História de VICTORIA AZEVEDO E JULIA CHAIB – Folha de S. Paulo
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Os pré-candidatos à sucessão de Arthur
Lira (PP-AL) na presidência da Câmara dos Deputados acumulam obstáculos
para viabilizar seus nomes na disputa. A eleição ocorre em fevereiro de
2025, e a corrida pela sucessão do alagoano está indefinida.
Hoje, há ao menos quatro deputados que se apresentam: Elmar
Nascimento (União Brasil-BA), Marcos Pereira (Republicanos-SP), Antonio
Brito (PSD-BA) e Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL).
Lira, que não pode concorrer à reeleição, tenta transferir seu
capital político a um parlamentar de sua escolha. Ele afirmou a
deputados que pretende definir o nome de seu candidato até agosto, antes
das eleições municipais.
Nos bastidores, avalia que nenhum dos nomes colocados tem hoje os
votos necessários. Por isso, tem buscado o apoio do governo Lula (PT) ao
seu sucessor. Como mostrou a Folha, o alagoano ofereceu ao petista a
possibilidade de o presidente da República vetar um dos candidatos para
consolidar essa aliança.
Um dos motivos para a preocupação são as resistências aos atuais pré-candidatos.
Elmar Nascimento é considerado o mais próximo de Lira, o que gera
apreensão em parlamentares. Os deputados do chamado baixo clero também
criticam a postura do líder da União Brasil por repetir o estilo ríspido
do presidente da Câmara no trato do dia a dia.
Ele também sofre resistência no Palácio do Planalto. Ainda na
transição de governo, foi vetado por membros do PT da Bahia para ocupar
um ministério na Esplanada de Lula.
Também pesa contra Elmar o fato de o senador Davi Alcolumbre (União
Brasil-AP) ser o favorito para a presidência do Senado. Políticos se
opõem a um mesmo partido comandar as duas Casas do Legislativo.
Além disso, Elmar votou contra a manutenção da prisão do deputado
Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), preso sob suspeita de ser um dos
mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). Ele fez
corpo a corpo com parlamentares defendendo sua posição, contrariando
parlamentares governistas.
Aliados de Elmar dizem, no entanto, que ele tem condições de agregar apoio e se tornar o candidato de Lira à sucessão.
Já Marcos Pereira (SP), bispo licenciado da Igreja Universal do Reino
de Deus e presidente do Republicanos, enfrenta críticas da própria
bancada evangélica da Casa e de parlamentares do PL mais alinhados a
Jair Bolsonaro.
Recentemente, foi atacado por deputados bolsonaristas por defender o
andamento de matérias relacionadas ao combate às fake news e à regulação
da inteligência artificial (IA).
As declarações deixaram “um gosto ruim”, nas palavras de um aliado de
Bolsonaro, mas não necessariamente farão com que o ex-presidente vete o
nome de Pereira na disputa.
Pereira também enfrenta resistência entre parlamentares de partidos
de esquerda por ser ligado à Universal –ele foi vice-presidente da TV
Record, de propriedade do bispo Edir Macedo, líder da igreja. Por outro
lado, deputados dizem que ele pode aproximar Lula do segmento
evangélico.
Pereira viajou com Lula, a convite do presidente, para um evento em
Santos (SP) no começo do ano. Segundo uma pessoa próxima ao parlamentar,
um novo encontro poderá ocorrer em breve.
Líder do PSD na Câmara, Antonio Brito (BA) é considerado hoje o nome
mais próximo do Planalto, o que causa apreensão entre membros da
oposição. Conta a seu favor um bom trânsito com parlamentares e líderes
da direita, assim como entre diferentes bancadas da Casa.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, publicou no fim de abril
imagem de um encontro com Brito em suas redes sociais. À Folha, naquele
momento, ele disse que o deputado é um “bom candidato” e que membros do
PL respeitam o parlamentar.
Deputados afirmam que pesa contra Brito o fato de ele ser próximo ao
presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab. Eles dizem que Kassab, hoje
secretário de Governo e Relações Institucionais de São Paulo, ganharia
poder excessivo na Câmara com a eventual eleição de Brito.
Isnaldo Bulhões Jr., por sua vez, integra em Alagoas o grupo do
senador Renan Calheiros (MDB-AL), adversário de Lira, o que representa
um importante obstáculo para suas pretensões.
Cardeais do centrão dizem que Isnaldo poderá crescer na disputa se for atribuída a ele a imagem de um candidato “anti-Lira”.
Além dos quatro nomes, também são lembrados como potenciais
candidatos os líderes do PP, Doutor Luizinho (RJ), e do Republicanos,
Hugo Motta (PB).
Luizinho tem o respaldo do presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), mas
deputados do centrão dizem que ele não tem apoio necessário em outros
partidos para se tornar um candidato viável.
Já Hugo Motta, apesar de ser uma opção para o próprio Lira, é do
mesmo partido de Marcos Pereira e só entrará na disputa se o presidente
da legenda desistir –possibilidade considerada difícil hoje.
Pereira ofereceu entregar a presidência da legenda a Motta caso seja
eleito presidente da Câmara, o que daria projeção ao aliado nas eleições
de 2026.
PRÉ-CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA DA CÂMARA
Elmar Nascimento (União Brasil-BA)
É considerado o mais próximo de Lira, mas há dúvidas sobre a viabilidade da candidatura
Marcos Pereira (Republicanos-SP)
Possui boas relações com membros do governo e com a oposição, mas enfrentou críticas de bolsonaristas
Antonio Brito (PSD-BA)
Líder do PSD, é apontado como o mais alinhado ao governo Lula até agora, mas há receio de poder excessivo de Kassab
Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL)
Líder do MDB, tem agido nos bastidores da Casa; congressistas avaliam que ele pode ser o candidato “anti-Lira”
LISBOA, PORTUGAL (FOLHAPRESS) – Regiões afetadas por desastres
naturais de grandes proporções –como terremotos, tsunamis, incêndios
florestais e inundações– podem aproveitar as lições aprendidas com essas
tragédias para se reconstruírem de forma mais eficiente e com maior
resiliência às condições ambientais.
É a situação do Rio Grande do Sul, que vive uma tragédia devido às
enchentes desde o final de abril que já mataram mais de 160 pessoas em
vários municípios.
“No rescaldo imediato de um grande desastre, uma vez que os esforços
de socorro e recuperação estão completos, há uma enorme pressão sobre os
governos para começar imediatamente a reconstruir e mostrar resultados.
Isso é compreensível, mas apressar-se no processo de reconstrução sem
as instituições adequadas em funcionamento é um grande erro”, escreve
Abhas Jha, gerente de mudanças climáticas e gestão de risco de desastres
para o sul da Ásia do Banco Mundial.
Em vários pontos do planeta, países têm investido em diferentes estratégias para se reerguerem depois de fenômenos extremos.
Após enfrentar, em único dia, um terremoto, um tsunami e uma
emergência nuclear, o Japão se encontrou com um cenário de destruição de
grandes proporções. Em 11 de março de 2011, um sismo de magnitude 9 no
oceano Pacífico, a cerca de 130 km da cidade de Sendai, foi seguido de
ondas gigantes. Os eventos destruíram grandes áreas no leste do país e
provocaram quase 20 mil mortes.
