reduzir as emissões de gases do efeito estufa.
No entanto, há preocupações quanto à sua potencial concorrência com a
produção de alimentos, devido à necessidade de terras agrícolas para o
cultivo de matérias-primas.
Para enfrentar essas preocupações e atender à crescente demanda por
energia e alimentos, estão sendo desenvolvidas tecnologias para
produzir álcool etílico a partir de resíduos agrícolas. O etanol de segunda geração, também conhecido como etanol celulósico,
é produzido a partir de materiais ricos em lignina, como o bagaço de
cana, que normalmente seria desperdiçado no processo convencional de
produção.
No entanto, é importante considerar outras etapas da cadeia produtiva do etanol. Um exemplo é a produção de vinhoto ou vinhaça, um subproduto do processo de produção do etanol. Para cada litro de álcool etílico produzido,
são utilizados 13 litros de água, dos quais 12 litros são vinhoto.
Quando despejado em corpos hídricos, o vinhoto torna a água imprópria
para consumo humano e causa impactos ambientais na fauna e flora
aquáticas.
Uma abordagem para reduzir o impacto ambiental dessa etapa é utilizar o vinhoto na produção de biogás. Isso ajudaria a mitigar os efeitos negativos e aproveitar o subproduto de forma mais sustentável. Portanto, embora o etanol apresente
benefícios em termos de redução de emissões e uso de fontes renováveis,
é fundamental considerar toda a cadeia produtiva e buscar soluções para
minimizar seus impactos ambientais e sociais.
Qual é a diferença entre etanol e gasolina?
A diferença entre gasolina e etanol está
principalmente em suas origens e composições. A gasolina é derivada do
petróleo, um combustível fóssil formado por uma mistura complexa de
hidrocarbonetos. Ela é considerada o combustível mais utilizado em
motores de combustão interna.
Por outro lado, o etanol é um biocombustível
produzido a partir de fontes renováveis, como cana-de-açúcar, milho ou
beterraba. Essas matérias-primas vegetais passam por processos de
fermentação e destilação para obter o álcool etílico.
Vantagens e desvantagens dos dois combustíveis
A queima de gasolina pode provocar graves danos ao meio ambiente e à
saúde humana. Ela está relacionada a diversos problemas respiratórios
causados pela emissão de poluentes atmosféricos, como o monóxido de
carbono. Além disso, o processo de combustão de gasolina também leva à
emissão de dióxido de enxofre e de óxidos de nitrogênio, contribuintes
da chuva ácida.
Outro impacto negativo do uso de gasolina para o meio ambiente é a
intensificação do efeito estufa e, consequentemente, do aquecimento
global. Isso acontece devido à emissão de gases do efeito estufa na
atmosfera, como dióxido de carbono. Além dos poluentes primários, o
consumo desse recurso pode dar origem a poluentes secundários, que se
formam a partir de reações dos poluentes primários.
Um exemplo de poluente secundário é o ozônio. Ele ocorre naturalmente
na estratosfera, camada da atmosfera localizada entre 15 e 50 km de
altitude, onde a camada de ozônio desempenha a função de impedir a
passagem de parte da radiação ultravioleta.
O ozônio também pode surgir na troposfera, a camada mais baixa da
atmosfera, através de reações químicas entre o dióxido de nitrogênio e
compostos orgânicos voláteis sob a ação de radiação solar. Uma das
origens dos poluentes que formam o ozônio troposférico é a queima de
gasolina. O ozônio troposférico pode causar problemas respiratórios e
cardiovasculares.
Uma das vantagens do etanol em relação à gasolina é sua pegada ambiental mais favorável. Durante a queima, o etanol libera
menos dióxido de carbono (CO2) e outras emissões poluentes em
comparação com a gasolina, contribuindo assim para a redução das
emissões de gases de efeito estufa. Além disso, o etanol é considerado uma fonte de energia renovável, pois é obtido a partir de culturas agrícolas que podem ser replantadas.
No entanto, é importante mencionar que o etanol possui um poder calorífico um pouco menor em comparação com a gasolina. Isso significa que, em geral, os veículos consomem mais etanol para percorrer a mesma distância do que com a gasolina.
Apesar disso, os motores de carros flex são projetados para utilizar tanto gasolina quanto etanol combustível, ajustando automaticamente a injeção de combustível de acordo com o tipo que é usado. A escolha entre gasolina e etanol pelos consumidores depende de vários fatores, como disponibilidade, preço, desempenho do veículo e preocupações ambientais.