Ao contrário daquelas consultas que mal duram meia hora e você vai
embora com a sensação de que não teve tempo suficiente para ser
atendido, a slow medicine – ou “medicina com
calma”, em tradução – traz um conceito diferente para atendimentos
médicos, onde saber ouvir o paciente e ter parcimônia na prescrição de
exames e tratamentos é o princípio fundamental.
Inspirada no movimento “slow food” (comida sem pressa), que vai na contramão dos fast-foods (comidas
rápidas), a slow medicine surgiu no início dos anos 2000 e tem como
objetivo a construção de laços entre médico e paciente.
“A construção de laços estreitos e duradouros com os pacientes nasce a
partir de uma vivência mais próxima, acolhedora e transparente”,
explica o cirurgião vascular e angiologista Fábio Rocha,
ressaltando que, nesse formato de atendimento, a busca pela cura vai
além do paciente em si, “permeando a esfera da família e de toda a sua
comunidade”.
Como funciona a slow medicine?
Doenças podem causar muito mais do que apenas sintomas físicos.
Normalmente elas também abalam o emocional do paciente e acabam
envolvendo parte da família no processo de cura. Diante disso, Rocha
afirma que compreender tudo isso ajuda no diagnóstico e tratamento.
Segundo ele, é necessário saber ouvir as queixas, mas também explicar
detalhadamente o que está acontecendo e quais os próximos passos do
tratamento, seja ele com medicamentos ou cirúrgico.
“Deixar o paciente seguro
com as informações do que ele tem e o que será feito é fundamental para
estreitar o vínculo com ele e com a família. Quando ele se sente
seguro, as chances de concordar em seguir com o tratamento aumentam”,
afirma o médico.
“O desconhecido causa certa aflição. Entretanto, quando se compreende o que se tem, a gravidade, o tratamento proposto e não resta nenhuma dúvida, o paciente fica mais confortável e confiante para seguir adiante”, completa.
Saber ouvir e explicar com calma leva mais tempo, e, por isso, a consulta de profissionais que seguem o conceito da slow medicine tende a ser mais demorada do que aquela mais “convencional”.
“Não existe um tempo estabelecido no relógio. A consulta leva
o tempo que tiver que levar. Cada paciente tem seu tempo, e cabe ao
médico saber compreendê-lo e respeitá-lo”, ressalta Rocha
Pedido de exames sem exageros
Outro ponto a ser considerado na slow medicine são os exames que
o paciente terá que fazer. “Em alguns casos, médicos acabam pedindo uma
quantidade grande de exames. Isso gera estresse no paciente. Na slow
medicine, serão pedidos apenas aqueles exames que forem relevantes para o
tratamento”, explica o cirurgião vascular.
No entanto, ele ressalta que o método não é contra exames. “A slow medicine pede parcimônia com os exames. Peça apenas o que for necessário, nada de excessos.”
Atendimento de igual para igual
Outro ponto a ser ressaltado sobre a slow medicine é que o médico não pode se colocar em uma posição acima do paciente, como se estivesse em um pedestal.
“Você tem que se colocar em uma mesma posição. Com isso, o paciente
estará aberto para conversar, ouvir e entender. Você não está lá para
falar apenas o que tem que ser feito. Quando o médico sabe
ouvir com paciência e atenção, gera uma confiança muito maior. É mais
fácil o paciente aderir ao tratamento dessa forma”, conta o médico.
Mesmo depois de ter ouvido toda a explicação do médico, se o paciente
não desejar prosseguir com o tratamento, cabe ao profissional respeitar
a vontade dele e propor uma alternativa para o problema. “Se a pessoa
precisa de uma cirurgia e
não deseja fazer, o médico tem que respeitar a vontade dele e sugerir
um tratamento paliativo, para minimizar o sofrimento”, explica Rocha.
Além disso, o envolvimento de algum familiar da confiança do paciente
no tratamento e na consulta também é fundamental para ajudar no
estreitamento de laços com o médico.
“Quando o paciente vai a uma consulta junto de alguém em que confia,
ele se sente mais seguro. Eu, como médico, acolho pacientes e família.
Isso também faz parte da slow medicine”, afirma o profissional. E
finaliza: “Entendo suas histórias, motivações e emoções, porque é essa
escuta ativa que constrói uma relação de respeito e confiança entre
médico e paciente”.
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Tradicionalmente, o STF (Supremo Tribunal
Federal) faz as suas sessões de plenário nas quartas e quintas-feiras,
mas não será assim na última semana de junho deste ano.
Com o objetivo de restringir conflitos de agendas com o 12º Fórum
Jurídico de Lisboa, evento que costuma reunir integrantes dos três
Poderes em Portugal, o Supremo decidiu antecipar uma das suas sessões.
Em vez dos encontros ocorrerem na quarta (26) e na quinta (27), os
julgamentos presenciais daquela semana acontecerão na terça (25) e
quarta (26).
O Fórum Jurídico de Lisboa está programado para acontecer nos dias
26, 27 e 28 de junho. Logo depois, em julho, o Judiciário entra em
recesso.
As datas das sessões são marcadas pelo presidente da corte, Luís Roberto Barroso, e foram divulgadas nesta semana.
Procurado, o Supremo informou que “a sessão de quinta foi antecipada
para terça porque diversos ministros participarão de evento acadêmico em
Lisboa, inclusive o próprio presidente”.
Na última semana de junho, a corte prevê analisar processos que tratam da atuação dos Tribunais de Contas.
Também está na pauta o referendo da decisão do ministro Gilmar Mendes
que resultou, em janeiro, no retorno de Ednaldo Rodrigues à presidência
da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
Ednaldo tinha sido afastado do posto no ano passado pelo Tribunal de
Justiça do Rio de Janeiro. A análise dos ministros sobre a decisão de
Gilmar já entrou na pauta do Supremo mais de uma vez, mas não foi levada
a julgamento.
O Fórum Jurídico de Lisboa é organizado pelo IDP (Instituto
Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa), que tem Gilmar como
sócio e o seu filho como dirigente.
Também organizam o fórum a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e a FGV (Fundação Getulio Vargas).
No ano passado, a reunião de uma série de políticos, advogados,
empresários e de candidatos a cargos no Executivo e no Judiciário a
Lisboa fez o evento ficar conhecido como “Gilmarpalooza”, em referência
ao festival Lollapalooza.
Até esta quinta-feira (30), ainda não havia sido divulgada a
programação do fórum de 2024 ou a lista de participantes no site oficial
do evento.
Segundo a página, o fórum neste ano terá como tema os “Avanços e
recuos da globalização e as novas fronteiras: transformações jurídicas,
políticas, econômicas, socioambientais e digitais”.
Segundo o texto, serão reunidos “acadêmicos, gestores, especialistas,
autoridades e representantes da sociedade civil organizada, do Brasil e
da Europa” na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa para “para
dialogar sobre como a globalização tem impactado as relações entre
Estados, instituições, empresas e povos”.
“O Fórum ocorre anualmente com o intuito de debater questões que desafiam o Estado contemporâneo”, diz o site.
“Em sua décima segunda edição, será abordado um panorama sobre como a
globalização tem sido fomentada ou desestimulada em alguns campos, os
motivos para isso e os impactos no Brasil e na Europa.”
No ano passado, a participação de autoridades de diversos órgãos e de
seus auxiliares no fórum custou ao menos R$ 1 milhão em passagens
aéreas com dinheiro público, segundo levantamento feito pela Folha de
S.Paulo.
Além do custo das passagens, a reportagem localizou gastos de no mínimo R$ 490 mil em diárias.
