terça-feira, 14 de maio de 2024

SENSAÇÃO DE SOLIDÃO NÃO ACONTECE SÓ COM OS MAIS VELHOS E TAMBÉM COM OS JOVENS

 

História de Christina Caron – Jornal Estadão

Quando o médico Vivek Murthy fez uma turnê por faculdades em todo o país no último outono, ele começou a ouvir o mesmo tipo de pergunta repetidamente: como devemos nos conectar uns aos outros quando ninguém mais conversa?

Em uma época em que a participação em organizações comunitárias, clubes e grupos religiosos diminuiu, e mais interações sociais ocorrem online em vez de pessoalmente, alguns jovens estão relatando níveis de solidão que, em décadas passadas, eram tipicamente associados a adultos mais velhos.

É uma das muitas razões pelas quais a solidão se tornou um problema tanto no início quanto no final de nossas vidas.

Solidão tende a ser percebida com mais intensidade na juventude e na terceira idade. Foto: krissikunterbunt/Adobe Stock

Solidão tende a ser percebida com mais intensidade na juventude e na terceira idade. Foto: krissikunterbunt/Adobe Stock© Fornecido por Estadão

Em um estudo publicado recentemente na revista Psychological Science, pesquisadores descobriram que a solidão segue uma curva em forma de U: começando da juventude, a solidão autorrelatada tende a diminuir à medida que as pessoas se aproximam da meia-idade apenas para aumentar novamente após os 60 anos, tornando-se especialmente pronunciada por volta dos 80 anos.

Embora qualquer pessoa possa experimentar a solidão, indivíduos na meia-idade podem se sentir mais socialmente conectados do que outros grupos etários porque estão frequentemente interagindo com colegas de trabalho, um cônjuge, filhos e outros em sua comunidade — e essas relações podem parecer estáveis e satisfatórias, analisa Eileen K. Graham, professora associada de ciências sociais médicas na Faculdade de Medicina Feinberg da Universidade Northwestern e a autora principal do estudo.

À medida que as pessoas envelhecem, essas oportunidades podem “começar a desaparecer”, diz ela. No estudo, que analisou dados de várias décadas, começando na década de 1980 e terminando em 2018, os participantes nas extremidades do espectro etário eram mais propensos a concordar com afirmações como: “Sinto falta de ter pessoas ao meu redor” ou “minhas relações sociais são superficiais.”

“Temos músculos sociais assim como temos músculos físicos”, compara Murthy. “E esses músculos sociais enfraquecem quando não os usamos.”

Quando a solidão não é verificada, pode ser perigosa para nossa saúde física e mental, e tem sido ligada a problemas como doenças cardíacas, demência e ideação suicida.

Graham e outros especialistas em conexão social afirmam que existem pequenos passos que podemos tomar em qualquer idade para cultivar um senso de pertencimento e conexão social.

Faça uma auditoria de relacionamentos

“Não espere até a velhice para descobrir que você não possui uma rede social de boa qualidade”, orienta Louise Hawkley, uma cientista que estuda a solidão na NORC, uma organização de pesquisa social na Universidade de Chicago. “Quanto mais você espera, mais difícil fica formar novas conexões.”

Estudos sugerem que a maioria das pessoas se beneficia de ter um mínimo de quatro a seis relações próximas, conta Julianne Holt-Lunstad, professora de psicologia e neurociência e diretora do Laboratório de Conexão Social e Saúde na Universidade Brigham Young.

Mas não é apenas a quantidade que importa, ela acrescentou, é também a variedade e a qualidade.

“Diferentes relacionamentos podem satisfazer diferentes tipos de necessidades”, explica Holt-Lunstad. “Assim como você precisa de uma variedade de alimentos para obter uma variedade de nutrientes, você precisa de uma variedade de tipos de pessoas em sua vida.”

Pergunte a si mesmo: você é capaz de confiar e apoiar as pessoas em sua vida? E seus relacionamentos são principalmente positivos em vez de negativos?

Se sim, é um sinal de que esses relacionamentos são benéficos para o seu bem-estar mental e físico, diz ela.

Participe de um grupo

Pesquisas mostraram que saúde precária, viver sozinho e ter menos familiares e amigos próximos são fatores que aumentam a solidão após cerca de 75 anos.

Mas o isolamento não é a única coisa que contribui para a solidão — em pessoas jovens e idosas, a solidão vem de um descompasso entre o que você deseja ou espera de seus relacionamentos e o que esses relacionamentos estão fornecendo.

Se sua rede está diminuindo — ou se você se sente insatisfeito com seus relacionamentos — busque novas conexões participando de um grupo comunitário, participando de uma liga esportiva social ou fazendo trabalho voluntário, o que pode proporcionar um senso de significado e propósito, aconselha Hawkley.

E se um tipo de voluntariado não é satisfatório, não desista, ela acrescenta. Em vez disso, tente outro tipo.

Participar de organizações que lhe interessam pode oferecer um senso de pertencimento e é uma maneira de acelerar o processo de conexão pessoal com pessoas de ideias semelhantes.

Diminua o uso de redes sociais

Jean Twenge, psicóloga social e autora de “Gerações”, descobriu em sua pesquisa que o uso intensivo de redes sociais está ligado à má saúde mental — especialmente entre meninas — e que o acesso a smartphones e o uso da internet “aumentaram em paralelo com a solidão adolescente”.

Em vez de recorrer a uma conversa online ou meramente a uma reação ao post de alguém, você pode sugerir fortalecer os laços durante uma refeição — sem telefones permitidos.

E se uma interação por texto ou rede social estiver se prolongando ou envolvendo, mude para uma conversa em tempo real, enviando uma mensagem como: “Posso te dar uma ligação rápida?”, diz Twenge.

Por fim, Holt-Lunstad sugere pedir a um amigo ou familiar para fazer uma caminhada em vez de se corresponder online. Além de ser gratuito, caminhar também tem o benefício adicional de proporcionar ar fresco e exercício.

Tome a iniciativa

“Muitas vezes, quando as pessoas se sentem solitárias, elas podem estar esperando que alguém alcance a elas”, diz Holt-Lunstad. “Pode ser realmente difícil pedir ajuda ou mesmo iniciar uma interação social. Você se sente muito vulnerável. E se eles disserem não?”

Algumas pessoas podem se sentir mais confortáveis entrando em contato com os outros com uma oferta de ajuda, acrescenta ela, porque isso ajuda você a focar “para fora em vez de para dentro”.

Pequenos atos de gentileza não só manterão, mas também solidificarão seus relacionamentos, dizem os especialistas.

