sábado, 1 de junho de 2024

SLOW MEDICINE A MEDICINA COM CALMA

História de Ana Paula Ferreira – BF Boa Forma

Ao contrário daquelas consultas que mal duram meia hora e você vai embora com a sensação de que não teve tempo suficiente para ser atendido, a slow medicine – ou “medicina com calma”, em tradução – traz um conceito diferente para atendimentos médicos, onde saber ouvir o paciente e ter parcimônia na prescrição de exames e tratamentos é o princípio fundamental.

Inspirada no movimento “slow food” (comida sem pressa), que vai na contramão dos fast-foods (comidas rápidas), a slow medicine surgiu no início dos anos 2000 e tem como objetivo a construção de laços entre médico e paciente.

“A construção de laços estreitos e duradouros com os pacientes nasce a partir de uma vivência mais próxima, acolhedora e transparente”, explica o cirurgião vascular e angiologista Fábio Rocha, ressaltando que, nesse formato de atendimento, a busca pela cura vai além do paciente em si, “permeando a esfera da família e de toda a sua comunidade”.

Como funciona a slow medicine?

Doenças podem causar muito mais do que apenas sintomas físicos. Normalmente elas também abalam o emocional do paciente e acabam envolvendo parte da família no processo de cura. Diante disso, Rocha afirma que compreender tudo isso ajuda no diagnóstico e tratamento.

Segundo ele, é necessário saber ouvir as queixas, mas também explicar detalhadamente o que está acontecendo e quais os próximos passos do tratamento, seja ele com medicamentos ou cirúrgico.

“Deixar o paciente seguro com as informações do que ele tem e o que será feito é fundamental para estreitar o vínculo com ele e com a família. Quando ele se sente seguro, as chances de concordar em seguir com o tratamento aumentam”, afirma o médico.

“O desconhecido causa certa aflição. Entretanto, quando se compreende o que se tem, a gravidade, o tratamento proposto e não resta nenhuma dúvida, o paciente fica mais confortável e confiante para seguir adiante”, completa.

Saber ouvir e explicar com calma leva mais tempo, e, por isso, a consulta de profissionais que seguem o conceito da slow medicine tende a ser mais demorada do que aquela mais “convencional”.

“Não existe um tempo estabelecido no relógio. A consulta leva o tempo que tiver que levar. Cada paciente tem seu tempo, e cabe ao médico saber compreendê-lo e respeitá-lo”, ressalta Rocha

Pedido de exames sem exageros

Outro ponto a ser considerado na slow medicine são os exames que o paciente terá que fazer. “Em alguns casos, médicos acabam pedindo uma quantidade grande de exames. Isso gera estresse no paciente. Na slow medicine, serão pedidos apenas aqueles exames que forem relevantes para o tratamento”, explica o cirurgião vascular.

No entanto, ele ressalta que o método não é contra exames. “A slow medicine pede parcimônia com os exames. Peça apenas o que for necessário, nada de excessos.”

Atendimento de igual para igual

Outro ponto a ser ressaltado sobre a slow medicine é que o médico não pode se colocar em uma posição acima do paciente, como se estivesse em um pedestal.

“Você tem que se colocar em uma mesma posição. Com isso, o paciente estará aberto para conversar, ouvir e entender. Você não está lá para falar apenas o que tem que ser feito. Quando o médico sabe ouvir com paciência e atenção, gera uma confiança muito maior. É mais fácil o paciente aderir ao tratamento dessa forma”, conta o médico.

Mesmo depois de ter ouvido toda a explicação do médico, se o paciente não desejar prosseguir com o tratamento, cabe ao profissional respeitar a vontade dele e propor uma alternativa para o problema. “Se a pessoa precisa de uma cirurgia e não deseja fazer, o médico tem que respeitar a vontade dele e sugerir um tratamento paliativo, para minimizar o sofrimento”, explica Rocha.

Além disso, o envolvimento de algum familiar da confiança do paciente no tratamento e na consulta também é fundamental para ajudar no estreitamento de laços com o médico. “Quando o paciente vai a uma consulta junto de alguém em que confia, ele se sente mais seguro. Eu, como médico, acolho pacientes e família. Isso também faz parte da slow medicine”, afirma o profissional. E finaliza: “Entendo suas histórias, motivações e emoções, porque é essa escuta ativa que constrói uma relação de respeito e confiança entre médico e paciente”.

 

MINISTROS DO STF PARRTICIPAM DE EVENTOS NO EXTERIOR COM GASTOS DO GOVERNO

 

História de JOSÉ MARQUES – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Tradicionalmente, o STF (Supremo Tribunal Federal) faz as suas sessões de plenário nas quartas e quintas-feiras, mas não será assim na última semana de junho deste ano.

Com o objetivo de restringir conflitos de agendas com o 12º Fórum Jurídico de Lisboa, evento que costuma reunir integrantes dos três Poderes em Portugal, o Supremo decidiu antecipar uma das suas sessões.

Em vez dos encontros ocorrerem na quarta (26) e na quinta (27), os julgamentos presenciais daquela semana acontecerão na terça (25) e quarta (26).

O Fórum Jurídico de Lisboa está programado para acontecer nos dias 26, 27 e 28 de junho. Logo depois, em julho, o Judiciário entra em recesso.

As datas das sessões são marcadas pelo presidente da corte, Luís Roberto Barroso, e foram divulgadas nesta semana.

Procurado, o Supremo informou que “a sessão de quinta foi antecipada para terça porque diversos ministros participarão de evento acadêmico em Lisboa, inclusive o próprio presidente”.

Na última semana de junho, a corte prevê analisar processos que tratam da atuação dos Tribunais de Contas.

Também está na pauta o referendo da decisão do ministro Gilmar Mendes que resultou, em janeiro, no retorno de Ednaldo Rodrigues à presidência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

Ednaldo tinha sido afastado do posto no ano passado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A análise dos ministros sobre a decisão de Gilmar já entrou na pauta do Supremo mais de uma vez, mas não foi levada a julgamento.

O Fórum Jurídico de Lisboa é organizado pelo IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa), que tem Gilmar como sócio e o seu filho como dirigente.

Também organizam o fórum a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e a FGV (Fundação Getulio Vargas).

No ano passado, a reunião de uma série de políticos, advogados, empresários e de candidatos a cargos no Executivo e no Judiciário a Lisboa fez o evento ficar conhecido como “Gilmarpalooza”, em referência ao festival Lollapalooza.

Até esta quinta-feira (30), ainda não havia sido divulgada a programação do fórum de 2024 ou a lista de participantes no site oficial do evento.

Segundo a página, o fórum neste ano terá como tema os “Avanços e recuos da globalização e as novas fronteiras: transformações jurídicas, políticas, econômicas, socioambientais e digitais”.

Segundo o texto, serão reunidos “acadêmicos, gestores, especialistas, autoridades e representantes da sociedade civil organizada, do Brasil e da Europa” na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa para “para dialogar sobre como a globalização tem impactado as relações entre Estados, instituições, empresas e povos”.

“O Fórum ocorre anualmente com o intuito de debater questões que desafiam o Estado contemporâneo”, diz o site.

“Em sua décima segunda edição, será abordado um panorama sobre como a globalização tem sido fomentada ou desestimulada em alguns campos, os motivos para isso e os impactos no Brasil e na Europa.”

No ano passado, a participação de autoridades de diversos órgãos e de seus auxiliares no fórum custou ao menos R$ 1 milhão em passagens aéreas com dinheiro público, segundo levantamento feito pela Folha de S.Paulo.

Além do custo das passagens, a reportagem localizou gastos de no mínimo R$ 490 mil em diárias.

Além de ministros do Judiciário e do governo federal, também estiveram presentes em 2023 os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e os governadores do Rio, Claudio Castro (PL), e de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Nem todos os viajantes bancados com dinheiro público palestraram no fórum. Parte deles foi apenas acompanhar outros políticos e autoridades, assistir às mesas e confraternizar nos eventos paralelos de brasileiros em Portugal.

Na ocasião, autoridades aproveitaram para participar desses outros eventos, para fazer agendas políticas e ainda para viajar a países próximos para outros compromissos.