Além de ministros do Judiciário e do governo federal, também
estiveram presentes em 2023 os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco
(PSD-MG), da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e os governadores do Rio,
Claudio Castro (PL), e de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Nem todos os viajantes bancados com dinheiro público palestraram no
fórum. Parte deles foi apenas acompanhar outros políticos e autoridades,
assistir às mesas e confraternizar nos eventos paralelos de brasileiros
em Portugal.
Na ocasião, autoridades aproveitaram para participar desses outros
eventos, para fazer agendas políticas e ainda para viajar a países
próximos para outros compromissos.
Em 2021, a Folha de S.Paulo também mostrou que haviam sido gastos ao
menos R$ 500 mil no evento com passagens e diárias de autoridades.
Neste ano, o fórum acontecerá em meio a discussões a respeito da
presença de ministros de cortes superiores em eventos internacionais.
Em abril, um evento fechado em Londres, patrocinado por empresas com
ações nos tribunais superiores, reuniu ministros do Supremo, do STJ
(Superior Tribunal de Justiça) e do governo Lula (PT).
Parte dos integrantes das cortes também participou de dois eventos em
Madri, que ocorreram na semana seguinte ao fórum de Londres.
Diferentemente do evento da Inglaterra, porém, o Fórum Jurídico de
Lisboa é organizado por entidades acadêmicas e tem sido defendido pelos
ministros do Supremo como um ambiente de discussão sobre o direito.
A participação dos ministros em eventos também levantou
questionamentos a respeito dos gastos com auxiliares e sobre a falta de
transparência da corte a respeito dessas informações. Ministros não
divulgaram informações como custeio e período fora do Brasil.
A Folha de S.Paulo mostrou que apenas Dias Toffoli gastou R$ 99,6 mil
de recursos públicos em diárias para o exterior para um segurança que o
acompanhou nas viagens a Londres e Madri.
Após a publicação da reportagem, o STF tirou do ar a página de
transparência sobre diárias e passagens. O site ficou uma semana
desativado e, quando voltou, não tinha mais as informações sobre
seguranças de ministros.
“As informações sobre segurança institucional sempre foram divulgadas
com restrição, sem detalhamento, de modo a dificultar qualquer
planejamento que crie riscos reais para tribunal, seus ministros e
servidores. O formato em que estavam sendo divulgadas recentemente as
informações sobre diárias e passagens estava em descompasso com essa
orientação”, justificou o STF.
Milena Pacheco, gerente de soluções na Tack TMI – Gi Group Holding
A procrastinação é um grande problema que afeta o sucesso e a
produtividade do mercado de trabalho. Os prazos não cumpridos, a
qualidade comprometida e os níveis elevados de estresse podem ser
resultados da não conclusão de tarefas importantes. O reconhecimento e a
abordagem desses padrões de comportamento são essenciais para que
indivíduos e grupos alcancem seus objetivos com eficácia.
Origens da procrastinação
A procrastinação pode ter diversas origens, refletindo os desafios
enfrentados pelos profissionais modernos. Uma das principais causas
identificadas por especialistas como Milena Pacheco, gerente de soluções
na Tack TMI, divisão de negócios da Gi Group Holding especializada em
treinamento corporativo, é a insegurança e o medo de vulnerabilidade.
“Muitas vezes, os indivíduos se encontram em situações onde a entrega de
uma tarefa ou a tomada de uma decisão importante se tornam fontes de
ansiedade. O receio de demonstrar fraqueza ou incerteza pode levar à
procrastinação, adiando o cumprimento dessas obrigações e agravando o
ciclo de estresse”, diz.
Outro fator relevante é a alta demanda de tarefas e atividades que
caracteriza o ambiente de trabalho contemporâneo. Com a multiplicidade
de responsabilidades e a constante pressão por resultados, os
profissionais enfrentam desafios para gerenciar eficazmente seu tempo e
prioridades. “A falta de uma gestão adequada da agenda pode tornar
difícil distinguir entre tarefas urgentes e importantes, levando à
procrastinação como uma forma de lidar com a sobrecarga”, explica
Milena.
É importante entender e buscar reconhecer essas origens da
procrastinação, para que a partir de um diagnóstico, os líderes e os
colaboradores possam implementar estratégias eficazes para promover uma
cultura de produtividade e bem-estar no ambiente de trabalho.
Promova uma boa gestão emocional:
Procrastinar muitas vezes está ligado a sentimento de insegurança e
sobrecarga emocional. Ao reconhecer e lidar com essas emoções, é
possível evitar a procrastinação. Líderes devem estar atentos ao estado
emocional de suas equipes e promover um ambiente onde os colaboradores
se sintam confortáveis para expressar suas preocupações.
Estabeleça conversas sobre carreira:
Conversas regulares sobre as metas e motivações dos colaboradores
ajudam a alinhar as atividades do dia a dia com seus propósitos
pessoais. Isso reduz a probabilidade de procrastinação, pois as tarefas
se tornam mais significativas e motivadoras.
Utilize perguntas investigativas:
Muitas vezes, os colaboradores podem não perceber que estão
procrastinando. Líderes podem ajudá-los a identificar esse comportamento
através de perguntas que os levem a refletir sobre suas atitudes e
emoções. Exemplo: Você tem refletido sobre o que pode estar causando
essa dificuldade em cumprir os prazos estabelecidos?
Crie planos de ação personalizados:
Ao perceber um colaborador em um dia menos produtivo, é importante
agir proativamente. Desenvolva planos de ação que ajudem o colaborador a
gerenciar melhor seu tempo e suas prioridades, incluindo técnicas de
delegação e priorização de tarefas.
Reconheça e celebre os progressos:
Divida os objetivos em microtarefas e comemore os avanços diários.
Isso ajuda a manter a motivação e o engajamento, além de criar um ciclo
positivo de produtividade.
Ao implementar essas estratégias, colaboradores e líderes podem
enfrentar o desafio da procrastinação de forma eficaz, alcançando níveis
mais altos de produtividade e realização profissional.
Sobre a Gi Group Holding
Fundada em 1998 em Milão, Itália, a Gi Group Holding é uma das
principais provedoras de serviços voltados para a evolução do mercado de
trabalho global. Com um amplo ecossistema de soluções para recursos
humanos e terceirização de serviços gerenciados, que inclui sete
divisões globais (Gi Group, Gi BPO, Wyser, Grafton, Intoo, Tack TMI e
QiBit) e duas locais (Gi Group Horeca e C2C), o grupo oferece uma oferta
integrada para empresas de todos os segmentos.
A Gi Group Holding trabalha para promover um mercado de trabalho
sustentável, ágil, eficiente e gratificante para empresas e
profissionais, atendendo às necessidades em constante transformação. Com
mais de 8.000 funcionários e presença direta em 37 países na Europa,
APAC, Américas e África, a empresa atende a mais de 25.000 clientes e
registra um faturamento de 3,9 bilhões de euros (2023).
No Brasil, a Gi Group Holding conta com 21 escritórios, atuando em todo o território nacional. Saiba mais em: www.gigroupholding.com.br.
ESCALANDO NEGÓCIOS DA VALEON
1 – Qual é o seu mercado? Qual é o tamanho dele?
O nosso mercado será atingir os 766 mil habitantes do Vale do
Aço e poder divulgar os produtos / serviços para vocês clientes,
lojistas, prestadores de serviços e profissionais autônomos e obter dos
consumidores e usuários a sua audiência.
A ValeOn atenderá a todos os nichos de mercado da região e
especialmente aos pequenos e microempresários da região que não
conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que
ele proporciona. Pretendemos cadastrar todas as empresas locais com
CNPJ ou não e coloca-las na internet.
2 – Qual problema a sua empresa está tentando resolver? O mercado já expressou a necessidade dessa solução?