Por exemplo, se você gosta de cozinhar, ofereça-se para deixar comida para um amigo ou familiar, sugere Twenge.

“Você não só fortalecerá uma conexão social, mas também obterá o aumento de humor que vem de ajudar”, ela acrescenta.

c.2024 The New York Times Company

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.

A BANCADA DO PL NO CONGRESSO SÓ VOTA EM CANDIDATOS A ELEIÇÃO NA CÂMARA E NO SENADO SE ANISTIAREM O BOLSONARO E OS PRESOS DE 8/1

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

Cioso da influência que exerce pelo tamanho de suas bancadas no Congresso Nacional – 95 deputados e 13 senadores –, o Partido Liberal (PL) pretende explorar esse ativo nada desprezível como um instrumento de barganha. Porém, a motivação da legenda do notório Valdemar Costa Neto não poderia ser mais inaceitável – e moralmente repugnante – para uma agremiação política na democracia representativa. O que o PL quer obter com a barganha é a normalização da delinquência política, simbolizada pelas inúmeras tentativas de Jair Bolsonaro de perturbar o processo eleitoral de 2022 e pela tentativa de golpe de Estado no 8 de Janeiro, que o ex-presidente no mínimo inspirou.

É forçoso reconhecer que o PL pode ter muitos defeitos, mas entre eles, definitivamente, não está a incoerência. Sendo um partido orgulhoso de ter em seus quadros os principais políticos liberticidas hoje em atividade no País, atua deliberadamente para desmoralizar as leis e a democracia.

Segundo consta, o PL condicionará o apoio aos parlamentares que pretendem suceder a Arthur Lira e Rodrigo Pacheco na presidência da Câmara e do Senado, respectivamente, ao compromisso dos candidatos de levar adiante uma proposta de anistia a Bolsonaro e aos golpistas implicados no infame 8 de Janeiro. Chama a atenção nesse movimento a admissão do partido de que crimes, ora vejam, de fato foram cometidos – ou, por óbvio, não se estaria falando em anistia alguma.

Desde aquele domingo fatídico de 2023, o PL parece ter abraçado como principal agenda política não só a defesa dos golpistas, como a própria negação da tentativa de golpe, como se tudo aquilo a que o País assistiu não passasse de “baderna”, “vandalismo” ou coisa que o valha. É de crimes gravíssimos que se trata. E seja por falta de convicção democrática, seja por oportunismo – afinal, Bolsonaro ainda é apoiado por uma parcela significativa dos eleitores a despeito da miríade de acusações que pesam sobre ele –, o movimento para acobertá-los diz muito sobre o PL e seu mandachuva.

O PL está tão fechado em seus objetivos – e nisso, é de justiça reconhecer, a legenda não está sozinha – que nem a tragédia climática e humanitária sem precedentes que se abateu sobre o Rio Grande do Sul comoveu o partido a abrir mão de ao menos uma parte do milionário Fundo Eleitoral em socorro aos gaúchos. No afã de eleger prefeitos Brasil afora neste ano, o partido vai alugar dois jatinhos para que seus principais cabos eleitorais, Michelle Bolsonaro e o deputado Nikolas Ferreira, cruzem os céus do País em campanha para a prefeitura de oito capitais. Poucas situações retratam tão bem como os partidos políticos são capazes de virar as costas para a sociedade, como se fossem representantes de si mesmos.

Dado o tamanho de sua representação no Congresso, o PL teria legitimidade para apoiar candidatos às Mesas Diretoras que se mostrassem dispostos a abraçar projetos caros ao partido. Estranho seria se não o fizesse. Mas não é disso que se trata. O PL defende a anistia para Bolsonaro, de resto rigorosamente descabida e imoral, por puro interesse eleitoreiro. Nada há de programático nessa barganha delinquente. O que se pretende é (i) proceder ao apagamento do golpismo bolsonarista por meio da anistia e (ii) pavimentar o caminho para uma eventual volta de Bolsonaro à corrida eleitoral de 2026, malgrado sua condenação à inelegibilidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Portanto, está-se diante de uma malandragem. Aqui e ali, haverá movimentos cada vez menos sutis para fazer o golpismo que ditou os rumos da política nacional durante os quatro anos do trevoso mandato de Bolsonaro – e que culminou no 8 de Janeiro – parecer menos grave do que de fato foi. E de malandragens, convenhamos, o sr. Valdemar Costa Neto entende. Basta lembrar que o capo do PL chegou a patrocinar um “laudo” criminoso para lançar dúvidas sobre a higidez do sistema eleitoral brasileiro – o que gerou uma multa de R$ 22,9 milhões ao partido imposta pelo TSE. Saiu barato.

A GLOBO ESTÁ SOFRENDO ATAQUES NO RS POR SUA POSIÇÃO POLÍTICA A FAVOR DO GOVERNO

História de leticia – IstoÉ

Desde o começo do mês, William Bonner está apresentando o ‘Jornal Nacional’ direto de Porto Alegre, uma das cidades do Rio Grande do Sul que mais vem sofrendo com as chuvas. O jornalista e a TV Globo estão sendo hostilizados na cobertura da catástrofe.

Durante as transmissões ao vivo direto do RS, Bonner se emocionou com a situação das vítimas das enchentes, foi atacado por alguns moradores do local, – que acusaram a emissora de explorar a tragédia por audiência – , precisou de seguranças e não tem previsão de retornar aos estúdios Globo, no Rio de Janeiro.

Por que a Globo está sofrendo ataques no Rio Grande do Sul?

Bastante conservadora, boa parte da população do Rio Grande do Sul repudia posicionamentos políticos da TV Globo. Além disso, os moradores locais ficaram indignados com o fato de a emissora ter priorizado a transmissão do show da Madonna no Rio de Janeiro, para só então investir em uma cobertura mais ampla da tragédia que acomete o estado neste momento.

Sem previsão de retorno aos estúdios Globo

Segundo uma fonte de IstoÉ Gente, William Bonner, Ana Paula Araújo, Patrícia Poeta, entre outros jornalistas da Globo que estão fazendo a cobertura da tragédia do Rio Grande do Sul, não têm previsão de retornar aos seus trabalhos nos estúdios da emissora em São Paulo e no Rio de Janeiro – até que tudo volte ao normal.

A nossa reportagem entrou em contato com a comunicação da TV Globo para confirmar a informação, mas até o fechamento desta matéria ainda não tivemos retorno.