A força das águas causou danos também à estrutura da usina nuclear de
Fukushima Daiichi, onde três dos seis reatores derreteram, liberando
elementos radioativos que contaminaram o entorno. O episódio foi o mais
grave acidente nuclear desde o de Tchernóbil, em 1986, na então União
Soviética (hoje território da Ucrânia).
Quatorze anos após a tragédia, a recuperação ainda não acabou, mas o
país já reconstruiu boa parte das estruturas afetadas, incluindo casas,
hospitais e estradas. Técnicas de construção otimizadas para cenários de
abalos sísmicos, bem como novas barreiras e estruturas de proteção
contra tsunami foram amplamente empregados na reconstrução.
Um relatório de 2021 indica que, naquela altura, cerca de 541 km de
rodovias –o equivalente a 95% do total destruído– já haviam sido
repostos. No processo de recuperação das vias, os japoneses adotaram
técnicas de planejamento e construção mais eficientes –inclusive, em
alguns casos, reduzindo a distância de deslocamento em relação ao que
existia antes do terremoto.
O ponto mais desafiador continua sendo as imediações da usina de
Fukushima. Embora o perímetro de isolamento tenha diminuído desde o
acidente, autoridades reconhecem que a desinfecção total da área e o
manejo dos resíduos ainda podem levar décadas até serem concluídas.
Após o acidente, o Japão investiu na criação de um órgão para
coordenar as atividades de recuperação, a chamada Agência de
Reconstrução. Uma taxa especial foi usada para aumentar a arrecadação de
fundos para financiar os projetos, tanto por meio de obras públicas
quanto em linhas de crédito para pessoas e empresas.
Pesquisadora no Centro de Síntese Cidades Globais do Instituto de
Estudos Avançados da USP e especialista em projetos interdisciplinares e
indicadores de resiliência, Fabiana Lourenço e Silva Ferreira destaca
que a recuperação depois das catástrofes pode ser uma oportunidade para
ampliar a resistência das cidades e adaptá-las às mudanças climáticas,
reduzindo os riscos associados à ocorrência de novos desastres.
“O marco de Sendai, que é o marco regulatório desenvolvido a partir
de um acordo mundial, preconiza que, no caso de acontecer um desastre,
nós temos de pensar bem na reconstrução. Não se trata de reconstruir no
mesmo padrão, mas sim de reconstruir melhor, adequando tudo às
características de cada local”, afirma.
A especialista considera que as autoridades devem ainda ponderar
sobre o que deve ser reconstruído. Edificações em áreas de risco elevado
ou em perímetros de proteção ambiental estão entre as que não deveriam
ser repostas.
“Em algumas áreas afetadas, se for verificado que havia ali uma
exposição indevida, não se pode simplesmente voltar a construir”, diz.
“Infelizmente, muitas vezes o poder público fecha os olhos,
principalmente em pequenos municípios.”
A ideia de avaliar os estragos para repensar a reconstrução foi um
dos pontos adotados na ilha da Madeira, território de Portugal no oceano
Atlântico, depois de uma das enchentes mais devastadoras de sua
história, em fevereiro de 2010.
Além das inundações, a ilha enfrentou uma série de grandes
deslizamentos de terra, causando a morte de 49 pessoas e deixando cerca
de 250 feridos, além de centenas de desabrigados. Houve ainda danos às
infraestruturas e ao sistema de abastecimento.
O processo de recuperação do local envolveu esforços que contaram
também com financiamento de instituições europeias, incluindo o Banco
Europeu de Investimento. Um dos mecanismos era a concessão de
financiamentos de pequeno e médio porte para apoiar iniciativas de
reparação dos danos, mas também de adaptação do local contra desastres
naturais futuros.
Como o turismo é uma das principais fontes de renda da região, as
mudanças também levaram em conta a necessidade de proteger essa
atividade econômica.
Uma das áreas mais afetadas pelos deslizamentos, a cidade de Funchal,
capital da Madeira, ganhou medidas adicionais de prevenção, como a
instalação de grandes barragens para o controle de sedimentos.
Essas estruturas são formadas por paredes de concreto com 10 metros
de altura que têm “dentes” que auxiliam na retenção dos detritos
sólidos. Assim, em caso de inundação, somente os materiais mais finos
conseguem passar pelos espaços.
Do outro lado do mundo, na Austrália, os danos foram causados por
incêndios florestais que traumatizaram um país já acostumado a ligar com
grandes fogos. Em 7 de fevereiro de 2009, várias localidades na região
de Victória foram consumidas pelas chamas.
O incêndio, um dos maiores já ocorridos no país, deixou 173 mortos e
um rastro de desolação, com danos em 109 cidades. Mais de 2.300 casas
destruídas e 43 mil hectares tiveram danos registrados.
Além de criar um comitê especial para investigar o desastre, o
governo australiano usou a devastação das chamas para alterar suas
políticas de prevenção e resposta aos incêndios.
Desde então, foram implementados novos protocolos, que incluem
alterações em códigos de construção e e um moderno sistema de alerta à
população.
A pesquisadora Fabiana Lourenço e Silva Ferreira afirma que não
existe solução única que se adeque à adaptação de todas as cidades.
“Cada cidade tem de se adaptar em função das suas características
locais e das suas vulnerabilidades. Nós temos de considerar o clima, as
características culturais daquela população e muitos outros aspectos”,
descreve.
História de JOSÉ MARQUES E THAÍSA OLIVEIRA – Folha de S. Paulo
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O julgamento do TSE (Tribunal Superior
Eleitoral) que livrou o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) da
cassação levantou discussões a respeito da necessidade de regulamentação
do período da pré-campanha eleitoral e de quais gastos podem ser feitos
nessa fase.
Na terça-feira (21), o tribunal rejeitou por 7 a 0 ação que acusava
Moro de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação
em 2022.
As acusações contra Moro tratavam, principalmente, de temas
relacionados aos gastos no período que antecedeu a campanha oficial ao
Senado.
O PL e o PT argumentaram que os valores foram desproporcionais porque
ele almejava inicialmente a Presidência da República, gerando
desequilíbrio entre os concorrentes.
A conclusão do julgamento foi célere por pressão do Senado sobre o
TSE e pela intenção do presidente da corte, Alexandre de Moraes, de
fazer um aceno ao Legislativo.
Mas também gerou preocupações no Judiciário de que o tribunal
acabasse passando o recado a políticos de todo o país, em ano de eleição
municipal, de que os julgamentos sobre gastos de pré-campanha serão
afrouxados com essa decisão.
A própria ministra Cármen Lúcia, que assumirá a presidência do TSE em
junho e comandará o tribunal nas eleições municipais, deu recados ao
votar sobre o assunto.
Ela disse que analisava apenas sobre o caso concreto de Moro, e que
não foram apresentadas provas suficientes para que houvesse
caracterização de conduta irregular.