Em 2021, a Folha de S.Paulo também mostrou que haviam sido gastos ao menos R$ 500 mil no evento com passagens e diárias de autoridades.

Neste ano, o fórum acontecerá em meio a discussões a respeito da presença de ministros de cortes superiores em eventos internacionais.

Em abril, um evento fechado em Londres, patrocinado por empresas com ações nos tribunais superiores, reuniu ministros do Supremo, do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e do governo Lula (PT).

Parte dos integrantes das cortes também participou de dois eventos em Madri, que ocorreram na semana seguinte ao fórum de Londres.

Diferentemente do evento da Inglaterra, porém, o Fórum Jurídico de Lisboa é organizado por entidades acadêmicas e tem sido defendido pelos ministros do Supremo como um ambiente de discussão sobre o direito.

A participação dos ministros em eventos também levantou questionamentos a respeito dos gastos com auxiliares e sobre a falta de transparência da corte a respeito dessas informações. Ministros não divulgaram informações como custeio e período fora do Brasil.

A Folha de S.Paulo mostrou que apenas Dias Toffoli gastou R$ 99,6 mil de recursos públicos em diárias para o exterior para um segurança que o acompanhou nas viagens a Londres e Madri.

Após a publicação da reportagem, o STF tirou do ar a página de transparência sobre diárias e passagens. O site ficou uma semana desativado e, quando voltou, não tinha mais as informações sobre seguranças de ministros.

“As informações sobre segurança institucional sempre foram divulgadas com restrição, sem detalhamento, de modo a dificultar qualquer planejamento que crie riscos reais para tribunal, seus ministros e servidores. O formato em que estavam sendo divulgadas recentemente as informações sobre diárias e passagens estava em descompasso com essa orientação”, justificou o STF.

A PROCRASTINAÇÃO ÉUM PROBLEMA QUE AFETA A PRODUTIVIDADE NO MERCADO DE TRABALHO

 

Milena Pacheco, gerente de soluções na Tack TMI – Gi Group Holding

A procrastinação é um grande problema que afeta o sucesso e a produtividade do mercado de trabalho. Os prazos não cumpridos, a qualidade comprometida e os níveis elevados de estresse podem ser resultados da não conclusão de tarefas importantes. O reconhecimento e a abordagem desses padrões de comportamento são essenciais para que indivíduos e grupos alcancem seus objetivos com eficácia.

Origens da procrastinação

A procrastinação pode ter diversas origens, refletindo os desafios enfrentados pelos profissionais modernos. Uma das principais causas identificadas por especialistas como Milena Pacheco, gerente de soluções na Tack TMI, divisão de negócios da Gi Group Holding especializada em treinamento corporativo, é a insegurança e o medo de vulnerabilidade. “Muitas vezes, os indivíduos se encontram em situações onde a entrega de uma tarefa ou a tomada de uma decisão importante se tornam fontes de ansiedade. O receio de demonstrar fraqueza ou incerteza pode levar à procrastinação, adiando o cumprimento dessas obrigações e agravando o ciclo de estresse”, diz.

Outro fator relevante é a alta demanda de tarefas e atividades que caracteriza o ambiente de trabalho contemporâneo. Com a multiplicidade de responsabilidades e a constante pressão por resultados, os profissionais enfrentam desafios para gerenciar eficazmente seu tempo e prioridades. “A falta de uma gestão adequada da agenda pode tornar difícil distinguir entre tarefas urgentes e importantes, levando à procrastinação como uma forma de lidar com a sobrecarga”, explica Milena.

É importante entender e buscar reconhecer essas origens da procrastinação, para que a partir de um diagnóstico, os líderes e os colaboradores possam implementar estratégias eficazes para promover uma cultura de produtividade e bem-estar no ambiente de trabalho.

Promova uma boa gestão emocional:

Procrastinar muitas vezes está ligado a sentimento de insegurança e sobrecarga emocional. Ao reconhecer e lidar com essas emoções, é possível evitar a procrastinação. Líderes devem estar atentos ao estado emocional de suas equipes e promover um ambiente onde os colaboradores se sintam confortáveis para expressar suas preocupações.

Estabeleça conversas sobre carreira:

Conversas regulares sobre as metas e motivações dos colaboradores ajudam a alinhar as atividades do dia a dia com seus propósitos pessoais. Isso reduz a probabilidade de procrastinação, pois as tarefas se tornam mais significativas e motivadoras.

Utilize perguntas investigativas:

Muitas vezes, os colaboradores podem não perceber que estão procrastinando. Líderes podem ajudá-los a identificar esse comportamento através de perguntas que os levem a refletir sobre suas atitudes e emoções. Exemplo: Você tem refletido sobre o que pode estar causando essa dificuldade em cumprir os prazos estabelecidos?

Crie planos de ação personalizados:

Ao perceber um colaborador em um dia menos produtivo, é importante agir proativamente. Desenvolva planos de ação que ajudem o colaborador a gerenciar melhor seu tempo e suas prioridades, incluindo técnicas de delegação e priorização de tarefas.

Reconheça e celebre os progressos:

Divida os objetivos em microtarefas e comemore os avanços diários. Isso ajuda a manter a motivação e o engajamento, além de criar um ciclo positivo de produtividade.

Ao implementar essas estratégias, colaboradores e líderes podem enfrentar o desafio da procrastinação de forma eficaz, alcançando níveis mais altos de produtividade e realização profissional.

Sobre a Gi Group Holding

Fundada em 1998 em Milão, Itália, a Gi Group Holding é uma das principais provedoras de serviços voltados para a evolução do mercado de trabalho global. Com um amplo ecossistema de soluções para recursos humanos e terceirização de serviços gerenciados, que inclui sete divisões globais (Gi Group, Gi BPO, Wyser, Grafton, Intoo, Tack TMI e QiBit) e duas locais (Gi Group Horeca e C2C), o grupo oferece uma oferta integrada para empresas de todos os segmentos.

A Gi Group Holding trabalha para promover um mercado de trabalho sustentável, ágil, eficiente e gratificante para empresas e profissionais, atendendo às necessidades em constante transformação. Com mais de 8.000 funcionários e presença direta em 37 países na Europa, APAC, Américas e África, a empresa atende a mais de 25.000 clientes e registra um faturamento de 3,9 bilhões de euros (2023).

No Brasil, a Gi Group Holding conta com 21 escritórios, atuando em todo o território nacional. Saiba mais em: www.gigroupholding.com.br.

ESCALANDO NEGÓCIOS DA VALEON

1 – Qual é o seu mercado? Qual é o tamanho dele?

O nosso mercado será atingir os 766 mil habitantes do Vale do Aço e poder divulgar os produtos / serviços para vocês clientes, lojistas, prestadores de serviços e profissionais autônomos e obter dos consumidores e usuários a sua audiência.

A ValeOn atenderá a todos os nichos de mercado da região e especialmente aos pequenos e microempresários da região que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona. Pretendemos cadastrar todas as empresas locais com CNPJ ou não e coloca-las na internet.

2 – Qual problema a sua empresa está tentando resolver? O mercado já expressou a necessidade dessa solução?

A nossa Plataforma de Compras e Vendas que ora disponibilizamos para utilização das Empresas, Prestadores de Serviços e Profissionais Autônomos e para a audiência é um produto inovador sem concorrentes na região e foi projetada para atender às necessidades locais e oferecemos condições de adesão muito mais em conta que qualquer outro meio de comunicação.

Viemos para suprir as demandas da região no que tange a divulgação de produtos/serviços cuja finalidade é a prestação de serviços diferenciados para a conquista cada vez maior de mais clientes e públicos.

O nosso diferencial está focado nas empresas da região ao resolvermos a dor da falta de comunicação entre as empresas e seus clientes. Essa dor é resolvida através de uma tecnologia eficiente que permite que cada empresa / serviços tenha o seu próprio site e possa expor os seus produtos e promoções para os seus clientes / usuários ao utilizar a plataforma da ValeOn.

3 – Quais métodos você usará para o crescimento? O seu mercado está propício para esse tipo de crescimento?