 

PEC DO QUINQUÊNCIO É UM ESCÂNDALO QUE DEVE SER ARQUIVADO

 

História de Weslley Galzo – Jornal Estadão

BRASÍLIA – A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Quinquênio tem sido defendida por parlamentares, como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sob o argumento de que o incremento de 5% nos salários de juízes e procuradores a cada cinco anos seria necessário para manter essas carreiras atrativas e não perder quadros para a iniciativa privada. Mas os dados contradizem a retórica dos políticos.

Nota técnica produzida pelo Instituto Liberal mostra que os membros do Poder Judiciário têm rendimentos muito superiores aos de outros profissionais do direito que atuam na iniciativa privada e que possuem nível de qualificação elevado. O levantamento uniu dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), do Portal da Transparência e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para demonstrar, por exemplo, que um magistrado ganha quase o dobro do que um advogado com doutorado.

O monumento " Justiça" localizado em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) na praça do Três Poderes, em Brasília. Foto: Wilton Junior/Estadão

O monumento ” Justiça” localizado em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) na praça do Três Poderes, em Brasília. Foto: Wilton Junior/Estadão© Fornecido por Estadão

O Instituto aponta que o rendimento médio dos juízes federais no País é de cerca de R$ 34,5 mil por mês, enquanto o de um advogado com doutorado é de R$ 18,9 mil. Isso significa que os vencimentos dos magistrados são 46% maiores do que o de um profissional doutor. Ainda de acordo com a nota, um procurador recebe cerca de R$ 27 mil por mês, enquanto um advogado com especialização ou mestrado ganha cerca de R$ 8,7 mil mensais – ou seja, três vezes menos.

A nota se concentrou nas discussões sobre remuneração. As carreiras jurídicas, seja no Poder Público ou na iniciativa privada, tendem a receber bonificações que incrementam os salários. Os advogados recebem honorários advocatícios por causas ganhas. Já os magistrados e procuradores acumulam penduricalhos, que, como mostrou o Estadão, podem atingir até a casa dos milhões, a exemplo do que receberam os juízes do Tribunal de Justiça de Rondônia no último mês fevereiro.

Quando a comparação é feita em linhas mais gerais, a disparidade se torna ainda maior. A remuneração média dos procuradores é superior ao que recebe 99,5% dos profissionais do setor privado, e a dos magistrados federais está acima de 99,7% dos integrantes do setor privado. A nota ainda aponta que o salário dos magistrados cresceu 23%, entre 2017 e 2024, enquanto a renda média dos brasileiros cresceu menos de 6% no mesmo período, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD-Contínua).

“Este dado sugere que é muito pouco provável que magistrados e procuradores federais transacionem no setor privado em busca de melhores salários pelo simples fato que não há trabalhos suficientes que poderiam oferecer melhores condições salariais, especialmente quando consideramos que estes precisariam abrir mão de sua estabilidade”, aponta a nota. “Qualquer exemplo do contrário seria mera evidência anedótica, não respaldada pelos dados mais precisos e robustos da PNAD-Contínua”, enfatiza.

O estudo conclui que, a partir dos dados disponíveis em diferentes repositórios, não há evidências de que ocorra “precarização” ou “sucateamento” dessas carreiras, como alegam alguns defensores da PEC. A nota não conseguiu mapear a nível nacional a quantidade de magistrados que deixam a profissão a cada ano, tampouco quais são as motivações que os levaram a tal decisão.

Para fins ilustrativos, a equipe responsável pelo levantamento compilou o número de exonerações ano a ano no Poder Judiciário de Santa Catarina. Entre 2018 e 2022, ocorreram 222 desligamentos de magistrados no Estado, que tem cerca de 13 mil homens e mulheres como parte da sua força de trabalho. No período analisado, apenas 2,69% dos desligados relataram insatisfação pessoal e 1,35% relatou insatisfação salarial como motivo do desligamento. A principal motivação apresentada pelos magistrados que abandonaram a carreira é de que desejavam viver outras experiências profissionais.

“Apesar de referirem-se apenas ao Poder Judiciário de Santa Catarina, é plausível acreditar que esses dados são representativos (e portanto podem ser extrapolados) para o Poder Judiciário como um todo, à medida que o TJ-SC assemelha-se à média dos outros tribunais em uma série de indicadores de satisfação contidos no Censo do Poder Judiciário”, conclui a nota.

Para o presidente do Instituto Liberal, Lucas Berlanza, o “estudo é particularmente relevante porque se concentra em demonstrar que as evidências contrariam essa ideia” de que procuradores e magistrados são desvalorizados e, portanto, tenderiam a abandonar as carreiras para trabalhar na iniciativa privada.

A nota também demonstra que as carreiras jurídicas públicas seguem atrativas entre os profissionais jurídicos. O Exame Nacional da Magistratura atraiu cerca de 40 mil inscritos, enquanto um concurso para juiz substituto do TRF-1 acumulou quase 7 mil inscritos para apenas uma vaga disputada em julho de 2023.

O Instituto Liberal tem como atuação central a divulgação de conteúdos sobre o liberalismo por meio de artigos, eventos, cursos e estudos, como o realizado sobre a PEC do Quinquênio.

LIBERDADE DE EXPRESSÃO E FAKE NEWS - DIFÍCIL DE CARACTERIZAR

 

História de Gabriela Romão – Newsrondonia

Em uma era definida pela informação instantânea e pela interconectividade global, a liberdade de expressão enfrenta desafios sem precedentes com a ascensão das fake news. Este fenômeno, caracterizado pela disseminação deliberada de informações falsas ou enganosas, ameaça não apenas a integridade do debate público, mas também os alicerces da democracia. A liberdade de expressão, um direito fundamental consagrado em constituições e tratados internacionais, promove a diversidade de opiniões e a participação cidadã. No entanto, a proliferação de notícias falsas exige uma reflexão jurídico-técnica sobre os limites desse direito.

As fake news diferem de simples erros ou interpretações divergentes por sua intenção de enganar, podendo minar a confiança nas instituições, polarizar sociedades e incitar a violência. Diante desse cenário, emerge a questão: como equilibrar a proteção à liberdade de expressão com a necessidade de combater a desinformação?

A liberdade de expressão é amplamente reconhecida como um direito não absoluto, sujeito a restrições destinadas a proteger outros direitos e interesses públicos. A luta contra as fake news se insere nesse contexto, justificando medidas que, embora limitem esse direito, são proporcionais e necessárias para preservar a ordem democrática.

A regulação das fake news representa um desafio complexo. Medidas excessivamente amplas ou imprecisas correm o risco de reprimir o debate legítimo, enquanto a inação pode deixar o campo livre para a manipulação da verdade. A resposta a esse dilema passa pela implementação de estratégias jurídicas e regulatórias equilibradas.