A nossa Plataforma de Compras e Vendas que ora
disponibilizamos para utilização das Empresas, Prestadores de Serviços e
Profissionais Autônomos e para a audiência é um produto inovador sem
concorrentes na região e foi projetada para atender às necessidades
locais e oferecemos condições de adesão muito mais em conta que qualquer
outro meio de comunicação.
Viemos para suprir as demandas da região no que tange a
divulgação de produtos/serviços cuja finalidade é a prestação de
serviços diferenciados para a conquista cada vez maior de mais clientes e
públicos.
O nosso diferencial está focado nas empresas da região ao
resolvermos a dor da falta de comunicação entre as empresas e seus
clientes. Essa dor é resolvida através de uma tecnologia eficiente que
permite que cada empresa / serviços tenha o seu próprio site e possa
expor os seus produtos e promoções para os seus clientes / usuários ao
utilizar a plataforma da ValeOn.
3 – Quais métodos você usará para o crescimento? O seu mercado está propício para esse tipo de crescimento?
Estratégias para o crescimento da nossa empresa
Investimento na satisfação do cliente. Fidelizar é mais barato do que atrair novos clientes.
Equilíbrio financeiro e rentabilidade. Capital de giro,
controle de fluxo de caixa e análises de rentabilidade são termos que
devem fazer parte da rotina de uma empresa que tenha o objetivo de
crescer.
Desenvolvimento de um planejamento estratégico. Planejar-se
estrategicamente é como definir com antecedência um roteiro de viagem ao
destino final.
Investimento em marketing. Sem marketing, nem gigantes como a
Coca-Cola sobreviveriam em um mercado feroz e competitivo ao extremo.
Recrutamento e gestão de pessoas. Pessoas são sempre o maior patrimônio de uma empresa.
O mercado é um ambiente altamente volátil e competitivo. Para
conquistar o sucesso, os gestores precisam estar conectados às demandas
de consumo e preparados para respondê-las com eficiência.
Para isso, é essencial que os líderes procurem conhecer (e
entender) as preferências do cliente e as tendências em vigor. Em um
cenário em que tudo muda o tempo todo, ignorar as movimentações externas
é um equívoco geralmente fatal.
Planeje-se, portanto, para reservar um tempo dedicado ao
estudo do consumidor e (por que não?) da concorrência. Ao observar as
melhores práticas e conhecer quais têm sido os retornos, assim podemos
identificar oportunidades para melhorar nossa operação e, assim,
desenvolver a bossa empresa.
4 – Quem são seus principais concorrentes e há quanto tempo
eles estão no mercado? Quão grandes eles são comparados à sua empresa?
Descreva suas marcas.
Nossos concorrentes indiretos costumam ser sites da área,
sites de diretório e sites de mídia social. Nós não estamos apenas
competindo com outras marcas – estamos competindo com todos os sites que
desejam nos desconectar do nosso potencial comprador.
Nosso concorrente maior ainda é a comunicação offline que é
formada por meios de comunicação de massa como rádios, propagandas de
TV, revistas, outdoors, panfletos e outras mídias impressas e estão no
mercado há muito tempo, bem antes da nossa Startup Valeon.
5 – Sua empresa está bem estabelecida? Quais práticas e procedimentos são considerados parte da identidade do setor?
A nossa empresa Startup Valeon é bem estabelecida e
concentramos em objetivos financeiros e comerciais de curto prazo,
desconsideramos a concorrência recém chegada no mercado até que deixem
de ser calouros, e ignoramos as pequenas tendências de mercado até que
representem mudanças catastróficas.
“Empresas bem estabelecidas igual à Startp Valeon devemos começar a pensar como disruptores”, diz Paul Earle,
professor leitor adjunto de inovação e empreendedorismo na Kellogg
School. “Não é uma escolha. Toda a nossa existência está em risco”.
6 – Se você quiser superar seus concorrentes, será necessário escalar o seu negócio?
A escalabilidade é um conceito administrativo usado para
identificar as oportunidades de que um negócio aumente o faturamento,
sem que precise alavancar seus custos operacionais em igual medida. Ou
seja: a arte de fazer mais, com menos!
Então, podemos resumir que um empreendimento escalável é
aquele que consegue aumentar sua produtividade, alcance e receita sem
aumentar os gastos. Na maioria dos casos, a escalabilidade é atingida
por conta de boas redes de relacionamento e decisões gerenciais bem
acertadas.
Além disso, vale lembrar que um negócio escalável também
passa por uma fase de otimização, que é o conceito focado em enxugar o
funcionamento de uma empresa, examinando gastos, cortando desperdícios e
eliminando a ociosidade.
Sendo assim, a otimização acaba sendo uma etapa inevitável
até a conquista da escalabilidade. Afinal de contas, é disso que se
trata esse conceito: atingir o máximo de eficiência, aumentando clientes, vendas, projetos e afins, sem expandir os gastos da operação de maneira expressiva.
Pretendemos escalar o nosso negócio que é o site marketplace da Startup Valeon da seguinte forma:
objetivo final em alguma métrica clara, como crescimento percentual em vendas, projetos, clientes e afins;
etapas e práticas que serão tomadas ao longo do ano para alcançar a meta;
decisões acertadas na contratação de novos colaboradores;
gerenciamento de recursos focado em otimização.
Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (App)
Nesta quinta-feira (30/05), o tribunal o julgou culpado por ter
tentando ocultar a verdadeira finalidade do suborno pago a ex-atriz
pornô Stormy Daniels, registrando-os falsamente como “despesas legais”
de suas empresas. O caso, que começou em abril num tribunal de Nova
York, é sobre se ele cometeu fraude ao comprar o silêncio de Daniels,
sobre um encontro sexual entre ambos, para proteger a sua campanha
eleitoral de 2016 para a Casa Branca.
Esse é o primeiro de quatro casos criminais – dois estaduais e dois
federais – que Trump tem pela frente. O outro caso estadual envolve a
acusação de tentar reverter a sua derrota na Geórgia na eleição
presidencial de 2020. Num dos casos federais ele é acusado de ter
conscientemente promovido mentiras sobre fraude eleitoral em 2020, e no
outro, de ter mantido consigo ilegalmente documentos confidenciais do
governo quando deixou a Casa Branca.
Trump poderá concorrer apesar dessa condenação?
Sim. Não importando como vá terminar cada um desses casos, Trump
ainda poderá concorrer à presidência dos EUA. A Constituição do país
lista apenas três requisitos para uma pessoa concorrer: ela deve ser
cidadã americana nata, ter ao menos 35 anos, e ter residido nos EUA por
ao menos 14 anos. O texto não afirma que uma pessoa condenada não pode
se tornar presidente.
“Há muitos debates sobre se um candidato presidencial que foi acusado
ou está envolvido num processo judicial em andamento pode concorrer ao
cargo”, diz a professora de ciência política Laura Merrifield Wilson, da
Universidade de Indianápolis. “Mas eles se baseiam em questões morais,
juízos de valor e opiniões, não em leis explícitas ou barreiras
processuais.”
Trump pode ser impedido de concorrer sob a 14ª Emenda?
A seção 3 da 14ª Emenda da Constituição dos EUA afirma que pessoas
que “se envolveram em insurreição ou rebelião” depois de jurarem cumprir
a Constituição são desqualificadas para ocupar qualquer cargo, civil ou
militar, nos Estados Unidos.
Os ativistas que querem ver Trump desqualificado com base nessa
cláusula afirmam que as ações do então presidente no período anterior ao
ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, constituem participação
numa insurreição. Eles argumentam que as mentiras de Trump sobre como os
democratas roubaram a eleição incentivaram a turba que invadiu o
Capitólio naquele dia.