“Este período de pré-campanha traz uma série de dificuldades, o que
se mostra até na nossa jurisprudência”, disse a ministra. “Nesta fase
não se tem, rigorosamente, de maneira exaustiva e fechada, o que pode e o
que não pode [fazer]”, afirmou. “[Mas] É preciso alertar que este
período [de pré-campanha] não é algo tolerável para qualquer tipo de
comportamento.”
Ao votar, no fim do julgamento, Moraes também cobrou regulamentação do tema.
“Há necessidade de uma alteração no sistema eleitoral brasileiro em
relação à pré-campanha”, disse, acrescentando que essa divisão em
relação à campanha não existe em países como França, Inglaterra e
Estados Unidos.
“Aqui nós temos essa figura da pré-campanha que gera alguns
problemas. Por exemplo, alguém que é ligado a associações comerciais e é
um pré-candidato a deputado federal”, exemplificou.
“Ele, durante dois ou três anos faz palestra em todas as associações
comerciais e a associação comercial convida, paga o hotel e o
transporte, e isso não é considerado pré-campanha. Quem é ligado a
universidade é convidado pelas universidades. Há necessidade de uma
regulamentação melhor”, afirmou.
O próprio Moro disse, num evento de comemoração organizado pela
oposição do Senado após a decisão do TSE, que é necessário acabar com a
“incerteza jurídica” sobre pré-campanhas.
Ele sugeriu que essa discussão seja feita no âmbito do novo Código
Eleitoral, que já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e teve o texto
modificado pelo Senado. O relatório sobre o tema deve ser votado na
Comissão de Constituição e Justiça no dia 5 de junho, e pode ser levado
ao plenário no mesmo dia.
“No meu caso, a tentativa de cassação não era porque a gente tinha
excedido gasto de campanha, não foi por caixa dois, mas foi
questionamento em cima da pré-campanha, que no fundo está mal regulada”,
disse Moro.
“Por ter um certo vazio de regras, muitas vezes o intérprete quer
criar regras, e aí vão criando regras meio absurdas e querem aplicar
retroativamente.”
A partir da minirreforma eleitoral de 2015, as vedações às
pré-campanhas, que eram mais rígidas, foram flexibilizadas. A regra
principal é a de que não se pode pedir voto explícito ao eleitor.
A partir de entendimentos da Justiça Eleitoral, outro tipos de
restrições foram sendo formadas, como a vedação a pedidos implícitos de
voto (como dizer “em outubro conto com vocês”), além do uso de outdoors
para exaltar qualidades pessoais dos candidatos. Também não é permitido
gasto excessivo que tire a isonomia do pleito.
Especialistas consultados pela Folha ressaltam a importância dessas
regras, apesar da falta de regulamentação sobre esse período.
“Na pré-campanha é permitido anunciar a intenção de concorrer nas
eleições, projetos políticos, ideias e posicionamentos sobre assuntos de
interesse do debate público, inclusive pela internet, e participar de
eventos partidários”, diz Amanda Cunha, coordenadora da Abradep
(Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político).
Também é possível “impulsionar conteúdos online e usar anúncios
pagos, desde que identificado o CNPJ do partido ou CPF do pré-candidato e
moderação de gastos que nas decisões eleitorais gira em torno de 10%
[do total de despesas na campanha], mas isso não está na lei, nem nas
resoluções”.
O advogado eleitoral Walber Agra, também membro da Abradep, diz que
não considera a prestação de contas na pré-campanha “um terreno sem
leis, uma anomia”.
Ele aponta que resolução do TSE mostra que os gastos da pré-campanha
não são “um indiferente eleitoral”, mas que devem observar “os
impedimentos da campanha” (por exemplo, contribuição de pessoa jurídica)
e “devem ser moderados, proporcionais e transparentes”.
“Dessa forma, os gastos não podem ser exorbitantes, devem ser
escriturados, públicos e não configurar qualquer tipo de ilícito
eleitoral”, afirma.
A principal discussão a respeito de necessidade de regulamentar a
pré-campanha é a possibilidade de estabelecer um teto sobre os gastos
que podem ser feitos.
Isso é defendido por parte de acadêmicos e observadores do processo
eleitoral, já que a métrica de 10% não está prevista em norma.
“Isso clama por uma regulamentação mais detalhada do Congresso”, diz o
advogado Fernando Neisser, doutor pela USP e professor de direito
eleitoral da FGV-SP.
Para ele, não há necessidade de que haja sistemas de prestação de
contas como acontece durante a campanha, mas que se crie um limite para
as despesas.
“Um parâmetro de gastos é uma solução mais inteligente e menos
burocrática. Uma prestação de contas da pré-campanha vai criar centenas
de processos para a Justiça Eleitoral. Há muito mais pré-candidatos do
que candidatos.”
História de Jayanne Rodrigues e João Scheller – Jornal Estadão
As novas exigências ambientais impulsionam
o crescimento de empregos verdes em diversos setores do mercado de
trabalho, incluindo mineração, agropecuária e indústria automotiva. Os
salários iniciais geralmente começam em R$ 3 mil, podendo alcançar até
R$ 50 mil em cargos mais seniores. Essa mudança não cria necessariamente
novas profissões, mas adapta os talentos existentes para atender às
novas regulamentações ambientais.
Em geral, as empresas apontam para a necessidade de os profissionais
buscarem especializações relacionadas ao mercado de energia renovável e
terem uma formação cada vez mais variada, incluindo temas técnicos, mas
também relacionados ao impacto ambiental do setor e à legislação
vigente. Quem “sair da caixa” e tentar se desenvolver de forma
multidisciplinar tem mais chances de crescimento, de acordo com
companhias ouvidas pela reportagem.
No entanto, alguns cargos são novos, como especialista em reciclagem
automotiva para coordenar a reutilização de materiais e a redução de
resíduos, modelador de dados para mapear informações dos nutrientes do
solo e pastagens nativas e supervisionar o processo de produção de
hidrogênio verde.
Outras são profissões já existentes, mas com especialização atualizada:
Engenheiros de produto
Engenheiros eletricistas
Zootécnicos
Advogados
Engenheiros eletricistas
Geólogos
Vejas as oportunidades de carreiras, conforme o setor:
Segundo as empresas consultadas pela reportagem, a produção de
hidrogênio verde em larga escala não deve necessariamente criar novas
profissões, mas se espera que impulsione a demanda do mercado por
profissionais que tenham conhecimento e experiência com as áreas de
energia e descarbonização. Alguns desses profissionais seriam:
Engenheiro elétrico: será essencial para coordenar
unidades de produção de hidrogênio verde. É importante que esse
profissional tenha conhecimento no mercado de energia renovável.
Especializações em redes de transmissão de energia e planejamento
elétrico podem ajudar a encontrar uma vaga neste novo mercado.
Engenheiro químico: trabalhará diretamente com o
processo de produção do hidrogênio limpo, que ocorre de diferentes
maneiras, em especial por meio do processo de eletrólise. Experiência
com o mercado de energia, em especial renovável, pode ajudar a encontrar
uma posição no mercado.