Diversos países têm explorado legislações específicas para enfrentar o problema das fake news. Na Alemanha, a Lei de Execução da Rede (NetzDG) exige que plataformas de mídia social removam conteúdo ilegal, incluindo notícias falsas, em um prazo específico sob pena de pesadas multas. Em Singapura, a Lei de Proteção contra Falsidades e Manipulação Online (POFMA) permite que o governo exija a correção ou remoção de informações consideradas falsas. Na França, a lei sobre a manipulação da informação visa combater a disseminação de notícias falsas durante períodos eleitorais.

Além da legislação, a verificação de fatos por organizações independentes e a autoregulação de plataformas digitais surgem como soluções complementares. Estas estratégias promovem a responsabilidade e a transparência, permitindo que a sociedade civil e as empresas de tecnologia desempenhem um papel ativo no combate à desinformação, sem necessidade de intervenção estatal direta.

A educação midiática também se destaca como uma ferramenta vital, capacitando os cidadãos a discernir entre informações confiáveis e falsas, fortalecendo assim a resiliência da sociedade diante da desinformação.

Confrontar as fake news, portanto, requer uma abordagem multifacetada que equilibre a proteção à liberdade de expressão com a promoção de um espaço público informado e confiável. A legislação pode oferecer um caminho, mas a solução definitiva reside na combinação de leis cuidadosamente elaboradas, práticas de autoregulação responsáveis e um público bem informado e crítico.

COMO SERÁ A TRIBUTAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS, PLANOS DE SAÚDE, COMBUSTÍVEIS E IMÓVEIS

 

História de EDUARDO CUCOLO – Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP, E BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A reforma tributária aprovada em 2023 previu a criação de regras especiais para alguns bens e serviços. Entre eles, imóveis, planos de saúde, combustíveis e serviços financeiros.

A proposta do governo para regulamentar esses regimes específicos foi apresentada ao Congresso em abril.

Veja como seria a tributação desses setores a partir de 2027.

IMÓVEIS

A proposta apresentada pelo governo trouxe como principal novidade para o setor da construção civil a progressividade no pagamento dos novos tributos sobre bens e serviços: a contribuição federal CBS e o imposto de estados e municípios IBS.

As incorporadoras terão desconto de 20% na alíquota dos novos tributos, cuja média é estimada em 26,5% para soma de CBS e IBS.

Nesse cenário, o tributo a ser pago seria de 21,2% sobre o valor da venda de imóveis novos, o equivalente a 80% da alíquota cheia.

A progressividade —quanto maior o valor do imóvel, maior o tributo em termos proporcionais— foi definida pelo Ministério da Fazenda com a criação de um “redutor social”, uma faixa de isenção de R$ 100 mil.

Com isso, os imóveis novos de alto padrão serão mais tributados que os populares, o que deve baratear especialmente aqueles construídos no âmbito do programa Minha Casa Minha Vida.

Nas contas do governo, um apartamento novo no valor de R$ 200 mil pode ficar isento, considerando o redutor social, o desconto do custo do terreno e a dedução de tributos incidentes sobre etapas da construção.

No sistema atual, as companhias recolhem impostos, mas não recuperam os créditos da tributação de insumos.

Não haverá incidência na venda de imóveis entre pessoas físicas, exceto se ficar constatado que o contribuinte efetua operações de compra e venda de imóveis com recorrência, caracterizando atividade no ramo imobiliário.

ALUGUEL E AIRBNB

A pessoa física que alugar um imóvel também não pagará os novos tributos.

A proposta enviada ao Congresso sugere a criação de um “fator de reajuste” para a dedução do valor de imóveis alugados por empresas.

Os bens imóveis urbanos e rurais deverão ser registrados na plataforma CIB (Cadastro Imobiliário Brasileiro).

O texto prevê também a cobrança de imposto igual ao do setor hoteleiro sobre locações por temporada inferior a 90 dias, quando realizadas por uma empresa. Um Airbnb, por exemplo, vai pagar sobre sua margem de lucro. A pessoa que está alugando por meio da plataforma não será tributada.

PLANOS DE SAÚDE

O projeto prevê desconto de 60% nos tributos para planos de saúde. Se a alíquota geral for de 26,5%, a tributação dos planos pode ficar em 10,6%.

As operadoras de saúde devem ter redução de custos, pois vão receber crédito dos tributos que incidem sobre suas despesas.

Esse percentual será cobrado sobre uma base de cálculo específica: a receita dos planos.

Serão descontados gastos com cobertura de saúde, diretamente aos prestadores ou por meio de reembolso à pessoa física, e com valores pagos a corretores na intermediação.

A oferta de planos por empresas privadas a funcionários é vista pelo governo como uma remuneração indireta. Portanto, os gastos das companhias com esses serviços não vão gerar crédito para abater tributos.

O argumento do governo é que o cidadão que contrata um plano por conta própria não recebe crédito tributário e o mesmo deveria valer para as empresas.

COMBUSTÍVEIS

Os combustíveis terão um sistema de tributação que tentará manter a carga sobre esses produtos a partir de 2027.

O projeto do governo prevê que as alíquotas serão as mesmas em todo o território nacional.

Haverá um valor em reais, cobrado por unidade de medida. Ele será reajustado anualmente, observado o prazo de 90 dias para início de vigência.

O tributo será diferenciado por tipo de produto. Haverá, por exemplo, tributação inferior para biocombustível e hidrogênio verde em relação aos combustíveis fósseis.

O projeto não traz as novas alíquotas, mas aponta como serão calculadas.

As empresas poderão recuperar a contribuição e o imposto incidente sobre suas despesas com combustíveis.

SERVIÇOS FINANCEIROS

A proposta do governo prevê a desoneração das operações de crédito para empresas.

Os tributos vão gerar créditos tanto para as instituições financeiras como para as empresas que tomam empréstimos ou pagam por seus serviços.

Se um banco contratar um call center, o tributo sobre essa operação vai gerar um crédito para a instituição financeira.

Se uma empresa contratar um seguro ou um empréstimo, ela vai ter crédito dos tributos sobre essa despesa. Lojistas que contratam maquininhas de pagamento também vão se creditar do tributo sobre esse custo.

Haverá uma única alíquota para todos os serviços de intermediação financeira, que será uniforme em todo o país.

Nos empréstimos, a tributação para o banco incide sobre a margem financeira dele —o spread bancário, ou diferença entre taxa de captação e de empréstimo.

Para a empresa que toma o empréstimo, o crédito será calculado com base na diferença entre o juro cobrado pelo banco e a taxa básica Selic.

