quinta-feira, 23 de maio de 2024

MINISTRO DIAS TOFOLLI É AMIGO DO LULA E LULA É AMIGO DO DONO DA ODEBRECHET (AMIGO DO AMIGO DO MEU PAI)

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

A fábula sobre a Operação Lava Jato a que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli tem se dedicado a escrever nos últimos meses ganhou mais um capítulo anteontem. Monocraticamente, como se tornou habitual, o ministro declarou a “nulidade absoluta” de todos os atos processuais e investigações em desfavor de ninguém menos que o notório empreiteiro Marcelo Odebrecht, uma das figuras mais identificadas com o esquema do “petrolão” do PT.

De antemão, é preciso registrar que, fosse Dias Toffoli minimamente cioso das obrigações que as leis, a ética profissional e o senso de decência impõem à toga, ele não deveria assinar uma lauda sequer em processos envolvendo a Novonor (antiga Odebrecht) ou seus altos executivos, por absoluta suspeição. Como é público, Marcelo Odebrecht já identificou Dias Toffoli, em depoimento oficial, como sendo “o amigo do amigo de meu pai”, numa referência ao presidente Lula da Silva, à época investigado no âmbito da Lava Jato, e ao pai do empresário, Emílio Odebrecht – de fato, um amigo de longa data do petista.

Mas, ignoradas essas barreiras legais e éticas para atuar no caso, o céu se tornou o limite para a imaginação fértil do sr. Dias Toffoli, como o ministro demonstrou ao longo das 117 páginas de sua decisão. Nessa peça de realismo fantástico, o mesmo Marcelo Odebrecht que se notabilizou por seu envolvimento direto e abrangente no maior esquema de corrupção de que o Brasil já teve notícia seria, na verdade, uma pobre vítima da truculência do Estado a merecer o amparo da mais alta instância do Poder Judiciário.

Como a realidade factual é irrelevante para quem está empenhado em acomodar a História em sua agenda de ocasião, o ministro Dias Toffoli não pareceu constrangido com o fato de que Marcelo Odebrecht confessou a prática dos crimes dos quais foi acusado – em particular, o pagamento de propina para ao menos 415 políticos de 26 partidos. Espancando a lógica, o ministro manteve hígido o acordo de colaboração premiada assinado pelo empresário em seus bônus, mas tornou inválidos os seus ônus.

Zombando da inteligência alheia – ou simplesmente dando de ombros para os fatos –, Dias Toffoli quer que a sociedade acredite que um dos mais bem-sucedidos empresários do País, assessorado, portanto, por uma equipe de advogados altamente qualificados, teria sido alvo, ora vejam, de um “incontestável conluio processual” engendrado pelo então juiz Sérgio Moro e membros da força-tarefa do Ministério Público Federal em Curitiba (PR). E tudo isso com o objetivo de cercear “direitos fundamentais do requerente (Marcelo Odebrecht), como, por exemplo, o due process of law”. Tenha paciência.

Dito isso, por mais relevante que seja a participação individual do ministro Dias Toffoli nessa cruzada revisionista da Operação Lava Jato, seu papel é menos importante e nefasto para a institucionalidade republicana do que a omissão de seus pares no STF. Desde setembro de 2023, Dias Toffoli tem tomado uma série de decisões monocráticas em favor de empresários que confessaram graves crimes. E o fizeram não porque foram submetidos a uma terrível violência patrimonial e psicológica por agentes do Estado, mas porque foram espertos para identificar um bom negócio – os acordos de leniência e de colaboração premiada – quando estiveram diante de um.

Nenhuma dessas decisões tem sido escrutinada pelo STF como instituição colegiada. E é crucial para o País que o sejam o mais rápido possível. Só o plenário da Corte será capaz de sopesar as ilegalidades cometidas durante a Lava Jato e suas reais implicações nos casos individuais. Se depender apenas de Dias Toffoli, a criança será jogada fora com a água do banho.

AS PREVISÕES ECONÔMICAS MOSTRAM QUEBRA DAS EXPECTATIVAS - TUDO PIOROU

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

O Banco Central (BC) bem que tentou, mas o argumento técnico utilizado para explicar o racha entre os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) não convenceu todo o mercado financeiro, e os investidores rapidamente se ajustaram a esse cenário turbulento.

A última edição do Boletim Focus mostrou o preço da quebra das expectativas. Tudo piorou. A projeção para a inflação deste ano subiu de 3,76% para 3,80%, e para o IPCA de 2025, de 3,66% para 3,74%. A estimativa para o déficit primário deste ano aumentou de 0,64% para 0,70% do Produto Interno Bruto (PIB), e para o ano que vem, de 0,60% para 0,63% do PIB.

Para a Selic, a previsão dos analistas ouvidos pela pesquisa é a de que ela encerre o ano em 10% ao ano, ante 9,75% na semana anterior e 9,50% há um mês. O dólar, por sua vez, subiu de R$ 5,00 para R$ 5,04. E até a expectativa para o crescimento do PIB deste ano recuou de 2,09% para 2,05%, algo que não ocorria desde junho do ano passado.

Pode-se argumentar que há razões variadas por trás do mau humor manifestado pelo mercado. Há dúvidas sobre o início do corte de juros nos Estados Unidos, mais uma vez postergado em razão da inflação elevada e do crescimento da economia. No cenário interno, a mudança nas metas fiscais de 2025 e 2026 também não foi bem recebida nem o pedido de abertura de crédito extraordinário para permitir gastos extras de R$ 15,7 bilhões neste ano.

Esses fatores, no entanto, já vinham sendo assimilados pelos investidores nas últimas semanas, tanto que as expectativas já haviam piorado um pouco. A novidade, desde a semana passada, foi a divulgação da ata da reunião do Copom. Todos reconheceram que as expectativas de inflação estão desancoradas, mas isso não impediu que quatro dos nove diretores votassem por uma redução maior dos juros.