Estratégias para o crescimento da nossa empresa

  1. Investimento na satisfação do cliente. Fidelizar é mais barato do que atrair novos clientes.
  2. Equilíbrio financeiro e rentabilidade. Capital de giro, controle de fluxo de caixa e análises de rentabilidade são termos que devem fazer parte da rotina de uma empresa que tenha o objetivo de crescer.
  3. Desenvolvimento de um planejamento estratégico. Planejar-se estrategicamente é como definir com antecedência um roteiro de viagem ao destino final.
  4. Investimento em marketing. Sem marketing, nem gigantes como a Coca-Cola sobreviveriam em um mercado feroz e competitivo ao extremo.
  5. Recrutamento e gestão de pessoas. Pessoas são sempre o maior patrimônio de uma empresa.

O mercado é um ambiente altamente volátil e competitivo. Para conquistar o sucesso, os gestores precisam estar conectados às demandas de consumo e preparados para respondê-las com eficiência.

Para isso, é essencial que os líderes procurem conhecer (e entender) as preferências do cliente e as tendências em vigor. Em um cenário em que tudo muda o tempo todo, ignorar as movimentações externas é um equívoco geralmente fatal.

Planeje-se, portanto, para reservar um tempo dedicado ao estudo do consumidor e (por que não?) da concorrência. Ao observar as melhores práticas e conhecer quais têm sido os retornos, assim podemos identificar oportunidades para melhorar nossa operação e, assim, desenvolver a bossa empresa.

4 – Quem são seus principais concorrentes e há quanto tempo eles estão no mercado? Quão grandes eles são comparados à sua empresa? Descreva suas marcas.

Nossos concorrentes indiretos costumam ser sites da área, sites de diretório e sites de mídia social. Nós não estamos apenas competindo com outras marcas – estamos competindo com todos os sites que desejam nos desconectar do nosso potencial comprador.

Nosso concorrente maior ainda é a comunicação offline que é formada por meios de comunicação de massa como rádios, propagandas de TV, revistas, outdoors, panfletos e outras mídias impressas e estão no mercado há muito tempo, bem antes da nossa Startup Valeon.

5 – Sua empresa está bem estabelecida? Quais práticas e procedimentos são considerados parte da identidade do setor?

A nossa empresa Startup Valeon é bem estabelecida e concentramos em objetivos financeiros e comerciais de curto prazo, desconsideramos a concorrência recém chegada no mercado até que deixem de ser calouros, e ignoramos as pequenas tendências de mercado até que representem mudanças catastróficas.

“Empresas bem estabelecidas igual à Startp Valeon devemos começar a pensar como disruptores”, diz Paul Earle, professor leitor adjunto de inovação e empreendedorismo na Kellogg School. “Não é uma escolha. Toda a nossa existência está em risco”.

6 – Se você quiser superar seus concorrentes, será necessário escalar o seu negócio?

A escalabilidade é um conceito administrativo usado para identificar as oportunidades de que um negócio aumente o faturamento, sem que precise alavancar seus custos operacionais em igual medida. Ou seja: a arte de fazer mais, com menos!

Então, podemos resumir que um empreendimento escalável é aquele que consegue aumentar sua produtividade, alcance e receita sem aumentar os gastos. Na maioria dos casos, a escalabilidade é atingida por conta de boas redes de relacionamento e decisões gerenciais bem acertadas.

Além disso, vale lembrar que um negócio escalável também passa por uma fase de otimização, que é o conceito focado em enxugar o funcionamento de uma empresa, examinando gastos, cortando desperdícios e eliminando a ociosidade.

Sendo assim, a otimização acaba sendo uma etapa inevitável até a conquista da escalabilidade. Afinal de contas, é disso que se trata esse conceito: atingir o máximo de eficiência, aumentando clientes, vendas, projetos e afins, sem expandir os gastos da operação de maneira expressiva.

Pretendemos escalar o nosso negócio que é o site marketplace da Startup Valeon da seguinte forma:

  • objetivo final em alguma métrica clara, como crescimento percentual em vendas, projetos, clientes e afins;
  • etapas e práticas que serão tomadas ao longo do ano para alcançar a meta;
  • decisões acertadas na contratação de novos colaboradores;
  • gerenciamento de recursos focado em otimização.

sexta-feira, 31 de maio de 2024

DONALD TRUMP FOI CONDENADO CRIMINALMENTE NOS EUA

 

História de admin3 – IstoÉ

Julgamento do primeiro caso criminal de Trump começou em Nova York

Julgamento do primeiro caso criminal de Trump começou em Nova York© Fornecido por IstoÉRepublicano se tornou o primeiro ex-presidente dos EUA condenado criminalmente. Ele enfrenta ainda outros processos na Justiça. O que significa a condenação para sua candidatura?Donald Trump, nome praticamente certo do Partido Republicano para concorrer na eleição presidencial dos EUA deste ano, é o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos condenado criminalmente.

Nesta quinta-feira (30/05), o tribunal o julgou culpado por ter tentando ocultar a verdadeira finalidade do suborno pago a ex-atriz pornô Stormy Daniels, registrando-os falsamente como “despesas legais” de suas empresas. O caso, que começou em abril num tribunal de Nova York, é sobre se ele cometeu fraude ao comprar o silêncio de Daniels, sobre um encontro sexual entre ambos, para proteger a sua campanha eleitoral de 2016 para a Casa Branca.

Esse é o primeiro de quatro casos criminais – dois estaduais e dois federais – que Trump tem pela frente. O outro caso estadual envolve a acusação de tentar reverter a sua derrota na Geórgia na eleição presidencial de 2020. Num dos casos federais ele é acusado de ter conscientemente promovido mentiras sobre fraude eleitoral em 2020, e no outro, de ter mantido consigo ilegalmente documentos confidenciais do governo quando deixou a Casa Branca.

Trump poderá concorrer apesar dessa condenação?

Sim. Não importando como vá terminar cada um desses casos, Trump ainda poderá concorrer à presidência dos EUA. A Constituição do país lista apenas três requisitos para uma pessoa concorrer: ela deve ser cidadã americana nata, ter ao menos 35 anos, e ter residido nos EUA por ao menos 14 anos. O texto não afirma que uma pessoa condenada não pode se tornar presidente.

“Há muitos debates sobre se um candidato presidencial que foi acusado ou está envolvido num processo judicial em andamento pode concorrer ao cargo”, diz a professora de ciência política Laura Merrifield Wilson, da Universidade de Indianápolis. “Mas eles se baseiam em questões morais, juízos de valor e opiniões, não em leis explícitas ou barreiras processuais.”

Trump pode ser impedido de concorrer sob a 14ª Emenda?

A seção 3 da 14ª Emenda da Constituição dos EUA afirma que pessoas que “se envolveram em insurreição ou rebelião” depois de jurarem cumprir a Constituição são desqualificadas para ocupar qualquer cargo, civil ou militar, nos Estados Unidos.

Os ativistas que querem ver Trump desqualificado com base nessa cláusula afirmam que as ações do então presidente no período anterior ao ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, constituem participação numa insurreição. Eles argumentam que as mentiras de Trump sobre como os democratas roubaram a eleição incentivaram a turba que invadiu o Capitólio naquele dia.

Foram feitas tentativas para que Trump fosse removido das cédulas de primárias em alguns estados com base nessa emenda, “que foi originalmente usada para impedir que secessionistas retornassem a seus cargos no governo após a Guerra Civil Americana”, explica o jornalista Brandon Conradis, editor do site de notícias políticas The Hill.

Mas, em março de 2024, a Suprema Corte derrubou uma dessas tentativas no Colorado, sob o argumento de que não são os estados que têm autoridade para impedir que pessoas se candidatem a cargos federais, mas o Congresso.

Essa decisão anulou tentativas semelhantes em outros estados. Como o Congresso está dividido, com os republicanos tendo maioria na Câmara dos Deputados e os democratas tendo uma maioria de apenas um assento no Senado, parece pouco provável que Trump seja impedido de concorrer com o recurso à 14ª Emenda.

Trump poderá votar se condenado?

Provavelmente não. O registro eleitoral de Trump é na Flórida, onde condenados não podem votar.

“A maioria dos condenados na Flórida recupera o direito de voto depois de cumprir toda a sentença, incluindo liberdade condicional ou liberdade provisória, e pagar todas as multas e taxas”, explicou a jornalista de política Maggie Astor no New York Times.

