terça-feira, 21 de maio de 2024

GOVERNO DEVE ENVIAR ATÉ MARÇO PARA O SENADO AS DÍVIDAS DE PAÍSES CALOTEIROS

 

História de Redação – IstoÉ Dinheiro

A equipe econômica espera concluir e enviar até março ao Senado acordos de renegociação de US$ 668,7 milhões – o equivalente a R$ 3,4 bilhões – em dívidas de outros países com o Brasil. Conforme informações obtidas pelo Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) com o ministério da Fazenda, o valor representa um quinto do total de US$ 3,1 bilhões, sendo US$ 2,1 bilhões em atraso, das dívidas soberanas nas quais o Brasil é credor.

A pasta a não dá detalhes das condições negociadas, mas adianta que o tratamento a cada país devedor varia de caso a caso, considerando o cenário macroeconômico. Os acordos podem incluir a suspensão temporária ou diferimento de obrigações e/ou a redução do valor presente da dívida.

Os processos mais avançados, nos quais há minutas de acordos bilaterais, são referentes às dívidas de sete países: Guiné, Guiné-Bissau, Mauritânia, São Tomé e Príncipe, Moçambique, Congo e Senegal. Deste grupo, o Brasil é credor de US$ 441,6 milhões, sendo que mais da metade (US$ 251,8 milhões) está com os pagamentos atrasados. A expectativa é que esses acordos sejam encaminhados ao Senado até o fim deste ano.

Em paralelo, existe uma negociação em curso com Gana, cuja dívida com o Brasil é de US$ 227,1 milhões, porém com um montante em atraso menor: US$ 11,9 milhões. Com Gana, ainda não foi acertada uma minuta da reestruturação dos valores devidos, de modo que o governo só deve concluir o processo no primeiro trimestre de 2025.

As negociações são feitas com base em parâmetros definidos pelo Clube de Paris, um grupo informal de países credores criado para renegociar as dívidas de nações em dificuldades financeiras. Nas reuniões que preside neste ano no G20, o grupo das 20 maiores economias do mundo, o Brasil defende um pacto global de renegociação das dívidas dos países mais pobres para permitir que eles possam investir em projetos sociais e de mitigação dos riscos das mudanças climáticas.

Ao todo, 13 países devem ao Brasil. As maiores dívidas, que somam US$ 2,36 bilhões, dos quais US$ 1,79 bilhão estão em atraso, são de Cuba e Venezuela. No momento, o Brasil discute uma conciliação dos valores devidos com os dois países.

A retomada do diálogo bilateral sobre a dívida de Cuba – um total de US$ 1,1 bilhão, com mais da metade (US$ 570 milhões) atrasada – aconteceu em fevereiro, em reunião coordenada pelo ministério da Fazenda com autoridades da ilha.

Já a dívida da Venezuela, cuja inadimplência passa de US$ 1,2 bilhão, entrou em pauta durante a passagem do presidente Nicolás Maduro pelo Brasil, em maio do ano passado, para a cúpula de líderes da América do Sul. O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, disse na época que a Venezuela poderia quitar sua dívida com energia elétrica e petróleo.

As dívidas soberanas vêm de financiamentos das exportações de produtos e de obras no exterior executadas por construtoras brasileiras. Ainda que o financiamento do BNDES fosse a empresas, em alguns casos a dívida de exportadores brasileiros foi assumida pelo país importador. Nos casos de inadimplência, a cobertura foi feita pelo Tesouro.

A partir do momento em que o acordo de renegociação é assinado pelos governos, com aprovação no Senado, os pagamentos normalmente são retomados em 60 dias. Esses recursos entram no orçamento, porém, como operações de dívidas são classificadas como financeiras, não podem ser contabilizados na meta do governo de zerar o déficit das contas primárias.

No entanto, caso aconteçam, os pagamentos dessas dívidas ajudarão a reforçar as reservas internacionais, atenuando as necessidades de financiamento do Tesouro em dólar.

Enquanto renegocia com outros países, o governo busca no Congresso a autorização para o BNDES voltar a financiar obras e serviços no exterior. Nesse sentido, um projeto de lei encaminhado pelo Executivo aguarda o despacho do presidente da Câmara, Arthur Lira.

Apesar de polêmica pelos casos de inadimplência e de corrupção apontados pela operação Lava Jato, esse tipo de operação tem apoio no setor produtivo. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), financiamento de obras e serviços em outros países é uma prática comum entre os grandes exportadores mundiais.

Ex-diretor do departamento responsável por estudos e políticas macroeconômicas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e hoje economista-chefe da Leme Consultores, José Ronaldo Souza Júnior observa que o financiamento de serviços no exterior precisa seguir critérios técnicos rígidos e ser transparente para que tenha efeitos realmente positivos. Em outras palavras, não deve se guiar por escolhas políticas, em especial num país com poucos recursos disponíveis para investimento como o Brasil.

“É normal que haja contestação em relação aos critérios de escolha para o uso de recursos tão escassos para financiamento. Isso é tema especialmente controvertido para um país como o Brasil, que tem baixa taxa de poupança”, comenta Souza Júnior.

O post Fazenda quer enviar ao Congresso até março acordos com 8 países que devem ao Brasil apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

PROMOTOR DA CORTE PENAL INTTERNACIONAL CONDENA ISRAEL E HAMAS

 

BBC News Brasil

Karim Khan, procurador-chefe do TPI, anunciou o pedido na manhã desta segunda-feira (20/5)

Karim Khan, procurador-chefe do TPI, anunciou o pedido na manhã desta segunda-feira (20/5)© Reuters

Karim Khan, o procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI) fez pedidos de mandados de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e contra o líder do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar.

Khan também também apresentou o mesmo pedido contra outros dois líderes do Hamas, Ismail Haniyeh e Mohammed al-Masri, e contra o ministro da defesa israelense, Yoav Gallant.

O procurador afirmou que tem “motivos razoáveis para acreditar” que esses indivíduos são responsáveis por crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

No caso dos líderes do Hamas, os alegados crimes começaram “pelo menos a partir de 7 de outubro de 2023”, segundo Khan.

Já no caso dos líderes israelenses, os alegados crimes começaram “pelo menos a partir de 8 de outubro de 2023”, afirmou ele.

O que disse o promotor do TPI?