Por se tratar de um mercado ainda muito embrionário no País, não há
estimativas precisas de salários praticados na área. Mas, segundo a
consultoria Robert Half, profissionais ligados à energia verde podem ter
salários mensais que variam de R$ 6 mil a R$ 30 mil, dependendo do
cargo e nível de senioridade.
Socioeconomista: responsável por organizar
informações da produção da pecuária verde, incluindo avaliação econômica
das novas tecnologias para que sejam acessíveis aos produtores rurais;
Modelador de dados: mapeia dados dos nutrientes do solo e pastagens nativas;
Piloto de veículos não-tripulados: imagens aéreas e aplicação específica e mais eficiente de inseticidas;
Sensoriamento remoto: interpretação e monitoramento de imagens para otimizar insumos agrícolas e reduzir impactos ambientais;
Profissional especializado em IA: desenvolvimento
de modelos que simulem processos biológicos dos animais, como desempenho
e estimativas de ganho de peso. Profissionais de zootecnia podem usar
IA para solução de problemas complexos na produção animal.
O salário base de um profissional de agronomia e engenharia agrícola
no Brasil varia entre 5 e 8 salários mínimos, segundo a pesquisadora de
sistemas de produção animal sustentável da Embrapa Semiárido, Salete
Moraes. Dependendo da função, a remuneração pode oscilar entre R$ 4 mil e
R$ 15 mil, com uma média de R$ 8 mil.
O setor de mineração no Brasil passa por uma grande transformação nos
últimos anos, na esteira de desastres ambientais que fizeram o país
mudar sua política de fiscalização nesses espaços e também uma demanda
maior do mercado por uma economia descarbonizada.
Se antes o setor era dominado por engenheiros e técnicos, hoje há
espaço também para profissionais ligados à tecnologia e a um cuidado
maior com os efeitos da mineração no solo e na comunidade local.
Algumas das profissões demandadas pelo setor são:
Geotécnico: profissional é responsável por analisar
o solo e a região onde cada mina pode se instalar, conferindo
diferentes dados e elementos do local para elaboração do projeto de
engenharia.
Mecânico de Robótica: faz o ajuste em equipamentos que fazem a manutenção e inspeção das minas.
O mercado de carros elétricos e híbridos surge como uma alternativa
no setor automotivo para frear os efeitos da emergência climática no
mundo. No setor, não há necessariamente a criação de novos cargos, mas,
sim, uma adaptação. Confira algumas profissões requisitadas:
Engenheiros (mecânicos, eletricistas e da área de produção)
Administradores
Profissionais de relações públicas
Marketing
TI com foco no setor automotivo
A transição para o ramo da eletrificação também demanda investimentos
em habilidades complementares, diz Gabriel Perucci, head de RH da GWM
(Great Wall Motors), fabricante chinesa de automóveis.
“Precisamos que a pessoa chegue com bagagem técnica. Os acabamentos
do carro, pneu, roda e toda parte de estrutura do veículo são
praticamente as mesmas. Então, você traz profissionais que dominam esses
conhecimentos e vamos agregar algumas skills (habilidades).”
Capacidade para avaliar cenários, pensar fora da caixa, gerir
mudanças e dominar conhecimentos na área de inteligência artificial e
análise de dados são as principais habilidades exigidas para além da
formação técnica.
A remuneração no novo cenário da indústria automotiva é de
aproximadamente R$ 2.300 para funcionários do chão de fábrica, sem
incluir benefícios como previdência privada e seguro-saúde. Para
engenheiros em nível sênior, os salários variam entre R$ 13 mil e R$ 15
mil.
O setor de biocombustíveis vem crescendo e aumentando sua necessidade
por profissionais capacitados, desde os níveis técnicos até cargos de
gestão.
A capacidade de se adaptar ao uso da tecnologia adotada pelas
empresas, assim como ter conhecimentos específicos sobre o setor, é
fundamental para quem deseja ingressar na área, afirmam empresas do
setor. Algumas das carreiras em alta neste mercado são:
Engenheiro de bioprocessos: cuida do desenvolvimento e aprimoramento dos processos envolvidos na produção dos combustíveis.
Especialistas em rastreabilidade e certificação: certificam que a produção tem uma origem sustentável, como não ser proveniente de áreas desmatadas ilegalmente, por exemplo.
O mercado de carbono tem organizações especializadas em oferecer
serviços que auxiliam grandes empresas na mitigação dos impactos de suas
ações poluentes. Essas organizações vendem os créditos de carbono para
compensar a poluição do setor produtivo.
Veja algumas profissões do setor:
Advogados
Administradores
Assistentes sociais
Biólogos
Engenheiros florestais
Geógrafos
Sociólogos
Dentro dessas áreas de atuação, confira algumas funções desempenhadas:
Desenvolvimento de projetos: empresas especializadas em mapear áreas de reflorestamento ou captura de metano em aterros sanitários, por exemplo.
Operação: implantam a restauração que gerará os
certificados de crédito de carbono. Exemplo: restauração florestal por
meio do plantio de 10 mil árvores na Amazônia com o objetivo de
compensar as emissões das atividades de uma mineradora.
Auditoria: organizações de auditoria credenciadas que atuam como órgãos de certificação do crédito de carbono.
Impacto social: assegura que projetos de carbono gerem os benefícios sociais avaliados pela certificação.
O geógrafo Lucas Pereira, que também administra duas empresas do
mercado de carbono, calcula que profissionais em início de carreira
ganhem em torno de R$ 3 mil a R$ 4 mil. Já cargos mais seniores variam
entre R$ 12 mil e R$ 20 mil.
O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, concedeu um
punhado de entrevistas às vésperas da aprovação do nome de Magda
Chambriard como nova presidente da Petrobras – o que ocorreu em tempo
recorde e dispensando a praxe da votação dos acionistas reunidos em
assembleia – com o ostensivo propósito de frisar que quem manda na
companhia é o governo, não seus executivos nem muito menos os acionistas
privados. E “todos sabem o que o nosso governo quer da Petrobras”,
declarou ao Estadão.
Ao jornal O Globo, por exemplo, Silveira deixou claro que,
para o governo petista, a administração da Petrobras nos mandatos
anteriores de Lula da Silva foi “correta”, e só não entregou os
resultados esperados porque “a Petrobras ficou paralisada por causa da
Lava Jato”. Ou seja, para o ministro, não fosse a Lava Jato, que flagrou
um colossal esquema de corrupção na Petrobras, a estatal teria voado.
Assim, Silveira matou dois coelhos com uma só declaração: atribuiu à
Lava Jato a ruína da Petrobras, quando todos sabem que a empresa foi ao
brejo por causa do seu escancarado uso político pelos governos petistas;
e considerou “corretos” justamente os megalomaníacos planos
desenvolvimentistas de Lula e Dilma Rousseff que dilapidaram a empresa.
Portanto, devemos agradecer ao ministro pela transparência. Ninguém
mais no Brasil pode dizer que não foi avisado das intenções de Lula na
Petrobras.
É verdade que a Petrobras é controlada pela União, razão pela qual
seria ingenuidade supor que a empresa fosse atuar sem levar em conta os
interesses do governo. Por outro lado, essa característica não significa
que o governo possa fazer da estatal o que bem entender, porque uma má
administração desta que é a maior empresa do País gera prejuízos para
todos.