Se essa decisão se deveu, de fato, à defesa da sinalização dada pelo Copom na reunião anterior, e não por tolerância dos membros indicados pelo presidente Lula da Silva com uma inflação mais alta, isso poderá ser comprovado em breve. O teor do documento foi considerado duro e não deixou muito espaço para uma nova redução da taxa básica de juros na reunião de junho. Na dúvida, os analistas ajustaram suas posições para a Selic e para a inflação – ambas para cima, o que, em tempos normais, soaria até contraditório.

Outro aspecto ainda a ser devidamente mensurado pelo mercado é o impacto das chuvas no Rio Grande do Sul. O Estado é hoje a quarta maior economia do País, e as cheias atingiram as regiões mais pujantes, como a região metropolitana de Porto Alegre e a Serra Gaúcha, além de municípios populosos como Santa Maria e Pelotas.

Retomar as atividades será um processo lento e que pode causar efeitos severos na economia gaúcha, mas os impactos da tragédia não são unicamente locais. Fábricas da Volkswagen em São Paulo, por exemplo, anunciaram férias coletivas por falta de peças fornecidas por empresas instaladas no Rio Grande do Sul, que estão impossibilitadas de produzi-las e transportá-las a outras localidades.

Há ainda risco de que a calamidade no Sul impulsione o preço dos alimentos em todo o País e derrube a arrecadação estadual e dos municípios gaúchos. Novas rodadas de repasses de recursos são mais do que esperadas.

Sabe-se que a ajuda federal já anunciada, de R$ 12,2 bilhões, será suficiente apenas para ações emergenciais e não dará conta do valor necessário para a reconstrução da infraestrutura do Estado nem para o apoio permanente a uma parcela de população que não compunha o grupo dos vulneráveis, mas que pode vir a necessitar de benefícios assistenciais para sobreviver em um cenário de destruição.

A depender da forma como essa ajuda venha a se materializar, pode haver uma percepção de piora do quadro fiscal, aumento das expectativas de inflação e, consequentemente, ainda mais pressão sobre os juros. Nesse cenário, as próximas declarações dos integrantes do Copom e as decisões do Banco Central serão analisadas com lupa. A autonomia e a credibilidade da instituição serão postas à prova.

CÂMERAS USADAS POR POLICIAS IDENTIFICAM FORAGIDOS E VEÍCULOS ROUBADOS

História de Gonçalo Junior – Jornal Estadão

governo de São Paulo lançou nesta quarta-feira, 22, um edital para a contratação de 12 mil novas câmeras corporais portáteis (COPs) para a Polícia Militar. Os novos equipamentos, com mais recursos tecnológicos, de acordo com o governo, vão substituir as 10.125 câmeras em uso atualmente. Na prática, a medida representa um aumento de cerca de 2 mil novos equipamentos ou 18%.

O número é menor do que foi anunciado em março pelo poder estadual. À época, o governo tinha afirmado que seriam contratadas 3.125 câmeras corporais a mais.

Também chamadas de 'bodycams', as câmeras acopladas às fardas foram implementadas em São Paulo durante o governo de João Doria Foto: Taba Benedicto / Estadão

Também chamadas de ‘bodycams’, as câmeras acopladas às fardas foram implementadas em São Paulo durante o governo de João Doria Foto: Taba Benedicto / Estadão© Fornecido por Estadão

Entre as funções técnicas previstas no novo contrato está a integração com o programa Muralha Paulista, rede de segurança que interliga câmeras e radares em diferentes cidades para prevenir e controlar a criminalidade.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), as câmeras terão recursos de reconhecimento facial para identificação de foragidos, além de placas de veículos roubados ou furtados. O armazenamento de imagens e o sistema de baterias serão aprimorados – o novo edital exige que cada equipamento possua outro equivalente para recargas, processamento e uploads de arquivos.

O uso do reconhecimento facial divide opiniões. Embora o recurso seja cada vez mais utilizado em setores como segurança, comércio e transporte, especialistas apontam que ela pode aprofundar o racismo estrutural no Brasil. Casos recentes mostram que a ferramenta apresenta falhas no reconhecimento de pessoas não brancas, resultando em discriminação e violência policial.

De acordo com a SSP, as câmeras adquiridas por meio dos contratos anteriores serão devolvidas à empresa que ganhou a licitação na época. Hoje, elas estão distribuídas em 63 batalhões (quase metade do total) e unidades de ensino. “Porém, se necessário, a PM vai renovar o acordo para manter essas câmeras em funcionamento até o término da nova licitação, para que não haja a interrupção no uso das câmeras”, informou o órgão.

O primeiro contrato (3.125 câmeras) vence em 1º junho e o segundo contrato (7 mil câmeras) vence em 18 de julho. O órgão reafirmou ao Estadão que “não haverá interrupção no uso das câmeras pelos agentes”.

Mudanças de posicionamento sobre as câmeras

O uso das câmeras nas fardas dos policiais militares foi objeto de posicionamentos distintos do governo de São Paulo nos últimos meses. Durante reunião na Assembleia Legislativa no dia 6 de março, sobre supostos excessos de policiais militares durante operações na Baixada Santista, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que as câmeras “inibiam” o trabalho da polícia. Na mesma ocasião, afirmou que era melhor aplicar o dinheiro das câmeras em tornozeleiras eletrônicas

No dia 10 de maio, Derrite mudou de opinião e afirmou que a utilização das câmeras é positiva para a corporação e os cidadãos. “Eu mesmo na época da campanha questionei a utilização das câmeras e sua eficácia e eu pude acompanhar que ela pode ser utilizada pra outras funcionalidades e isso pode ser muito bom não só para o policial, como para a população”.

governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) também já fez esse movimento de mudança de posicionamento. Depois de se posicionar de forma contrária às câmeras na campanha ao governo estadual em 2022, Tarcísio de Freitas (Republicanos) decidiu cortar, depois de eleito, cerca de 10% do valor total do programa alegando “queda na arrecadação”.

Até 2 de janeiro, pelo menos, ele criticava as câmeras: “Qual é a efetividade da câmara corporal na segurança do cidadão? Nenhuma”, disse em entrevista à TV Globo naquele dia.

