sábado, 18 de maio de 2024

O VALOR TOTAL DAS MEDIDAS ECONÔMICAS ANUNCIADAS PELO GOVERNO NÃO ESTÁ CLARO PELAS INFORMAÇÕES IMPRECISAS PRESTADAS PELO GOVERNO

 

História de Mariana Schreiber – Da BBC News Brasil em Brasília

Lula nomeou Paulo Pimenta, responsável pela comunicação do governo, como ministro extraordinário para o Rio Grande do Sul

Lula nomeou Paulo Pimenta, responsável pela comunicação do governo, como ministro extraordinário para o Rio Grande do Sul

Pressionado a reagir com a agilidade à destruição sem precedentes do Rio Grande do Sul, o governo federal tem anunciado dezenas de bilhões de reais em ações de socorro ao Estado, que incluem linhas de crédito (empréstimos a empresas e produtores rurais), recuperação de estradas, compras de medicamentos, auxílio direto a famílias no valor de R$ 5,1 mil e a suspensão do pagamento da dívida gaúcha com a União.

Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil avaliam que as medidas têm ido na direção certa, embora ainda sejam insuficientes diante do tamanho da catástrofe —algo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconhece.

O valor total das medidas anunciadas, porém, não está claro, devido a informações imprecisas e contraditórias divulgadas pelo governo.

Uma análise feita pela BBC News Brasil — e corroborada por especialistas em contas públicas ouvidos pela reportagem — identificou que conteúdos de canais oficiais, como o portal Gov.br e perfis de autoridades em redes sociais, superestimam o esforço federal no socorro ao Rio Grande do Sul.

Na avaliação de economistas entrevistados, a comunicação da gestão Lula está inflando em dezenas de bilhões de reais os valores federais disponibilizados ao considerar que linhas de crédito anunciadas, operadas por bancos públicos e privados, seriam “investimentos do governo federal” ou “recursos destinados” ao Estado.

Além disso, canais oficiais do governo e de ministros de Estado divulgaram a partir de domingo (12/5) que o governo já teria destinado mais de R$ 62 bilhões em ações para enfrentar a crise socioambiental gaúcha, sem detalhar o que está contabilizado nesses valores.

Para um dos especialistas em contas públicas entrevistados, esse cálculo teria contabilizado algumas ações duas vezes, inflando os números em ao menos R$ 7 bilhões.

As críticas vão desde economistas ligados à esquerda, como o consultor do PSOL na Câmara dos Deputados David Deccache, a especialistas com perfil liberal, como o ex-diretor da Instituição Fiscal Independe (órgão do Senado) Gabriel de Barros.

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) não respondeu sobre as críticas de que a comunicação do governo estaria inflando os valores e disse que a Casa Civil responderia sobre as medidas anunciadas.

Já a Casa Civil respondeu que “todos os dados fornecidos pelo governo são claros e transparentes, desde a divulgação das primeiras ações”.

O órgão também disse que “a decisão do Governo Federal de ofertar linhas de créditos é fundamental para o processo de retomada das atividades do setor produtivo gaúcho”, sem responder diretamente sobre as críticas de que o governo estaria divulgando potenciais empréstimos sem recursos da União como “investimentos federais”.

“Reiteramos que todos os esforços são realizados para ajudar o povo gaúcho nesse momento de extrema dificuldade”, acrescentou a Casa Civil.

Já o Ministério da Fazenda informou à reportagem que deletou uma post em sua rede social e corrigiu um texto publicado no seu portal de notícias que erronelamente se referiam a um pacote anunciado pelo governo de R$ 50,9 bilhões como “recursos cedidos ao Estado” do Rio Grande do Sul.

A grande maioria desses valores corresponde, na verdade, a linhas de crédito (empréstimos a empresas e produtores rurais) e adiamento de impostos (que deverão ser pagos depois).

Entenda como os valores anunciados como recursos federais estão sendo contestados pelos especialistas.

Linhas de crédito como “investimento federal”

O primeiro grande pacote do governo federal para o Rio Grande do Sul foi anunciado no dia 9 de maio, com valor de R$ 50,9 bilhões.

Esse montante representa uma projeção do impacto total de um conjunto de medidas que custariam concretamente para o governo o desembolso de R$ 7,7 bilhões.

Deste desembolso, R$ 7 bilhões são para impulsionar linhas de crédito, R$ 200 milhões são para fundos de estruturação de projetos de reconstrução e R$ 498 milhões para pagar duas parcelas adicionais de seguro-desemprego a trabalhadores afetados que já estivessem recebendo o benefício.

O custo real para o governo é menor porque parte dos R$ 50,9 bilhões anunciados inclui antecipação de benefícios que já seriam pagos, como Bolsa Família, antecipação de restituição de Imposto de Renda e adiamento de impostos (que terão que ser pagos posteriormente).

Além disso, a maior parte do pacote (R$ 39 bilhões) é composta por estimativas de quanto pode ser emprestado por bancos em linhas de crédito para pequenas empresas e produtores rurais, a partir de aportes do Tesouro Nacional no valor de R$ 7 bilhões para subsidiar juros e oferecer garantias contra eventuais calotes.

Essa garantia do governo permite aos bancos reduzir seu risco e, assim, oferecer crédito mais barato aos atingidos pelas inundações, mesmo no caso de empresas que agora estão em dificuldade financeira. Os empréstimos concedidos nessas operações, porém, são dos próprios bancos, que recebem compensação do Tesouro somente em caso de inadimplência.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicou no anúncio do pacote que a União iria pagar R$ 2 bilhões aos bancos para descontos nos juros e que depositaria mais R$ 5 bilhões em fundos garantidores, medidas que teriam potencial de gerar os R$ 39 bilhões em empréstimos para empresas e produtores rurais de pequeno porte, afetados pelas inundações no Rio Grande do Sul.

O maior volume projetado (R$ 30 bilhões) é para o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), criado em 2020, para oferecer crédito barato a empresas na pandemia de covid-19.

Relatório com dados do Pronampe mostra que bancos controlados pela União, como Caixa e Banco do Brasil, respondem por 54,5% dos empréstimos concedidos desde 2020 (R$ 144,6 bilhões), enquanto os valores restantes vêm majoritariamente de instituições privadas (Itaú, Bradesco, Santander e outros) e alguns bancos estaduais.

Embora Haddad tenha explicado no anúncio do pacote que esses R$ 39 bilhões seriam linhas de crédito, todo o montante anunciado foi classificado como “investimentos do governo federal no Rio Grande do Sul” em contas oficias de ministros de Lula e do próprio presidente.

A reportagem lista a seguir alguns exemplos:

No dia do anúncio, o então ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, compartilhou na rede social X:

“AGORA: Presidente @lulaoficial anuncia R$ 50,9 bilhões em investimentos do governo federal para o Rio Grande do Sul. Os investimentos se destinam a trabalhadores assalariados, beneficiários de programas sociais, produtores rurais, empresas, municípios e estado do Rio Grande do Sul. #ForçaRS”.

Na quarta-feira (15/5), Pimenta mudou de função ao ser nomeado ministro da Secretaria Extraordinária da Presidência da República de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul.

Já a conta do presidente Lula compartilhou na mesma rede a seguinte mensagem: “Durante a cerimônia de anúncio de R$ 50,9 bilhões em investimentos do governo federal para o Rio Grande do Sul, soube pela @JanjaLula que o cavalo Caramelo está sendo resgatado do telhado”.

O Ministério da Fazenda, por sua vez, divulgou tanto em sua rede social como em sua página de notícias a informação de que “ao todo, as iniciativas representam um impacto de R$ 50,945 bilhões em recursos cedidos ao Estado”, numa linguagem que sugere que os valores foram diretamente transferidos ao Rio Grande do Sul, apesar de o pacote envolver tributos adiados que terão que ser pagos posteriormente e potenciais linhas de crédito.