Mas a liberdade condicional de Trump provavelmente não terminaria a tempo de ele recuperar seu direito de voto. Portanto, se condenado, Trump ainda poderia concorrer à presidência, mas não poderia votar.

Mas o que acontecerá se Trump for para a cadeia?

Ninguém sabe.

“Isso tudo é muito longe de qualquer coisa que já tenha acontecido”, disse o especialista em direito constitucional Erwin Chemerinsky, da Universidade da Califórnia em Berkeley, ao New York Times. “É tudo suposição.”

Legalmente, Trump continuaria elegível e poderia concorrer, mesmo atrás das grades. Se ele fosse eleito, fica a questão de como tomaria posse e de como iria conduzir reuniões.

“Trump poderia entrar com um processo para ser libertado com base no fato de que sua prisão o estaria impedindo de cumprir suas obrigações constitucionais de presidente”, especula Astor.

Mas, mais uma vez, como nunca nada parecido com isso aconteceu nos EUA, é impossível dizer como as coisas seriam na prática.

Se eleito, Trump poderia usar o perdão presidencial para se beneficiar?

Em teoria, Trump poderia comutar sua sentença de prisão ou até mesmo tentar usar o perdão presidencial para si mesmo, mas esses seriam usos extremos do poder presidencial que provavelmente teriam sua constitucionalidade questionada na Suprema Corte (onde os juízes conservadores têm uma maioria de 6 a 3).

Como alternativa, o presidente Joe Biden, no fim de seu mandato, poderia perdoar Trump, se o republicano for vitorioso, para que o homem eleito pelos eleitores dos EUA pudesse governar o país.

Essas ações, porém, só se aplicariam aos casos federais e não aos julgamentos em Nova York e na Geórgia, pois presidentes não têm o poder de conceder perdão para condenações estaduais.

MAIOR PROCURA DE TODOS OS TEMPOS AO MONSTRO DO LAGO NESS

História de Suzanne Cords – DW Brasil

Para relembrar os 90 anos da primeira busca em grande escala por Nessie, caçadores de monstros tentam a sorte novamente com a maior procura de todos os tempos, agora com a ajuda da Nasa.

Monstro do lago Ness: uns acreditam, outros não. Por enquanto, o que se tem é essa réplica que pode ser vista no Centro do Lago Ness

Monstro do lago Ness: uns acreditam, outros não. Por enquanto, o que se tem é essa réplica que pode ser vista no Centro do Lago Ness© Silvia Kusidlo/dpa/picture alliance

No verão de 1934, o barão escocês Sir Edward Mountain reuniu uma equipe de 20 pessoas para descobrir a verdade sobre o monstro do lago Ness. Ele colocou observadores com binóculos e câmeras ao redor do lago que fica nas Terras Altas, as Highlands escocesas, para rastrear a lendária criatura. Há testemunhos que Nessie, como foi apelidado o monstro, tenha sido avistado ao menos 21 vezes. Mas os registros, em forma de fotografias e filmes, não são convincentes. Os resultados foram apresentados à Linnean Society of London, uma organização sem fins lucrativos dedicada ao estudo da história natural. Os associados concluíram que os animais avistados eram muito provavelmente lontras ou até mesmo uma baleia orca.

Ilustração histórica: é assim que os fãs do Nessie imaginam o monstro

Ilustração histórica: é assim que os fãs do Nessie imaginam o monstro© Mansell/The LIFE Picture Collection/Pond5 Images/IMAGO

Maior busca de todos os tempos

Desde o primeiro avistamento, foram feitas mais de 1.156 ocorrências no registro oficial de aparições do monstro do Lago Ness. “No ano passado, deixamos o mundo em polvorosa com uma das maiores buscas por Nessie, com participantes dos Estados Unidos, Canadá, França, Itália, Japão e outros países”, diz Paul Nixon, diretor do Centro do Lago Ness. Para marcar o 90º aniversário da primeira busca em grande escala, o centro está organizando uma busca ainda maior, chamada “The Quest” (a busca), que é realizada desta quinta-feira (30/05) até o próximo domingo. O centro está determinado a “descobrir mais sobre o esquivo e misterioso monstro do lago Ness”.

O caçador de Nessie, Steve Feltham, está convencido da existência do monstro

O caçador de Nessie, Steve Feltham, está convencido da existência do monstro© Benedikt von Imhoff/dpa/picture alliance

Em agosto de 2023, dezenas de entusiastas de Nessie observaram o lago por dois dias, e os Kellys, como muitos outros, permaneceram por horas no lago nas Terras Altas escocesas, às vezes até sob chuva torrencial. “Há muitos relatos de locais”, diz Scott Kelly. “Tenho certeza de que algo desconhecido está vivendo no lago.” E Steve Feltham, pesquisador de Nessie, acrescentou à agência de notícias DPA: “É uma observação organizada do lago Ness, o que é ótimo. Quanto mais olhos atentos na água, melhor.” Ele está procurando o monstro há mais de 30 anos – provavelmente mais tempo do que qualquer outra pessoa.

Câmeras infravermelho foram usadas para encontrar Nessie, pois um monstro marinho irradia calor como qualquer outra criatura viva – pelo menos essa é a hipótese dos pesquisadores. Drones filmaram a superfície da água do lago Ness para registrar até mesmo o menor movimento. Um hidrofone registrou ruídos subaquáticos incomuns na época, e é por isso que a Nasa está contribuindo com sua experiência para a nova busca.

Willie Cameron, conhecido como “Mister Lago Ness”, mostra fotos de seu avistamento de uma criatura desconhecida

Willie Cameron, conhecido como “Mister Lago Ness”, mostra fotos de seu avistamento de uma criatura desconhecida© Benedikt von Imhoff/dpa/picture alliance

Nessie: um monstro lendário

O avistamento em larga escala está sendo organizado pelo Centro do Lago Ness, em Drumnadrochit, uma cidade na costa oeste do lago. Nessie deve seu nome ao lago Ness, onde supostamente habita há séculos. O primeiro avistamento de uma criatura estranha no lago Ness, situado no norte da Escócia, é atribuído a São Columba, que introduziu o cristianismo na Escócia no século 6º. O monge viajante irlandês Columba de Iona teria encontrado o “monstro aquático” no lago Ness já em 565.

Há 1.500 anos, São Columba fez o primeiro registro de avistamento do monstro

Há 1.500 anos, São Columba fez o primeiro registro de avistamento do monstro© Benedikt von Imhoff/dpa/picture alliance

Em um livro, o abade de Iona conta como Columba salvou um homem que havia sido atacado pela fera. “Columba fez o sinal da cruz no ar e invocou o nome de Deus enquanto ordenava à fera: “Nem mais um metro! Não toque nele! Retire-se imediatamente!” Quando o animal ouviu as palavras do santo, fugiu com medo, como se estivesse sendo puxado para longe dali por cordas, embora estivesse apenas a uma curta distância do homem.”

Há um registro, 1.100 anos depois do relato do santo, de que Nessie tenha matado três homens, mas, fora isso, o monstro marinho foi sempre retratado como pacífico. Uma conclusão que se pode tirar com esses séculos de registros de aparições é que Nessie tem muitos anos de vida. Isso também significa que o monstro adquiriu experiência suficiente para se livrar de seus caçadores no lago, que tem até 230 metros de profundidade. E eles já estiveram em seu encalço várias vezes – especialmente desde que ele se tornou uma celebridade na era da mídia.

Nessie como sensação midiática

Em 1933, a gerente do hotel Aldie Mackay entrou em um bar e, para a surpresa dos frequentadores, anunciou que havia acabado de ver um “monstro” no lago Ness e que a água do lago estava muito agitada. O jornal regional escocês Inverness Courier, agradecido pela curiosa história da misteriosa criatura, fez uma reportagem que espalhou a lenda rapidamente.

O antigo Drumnadrochit Hotel, cuja gerente viu o monstro em 1933, agora funciona como o Centro Lago Ness

O antigo Drumnadrochit Hotel, cuja gerente viu o monstro em 1933, agora funciona como o Centro Lago Ness© Loch Ness Centre/picture alliance

Vários repórteres viajaram de Londres, e um circo chegou a oferecer 20 mil libras para capturar o monstro. Pouco tempo depois, um motociclista descreveu como a criatura atravessou a estrada à sua frente. Relatou que ela se movia para frente com nadadeiras e carregava uma ovelha em sua boca. Assim que chegou ao lago, ela submergiu. Desde então, não deu mais para parar a “Nessiemania”.