Vinte dias depois, porém, mudou de opinião. “A gente vai usar tecnologia. A câmera corporal é uma das componentes de tecnologia que se integram ao Muralha Paulista, então nós vamos avaliar o uso dessas câmeras, né? Há possibilidade até de ampliação”, afirmou o governador.

Paralelamente às mudanças de discurso, uma ação civil pública de setembro pediu que a Justiça obrigasse o governo de São Paulo a instalar câmeras corporais nos policiais militares e civis que atuavam na Operação Escudo, ação deflagrada após ataques a policiais na Baixada Santista como uma forma de restabelecer a ordem após a morte de uma policial da Rota.

A Justiça de São Paulo atendeu ao pedido da Defensoria Pública do Estado e do Ministério Público, mas a liminar foi suspensa no dia seguinte.

O caso foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF) em dezembro do ano passado. Em março, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, deu prazo de 10 dias para que o Estado de São Paulo se manifestasse. O chefe do Executivo paulista firmou um compromisso junto ao Supremo para que os agentes usem os aparelhos de monitoramento durante operações no estado.

Influência na queda da letalidade

A adoção das câmeras corporais é uma tendência observada há pelo menos uma década, especialmente por forças de segurança pública de países como Estados Unidos, Canadá e Reino Unido. Mais recentemente, o modelo ganhou força também no Brasil e, até julho do ano passado, já era usado de forma permanente em oito Estados.

As câmeras são apontadas por especialistas na área de segurança pública como aliadas na redução da letalidade policial. Em São Paulo, elas foram adotadas pela gestão João Doria (então no PSDB) em 2020. Nos últimos anos, os índices de letalidade estão oscilando.

Os primeiros anos de implementação mostraram resultados na queda recorde do indicador, que voltou a subir na gestão Tarcísio. Em 2023, as mortes cometidas por policiais militares e civis em serviço cresceram 39,6% no Estado. No primeiro trimestre deste ano, essas mortes mais do que dobraram, passando de 75 para 179 ocorrências na comparação com o mesmo período do ano passado.

 

ESCOLAS CÍVICO-MILITARES SÃO REJEITADAS POR PAGAREM MAIS A POLICIAIS DO QUE A PROFESSORES

 

História de Redação – Dinheiro Rural

O projeto que cria escolas cívico-militares no estado de São Paulo, aprovado nesta terça-feira (21), prevê rendimentos de mais de R$ 6 mil para jornadas de 40 horas semanais aos professores ligados à Polícia Militar. Segundo o texto votado pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), os valores aumentam em 50%, podendo chegar a mais de R$ 9 mil, para coordenadores ou oficiais. Há ainda a previsão de pagamentos menores, caso os policiais militares trabalhem frações dessa jornada.

Os valores são maiores do que os salários recebidos por parte dos professores da rede pública estadual. Na última seleção de professores temporários, foram anunciados salários de R$ 5,3 mil para jornadas de 40 horas semanais e R$ 3,3 mil para 25 horas. Os temporários representam quase 60% do quadro total de educadores da rede estadual. Mesmo entre os professores do quadro permanente, os salários de R$ 9 mil ou mais são pagos apenas a uma pequena minoria.

O projeto foi criticado pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). “Vamos nos mobilizar para impedir a transformação de escolas regulares em escolas cívico-militares ou criação dessas escolas com recursos da educação; para que não sejam pagos salários superiores aos de professores para militares aposentados; para que não sejam formatadas as mentes de nossas crianças e jovens de acordo com o pensamento único do militarismo”, diz nota divulgada pelo sindicato após a aprovação.

A União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes) também criticou o projeto, que, após aprovado pelos deputados estaduais, segue para sanção do governador Tarcísio de Freitas. “Nós estudantes estamos unificados com os professores para dizer não a esse projeto que visa sucatear a nossa educação. Defendemos a valorização dos professores, uma escola de qualidade, digna e com uma boa infraestrutura”, diz a nota da entidade.

Para a Upes, a proposta não busca melhorar a gestão das escolas, mas implementar um processo disciplinar baseado no pensamento militar.

Disciplina militar

As escolas cívico-militares, com “gestão compartilhada” entre corporações militares e secretarias estadual ou municipais de Educação, poderão ser implantadas a partir de unidades educacionais já existentes ou em novos estabelecimentos escolares.

“As primeiras seriam responsáveis pela administração e disciplina, enquanto as segundas ficariam a cargo da condução pedagógica nas instituições de ensino”, diz o texto de justificativa da proposta assinado pelo secretário estadual de Educação, Renato Feder.

O objetivo da adoção do modelo é, segundo o projeto, “a elevação da qualidade de ensino medida pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)”. Há ainda a previsão da “inserção de atividades cívicas e de cidadania” no currículo e atividades extracurriculares conduzidas pela Secretaria de Segurança Pública.

Vulnerabilidade e violência

Cada escola que aderir ao programa deverá contar com ao menos um policial militar da reserva para implementação das propostas. Ao justificar o projeto, Feder argumentou que a implantação das escolas busca o “enfrentamento da violência” e a promoção da “cultura da paz”.

Um dos critérios para implantação das escolas, que devem ser submetidas à “consulta pública antes de sua criação, é o “índice de vulnerabilidade social”.

Esse ponto é contestado pela professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) Catarina de Almeida Santos, que faz parte da Rede Nacional de Pesquisa Sobre Militarização da Educação.

“Essas escolas nessas áreas mais vulneráveis são as escolas do público que, via de regra, a área de segurança mata no país. Ela mata, ela encarcera. E esses policiais vão para dentro da escola lidar com esses estudantes, que não vão ficar nas escolas, porque o histórico que a gente tem de escola militarizada no Brasil é que esses estudantes são expulsos da escola”, criticou Catarina em entrevista à TV Brasil, emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

As áreas de segurança e de educação também têm diretrizes conflitantes, na avaliação da pesquisadora. “Quando a gente está falando da área de segurança, a questão da disciplina e tendo disciplina como obediência à ordem, a ordem hierarquicamente falando faz parte disso. Na área de educação, não. O processo educativo se dá no diálogo, se dá na pergunta, se dá dúvida e se dá nessas relações de forma mais horizontal”, finalizou.

