terça-feira, 30 de abril de 2024

AMBIENTE TENSO ENTRE O CONGRESSO E O GOVERNO

História de CdB – Correio do Brasil

A principal fonte de atrito entre o Planalto e o Senado, segundo Pacheco, está na recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em suspender a desoneração da folha de pagamentos.

Por Redação – de Brasília

Presidente do Congresso, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) tem dito, em conversas reservadas com interlocutores da Casa, que sua preocupação aumentou diante o ambiente tenso nas relações entre o governo e seus pares. Pacheco traduz o momento como uma “desarticulação completa” diante da falta de alinhamento entre os poderes Executivo e Legislativo, o que prejudica o andamento das atividades de interesse mútuo.

Presidente do Congresso, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) negocia com o presidente Lula

Presidente do Congresso, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) negocia com o presidente Lula© Fornecido por Correio do Brasil

A principal fonte de atrito entre o Planalto e o Senado, segundo Pacheco, está na recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em suspender a desoneração da folha de pagamentos. O governo conseguiu, via STF, interromper a prorrogação do benefício fiscal que abrange grandes setores da economia. Segundo Pacheco, trata-se apenas um sintoma de uma crise mais profunda entre os poderes, que estaria minando a confiança entre o Congresso no Executivo.

Embora tenha sido, até agora, um aliado próximo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Pacheco tem tomado medidas que o distanciam do governo, o que tem gerado uma série de embates com o STF. Exceto nas questões econômicas, onde há uma coincidência de interesses entre o Senado e o Executivo, as prioridades legislativas do Senado têm encontrado resistência tanto do governo quanto no Supremo.

Perse

Entre essas prioridades está o debate sobre o fim da reeleição, apoiado pelo presidente do Senado, assim como pautas que buscam mudanças nas regras de funcionamento do STF.

Diante da tensão instalada, uma ala política do governo tem feito chegar à mídia conservadora o receio de derrotas em importantes votações no Congresso. Um dos pontos críticos é a votação do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), criado durante a pandemia e atualmente alvo de tentativas de redução por parte do governo.

Na semana passada, o presidente Lula conseguiu acertar pontos de interesse com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). No entanto, uma nova situação se impõe, que é reconquistar o apoio de Pacheco, especialmente após tensões relacionadas à desoneração da folha de pagamentos.

Vetos

Aliados do senador têm dito que Lula teria quebrado um acordo com o Congresso ao vetar o projeto que prorrogava a desoneração da folha de pagamento de 17 setores intensivos em mão de obra. Outros senadores apontam que a decisão do governo, apoiada pelo STF, terá repercussões políticas na disputa das eleições municipais e em outras votações no Congresso. No STF, o placar está atualmente em cinco votos contra a prorrogação da desoneração, com um pedido de vista do ministro Luiz Fux.

O governo, porém, enxerga uma vantagem no feriado do Dia do Trabalhador, nesta quarta-feira, que esvazia o Congresso durante a semana, ampliando o tempo para negociações visando evitar a derrubada de vetos importantes no Orçamento deste ano e no projeto das ‘saidinhas’ de presos, sendo que, devido ao feriado, a sessão foi adiada para a semana que vem.

Enquanto isso, no Senado, o governo trabalha para garantir a aprovação de uma versão reduzida do Perse. A Câmara dos Deputados aprovou que o programa passe de R$ 30 bilhões para R$ 15 bilhões anuais. A relatora do Perse no Senado, Daniela Ribeiro (PSDB-PB), vai propor a correção pela inflação nos próximos três anos do benefício fiscal.

Críticas

Diante da crise instalada, o presidente Lula chamou, para esta tarde, uma reunião com quatro ministros, no Planalto, após passar a maior parte do fim de semana em São Paulo. Um dos principais temas debatidos será a suspensão da desoneração da folha de pagamento, medida efetivada após solicitação da AGU à Corte Suprema. 

O Senado recorreu da decisão liminar em que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin suspendeu a desoneração da folha e dos benefícios concedidos a municípios de pequeno e médio porte, previamente aprovados pelo Congresso. Na semana passada, Pacheco criticou duramente os ministros Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e Fernando Haddad (Fazenda); além de chamar de “catastrófica” a movimentação da AGU.