Foram feitas tentativas para que Trump fosse removido das cédulas de
primárias em alguns estados com base nessa emenda, “que foi
originalmente usada para impedir que secessionistas retornassem a seus
cargos no governo após a Guerra Civil Americana”, explica o jornalista
Brandon Conradis, editor do site de notícias políticas The Hill.
Mas, em março de 2024, a Suprema Corte derrubou uma dessas tentativas
no Colorado, sob o argumento de que não são os estados que têm
autoridade para impedir que pessoas se candidatem a cargos federais, mas
o Congresso.
Essa decisão anulou tentativas semelhantes em outros estados. Como o
Congresso está dividido, com os republicanos tendo maioria na Câmara dos
Deputados e os democratas tendo uma maioria de apenas um assento no
Senado, parece pouco provável que Trump seja impedido de concorrer com o
recurso à 14ª Emenda.
Trump poderá votar se condenado?
Provavelmente não. O registro eleitoral de Trump é na Flórida, onde condenados não podem votar.
“A maioria dos condenados na Flórida recupera o direito de voto
depois de cumprir toda a sentença, incluindo liberdade condicional ou
liberdade provisória, e pagar todas as multas e taxas”, explicou a
jornalista de política Maggie Astor no New York Times.
Mas a liberdade condicional de Trump provavelmente não terminaria a
tempo de ele recuperar seu direito de voto. Portanto, se condenado,
Trump ainda poderia concorrer à presidência, mas não poderia votar.
Mas o que acontecerá se Trump for para a cadeia?
Ninguém sabe.
“Isso tudo é muito longe de qualquer coisa que já tenha acontecido”,
disse o especialista em direito constitucional Erwin Chemerinsky, da
Universidade da Califórnia em Berkeley, ao New York Times. “É tudo
suposição.”
Legalmente, Trump continuaria elegível e poderia concorrer, mesmo
atrás das grades. Se ele fosse eleito, fica a questão de como tomaria
posse e de como iria conduzir reuniões.
“Trump poderia entrar com um processo para ser libertado com base no
fato de que sua prisão o estaria impedindo de cumprir suas obrigações
constitucionais de presidente”, especula Astor.
Mas, mais uma vez, como nunca nada parecido com isso aconteceu nos EUA, é impossível dizer como as coisas seriam na prática.
Se eleito, Trump poderia usar o perdão presidencial para se beneficiar?
Em teoria, Trump poderia comutar sua sentença de prisão ou até mesmo
tentar usar o perdão presidencial para si mesmo, mas esses seriam usos
extremos do poder presidencial que provavelmente teriam sua
constitucionalidade questionada na Suprema Corte (onde os juízes
conservadores têm uma maioria de 6 a 3).
Como alternativa, o presidente Joe Biden, no fim de seu mandato,
poderia perdoar Trump, se o republicano for vitorioso, para que o homem
eleito pelos eleitores dos EUA pudesse governar o país.
Essas ações, porém, só se aplicariam aos casos federais e não aos
julgamentos em Nova York e na Geórgia, pois presidentes não têm o poder
de conceder perdão para condenações estaduais.
Para relembrar os 90 anos da primeira busca em grande escala
por Nessie, caçadores de monstros tentam a sorte novamente com a maior
procura de todos os tempos, agora com a ajuda da Nasa.
No verão de 1934, o barão escocês Sir Edward Mountain reuniu uma equipe de 20 pessoas para descobrir a verdade sobre o monstro do lago Ness.
Ele colocou observadores com binóculos e câmeras ao redor do lago que
fica nas Terras Altas, as Highlands escocesas, para rastrear a lendária
criatura. Há testemunhos que Nessie, como foi apelidado o monstro, tenha
sido avistado ao menos 21 vezes. Mas os registros, em forma de
fotografias e filmes, não são convincentes. Os resultados foram
apresentados à Linnean Society of London, uma organização sem fins
lucrativos dedicada ao estudo da história natural. Os associados
concluíram que os animais avistados eram muito provavelmente lontras ou
até mesmo uma baleia orca.
Desde o primeiro avistamento, foram feitas mais de 1.156 ocorrências
no registro oficial de aparições do monstro do Lago Ness. “No ano
passado, deixamos o mundo em polvorosa com uma das maiores buscas por
Nessie, com participantes dos Estados Unidos, Canadá, França, Itália,
Japão e outros países”, diz Paul Nixon, diretor do Centro do Lago Ness.
Para marcar o 90º aniversário da primeira busca em grande escala, o
centro está organizando uma busca ainda maior, chamada “The Quest” (a
busca), que é realizada desta quinta-feira (30/05) até o próximo
domingo. O centro está determinado a “descobrir mais sobre o esquivo e
misterioso monstro do lago Ness”.
Em agosto de 2023, dezenas de entusiastas de Nessie observaram o lago
por dois dias, e os Kellys, como muitos outros, permaneceram por horas
no lago nas Terras Altas escocesas, às vezes até sob chuva torrencial.
“Há muitos relatos de locais”, diz Scott Kelly. “Tenho certeza de que
algo desconhecido está vivendo no lago.” E Steve Feltham, pesquisador de
Nessie, acrescentou à agência de notícias DPA: “É uma observação
organizada do lago Ness, o que é ótimo. Quanto mais olhos atentos na
água, melhor.” Ele está procurando o monstro há mais de 30 anos –
provavelmente mais tempo do que qualquer outra pessoa.
Câmeras infravermelho foram usadas para encontrar Nessie, pois um
monstro marinho irradia calor como qualquer outra criatura viva – pelo
menos essa é a hipótese dos pesquisadores. Drones filmaram a superfície
da água do lago Ness para registrar até mesmo o menor movimento. Um
hidrofone registrou ruídos subaquáticos incomuns na época, e é por isso
que a Nasa está contribuindo com sua experiência para a nova busca.
O avistamento em larga escala está sendo organizado pelo Centro do
Lago Ness, em Drumnadrochit, uma cidade na costa oeste do lago. Nessie
deve seu nome ao lago Ness, onde supostamente habita há séculos. O
primeiro avistamento de uma criatura estranha no lago Ness, situado no
norte da Escócia, é atribuído a São Columba, que introduziu o
cristianismo na Escócia no século 6º. O monge viajante irlandês Columba
de Iona teria encontrado o “monstro aquático” no lago Ness já em 565.
Em um livro, o abade de Iona conta como Columba salvou um homem que
havia sido atacado pela fera. “Columba fez o sinal da cruz no ar e
invocou o nome de Deus enquanto ordenava à fera: “Nem mais um metro! Não
toque nele! Retire-se imediatamente!” Quando o animal ouviu as palavras
do santo, fugiu com medo, como se estivesse sendo puxado para longe
dali por cordas, embora estivesse apenas a uma curta distância do
homem.”
Há um registro, 1.100 anos depois do relato do santo, de que Nessie
tenha matado três homens, mas, fora isso, o monstro marinho foi sempre
retratado como pacífico. Uma conclusão que se pode tirar com esses
séculos de registros de aparições é que Nessie tem muitos anos de vida.
Isso também significa que o monstro adquiriu experiência suficiente para
se livrar de seus caçadores no lago, que tem até 230 metros de
profundidade. E eles já estiveram em seu encalço várias vezes –
especialmente desde que ele se tornou uma celebridade na era da mídia.
Nessie como sensação midiática
Em 1933, a gerente do hotel Aldie Mackay entrou em um bar e, para a
surpresa dos frequentadores, anunciou que havia acabado de ver um
“monstro” no lago Ness e que a água do lago estava muito agitada. O
jornal regional escocês Inverness Courier, agradecido pela curiosa história da misteriosa criatura, fez uma reportagem que espalhou a lenda rapidamente.