A prova: uma foto do monstro

Em 19 de abril de 1934, o tabloide Daily Mail publicou a primeira foto de Nessie. O registro, que supostamente veio de um renomado médico londrino e entrou para a história como “a fotografia do cirurgião”, mostrava uma espécie de plesiossauro. Uma sensação, e ninguém duvidou da autenticidade da imagem.

Essa foto foi tirada em 1934 e foi considerada a

Essa foto foi tirada em 1934 e foi considerada a© Photoshot/picture alliance

O caçador de animais de grande porte Marmaduke Wetherell foi contratado pelo Daily Mail para encontrar o monstro do lago Ness. E ele cumpriu a tarefa: pediu a seu enteado Christian Spurling, um exímio modelista, que construísse o monstro a partir de um submarino de brinquedo, com a cabeça e o pescoço modelados em plástico. O médico, que “tirou a foto”, teve grande prazer em participar da farsa – supostamente para dar mais credibilidade à história dele – até que a farsa da foto foi revelada 60 anos depois.

Investigações sistemáticas do lago sem resultados

Isso não impediu que os caçadores de Nessie continuassem a procurar evidências de sua existência. As novas fotos que apareceram, foram verificadas quanto à autenticidade nos laboratórios do Museu de Defesa Britânico e da Nasa, e muitas vezes eram tão boas, que parecia improvável tratarem-se de falsificações.

Será que existe mesmo um monstro vivendo nesse lago idílico?

Será que existe mesmo um monstro vivendo nesse lago idílico?© Benedikt von Imhoff/dpa/picture alliance

Em 1972, o lago foi intensamente vasculhado sob a direção do Centro de Investigacao do Lago Ness, que tentou provar a existência dessa criatura pré-histórica – sem sucesso. Em 1987, barcos com sonar foram usados na tentativa de finalmente desvendar o mistério. Durante a Operação Deepscan, 24 barcos percorreram toda a largura do lago, examinando o mundo subaquático do lago de 56 km². O sonar reagiu fortemente a objetos grandes em várias ocasiões, mas Nessie não foi detectado. Em 2019, uma equipe internacional de cientistas tentou catalogar todas as espécies vivas no lago Ness, extraindo eDNA de amostras de água. O DNA ambiental, ou eDNA, utiliza traços orgânicos deixados pelos organismos vivos para identificá-los, fornecendo aos cientistas informações vitais sobre ecossistemas inteiros de uma só vez. O resultado: uma espécie grande não vive no lago, e os animais observados poderiam ser, na melhor das hipóteses, enguias gigantes.

Os que negam e os que acreditam em Nessie

Inúmeras especulações sobre a verdadeira identidade de Nessie foram feitas ao longo dos anos: ele seria um tubarão da Groenlândia, um peixe-gato ou até mesmo um lagarto pré-histórico. Os céticos tentaram explicar os supostos animais observados como focas, peixes voadores, aves aquáticas, cervos nadando, troncos de árvores flutuantes ou miragens.

É certo: o hambúrguer Nessie não contém carne de Nessie

É certo: o hambúrguer Nessie não contém carne de Nessie© Benedikt von Imhoff/dpa/picture alliance

Mas, apesar de todos os que negam sua existencia, os entusiastas de Nessie não serão dissuadidos de procurar o monstro, mesmo no século 21. “Somos os guardiões dessa história única, investindo não apenas na criação de uma experiência inesquecível para os visitantes, mas também na descoberta dos segredos que estão sob as águas do famoso lago”, disse Paul Nixon, diretor administrativo do Centro do Lago Ness, ao Daily Mail.

O Nessie de pelúcia é um sucesso de vendas

O Nessie de pelúcia é um sucesso de vendas© Benedikt von Imhoff/dpa/picture alliance

É claro que tudo isso também pode ser considerado uma estratégia de marketing, pois Nessie atrai muitos turistas para a Escócia. E uma busca em grande escala impulsiona os negócios mais uma vez.

Caso os fãs finalmente encontrem Nessie, o monstro não tem com o que se preocupar. Ele foi colocado sob proteção de espécies pelo Parlamento escocês em 1934. Naquela época, a cervejaria Guinness colocou uma recompensa de 500 mil libras pela cabeça do monstro – e Nessie deve ser preservado para as gerações futuras.

Autor: Suzanne Cords

 

ARMAS AMERICANAS PODEM SER USADAS PARA ATAQUES UCRANIANOS AO TERRITÓRIO RUSSO

 

História de dw.com – DW Brasil

Relatos são de que presidente americano cedeu a apelos de Zelenski, permitindo uso de armas fornecidas pelos EUA contra território russo para defender Kharkiv. Alemanha sugere que também pode concordar.

Forças ucranianas disparam artilharia contra tropas russas na região de Kharkiv: Kiev tem pressionado aliados para que entreguem armas de longo alcance, capazes de atingir alvos na Rússia

Forças ucranianas disparam artilharia contra tropas russas na região de Kharkiv: Kiev tem pressionado aliados para que entreguem armas de longo alcance, capazes de atingir alvos na Rússia© ANATOLII STEPANOV/AFP

O presidente americano Joe Biden autorizou a Ucrânia a usar armas fornecidas pelos Estados Unidos em ataques ao território russo, informaram nesta quinta-feira (30/05) agências de notícias, citando fontes anônimas da Casa Branca.

A permissão seria restrita a ações voltadas à defesa de Kharkiv, cidade no nordeste ucraniano a poucos quilômetros da fronteira com a Rússia.

A informação vem em meio aos apelos cada vez mais insistentes de Kiev para que aliados entreguem armas de longo alcance, capazes de atingir alvos em solo russo.

“O presidente recentemente orientou sua equipe a garantir que a Ucrânia possa usar armas fornecidas pelos EUA para fins de contra-ataque na região de Kharkiv, para que a Ucrânia possa revidar contra as forças russas que as estão atacando ou se preparando para atacá-las”, disse um alto funcionário da Casa Branca à agência de notícias AFP, sob condição de anonimato.

“Nossa política de proibir o uso de ATACMS [sistema de mísseis táticos do Exército] ou ataques de longo alcance dentro da Rússia não mudou”, disse a autoridade, referindo-se aos mísseis de longo alcance recentemente enviados por Washington a Kiev.

O ATACMS é capaz de atingir alvos a 300 km de distância e já havia chegado à Ucrânia este mês por ordem do presidente, segundo o Pentágono.

Países como Grã-Bretanha, Holanda e França dizem que Kiev tem o direito de usar as armas que eles fornecem para atacar alvos militares na Rússia.

Mais cedo nesta quinta, a Rússia advertiu contra ataques em seu território usando armas ocidentais. “Isso será, em última análise, muito prejudicial aos interesses daqueles países que escolheram o caminho de escalar as tensões”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

Alemanha promete mais € 500 milhões em armas à Ucrânia

Também nesta quinta, o ministro alemão da Defesa, Boris Pistorius, anunciou nesta quinta-feira (30/05) um novo pacote de armas para a Ucrânia no valor de 500 milhões de euros (R$ 2,8 bilhões).

O comunicado foi feito por Pistorius ao lado de seu homólogo, o ucraniano Rustem Umerov, durante visita não anunciada à cidade portuária de Odessa. Segundo ele, parte do material já está para ser entregue.

O ministro alemão da Defesa, Boris Pistorius (de azul), visita uma trincheira ao lado do seu colega ucraniano, Rustem Umerov

O ministro alemão da Defesa, Boris Pistorius (de azul), visita uma trincheira ao lado do seu colega ucraniano, Rustem Umerov© Jörg Blank/dpa/picture alliance

O pacote de ajuda militar inclui munição para o sistema de defesa aérea de médio alcance IRIS-T SLM – capaz de repelir mísseis a até 20 quilômetros de altitude e 40 quilômetros de distância –, além de mísseis de curto alcance SLS.