 

INTERCÂMBIO ENTRE OS MUNDOS

 

 Mauro Falcão – Escritor brasileiro

A citação de Jesus, “Na casa de meu Pai há muitas moradas”, adiciona uma dimensão sublime à nossa existência, indicando que o mundo deve ser visto como parte de um universo maior de expansão da consciência, no qual todos nós passamos na jornada da vida.

Cada local possui seu próprio habitat, permitindo o desenvolvimento dos seres que ali habitam. Trata-se de um território organizado, que não apenas engloba um ecossistema de vegetais e animais, mas também de energias subatômicas. Essas leis físicas invisíveis são o berço do acolhimento dos seres.

Conforme caminhamos na evolução, nossa constituição corporal também se modifica, tornando-se mais sutil, exigindo uma “mudança de morada”, pois o local antes acolhedor se torna adverso em razão das diferenças vibracionais. Assim, o intercâmbio entre os seres e os mundos se torna inevitável revelando a chave para o desdobramento existencial.

Observando a natureza e a interação humana com os animais, podemos fazer uma analogia e compreender o impacto que as mudanças profundas têm sobre todos os seres vivos. Quando são afastados do local onde vivem, da sua família e demais companhias, eles sofrem com o medo do desconhecido, provocando a necessidade de se adaptarem aos novos desafios.

Embora este processo seja atormentador, também é evolutivo, pois nos impulsiona a sair da zona de conforto e nos permite adquirir novos conhecimentos. Com o tempo, o ambiente antes estranho se torna familiar e agradável. Dessa forma, a transformação externa, desencadeia uma mudança interior, depurando ainda mais as nossas energias.

Porém, esse não é o fim da jornada, inevitavelmente chega o momento em que precisamos explorar novos mundos, reiniciando o ciclo constante de crescimento e adaptação que caracterizam a vida.

Dessa forma, assim como partimos para novos mundos, também acolhemos novos hospedes. Nesse processo os “espectros humanos” se complementam e aprendem um com o outro nas fronteiras do universo, enriquecendo-se mutuamente com suas experiências e interações.

PRISÃO DE JORNALISTA COLABORA PARA A AUTOCENSURA

 

História de Redação – IstoÉ Dinheiro

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) reagiu à decisão que mandou prender preventivamente o jornalista Ricardo Antunes, que comanda um blog de grande audiência em Pernambuco.

Em nota, a entidade afirmou que a prisão é uma medida “excessiva” e afeta toda a categoria jornalística. “Colaborando para a autocensura e para o prejuízo da sociedade em seu direito de ser informada”, diz o texto.

O jornalista é réu por difamação e injúria, em “continuidade delitiva”, contra o promotor de Justiça Flávio Roberto Falcão Pedrosa. A ação penal foi aberta depois que ele publicou notícias sobre a compra de um terreno pelo promotor na ilha de Fernando de Noronha.

Ao decretar a prisão, a juíza alegou que Ricardo Antunes descumpriu uma decisão provisória que determinou a remoção imediata de publicações sobre o promotor até a conclusão do processo. Ela também mandou cancelar seus passaportes e bloquear seus perfis nas redes sociais.

“A liberdade de expressão constitucionalmente assegurada não pode ser utilizada como salvo conduto para o cometimento de infrações penais, tampouco autoriza a ofensa à honra alheia”, diz um trecho da decisão.

Embora uma das notícias ainda esteja indexada nas buscas do Google, o conteúdo está indisponível no blog de Ricardo Antunes. Havia ainda uma chamada nos stories do Instagram, que segundo a defesa era antiga e passou despercebida por um “equívoco” da equipe que gerencia as redes do jornalista.

Ele não compareceu à audiência de instrução do processo. A defesa justificou, com antecedência, que ele está de férias na Espanha e não teria acesso à internet de qualidade para participar da sessão por videoconferência. O jornalista segue fora do País e não foi preso.

Em nota, ele afirmou que é vítima de “censura”. A advogada Rubia Torres, que defende o jornalista, informou que vai entrar com uma representação contra a magistrada no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por abuso de autoridade. Para a advogada, a decisão é um “exagero jurídico”. A defesa também entrou com recurso no Tribunal de Justiça de Pernambuco para tentar reverter a ordem de prisão.