Khan divulgou na internet uma longa declaração. Abaixo você confere alguns destaques:

  • O promotor diz ter “motivos razoáveis” para acreditar que Sinwar, al-Masri e Haniyeh “são responsáveis criminais” por “crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos no território de Israel e no Estado da Palestina (na Faixa de Gaza) desde pelo menos pelo menos 7 de outubro de 2023″;
  • “Afirmamos que os crimes contra a humanidade faziam parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil de Israel pelo Hamas e outros grupos armados de acordo com políticas organizacionais”;
  • Sobre Netanyahu e Gallant, ele diz ter “motivos razoáveis” para acreditar que eles “têm responsabilidade criminal” por “crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos no território do Estado da Palestina (na Faixa de Gaza) desde pelo menos 8 de outubro de 2023”;
  • “Afirmamos que os crimes contra a humanidade foram cometidos como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil palestina, de acordo com a política estatal.”

A resposta de Israel

Logo após o anúncio do promotor do TPI, o ministro de Relações Internacionais de Israel anunciou que será criada uma comissão especial para lidar com a questão.

Israel Katz diz que o grupo será criado para contestar a decisão do TPI que, segundo ele, pretende amarrar as mãos do Estado de Israel e negar o direito à autodefesa.

Katz ainda classifica a medida do tribunal como um “ataque frontal” às vítimas dos acontecimentos de 7 de outubro e uma “desgraça histórica que será lembrada para sempre”.

“Nenhum poder no mundo” impedirá Israel de levar os reféns de volta para casa e derrubar o Hamas, afirmou Katz

Ele acrescentou que planeja falar com os chanceleres em todo o mundo para garantir uma oposição à decisão do procurador.

O ministro da Guerra israelense, Benny Gantz — um rival político de Benjamin Netanyahu —, também criticou a decisão do promotor do TPI.

“Traçar paralelos entre os líderes de um país democrático determinado a defender-se do terror desprezível e os líderes de uma organização terrorista sanguinária é uma profunda distorção da justiça e uma flagrante falência moral”, disse ele.

O líder da oposição, Yair Lapid, condenou o anúncio, chamando-o de “um desastre”.

“É imperdoável. Gerimos uma guerra justa, e é preciso que fique claro que não ficaremos calados sobre isso”, discursou ele.

Reação do Hamas

Sami Abu Zuhri, um alto funcionário do Hamas, disse à agência de notícias Reuters que solicitar mandados de prisão para três líderes do Hamas “equipara a vítima ao carrasco”.

Ele também afirma que a decisão incentiva Israel a continuar o que classificou como uma “guerra de extermínio”.

O que acontece agora?

O TPI, com sede em Haia, nos Países Baixos, investiga as ações de Israel nos territórios ocupados durante os últimos três anos — e, mais recentemente, passou a avaliar também as operações do Hamas.

Israel não faz parte do tribunal e não reconhece a jurisdição do TPI, mas os territórios palestinos foram admitidos como Estado-membro em 2015.

Os juízes do TPI determinarão agora se acreditam que as provas apresentadas pelo promotor são suficientes para emitir os mandados de prisão.

O prazo para essa decisão pode variar.

Podem se passar semanas ou até meses entre o momento em que o procurador do TPI solicita um mandado e a decisão dos juízes.

O TPI é um tribunal global permanente formado em 2002 que tem o poder de processar indivíduos e líderes por genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra.

O tribunal não tem jurisdição retroativa — só pode lidar com crimes cometidos após 1º de Julho de 2002, quando o Estatuto de Roma, que criou o tribunal, entrou em vigor.

Ele foi ratificado por 124 países. Israel e os EUA não assinaram o tratado.

O tribunal não tem força policial própria para rastrear e prender suspeitos. Ele depende dos serviços da polícia nacional para efetuar detenções e solicitar a transferência para Haia.

O advogado escocês Karim Khan tornou-se promotor-chefe do TPI em 2021.

ESPECIALISTAS DIZEM O QUE É PRIORITÁRIO FAZER PARA EVITAR TRAGÉDIAS NO RS

História de LEONARDO FUHRMANN – Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A construção de um canal para melhorar o escoamento da água do lago Guaíba e da lagoa dos Patos tem sido apontada como uma das alternativas para evitar que se repitam tragédias como a que coloca a cidade de Porto Alegre debaixo d’água. O próprio governo federal admite que o canal é uma das possibilidades a serem estudadas para aumentar a velocidade de escoamento da água da lagoa. Mas não seria a única.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou a intenção de abrir concorrência internacional para contratar estudos para reduzir a velocidade da descida das águas dos rios do planalto que desembocam no lago Guaíba, para aprimorar o sistema de proteção de Porto Alegre e para drenar mais rapidamente a água da lagoa dos Patos, que interliga o Guaíba ao oceano Atlântico.

A primeira e principal oposição ao projeto de um canal vem do IPH (Instituto de Pesquisas Hidrológicas) da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), que chegou a divulgar uma nota contra a proposta. De acordo com o professor Fernando Meirelles, estudos feitos pela universidade mostram que um canal teria pouco efeito para o escoamento da água acumulada em Porto Alegre. “Um rebaixamento de um metro na lagoa dos Patos significaria poucos centímetros a menos na enchente do Guaíba”, diz.

Segundo ele, mesmo um canal de 10 km de largura teria efeitos mínimos. Meirelles conta que a solução do canal já havia sido estudada antes, com base na enchente de 1941, mas foi abandonado por causa da ineficiência da proposta. Novas simulações foram feitas na semana passada e confirmaram os resultados, ele diz.

Outros problemas para a construção do canal seriam os impactos econômicos, sociais e ambientais provocados pela obra. Ele leva em conta três pontos que poderiam ser usados para a abertura do canal, nos municípios de Rio Grande, São José do Norte e Mostardas. Uma das preocupações é com o impacto nas regiões das lagoas do Casamento e dos Peixes, onde está localizado um parque nacional. A erosão poderia afetar diversas praias dali, onde o terreno é arenoso.

Um canal aberto pode provocar a salinização da água da lagoa, o que teria impacto nas plantações de arroz nas áreas alagadas, na pesca artesanal e na criação de camarões na lagoa e no próprio abastecimento de água de algumas cidades próximas.

Coordenador do programa de pós-graduação em engenharia civil da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria), o engenheiro hidráulico Daniel Alassia diz que um novo canal poderia afetar a navegabilidade da lagoa. “O que garante o acesso de navios para Porto Alegre é o efeito funil que existe na lagoa, com a água que desce da área de planalto e o escoamento lento na lagoa”, explica.