E foi isso precisamente o que aconteceu durante o trevoso mandarinato
lulopetista ao qual o sr. Silveira aludiu. Em frentes simultâneas foram
tocados projetos grandiosos que partiam do zero, como a construção de
estaleiros e navios, criação de polos petroquímicos, grandes refinarias,
gasodutos e plataformas. Tudo ao mesmo tempo, movimentando um volume de
recursos que obrigou a companhia a contrair uma dívida que chegou a
ultrapassar meio trilhão de reais (R$ 507 bilhões, em setembro de 2015,
ante um caixa de pouco mais de R$ 100 bilhões na época).
Obviamente, nada disso importa para o governo. O movimento de
Silveira – integrante do Centrão que se tornou um dos ministros mais
influentes de Lula – pareceu ter como alvo a própria Magda Chambriard.
Depois da gestão do petista Jean Paul Prates, demitido de forma sumária
apesar de fazer quase tudo o que seu chefe mandou, o ministro deixa
claro que não basta concordar com a estratégia estipulada pelo governo. É
preciso ser veloz na execução e não questionar. Difícil acreditar que o
recado do ministro tenha sido dado sem o aval do demiurgo petista.
O ministro Silveira sustenta que a Petrobras não é só uma empresa de
petróleo e que tem outras obrigações com o Brasil, mesmo se tiver de
renunciar ao lucro. Cita a produção de gás e fertilizantes, além do
refino, para enfatizar que caberá ao presidente Lula, o verdadeiro CEO
da empresa, a decisão final sobre os investimentos.
Logo, a nova presidente da Petrobras deve obedecer cegamente ao
chefe, algo que, segundo Silveira, Magda Chambriard certamente fará,
porque “as mulheres, quando pegam essa missão, o fazem com muito zelo”.
Magda é funcionária de carreira da Petrobras e foi diretora-geral da
Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis. Sua linha de
pensamento está em linha com os ideais do lulopetismo para o setor,
desde a necessidade de investir em refino até a valorização da política
de conteúdo local.
Resta saber se Magda Chambriard respeitará o alinhamento também em
questões comerciais, como a definição do preço dos combustíveis, tão
cara ao presidente da República, preocupado com o impacto na inflação.
Mas o ministro deixou claro que a nova presidente da Petrobras terá de
ter a “humildade” de fazer tudo o que o controlador mandar.
Parabéns, você pode criar um modelo mais seguro de tomada elétrica universal!
Essa será uma inovação com grande potencial para melhorar a vida das pessoas ao redor do mundo.
Dicas para te ajudar da melhor forma possível, precisamos de mais informações sobre o seu futuro modelo:
1. Características de segurança:
Tipo de proteção: Como a tomada protege contra choques elétricos,
curto-circuitos e sobrecargas? Utiliza mecanismos como disjuntores,
aterramento ou outros sistemas?
Materiais utilizados: Quais materiais são utilizados na
fabricação da tomada e dos plugues? Eles são resistentes ao calor, fogo e
outros riscos?
Certificações: A tomada possui certificações de segurança de órgãos renomados, como ABNT, UL, IEC ou outras?
2. Funcionalidade:
Compatibilidade: Quantos diferentes tipos de pinos a tomada pode
receber? Ela é compatível com os padrões de tomadas utilizados em todos
os países do mundo?
Conexão: Como os plugues se conectam à tomada? O sistema é seguro e evita mau contato?
Amperagem e voltagem: Qual a amperagem e voltagem máxima que a
tomada suporta? Ela é adequada para diferentes tipos de eletrodomésticos
e dispositivos eletrônicos?
3. Design:
Tamanho e formato: A tomada é compacta e fácil de instalar? Ela se integra esteticamente com diferentes ambientes?
Materiais: Os materiais utilizados no design da tomada são duráveis e esteticamente agradáveis?
Ergonomia: A tomada é fácil de usar e conectar/desconectar os plugues?
4. Informações adicionais:
Estágio de desenvolvimento: Em qual estágio de desenvolvimento o seu modelo se encontra? Já existe um protótipo funcional?
Planos para comercialização: Você já tem planos para comercializar a tomada? Qual o público-alvo?
Patentes: A tecnologia da sua tomada está protegida por patente?
Com essas informações, posso te fornecer um panorama mais completo sobre o seu modelo de tomada universal, incluindo:
Vantagens e diferenciais: O que torna sua tomada mais segura e vantajosa em comparação com os modelos existentes no mercado?
Desafios e oportunidades: Quais são os principais desafios que
você enfrenta para comercializar sua tomada? Quais oportunidades existem
no mercado para esse tipo de produto?
Possíveis aplicações: Em quais ambientes e situações sua tomada poderia ser utilizada?
Impacto social e ambiental: Qual o impacto positivo que sua tomada poderia ter na vida das pessoas e no meio ambiente?
Acredito que o seu modelo de tomada elétrica universal tem um grande
potencial para revolucionar o mercado e contribuir para um mundo mais
seguro e conectado.
O sucesso nunca é conquistado de maneira fácil, e para as mulheres
que desejam empreender as dificuldades podem ser ainda maiores; Hérica
Machado, fundadora da KARU, agência de marketing especializada em
soluções tailor made, lista algumas dicas que podem ajudar nesse caminho
São Paulo, maio de 2024 – À medida que o tempo passa, é necessário
seguir refletindo sobre os avanços das mulheres no mercado de trabalho.
Mas, para as que desejam empreender, muitas vezes o caminho não é dos
mais fáceis, apesar do empreendedorismo estar crescendo no Brasil. De
acordo com dados do Monitor Global de Empreendedorismo, feito pelo
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), e
pela Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de
Pequenas Empresas (Anegepe), quase 70% dos brasileiros de 18 a 64 anos,
estavam envolvidos com empreendedorismo em 2022. Além disso, eram 42
milhões de empreendedores já na ativa.
Entretanto, a pesquisa “Características dos Empreendedores:
Empreendedorismo Feminino”, divulgada pelo Sebrae no último Dia do
Empreendedorismo Feminino, mostra que as mulheres recebem menos apoio
para abrir ou gerir pequenas empresas do que homens. As empreendedoras
acabam dedicando menos horas às suas empresas, já que precisam utilizar
praticamente o dobro de tempo do que os homens nos cuidados com
familiares e com afazeres domésticos. Apesar disso, um estudo com base
nos dados divulgados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), também aponta que o percentual de empreendedoras em relação ao
total de negócios chegou a 34,4% em 2022, o que totalizou 10,3 milhões
de mulheres donas de seus próprios negócios.
Para Hérica Machado, fundadora e Head de Estratégia da KARU, agência
de marketing especializada em soluções tailor made, o caminho do
empreendedorismo precisa de muita coragem e persistência. “É preciso
coragem para se dedicar por horas aos detalhes de cada projeto,
acreditando muito na ideia, e persistência para garantir o crescimento –
seja de conhecimento, processos ou expansão do negócio. O que garante a
construção consistente de um negócio são os processos, a visão a médio e
longo prazo, e o planejamento”, comenta.