Também serão fornecidas peças de reposição e canos de substituição para os sistemas de artilharia, bem como um milhão de munições para armas pequenas.

Esta é a terceira ida dele ao país desde o início da invasão russa, em 2022. A viagem ocorre em meio a uma nova ofensiva de Moscou no nordeste da Ucrânia, combinada com pesados ataques aéreos.

“Continuaremos a apoiá-los nesta campanha defensiva”, disse Pistorius durante reunião com Umerov. Este, por sua vez, voltou a reforçar os pedidos de Zelenski: “Nossos parceiros devem nos fornecer armas para que possamos empurrar o inimigo para trás das fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia”, afirmou Umerov.

Pistorius sobre uso das armas: “Não se pode discutir tudo em público”

Em entrevista à TV alemã ARD, Pistorius evitou confirmar se as armas enviadas pelo Ocidente podem ser usadas pela Ucrânia para atingir alvos na Rússia – uma tecla na qual Kiev vem batendo.

À ARD, Pistorius argumentou que o Direito Internacional permite o uso dessas armas, mas que nem tudo pode ser discutido em público: “No fim das contas, a Ucrânia decide em comum acordo com seus parceiros o que vai ou não fazer.”

A questão está sendo debatida por países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que se reuniram nesta quinta-feira em Praga, e o secretário-geral da entidade Jens Stoltenberg, assim como a França, apoiam a medida; Estados Unidos e Alemanha – os dois maiores aliados de Kiev –, porém, têm até agora evitado declarações claras nesse sentido.

As tropas ucranianas na linha de frente continuam a sofrer com a escassez de munição após a demora de mais de seis meses do Congresso americano em aprovar um pacote de ajuda crucial no valor de 61 bilhões de dólares (R$ 317,46 bilhões, o equivalente a mais de 5% do Orçamento brasileiro para o ano de 2024).

O dinheiro acabou sendo liberado em abril, mas armas e munições ainda não chegaram em grande número às linhas de frente ucranianas.

A Alemanha é o segundo maior fornecedor de armas a Kiev, atrás apenas dos Estados Unidos.

ra (AFP, dpa, ots)

CARROS HÍBRIDOS, ELÉTRICOS OU A COMBUSTÃO?

 

História de Nicolás Rivero – Jornal Estadão

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Os americanos estão começando a se afastar dos carros movidos exclusivamente a gasolina, mas a maioria não está se voltando aos veículos elétricos. A escolha tem recaído sobre os híbridos.

Os híbridos oferecem alguns dos benefícios dos elétricos – custos mais baixos de combustível, menos poluição – sem despertar a ansiedade quanto a encontrar um carregador ou ficar sem energia em uma longa viagem.

General Motors planeja começar a vender híbridos nos EUA pela primeira vez desde que abandonou o Chevy Volt Foto: Mark Felix/Bloomberg

General Motors planeja começar a vender híbridos nos EUA pela primeira vez desde que abandonou o Chevy Volt Foto: Mark Felix/Bloomberg© Fornecido por Estadão

“Os híbridos são a porta de entrada para a transição” para os carros elétricos, disse Stephanie Valdez Streaty, diretora da consultoria Cox Automotive. “É uma boa opção para os consumidores que não estão prontos para comprar um elétrico.”

Os americanos estão mais hesitantes em comprar carros elétricos agora do que há um ano, de acordo com uma pesquisa da Gallup de março, que constatou que apenas 44% dos adultos americanos dizem que considerariam comprar um elétrico no futuro, em comparação com 55% no ano passado.

Os preços altos e as preocupações com o carregamento são consistentemente classificados como os maiores obstáculos para os veículos elétricos, mas o partidarismo político está começando a influenciar. Os republicanos têm menos probabilidade de comprar um carro elétrico do que os democratas.

Essa mudança de atitude coincide com uma desaceleração nas vendas de carros e caminhões elétricos. Os americanos compraram menos desses veículos no primeiro trimestre de 2024 do que no trimestre anterior – a primeira queda desde que a pandemia lançou a economia no caos em 2020.

Enquanto isso, os híbridos continuam se tornando mais populares. No último ano, os híbridos aumentaram sua participação no mercado, mesmo com a estagnação dos veículos elétricos.

Os prós e contras dos híbridos

Os carros híbridos oferecem algumas vantagens sobre os elétricos. Em geral, eles são mais baratos e podem abastecer com gasolina para dirigir longas distâncias sem carga. “Você não precisa mudar nada em seu estilo de vida”, disse Valdez Streaty.

Mas os híbridos têm muitas desvantagens. O fato de ter dois sistemas de energia separados, um elétrico e outro a gasolina, significa mais desafios de manutenção, e o funcionamento com gasolina é mais caro do que com eletricidade.

Além disso, continuar a queimar gasolina no longo prazo não ajudará a evitar os efeitos mais catastróficos da mudança climática. As novas regras federais de poluição de automóveis permitirão que as montadoras mudem de motores a gasolina pura para híbridos no curto prazo, mas, por fim, as regras empurrarão todas as montadoras para veículos elétricos após 2030.

Atualmente, a decisão se resume às circunstâncias individuais dos compradores de automóveis, de acordo com Valdez Streaty. Para aqueles que, em sua maioria, percorrem distâncias curtas, têm acesso a estações de recarga nas proximidades ou em casa e podem se dar ao luxo de gastar um pouco mais no início para economizar combustível mais tarde, os elétricos fazem sentido, disse ela. Para aqueles que dirigem longas distâncias e não têm estações de recarga em sua área, um híbrido é uma boa opção.

“Veremos uma mistura de híbridos e elétricos, e isso dependerá de sua situação”, disse.

Mais modelos híbridos chegam às concessionárias

O americano que pensa em comprar um híbrido terá muitas opções. Os fabricantes de automóveis estão inundando o mercado com novos modelos híbridos e recuando em alguns de seus planos mais ambiciosos para aumentar a produção de veículos elétricos.

Este ano, a Ford adiou seus planos para novos modelos de picapes e SUVs elétricos e anunciou que desenvolverá versões híbridas de todos os seus modelos até 2030. A General Motors – que se comprometeu a vender somente veículos elétricos até 2035 – agora planeja começar a vender híbridos nos Estados Unidos pela primeira vez desde que abandonou o Chevy Volt, em 2019.

Enquanto isso, a Toyota – fabricante do híbrido por excelência, o Prius – manteve sua estratégia de priorizar os híbridos, mesmo quando outras montadoras apostaram seu futuro nos veículos elétricos, e foi recompensada com vendas e lucros recordes.

“Os fabricantes estão determinando: Onde está a demanda por veículos elétricos? E como posso mudar para apoiar a maior demanda por híbridos?” disse Valdez Streaty.

CIDADES-ESPONJAS CHINESAS SÃO EXEMPLOS PARA O RIO GRANDE DO SUL

 

História de NELSON DE SÁ – Folha de S.Paulo

PEQUIM, CHINA (FOLHAPRESS) – No verão do ano passado, a partir de 29 de julho, Pequim enfrentou suas maiores chuvas em 140 anos. Em 83 horas, atingiu 60% da água que costuma chover num ano. Morreram 33 pessoas na capital chinesa.

Dez meses depois, o bairro de Mentougou, o mais atingido, na região oeste da cidade, ainda está em obras. Ruas que estavam cobertas de água ganharam asfalto poroso, encostas de morros estão sendo reforçados –e o leito de um rio que correu mundo ao cobrir uma ponte, está seco, sendo refeito para não assorear.

Essas e outras imagens, como os aviões ilhados no novo aeroporto de Daxing, na rota das águas de Mentougou, levantaram dúvidas quanto às cidades-esponja, projeto chinês iniciado oficialmente em 2015 –e que é visto como uma possível resposta para tragédias como a do Rio Grande do Sul.

Daxing, que abriu meses antes da pandemia, é chamado de “aeroporto esponja”, com amplo terreno úmido, lago artificial, valas e telhados verdes. O propósito, como no projeto todo, era absorver a água da chuva como uma esponja. Não aconteceu porque, antes de mais nada, choveu acima do teto previsto.