Será descontado primeiro o valor do principal do empréstimo e aquele correspondente à Selic. Sobre o restante a ser pago ao banco, será aplicada a mesma alíquota da instituição financeira, para que seja calculado o valor do crédito para a empresa.

Um exemplo dado pelo governo considera uma dívida de R$ 120 mil no final de um ano, que seria de R$ 112 mil se fosse considerada apenas a taxa básica. Sobre essa diferença de R$ 8.000 será aplicada a alíquota para determinar qual o valor do crédito dos tributos para a empresa.

Se a alíquota for de 10%, como calculam algumas entidades do setor, a empresa recupera o tributo de R$ 800.

Tarifas bancárias e comissões serão tributadas com a alíquota cheia dos novos tributos.

Como pessoas físicas não são contribuintes dos novos tributos, o empréstimo para elas não gera crédito.

A PREFEITURA DE SP INAUGUROU O AQUÁTICO SP TRANSPORTE HIDROVIÁRIO PERCURSO PELA REPRESA BILLINGS

 

História de Isabela Moya – Jornal Estadão

Prefeitura de São Paulo inaugurou, nesta segunda-feira, 13, o Aquático SP, transporte hidroviário que liga o Terminal Parque Mar Paulista Bruno Covas, em Pedreira, até o Terminal Cantinho do Céu, ambos na zona sul da capital. O percurso pela Represa Billings tem duração de 17 minutos, enquanto por via terrestre pode levar de 40 minutos a 1 hora e 20 minutos.

O percurso pela Represa Billings tem duração de 17 minutos, enquanto por via terrestre pode levar de 40 minutos a 1 hora e 20 minutos Foto: Felipe Rau/Estadão

O percurso pela Represa Billings tem duração de 17 minutos, enquanto por via terrestre pode levar de 40 minutos a 1 hora e 20 minutos Foto: Felipe Rau/Estadão© Fornecido por Estadão

  • Até o final deste ano, o sistema estará em operação assistida, com viagens gratuitas. A partir do ano que vem, será cobrado R$ 4,40 – a mesma tarifa dos ônibus urbanos – e haverá integração com o Bilhete Único.
  • Nesta semana, as embarcações saem das 10 horas às 16 horas incluindo finais de semanas, e a expectativa é de 3.000 passageiros por dia. A partir da próxima semana, o horário será ampliado até às 17 horas. Nos próximos meses, o horário seguirá ampliando até a definição de um horário final, que não foi divulgado.

“A ideia é que a gente vá aumentando a quantidade de barcos e o horário de atendimento”, afirma o prefeito Ricardo Nunes.

“Pelo o que estou percebendo a demanda é grande, vai ajudar bastante as pessoas. A gente vai ampliando com os estudos, com a verificação se o terminal está adequado. A gente sabe que na prática sempre é necessário fazer algumas adequações”, acrescentou.

São duas embarcações coletivas em funcionamento - uma tem capacidade para 60 passageiros sentados, que levou 17 minutos no trajeto, e a outra, para 30 pessoas, cujo trajeto durou 12 minutos Foto: Felipe Rau/Estadão

São duas embarcações coletivas em funcionamento – uma tem capacidade para 60 passageiros sentados, que levou 17 minutos no trajeto, e a outra, para 30 pessoas, cujo trajeto durou 12 minutos Foto: Felipe Rau/Estadão© Fornecido por Estadão

Neste primeiro momento, são duas embarcações coletivas em funcionamento – uma tem capacidade para 60 passageiros sentados, que levou 17 minutos no trajeto, e a outra, para 30 pessoas, cujo trajeto durou 12 minutos.

Nunes afirmou que, devido à maior agilidade da embarcação menor, irá estudar a possibilidade de que a maior parte das futuras embarcações sejam para 30 passageiros. “Agora estou repensando se não é melhor termos mais barcos de 30 do que barcos de 60 passageiros”, disse.

A expectativa é de que o novo modal atenda 385 mil pessoas que vivem nos bairros do Grajaú, Cocaia e Pedreira. A partir do Terminal Parque Mar Paulista, há uma nova linha de ônibus elétricos para levar os passageiros ao Terminal Santo Amaro, um dos gargalos de trânsito, onde é possível ter acesso ao metrô, CPTM e BRTs.

A operação funcionará normalmente em dias de chuvas, exceto em casos de temporal ou neblina intensa.

A expectativa é de que o novo modal atenda 385 mil pessoas que vivem nos bairros do Grajaú, Cocaia e Pedreira. A partir do Terminal Parque Mar Paulista haverá ônibus elétricos para levar os passageiros ao Terminal Santo Amaro Foto: Felipe Rau/Estadão

A expectativa é de que o novo modal atenda 385 mil pessoas que vivem nos bairros do Grajaú, Cocaia e Pedreira. A partir do Terminal Parque Mar Paulista haverá ônibus elétricos para levar os passageiros ao Terminal Santo Amaro Foto: Felipe Rau/Estadão© Fornecido por Estadão

O sistema será operado pela Prefeitura, por meio da SPTrans, depois que a TransWolff, empresa de ônibus que seria responsável pelo novo transporte, se tornou alvo de uma investigação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que apura ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Questionamentos de ordem ambiental também afetaram a operação do modal.

Nunes afirmou, porém, que a intenção da prefeitura não é continuar com a operação do sistema hidroviário e que abrirá licitação em breve, mas que não deve voltar a ser operado pela TransWolff mesmo que o MP-SP não faça uma denúncia.

“Não temos intenção de manter a gestão de transporte, isso não é algo que está no horizonte da Prefeitura de São Paulo. a gente tem que ter foco na logística, na mobilidade da cidade e manter a cidade funcionando bem. A operação, o ideal, em questão de custo e desempenho, é da iniciativa privada”, afirmou o prefeito.

Já existem planos para expandir o transporte hidroviário em São Paulo. No trajeto entre os terminais Parque Mar Paulista e Cantinho do Céu, haverá paradas, como a do Cocaia, que Nunes afirmou que está em estágio avançado, mas não deu uma data para inauguração da parada.

A Prefeitura planeja ainda um trajeto na Represa Guarapiranga, que deve ser implementado em 2025, segundo o prefeito.

AS INDÚSTRIAS PRODUTIVAS PRECISAM DE TECNOLOGIAS QUE ENTREGUEM SOLUÇÕES E NÃO OUTROS PROBLEMAS

Marcelo Lonzetti, Diretor da ztrax e especialista em tecnologia RTLS

Em um mercado cada vez mais competitivo, as indústrias precisam buscar soluções que otimizem seus processos e garantam a qualidade dos produtos. No entanto, muitas fábricas ainda operam com tecnologias obsoletas ou que dependem de intervenção humana, o que pode gerar atrasos, erros e perda de dinheiro.