Após questionamento da BBC News Brasil, a Fazenda corrigiu o texto em seu site e deletou o post na rede social X.

“O Ministério da Fazenda atuou diretamente na concepção e formulação das medidas para reconstrução do Rio Grande do Sul. Sobre o conteúdo mencionado, o objetivo foi dar transparência a essas medidas, que incluem o acesso a crédito mais barato para agricultores e empresas e que, sem o recurso do Tesouro, não chegaria a quem foi afetado”, disse o ministério em nota à reportagem.

A pasta disse ainda que, no lugar do termo “cedidos”, deveria ter informado que os valores seriam “viabilizados” pelas ações adotadas pelo governo.

Já a Secom não respondeu porque Lula e Pimenta se referem ao pacote como “investimentos do governo federal”.

Lula e ministros chamam pacote com linhas de crédito e adiamento de impostos de “investimentos federais”

Lula e ministros chamam pacote com linhas de crédito e adiamento de impostos de “investimentos federais”

Para o economista Bráulio Borges, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), não está errado incluir as projeções de crédito como parte das medidas para socorrer o Estado. Ele ressalta, porém, que não se trata de investimentos federais.

“Não é correto chamar esses R$ 50 bilhões de ‘investimentos’. Trata-se, sim, de um pacote de suporte fiscal/creditício”, respondeu à BBC News Brasil por mensagem.

Ele destaca, ainda, que os valores são apenas uma estimativa do que pode ser emprestado. “Não necessariamente esses R$ 30 bilhões serão totalmente demandados pelo setor privado”, afirmou, sobre as projeções de impacto no caso do Pronampe.

Apesar de criticar a comunicação das medidas, Borges avalia que o governo tem agido com agilidade no anúncio de ações emergenciais e que será preciso ter uma avaliação melhor dos estragos para determinar quanto será necessário em novas ações.

Economista com doutorado pela Universidade de Brasília (UnB) e consultor do PSOL na Câmara, David Deccache diz que os recursos federais estão sendo inflados “em dezenas de bilhões de reais”.

“A comunicação do governo inflou os números que foram apresentados pelos técnicos. Eles fizeram uma estratégia inadequada e que fere os princípios do Orçamento público”.

Defensor da liberação de recursos mais expressivos para a reconstrução do Rio Grande do Sul pelo governo federal, ele considera que isso favorece o “terrorismo fiscal” contra novas ações.

Deccache ressalta que a arrecadação do governo estadual e dos municípios deve cair sensivelmente diante da paralisia de muitas atividades econômicas, ampliando a necessidade de investimentos do governo federal para bancar a reconstrução do Estado.

“Eu acho que, dada a situação de calamidade, a contabilidade dos recursos de fato gastos pelo governo federal deve ser muito rigorosa, muito transparente, porque há toda uma pressão do mercado financeiro para conter ao máximo possível os gastos no Rio Grande do Sul”, argumenta.

“Então, se os gastos estão inflados para fazer propaganda política, isso pode prejudicar gastos necessários logo à frente”, reforçou.

Deccache defende que seja criada uma página similar à que a Controladoria Geral da União adotou na pandemia de covid-19 para detalhar os gastos emergenciais adotados no governo de Jair Bolsonaro.

“Isso fortaleceria a transparência e eliminaria a guerra de narrativas (sobre o montante de gastos) entre a extrema-direita e a esquerda”, disse.

“Como que se avalia políticas públicas sem dados concretos, sem rigor nas divulgações, sem notas metodológicas publicizadas?”, questionou ainda.

Possível duplicação de valores

O segundo grande anúncio do governo para o socorro do Rio Grande do Sul foi a edição de uma medida provisória no sábado (11/05) abrindo crédito extraordinário de R$ 12,2 bilhões para ações no Rio Grande do Sul.

O crédito extraordinário é o mecanismo fiscal que permite ao governo liberar recursos novos, fora dos limites da lei de Orçamento. O uso do instrumento na crise gaúcha foi autorizado pelo Congresso.

Esses valores serviriam para cobrir gastos já anunciados, como os R$ 7 bilhões para alavancar investimentos e os recursos extras para seguro-desemprego, além de bancar algumas despesas novas como atendimentos de emergência da Polícia Federal e da Força Nacional, reposição de remédios, limpeza e reforma de escolas e reconstrução de rodovias.

Com a abertura do crédito extraordinário, canais oficiais da gestão Lula e perfis de ministros nas redes sociais passaram a divulgar uma soma dos “recursos destinados ao Rio Grande do Sul”. Alguns conteúdos falavam que os valores já somavam mais de R$ 60 bilhões, e outros que já somavam mais de R$ 62 bilhões.

Na segunda-feira (13/5) de manhã, por exemplo, o portal Gov.br, que reúne notícias da administração federal, publicou um texto dizendo que “o governo federal já destinou mais de R$ 62 bilhões em resposta à catástrofe socioclimática causada pelos temporais no Rio Grande do Sul”, sem detalhar como chegou a esse valor.

A notícia mencionava que parte desses R$ 12,2 bilhões bancariam os custos para alavancar as linhas de crédito anunciadas antes, mas não apontava que isso representava mais da metade do crédito extraordinário (R$ 7 bilhões).

Ou seja, apesar de boa parte do novo anúncio incorporar ações do primeiro pacote de R$ 50,9 bilhões, o texto do governo parece somar esses valores para chegar aos “mais de R$ 62 bilhões” já destinados ao Rio Grande do Sul.

Outro texto do portal Gov.br divulgado na noite de segunda-feira (13/5) reforça a percepção de que o governo estava tratando o primeiro pacote e o crédito extraordinário como ações adicionais, sem levar em conta a repetição de parte das medidas.

Essa notícia divulgava o anúncio de suspensão do pagamento da dívida do Rio Grande do Sul por três anos e acrescentava: “As medidas agora apresentadas somam-se aos R$ 50,9 bilhões que haviam sido destinados — entre antecipação de programas sociais e liberação de crédito para o RS — e aos R$ 12,1 bilhões liberados por Medida Provisória para diversos órgãos federais executarem ações necessárias no atendimento aos municípios”.

Para o economista Gabriel de Barros, ex-diretor da IFI, “há claro dupla contagem” nos anúncios do governo.

“Infelizmente, é surpreendente, mas não é inacreditável que o governo esteja inflando os números e fazendo dupla contagem para ‘ganhar a narrativa’ de que não faltou ajuda”, disse em mensagem à reportagem, após analisar os números a pedido da BBC News Brasil.

Ele também não considera correto incorporar as linhas de crédito anunciadas no valor total dos recursos “destinados” ao Rio Grande do Sul.

“Esse recurso não é do governo, é dos bancos, inclusive privados. Isso revela um interesse do governo em se apropriar da narrativa de que ele é o grande provedor da reconstrução do Estado e usar a tragédia como vetor político para se alavancar do ponto de vista eleitoral, o que é totalmente reprovável”, disse ainda.

A BBC News Brasil questionou a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e a Casa Civil a respeito de como o governo chegou aos R$ 62 bilhões e em relação às críticas a uma possível duplicação na contabilização de recursos, mas não obteve esclarecimento.

A Casa Civil disse apenas que “sempre informou que as medidas somavam mais de R$ 60 bilhões”, indicando que não poderia responder sobre outros ministérios.

Após o pedido enviado pela reportagem na terça-feira (14/05) para o governo explicar os valores totais anunciados, o texto do portal Gov.br foi alterado: em vez de dizer que “o governo federal já destinou mais de R$ 62 bilhões em resposta à catástrofe socioclimática”, passou a afirmar que “o governo federal já destinou mais de R$ 60 bilhões em resposta à catástrofe climática”.

A alteração não foi acompanhada de uma nota de correção explicando a mudança.