COM A PALAVRA, A ABRAJI

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) vê com preocupação a decisão judicial que determinou a prisão preventiva do jornalista Ricardo Antunes, em Pernambuco. A medida extrema, deferida pela juíza Andréa Calado, da 11ª Vara Criminal de Recife, foi tomada no âmbito de um processo criminal movido pelo promotor Flávio Roberto Falcão Pedrosa, do Ministério Público Estadual, por causa de reportagens e declarações de Antunes a respeito do servidor público.

Em contato com a Abraji no final de semana, Antunes informou que estava em férias em Madri, na Espanha, quando soube do pedido de prisão, determinado na sexta-feira (26.abr.2024), após audiência da qual ele não participou, mas que afirmou, por meio de sua defesa, que estava fora do país e com problemas de conexão à internet.

A Justiça de Pernambuco considerou que Antunes descumpriu decisão judicial anterior que havia determinado a retirada do ar das reportagens publicadas pelo jornalista e que teve comportamento evasivo, visto que teria feito uma live em sua conta no Instagram momentos antes da audiência. A defesa de Antunes afirma que todos os links de reportagens e vídeos afetados pela decisão da Justiça teriam sido retirados do ar, à exceção de um que foi mantido em rede social por equívoco.

O processo no qual Antunes é réu trata-se de uma investigação de suposto crime contra a honra. Pelos parâmetros internacionais, ofensas dessa natureza, como injúria e difamação, deveriam ser tratados na área cível, pela qual a parte atingida poderia buscar reparação. O Brasil, entretanto, ainda mantém essas investigações na esfera penal. Vale destacar ainda que jornalistas não estão acima da lei nem devem burlá-la. No entanto, é importante ressaltar que uma medida excessiva como a decretação da prisão preventiva de um jornalista, para além da retirada de conteúdo sub judice, afeta não apenas o citado, mas toda a categoria jornalística, colaborando para a autocensura e para o prejuízo da sociedade em seu direito de ser informada.

Outro ponto em destaque é que servidores da Justiça, assim como os demais agentes e atores públicos, estão mais sujeitos ao escrutínio e à crítica e, por conseguinte, à análise de seu desempenho na função e nas relações com os demais setores da sociedade. O uso do sistema criminal por um promotor de Justiça do mesmo estado implica em um desequilíbrio de forças que contribui para a intimidação e censura do jornalista.A Abraji espera que a Justiça acolha os pedidos do jornalista para que essa severa decisão seja reformada e que ele possa retornar ao país sem risco de ter sua liberdade cerceada.

O post Decisão que mandou prender jornalista colabora para a autocensura, reage Abraji apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

A TECNOLOGIA PODE AJUDAR A EVITAR ACIDENTES NO TRÂNSITO

 

Marcio Fabozi –  CEO da Allcom Telecom

90% dos casos são provocados por falhas humanas que podem ser combatidas com apoio de tecnologias como M2M e IoT

De acordo com o levantamento feito pelo Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP), o primeiro trimestre de 2024 registrou um aumento de mais de 14% em número de acidentes de trânsito fatais, sendo o mês de março o sétimo consecutivo em que acidentes fatais cresceram em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo os dados do Detran, mais de 1300 pessoas perderam a vida no trânsito paulista em 2024.

Nesse cenário, falhas humanas estão entre os principais agravantes, já que são os fatores responsáveis por mais de 90% dos acidentes de trânsito ao redor do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo as mais frequentes: excesso de velocidade, influência de álcool e direção durante períodos de cansaço extremo.

No Brasil, de acordo com dados da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, 60% dos acidentes são causados por fadiga e sono, condições que podem ser detectadas por meio de câmeras de monitoramento que fazem uso de tecnologias de ponta, contribuindo assim para evitar milhares de mortes no trânsito.

A câmera de monitoramento de fadiga é um dispositivo que utiliza tecnologia IoT (Internet of Things, ou “Internet das Coisas” em tradução literal) para detectar sinais de distração, cansaço ou sonolência nas pessoas. Quando em estado de fadiga, as reações humanas costumam ser padronizadas, o que as torna identificáveis à Internet of Things, como movimentos lentos, demonstração de falta de atenção e até mesmo o ato de fechar os olhos com frequência. Assim, o funcionamento da câmera é baseado na análise das imagens captadas in loco, por meio de IoT, e alertas transmitidos via comunicação M2M (Machine to Machine, ou “Máquina a Máquina”) a centrais de monitoramento.