As outras soluções seriam um vertedor, que vazaria apenas a água que superasse determinado limite, e um canal fechado.

O problema do primeiro seria a área de alagamento, que obrigaria obras de adaptação, como a construção de pontes na BR-101, além de outros impactos ambientais, com o alagamento de terrenos onde hoje não há água normalmente.

Um canal fechado, de sentido único, poderia evitar o processo de salinização, porque garantiria que a água do mar não invadiria a lagoa. O coordenador científico do Centro de Estudos e Pesquisas em Desastres (CEPED) da USP (Universidade de São Paulo), Mário Mendiondo, cita a situação atual para demonstrar preocupação com essa alternativa. “É uma solução cara, com custos fixos ao longo do ano. A falta de manutenção no sistema de proteção de Porto Alegre já demonstra como é difícil manter esses cuidados ao longo dos anos”, analisa.

Para ele, soluções mais simples, eficientes e rápidas podem servir melhor à situação. “O estudo para a construção de um canal demora anos, é preciso analisar a eficiência e todos os impactos, para depois iniciar a construção”, diz ele, que é professor do Departamento de Hidráulica e Saneamento da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP.

O engenheiro João Acácio Gomes de Oliveira Neto, da DTA Engenharia, responsável pela construção do porto Meridional, em Arroio do Sal, no norte gaúcho, diz que o assoreamento já é um problema para o porto de Rio Grande, o único porto marítimo do estado. A questão poderia se agravar com a construção de um novo canal.

Oliveira diz que a prioridade do estado deveria ser uma melhor gestão da água e lembra que 7% do território do Rio Grande do Sul é formado por águas superficiais -é o maior percentual do país. “Há 50 anos, havia um sistema hidroviário que ligava o estado inteiro, sob a gestão do Departamento Estadual de Portos Rios e Canais, criado em 1906”, diz.

Segundo ele, o departamento, que era responsável por fazer o desassoreamento dos rios, foi fechado nos anos 1970 e, desde então, não há um trabalho regular para manter os rios com sua profundidade normal. “A situação é tão grave que a Fundação Estadual de Proteção Ambiental [Fepam] liberou, com a portaria 417/2024 publicada no último dia 9, quando as enchentes já haviam atingido o estado, as dragagens sem necessidade de licenciamento ambiental”, diz.

Oliveira defende a criação de caixas de sedimentos, com grande profundidade, na entrada do lago Guaíba, como solução rápida e eficiente para evitar novas enchentes não só na região metropolitana, mas também em outras partes do estado. Para ele, seria uma forma de evitar o assoreamento, e uma solução mais barata do que fazer desassoreamentos na área total do lago. “Os rios estão entupidos. Onde havia uma profundidade de dez metros, caiu para cinco, e depois para dois, sem que nada tivesse sido feito”, diz.

 

É NAS TRAGÉDIAS QUE FORMA, AS CORRENTES HUMANAS E A DIVINA PROVIDÊNCIA SE REVELA

 

Mauro Falcão – Escritor brasileiro

O fluxo indesejável das adversidades frequentemente nos conduz a percepções que vão além do que estamos habituados. Nos limitamos ao nosso cotidiano e ficamos alheios a tudo que ultrapassa o círculo pessoal e familiar. O espaço que nos separa das desigualdades faz com que minimizemos tudo que não nos atinge.

Em uma equação existencial, percebemos que os dias felizes são mais frequentes, porém, comumente deixamos de considerar essa matemática da vida.

Quando somos surpreendidos por desastres inéditos ou situações que nunca havíamos enfrentado, abrimos novos horizontes de discernimento da fragilidade humana, compreendendo melhor as dores do outro. Estes novos fatores, embora dramáticos, ampliam nossa empatia e solidariedade.

Nesse instante, os que eram atingidos com frequência, antes sozinhos para saírem de seus próprios flagelos, são impulsionados pela urgência dos demais afetados, promovendo a superação dos obstáculos que o momento exige. São estímulos intrínsecos, uma consciência cósmica que provoca a colaboração conjunta. Esta potência compulsória nos incita a ultrapassar a indiferença afetiva e a inércia associada a uma visão reducionista da vida.

É nessa corrente humana que a Divina Providência se revela, fazendo com que todos se unam em auxílio mútuo, catalisando uma extraordinária metamorfose social e renovação interior. Em outras palavras, a visualização comunitária do drama foi ampliada e alcançou os mais necessitados, aqueles que sempre sofreram as tragédias, mas não eram plenamente reconhecidos pelas autoridades competentes.

INVESTIMENTO NA EDUCAÇÃO FORA DO PAÍS AJUDA ALCANÇAR METAS E OBJETIVOS DENTRO DE UMA CARREIRA

 

Bicalho Consultoria Legal – Vinicius Bicalho

Saiba quais são os requisitos necessários para aproveitar as oportunidades educacionais nos Estados Unidos

O investimento na educação fora do país pode ser um passo significativo para o alcance de metas e objetivos dentro de uma carreira. Se você está pensando em avançar sua formação acadêmica nos Estados Unidos, é bastante provável que já tenha ouvido falar do visto F-1, o visto de estudante, uma opção para aqueles que buscam oportunidades educacionais nos EUA. A Bicalho Consultoria Legal pode auxiliar em todas as etapas desse processo para que a solicitação seja realizada de modo rápido e bem sucedido.

    A Bicalho é uma premium law firm, administrada pelo advogado licenciado nos Estados Unidos e Portugal Vinícius Bicalho. É uma empresa dedicada ao auxílio de brasileiros que possuem o desejo de viver o sonho norte-americano. Oferece serviços voltados para vistos e Green Card para os EUA, fazendo, inclusive, a Pré-Avaliação Migratória gratuitamente.

A empresa fornece assistência em cada fase do processo, desde a avaliação da elegibilidade até a obtenção do visto. A equipe de especialistas está preparada para orientar sobre as melhores estratégias, tornando o sonho de viver nos Estados Unidos mais próximo da realidade.

De acordo com Vinícius Bicalho, o visto F-1 apresenta um papel fundamental para aqueles que desejam se dedicar aos estudos nos EUA. “O visto é indicado para o ingresso em uma graduação, uma pós-graduação ou para a realização de cursos mais extensos e específicos. Essa primeira aproximação pode ser fundamental para que o estudante entenda se deseja apenas dar um up na carreira ou mesmo se pretende migrar para o país após terminar os estudos ou pleitear uma vaga de emprego. Seja para qual for a ideia, estamos à disposição para orientar sobre como morar nos EUA de forma legal”, afirma.