A informação de que foram destinados “mais de R$ 60 bilhões” passou a ser remetida, por meio de um link, a uma página lançada na quarta-feira (15/05), reunindo as ações do governo federal para o Rio Grande do Sul.

Segundo uma tabela que consta nessa página, os recursos já empregados somariam R$ 60,7 bilhões, sendo R$ 14,5 bilhões em “antecipação de benefícios e prorrogação de tributos” e R$ 46,2 bilhões em “recursos novos”.

O primeiro grupo de despesas não é detalhado na página: o governo lista algumas medidas, sem especificar valores.

O segundo grupo traz um maior detalhamento e parece ter eliminado a dupla contagem, optando por contabilizar apenas os R$ 39 bilhões projetados para empréstimos, em vez dos R$ 7 bilhões de fato desembolsados pelo governo.

Sem somar aos valores totais “destinados”, a página também informa que o governo suspendeu o pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a União por três anos, o que vai liberar R$ 11 bilhões em investimentos no período. A ação veio acompanhada do perdão dos juros que incidiriam nesse intervalo (R$ 12 bilhões).

A suspensão da dívida foi anunciada na tarde de segunda-feira (13/05), depois, portanto, do governo dizer que já havia destinado mais R$ 62 bilhões ao Estado.

Os valores listados na tabela que soma as ações para o Rio Grande do Sul também não incluem ainda o último anúncio do governo, feito na quarta-feira (15/5), de que vai pagar uma parcela única de R$ 5,1 mil para famílias afetadas pelas inundações, no chamado Auxílio Reconstrução. A administração Lula estima gastar ao menos R$ 1,2 bilhão, com 240 mil benefícios.

Para o economista Rafael Schiozer, professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP), essa ação é mais urgente e efetiva para socorrer as famílias emergencialmente do que as dezenas de bilhões em potenciais empréstimos anunciados, embora ressalte que as linhas de crédito também são uma medida positiva.

“O anúncio do auxílio até que foi rápido, talvez por causa da experiência que tivemos na pandemia. Agora temos que ver qual será a eficiência para efetuar os pagamentos”, disse.

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Vice-presidente postou no domingo (11/05) que governo “liberou” mais de R$ 62 bilhões sem mencionar que maior parte dos valores são operações de crédito operada por bancos

Vice-presidente postou no domingo (11/05) que governo “liberou” mais de R$ 62 bilhões sem mencionar que maior parte dos valores são operações de crédito operada por bancos

© Reprodução da rede social X

Oposição reage a valores inflados com informações erradas

Os valores anunciados têm sido questionados pela oposição, que acusa a gestão Lula de não reagir adequadamente à catarstrofe.

Há críticas, porém, que também vêm acompanhas de informações erradas.

O deputado federal, Nikolas Ferreira (PL-MG), por exemplo, questionou o pacote de R$ 50,9 bilhões em post no sábado (11/05).

“Quando você escutou ‘Governo envia 50 bilhões para o RS’, você pensou – assim como todos – que seria direto para o caixa do Governo de RS pra ajudar o Estado, não foi) Era o que deveria ser, mas não. Dos 50 bilhões, apenas 1 bilhão é isso”, disse, apesar de nenhuma parte desses recursos ser direcionada ao caixa do governo estadual.

Depois, ele diz que “R$ 10 bilhões correspondem a adiantamentos de auxílio que as pessoas já iriam receber ou a adiamentos de impostos que terão de pagar depois” e que os “R$ 40 bilhões restantes são empréstimos que todos nós teremos de pagar depois, com juros”.

As linhas de crédito anunciadas, porém, são para pequenas empresas e produtores rurais – são esses grupos que pagarão os empréstimos, não toda a população.

EMPRESAS PODEM SE DESTACAR NO MERCADO COM O USO DE TECNOLOGIA

 

Daniela Torres, Sócia e CEO da Simples Inovação, empresa modeladora de e-commerces.

Especialista em e-commerce traz dicas de como as empresas podem se destacar no mercado com o uso de tecnologia

As MPE’s estão em crescimento no país. O país registrou a abertura de 859 mil micro e pequenas empresas no ano passado, o que representa uma alta de 6,62% em comparação com 2022.Com o mercado cada vez mais competitivo, é importante que as marcas invistam em tecnologias e estejam sempre atentas às mudanças de comportamento dos consumidores para sair na frente dos concorrentes e se destacarem no comércio eletrônico.

Torna-se relevante prestar atenção em todas as mudanças para garantir o sucesso dos negócios que atuam no espaço online, sem resistir às novidades. “O Brasil conta com cerca de 87,8 milhões de consumidores virtuais, e esse número vem crescendo ano a ano devido a uma série de inovações e maior integração dessas tecnologias nas experiências de compra”, afirma Daniela Torres, Sócia e CEO da Simples Inovação, empresa modeladora de e-commerces.

Uma pesquisa realizada pela Microsoft feita com 312 líderes, mostrou que 98% das empresas afirmaram que a tecnologia possui impactos positivos nos negócios.

Acompanhando o mercado, Daniela pontua quais são as inovações e estratégias que vêm sendo aplicadas e que tanto impulsionam o sucesso aos comércios eletrônicos. Confira:

ChatGPT-4

Modelos de linguagem baseados em aprendizagem, tais como o ChatGPT-4, podem ser utilizados nos aplicativos de e-commerce, uma vez que são treinados para prever palavras em sequências de texto. Essa função pode agilizar respostas aos usuários e indicar produtos personalizados com base nas preferências do cliente.

“O ChatGPT vem sendo um assunto muito comentado e não é à toa. Nos aplicativos, ele pode melhorar a experiência dos usuários e aumentar a probabilidade de conversão por fornecer assistência personalizada”, pontua a executiva.

Super apps

Os denominados super apps visam a experiência unificada em uma plataforma, diminuindo fricções em jornadas de compras e facilitando um maior número de atividades num só local.

 “Essa tendência vem do mercado asiático, da China, para ser exato, e integra ecossistemas ampliando os serviços oferecidos em um único aplicativo, como transações financeiras, pagamentos e carteira digital. Dessa forma, torna-se mais fluida a experiência do usuário”, continua Daniela.

Programa de pontos

Considerada uma estratégia de fidelização de clientes, disponibilizar um programa de pontos no e-commerce pode fazer com que os usuários optem por usar o aplicativo com mais frequência, pelo incentivo de acúmulo de benefícios e futura troca por produtos.

Compras em lives

Também conhecida como live commerce, a estratégia de usar transmissões ao vivo para vender produtos já se provou efetiva lá fora, em países como China e Estados Unidos. É uma aplicação com muito potencial: a taxa de conversão é de 16%, enquanto a do e-commerce tradicional é de 2%, segundo pesquisa do Grupo Bittencourt.

Com o aumento do uso de vídeos nas redes sociais, Daniela acredita que as lives com objetivo de venda são uma tendência que ainda está aflorando no Brasil. “O Tik Tok, Kwai e Instagram costumam ser palco para essas lives, fazendo seguidores da marca acompanharem esses eventos e acabarem por comprar produtos anunciados, que muitas vezes são vendidos com preços promocionais por códigos divulgados durante as transmissões”, finaliza a especialista.

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Vantagens da Propaganda Online

Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia digital.

Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda mais barato.

Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança, voltando para o original quando for conveniente.

Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e de comentários que a ela recebeu.

A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.

Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a empresa.

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Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não estão.

Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.

A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos: computadores, portáteis, tablets e smartphones.

Vantagens do Marketplace Valeon

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Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. 