Segundo dados da World Population Review, o Brasil ocupa apenas a posição 57, entre 62 países analisados sobre produtividade, com Noruega figurando com a melhor produtividade por hora, de US$ 75,08, seguida por Luxemburgo, com US$ 73,22, e Estados Unidos, com US$ 67,32. O Brasil, por sua vez, produz, em média, US$10,78 por hora.

Um dos exemplos de como as fábricas monitoram suas etapas de produção atualmente, RFID, com tags e sistema de rádios limitados e monitoramento 100% manual Essas soluções, já aposentadas por indústrias de ponta no restante do mundo, apresentam limitações por não permitirem a identificação de qual colaborador está envolvido nas etapas, detalhe que não permite encontrar problemas, ou seja, traz consigo diminuição da produtividade.

Marcelo Lonzetti, Diretor da ztrax e especialista em tecnologia RTLS, destaca a importância das empresas acompanharem os processos produtivos de forma automatizada, levando em conta resultados e competitividade:

“Indústrias produtivas precisam de tecnologias que entreguem soluções e não outros problemas. O RTLS (Real Time Location System) é o sistema que entrega esse tipo de solução nas fábricas europeias, chinesas e americanas, ou seja, na competição com nossas indústrias locais, já saímos perdendo. É o uso desse tipo de tecnologia que faz a indústria nacional perder competitividade”.

Processos industriais no Brasil precisam ser mais ágeis

Com essa tecnologia, as empresas passam a aferir o tempo em todas as etapas produtivas, a ponto de identificarem atrasos ou problemas, além de monitorar como está o desempenho dos colaboradores que estão em cada fase da produção. O especialista alerta que Indústrias como montadoras, onde é necessário buscar peças em estoques e depósitos, são as mais afetadas em termos produtivos dificuldades se seguirem trabalhando sem essas informações em tempo real:

“Toda linha precisa ser automatizada com as informações, quando isso é realizado manualmente, atrapalha o processo. A tecnologia monitora todo o trajeto e tempo gasto pelos colaboradores para buscar cada peça, identificando possíveis atrasos e gargalos no processo” finaliza Lonzetti.

CARACTERÍSTICAS DA VALEON

Perseverança

Ser perseverante envolve não desistir dos objetivos estipulados em razão das atividades, e assim manter consistência em suas ações. Requer determinação e coerência com valores pessoais, e está relacionado com a resiliência, pois em cada momento de dificuldade ao longo da vida é necessário conseguir retornar a estados emocionais saudáveis que permitem seguir perseverante.

Comunicação

Comunicação é a transferência de informação e significado de uma pessoa para outra pessoa. É o processo de passar informação e compreensão entre as pessoas. É a maneira de se relacionar com os outros por meio de ideias, fatos, pensamentos e valores. A comunicação é o ponto que liga os seres humanos para que eles possam compartilhar conhecimentos e sentimentos. Ela envolve transação entre pessoas. Aquela através da qual uma instituição comunica suas práticas, objetivos e políticas gerenciais, visando à formação ou manutenção de imagem positiva junto a seus públicos.

Autocuidado

Como o próprio nome diz, o autocuidado se refere ao conjunto de ações que cada indivíduo exerce para cuidar de si e promover melhor qualidade de vida para si mesmo. A forma de fazer isso deve estar em consonância com os objetivos, desejos, prazeres e interesses de cada um e cada pessoa deve buscar maneiras próprias de se cuidar.

Autonomia

Autonomia é um conceito que determina a liberdade de indivíduo em gerir livremente a sua vida, efetuando racionalmente as suas próprias escolhas. Neste caso, a autonomia indica uma realidade que é dirigida por uma lei própria, que apesar de ser diferente das outras, não é incompatível com elas.

A autonomia no trabalho é um dos fatores que impulsionam resultados dentro das empresas. Segundo uma pesquisa da Page Talent, divulgada em um portal especializado, 58% dos profissionais no Brasil têm mais facilidade para desenvolver suas tarefas quando agem de maneira independente. Contudo, nem todas as empresas oferecem esse atributo aos colaboradores, o que acaba afastando profissionais de gerações mais jovens e impede a inovação dentro da companhia.

Inovação

Inovar profissionalmente envolve explorar novas oportunidades, exercer a criatividade, buscar novas soluções. É importante que a inovação ocorra dentro da área de atuação de um profissional, evitando que soluções se tornem defasadas. Mas também é saudável conectar a curiosidade com outras áreas, pois mesmo que não represente uma nova competência usada no dia a dia, descobrir novos assuntos é uma forma importante de ter um repertório de soluções diversificadas e atuais.

Busca por Conhecimento Tecnológico

A tecnologia tornou-se um conhecimento transversal. Compreender aspectos tecnológicos é uma necessidade crescente para profissionais de todas as áreas. Ressaltamos repetidamente a importância da tecnologia, uma ideia apoiada por diversos especialistas em carreira.

Capacidade de Análise

Analisar significa observar, investigar, discernir. É uma competência que diferencia pessoas e profissionais, muito importante para contextos de liderança, mas também em contextos gerais. Na atualidade, em um mundo com abundância de informações no qual o discernimento, seletividade e foco também se tornam grandes diferenciais, a capacidade de analisar ganha importância ainda maior.

Resiliência

É lidar com adversidades, críticas, situações de crise, pressões (inclusive de si mesmo), e ter capacidade de retornar ao estado emocional saudável, ou seja, retornar às condições naturais após momentos de dificuldade. Essa é uma das qualidades mais visíveis em líderes. O líder, mesmo colocando a sua vida em perigo, deve ter a capacidade de manter-se fiel e com serenidade em seus objetivos.

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segunda-feira, 13 de maio de 2024

PARTICIPAÇÃO DE MINISTROS DO STF EM EVENTOS NO EXTERIOR

 

História de Weslley Galzo – Jornal Estadão

BRASÍLIA – A presença em eventos jurídicos realizados no exterior é praxe entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Entre junho de 2023 e maio deste ano, os magistrados estiveram presentes em ao menos 22 agendas internacionais mapeadas pelo Estadão.

Os encontros, em sua maioria na Europa, envolvem fóruns organizados pela iniciativa privada, seminários acadêmicos e visitas institucionais realizadas pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso. Em nota, a Corte afirma que “não se pode considerar a participação do ministro no evento como um favor feito a ele pelo organizador”. O texto ainda afirma que os magistrados dialogam com diferentes segmentos da sociedade e que, “por essa razão, não há conflito de interesses” (leia mais abaixo).