Vários repórteres viajaram de Londres, e um circo chegou a oferecer
20 mil libras para capturar o monstro. Pouco tempo depois, um
motociclista descreveu como a criatura atravessou a estrada à sua
frente. Relatou que ela se movia para frente com nadadeiras e carregava
uma ovelha em sua boca. Assim que chegou ao lago, ela submergiu. Desde
então, não deu mais para parar a “Nessiemania”.
A prova: uma foto do monstro
Em 19 de abril de 1934, o tabloide Daily Mail publicou a
primeira foto de Nessie. O registro, que supostamente veio de um
renomado médico londrino e entrou para a história como “a fotografia do
cirurgião”, mostrava uma espécie de plesiossauro. Uma sensação, e
ninguém duvidou da autenticidade da imagem.
O caçador de animais de grande porte Marmaduke Wetherell foi contratado pelo Daily Mail para
encontrar o monstro do lago Ness. E ele cumpriu a tarefa: pediu a seu
enteado Christian Spurling, um exímio modelista, que construísse o
monstro a partir de um submarino de brinquedo, com a cabeça e o pescoço
modelados em plástico. O médico, que “tirou a foto”, teve grande prazer
em participar da farsa – supostamente para dar mais credibilidade à
história dele – até que a farsa da foto foi revelada 60 anos depois.
Investigações sistemáticas do lago sem resultados
Isso não impediu que os caçadores de Nessie continuassem a procurar
evidências de sua existência. As novas fotos que apareceram, foram
verificadas quanto à autenticidade nos laboratórios do Museu de Defesa
Britânico e da Nasa, e muitas vezes eram tão boas, que parecia
improvável tratarem-se de falsificações.
Em 1972, o lago foi intensamente vasculhado sob a direção do Centro
de Investigacao do Lago Ness, que tentou provar a existência dessa
criatura pré-histórica – sem sucesso. Em 1987, barcos com sonar foram
usados na tentativa de finalmente desvendar o mistério. Durante a
Operação Deepscan, 24 barcos percorreram toda a largura do lago,
examinando o mundo subaquático do lago de 56 km². O sonar reagiu
fortemente a objetos grandes em várias ocasiões, mas Nessie não foi
detectado. Em 2019, uma equipe internacional de cientistas tentou
catalogar todas as espécies vivas no lago Ness, extraindo eDNA de
amostras de água. O DNA ambiental, ou eDNA, utiliza traços orgânicos
deixados pelos organismos vivos para identificá-los, fornecendo aos
cientistas informações vitais sobre ecossistemas inteiros de uma só vez.
O resultado: uma espécie grande não vive no lago, e os animais
observados poderiam ser, na melhor das hipóteses, enguias gigantes.
Os que negam e os que acreditam em Nessie
Inúmeras especulações sobre a verdadeira identidade de Nessie foram
feitas ao longo dos anos: ele seria um tubarão da Groenlândia, um
peixe-gato ou até mesmo um lagarto pré-histórico. Os céticos tentaram
explicar os supostos animais observados como focas, peixes voadores,
aves aquáticas, cervos nadando, troncos de árvores flutuantes ou
miragens.
Mas, apesar de todos os que negam sua existencia, os entusiastas de
Nessie não serão dissuadidos de procurar o monstro, mesmo no século 21.
“Somos os guardiões dessa história única, investindo não apenas na
criação de uma experiência inesquecível para os visitantes, mas também
na descoberta dos segredos que estão sob as águas do famoso lago”, disse
Paul Nixon, diretor administrativo do Centro do Lago Ness, ao Daily Mail.
É claro que tudo isso também pode ser considerado uma estratégia de
marketing, pois Nessie atrai muitos turistas para a Escócia. E uma busca
em grande escala impulsiona os negócios mais uma vez.
Caso os fãs finalmente encontrem Nessie, o monstro não tem com o que
se preocupar. Ele foi colocado sob proteção de espécies pelo Parlamento
escocês em 1934. Naquela época, a cervejaria Guinness colocou uma
recompensa de 500 mil libras pela cabeça do monstro – e Nessie deve ser
preservado para as gerações futuras.
Relatos são de que presidente americano cedeu a apelos de
Zelenski, permitindo uso de armas fornecidas pelos EUA contra território
russo para defender Kharkiv. Alemanha sugere que também pode concordar.
O presidente americano Joe Biden autorizou a Ucrânia a usar armas
fornecidas pelos Estados Unidos em ataques ao território russo,
informaram nesta quinta-feira (30/05) agências de notícias, citando
fontes anônimas da Casa Branca.
A permissão seria restrita a ações voltadas à defesa de Kharkiv, cidade no nordeste ucraniano a poucos quilômetros da fronteira com a Rússia.
A informação vem em meio aos apelos cada vez mais insistentes de Kiev
para que aliados entreguem armas de longo alcance, capazes de atingir
alvos em solo russo.
“O presidente recentemente orientou sua equipe a garantir que a
Ucrânia possa usar armas fornecidas pelos EUA para fins de contra-ataque
na região de Kharkiv, para que a Ucrânia possa revidar contra as forças
russas que as estão atacando ou se preparando para atacá-las”, disse um
alto funcionário da Casa Branca à agência de notícias AFP, sob condição
de anonimato.
“Nossa política de proibir o uso de ATACMS [sistema de mísseis
táticos do Exército] ou ataques de longo alcance dentro da Rússia não
mudou”, disse a autoridade, referindo-se aos mísseis de longo alcance
recentemente enviados por Washington a Kiev.
O ATACMS é capaz de atingir alvos a 300 km de distância e já havia
chegado à Ucrânia este mês por ordem do presidente, segundo o Pentágono.
Países como Grã-Bretanha, Holanda e França dizem que Kiev tem o
direito de usar as armas que eles fornecem para atacar alvos militares
na Rússia.
Mais cedo nesta quinta, a Rússia advertiu contra ataques em seu
território usando armas ocidentais. “Isso será, em última análise, muito
prejudicial aos interesses daqueles países que escolheram o caminho de
escalar as tensões”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Alemanha promete mais € 500 milhões em armas à Ucrânia
Também nesta quinta, o ministro alemão da Defesa, Boris Pistorius,
anunciou nesta quinta-feira (30/05) um novo pacote de armas para a
Ucrânia no valor de 500 milhões de euros (R$ 2,8 bilhões).
O comunicado foi feito por Pistorius ao lado de seu homólogo, o
ucraniano Rustem Umerov, durante visita não anunciada à cidade portuária
de Odessa. Segundo ele, parte do material já está para ser entregue.
O pacote de ajuda militar inclui munição para o sistema de defesa
aérea de médio alcance IRIS-T SLM – capaz de repelir mísseis a até 20
quilômetros de altitude e 40 quilômetros de distância –, além de mísseis
de curto alcance SLS.
Também serão fornecidas peças de reposição e canos de substituição
para os sistemas de artilharia, bem como um milhão de munições para
armas pequenas.
Esta é a terceira ida dele ao país desde o início da invasão russa, em 2022. A viagem ocorre em meio a uma nova ofensiva de Moscou no nordeste da Ucrânia, combinada com pesados ataques aéreos.
“Continuaremos a apoiá-los nesta campanha defensiva”, disse Pistorius
durante reunião com Umerov. Este, por sua vez, voltou a reforçar os
pedidos de Zelenski: “Nossos parceiros devem nos fornecer armas para que
possamos empurrar o inimigo para trás das fronteiras internacionalmente
reconhecidas da Ucrânia”, afirmou Umerov.