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sexta-feira, 17 de maio de 2024

FALTA DE CONCURSO PÚBLICO PARA PROFESSORES NAS ESCOLAS DO GOVERNO CAUSAM AUMENTO DOS PROFESSORES TEMPORÁRIOS

 

História de admin3 – IstoÉ

Diferença de tratamento entre temporários e efetivos é uma das principais queixas

Diferença de tratamento entre temporários e efetivos é uma das principais queixas© Fornecido por IstoÉ Professores temporários são a maioria na rede pública estadual. Em MG, representam 80% dos professores. Trabalham tanto quanto os efetivos, mas não têm os mesmos direitos e podem ser dispensados a qualquer momento.”Há professores atuando como temporários há 10 anos e, ainda assim, são sempre novatos por onde passam”.

A fala acima é da Kamila Rodrigues dos Santos, professora temporária no Distrito Federal. Ela integra o time de 356 mil professores temporários na rede pública estadual brasileira. Em 2023, mais da metade dos profissionais eram temporários e não efetivos.

Esses dados foram revelados em abril deste ano por meio de um levantamento bem completo da ONG Todos Pela Educação. Minas Gerais é o estado com a maior porcentagem de professores temporários: 80% do total. Tocantins, Acre, Espírito Santo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul também apresentam altas taxas de contratos temporários: mais de 70%. Os estados com a menor taxa, 10% ou menos, são Amazonas, Bahia, Pará, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro.

Tive a oportunidade de falar com quatro professores temporários e o objetivo principal desta coluna é trazer seus relatos e percepções, pois acredito que isso ajuda a ilustrar de forma mais clara a problemática.

De forma geral, houve um consenso sobre as dificuldades: uma injusta atribuição de aulas, a diferença no tratamento, a falta de um plano de carreira, de previsibilidade, de segurança e de valorização da titulação.

O problema já começa na atribuição de aulas. Gyan Lucca Pinto Ribeiro é graduado em Letras pela Universidade Federal do Mato Grosso e atua como temporário desde 2021.

Ele conta que, naquele ano, “na primeira seletiva que fiz, passei em 13° lugar, mas a organização da secretaria fez com que os efetivos atribuíssem aulas depois. Escolhi a escola que queria, fui para ela, mas perdi a vaga, pois um efetivo a escolheu. Fui para outra escola e aconteceu a mesma coisa. Por fim, voltei para a secretaria de Educação e fui parar numa escola a 22 quilômetros da minha casa. Precisei desistir. No segundo ano, na atribuição, precisei escolher três escolas. Uma delas perdi no mesmo dia, outra na semana seguinte e, na última, ficaria com apenas quatro aulas. Não compensaria”.

Quando eles têm a sorte de conseguir estar em uma ou mais escolas, outros problemas podem surgir. A professora Kamila se lembra que em alguns colégios havia uma clara diferença no tratamento entre os efetivos e os temporários. Isso ocorre desde questões mais simples, como a dificuldade em ter um armário e nas relações entre os professores, até em outras mais sérias, como não ter poder de voto em alguma pauta importante ou em sofrer assédio, ainda que implícito e velado, para não participar de manifestações.

Ela é mãe solo de uma criança de cinco anos e simplesmente não tem direito a atestado de acompanhamento. Se sua filha ficar doente, a professora não tem o direito de acompanhá-la. Simples assim.

Sem igualdade de direitos

Edilene Rodrigues Afonso atua há pouco mais de um ano como temporária na rede piauiense. “O maior problema, além do vencimento ser menor que dos concursados, é o fato de não termos os mesmos direitos. Temos as mesmas obrigações, a carga horária de alguns é a mesma, mas a remuneração é bem menor e as gratificações nós não temos direito de receber. Uma situação que me marcou foi recentemente, quando pagaram apenas a primeira parcela do décimo terceiro salário dos contratados, e a segunda parte nunca recebemos. Fora as gratificações que, segundo o governador do estado, seria para todos, incluindo os contratados, mas só foram repassadas para os concursados”.

Os professores temporários não têm qualquer tipo de benefício por titulação. Se tiverem mestrado ou doutorado, simplesmente não importa e o salário será o base.

Outro grande problema é a falta de continuidade, de segurança e de previsibilidade. Diego Patrocinio, professor de história na rede paulista, diz: “todos os anos atribuímos aulas. Não conseguimos dar continuidade no trabalho. Sempre vamos para escolas diferentes e isso muda tudo. Muda a rotina, o ciclo de amigos e colegas, as turmas, os alunos, a coordenação e a gestão”.

“Estamos sempre sob pressão e sem saber se e quando seremos devolvidos. Estamos sempre com a faca no pescoço, pois a qualquer momento pode chegar um efetivo e pegar nosso lugar. Não podemos assumir dívidas de longo prazo ou fazer planos”, diz a professora Kamila.

Por que não há a contratação de efetivos?

É fato: estamos diante de um grande problema. Por que então não há a contratação de efetivos? Os estados não têm dinheiro?

Bom, de um lado, há quem diga que a máquina pública está cheia de profissionais “mamando nas tetas do Estado” e que o problema é, justamente, a grande quantidade de contratados. Isso não é verdade.

Um artigo produzido por Celia Lessa Kerstenetzky, Marcio Alvarenga Jr, Lucas Costa e Ricardo Bielschowsky, professores do instituto de economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), estimou o déficit de provisões na saúde e na educação pública brasileira. No estudo em questão, chegaram à conclusão de que o déficit de funcionários no setor público, na educação, é de mais de três milhões de professores.

Há também uma falaciosa narrativa pautada na excessiva austeridade fiscal e que compara o orçamento público com um orçamento domiciliar, por exemplo. É uma comparação infeliz, e eu, confesso, acreditei nela por anos. Não são comparáveis. A lógica do “não podemos gastar mais do que ganhamos e precisamos sempre poupar” não é 100% aplicável ao setor público. É outra natureza de operação.

A verdade é que estamos diante de um desmonte da carreira docente e não é exagero acreditar que também da própria educação pública brasileira. Há estados em que há anos não há concurso para professores efetivos e muitos dos concursos para temporários, segundo o próprio estudo do Todos Pela Educação, carecem de maiores critérios de qualidade. A questão impacta diretamente na qualidade da educação pública brasileira, na carreira docente e, consequentemente, na aprendizagem dos nossos alunos.

Não podemos ser ingênuos. A criação de narrativas falaciosas acerca da educação em geral, os estados leiloando gestões de colégios públicos e a expansão das contratações temporárias não são casos isolados ou independentes, mas integram um projeto.

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Vozes da Educação é uma coluna semanal escrita por jovens do Salvaguarda, programa social de voluntários que auxiliam alunos da rede pública do Brasil a entrar na universidade. Revezam-se na autoria dos textos o fundador do programa, Vinícius De Andrade, e alunos auxiliados pelo Salvaguarda em todos os estados da federação. Siga o perfil do Salvaguarda no Instagram em @salvaguarda1

Este texto foi escrito por Vinícius De Andrade e reflete a opinião do autor, não necessariamente a da DW.

PETROBRAS DIRIGIDA PELO PT É FILME REPETIDO COM FINAL INFELIZ

 

História de Edson Franco – IstoÉ

Rezam as lendas corporativas, que a melhor maneira de se tornar milionário é ser um bilionário e investir em uma companhia aérea. Dizem, também, que o melhor negócio do mundo é uma empresa de petróleo bem administrada, e o segundo melhor, uma empresa de petróleo mal administrada.

No caso da Petrobras, estatal brasileira mais disputada que cerveja gelada nas areias de Copacabana em domingo de verão, a conhecida máxima – que não é lenda – fez outra vítima, Jean Paul Prates: quer manchar uma carreira de sucesso e ser demitido com requintes de humilhação? Aceite a Presidência da companhia.

Ah, aquele macacão laranja

É histórica a foto de Dilma Rousseff, vestida com o tradicional uniforme dos petroleiros, ao lado de Lula, tendo às costas, estampadas em óleo, as mãos do presidente. O escândalo do Petrolão – o maior caso de corrupção da história do ocidente democrático – tornou infame aquela cena que nos assombra até hoje.