O post Escolas militares podem pagar mais a policiais do que a professores apareceu primeiro em Dinheiro Rural.

EMPREENDEDOR DESEJA CONSTRUIR FÁBRICA DE APARELHOS FITNESS NO VALE DO AÇO MINEIRO

 

Instalação de fábrica da Matrix no Brasil ganha força

Proposta é formalizada e fundador da Johnson Health Tech aceita convite de Anderson Franco para visitar o Brasil

Nesta segunda-feira, foi dado um passo importante para o projeto de instalação de uma fábrica da Matrix, empresa que é líder global de equipamentos de fitness de alto padrão, no Brasil, que conta com o apoio de diversas autoridades brasileiras. Anderson Franco, fundador e CEO da rede de academias Allp Fit, se reuniu com Peter Lo, presidente da Johnson Health Tech, grupo detentor da marca, em Taiwan, para formalizar um convite estratégico.

Durante o encontro, que foi um sucesso, Lo aceitou visitar o Brasil, marcando um avanço significativo nas discussões sobre a instalação da fábrica no Vale do Aço, em Minas Gerais. A agenda ainda será definida. A reunião contou com as presenças do presidente da Matrix, sua esposa, Cindy, e seu filho Jason Lo, CEO da Johnson Health Tech, que se mostraram empolgados com a proposta de Anderson Franco. O plano apresentado visa não apenas a expansão geográfica da Matrix, mas também a consolidação da marca como líder no mercado fitness da América do Sul.

Dentre os benefícios discutidos no encontro estão a possibilidade de redução de custos logísticos, tributários através de incentivos fiscais, o fortalecimento da marca Matrix, a criação de empregos, buscando o desenvolvimento econômico regional, a transferência de tecnologia de ponta e a implementação de práticas sustentáveis e projetos de responsabilidade social. “Formalizamos hoje o nosso convite e certificamos que não mediremos esforços para criar condições ideais para que a Matrix abra uma planta no Brasil”, disse Anderson Franco, destacando que a Matrix terá a oportunidade de expandir seu branding pela América do Sul.

O CEO da Matrix Brasil, Reginaldo Recchia, que acompanha Anderson Franco durante seu tour, confirmou a pré-disposição quanto à possibilidade de implantação de uma fábrica no Brasil. “Já estávamos trabalhando nessa ideia, visitando algumas fábricas brasileiras de equipamentos com o objetivo de adquiri-las e trazer a tecnologia da Johnson Health Tech, com engenheiros e profissionais dos Estados Unidos e China, mas não avançou”, revelou.

Ainda de acordo com o CEO da Matrix Brasil, a reunião foi bastante proveitosa e frutífera. “Anderson, pôde conhecer in loco e captar a tecnologia da Matrix, além dos números que a colocam como a número 1 em equipamentos no mundo. O convite ao presidente Peter Lo é um passo importante, visto com bons olhos e aceitação”, destacou.

Pós reunião, os próximos passos incluem estudo de viabilidade econômica, que leva em consideração a verificação de mão de obra, parte estrutural e outros pontos. E, logicamente, comunicar ao Conselho da empresa essa possibilidade, considerando que a expansão e investimentos no Brasil influenciam também na bolsa de valores.

Recchia também se mostrou empolgado com a possibilidade e pronto para encarar o desafio. Em sua visão, a Matrix, com a fábrica, se tornará ainda mais robusta e poderá gerar diversos empregos com a criação da planta que possibilitará a exportação da tecnologia para outros países da América do Sul.

Histórias de inspiração

O encontro entre Peter Lo e Anderson Franco também foi um momento de troca de conhecimento e experiências comuns que servem de inspiração. Suas histórias são parecidas. Ambos vindos de famílias humildes e que construíram histórias de sucesso. Peter Lo cresceu em uma família muito pobre, com cinco irmãos, e criou uma empresa que hoje é global. Anderson Franco, por sua vez, veio de uma família humilde, foi criado com mais nove irmãos e começou vendendo picolés para ajudar os pais. Hoje, ele é dono de quase 250 CNPJs, incluindo clínicas de estética, odontológicas, lojas de maquiagem, maior multifranqueado do Cartão de Todos – presente em todo o Brasil e em outros países – e a rede de academias Allp Fit, que está investindo inicialmente meio bilhão em academias este ano no Brasil.

Anderson Franco aproveitou o momento para expressar sua gratidão à família Lo pela recepção e o convite para visitar as fábricas da empresa na China, em Shanghai, e nos Estados Unidos, em que pôde conhecer o que há e mais moderno no mundo fitness em tecnologia, e também pela parceria entre Allp Fit e Matrix. “Desde o momento em que criamos a Allp Fit, tínhamos certeza de que a Matrix seria nossa parceira ideal. A Matrix é uma referência em todas as nossas atividades e entendemos que seu conceito conecta muito mais pessoas em busca de propósitos e seriedade, com princípios básicos de gestão. Temos orgulho de tê-los como parceiros e esperamos que nossa parceria seja duradoura”, exalta o empreendedor brasileiro.

FALTA DE INOVAÇÃO, PLANEJAMENTO EFICIENTE E PENSAMENTO ESTRATÉGICO FAZEM NEGÓCIOS PROMISSORES ESTAGNAREM

 

Dema Oliveira tem uma carreira marcada por sucessos em marketing, vendas, modelagem e estruturação de negócios

Empreender no Brasil é uma tarefa desafiadora, especialmente quando se trata de expandir um negócio. Muitos empresários conseguem iniciar e gerenciar suas empresas com sucesso, mas esbarram na complexidade da transição para a expansão. A falta de inovação, planejamento eficiente e pensamento estratégico pode fazer com que negócios promissores estagnem. Nesse cenário, Dema Oliveira, especialista em Expansão de Negócios e ex-diretor executivo da Samsung, surge como uma figura transformadora com seu novo livro, “As 7 Inteligências da Expansão de Negócios”.