Nesse caminho, provar a eficiência e experiência como empreendedor
pode ser uma das maiores dificuldades para as mulheres. “Esse pode ser
um grande desafio, entendendo que construir uma carreira em cenários
onde os decisores majoritariamente são homens pode exigir mais para
equiparar a visão em relação aos pares. Ser uma mulher empreendedora é
ter que provar, e reafirmar, todos os dias, a qualidade do seu trabalho,
a excelência da entrega, o seu nível de conhecimento e expertise do seu
negócio”, entende Hérica.
Para iniciar um negócio, é imprescindível o investimento em um plano
de negócios. “Além de um plano bem construído, o acompanhamento e
ajustes de rota com agilidade se faz necessário. É preciso ter uma visão
de growth sobre o negócio, um plano bem elaborado e flexibilidade para
lidar com os imprevistos. Metas são importantes para entender o momento
certo de tomar decisão, já que se antecipar ou postergar demais pode
gerar prejuízos – não só financeiros, mas de confiança. A visão a longo
prazo e metas vêm do planejamento, que é a bússola para o crescimento
dos negócios”, analisa.
Para ajudar quem deseja se destacar no mercado de trabalho e
encontrar o sucesso com o seu próprio negócio, a especialista lista as
principais dicas. Confira:
1. Construa e confie no que está desenvolvendo
“Desenvolva o seu negócio com foco. Confie no seu repertório e no que
almeja como profissional. Acreditar no que está construindo, ter
confiança para vender sua ideia e estabelecer os objetivos são cruciais
nesta etapa da criação”, indica.
2. Encontre o seu diferencial
“É preciso consolidar a sua trajetória profissional, colher os frutos
de projetos bem sucedidos, bem como os aprendizados daquilo que deu
errado. Ao longo da carreira também é necessário conectar soluções
alinhadas com o cenário do negócio, entender o core business e se
dedicar a testar e entender a melhor aplicabilidade, validando público,
ticket, processos e cultura. A construção do diferencial irá nascer de
forma natural, pois você verá a lacuna do mercado que o seu negócio
resolverá”, defende a especialista.
3. Planejamento é importante, acompanhamento é essencial
“Quando traçamos uma rota é importante acompanhar o quanto estamos no
caminho. Não é diferente com o planejamento, tão importante quanto
construir a hipótese de caminho olhando para o objetivo do negócio é a
aferição dos indicadores de sucesso”, explica.
4. Tenha confiança no Network
“Por mais que possa ser clichê, é imprescindível que as mulheres
entendam que: sozinhas vamos mais rápido e juntas vamos mais longe. Ter
pessoas de confiança, mentores e colegas de profissão envolvidos em
colaborar ou validar ideias é um propulsor para ter uma solução ainda
mais alinhada com a necessidade do mercado”, completa.
5. Faça benchmark
“Conectar a rede profissional vai além do network para fechar novos
clientes. É possível aprender com quem já faz, abrindo discussões sobre
negócios, desafios e como solucioná-los. Assim, é possível reduzir o
tempo de aprendizado, acelerado decisões e crescimento”, finaliza Hérica
Machado.
Mindset correto é o que vai fazer você alcançar (ou não) o sucesso
Junior Borneli, co-fundador do StartSe
Mulher negra e sorridente segurando um IPad e olhando para frente (Fonte: Getty Images)
Mindset é a sua programação mental, é como você encara tudo que está ao teu redor
Mindset. Você já ouviu essa palavinha algumas vezes aqui no StartSe.
Ela é importante, talvez uma das coisas mais importantes para “chegar
lá” (seja lá onde for que você quiser chegar).
É sua habilidade de pensar o que você precisa para ter sucesso. E
como a maioria das coisas que você possui dentro de você, ela é uma
espécie de programação do seu ser. Tanto que é possível que você adquira
outro mindset durante a vida, convivendo com as pessoas corretas,
conhecendo culturas diferentes.
Algumas pessoas dizem que é isso das pessoas que faz o Vale do
Silício ser a região mais inovadora do mundo. Eu, pessoalmente, não
duvido. Fato é: você precisa de ter a cabeça no lugar certo, pois a
diferença entre um mindset vencedor e um perdedor é o principal fator
entre fracasso e sucesso.
Para isso, é importante você começar do ponto inicial: um objetivo.
“Todo empreendedor precisa ter um objetivo. Acordar todos os dias e
manter-se firme no propósito de fazer o máximo possível para chegar lá é
fundamental”, diz Junior Borneli, co-fundador do StartSe e uma das
pessoas mais entendidas de mindset no ecossistema brasileiro.
De lá, é importante você fazer o máximo que puder e não perder o
foco, mantendo-se firme. “Não importa se no final do dia deu tudo certo
ou errado. O importante é ter a certeza de que você fez tudo o que foi
possível para o melhor resultado”, avisa.
Com a atitude certa, é capaz que você sempre consiga canalizar as
coisas como positivas. “Você sempre tem duas formas de olhar um a mesma
situação: aquela em que você se coloca como um derrotado e a outra onde
você vê os desafios como oportunidades. Escolha sempre o melhor lado das
coisas, isso fará com que sua jornada seja mais leve”, alerta o
empreendedor.
Esses tipo de sentimento abre espaço para uma característica
importantíssima dos principais empreendedores: saber lidar com grandes
adversidades. “Um ponto em comum na maioria os empreendedores de sucesso
é a superação”, destaca Junior Borneli.
Saber lidar com essas adversidades vai impedir que você pare no
primeiro problema (ou falência) que aparecer na sua frente. “São muito
comuns as histórias de grandes empresários que faliram várias vezes,
receberam diversos ‘nãos’ e só venceram porque foram persistentes”,
afirma.
É importante ter esse mindset resiliente, pois, nem sempre tudo será
fácil para você – na verdade, quase nunca será. “Empreender é, na maior
parte do tempo, algo muito doloroso. Até conseguir algum resultado
expressivo o empreendedor passa por muitos perrengues. A imensa maioria
fica pelo caminho”, diz.
É como uma luta de boxe, onde muitas vezes, para ganhar, você terá
que apanhar e apanhar e apanhar até conseguir desferir o golpe (ou a
sequência) certo. “Na minha opinião, não há melhor frase que defina a
trajetória de um empreendedor de sucesso do que aquela dita por Rocky
Balboa, no cinema: ‘não importa o quanto você bate, mas sim o quanto
aguenta apanhar e continuar. É assim que se ganha’”, ilustra.
O problema talvez seja que alguns aspectos do empreendedorismo tenham
glamour demais. “Empreender não é simplesmente ter uma mesa com
super-heróis e uma parede cheia de post-its coloridos. Você vive numa
espécie de montanha russa de emoções, onde de manhã você é ‘o cara’ e à
tarde não tem dinheiro pro café”, salienta.
Vale a pena, porém, perseverar neste caminho. “Para aqueles que são
persistentes e têm foco, a jornada será difícil, mas o retorno fará
valer a pena!,” destaca o empreendedor.