As chuvas e os tufões prosseguiram no verão chinês até setembro, quando atingiu a chamada Grande Área da Baía, no sul. Cidades da região, como Shenzhen, haviam se declarado prontas para chuvas como aquelas registradas até dois séculos antes, após seis de anos de implantação do projeto. Não foi o bastante.

O arquiteto Kongjian Yu, considerado um dos pais das cidades-esponja e professor da Universidade de Pequim, defende que as autoridades devem continuar a usar a técnica. Ele rebate as críticas dizendo que a implantação está só no começo na capital.

Afirma que “a campanha de cidades-esponja da China se provou muito bem-sucedida”, citando o exemplo de Sanya, na província de Hainan. “Situada na região das monções, costumava sofrer terríveis inundações urbanas e agora é festejada.”

Segundo ele, “é preciso esclarecer que se confundem as cidades-esponja verdadeiras com as falsas, porque muitas usam só como uma marca”. Grandes estruturas subterrâneas de retenção ou barragens são, na verdade, “o oposto dos princípios”.

Segundo Yu, “certamente esta solução baseada na natureza também terá que integrar algum grau de engenharia de infraestrutura” desse gênero. Mas, “para resolver as inundações e secas e os problemas de biodiversidade, a cidade-esponja é a principal solução adaptativa e deve ser priorizada.”

Questionado se estava acompanhando as enchentes no Brasil e se tinha algo específico para sugerir, afirmou: “Sim, vocês precisam agir imediatamente. Quanto mais cedo, melhor, porque o próximo golpe pode ser muito pior. Solução planeta-esponja”.

O especialista diz que “reter água na fonte sempre que a chuva cair e dar à água mais espaço rio acima, diminuir a velocidade da água durante seu fluxo, recuperando áreas úmidas e esponjas nas fazendas e ao longo dos cursos d’água, e criar um sistema de esponjas resiliente na área urbana”. Barragens de concreto e muros de inundação “não são solução, eles fracassaram e vão fracassar”.

Ainda para os brasileiros, falou: “Aprendam com os erros e com o êxito da China”.

Também questionado sobre as enchentes no Brasil, o engenheiro civil Mark Fletcher, da consultoria britânica Arup, responde que “têm sido devastadoras, mas é importante reconhecer, quando acontecem, que esses eventos extremos serão mais frequentes e mais intensos”. Exigem uma resposta sistêmica, para mais resiliência e também “recuperações mais rápidas”.

Também ele tira uma lista do que fazer, começando por buscar “governança unida em todo o ciclo da água” e também destacando “aprender com o que aconteceu para buscar novas infraestruturas e melhorar a manutenção dos ativos de inundação existentes”.

Sobre cidades-esponja, diz que tem visitado a China para acompanhar os programas em Pequim, Xangai, Cantão e Nanquim. “O conceito de abrandar e armazenar as águas pluviais, para reduzir o impacto das inundações em termos de perdas de vida e de danos nas infraestruturas, é muito sensato. Todas as cidades precisam construir rapidamente sua resiliência à incerteza das mudanças climáticas.”

Acrescenta que “é um conceito que tem origem na China, mas não há uma abordagem rígida” sobre como chegar lá. “Podemos aprender com o que já foi implementado na China, mas as soluções para cada país e cidade serão diferentes, pois o contexto local é diferente.”

Também ele defende implementar seus princípios sem abandonar as “infraestruturas residuais”, como piscinões e barragens.

Aconselha não considerar a cidade-esponja “isoladamente como uma bala de prata”.

A própria China evita fazê-lo, tratando o projeto com paciência e pouco alarde. Os primeiros passos teriam sido dados em 2013, mas a formalização pelo Conselho de Estado só foi se dar dois anos depois. Mais dois e o então primeiro-ministro Li Keqiang afirmou que era prioridade “promover a construção de cidades-esponja, para que as áreas urbanas tenham não apenas forma exterior, mas substância real”.

Até na maior aposta de urbanismo para o país, Xiong’an, que vem sendo erguida para receber parte da administração estatal e para ser um modelo ambiental para as demais, o conceito de esponja é evitado ou minimizado. A nova cidade fica a cem quilômetros da capital, cerca de meia hora por trem-bala.

Ainda está em obras. “O que posso dizer é que a infraestrutura de cidade-esponja que está sendo construída lá não está concluída, mas houve um investimento significativo, criando bacias de inundação para os rios ao redor e uma rede de cursos d’água para absorver a água em toda a cidade”, diz o pesquisador americano Andrew Stokols, do MIT.

“Ainda não sabemos se vai funcionar, porque ainda não foi testada”, diz, lembrando que as enchentes de 2023 não chegaram à cidade. “A localização de Xiong’an é muito difícil, porque é extremamente baixa.” Ex-professor da Universidade de Pequim, ele retorna à capital neste verão para seguir atento o que vai acontecer com a Brasília chinesa.

DESEJO DAS PESSOAS DE CONSUMIREM ALIMENTOS MAIS CALÓRICOS NO FRIO

 

História de Victória Ribeiro – Jornal Estadão

Com a chegada do frio, muitas pessoas percebem um maior desejo de consumir alimentos mais calóricos. Apesar de alguns pensarem que se trata de algo puramente psicológico e sem explicação clara, especialistas afirmam que essa mudança nos hábitos alimentares é resultado de uma combinação de fatores fisiológicosemocionais e sazonais.

O presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia de São Paulo (SBEM-SP), Felipe Henning, explica que, com a chegada do frio, nosso corpo precisa gerar mais calor para manter a temperatura adequada, o que acelera o metabolismo e aumenta a demanda por energia. Essa necessidade extra de energia, mesmo que discreta, leva nosso organismo a buscar alimentos que forneçam mais calorias.

Em dias frios, muita gente percebe um maior desejo por alimentos hipercalóricos, ricos em gorduras e açúcar. Foto: ehaurylik/Adobe Stock

Em dias frios, muita gente percebe um maior desejo por alimentos hipercalóricos, ricos em gorduras e açúcar. Foto: ehaurylik/Adobe Stock© Fornecido por Estadão

Além disso, o nutrólogo da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Daniel Magnoni, afirma que, durante o frio, a queima de gordura e de reservas energéticas pode gerar a sensação de emagrecimento, levando à percepção de que precisamos repor a composição corpórea. “O nosso organismo é um sensor de necessidades constantes. Essa sensação de emagrecimento nos faz pensar que precisamos nos alimentar mais. Isso, aliado à busca pelo bem-estar proporcionado por alimentos quentes, que dão prazer, faz com que o consumo hipercalórico aumente nessa época”, ensina.

Apesar das explicações fisiológicas, Henning lembra que, no frio, as pessoas também costumam sair menos de casa e tendem a substituir atividades ao ar livre por momentos de lazer em ambientes fechados, como restaurantes. Esse cenário — ainda mais quando inclui os indivíduos mais ansiosos — se une à demanda fisiológica, contribuindo para o maior consumo calórico nos dias mais gelados. “A explicação é fisiológica, mas uma parte significativa também parte do contexto do próprio indivíduo”, afirma.

Como evitar o abuso calórico nos dias frios?

Segundo Magnoni, há várias estratégias para reduzir o consumo de alimentos hipercalóricos nos dias frios, a começar pela ingestão de fibras e proteínas, que são substâncias capazes de causar uma maior sensação de saciedade.

O nutrólogo também sugere fracionar mais a alimentação, mantendo a quantidade total habitual, mas dividindo-a em porções menores ao longo do dia – outra tática para prolongar a sensação de saciedade. De acordo com ele, a prática de atividade física merece atenção redobrada. Isso porque, à medida em que existe uma maior ingestão de alimentos, também há um aumento de gasto energético.

Por sua vez, Henning acrescenta que evitar o acesso fácil a alimentos calóricos pode ajudar a reduzir o consumo excessivo nessa época do ano. “Isso significa evitar ter esse tipo de alimento em casa, pois quando estão ao alcance, especialmente em momentos de ansiedade e desejo por prazer alimentar, é mais provável ceder e consumi-los”, afirma.