Sob as gestões petistas passadas (2002 a 2016), a Petrobras esteve à beira da falência, tornando-se a empresa estatal mais endividada do planeta. Aliás, os feitos da dupla do Partido dos Trabalhadores são sempre recordistas, haja vista a maior recessão da história do Brasil, durante o triênio 2014 – 2016 da estoquista de vento.

O futuro repetindo o passado

Cazuza cantava: “eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades”. Poderia ser o hino da petroleira brasuca sob gestão do PT, pois Lula 3, ao que parece, persegue com afinco a catástrofe anterior, querendo não apenas interferir na gestão da companhia, mas utilizá-la, outra vez, como “indutora” da economia.

O presidente e parte de seus ministros desejam iniciar investimentos bilionários (em dólares) para lá de duvidosos – em todos os sentidos, aliás. Prates era contrário a alguns duvidosos. Atenção: eu disse alguns! Daí, juntando discórdias sobre fatos menores (dividendos, preço da gasolina, lucro etc.), a casa do moço caiu.

Nova presida

Magda Chambriard, de 66 anos, foi escolhida por Lula a nova presidente da empresa. Diretora-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) durante a gestão Dilma, já era funcionária de carreira há décadas, e agora terá a obrigação, ops!, missão de agradar o novo chefe e seus “desenvolvimentistas”.

Se tudo sair como planejado pelo chefão do PT e sua turma, duas coisas são certas: a Petrobras irá amargar prejuízos hecatômbicos e Magda Chambriard terá de publicar seu novo currículo no Linkedin. Perto do macacão laranja da “petobrais”, Tutancâmon e sua maldição eram conto de fadas.

LULA SANCIONAOU A VOLTA DO ANTIGO DPVAT AGORA COM NOVA SIGLA SPVAT

 

História de Marina Miano – IstoÉ Dinheiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou com vetos a lei que determina a volta do seguro obrigatório de veículos, conhecido como “Novo DPVAT”. A medida foi publicada nesta sexta-feira, 17, no DOU (Diário Oficial da União).

No dia 8 de maio, o Senado havia aprovado o retorno da cobrança do SPVAT (Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidente de Trânsito), com 41 votos favoráveis a 28 contrários.

O “Novo DPVAT” serve para cobrir indenização por morte , por invalidez permanente – total ou parcial -, além de reembolsar despesas com assistência médica, serviços funerários e reabilitação profissional de vítimas.

O presidente Lula vetou dois artigos da lei que previam penalidade de infração grave e multa para motoristas que não pagarem o seguro no prazo determinado. O governo federal justificou a decisão ao afirmar que essa penalidade seria excessiva, uma vez que a lei já prevê a obrigatoriedade do seguro para realizar o licenciamento anual, transferência de propriedade e baixa de registro de veículos.

O valor que deve ser cobrado por esse novo seguro ainda não foi definido. A lei sancionada por Lula também inclui uma folga de R$ 15 bilhões no Orçamento deste ano.

Confira como vai funcionar:

  • Pagamento será obrigatório para quem tem carro e moto, pois haverá a criação de um fundo comum para custear indenizações por mortes ou invalidez, pagas às pessoas vítimas de acidentes de trânsito;
  • O dinheiro também será utilizado para o reembolso de despesas de tratamento médico, fisioterapia e próteses se esses serviços não estiverem disponíveis no SUS (Sistema Único de Saúde);
  • Os valores, tanto do seguro quanto das indenizações, ainda não foram definidos. O pagamento do SPVAT pode mudar de acordo com o tipo de cada veículo;
  • Terá que indenizar quem sofreu o acidente ou cônjuge e herdeiros, em caso de morte;
  • O pagamento da indenização deve ocorrer em 30 dias;
  • O licenciamento do veículo apenas será concedido após o pagamento do SPVAT, assim como transferência de propriedade e baixa do registro;
  • O banco Caixa vai cobrar o seguro, administrar o fundo e analisar as solicitações de indenizações;
  • Os estados podem fechar acordos com a Caixa para que o pagamento do seguro seja feito junto ao licenciamento ou com o IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores);
  • Os estados que realizarem a cobrança do SPVAT poderão receber até 1% do montante arrecadado;
  • Estados e municípios que oferecem transporte público coletivo ainda receberão de 35% a 40% do dinheiro arrecadado.

O post Novo DPVAT: Lula sanciona com vetos lei sobre seguro obrigatório de veículos; entenda apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

APIOR ENCHENTE DA HISTÓRIA DO ESTADO DO RS É MARCADA POR DESAFIOS DE COORDENAÇÃO E GESTÃO

História de FABIO VICTOR E MATHEUS TEIXEIRA – Folha de S. Paulo

PORTO ALEGRE, RS E SÃO LEOPOLDO, RS (FOLHAPRESS) – Com participação direta dos três níveis de governo e de incontáveis atores dos setores público e privado e da sociedade civil, o enfrentamento à tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul, a pior da história do estado, é marcado por desafios de coordenação e gestão também superlativos.

O cenário produz queixas de gestores públicos, sobretudo prefeitos das cidades mais atingidas, mas também do Governo do Rio Grande do Sul, em relação a entraves e mecanismos de controle de gastos num momento em que agilidade é fundamental.

Segundo a secretária de Planejamento, Governança e Gestão do RS, Danielle Calazans, o estado solicitou ao TCU (Tribunal de Contas da União) que processos burocráticos de acesso a recursos repassados pela União sejam flexibilizados neste momento.

Um caso concreto, ilustra a secretária, diz respeito à lei 14.133, de 2021, que rege licitações e contratos administrativos. O texto prevê dispensa de licitações para contratações em casos de emergência ou calamidade pública, mas determina que as obras sejam executadas em no máximo um ano após a ocorrência da tragédia.

“Só que a gente sabe que as obras de algumas pontes, algumas estradas que precisarão ser refeitas, considerando tudo que envolve esse processo, demoram mais do que 12 meses para serem executadas”, diz Calazans.

“É uma lei moderna, mas que, mesmo trazendo processos mais simplificados, neste momento de calamidade a gente entende que precisaria ter um regime diferenciado de contratações. Não é que a gente quer gastar o recurso sem nenhum tipo de auditoria. Pelo contrário, a gente quer que tenha auditoria, que os recursos sejam bem empregados, mas que a gente tenha condições de ter uma resposta rápida.”

A exigência da União de apresentação de planos de trabalhos para liberação de verbas tornou-se alvo de duras críticas entre prefeitos.

Em muitos casos, os executivos municipais estão com estruturas limitadas devido aos estragos das chuvas. As dificuldades para elaboração de um documento detalhado vão da falta de pessoal, uma vez que parte do funcionalismo ficou com a casa alagada, até ausência de estrutura física e equipamentos como computadores e impressoras.

Prefeitos também criticaram exigências feitas pelo Executivo estadual. Após as enchentes do ano passado, o governador Eduardo Leite (PSDB) editou uma resolução em que determinava a comprovação de que a verba seria usada para a reconstrução de estragos das enchentes daquele ano -o que, em muitos casos, impediu a utilização de parte dos recursos.

Diante da nova tragédia, os prefeitos reivindicaram uma flexibilização das regras. O governo estadual teria levado, segundo queixas de alguns prefeitos, mais de uma semana para dar uma resposta sobre o pedido e, enfim, facilitar a liberação do dinheiro.

A Confederação Nacional dos Municípios emitiu uma nota no último dia 7 em que fez um apelo para ajuda às cidades e afirmou que havia também falta de “apoio efetivo” do governo Lula (PT). Quase dez dias depois, o presidente da entidade, Paulo Ziulkoski, afirma que não houve mudança de postura do Executivo federal.