DERROTA TAMBÉM ENSINA
Um ponto importante do sucesso é saber lidar com o fracasso e, de lá,
tomar algumas lições para sair mais forte ainda. “Toda derrota nos
ensina algumas lições e assim nos tornamos mais fortes a cada nova
tentativa. A cultura do fracasso, aqui no Brasil, é muito diferente dos
Estados Unidos”, afirma Junior.
No Vale do Silício, falhar é encarado algo bom, na verdade – e
aumenta suas chances de sucesso futuro. “Por lá, empreendedor que já
falhou tem mais chances de receber investimentos porque mostrou
capacidade de reação e aprendeu com os erros”, conta o empreendedor.
Mas ao pensar sobre fracasso, você precisa ter o filtro correto para
não deixar a ideia escapar. “Encarar os erros como ensinamentos e
entender que falhar é parte do jogo torna as coisas mais fáceis e
suportáveis”, salienta.
Foco é a palavra de ordem para você conseguir alcançar os objetivos
traçados no caminho, mesmo que em alguns momentos pareça que está tudo
dando errado. “Por fim, buscar o equilíbrio mental e o foco são
fundamentais. Nas vitórias, tendemos a nos render à vaidade e ao
orgulho. E nas derrotas nos entregamos ao desânimo e a depressão.
Mentalize seus objetivos, foque nos caminhos que vão leva-lo até eles e
siga firme em frente”, afirma.
É importante que você tenha noção de que para ser uma exceção, você
não pode pensar da maneira comodista que a maior parte das pessoas. “Se
você quer chegar onde poucos chegaram, precisará fazer o que poucos têm
coragem e disposição para fazer”, completa.
O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?
Moysés Peruhype Carlech
Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”,
sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de
resto todas as lojas dessa cidade no Site da nossa Plataforma Comercial
da Startup Valeon.
Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer
pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as
minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais
uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?
Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a
sua localização aí no seu domicílio? Quais os produtos que você
comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online
com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu
WhatsApp?
Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para
ficarem passeando pelos Bairros e Centros da Cidade, vendo loja por loja
e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.
A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao
mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para
sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em
Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para
enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de
isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos
hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar
pelos corredores dos shoppings centers, bairros e centros da cidade,
durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar
por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que
tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa
barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio
também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.
É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda
do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim
um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu
processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e
eficiente. Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e
aumentar o engajamento dos seus clientes.
Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu
certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer”. –
Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um
grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe
você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o
próximo nível de transformação.
O que funcionava antes não necessariamente funcionará no
futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas
como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos
consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas
tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo
aquilo que é ineficiente.
Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de
pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos
justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer
e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde
queremos estar.
Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a
absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que
você já sabe.
Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo
por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na
internet.
Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a
sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar
você para o próximo nível.
Aproveite essa oportunidade para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.
Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.
As tecnologias de captura e armazenamento de carbono têm sido muito discutidas nos últimos tempos. Sendo vistas como uma das possíveis soluções para reduzir os impactos das mudanças climáticas.
No entanto, mesmo desenvolvidas com o intuito de preservar a vida
humana no planeta, essas tecnologias nem sempre estão livres de
malefícios.
O CCS, sigla em inglês para Carbon Capture and Storage, surgiu como uma ferramenta capaz de amenizar os impactos das emissões de dióxido de carbono na atmosfera provenientes de combustíveis fósseis e
indústrias. Nesse processo, ela pode capturar até 90% das liberações
desse gás produzidas. Tudo a partir do uso de combustíveis fósseis na
geração de eletricidade e processos industriais. Mas também do desmatamento e da utilização de calcário para a produção de cimento.
Em 2005, alguns cientistas e o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) apontam
essa tecnologia como um mecanismo de mitigação não único, mas
imprescindível. Contudo, para outros, ela veio apenas para reforçar o
uso de combustíveis fósseis nos meios de produção das indústrias
tradicionais.
Como funciona a captura e o armazenamento de carbono?
A Captura e Armazenamento de Carbono (CCS) consiste em três partes principais: captura, transporte e armazenamento de carbono.
Captura de carbono
A captura de carbono (CO2) é realizada de três formas diferentes, cada uma com processos específicos:
Pré-combustão
Pós-combustão
Combustão de oxi-combustível
Os sistemas de pré-combustão convertem combustível sólido, líquido ou gasoso em uma mistura de hidrogênio e
gás carbônico. Isso a partir de processos como gaseificação ou
reforma. Nessa reação, o hidrogênio pode ser usado como gerador de
calor ou energia livre de dióxido de carbono.
A captura pós-combustão envolve capturar o gás carbônico da exaustão
de um sistema de combustão. Então, absorvê-lo em um solvente, antes de
remover e comprimir os elementos poluentes. O dióxido de carbono também
pode ser separado usando filtração por membrana de alta pressão, bem
como por processos de separação criogênica.
Por fim, a combustão de oxi-combustível consiste na queima de um
combustível com o oxigênio no lugar do ar. Para que o gás resultante
seja constituído de vapor de água e gás carbônico. Apesar desse processo
facilitar a captura de carbono devido à sua maior concentração, ele
requer a separação prévia de oxigênio do restante do ar.
Transporte
A captura de carbono é realizada para que o dióxido de carbono possa
ser comprimido e transportado por meio de dutos. A mesma tecnologia
daqueles que já transportam gás natural. A CCS Association afirma
que milhões de toneladas são transportadas anualmente para fins
comerciais e ressalta que existe um potencial significativo de
desenvolvimento dessa infraestrutura.
Armazenamento de carbono
Depois de transportado, o gás carbônico é armazenado cuidadosamente
em formações geológicas selecionadas, que ficam localizadas a vários
quilômetros abaixo da superfície da Terra. As opções de armazenamento
costumam ser aquíferos profundos, cavernas ou domos de sal,
reservatórios de gás ou óleo e camadas de carvão. Por serem encontradas
em locais profundos, essas formações geológicas armazenam o dióxido de
carbono bem longe da atmosfera. Logo, diminuindo os impactos de suas
emissões.
Quais as vantagens e desvantagens da captura de carbono?
Existem prós e contras quando se fala na tecnologia de captura e armazenamento de carbono.
O primeiro ponto contra é que, até o efetivo desenvolvimento e
disseminação dessa ferramenta, muito combustível fóssil ainda será
queimado. Isso faz com que muitos cientistas duvidem da validade dessa
solução. Afinal, uma vez que a própria existência do CCS pode reforçar
um aumento no uso desses combustíveis.
Contudo, aqueles a favor da disseminação do CCS defendem que o uso de
combustíveis fósseis está longe de acabar. De acordo com John Thompson,
participante da Fossil Fuel Transition Project, o uso dessas
fontes de energia continua aumentando. Por isso, uma tecnologia que
diminua as emissões atmosféricas de CO2 é necessária de ser
implementada, mesmo que ainda não seja a melhor solução.
Outro custo, além do energético, são os elevados investimentos necessários. Para conter o aquecimento global na
meta de 1,5 °Celsius, seriam necessários mais de cem projetos de CCS. A
fim de eliminar 270 milhões de toneladas de poluição de dióxido de
carbono por ano, de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA).