Pistorius sobre uso das armas: “Não se pode discutir tudo em público”
Em entrevista à TV alemã ARD, Pistorius evitou confirmar se as armas enviadas pelo Ocidente podem ser usadas pela Ucrânia para atingir alvos na Rússia – uma tecla na qual Kiev vem batendo.
À ARD, Pistorius argumentou que o Direito Internacional permite
o uso dessas armas, mas que nem tudo pode ser discutido em público: “No
fim das contas, a Ucrânia decide em comum acordo com seus parceiros o
que vai ou não fazer.”
A questão está sendo debatida por países-membros da Organização do
Tratado do Atlântico Norte (Otan), que se reuniram nesta quinta-feira em
Praga, e o secretário-geral da entidade Jens Stoltenberg, assim como a França,
apoiam a medida; Estados Unidos e Alemanha – os dois maiores aliados de
Kiev –, porém, têm até agora evitado declarações claras nesse sentido.
As tropas ucranianas na linha de frente continuam a sofrer com a escassez de munição após
a demora de mais de seis meses do Congresso americano em aprovar um
pacote de ajuda crucial no valor de 61 bilhões de dólares (R$ 317,46
bilhões, o equivalente a mais de 5% do Orçamento brasileiro para o ano
de 2024).
O dinheiro acabou sendo liberado em abril, mas armas e munições ainda não chegaram em grande número às linhas de frente ucranianas.
A Alemanha é o segundo maior fornecedor de armas a Kiev, atrás apenas dos Estados Unidos.
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Os americanos estão começando a se afastar dos carros movidos exclusivamente a gasolina, mas a maioria não está se voltando aos veículos elétricos. A escolha tem recaído sobre os híbridos.
Os híbridos oferecem alguns dos benefícios dos elétricos – custos
mais baixos de combustível, menos poluição – sem despertar a ansiedade
quanto a encontrar um carregador ou ficar sem energia em uma longa
viagem.
“Os híbridos são a porta de entrada para a transição” para os carros
elétricos, disse Stephanie Valdez Streaty, diretora da consultoria Cox
Automotive. “É uma boa opção para os consumidores que não estão prontos
para comprar um elétrico.”
Os americanos estão mais hesitantes em comprar carros elétricos agora
do que há um ano, de acordo com uma pesquisa da Gallup de março, que
constatou que apenas 44% dos adultos americanos dizem que considerariam
comprar um elétrico no futuro, em comparação com 55% no ano passado.
Essa mudança de atitude coincide com uma desaceleração nas vendas de
carros e caminhões elétricos. Os americanos compraram menos desses
veículos no primeiro trimestre de 2024 do que no trimestre anterior – a
primeira queda desde que a pandemia lançou a economia no caos em 2020.
Enquanto isso, os híbridos continuam se tornando mais populares. No
último ano, os híbridos aumentaram sua participação no mercado, mesmo
com a estagnação dos veículos elétricos.
Os prós e contras dos híbridos
Os carros híbridos oferecem algumas vantagens sobre os elétricos. Em
geral, eles são mais baratos e podem abastecer com gasolina para dirigir
longas distâncias sem carga. “Você não precisa mudar nada em seu estilo
de vida”, disse Valdez Streaty.
Mas os híbridos têm muitas desvantagens. O fato de ter dois sistemas
de energia separados, um elétrico e outro a gasolina, significa mais
desafios de manutenção, e o funcionamento com gasolina é mais caro do
que com eletricidade.
Além disso, continuar a queimar gasolina no longo prazo não ajudará a
evitar os efeitos mais catastróficos da mudança climática. As novas
regras federais de poluição de automóveis permitirão que as montadoras
mudem de motores a gasolina pura para híbridos no curto prazo, mas, por
fim, as regras empurrarão todas as montadoras para veículos elétricos
após 2030.
Atualmente, a decisão se resume às circunstâncias individuais dos
compradores de automóveis, de acordo com Valdez Streaty. Para aqueles
que, em sua maioria, percorrem distâncias curtas, têm acesso a estações
de recarga nas proximidades ou em casa e podem se dar ao luxo de gastar
um pouco mais no início para economizar combustível mais tarde, os
elétricos fazem sentido, disse ela. Para aqueles que dirigem longas
distâncias e não têm estações de recarga em sua área, um híbrido é uma
boa opção.
“Veremos uma mistura de híbridos e elétricos, e isso dependerá de sua situação”, disse.
Mais modelos híbridos chegam às concessionárias
O americano que pensa em comprar um híbrido terá muitas opções. Os
fabricantes de automóveis estão inundando o mercado com novos modelos
híbridos e recuando em alguns de seus planos mais ambiciosos para
aumentar a produção de veículos elétricos.
Este ano, a Ford adiou seus planos para novos modelos de picapes e
SUVs elétricos e anunciou que desenvolverá versões híbridas de todos os
seus modelos até 2030. A General Motors – que se comprometeu a vender
somente veículos elétricos até 2035 – agora planeja começar a vender
híbridos nos Estados Unidos pela primeira vez desde que abandonou o
Chevy Volt, em 2019.
Enquanto isso, a Toyota – fabricante do híbrido por excelência, o
Prius – manteve sua estratégia de priorizar os híbridos, mesmo quando
outras montadoras apostaram seu futuro nos veículos elétricos, e foi
recompensada com vendas e lucros recordes.
“Os fabricantes estão determinando: Onde está a demanda por veículos
elétricos? E como posso mudar para apoiar a maior demanda por híbridos?”
disse Valdez Streaty.
PEQUIM, CHINA (FOLHAPRESS) – No verão do ano passado, a partir de 29
de julho, Pequim enfrentou suas maiores chuvas em 140 anos. Em 83 horas,
atingiu 60% da água que costuma chover num ano. Morreram 33 pessoas na
capital chinesa.
Dez meses depois, o bairro de Mentougou, o mais atingido, na região
oeste da cidade, ainda está em obras. Ruas que estavam cobertas de água
ganharam asfalto poroso, encostas de morros estão sendo reforçados –e o
leito de um rio que correu mundo ao cobrir uma ponte, está seco, sendo
refeito para não assorear.
Essas e outras imagens, como os aviões ilhados no novo aeroporto de
Daxing, na rota das águas de Mentougou, levantaram dúvidas quanto às
cidades-esponja, projeto chinês iniciado oficialmente em 2015 –e que é
visto como uma possível resposta para tragédias como a do Rio Grande do
Sul.
Daxing, que abriu meses antes da pandemia, é chamado de “aeroporto
esponja”, com amplo terreno úmido, lago artificial, valas e telhados
verdes. O propósito, como no projeto todo, era absorver a água da chuva
como uma esponja. Não aconteceu porque, antes de mais nada, choveu acima
do teto previsto.
As chuvas e os tufões prosseguiram no verão chinês até setembro,
quando atingiu a chamada Grande Área da Baía, no sul. Cidades da região,
como Shenzhen, haviam se declarado prontas para chuvas como aquelas
registradas até dois séculos antes, após seis de anos de implantação do
projeto. Não foi o bastante.
O arquiteto Kongjian Yu, considerado um dos pais das cidades-esponja e
professor da Universidade de Pequim, defende que as autoridades devem
continuar a usar a técnica. Ele rebate as críticas dizendo que a
implantação está só no começo na capital.
Afirma que “a campanha de cidades-esponja da China se provou muito
bem-sucedida”, citando o exemplo de Sanya, na província de Hainan.
“Situada na região das monções, costumava sofrer terríveis inundações
urbanas e agora é festejada.”