O livro de Oliveira aborda os principais pilares necessários para a expansão de qualquer empreendimento, oferecendo um método revolucionário que promete eliminar os bloqueios que impedem o crescimento. A obra se concentra em sete áreas fundamentais: liderança, metas audaciosas, dream team, gestão eficiente, cultura empresarial, planejamento estratégico e mentalidade expansionista. Ao refinar esses aspectos, Oliveira acredita que qualquer negócio pode alcançar novos patamares.

Segundo Oliveira, a chave para o sucesso está em adotar uma visão ambiciosa e pensar fora da caixa. Ele afirma que “não basta conseguir vender; é preciso saber crescer”. Com uma visão clara e metas bem definidas, os negócios podem superar obstáculos e alcançar resultados que antes pareciam inatingíveis. Em “As 7 Inteligências da Expansão de Negócios”, Oliveira ensina como definir metas grandes e audaciosas, montar equipes de alta performance, enfrentar problemas de frente e criar uma cultura empresarial forte e sustentável.

Dema Oliveira tem uma carreira marcada por sucessos em marketing, vendas, modelagem e estruturação de negócios, tendo trabalhado com gigantes como Unilever, Claro, TIM e Samsung. Com mais de vinte anos de experiência, ele deixou recentemente a posição de diretor executivo da Samsung para se dedicar à consultoria e multiplicar sua capacidade de planejar e conduzir projetos de expansão, inovação, desenvolvimento e transformação de negócios. Sua experiência e conhecimentos agora estão ao alcance de todos através de seu livro, que visa capacitar empreendedores a eliminar bloqueios e transformar seus negócios em casos de sucesso.

Além de estratégias empresariais, Oliveira enfatiza a importância do desenvolvimento pessoal. Ele acredita que o crescimento dos negócios deve ser acompanhado pelo crescimento individual, promovendo uma abordagem holística para o sucesso. Com “As 7 Inteligências da Expansão de Negócios”, os empresários brasileiros têm agora um recurso valioso para superar os desafios da expansão e atingir um impacto global. O livro não é apenas um guia sobre crescimento empresarial; é um manual para empreendedores que desejam revolucionar seus negócios e alcançar novos horizontes.

Virtudes e a necessidade de ter na região do Vale do Aço um site marketplace que engloba empresas, notícias, diversão, empreendedorismo para os empresários e leads como o moderno site da Valeon.

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quarta-feira, 22 de maio de 2024

POR UNANIMIDADE TSE REJEITA CASSAÇÃO DE SERGIO MORO UMA VITÓRIA DA LAVA JATO

 

BBC News Brasil

Sergio Moro comemorou a decisão do TSE, que classificou como fruto de um 'julgamento unânime, técnico e independente'

Sergio Moro comemorou a decisão do TSE, que classificou como fruto de um ‘julgamento unânime, técnico e independente’© Andre Borges/EPA-EFE/REX/Shutterstock

Em julgamento até então considerado imprevisível por especialistas, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu por unanimidade, nesta terça-feira (21/05), rejeitar o pedido de cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil-PR).

Foram sete votos pela rejeição e nenhum a favor da tese da acusação, referente à campanha eleitoral de 2022 e apresentada por adversários políticos de Moro: o Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro; e uma coligação que inclui o Partido dos Trabalhadores (PT), do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além das siglas PC do B e PV.

Com a decisão dessa terça, Moro pode seguir como senador pelo Paraná até janeiro de 2031.

Para Carla Nicolini, advogada e membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), advogados do PL e do PT até podem recorrer da decisão no próprio TSE, com os chamados embargos de declaração, mas isso não seria capaz de alterar a decisão do tribunal.

“Os embargos de declaração no TSE caberiam para esclarecer alguma dúvida ou contradição no voto do relator ou nos demais votos. Eventualmente, caberia recurso extraordinário no Supremo Tribunal Federal (STF), mas eu particularmente não vejo matéria para subir para o Supremo, porque não tem matéria constitucional que foi discutida no voto”, explica Nicolini.

O relator do caso no TSE, o ministro Floriano de Azevedo Marques, avaliou que não ficaram comprovadas as acusações contra Moro de corrupção, compra de apoio político, uso indevido dos meios de comunicação na pré-campanha e irregularidade no uso do Fundo Partidário.

Último a votar e prestes a deixar o TSE, o ministro Alexandre de Moraes, atual presidente da Corte, afirmou que não foi comprovada fraude eleitoral por parte de Moro.

“Para cassação de registro, cassação de mandatos e decretação de inelegibilidade, esse Tribunal Superior Eleitoral e a Justiça Eleitoral exigem provas cabais, porque são decisões graves.”

“Aqui, não há fraude, não há prova, então acompanho integralmente o eminente ministro relator”, concluiu Moraes.

Seguindo a tradicional rotatividade do TSE, Moraes deixará o TSE em 3 de junho e será substituído pelo ministro do STF André Mendonça.

A presidência do tribunal eleitoral será assumida pela ministra Cármen Lúcia, também do Supremo.

Havia expectativa sobre a data do julgamento do caso de Sergio Moro pois, com a saída de Moraes, o jogo de forças e o cenário para a votação mudariam.

Na rede social X, Sergio Moro comemorou a decisão do TSE, que classificou como fruto de um “julgamento unânime, técnico e independente”.

“Foram respeitadas a soberania popular e os votos de quase dois milhões de paranaenses. No Senado, casa legislativa que integro com orgulho, continuarei honrando a confiança dos meus eleitores e defendendo os interesses do Paraná e do Brasil”, escreveu o senador, ex-ministro no governo de Jair Bolsonaro e ex-juiz responsável pela condenação do presidente Lula na operação Lava-Jato.

A acusação

O PT e o PL acusavam o ex-juiz de ter disputado a eleição para o Senado no Paraná em situação vantajosa frente aos demais candidatos, porque tinha recebido somas vultosas do Podemos para sua pré-campanha presidencial, que depois foi abandonada.

Isso, argumentavam os partidos, teria desequilibrado a disputa de maneira ilegal, devido à maior visibilidade que Moro recebeu na pré-campanha, configurando abuso de poder econômico.

Julgando a ação em abril, o Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Paraná (TRE-PR) havia decidido, por 5 votos a 2, que Moro não teria se beneficiado de maneira abusiva na pré-campanha e não deveria perder seu mandato de senador.