Diante da situação excepcional, um pleito seria a injeção de verbas diretamente às cidades para trabalhos imediatos, como desobstrução de vias, limpeza das ruas e investimento em abrigos. A ideia seria inverter a lógica e exigir uma prestação de contas posterior, a fim de dar agora já aos prefeitos condições para atenuar danos e retomar minimamente a normalidade das cidades.

Para Ziulkoski, fazer tantas exigências em um momento como este é um desrespeito com os prefeitos. “Os órgãos conseguem investigar o uso desses recursos, não há por que tanta demora.”

“O governo federal já anunciou bilhões de reais em investimentos, mas em termos de município não veio nada. E são as prefeituras que estão enfrentando na ponta os problemas, limpando as cidades, tentando reduzir os danos. Mas não entra dinheiro na conta delas”, acrescentou.

A secretária Danielle Calazans concorda que a situação das prefeituras é a mais grave. Ela afirma que, desde as cheias do ano passado no estado, o governo criou o Escritório de Projetos de Restabelecimento e Reconstrução (EP2R) para fazer a ponte entre os Executivos estadual, federal e municipal.

“O EP2R tem atuado junto às prefeituras inclusive nos planos de trabalho, uma burocracia que a gente precisa cumprir, segundo as orientações do MDR [Ministério de Desenvolvimento Regional]. Isso é um aprendizado das últimas enchentes.”

Outro legado das cheias do ano passado, diz a secretária, é uma ata de registro de preços já contratada pelo Estado, uma modalidade que agiliza o processo licitatório -a empresa vencedora realiza aquisições e serviços em série a partir de critérios definidos na ata. “Isso permite que o Estado coloque rapidamente à disposição dos municípios máquinas para poder restaurar a limpeza, as estradas vicinais.”

No evento de quarta-feira (15) em que anunciou medidas para socorrer famílias atingidas, o presidente Lula criticou a morosidade do próprio governo na resposta à tragédia. Ele citou que foi prometida a construção de moradia a quem teve a casa destruída nas enchentes de setembro do ano passado no Vale do Taquari e que até agora nenhuma residência foi entregue.

O petista falou da necessidade de superar burocracias e pediu aos prefeitos que enviem o quanto antes demandas ao governo federal a fim de destravar a liberação de verbas. “A agilidade de vocês [prefeitos] em encaminhar os projetos é que vai mostrar para gente se a Caixa [Econômica Federal] está morosa ou não.”

Já tradicionalmente um gargalo de infraestrutura no Brasil, o transporte rodoviário foi severamente prejudicado pelas enchentes. Somente no caso de estradas federais, o governo estima que será necessário ao menos R$ 1 bilhão para recuperação.

Muito impactada pelos bloqueios, a Defesa Civil do RS afirma que aos poucos tem melhorado a circulação de seus caminhões com doações. Informações sobre como e onde doar estão disponíveis no site sosenchentes.rs.gov.br.

As dificuldades inerentes à gestão de uma crise dessa magnitude, aliada à politização de algumas ações por parte dos envolvidos, acaba por alimentar, sobretudo em setores do bolsonarismo, a falácia de que a população não precisa de governos e que “o povo se basta”. A ideia é criticada por especialistas em enfrentar esse tipo de situação.

“Acredito que seja necessário o envolvimento de todas as esferas da sociedade, seja o Estado, seja a sociedade civil organizada, é importante haver esse engajamento, porque é uma questão que vamos enfrentar cada vez com mais frequência”, afirmou a tenente Sabrina Reis, da Defesa Civil do RS.

Político profissional, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), exaltou a participação da sociedade civil no enfrentamento à tragédia.

“Se não fosse o voluntariado, nós teríamos perdido muito mais vidas, porque o poder público sozinho não deu conta de resgatar um terço daquilo que foi resgatado. A esmagadora maioria dos resgates feitos em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul foram graças a voluntários. Então, uma desorganização virou uma grande organização humanitária.”

 

EXPLORAÇÃO POLÍTICA DA TRAGÉDIA NO RIO GRANDE DO SUL

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

É obscura a função do tal Ministério Extraordinário para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, recém-anunciado pelo presidente Lula da Silva, mas sua motivação é claríssima: ao escolher como titular da pasta o agora ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência Paulo Pimenta, Lula não escondeu que pretende explorar politicamente a tragédia daquele Estado. Para que não restassem dúvidas, o demiurgo petista transformou o anúncio das medidas num comício obsceno, em que anunciou até que vai disputar “mais dez eleições”

A única parte do currículo do sr. Pimenta que o liga à catástrofe do Rio Grande do Sul é sua origem gaúcha, de resto uma qualidade de milhões de outras pessoas, algumas das quais certamente bem mais familiarizadas do que ele com os enormes desafios que ali se apresentam. Mas ele não foi escolhido, é evidente, por seu talento executivo.

Há outros aspectos do currículo do novo ministro extraordinário que explicam melhor seu novo papel de “autoridade federal” no Estado. Primeiro, o sr. Pimenta é cotado para ser o candidato petista ao governo do Rio Grande do Sul em 2026, e nada melhor para uma campanha eleitoral antecipada do que ganhar a atenção dos aflitos eleitores gaúchos nos próximos meses.

Em segundo lugar, mas não menos importante, o sr. Pimenta era o responsável pela comunicação do governo, e presume-se que, com esse espírito, o tal ministério extraordinário possa servir para promover a imagem do governo federal. Consta que Lula anda muito contrariado com o fato de que, na sua visão, as ações do governo federal no Rio Grande do Sul não estão sendo devidamente reconhecidas. Logo, nada mais compreensível do que atribuir ao seu notório ministro da propaganda a tarefa de alardear os supostos feitos do Palácio do Planalto neste momento de grande comoção nacional.

O sinal mais evidente de que o espírito da coisa não é bom é o fato de que a criação da tal secretaria extraordinária pegou de surpresa o governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB). O tucano disse ter tomado conhecimento da medida por meio da imprensa. Não é desse tipo de picuinha política que os gaúchos precisam neste momento.

Não há dúvida de que reconstruir o Rio Grande do Sul não só demandará sacrifícios ainda desconhecidos, como dependerá fundamentalmente da presença da União. O governo federal, portanto, não só pode, como deve vir em socorro do Estado. Mas, primeiro, da forma constitucionalmente adequada, vale dizer, respeitando a Federação; e, segundo, utilizando os meios corretos.

Um exemplo dessa ajuda federal na medida certa foi a suspensão da dívida do Rio Grande do Sul com a União pelo prazo de três anos. Trata-se de um alívio fundamental para um Estado que ainda nem sequer tem condições de dimensionar todos os prejuízos causados pelas chuvas. É nesse tipo de ação que Lula deve se concentrar, e não em instilar cizânia política num momento dramático em que os cidadãos clamam pela união de seus governantes.

Há um governador eleito pelos gaúchos no cargo, vale lembrar. Em que pesem as críticas que possam ser feitas ao seu desempenho, é a Eduardo Leite – e ao prefeitos – que cabe liderar as ações de reconstrução do Estado, lidando com o ônus político de governar. Ao governo federal cabe somente apoiar os líderes locais, facilitando a transferência de dinheiro e a mobilização de recursos humanos para o Rio Grande do Sul.

Ajudar não é se intrometer. A criação desse ministério extraordinário – na exata medida dos interesses políticos tanto do presidente como do sr. Pimenta – não pode se travestir de intervenção federal no Estado, menos ainda como intervenção mal disfarçada. Enquanto papéis e responsabilidades não estiverem muito bem definidos, é lícita a inferência de que essa nova pasta não se prestará a outra coisa senão à politicagem em meio à tragédia climática e humanitária.