Importante frisar que é essencial manter um desempenho satisfatório e comparecer regularmente às aulas, pois esses são aspectos fundamentais para garantir a permanência legal no país durante o período de estudo. “Para iniciar o processo de solicitação do Visto F-1, é necessário obter uma carta de admissão da instituição de ensino desejada. A instituição deve ser credenciada, participando do Programa de Visitantes de Intercâmbio Estudantil (SEVP). A obtenção dessa carta de aceitação é imprescindível para dar início ao processo de solicitação do Visto F-1”, garante Bicalho.

Além disso, é importante que o requerente mantenha laços sólidos com seu país de origem, para que o governo dos Estados Unidos possa confiar que o retorno ao Brasil será assegurado após a conclusão do curso selecionado. Esses vínculos podem ser comprovados por meio de emprego estável, posse de propriedades ou laços familiares estabelecidos. 

Também é necessário demonstrar a capacidade financeira de arcar com os custos educacionais e despesas adicionais ao longo de toda a estadia nos Estados Unidos, sem a dependência de emprego no país. Embora seja possível trabalhar com esse visto, há normas e limitações a serem seguidas.

Bicalho lembra ainda que a menos que o estudante esteja se matriculando em um curso de inglês, é importante ter habilidades de comunicação em inglês, uma vez que os programas educacionais nos EUA são conduzidos nesse idioma. “Em determinadas situações específicas, a comprovação da proficiência pode ser exigida por meio de testes reconhecidos, como o TOEFL ou IELTS”, adverte.

Normalmente, o Visto F-1 é válido durante todo o período do curso escolhido nos Estados Unidos. Após a conclusão dos estudos, o governo concede um período de carência de 60 dias para que o estudante deixe o país ou solicite uma extensão do visto por meio do programa de Treinamento Prático Opcional (OPT), que permite até um ano de trabalho na área de estudo após a conclusão do curso. Essa é uma excelente oportunidade para adquirir experiência prática e um passo importante para quem busca oportunidades de trabalho a longo prazo nos EUA.

Para estudantes em áreas específicas de STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática), o programa pode ser estendido por até 24 meses, proporcionando mais tempo para o desenvolvimento de habilidades profissionais em um contexto internacional.

Após o curso, também é possível buscar a residência permanente por meio do Visto O, designado para indivíduos com “habilidades extraordinárias” nas áreas de ciências, artes, educação, entre outras. Há ainda a opção de permanecer legalmente nos Estados Unidos após a conclusão dos estudos, sendo contratado por um empregador norte-americano disposto a ser o patrocinador através do Visto H-1B.

Expertise – A Bicalho Consultoria Legal é uma empresa com ampla experiência em processos migratórios para os Estados Unidos, com escritórios no Brasil, em Portugal e nos EUA. Oferece soluções para empresas e empreendedores e profissionais liberais, que englobam assessoria jurídica, consultoria nas áreas empresarial, tributária e trabalhista e planejamento patrimonial, auxiliando a internacionalizar negócios e carreiras. Conta com um corpo experiente e multidisciplinar de profissionais. Mais informações disponíveis no site bicalho.com e nas redes sociais: @bicalhoconsultoria (Instagram), @BicalhoConsultoriaLegal (YouTube) e Bicalho Consultoria Legal (Facebook).

Documentos necessários para um pedido de Visto F-1

• Passaporte válido;

• Graduação ou diplomas anteriores;

• Registros recentes de emprego, incluindo pagamentos e outras comprovações de pagamento;

• Carta de aceite da instituição de ensino;

• Formulário L-20;

• Formulário DS-160;

• Formulário L-901.

O CENÁRIO TRABALHISTA ESTÁ TRANSFORMANDO IMPULSIONADO POR AVANÇOS TECNOLÓGICOS

 

Luiz D’Elboux, Country Manager da GoDaddy no Brasil

A comemoração do Trabalho no mês de maio é um momento oportuno para refletir sobre como o cenário trabalhista está se transformando cada vez mais rapidamente, impulsionado por avanços tecnológicos e mudanças na forma como trabalhamos. Nos últimos anos, testemunhamos uma revolução digital que está redefinindo a forma como trabalhamos, colaboramos e fazemos negócios.

Uma das tendências mais marcantes é o crescimento exponencial do trabalho remoto. A pandemia da COVID-19 acelerou essa mudança, forçando muitas empresas a adotar o trabalho remoto como norma. Como resultado, as pessoas estão percebendo os benefícios de ter flexibilidade geográfica e de tempo, graças à tecnologia que lhes permite colaborar de qualquer lugar do mundo.

Essa flexibilidade também é vista e sentida no cenário empresarial. Muitas pessoas estão optando por seguir carreiras autônomas ou iniciar seus próprios negócios, aproveitando as oportunidades disponíveis on-line. Nesse sentido, as ferramentas digitais desempenham um papel central.

Empresas como a GoDaddy oferecem soluções fundamentais para aqueles que desejam estabelecer sua presença on-line, desde o registro de domínio até a criação de sites e comércio eletrônico. Essas plataformas, que têm a capacidade de atender às necessidades dos empreendedores onde quer que eles estejam em sua jornada digital, oferecendo ferramentas e serviços fáceis de usar, capacitam os empreendedores individuais a competir em um mercado cada vez mais digitalizado. A Startup Valeon disponibiliza também esses serviços aqui no Vale do Aço.

Além disso, a inteligência artificial (IA) está se tornando uma tecnologia mais disponível para o trabalho do dia a dia, seja para um funcionário, empreendedores e proprietários de pequenas empresas, o que pode ajudar na sua transformação digital. Ferramentas como o GoDaddy Studio, com IA que ajuda na criação de conteúdo, permite aproveitar os atributos  da IA para liberar tempo para as pessoas se concentrarem em atividades mais estratégicas e na administração do dia a dia de suas carreiras e negócios. A Inteligência Artificial está revolucionando os setores ao simplificar processos, aumentar a produtividade e permitir que trabalhadores e empresas atendam melhor às necessidades de seus clientes de maneiras inovadoras.

À medida que avançamos, devemos abraçar essas mudanças com otimismo e determinação. O futuro do trabalho será moldado por nossa capacidade de adaptação e inovação. As ferramentas digitais são poderosas aliadas nessa jornada de transformação, capacitando indivíduos e organizações a prosperar em um mundo cada vez mais conectado.