Após recurso, o caso seguiu para o TSE.

Segundo cálculos apresentados pelo relator do caso no TSE, as despesas na pré-campanha de Moro chegaram a R$ 777.003,54.

Para o ministro Floriano de Azevedo Marques, esse valor não é “abusivo ou que desequilibre a disputa”.

O ministro Alexandre de Moraes lembrou que Moro, depois de desistir da candidatura presidencial, tentou concorrer ao Senado por São Paulo, mas teve seu registro negado após o PT contestar a transferência do seu domicílio eleitoral.

Para Moraes, essa sequência de acontecimentos mostra que “não há nenhuma dúvida” de que “não houve fraude”.

“Foram circunstâncias alheias à vontade do pré-candidato Sergio Moro”, apontou o presidente do TSE, indicando que o ex-juiz não teria calculado que seria candidato à presidência e depois ao Senado pelo Paraná, pois tentou antes o Senado por São Paulo.

Quando ainda havia dúvidas sobre qual seria a decisão do TSE, ocorreu nos bastidores uma movimentação de partidos e políticos para mobilizar eventuais candidaturas para substituir Moro, caso seu mandato fosse cassado.

Esposa do ex-juiz, a deputada federal Rosangela Moro (União Brasil-SP) inclusive pediu a transferência de seu domicílio eleitoral de São Paulo para o Paraná, levantando especulações de que estaria se preparando para disputar a eleição após uma eventual cassação de Moro — algo que ela negou.

No campo da direita, outros potenciais candidatos eram o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) e o ex-deputado Paulo Eduardo Martins (PL).

Já no PT, haveria dois deputados federais do Paraná interessados: a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, e Zeca Dirceu.

Sergio Moro comemorou a decisão do TSE, que classificou como fruto de um 'julgamento unânime, técnico e independente'

ESTUDANTES CONTRÁRIOS A ESCOLAS CÍVICO-MILITARES ENTRAM EM CONFRONTO COM A POLÍCIA EM SP

 

História de ISABELA PALHARES – Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Militar entrou em confronto com estudantes que foram à Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) na tarde desta terça-feira (21) protestar contra o projeto de criação de escolas cívico-militares no estado. A proposta, do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), entrou em votação nesta terça.

Para impedir a entrada dos estudantes na galeria do plenário, policiais do Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) usaram escudos para conter os adolescentes. Vídeos feitos pelos manifestantes também mostram policiais agredindo estudantes com cassetetes.

Ao menos três adolescentes foram apreendidos. Para evitar a entrada dos manifestantes, os elevadores que dão acesso ao plenário foram deligados, e as portas antichamas foram fechadas.

O confronto teve início após a polícia legislativa impedir a entrada de todos os estudantes no plenário. A sessão teve início às 16h30; às 17h a galeria ainda permanecia praticamente vazia, e mesmo assim os jovens foram impedidos de entrar.

O governador Tarcísio enviou o projeto que cria as escolas cívico-militares para a Alesp no início de março, com a expectativa de aprová-lo ainda no primeiro semestre deste ano para abrir 50 unidades com o modelo já no próximo ano.

A base do governador está mobilizada para aprovar o projeto ainda nesta terça-feira. Tarcísio elegeu as escolas cívico-militares como uma das principais bandeiras para a área da educação, em um aceno à base bolsonarista.

Tarcísio passou a prometer o modelo para se contrapor ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quando o governo federal decidiu acabar com o programa nacional de fomento a escolas cívico-militares criado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Projeto de escolas cívico-militares é aprovado na Alesp após estudantes serem agredidos por policiais em invasão ao plenário

g1 Globo

O texto recebeu 54 votos favoráveis e 21 contrários. Antes da votação, manifestantes foram agredidos com golpes de cassetete pela PM, e golpes de mata-leão. Sete jovens foram detidos e encaminhados ao posto da Polícia Civil da assembleia.

Por Paulo Gomes, Letícia Dauer, TV Globo e g1

Presidente André do Prado (PL) anuncia resultado da votação — Foto: Reprodução/Alesp

Presidente André do Prado (PL) anuncia resultado da votação — Foto: Reprodução/Alesp

O projeto de lei que prevê a implementação das escolas cívico-militares na rede estadual e municipal de ensino foi aprovada na noite desta terça-feira (21) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), após policiais agredirem estudantes, que se manifestavam contra o projeto, no plenário e corredores.

De autoria do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o texto foi aprovado por 54 votos favoráveis e 21 contrários. Para ser aprovado, o PL precisava de maioria simples dos presentes. O texto agora vai para a sanção do governador.

Alesp aprova escolas cívica-militares

Apesar de não constar no texto, o projeto prevê 100 escolas até 2026, segundo o Tenente Coimbra (PL). “Acho que já conseguimos implementar 30 a 40 no ano que vem”, disse (leia mais sobre o projeto abaixo).

Desde o início da tarde o policiamento foi reforçado na Alesp para a votação do projeto de lei. Antes da votação, alunos tentaram invadir áreas restritas a deputados, como o Salão dos Espelhos e o plenário, onde foram registradas agressões de agentes contra estudantes que protestavam contra o programa.

Estudantes são agredidos com golpes de cassetete por policiais do BAEP. — Foto: Reprodução/Deputada Thainara Faria

Estudantes são agredidos com golpes de cassetete por policiais do BAEP. — Foto: Reprodução/Deputada Thainara Faria

O primeiro episódio ocorreu no corredor que dá acesso ao Salão dos Espelhos, onde os policiais militares do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP), com escudos, se enfileiraram.

Ao passar pelo “corredor policial”, os estudantes foram agredidos com golpes de cassetete. Um dos policiais chegou a aplicar um golpe de mata-leão, proibido pela instituição desde 2020, em uma manifestante e arrastá-lo pelo chão.

Durante o intervalo da sessão, antes da votação do projeto, alguns jovens ainda invadiram o plenário. Em retaliação, um dos manifestantes também foi agredido com golpes de cassetete.