Segundo ele, “é preciso esclarecer que se confundem as
cidades-esponja verdadeiras com as falsas, porque muitas usam só como
uma marca”. Grandes estruturas subterrâneas de retenção ou barragens
são, na verdade, “o oposto dos princípios”.
Segundo Yu, “certamente esta solução baseada na natureza também terá
que integrar algum grau de engenharia de infraestrutura” desse gênero.
Mas, “para resolver as inundações e secas e os problemas de
biodiversidade, a cidade-esponja é a principal solução adaptativa e deve
ser priorizada.”
Questionado se estava acompanhando as enchentes no Brasil e se tinha
algo específico para sugerir, afirmou: “Sim, vocês precisam agir
imediatamente. Quanto mais cedo, melhor, porque o próximo golpe pode ser
muito pior. Solução planeta-esponja”.
O especialista diz que “reter água na fonte sempre que a chuva cair e
dar à água mais espaço rio acima, diminuir a velocidade da água durante
seu fluxo, recuperando áreas úmidas e esponjas nas fazendas e ao longo
dos cursos d’água, e criar um sistema de esponjas resiliente na área
urbana”. Barragens de concreto e muros de inundação “não são solução,
eles fracassaram e vão fracassar”.
Ainda para os brasileiros, falou: “Aprendam com os erros e com o êxito da China”.
Também questionado sobre as enchentes no Brasil, o engenheiro civil
Mark Fletcher, da consultoria britânica Arup, responde que “têm sido
devastadoras, mas é importante reconhecer, quando acontecem, que esses
eventos extremos serão mais frequentes e mais intensos”. Exigem uma
resposta sistêmica, para mais resiliência e também “recuperações mais
rápidas”.
Também ele tira uma lista do que fazer, começando por buscar
“governança unida em todo o ciclo da água” e também destacando “aprender
com o que aconteceu para buscar novas infraestruturas e melhorar a
manutenção dos ativos de inundação existentes”.
Sobre cidades-esponja, diz que tem visitado a China para acompanhar
os programas em Pequim, Xangai, Cantão e Nanquim. “O conceito de
abrandar e armazenar as águas pluviais, para reduzir o impacto das
inundações em termos de perdas de vida e de danos nas infraestruturas, é
muito sensato. Todas as cidades precisam construir rapidamente sua
resiliência à incerteza das mudanças climáticas.”
Acrescenta que “é um conceito que tem origem na China, mas não há uma
abordagem rígida” sobre como chegar lá. “Podemos aprender com o que já
foi implementado na China, mas as soluções para cada país e cidade serão
diferentes, pois o contexto local é diferente.”
Também ele defende implementar seus princípios sem abandonar as “infraestruturas residuais”, como piscinões e barragens.
Aconselha não considerar a cidade-esponja “isoladamente como uma bala de prata”.
A própria China evita fazê-lo, tratando o projeto com paciência e
pouco alarde. Os primeiros passos teriam sido dados em 2013, mas a
formalização pelo Conselho de Estado só foi se dar dois anos depois.
Mais dois e o então primeiro-ministro Li Keqiang afirmou que era
prioridade “promover a construção de cidades-esponja, para que as áreas
urbanas tenham não apenas forma exterior, mas substância real”.
Até na maior aposta de urbanismo para o país, Xiong’an, que vem sendo
erguida para receber parte da administração estatal e para ser um
modelo ambiental para as demais, o conceito de esponja é evitado ou
minimizado. A nova cidade fica a cem quilômetros da capital, cerca de
meia hora por trem-bala.
Ainda está em obras. “O que posso dizer é que a infraestrutura de
cidade-esponja que está sendo construída lá não está concluída, mas
houve um investimento significativo, criando bacias de inundação para os
rios ao redor e uma rede de cursos d’água para absorver a água em toda a
cidade”, diz o pesquisador americano Andrew Stokols, do MIT.
“Ainda não sabemos se vai funcionar, porque ainda não foi testada”,
diz, lembrando que as enchentes de 2023 não chegaram à cidade. “A
localização de Xiong’an é muito difícil, porque é extremamente baixa.”
Ex-professor da Universidade de Pequim, ele retorna à capital neste
verão para seguir atento o que vai acontecer com a Brasília chinesa.
Com a chegada do frio,
muitas pessoas percebem um maior desejo de consumir alimentos mais
calóricos. Apesar de alguns pensarem que se trata de algo puramente
psicológico e sem explicação clara, especialistas afirmam que essa
mudança nos hábitos alimentares é resultado de uma combinação de
fatores fisiológicos, emocionais e sazonais.
O presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
de São Paulo (SBEM-SP), Felipe Henning, explica que, com a chegada do
frio, nosso corpo precisa gerar mais calor para manter a temperatura
adequada, o que acelera o metabolismo e aumenta a demanda por energia. Essa necessidade extra de energia, mesmo que discreta, leva nosso organismo a buscar alimentos que forneçam mais calorias.
Além disso, o nutrólogo da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo,
Daniel Magnoni, afirma que, durante o frio, a queima de gordura e de
reservas energéticas pode gerar a sensação de emagrecimento, levando à
percepção de que precisamos repor a composição corpórea. “O nosso
organismo é um sensor de necessidades constantes. Essa sensação de emagrecimento nos
faz pensar que precisamos nos alimentar mais. Isso, aliado à busca pelo
bem-estar proporcionado por alimentos quentes, que dão prazer, faz com
que o consumo hipercalórico aumente nessa época”, ensina.
Apesar das explicações fisiológicas, Henning lembra que, no frio, as
pessoas também costumam sair menos de casa e tendem a substituir
atividades ao ar livre por momentos de lazer em ambientes fechados,
como restaurantes. Esse cenário — ainda mais quando inclui os
indivíduos mais ansiosos — se une à demanda fisiológica, contribuindo
para o maior consumo calórico nos dias mais gelados. “A explicação é
fisiológica, mas uma parte significativa também parte do contexto do
próprio indivíduo”, afirma.
Como evitar o abuso calórico nos dias frios?
Segundo Magnoni, há várias estratégias para reduzir o consumo de
alimentos hipercalóricos nos dias frios, a começar pela ingestão de
fibras e proteínas, que são substâncias capazes de causar uma maior
sensação de saciedade.
O nutrólogo também sugere fracionar mais a alimentação, mantendo a
quantidade total habitual, mas dividindo-a em porções menores ao longo
do dia – outra tática para prolongar a sensação de saciedade. De acordo
com ele, a prática de atividade física merece atenção redobrada. Isso
porque, à medida em que existe uma maior ingestão de alimentos, também
há um aumento de gasto energético.
Por sua vez, Henning acrescenta que evitar o acesso fácil a alimentos
calóricos pode ajudar a reduzir o consumo excessivo nessa época do ano.
“Isso significa evitar ter esse tipo de alimento em casa, pois quando
estão ao alcance, especialmente em momentos de ansiedade e desejo por
prazer alimentar, é mais provável ceder e consumi-los”, afirma.
Outra estratégia envolve aumentar o consumo de líquidos quentes,
sendo uma boa opção optar por bebidas não calóricas, o que não inclui os
famosos cappuccino ou chocolate quente açucarados. Segundo Henning, os
chás são uma ótima pedida (especialmente o verde, porque estimula
levemente o metabolismo). “Os líquidos quentes não apenas ajudam a
manter a temperatura corporal, mas também promovem uma sensação de
saciedade devido ao volume de líquido no estômago”, explica o
especialista.
Ginkgo, colágeno, cúrcuma e vários outros são um mercado de bilhões
com muita promoção nas redes sociais. Mas eles raramente são
regulamentados e controlados, e as promessas de benefícios geralmente
são falsas.Muitas pessoas tomam suplementos alimentares que prometem
melhorar a pele e o cabelo, fortalecer o sistema imunológico ou melhorar
o desempenho, entre inúmeros outros supostos benefícios. Magnésio,
ferro, vitamina D, colágeno e muitos outros fazem parte de um mercado de
bilhões.