Portanto, neste Dia do Trabalho, vamos comemorar não apenas as conquistas do passado que nos levaram até onde estamos hoje, mas também as oportunidades empolgantes que o futuro nos reserva. O trabalho está evoluindo, e estamos prontos para abraçar essa evolução com entusiasmo e resiliência.

Luiz D’Elboux é um apaixonado por novas tecnologias e especialista em marketing digital. É bacharel em Ciências da Computação, tem pós-graduação em Negócios da Comunicação pela FGV, curso de Storytelling, Comunicação e Estudos de Mídia pela Escola Superior de Propaganda e Marketing e pós-graduação em Negócios Digitais no Emeritus Institute of Management. Entrou na GoDaddy em 2019 e em setembro de 2021 passou a ser o Country Manager da empresa para o Brasil visando reforçar a missão de tornar a GoDaddy o parceiro preferido na jornada digital dos empreendedores do cotidiano brasileiro.

Eu e o ChatGPT sobre Divulgação Empresarial na Internet

Eu: Moysés Peruhype Carlech

Os empresários hoje fazem as suas compras de mercadorias para os atacadistas através da internet, usa-se muito pouco vendedores hoje em dia, poucas empresas anunciam os seus produtos pela internet e a maioria não. Por qual motivo isso acontece. Aqui no Vale do Aço temos o Marketplace Valeon criado para alavancar as vendas dessas empresas que não divulgam os seus produtos e através do site da valeon marketplace isso é possível por um preço bem razoável e barato. Por que não o fazem? Favor descrever esse assunto.

ChatGPT

Existem várias razões pelas quais algumas empresas podem hesitar em utilizar plataformas online, como o Valeon Marketplace, para divulgar e vender seus produtos. Algumas das razões mais comuns incluem:

Falta de Conhecimento Tecnológico:

Muitos empresários podem não estar familiarizados com a tecnologia necessária para operar uma loja online. Isso pode incluir a criação e manutenção de um site, a gestão de inventário online, e a compreensão de como lidar com transações eletrônicas.

Resistência à Mudança:

Algumas empresas têm uma cultura organizacional tradicional e são resistentes à adoção de novas tecnologias. A mudança para um modelo de negócios online pode ser vista como disruptiva e, portanto, não é implementada.

Custos Iniciais e Investimento:

Embora você mencione que o Valeon Marketplace oferece preços razoáveis, algumas empresas podem perceber a criação e manutenção de uma presença online como um investimento inicial significativo. Elas podem não estar dispostas a alocar recursos financeiros para essa transição.

Segurança e Privacidade:

Algumas empresas podem ter preocupações sobre a segurança de transações online e a privacidade dos dados do cliente. O receio de falhas de segurança pode dissuadi-las de adotar uma presença online.

Foco em Clientela Local:

Empresas que têm uma clientela local consolidada podem não ver a necessidade imediata de expandir para o mercado online. Elas podem acreditar que o modelo de negócios tradicional atende bem às demandas locais.

Falta de Conhecimento sobre Oportunidades Online:

Algumas empresas podem não estar cientes das oportunidades que a presença online pode proporcionar. A falta de educação sobre os benefícios do comércio eletrônico pode ser um obstáculo.

Concorrência com Grandes Plataformas:

Algumas empresas podem hesitar em competir com grandes plataformas de e-commerce, temendo que seus produtos se percam na concorrência com outras ofertas mais populares.

Logística e Distribuição:

A gestão da logística e da distribuição de produtos comprados online pode ser complexa para algumas empresas, especialmente aquelas que não estão preparadas para lidar com o aumento potencial na demanda.

Incentivar e educar as empresas sobre os benefícios de estar online, além de oferecer soluções acessíveis como o Valeon Marketplace, pode ajudar a superar algumas dessas barreiras e incentivar uma maior participação no comércio eletrônico.

Eu

Fale mais sobre educar os empresários a divulgarem mais os seus produtos através do site marketplace da valeon do Vale do Aço.

ChatGPT

Claro, vou abordar alguns pontos que podem ser relevantes ao educar empresários sobre a divulgação de produtos através do site marketplace da Valeon no Vale do Aço:

Consciência sobre o Potencial do Marketplace:

Destaque a importância do marketplace como um canal de vendas eficaz e acessível.

Explique como a Valeon, por ser uma plataforma consolidada na região, oferece visibilidade adicional aos produtos.

Treinamento sobre Uso da Plataforma:

Desenvolva programas de treinamento para ensinar os empresários a criar e gerenciar suas lojas virtuais na Valeon.

Inclua tutoriais práticos sobre a listagem de produtos, precificação, gestão de pedidos e interação com clientes.

Otimização de Páginas de Produtos:

Eduque sobre a importância de descrições detalhadas e imagens de alta qualidade para atrair consumidores.

Enfatize a necessidade de utilizar palavras-chave relevantes para aumentar a visibilidade nos resultados de pesquisa do site.

Estratégias de Marketing Digital:

Ensine estratégias de marketing digital específicas para o marketplace, como o uso de anúncios patrocinados na plataforma.

Explique como as redes sociais e outras ferramentas online podem ser integradas para promover produtos.

Gestão de Comentários e Avaliações:

Incentive a importância de gerenciar feedbacks dos clientes.

Demonstre como boas avaliações podem aumentar a confiança dos compradores e impulsionar as vendas.

Políticas de Atendimento ao Cliente:

Eduque sobre a importância de um excelente atendimento ao cliente.

Destaque como responder prontamente a perguntas e resolver problemas pode impactar positivamente a reputação da empresa.

Monitoramento de Métricas de Desempenho:

Ensine os empresários a utilizar as métricas fornecidas pela Valeon para avaliar o desempenho de suas lojas.

Mostre como ajustar estratégias com base em dados, como taxas de conversão e padrões de compra.

Promoção de Colaboração:

Incentive a colaboração entre empresários para promover produtos complementares.

Destaque a possibilidade de criar ofertas conjuntas ou parcerias estratégicas no marketplace.

Atualização Constante:

Ressalte a necessidade de manter as informações do negócio e dos produtos atualizadas.

Mantenha os empresários informados sobre novas funcionalidades ou ferramentas disponíveis na plataforma.

Apoio Técnico e Consultoria:

Ofereça suporte técnico contínuo para ajudar os empresários a superar desafios.