Enquanto, outros dois alunos foram imobilizados de forma violenta no chão e carregados para fora do plenário, sob os gritos de “liberdade já” de um grupo que acompanhava a sessão da galeria.

Sete estudantes foram detidos e encaminhados ao posto da Polícia Civil da assembleia. Durante o trajeto, um dos jovens gritou à imprensa em protesto à conduta dos PMs: “que vergonha deve ser bater em um estudante para comer”.

Estudante é retirado do plenário da Alesp antes da votação de PL. — Foto: Paulo Gomes/TV Globo

Estudante é retirado do plenário da Alesp antes da votação de PL. — Foto: Paulo Gomes/TV Globo

Para a bancada da oposição, formada por parlamentares do PT, PCdoB e PV, a proposta do governo Tarcísio representa a militarização da educação e o caráter autoritário da gestão estadual.

Em nota, a bancada se solidarizou com os estudantes que foram detidos e classificou como truculenta a ação dos PMs. “O que vimos foi a imposição muscular da ordem e da disciplina debaixo de pancadaria”.

Procurada, a Alesp informou que “na tarde desta terça-feira (21), alguns manifestantes tentaram invadir o plenário Juscelino Kubitscheck da Assembleia Legislativa de São Paulo. Os invasores foram contidos pela Polícia Militar e apresentados à Polícia Civil”, informou a Alesp em nota.

Questionada sobre a conduta dos agentes, a Polícia Militar não respondeu até a última atualização da reportagem.

Estudantes e policiais entram em confronto na Alesp

O que diz o projeto de lei

O projeto define que as escolas públicas estaduais e municipais do ensino fundamental, médio e educação profissional que desejarem podem fazer a “conversão” para o modelo cívico-militar.

“A proposição em comento pretende autorizar o Poder Executivo a criar escolas cívico-militares, onde poderá ser autorizada conversão, fusão, desmembramento ou incorporação de escolas estaduais já em funcionamento para o modelo de escola cívico-militar, priorizando-se aquelas situadas em regiões de maior incidência de criminalidade”, explica o secretário da Educação, Renato Feder, no texto.

Neste modelo, a Secretaria da Educação seria responsável pela condução pedagógica nas instituições de ensino, enquanto a Secretaria da Segurança Pública pela administração e disciplina.

As atividades extracurriculares serão definidas pela Secretaria da Educação, em colaboração com a Secretaria da Segurança Pública e outras pastas, e pela proposta serão conduzidas por monitores não armados, que poderão ser militares da reserva.

Em julho do ano passado, o governador prometeu criar um programa próprio de escolas cívico-militares e ampliar o número de unidades no estado após o governo federal encerrar o programa nacional. Desde então, a proposta começou a ser debatida e também cobrada por parlamentares bolsonaristas para que fosse enviada ao legislativo.

O projeto estabelece que os policiais que aderiram ao programa podem trabalhar até 40 horas por semana, correspondendo a remuneração de R$ 1.420. O salário também pode variar a depender da patente ou cargo do PM de atuação nas escolas.

GOVERNO RECUA NA COMPRA DE ARROZ DEVIDO AUMENTO INEXPLICÁVEL

 

História de CdB – Correio do Brasil

“Nós íamos comprar 100 mil toneladas, mas, pelos preços que eles (o Mercosul) estavam anunciando, nós íamos comprar só 70 mil. Certamente, eles vão voltar para a realidade porque não é justo. Nós demos uma demonstração ao Mercosul de que, se for querer especular, nós buscamos de outro lugar” disse o ministro Fávaro, acrescentando que alta na cotação rondou os 30%.

Por Redação – de Brasília

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) resolveu adiar o leilão de 104 mil toneladas de arroz, inicialmente marcado para esta terça-feira, depois que fornecedores da América Latina elevaram os preços do grão em mais de 30%, sem qualquer explicação.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD-MT), suspendeu a compra dos grãos

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD-MT), suspendeu a compra dos grãos© Fornecido por Correio do Brasil

O governo pretende realizar o leilão para aumentar a oferta do grão no país, em meio às enchentes no Rio Grande do Sul. O Estado é responsável pela produção de 70% do arroz consumido internamente. Em comunicado, a Conab diz que a “data de realização será publicada oportunamente”.

Ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira disse a jornalistas que o adiamento foi feito em decorrência da portaria assinada, na véspera. O governo anunciou a redução a zero do imposto de importação de três tipos de arroz para evitar problemas de oferta do produto.

Lei da oferta

Já o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, foi mais direto ao deixar claro ao Mercado Comum do Sul (Mercosul) que o Brasil buscará arroz “em outro lugar” se houver “especulação” no preço por parte do bloco. Com as taxas de importação zeradas, todos os países competem com maior igualdade com o Mercosul, uma zona de livre comércio.

Para evitar o desabastecimento de arroz no Brasil, o governo pretendia comprar o alimento de países vizinhos, como forma de promover a integração regional.

— Nós íamos comprar 100 mil toneladas, mas, pelos preços que eles (o Mercosul) estavam anunciando, nós íamos comprar só 70 mil. Certamente, eles vão voltar para a realidade porque não é justo. Nós demos uma demonstração ao Mercosul de que, se for querer especular, nós buscamos de outro lugar — disse Fávaro, acrescentando que alta na cotação rondou os 30%.

A decisão de suspender a compra, segundo Fávaro, partiu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Nota fiscal

O ministro repetiu ainda, mais uma vez, que a importação de arroz não é para competir com os produtores do Rio Grande do Sul.

— Nós estamos com um problema de logística. (O arroz) não consegue sair de lá, não consegue emitir nota (fiscal) — explicou.

Fávaro declarou que, mesmo com rotas alternativas, há o problema do custo logístico.

— Vai você contratar um frete agora? Vai lá buscar o arroz no Rio Grande do Sul sabendo que vai ter dificuldade? Filas, o frete (custando) 20%, 30%? Então nós precisamos tomar medidas de apoio para abastecer o mercado e garantir estabilidade. Não é em detrimento dos produtores — resumiu.