A especialista em nutrição Angela Clausen, do centro de
aconselhamento ao consumidor do estado alemão da Renânia do
Norte-Vestfália, lida há anos com esse tema. “O problema é que muitas
pessoas veem os suplementos alimentares como uma espécie de medicamento
natural e os usam de acordo com essa visão: para tratar ou mesmo curar
doenças”, diz. “Porém, suplementos alimentares apenas fornecem
componentes essenciais que não estão em quantidade suficiente na dieta
das pessoas.”
Muitos suplementos alimentares são apenas dinheiro jogado fora.
Entretanto, algumas substâncias, como vitamina D, iodo ou selênio, podem
até mesmo ser prejudiciais se consumidas em excesso.
E justamente por não serem medicamentos, suplementos alimentares
estão sujeitos a muito menos controle por autoridades de saúde. Em geral
eles podem ser comercializados sem que tenham sido feitos testes de
segurança, qualidade ou eficácia.
E por serem menos controlados, os suplementos alimentares nem sempre
contêm os ingredientes indicados na embalagem ou podem não conter as
quantidades indicadas nelas. Em alguns casos até contêm substâncias
perigosas ou proibidas.
No vale-tudo das redes sociais, há ainda menos controle. Falsas
promessas sobre as propriedades saudáveis dos suplementos alimentares
são encontradas em toda parte.
A DW verificou as promessas associadas a três suplementos alimentares nas redes sociais.
Quatro suplementos para ficar “mais inteligente”
Alegação: Neste vídeo do TikTok, que foi visualizado cerca de 1,7
milhão de vezes, uma pessoa afirma: “Você não é burro, apenas não tem
circulação suficiente no cérebro, o que o impede de se focar, de se
concentrar, e o resultado é uma memória muito fraca.”
Os quatro principais suplementos recomendados por ela para lidar com
isso são ginkgo biloba, bacopa monnieri, L-teanina e L-treonato de
magnésio.
Verificação de fatos da DW: Falso
Melhorar o desempenho cognitivo e a concentração com esses
suplementos alimentares seria mesmo bom demais para ser verdade. A
nutricionista Friederike Schmidt, da Universidade de Lübeck, analisou o
vídeo para a DW.
“A TikToker fala sobre mecanismos metabólicos muito específicos, e
ela passa mesmo a impressão inicial de ser muito competente”, observa
Schmidt. No entanto, a especialista ressalta que, em relação a muitos
aspectos das substâncias mencionadas, “na verdade não se tem ideia do
que elas fazem e se de fato ajudam”.
Por exemplo, uma das alegações feitas no vídeo é que o extrato da
planta bacopa monnieri aumenta o nível do neurotransmissor acetilcolina
no cérebro, o que melhora a memória.
“Isso é muito do além”, diz Schmidt. “Até hoje não houve nenhum
estudo metodologicamente sólido, muito menos vários estudos, em que as
pessoas receberam esse extrato de planta, tiveram mais acetilcolina em
seus cérebros e, então, conseguiram se lembrar melhor das coisas.”
Clausen observa que a citação de estudos de pouca ou nenhuma
relevância é uma tática comum na propaganda de suplementos alimentares.
“Os estudos apresentados geralmente são um desastre no que diz respeito
ao produto abordado”, diz.
De modo geral, as alegações da TikToker não são cientificamente
sólidas. Não há provas de que suas “quatro principais recomendações de
suplementos” melhorem o desempenho cognitivo da maneira que ela
descreve.
“Cura milagrosa” com a cúrcuma
Alegação: De acordo com este vídeo em espanhol, que teve mais de 1,5
milhão de visualizações, a cúrcuma em pó dissolvida em água pode ajudar a
combater o eczema. O vídeo também alega que ela desintoxica o corpo,
previne a artrite e reduz o risco de câncer. Alegações semelhantes podem
ser encontradas em outros vídeos.
Verificação de fatos da DW: Falso
Usada como tempero, a cúrcuma, ou açafrão-da-terra, há muito tempo é
considerada boa para a digestão. Porém, de acordo com Clausen, todas
essas alegações do vídeo são insustentáveis. “Não há estudos que as
sustentem”, afirma.
Foram efetivamente feitas pesquisas sobre o ingrediente ativo da
cúrcuma, a curcumina, mas não há estudos “padrão ouro”, ou seja, estudos
realizados em seres humanos, nos quais nem os pesquisadores nem os
participantes sabiam quem havia recebido o placebo e quem, o ingrediente
ativo e que tenham sido corroborados por no mínimo um outro estudo
realizado por um grupo de trabalho diferente.
Estudos mostraram apenas que um extrato específico de cúrcuma, numa
dosagem específica, tem um efeito anti-inflamatório em testes de
laboratório, em um tubo de ensaio. Mas esses efeitos só podem ser
atribuídos a esse exato extrato, nessa exata dosagem, e não simplesmente
à cúrcuma. O efeito em seres humanos pode ser completamente diferente
do efeito num tubo de ensaio.
“Estamos muito longe de poder dizer que a cúrcuma definitivamente
ajuda”, diz Schmidt. A nutricionista explica que um problema específico
da curcumina é que ela é muito reativa, o que significa que no
laboratório ela interage com muitas outras substâncias – o que,
presumivelmente, também é o motivo pelo qual se diz que ela é eficaz
contra tantas doenças e problemas. Mas isso não significa que ela seja
eficaz em pessoas.
Colágeno “melhora pele, cabelo, unhas e articulações”
Alegação: Publicações nas redes sociais também atribuem muitos
efeitos positivos ao colágeno. Este vídeo viral afirma que ele dá uma
pele mais firme, unhas mais fortes e cabelos mais brilhantes e fortes,
enquanto este clipe do TikTok afirma que ele também ajuda nas
articulações.
Verificação de fatos da DW: Falso
O colágeno é uma proteína produzida naturalmente pelo corpo e é
importante para os ossos, articulações, músculos e tendões. Os
suplementos alimentares que contêm colágeno são, portanto, de origem
animal, geralmente feitos de resíduos de matadouros.
Não está claro quão bem o corpo é capaz de processar o colágeno
recebido de fontes externas. Até mesmo o suposto efeito mais conhecido
do colágeno – o rejuvenescimento da pele – ainda necessita de mais
pesquisas, de acordo com um metaestudo realizado em 2023.
“Nenhuma dessas promessas publicitárias foi aprovada para uso na UE,
certamente não a que se refere à saúde das articulações”, diz Clausen.
Não há nenhuma evidência conclusiva de que o colágeno tenha esse efeito,
acrescenta.
A organização dela até mesmo processou – e ganhou a causa – o
fabricante do produto Glow25 Collagen Pulver em 2022 por usar o slogan
“Ossos e articulações saudáveis”. O fabricante reconheceu que essa e
outras promessas não podiam ser cumpridas pelo produto. No entanto,
muitas postagens online ainda fazem essas alegações.
Conclusão: consumidores estão sendo enganados
Com os suplementos alimentares, não é fácil separar a verdade da
propaganda enganosa. De modo geral, as alegações feitas nas redes
sociais são muitas vezes exageradas, sem base científica ou até mesmo
proibidas.
“Em muitos casos, vemos que as pessoas estão apenas gastando dinheiro
em coisas de que não precisam”, diz Schmidt. “A ideia de que você pode
fazer algo pela sua saúde usando apenas com alguns comprimidos ou pós é
muito tentadora”, diz.