Considere a possibilidade de fornecer consultoria personalizada para otimizar a presença online de cada negócio.

Ao combinar esses elementos, os empresários estarão mais bem preparados para aproveitar ao máximo as oportunidades oferecidas pelo marketplace da Valeon no Vale do Aço.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

segunda-feira, 20 de maio de 2024

GOVERNO CONTA COM O APOIO DO STF PARA EMPAREDAR O CONGRESSO

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

O governo espera que o acordo pela reoneração gradual da folha de pagamento para 17 setores da economia se torne um paradigma para o equilíbrio das contas públicas. Para o Ministério da Fazenda, o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o caso consolidou a tese segundo a qual é necessário apresentar formas de compensação de receitas em projetos de lei que resultem em perda de arrecadação ou aumento do gasto obrigatório.

Essa exigência já existe, para o Executivo, na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), mas a equipe econômica quer que o Legislativo também seja obrigado a seguir a regra. Em tese, o governo precisa apresentar estimativas de cálculo sobre o impacto financeiro de cada proposta que autorize a criação de novas despesas ou a renúncia de receitas, bem como o que será feito para ressarcir as perdas, como aumento de impostos ou corte de gastos.

Na prática, não tem sido assim. Muitas vezes, o governo subestima o impacto das propostas que submete ao Congresso, conta com receitas improváveis para compensar perdas mais do que certas ou simplesmente se abstém de propor qualquer medida compensatória na expectativa de que haja um excesso de arrecadação. Não é exclusividade do presidente Lula da Silva. Com Jair Bolsonaro, isso também ocorria quando se tratava de um projeto considerado prioritário para sua base.

Com o apoio explícito do STF no caso da reoneração, o governo entende que terá o poder de declarar a ineficácia de uma lei proposta pelo Congresso caso ela tenha sido aprovada sem a observância desses critérios. Mas há muitas dúvidas sobre a conveniência dessa estratégia. Em primeiro lugar, a desoneração da folha já estava em vigor havia mais de dez anos e não se caracterizava como uma medida nova que demandasse compensação.

Em segundo lugar, parte das obrigações do governo é construir uma base de apoio no Congresso. Declarar a ineficácia de uma lei e fazer do Supremo um mediador das disputas entre o Executivo e o Legislativo tende a tensionar ainda mais a relação entre os Três Poderes. A Corte não deveria se prestar a assumir esse papel.

Por óbvio, o Congresso pode responder à altura, e com igual beligerância. Assim que a Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou com ação contra a desoneração no STF, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), cobrou do ministro Fernando Haddad a mesma austeridade que ele exigia do Congresso. “Qual é a proposta do governo, além de arrecadar? Qual é a proposta de corte de gastos para equilibrar as contas?”, questionou.

Pacheco tem razão. A decisão do STF sobre o caso da desoneração pode até ter servido como um freio de arrumação, mas não será suficiente para reequilibrar as contas públicas. Nesse debate, o governo precisa dar o exemplo, em vez de emparedar o Congresso via STF. A renúncia associada à desoneração não é o maior obstáculo ao alcance do déficit zero nem a razão pela qual o governo alterou as metas de 2025 e 2026.

Fato é que a maior parte dos gastos orçamentários está diretamente vinculada ao Executivo. Por mais que o Legislativo tenha abocanhado nacos cada vez maiores com as emendas parlamentares e o fundo eleitoral nos últimos anos, ele também deu aval a todas as medidas apresentadas pelo ministro para recuperar receitas no ano passado.

A continuar da forma como estão hoje, as despesas obrigatórias vão consumir todo o reduzido espaço dos gastos discricionários até 2028 – e não haverá receitas que deem conta disso. Com a maior parte do governo completamente refratária a discutir o assunto, o Congresso cada vez mais trabalha para que todas as suas emendas também sejam impositivas.

O fato de que a maioria das despesas orçamentárias tenha caráter obrigatório não diminui a responsabilidade do governo. Ao contrário. Isso só aumenta a necessidade de analisá-las com realismo, não para cortar gastos sem qualquer critério, mas para que conquistas da sociedade como a seguridade e a assistência social e o acesso universal à saúde e à educação possam continuar a existir no futuro.

CRÍTICAS DE INFLUENCIADOR VIRA DEFESA DE HONRA DO GOVERNO

 

História de RENATA GALF – Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A AGU (Advocacia-Geral da União), órgão que representa o governo juridicamente, alegou ofensa à honra e à imagem da União em ação em que pede direito de resposta por desinformação sobre a atuação do poder público em meio à tragédia no Rio Grande do Sul (RS).

A fundamentação consta na peça ajuizada contra o influenciador e coach Pablo Marçal, devido a vídeos com declarações dele de que as Forças Armadas não estariam prestando auxílio no estado ou que estariam atuando de forma ineficiente.

A ação foi feita por meio da Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia, braço da AGU criado no governo Lula sob a justificativa de coibir desinformação. À frente da AGU está o advogado-geral da União, Jorge Messias.

Especialistas consultados pela Folha avaliam, em linhas gerais, que a argumentação de defesa da honra de ente público é problemática e que, caso ela seja acatada pelo Judiciário, poderá abrir precedente ruim para a liberdade de expressão.

Segundo a AGU, Marçal “causou danos à honra objetiva e à imagem de órgão da União, tendo abusado do direito à liberdade de expressão”.

A AGU argumenta que, apesar de historicamente esses direitos fundamentais “se relacionarem com os direitos do cidadão em face do poder público”, essa interpretação teria sido ampliada pela doutrina, passando a abarcar pessoas jurídicas.

Na sequência, para sustentar que tais direitos se aplicam não apenas a pessoas jurídicas de direito privado, como empresas, mas também ao poder público, a peça da AGU cita uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) em que foi reconhecida a possibilidade de indenização por danos morais ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

O precedente citado, entretanto, envolvia uma fraude de valores vultuosos. Na decisão, inclusive, os magistrados fazem uma diferenciação do caso analisado frente aos anteriores. Um deles envolvia, por exemplo, ação indenizatória de município por programas de rádio e TV locais que faziam críticas ao governo da cidade.

“Nesses precedentes estava em jogo a livre manifestação do pensamento, a liberdade de crítica dos cidadãos ou o uso indevido de bem imaterial do ente público”, diz o acórdão do STJ. Segundo a corte, entendimento contrário “constituiria subversão natural dos direitos fundamentais”.

Na representação da AGU são transcritos dois trechos de falas de Marçal reproduzidas em dois links em perfis de terceiros.