Outra estratégia envolve aumentar o consumo de líquidos quentes, sendo uma boa opção optar por bebidas não calóricas, o que não inclui os famosos cappuccino ou chocolate quente açucarados. Segundo Henning, os chás são uma ótima pedida (especialmente o verde, porque estimula levemente o metabolismo). “Os líquidos quentes não apenas ajudam a manter a temperatura corporal, mas também promovem uma sensação de saciedade devido ao volume de líquido no estômago”, explica o especialista.

SUPLEMTOS ALIMENTARES PROMETEM BENEFÍCIOS QUE GERALMENTE SÃO FALSOS

 

História de Redação – IstoÉ Dinheiro

Ginkgo, colágeno, cúrcuma e vários outros são um mercado de bilhões com muita promoção nas redes sociais. Mas eles raramente são regulamentados e controlados, e as promessas de benefícios geralmente são falsas.Muitas pessoas tomam suplementos alimentares que prometem melhorar a pele e o cabelo, fortalecer o sistema imunológico ou melhorar o desempenho, entre inúmeros outros supostos benefícios. Magnésio, ferro, vitamina D, colágeno e muitos outros fazem parte de um mercado de bilhões.

A especialista em nutrição Angela Clausen, do centro de aconselhamento ao consumidor do estado alemão da Renânia do Norte-Vestfália, lida há anos com esse tema. “O problema é que muitas pessoas veem os suplementos alimentares como uma espécie de medicamento natural e os usam de acordo com essa visão: para tratar ou mesmo curar doenças”, diz. “Porém, suplementos alimentares apenas fornecem componentes essenciais que não estão em quantidade suficiente na dieta das pessoas.”

Muitos suplementos alimentares são apenas dinheiro jogado fora. Entretanto, algumas substâncias, como vitamina D, iodo ou selênio, podem até mesmo ser prejudiciais se consumidas em excesso.

E justamente por não serem medicamentos, suplementos alimentares estão sujeitos a muito menos controle por autoridades de saúde. Em geral eles podem ser comercializados sem que tenham sido feitos testes de segurança, qualidade ou eficácia.

E por serem menos controlados, os suplementos alimentares nem sempre contêm os ingredientes indicados na embalagem ou podem não conter as quantidades indicadas nelas. Em alguns casos até contêm substâncias perigosas ou proibidas.

No vale-tudo das redes sociais, há ainda menos controle. Falsas promessas sobre as propriedades saudáveis dos suplementos alimentares são encontradas em toda parte.

A DW verificou as promessas associadas a três suplementos alimentares nas redes sociais.

Quatro suplementos para ficar “mais inteligente”

Alegação: Neste vídeo do TikTok, que foi visualizado cerca de 1,7 milhão de vezes, uma pessoa afirma: “Você não é burro, apenas não tem circulação suficiente no cérebro, o que o impede de se focar, de se concentrar, e o resultado é uma memória muito fraca.”

Os quatro principais suplementos recomendados por ela para lidar com isso são ginkgo biloba, bacopa monnieri, L-teanina e L-treonato de magnésio.

Verificação de fatos da DW: Falso

Melhorar o desempenho cognitivo e a concentração com esses suplementos alimentares seria mesmo bom demais para ser verdade. A nutricionista Friederike Schmidt, da Universidade de Lübeck, analisou o vídeo para a DW.

“A TikToker fala sobre mecanismos metabólicos muito específicos, e ela passa mesmo a impressão inicial de ser muito competente”, observa Schmidt. No entanto, a especialista ressalta que, em relação a muitos aspectos das substâncias mencionadas, “na verdade não se tem ideia do que elas fazem e se de fato ajudam”.

Por exemplo, uma das alegações feitas no vídeo é que o extrato da planta bacopa monnieri aumenta o nível do neurotransmissor acetilcolina no cérebro, o que melhora a memória.

“Isso é muito do além”, diz Schmidt. “Até hoje não houve nenhum estudo metodologicamente sólido, muito menos vários estudos, em que as pessoas receberam esse extrato de planta, tiveram mais acetilcolina em seus cérebros e, então, conseguiram se lembrar melhor das coisas.”

Clausen observa que a citação de estudos de pouca ou nenhuma relevância é uma tática comum na propaganda de suplementos alimentares. “Os estudos apresentados geralmente são um desastre no que diz respeito ao produto abordado”, diz.

De modo geral, as alegações da TikToker não são cientificamente sólidas. Não há provas de que suas “quatro principais recomendações de suplementos” melhorem o desempenho cognitivo da maneira que ela descreve.

“Cura milagrosa” com a cúrcuma

Alegação: De acordo com este vídeo em espanhol, que teve mais de 1,5 milhão de visualizações, a cúrcuma em pó dissolvida em água pode ajudar a combater o eczema. O vídeo também alega que ela desintoxica o corpo, previne a artrite e reduz o risco de câncer. Alegações semelhantes podem ser encontradas em outros vídeos.

Verificação de fatos da DW: Falso

Usada como tempero, a cúrcuma, ou açafrão-da-terra, há muito tempo é considerada boa para a digestão. Porém, de acordo com Clausen, todas essas alegações do vídeo são insustentáveis. “Não há estudos que as sustentem”, afirma.

Foram efetivamente feitas pesquisas sobre o ingrediente ativo da cúrcuma, a curcumina, mas não há estudos “padrão ouro”, ou seja, estudos realizados em seres humanos, nos quais nem os pesquisadores nem os participantes sabiam quem havia recebido o placebo e quem, o ingrediente ativo e que tenham sido corroborados por no mínimo um outro estudo realizado por um grupo de trabalho diferente.

Estudos mostraram apenas que um extrato específico de cúrcuma, numa dosagem específica, tem um efeito anti-inflamatório em testes de laboratório, em um tubo de ensaio. Mas esses efeitos só podem ser atribuídos a esse exato extrato, nessa exata dosagem, e não simplesmente à cúrcuma. O efeito em seres humanos pode ser completamente diferente do efeito num tubo de ensaio.

“Estamos muito longe de poder dizer que a cúrcuma definitivamente ajuda”, diz Schmidt. A nutricionista explica que um problema específico da curcumina é que ela é muito reativa, o que significa que no laboratório ela interage com muitas outras substâncias – o que, presumivelmente, também é o motivo pelo qual se diz que ela é eficaz contra tantas doenças e problemas. Mas isso não significa que ela seja eficaz em pessoas.

Colágeno “melhora pele, cabelo, unhas e articulações”

Alegação: Publicações nas redes sociais também atribuem muitos efeitos positivos ao colágeno. Este vídeo viral afirma que ele dá uma pele mais firme, unhas mais fortes e cabelos mais brilhantes e fortes, enquanto este clipe do TikTok afirma que ele também ajuda nas articulações.

Verificação de fatos da DW: Falso

O colágeno é uma proteína produzida naturalmente pelo corpo e é importante para os ossos, articulações, músculos e tendões. Os suplementos alimentares que contêm colágeno são, portanto, de origem animal, geralmente feitos de resíduos de matadouros.

Não está claro quão bem o corpo é capaz de processar o colágeno recebido de fontes externas. Até mesmo o suposto efeito mais conhecido do colágeno – o rejuvenescimento da pele – ainda necessita de mais pesquisas, de acordo com um metaestudo realizado em 2023.

“Nenhuma dessas promessas publicitárias foi aprovada para uso na UE, certamente não a que se refere à saúde das articulações”, diz Clausen. Não há nenhuma evidência conclusiva de que o colágeno tenha esse efeito, acrescenta.

A organização dela até mesmo processou – e ganhou a causa – o fabricante do produto Glow25 Collagen Pulver em 2022 por usar o slogan “Ossos e articulações saudáveis”. O fabricante reconheceu que essa e outras promessas não podiam ser cumpridas pelo produto. No entanto, muitas postagens online ainda fazem essas alegações.

Conclusão: consumidores estão sendo enganados

Com os suplementos alimentares, não é fácil separar a verdade da propaganda enganosa. De modo geral, as alegações feitas nas redes sociais são muitas vezes exageradas, sem base científica ou até mesmo proibidas.

“Em muitos casos, vemos que as pessoas estão apenas gastando dinheiro em coisas de que não precisam”, diz Schmidt. “A ideia de que você pode fazer algo pela sua saúde usando apenas com alguns comprimidos ou pós é muito tentadora”, diz.

O post As falsas promessas dos suplementos alimentares apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

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