No entanto, os custos dessa ampliação não atraem as grandes
indústrias. Assim, soltar esse gás na atmosfera é muito mais barato.
Entenda o que é aquecimento global no vídeo abaixo:
Ainda, para além das dificuldades dessa tecnologia de captura, o
armazenamento também passa a ser pauta de debate. Existem diversos
riscos envolvendo as técnicas de armazenamento geológico desse gás do
efeito estufa, como a ocorrência de terremotos e vazamentos acidentais.
Tecnologia sustentável e captura e armazenamento de carbono
Para cientistas como Peter Eisenberg, fundador da Global Thermostat,
uma tecnologia que não retira dióxido de carbono da atmosfera não é
sustentável. Nas palavras de Eisenberger Por que gastar tanto tempo,
energia e ingenuidade chegando com soluções que não são realmente
soluções?. Segundo ele, apenas a tecnologia que remove o gás já
presente no ar poderia ser a solução chamada de “carbono-negativo”. E,
assim, viabilizar a comercialização do composto comprimido no mercado.
Assim, a tecnologia que retira o CO2 diretamente do ar surge com a
promessa de resolver os problemas em torno do CCS. Ao contrário da
captura tradicional, a ferramenta não precisa ser acoplada diretamente
nas fontes poluidoras para seu funcionamento.
Como a captura é feita através da atmosfera, o carbono capturado
diretamente é proveniente de vários tipos de emissões. Alguns exemplos
são as de carro ou avião, transportes responsáveis por metade da
liberação de gases do efeito estufa (GEE)
no planeta. Dessa forma, diferentemente das técnicas de capturas
tradicionais que exigem uma remodelagem do complexo industrial, ela pode
ser mais facilmente instalada.
Além disso, os defensores da captura pela atmosfera afirmam que essa
tecnologia permite uma redução significativa dos custos e dos gastos
energéticos. Uma vez que ela não precisa de elevadas temperaturas e
concentrações para o seu funcionamento. A ferramenta também tem outras
vantagens, como processos comprovados, maior pureza do gás carbônico e
maior flexibilidade na localização.
As técnicas de captura e armazenamento de carbono aparecem
como uma ajuda extremamente importante, porém apresentam consequências a
serem ponderadas. A captura pelo ar parece diminuir muitos desses
efeitos ou dificuldades de implementação. No entanto, o fato de que as
fontes de energia devem ser substituídas não muda.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes
(MDB), diz ao Painel que a cidade vai aderir ao programa de escolas
cívico-militares proposto pelo governo Tarcísio de Freitas
(Republicanos).
O projeto de lei, enviado pelo Executivo em março, foi aprovado na
Assembleia Legislativa de São Paulo na terça-feira (21), sob protestos
de estudantes contrários à proposta, e será sancionado pelo governador.
O programa prevê a contratação e a remuneração de policiais militares
e agentes do Corpo de Bombeiros, aposentados, para funções
administrativas e de vigilância no pátio escolar. Além disso, eles
também cuidarão do desenvolvimento de “atividades extracurriculares de
natureza cívico-militar”. Os profissionais de Educação continuarão
encarregados da parte pedagógica.
Tarcísio prometeu que implementaria o modelo em São Paulo após o
presidente Lula (PT) anunciar, em julho do ano passado, o fim do
programa nacional de fomento a escolas cívico-militares criado por Jair
Bolsonaro (PL).
O programa de Tarcísio abrange escolas públicas estaduais e
municipais paulistas de ensino fundamental, ensino médio e educação
profissional.
Segundo o projeto aprovado na Alesp, a participação dos municípios
ocorrerá por meio de adesão voluntária e de regime de cooperação, que
deverá ser tanto financeira como pedagógica.
O formato ainda será definido por meio de ato da Secretaria da Educação, atualmente comandada por Renato Feder.
A princípio, a implementação do modelo cívico-militar deverá
priorizar as unidades com baixo desempenho na avaliação do Ideb (Índice
de Desenvolvimento da Educação Básica) e situadas em regiões tidas como
socialmente vulneráveis.
Não foi apresentado nenhum estudo até o momento pelo governo de São
Paulo que comprove os benefícios educacionais do modelo ou estudo de
impacto na formação dos estudantes.
Para além da manifestação de interesse dos municípios, as escolas
interessadas em adotar o formato precisarão declarar a intenção de
participar. Uma consulta formal à comunidade local da unidade de ensino
(professores e responsáveis legais dos alunos) também deverá ser feita.
Também será realizado um processo seletivo para contratar os
policiais que quiserem atuar nessa função, e para a qual receberão um
adicional salarial. No caso de escolas municipais, a seleção ficará a
critério das secretarias municipais de Educação.
A quantidade de contratados dependerá da disponibilidade orçamentária do estado e dos municípios interessados.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de autoria do senador
Plínio Valério (PSDB-AM), que estabelece mandato de oito anos aos
ministros do Supremo Tribunal Federa (STF), sem direito à recondução ao
cargo, tramita no Congresso Nacional.
Além de mudar o sistema de composição da Corte em vigor desde os
tempos do Império, a PEC 16/2019 não afeta os atuais ministros da Corte e
só valeria para os futuros indicados após a aprovação da proposta no
Congresso.
Atualmente, os ministros só precisam deixar o cargo ao completar 75
anos de idade. Do quadro de 11 ministros em exercício, três têm
permanência garantida na corte até, pelo menos, 2042, sendo esses Dias
Toffoli, Alexandre de Moares e Flávio Dino.
André Mendonça e Nunes Marques ocupam o cargo até 2047 e Cristiano
Zanin assume até 2050. Os outros cinco ministros encerram seu período
entre 2028 e 2033.
O processo de vitaliciedade inicia após o magistrado tomar posse do
cargo. Os membros só deixam a função no Tribunal por meio de
aposentadoria. Embora em tramitação, o texto que institui mandatos fixos
de oito anos aos ministros é alvo de críticas por membros do Supremo. O
ministro Gilmar Mendes, em seu perfil no X (antigo Twitter), questiona a
apresentação de textos reformistas sobre a funcionalidade da Corte.
“A pergunta essencial, todavia, continua a não ser formulada: após
vivenciarmos uma tentativa de golpe de Estado, por que os pensamentos
supostamente reformistas se dirigem apenas ao Supremo?”, escreveu.
A animosidade entre Congresso e Supremo vem escalando a cada ano. Em
novembro do ano passado, o Senado aprovou a PEC que limita decisões
individuais dos ministros do STF. O texto prevê que os magistrados
ficarão impedidos de suspender por meio de decisões individuais a
vigência de leis aprovadas pelo Legislativo.
Nesse sentido, há outras duas propostas de criação de mandato fixo
para os ministros tramitando na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)
da Casa. Os textos foram apresentados por Angelo Coronel (PSD-BA) e
Flavio Arns (PSB-PR) e tramitam na Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ) da Casa.
No caso da emenda de Valério, foi apreciada pelo presidente do CCJ,
Davi Alcolumbre (União-AP), em março deste ano. A senadora Tereza
Cristina (PP-MS) fará parte da relatoria.