“Eu num (sic) entendo é porque um empresário sozinho tem mais helicóptero lá do que a Força Aérea Brasileira. Até agora não entendi o que é que esse presidente tá fazendo”, diz o coach em um deles.

No outro trecho, ele afirma que “gente que tem Exército na mão, gente que tem navio de guerra, não dá conta de fazer nada”, repete então que um empresário sozinho enviou mais aeronaves que a FAB e que é “civil salvando civil”.

No texto que o órgão sugere que deveria ser publicado por Marçal constam, entre outros itens, informações sobre a quantidade de aeronaves, viaturas, lanchas, botes e outros equipamentos empregados pelas Forças Armadas no RS.

“Não condiz com a realidade a omissão atribuída às Forças Armadas brasileiras no enfrentamento emergencial aos danos causados pelas enchentes no Rio Grande do Sul, assim como os números de helicópteros e aeronaves disponibilizados especificamente pela Força Aérea Brasileira”, prossegue.

Ana Laura Pereira Barbosa, pesquisadora da FGV Direito SP e professora de direito da ESPM, ressalta que a liberdade de expressão não é irrestrita. Ela entende, entretanto, que presumir que entidades do poder público tenham direito a honra não é uma boa forma de lidar com desinformação.

“Quando o STJ lidou com casos relacionados a manifestação de opiniões pelos indivíduos, ele entendeu que não existia um direito à exigência de indenização por danos morais por parte de pessoas jurídicas de direito público”, diz Ana Laura, que destaca que o caso do INSS foi estabelecido de forma excepcional e conectada a consequências ao patrimônio do órgão.

Carlos Affonso Souza, advogado e diretor do ITS (Instituto de Tecnologia e Sociedade), avalia que, como os precedentes do STJ tratavam de indenização, ao pleitear apenas direito de resposta, a AGU poderia estar buscando se distanciar um pouco desses casos.

Ele vê com receio uma eventual banalização deste tipo de ação. “Na maior parte das vezes, vai estar se falando de uma situação de desequilíbrio de forças entre um particular e o poder público”, diz.

Anderson Schreiber, que é advogado e professor de direito da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e da FGV Direito Rio, defende que, em tese, seria possível pleitear direito de resposta em determinadas situações, mas é crítico do fundamento na honra.

“Acaba gerando uma impressão de que o problema é criticar o poder público. O problema não é criticar o poder público. O problema é atribuir fato objetivamente falso ao poder público”, diz.

Na ação contra Marçal, a AGU argumenta que a extensão do direito à imagem e honra objetiva às entidades do poder público seria compatível com a natureza delas, por representarem “os interesses de toda a coletividade de pessoas, verdadeira titular desses direitos”.

“Não se pode negar à sociedade (ente público) o direito ao correto entendimento de suas ações, à respeitabilidade de suas instituições, à veracidade das informações acerca de seus atos, ou seja, o direito à boa reputação do poder público”, diz.

O órgão diz ainda que Marçal “extrapola a liberdade de crítica e opinião, tendo em vista que, de forma intencional, descontextualiza os fatos”. Para justificar tal ponto, entretanto, diz apenas que “a intencionalidade da disseminação da desinformação está evidenciada sobretudo diante da prestação de informação oficial pela FAB, em seu sítio eletrônico”.

Ivar Hartmann, professor de direito do Insper, considera ruim que o órgão cite desinformação, mas não explique qual conceito está utilizando, dado que não há definição na legislação brasileira.

Assim como os demais especialistas consultados, ele vê como insuficiente a simples menção à existência de site do poder público para comprovar a intencionalidade no ato de disseminar uma informação falsa.

“Uma questão crucial em relação à própria prática de desinformação é o conhecimento sobre a falsidade”, diz Hartmann.

MINISTROS INDICADOS POR BOLSONARO VOTARAM CONTRA O SEU SALVO-CONDUTO DE PRISÃO

História de Redação – IstoÉ Dinheiro

Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a decisão individual do ministro Kassio Nunes Marques que negou salvo-conduto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no inquérito do golpe.

Um advogado bolsonarista, que não tem procuração para atuar em nome do ex-presidente, deu entrada em um habeas corpus para tentar impedir uma eventual prisão de Bolsonaro. “Alguns, não poucos, dizem que (a prisão) é só uma questão de tempo”, alegou ao STF.

O processo foi distribuído ao gabinete de Kassio Nunes Marques, primeiro ministro indicado por Bolsonaro ao STF, em 2020. Para o ministro, não há provas de constrangimento ilegal ou de qualquer outra irregularidade “evidente” na investigação contra o ex-presidente.

Outro argumento usado para justificar a decisão foi o de que Bolsonaro não manifestou “interesse ou ciência” sobre a iniciativa, ou seja, não houve consulta aos advogados que efetivamente representam o ex-presidente.

“A legitimidade universal do habeas corpus deve ser vista de maneira subsidiária, sob o risco de prejuízo do próprio paciente, que pode se ver tolhido na sua livre escolha da defesa técnica, bem assim ter afetada a elaboração de sua estratégia processual em razão desta impetração.”

O advogado recorreu, mas Nunes Marques manteve a decisão e submeteu o processo para julgamento no plenário virtual do STF, assim os demais ministros puderam se manifestar. Nessa modalidade, não há debate em tempo real. Os ministros registram os votos em uma plataforma online, em votação assíncrona.

O ministro André Mendonça, que também chegou ao tribunal por indicação de Bolsonaro, em 2021, foi contra o salvo-conduto. Ele não apresentou voto escrito. O placar terminou unânime. Apenas o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito do golpe, se declarou impedido e não participou da votação.

O advogado Djalma Lacerda, de Campinas (SP), está por trás do habeas corpus. Ele tem apresentado pedidos em série ao STF para beneficiar o ex-presidente e seus aliados. A lista inclui pedidos de liberdade para os presos do 8 de Janeiro, para o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e para os ex-deputados Roberto Jefferson e Daniel Silveira.

Esse não é um movimento isolado. Outras iniciativas “extraoficiais”, ou seja, perseguidas sem consulta aos advogados constituídos, chegaram ao Supremo Tribunal Federal. Em fevereiro, a defesa de Bolsonaro precisou acionar o STF para que um desses habeas corpus preventivos fosse desconsiderado.