Dentre os 22 eventos identificados pela reportagem, nove foram organizados ou patrocinados por instituições privadas, incluindo caso em que a empresa patrocinadora possui ações na Corte.

Ministros do STF marcam presença em fóruns jurídicos realizados no exterior. Flávio Dino é o único que ainda não viajou para participar de evento, mas esteve no Fórum Jurídico de Lisboa quando era titular da Justiça Foto: Fellipe Sampaio/STF

Ministros do STF marcam presença em fóruns jurídicos realizados no exterior. Flávio Dino é o único que ainda não viajou para participar de evento, mas esteve no Fórum Jurídico de Lisboa quando era titular da Justiça Foto: Fellipe Sampaio/STF© Fornecido por Estadão

Como revelou o Estadãoo “Fórum Jurídico: Brasil de Ideias”, realizado no final do mês passado em Londres, na Inglaterra, foi patrocinado pela British American Tobacco (BAT) Brasil. A empresa tem ao menos dois processos no STF e é parte interessada em uma ação relatada pelo ministro Dias Toffoli, que participou do evento.

Banco Master teve um de seus funcionários no Fórum e pagou pela participação do ex-primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair em um painel. A instituição também possui um recurso no STF, este sob a relatoria do ministro Gilmar Mendes.

Outros eventos prestigiados por ministros, como o Fórum Esfera Internacional e o Brazil Economic Forum, do Lide, ambos realizados em 2023, também foram patrocinados por empresas privadas e contaram com a presença de empresários. O encontro organizado pela Esfera levou os ministros Barroso e Gilmar Mendes para a França, em outubro do ano passado. Já o painel produzido pelo Lide, na Suíça, na esteira do Fórum Econômico de Davos, contou apenas com Barroso na condição de presidente do STF.

Conselho Nacional de Justiça (CNJ) autoriza a participação de magistrados “em encontros jurídicos ou culturais” promovidos por entidades privadas. A regra prevista em uma resolução de 2013 também permite que os juízes, desembargadores e ministros tenham o transporte e a hospedagem subsidiados por essas entidades.

Outra decisão do próprio CNJ, em 2021, desobrigou juízes de todo o País de informar os respectivos tribunais sobre a participação em eventos. Os dados eram centralizados pelas corregedorias das Cortes em razão de regras impostas pelo Conselho. O Estadão mostrou, em março de 2023, que empresas com causas que somam R$ 158 bilhões foram responsáveis por bancar viagens de ministros no Brasil e no exterior para participar de fóruns e conferências, mas que não havia informações sistematizadas nos tribunais.

Em nota, a Esfera afirmou que “oferece cobertura de despesas de viagem aos painelistas convidados em seus seminários e não paga cachês”. A instituição também apontou que os eventos “são pautados pela total transparência” e que “a escolha dos palestrantes e debatedores é realizada pela relevância da autoridade e notoriedade sobre os temas em pauta”.

Os organizados do Brazil Economic Forum declararam à reportagem que os “palestrantes viajaram a convite do LIDE e, naturalmente, foi oferecido o custeio de transporte e hospedagem”. De acordo com o grupo, “este procedimento foi igual com todos os conferencistas” e não houve “pagamentos de cachê aos expositores em seus eventos”.

“O LIDE – Grupo de Líderes Empresariais é independente, apartidário, multisetorial e multilateral. Há vinte anos, o LIDE realiza eventos periódicos no Brasil e no exterior, estimulando o diálogo entre os setores produtivo, público, acadêmico e a sociedade civil, promovendo o debate de temas socioeconômicos”, afirmou a instituição em nota.

De acordo com o STF, o ministro-presidente é o único que pode ter as passagens aéreas pagas com o orçamento da instituição. Porém, a Corte não informa se os demais gastos, como hospedagem e alimentação, são pagos com os recursos do Poder Judiciário.

Para André Boselli, coordenador do Programa de Ecossistemas de Informação da ONG Artigo-19, as informações sobre a participação de ministros em eventos “já deveriam ser públicas de partida”, em vez de terem de ser demandadas ao STF ou aos agentes privados que promoveram a participação dos magistrados.

“Independentemente de a viagem ser paga, o juiz vai estar discutindo, via de regra, com agentes privados que estão organizando o evento ou colocando dinheiro para que seja realizado. O problema é que nesses espaços algumas pessoas acabam tendo um canal de acesso privilegiado aos juízes, mesmo que a conversa seja republicana. A questão é que a gente não sabe exatamente o que está sendo conversado”, afirmou.

Para Boselli, “há um conflito de interesses aparente”. “A imagem que fica para quem está fora do Judiciário não é positiva e isso é ruim para o próprio Judiciário. Não se trata de fulanizar o caso. É o STF e o Judiciário que acabam tendo a imagem maculada por causa disso”, acrescentou.

Boselli avalia que o simples pagamento das despesas, como passagens e hospedagens, já é “problemático”, mesmo que não haja cachê, por causa da opacidade que permeia a realização desses eventos. “No nível da transparência, o que se espera é que todas essas informações sejam levadas ao público”, disse.

As regras do CNJ proíbem aos magistrados “receber, a qualquer título ou pretexto, prêmios, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas”. O STF não disponibiliza informações sobre a participação dos ministros nos eventos, o que dificulta a checagem do processo de pagamento de despesas.

Maioria dos eventos com ministros do STF ocorre na Europa

Os organizadores de eventos e convescotes com ministros no exterior demonstram preferência por roteiros europeus. Os magistrados participaram de 14 atos na Europa, três deles na França, três na Alemanha, dois na Espanha, dois em Portugal, dois no Reino Unido e dois na Suíça. Houve ainda um no Canadá, um nos Emirados Árabes Unidos, um em Cabo Verde e um na Argentina.

Apesar de a Europa receber a maioria dos eventos frequentados pelos ministros do STF, os Estados Unidos ainda despontam como o País mais visitado pelos magistrados. Foram quatro viagens ao País entre janeiro e abril deste ano. Barroso participou de todas as viagens, seja como palestrante convidado ou em visita de cortesia representando a Presidência do STF. O ministro Luiz Fux foi a dois eventos nos EUA e o ministro André Mendonça, a um.

Nas idas de Barroso ao País, apenas um evento foi de caráter estritamente acadêmico. Em março, ele palestrou com Fux e Mendonça no Fórum EUA-Brasil de Chicago sobre Direito e Economia.

Nas demais ocasiões em que viajou para os EUA, Barroso participou da Brazil Conference em Harvard e no MIT, do Brazil Legal Symposium At Havard e deu palestra na Bolsa de Valores de Nova York. Apesar de dois dos eventos terem sido realizados na prestigiada Universidade de Harvard, eles contaram com vultosos patrocínios de grandes empresas e não se restringiram a debates jurídicos.