 

ENCHENTES NO RS CAUSAM ENORMES DANOS À ECONOMIA BRASILEIRA

 

Aleksander Avalca e Renan Kaminski da empresa 4blue,

A recente tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul está tendo um impacto devastador em diversos setores da economia, não apenas a nível regional, mas também nacional. Empresas de diversos segmentos estão enfrentando desafios significativos devido aos danos causados ​​pelas inundações e às interrupções nas operações.

Muitas empresas serão prejudicadas e com isso o Brasil todo pode ser afetado. Buscando entender um pouco mais sobre como isso irá afetar empreendedores, microempresários e empresários, buscamos os especialistas em gestão de Negócios Aleksander Avalca e Renan Kaminski da empresa 4blue,  para construir uma análise do cenário atual.

“Sempre falamos que a questão não é ‘se’, mas ‘quando’ haverá uma nova crise. Os gaúchos estão passando por uma crise maior do que enfrentaram na pandemia. Naquela época, parte das empresas conseguiu se manter minimamente em operação, mas agora muitas empresas perderam todos os seus ativos e tantas outras estão sem conseguir operar” – Aleks Avalca

O estado do Rio Grande do Sul é reconhecido como uma das principais bases econômicas do país, com sua produção agrícola sendo um dos pilares fundamentais. No entanto, as recentes enchentes não apenas comprometeram as plantações, mas também afetaram toda a cadeia de suprimentos, desde o cultivo até a distribuição dos produtos agrícolas. Isso resultou em perdas substanciais para os agricultores, que agora enfrentam dificuldades para escoar sua produção e atender à demanda do mercado.

Além do setor agrícola, outras indústrias também estão sofrendo os efeitos das enchentes. Empresas de logística e transporte estão encontrando dificuldades para movimentar mercadorias devido à destruição de estradas e infraestrutura viária. Isso não só impacta a economia local, mas também gera consequências em cascata em todo o país, já que o Rio Grande do Sul desempenha um papel crucial na distribuição de produtos para outras regiões.

“Não é apenas o povo gaúcho afetado pela tragédia das enchentes. O RS tem a 5ª maior economia do país. Isso significa que, mesmo sem saber, todos nós somos impactados direta ou indiretamente por produtos e serviços que são produzidos em território do RS. Esta queda drástica no PIB gaúcho fará com que todo o PIB brasileiro caia, podendo ter efeitos negativos na inflação e nas contas públicas como um todo” – Aleks Avalca

Outro setor fortemente afetado é o de pequenas empresas e empreendedores individuais. Muitos desses negócios dependem da estabilidade econômica e da infraestrutura funcional para prosperar. Com as enchentes, muitos desses empreendimentos enfrentam não apenas danos físicos às suas instalações, mas também a perda de clientes e receitas devido à interrupção das operações.

Um dos fatores que formam a base para uma empresa sólida é ter uma Reserva Financeira de, pelo menos, 4 meses – mas quanto mais melhor. Neste caso, as que estavam preparadas, mesmo sofrendo bastante para se reconstruírem, vão se levantar com resiliência. No entanto, para aquelas que não tinham uma Reserva Financeira, infelizmente, será muito difícil arcar com todos os prejuízos para retomarem a operação. – Renan Kaminski

Para entender melhor o impacto dessas enchentes na economia brasileira, é crucial examinar não apenas os danos imediatos, mas também as repercussões a longo prazo. Os especialistas em gestão de negócios, Aleksander Avalca e Renan Kaminski, destacam que a recuperação econômica requer não apenas investimentos em reconstrução, mas também medidas para fortalecer a resiliência das empresas e comunidades afetadas.

Estamos vendo em todos os noticiários que este desastre não é um fato isolado. Já aconteceu em menor proporção há pouco tempo e pode ser que aconteça de novo no futuro. Por isso, reconstruir é importante porque estamos falando de milhões de vidas, mas pensando no empreendedorismo, os empresários precisam se voltar mais para a gestão do seu próprio negócio para estarem preparados. A segurança empresarial não é boa apenas para o dono, mas também para todos os colaboradores e famílias que dependem daquilo. – Renan kaminski

Estratégias de gestão de riscos e planos de contingência tornam-se ainda mais importantes em situações como essa, onde eventos climáticos extremos podem ter impactos significativos na atividade econômica. Além disso, políticas governamentais que visem fornecer apoio financeiro e incentivos fiscais para empresas prejudicadas podem desempenhar um papel crucial na recuperação econômica.

Nesse momento tudo o que for para ajudar é muito válido e útil. Quando você colabora com a retomada dos negócios locais, você está também retomando os empregos de toda uma comunidade, assim a economia vai voltar a girar e as vidas vão voltar a caminhar para frente. Desta forma, o povo gaúcho vai conseguir superar esse momento tão difícil de sua história. – Aleks Avalca

À medida que o Brasil enfrenta os desafios colocados pelas enchentes no Rio Grande do Sul, é essencial que todos os setores da sociedade, incluindo governos, empresas e organizações da sociedade civil, trabalhem juntos para mitigar os danos e construir uma base mais sólida para o futuro. Através da colaboração e do planejamento estratégico, é possível superar esses desafios e criar uma economia mais resiliente e sustentável para todos.

O GOVERNO GASTA MAL E PRETENDE ECONOMIZAR À CUSTA DO SETOR PRIVADO

 

Retrocesso econômico e revogação da desoneração da folha

Ives Gandra da Silva Martins – Professor emérito das Universidades Mackenzie, Unip, Unifieo e UNIFMU, do CIEE do Estado de São Paulo, das Escolas de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), Superior de Guerra (ESG) e da Magistratura do Tribunal Regional Federal – 1ª Região, é presidente do Conselho Superior de Direito da FecomercioSP.

O governo gasta mal e pretende economizar da pior forma ao atingir o próprio desenvolvimento com perspectiva de demissões

A derrubada de veto do projeto de lei aprovado sobre desoneração da folha de pagamento (PL 334/23), por maioria absoluta (mais de 50% dos parlamentares do Congresso Nacional), garantiu às empresas e às prefeituras, até 2027, um regime assegurador de empregos, desenvolvimento econômico e governabilidade de municípios.

O Congresso, representando 156 milhões de eleitores, ou seja, a totalidade das correntes políticas, com oposição e situação nele com assento, atendeu, na sua competência exclusiva de legislar, os anseios do povo.

A Suprema Corte, eleita por um homem só, através de um único ministro, todavia, suspendeu a vontade do povo manifestada por seus representantes, a pedido do presidente da República que, por sua vez, tem demonstrado fantástica capacidade de gastar aleatoriamente, gerando déficits permanentes nas contas públicas.

Essa vocação de gastar sem se preocupar com o equilíbrio das finanças estatais tem sido duramente criticada pela imprensa, pelas agências de rating e pelo Banco Central, visto que, pela falta de equilíbrio financeiro, resta ao Brasil o combate à inflação apenas pelo remédio amargo da política monetária e juros elevados.

O governo federal, todavia, gasta mal e pretende economizar à custa do sacrifício do setor privado que mais emprega, assim como da geração de descompasso orçamentário em grande número de municípios.

Gasta mal e pretende economizar da pior forma ao atingir o próprio desenvolvimento com razoável perspectiva de demissões elevadas, cujos desempregados tenderão a ser sustentadas pelo Bolsa Família. Propõe, portanto, a redução de empregos e o aumento de dependentes do erário.

Apesar de a Suprema Corte, com sete ministros indicados pelo Partido dos Trabalhadores, já ter sinalizado que manterá a decisão interventiva na lei do Congresso Nacional, e de nenhum dos bons juristas ser economista de expressão naquela Corte, está legislando mais uma vez no lugar do Poder Legislativo.

Resta sempre a esperança de que o próprio presidente da República reconsidere sua posição e, em conjunto com o Parlamento, reformule seu entendimento em medida provisória, restabelecendo o decidido no Congresso e enterrando a deletéria pretensão que afeta empresas, municípios e, principalmente, trabalhadores.