O post STF: entenda por que ministros indicados por Bolsonaro votaram contra seu salvo-conduto apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

PRESIDENTE IRANIANO MORRE EM DESASTRE DE HELICÓPTERO

História de RFI

Corpo do presidente iraniano Ebrahim Raisi é resgatado; Vice assumirá cargo até as próximas eleições

Corpo do presidente iraniano Ebrahim Raisi é resgatado; Vice assumirá cargo até as próximas eleições© Vahid Salemi / AP

As equipes de resgate iranianas recuperaram nesta segunda-feira (20) os restos mortais do presidente iraniano, Ebrahim Raisi, e de outros oito passageiros mortos em um acidente de helicóptero ocorrido neste domingo (19) no noroeste do país. O aiatolá Khamenei anunciou cinco dias de luto e também que o vice-presidente Mohammad Mokhber assumirá o cargo até as próximas eleições, que devem ocorrer no máximo em 50 dias, segundo um comunicado.

“Os corpos dos mártires estão sendo transferidos para Tabriz”, a principal cidade do noroeste, disse o chefe da organização Crescente Vermelho, Pirhossein Koulivand, anunciando o fim das operações de busca.

Os destroços do helicóptero foram encontrados durante a madrugada de domingo para segunda-feira. Ele desapareceu no início da tarde de domingo quando sobrevoava uma região montanhosa do Irã, em condições climáticas adversas, com chuva e nevoeiro.

Entre as vítimas do acidente que matou o presidente iraniano estavam Hossein Amir-Abdollahian, de 60 anos, que foi nomeado chanceler por Raisi em julho de 2021, o governador da província do Azerbaijão Oriental, o principal imã da região, o chefe da segurança do presidente e três membros da tripulação.    

Durante as buscas, a Turquia mobilizou rapidamente 32 socorristas e um drone de visão noturna que estava operacional durante a noite. A União Europeia anunciou que ativou, a pedido do Irã, seu serviço de rastreamento por satélites para ajudar a localizar a aeronave. A pedido de Teerã, Moscou também anunciou que enviaria cerca de cinquenta especialistas em operações de resgate, além de veículos de resgate e outros veículos.

Reações internacionais

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, apresentou suas “sinceras condolências” pela morte do presidente iraniano, Ebrahim Raisi, e de seu ministro das Relações Exteriores, Hossein Amir-Abdollahian.      

“A UE expressa as suas sinceras condolências pela morte do presidente Raisi e do ministro das Relações Exteriores, assim como de outros membros da sua delegação e tripulação num acidente de helicóptero. Nossos pensamentos estão com suas famílias”, disse Charles Michel na rede social X.

Para o presidente chinês, Xi Jinping, a morte do presidente Ebrahim Raisi foi “trágica” e uma “grande perda para o povo iraniano”, segundo o Ministério das Relações Exteriores. “O povo chinês perdeu um bom amigo”, disse o porta-voz do ministério, Wang Wenbin, em entrevista coletiva.

O presidente russo, Vladimir Putin, também prestou homenagem a Raisi, um “político notável” e um “verdadeiro amigo” da Rússia. “Ebrahim Raisi deu uma contribuição pessoal inestimável para o desenvolvimento de relações de boa vizinhança entre nossos países e fez grandes esforços para levá-los ao nível de parceria estratégica”, disse o presidente russo em um telegrama divulgado pelo Kremlin.

A Turquia “compartilha a dor do povo iraniano, amigo e fraterno”, disse o ministro turco das Relações Exteriores, Hakan Fidan. “Rezo pela misericórdia de Deus para o meu querido colega e irmão” Ebrahim Raisi, reagiu o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.  

O chefe de Estado turco expressou suas “mais sinceras condolências ao povo e ao governo do Irã, amigos e irmãos, especialmente ao líder religioso da República Islâmica do Irã, (aiatolá) Ali Khamenei”, dizendo que está “ao lado do vizinho iraniano”.

O movimento islâmico palestino Hamas também suas “condolências” ao povo iraniano, e mencionou o “apoio do Irã à resistência palestina”.  

“Compartilhamos a tristeza e a dor do povo iraniano” após o acidente que tirou a vida do aiatolá Raisi, de seu ministro das Relações Exteriores, Hossein Amir-Abdollahian, e de outras autoridades da República Islâmica”, escreveu o movimento em um comunicado, agradecendo o “apoio à resistência palestina e aos esforços de solidariedade” com os palestinos.

Antes do acidente no domingo, Raisi visitou a província do Azerbaijão Oriental no domingo. Durante uma conferência coletiva voltou a dar o seu apoio ao Hamas contra Israel. “Acreditamos que a Palestina é a primeira questão do mundo muçulmano”, disse.

O presidente sírio, Bashar al-Assad, também demonstrou “solidariedade” com Teerã, que o apoia desde o início da guerra civil no seu país.

“A Síria se solidariza com a República Islâmica do Irã”, disse o presidente Assad em sua mensagem aos líderes iranianos. “Trabalharemos com o novo presidente para garantir que a relação estratégica entre a Síria e o Irã permaneça próspera”, acrescentou.

Sanções dos EUA

Raisi, que tinha o título de aiatolá, era presidente da República Islâmica há quase três anos.  Ele foi eleito em 18 de junho de 2021 no primeiro turno de uma eleição marcada por uma taxa recorde de abstenção e pela ausência de concorrentes fortes. 

Ele sucedeu o moderado Hassan Rouhani, que o derrotou nas eleições presidenciais de 2017. Raisi teve o apoio da principal autoridade da República Islâmica, o aiatolá Ali Khamenei, que no domingo pediu ao “povo iraniano” que “não se preocupe” porque “não haverá interrupção na administração do país”.  

Nascido em novembro de 1960, Raisi passou a maior parte de sua carreira no Judiciário, notavelmente como procurador-geral de Teerã e depois procurador-geral do país. Raisi estava na lista negra dos EUA de funcionários iranianos sancionados por Washington por “cumplicidade em graves violações dos direitos humanos”.

Raisi saiu politicamente fortalecido das eleições parlamentares realizadas em março, a primeira eleição nacional desde o movimento de protesto que tomou conta do Irã no final de 2022 após a morte de Mahsa Amini, uma jovem presa por não cumprir o código de vestimenta iraniano.

(Com informações da AFP)

 

MICHAEL STOTT EDITOR DO FINANCIAL TIMES ANALISA A SITUAÇÃO ECONÔMICA E POLÍTICA BRASILEIRA DO GOVERNO LULA

  Área econômica é o ponto mais fraco do governo...