Em nota, a Brazil Conference disse que “não pagou nada a nenhum de seus convidados. E ninguém que vai ao evento recebe cachê”. A instituição disse ter convidado Barroso porque ele esteve em todas as edições anteriores do evento e pelo fato de ele ser o atual presidente do STF. O Brazil Legal Symposium At Havard não se manifestou.

Seja pelas missões institucionais ou pelos convites que recebe, o presidente do STF é o recordista em viagens ao exterior. Barroso palestrou em 16 dos 22 eventos com a presença de ministros fora do País. Dentre esses, sete foram organizados ou patrocinados por entidades privadas.

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, é o recordista na participação em eventos no exterior em 2023 Foto: Gustavo Moreno/STF

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, é o recordista na participação em eventos no exterior em 2023 Foto: Gustavo Moreno/STF© Fornecido por Estadão

O cargo de presidente confere tratamento diferenciado a Barroso. Diferentemente dos demais ministros, o presidente do STF participa de visitas institucionais, como as realizadas no Fórum Econômico de Davos e na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP) em Dubai.

Dentre os onze ministros da Corte, apenas o recém-chegado Flávio Dino não viajou para participar de discussões jurídicas e seminários de interesse nacional fora do País. O ministro tomou posse em fevereiro deste ano.

Porém, em junho do ano passado, quando ainda era ministro da Justiça do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dino participou do 11º Fórum Jurídico de Lisboa organizado pelo decano do STF, Gilmar Mendes.

O Fórum, apelidado por atores do mundo jurídico de “Gilmarpalooza”, em alusão ao festival de música Lollapalooza, se tornou nos últimos anos um dos principais eventos internacionais frequentados pelos representantes do Poder Judiciário brasileiro.

O encontro desloca anualmente dezenas de magistrados, parlamentares, ministros de Estado e empresários para discutir os rumos do Brasil na capital portuguesa. A interface brasileira do Fórum é organizada pelo Instituto de Direito Público (IDP), do qual Gilmar é sócio, e pela Fundação Getulio Vargas (FGV), que responde a 18 ações no STF. Instituições de ensino portuguesas também participam da organização da conferência.

Na edição de 2023, quatro ministros do STF participaram dos três dias de palestras em Lisboa. Estiveram presentes Gilmar, Barroso, Mendonça e Cristiano Zanin – além de Dino, que ainda não havia vestido a toga de magistrado, mas já era cotado como favorito ao cargo. A edição deste ano está prevista para ocorrer entre os dias 26 e 28 de junho, mas ainda não divulgou a lista dos palestrantes.

Leia a nota do STF na íntegra

Ministros do Supremo conversam com advogados, com indígenas, com empresários rurais, com estudantes, com sindicatos, com confederações patronais, entre muitos outros segmentos da sociedade. E muitos participam de eventos organizados por entidades representativas desses setores, inclusive por órgãos de imprensa. Naturalmente, os organizadores dos eventos pagam as despesas. Quando um ministro aceita o convite para falar em um evento – e a maioria dos ministros também tem uma intensa atividade acadêmica -, ele compartilha conhecimento com o público do evento. Por isso, a questão não está posta da maneira correta, não se pode considerar a participação do ministro no evento como um favor feito a ele pelo organizador. Por essa razão, não há conflito de interesses.

O PERIGO DA IMPOPULARIDADE

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

A recente pesquisa Genial/Quaest mostrou que, pela primeira vez neste terceiro mandato do presidente Lula da Silva, o porcentual de brasileiros que aprovam e desaprovam o governo ficou tecnicamente empatado: 50% aprovam o governo, enquanto 47% desaprovam, com margem de erro de 3 pontos porcentuais. Para significativos 63%, Lula não está cumprindo o que prometeu, enquanto apenas um terço do País (32%) acredita no contrário. Só governistas e petistas mais empedernidos darão preferência a alguns poucos índices positivos que a pesquisa traz – como a boa avaliação sobre o trabalho de socorro no Rio Grande do Sul. Houve quem destacasse ainda que Lula conseguiu parar a trajetória de queda da avaliação: desde agosto de 2023 o porcentual dos que aprovam o mandato caiu a cada levantamento e, agora, a oscilação se mostrou estável na comparação com a pesquisa anterior, de fevereiro.

Com uma gestão tisnada pela mediocridade e pela repetição de velhos erros, jogar luz sobre a metade cheia do copo de avaliação pode fazer parecer que a tormenta chegou ao fim. Engano. O dado mais eloquente da pesquisa é o crescimento contínuo da massa da população que desaprova o governo: uma curva ascendente desde agosto do ano passado. A economia foi mais uma vez citada como o principal problema do País, à frente da saúde e da violência. Fiel ao DNA de quem tem plena convicção de que a história do Brasil começa e termina com ele, Lula até aqui ou adotou o discurso triunfalista, ou culpou ministros por não saberem “contar a verdade”, ou ainda responsabilizou o pouco tempo de mandato para cumprir o que prometeu.

Lula e seus bajuladores têm possíveis caminhos a escolher. Um deles é o modo delirante, que até aqui domina os corações da caciquia lulopetista: continuar achando que a desaprovação é culpa da “percepção” da população, incapaz de ver e reconhecer os grandes feitos de seu mandato. Segundo tal ótica, a maioria ainda não conseguiu se dar conta de que a economia melhorou, com inflação controlada e queda do desemprego, por exemplo; logo, isso se resolve com uma comunicação oficial mais eficiente. Há também o modo realista: entender as fragilidades da gestão, construir enfim um plano para o que resta de governo, analisar o baixo impacto de indicadores econômicos sobre a vida real da população – cujo poder de compra real está abalado – e corrigir rotas, de modo a produzir resultados no longo prazo.

Levando-se em conta a vocação do PT de ignorar a realidade e a ambição de Lula de ser reconhecido como o maior líder político da história brasileira sem que, para isso, seja necessário governar de fato, é natural que o lulopetismo esteja a administrar o Brasil com base em pesquisas de opinião. Assim, ansioso para produzir números positivos no curto prazo, é provável que o presidente dobre a aposta no populismo que marcou o desastroso mandarinato petista encerrado com o impeachment de Dilma Rousseff. Afinal, sempre que precisou escolher entre a responsabilidade e a popularidade, Lula nunca titubeou. Para ele e seus discípulos petistas, só há vida na gastança desenfreada e na sabotagem aos que tentam impor racionalidade no manejo do dinheiro público.

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