Talvez, ao perceber a prejudicial atitude do Executivo, seus ministros da área econômica possam mostrar que, até politicamente, em face das próximas eleições municipais, seu posicionamento tem que ser mudado!

Quando me lembro do saudoso amigo Roberto Campos, que em frases gráficas definia situações, não poucas vezes penso em seguir suas manifestações, parafraseando-as. Por isso, termino este artigo com esta apropriação de sua visão para o Brasil de hoje. É que ao ver todos os erros contra o desenvolvimento do País que o veto presidencial e seu recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) provocaram, sou obrigado a reconhecer que “a incompetência no Brasil tem um passado glorioso e um futuro promissor”.

***Artigo escrito antes das negociações do governo em busca de uma solução para o problema criado.  (Vale destacar que o governo está recuando, mas ainda não apresentou a proposta ideal ao Congresso; continua valendo a decisão do Supremo Tribunal Federal.)

EMPRESAS DEVEM PROPORCIONAR UMA EXPERIÊNCIA EXCEPCIONAL AO CLIENTE PARA ELE TER UMA INTERAÇÃO COM A MARCA

 

 Danielle Totti é vice-presidente de Estratégia, Marketing, Comercial e Performance da Sodexo.

O mundo viveu inúmeras transformações nos últimos anos, mudanças cada vez mais intensas que têm influenciado novos comportamentos e demandas de consumo, o que resulta em um importante desafio: ampliar a experiência do consumidor. Adotar uma abordagem integrada, buscando compreender as expectativas em constante evolução dos consumidores para proporcionar uma experiência excepcional é um pilar fundamental no cenário atual do mercado, em que cada interação com a marca molda a percepção e a fidelidade do cliente. Para isso, além de acompanhar as tendências globais, é crucial traduzir as percepções em ações tangíveis que aprimorem toda a jornada do consumidor.

O potencial das inovações para o negócio é enorme, especialmente quando estamos em contato direto com o consumidor. Os serviços de varejo, por exemplo, têm um papel estratégico devido ao seu amplo alcance e proximidade com clientes e consumidores. Aqui, a alimentação atua como um elo entre as experiências diárias das pessoas e a tecnologia. Imagine receber o cardápio do que será servido na sua empresa, no hospital ou, até mesmo na cantina da escola, logo nas primeiras horas da manhã, tendo a liberdade de personalizar sua refeição por meio de um aplicativo. Ou ter à disposição espaços diferenciados dentro da empresa para fazer reuniões com parceiros e clientes, com acesso à uma alimentação saudável e sustentável assinada por chefs renomados. Ou ainda contar com um micromercado dentro do ambiente de trabalho. Enfim, esses são só alguns dos exemplos que mostram como é possível unir a comida a cada contexto vivido pelas pessoas e de como podemos aprimorar esta experiência. São pontos de convergência entre comodidade, conveniência e customização, sem perder de vista o prazer e o amor pela comida.

Aliás, o micromercado autônomo foi uma das soluções apresentadas como tendência em varejo na feira NRF, considerada a maior feira de retail e consumo do mundo. O evento, que ocorreu no início do ano, ainda revelou o que há de mais inovador no mercado voltado para a experiência do consumidor como a inteligência artificial (IA), que pode ajudar a estabelecer um elo consistente com os consumidores ao construir uma jornada mais completa. As tecnologias e modelos podem nos ajudar a aprimorar a experiência no varejo, onde o que causa fricção é digitalizado e a vivência é priorizada em todas as etapas da jornada. Projetos que só são possíveis e implementáveis em companhias que valorizam a inovação e investem em tecnologia para eliminar obstáculos, numa constante disposição para a reinvenção de suas ofertas e entregas.

Frente ao desafio das empresas de trazerem as pessoas de volta para o escritório, tudo pode servir como estímulo à preferência dos colaboradores pela presença física, impactando diretamente também nos indicadores de retenção dos grandes talentos. Em uma reflexão mais ampla, acredito que as empresas serão bem-sucedidas se criarem recursos físicos e experiências virtualmente conectadas, que permitam às pessoas a se desenvolverem e trabalharem em uma combinação dinâmica entre a vida profissional e pessoal. Agora, o local de trabalho existe dentro e fora das suas tradicionais quatro paredes e deve ser mais flexível, dinâmico e escalável, sempre conectando pessoas, espaços e sustentabilidade.

Mais do que atender as expectativas do consumidor, precisamos superá-las diariamente. Os micromercados autônomos são um exemplo de como conseguimos nos tornar pioneiros nesse mercado, nos colocando à frente das demandas das pessoas. Com a marca NoPonto, a Sodexo dispõe de lojas adaptáveis a qualquer espaço, abertas 24 horas por dia e sete dias por semana e reabastecidas periodicamente, pensando sempre em encurtar as distâncias percorridas pelas pessoas quando querem um lanche rápido. Com autonomia do começo ao fim: por meio de totens ou do aplicativo, a pessoa escolhe os produtos e faz o pagamento, sem a necessidade de um atendente. Mesmo sendo uma solução B2B4C de autoatendimento, conseguimos gerar proximidade com as pessoas com a conveniência da compra rápida, disponibilidade do produto, facilidade de localização e segurança.

Diante do desafio de trazer o que há de melhor ao consumidor brasileiro mantendo um olhar para o futuro à medida que eles evoluem seus hábitos e preferências de consumo, precisamos seguir ampliando nossa visão e cultura de inovação, investindo no que eleva nossa proposta de valor e crescimento rentável.

NOSSA MARCA. NOSSO ESTILO!

NÓS DA VALEON COMPARTILHAMOS CONHECIMENTO PARA EXECUTARMOS COM SUCESSO NOSSA ESTRATÉGIA PARA REVOLUCIONAR O MODO DE FAZER PROPAGANDA DAS EMPRESAS DO VALE DO AÇO.

O desejo de mudar, de transformar, de acreditar, são fundamentais para irmos além. São agentes propulsores da realização de sonhos. Já o empreendedorismo está presente no DNA dos brasileiros e nossa história trouxa essa capacidade que temos de nos reinventar e de nos conectarmos com você internauta e empresários que são a nossa razão de existir.

E todos esses elementos combinados e levados ao território da internet, torna o que era bom ainda melhor. Na internet e através do Site da Valeon, podemos proporcionar o início do “virar de chaves” das empresas da região para incrementar as suas vendas.

Assim, com inovação e resiliência, fomos em busca das mudanças necessárias, testamos, erramos, adquirimos conhecimento, desenhamos estratégias que deram certo para atingirmos o sucesso, mas nada disso valeria se não pudéssemos compartilhar com vocês essa fórmula.

Portanto, cá estamos! Na Plataforma Comercial Marketplace da VALEON para suprir as demandas da região no que tange à divulgação dos produtos e serviços de suas empresas com uma proposta diferenciada dos nossos serviços para a conquista cada vez maior de mais clientes e público.

Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas exporem seus produtos e receberem acessos. Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual.

 

O Site desenvolvido pela Startup Valeon, focou nas necessidades do mercado e na falta de um Marketplace para resolver alguns problemas desse mercado e em especial viemos para ser mais um complemento na divulgação de suas Empresas e durante esses três anos de nosso funcionamento procuramos preencher as lacunas do mercado com tecnologia, inovação com soluções tecnológicas que facilitam a rotina das empresas. Temos a missão de surpreender constantemente, antecipar tendências, inovar. Precisamos estar em constante evolução para nos manter alinhados com os desejos do consumidor. Por isso, pensamos em como fazer a diferença buscando estar sempre um passo à frente.

 

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

ORAÇÃO PROFÉTICA DE UM PASTOR DOS EUA

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