CRISE DIPLOMÁTICA ENTRE OS GOVERNOS DA ESPANHA E DA ARGENTINA

 

História de MAYARA PAIXÃO – Folha de S. Paulo

BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS0 – O tom pouco diplomático que o presidente da Argentina, Javier Milei, adota para se referir a desafetos internacionais gerou sua maior consequência até aqui: o governo da Espanha anunciou nesta terça-feira (21) a retirada de sua embaixadora de Buenos Aires.

O presidente ultraliberal deflagrou aquela que vem sendo considerada a mais grave crise diplomática com Madri na história recente quando criticou, em solo espanhol, o governo local e, na sequência, disparou mais ataques aos governantes em suas redes sociais.

O imbróglio se estendeu desde o último domingo (19), até que o chanceler espanhol, José Manuel Albares, anunciou a retirada definitiva da embaixadora María Jesús Alonso de Buenos Aires.

Ele já havia a convocado para consultas, o que no rito diplomático é sinal de uma grave reprimenda, e também chamou o embaixador argentino em Madri para uma conversa. A Espanha exige um pedido de desculpas, que o governo de Milei já reiterou que não ocorrerá.

Ao LN+, canal do La Nacion, o argentino classificou a decisão de “um disparate próprio de um socialista arrogante”, referindo-se ao premiê Pedro Sánchez, do Partido Socialista (PSOE). Ele diz que não há planos de retirar o embaixador argentino em Madri como resposta.

Durante o fim de semana, o chefe da Casa Rosada esteve em Madri e ignorou a possibilidade de encontros com autoridades do governo socialista de Sánchez. No lugar, afagou a ultradireita local, personificada no partido Vox, e abriu uma crise diplomática.

Em discurso em um evento do grupo, fazendo menções críticas ao socialismo e a elites políticas, ele fez também uma menção indireta à esposa do premiê Sánchez, Begoña Gómez, alvo de uma investigação sobre tráfico de influências que quase derrubou o marido do cargo.

Milei se referiu a um político “que tinha mulher corrupta”, em uma fala entrecortada e confusa. Ele disse: “As elites globais não percebem o quão destrutiva pode ser a implementação das ideias do socialismo, não sabem que tipo de sociedade e país podem produzir, e que tipo de pessoas apegadas ao poder e que níveis de abuso podem gerar. Quero dizer, mesmo que tenha a mulher corrupta, por assim dizer…”

O argentino foi amplamente aplaudido, e agora tem apregoado que sua ida à Espanha apenas comprovou que ele é “o máximo expoente da liberdade a nível mundial”, como disse em entrevista ao canal TN.

Pouco depois, o chanceler espanhol afirmou que não havia precedente do tipo na relação Espanha-Argentina e que Javier Milei respondeu a “hospitalidade e boa fé” ofertados para recebê-lo em Madri com “um ataque frontal à democracia e às instituições”.

“O respeito mútuo e a não interferência em assuntos internos são princípios fundamentais das relações internacionais e é inimaginável que um presidente em exercício visite a Espanha e ofenda o governo da Espanha”, seguiu o ministro em entrevista coletiva.

Já nesta terça, ele afirmou que “não existem precedentes de um chefe de Estado que vá à capital de outro pais para insultar suas instituições e fazer uma interferência flagrante em assuntos internos”.

O próprio premiê Pedro Sánchez se manifestou, afirmando que o episódio certamente não reflete a opinião dos argentinos, mas “mostra o risco que uma internacional ultradireitista representa para sociedades como a espanhola, que sustentam a democracia com pilares de progresso econômico, justiça social e convivência”.

Enquanto isso, em Buenos Aires, ministros e porta-vozes de Javier Milei reiteravam que ele não atacou o governo do premiê Sánchez.

“Ele não nomeou Pedro Sánchez nem absolutamente ninguém do governo espanhol. Vestiram a carapuça e relacionaram o que disse Milei com a esposa de Sánchez”, afirmou o porta-voz Manuel Adorni.

Há muito caldo na relação Madri-Buenos Aires desde que Milei assumiu a Casa Rosada, em dezembro. Há poucas semanas, um dos ministros de Sánchez sugeriu que o presidente argentino fazia uso de drogas.

Em Buenos Aires, houve muitas críticas a Milei, notadamente pela oposição, por abrir um conflito diplomático com um dos países de relação mais sólida com a Argentina. Mas, entre as conversas do governo e mesmo da chancelaria argentina, predomina a visão de que comentários pessoais feitos por presidentes não deveriam ser desculpas para arruinar relações comerciais entre diferentes países.

Além de uma carga histórica relevante entre os dois países, desde a colonização, há, é claro, o peso econômico. A Espanha pode não estar entre os principais sócios comerciais da Argentina (em março, por exemplo, aparecia na posição 15ª de um ranking com Brasil, China e EUA à frente), mas tem enorme peso e investimentos.

Segundo os últimos relatórios oficiais de investimento externo na Argentina, o país europeu é responsável por cerca de 15% do total de investimentos no país, ocupando o segundo lugar numa lista liderada pelos EUA, com cerca de 19%. O temor de que a crise diplomática possa escalar para um rompimento definitivo das relações bilaterais se explica, em grande parte, por esses números.

Milei em outras ocasiões já trocou duras farpas com líderes como o presidente da Colômbia, o esquerdista Gustavo Petro, no X. Depois enviou a Bogotá sua chanceler, Diana Mondino, para amortizar a confusão e inclusive emitiu uma carta junto ao governo colombiano afirmando que as relações bilaterais seguiam as mesmas.

Também com o presidente Lula (PT) Milei chegou a subir o tom, quando ainda em campanha disse que o petista era um corrupto e que com ele não se reuniria. Diana Mondino já fez três visitas ao Brasil, duas delas a Brasília para se reunir com o chanceler Mauro Vieira, e, ao menos a nível comercial, a relação entre os dois países não foi afetada.

A crise com a Espanha ainda pode ter outros capítulos. Se nada for alterado na agenda presidencial, Milei voltaria a Madri em junho para receber uma premiação de um instituto liberal. Antes, ele passaria pela Itália, onde a primeira-ministra Giorgia Meloni, outro nome de peso da direita global, o convidou para participar da cúpula do G7.