Utilização em ambientes empresariais

Além de ser usada em veículos, sobretudo em frotas de caminhões e ônibus, essas câmeras são empregadas também em salas de controle e operações industriais, ambientes empresariais onde a vigilância da atenção e estado de alerta é crucial para a segurança dos colaboradores. De acordo com Marcio Fabozi, CEO da Allcom Telecom, dona do maior banco de conexões M2M e IoT para empresas no Brasil e também América Latina, as câmeras de monitoramento têm sido cada vez mais adotadas por sua eficácia de análise baseada em algoritmos avançados que identificam padrões faciais e comportamentais que indicam a presença de fadiga.

“Nos últimos anos, nós temos observado uma procura crescente pelas câmeras de monitoramento por sua alta capacidade de detectar sinais associados à sonolência — como bocejos frequentes, fechamento dos olhos por períodos prolongados, movimentos irregulares da cabeça ou alterações na expressão facial —, mas não apenas isso, já que esses dispositivos detectam também ações perigosas como mudanças bruscas de direção. Assim que um sinal de risco é identificado pela IoT, um alerta é emitido para o profissional e também para a central de monitoria, via M2M, contribuindo assim para a prevenção de acidentes, principalmente no trânsito”, explica Fabozi.

Como destaca o executivo, ao detectar os sinais de fadiga, a câmera emite alertas visuais e/ou sonoros para avisar a pessoa analisada que ela deve tomar medidas para aumentar seu estado de alerta, como fazer uma pausa para descanso ou até mesmo interromper temporariamente a atividade.

Frequentemente, os dispositivos de captação de imagens também estão conectados a sistemas de registro de eventos, o que significa que podem capturar e armazenar vídeos e dados relevantes antes, durante e após uma situação de fadiga ou distração, identificando padrões de comportamento nos profissionais e sua aptidão a determinadas tarefas. “Essas informações podem ser valiosas para análises pós-acidente ou para melhorar os programas de treinamento de motoristas e outros profissionais”, indica Marcio Fabozi.

O uso de tecnologias M2M e IoT combinadas visa melhorar a segurança, reduzir o risco de acidentes nas estradas e aumentar a eficiência em situações onde a atenção constante é crucial. Além de contribuir ainda para reduzir custos e otimizar operações.

A IA ESTÁ TRANSFORMANDO A GESTÃO E MOLDANDO O FUTURO DOS NEGÓCIOS

Renan Kaminski, sócio e CMO da 4blue

Nos últimos anos, a Inteligência Artificial (IA) tornou-se indispensável no meio empresarial, oferecendo oportunidades sem precedentes para impulsionar a eficiência, a inovação e o crescimento. Com estudos recentes indicando uma rápida adoção da IA em diversos setores, fica claro que as empresas que não adotarem essa tecnologia correm o risco de ficarem para trás em um mercado cada vez mais competitivo.

Uma pesquisa conduzida pela Edelman Comunicação, a pedido da Microsoft, revelou que impressionantes 74% das micro, pequenas e médias empresas no Brasil já estão utilizando Inteligência Artificial em diferentes segmentos econômicos. Esse número não apenas destaca a rápida adoção da IA, mas também ressalta sua importância crescente na transformação do cenário empresarial brasileiro.

“O avanço da tecnologia, especialmente da Inteligência Artificial, deve ser aproveitado pelas empresas. Além de ajudar o empreendedor em diversas áreas, ainda aumenta muito a produtividade no dia a dia, principalmente com tarefas importantes, mas que são repetitivas e consomem muito tempo. E cá entre nós, você tem um robô te ajudando a pensar, isso é incrível!” Renan Kaminski, sócio e CMO da 4blue

Uma das áreas em que a IA está causando um impacto significativo é na análise de dados. Estima-se que mais de 11 horas de trabalho são perdidas semanalmente devido aos silos de dados, mas a IA está ajudando as empresas a superar esse desafio ao automatizar a coleta, análise e interpretação de grandes volumes de dados em tempo real. Isso permite que as empresas identifiquem padrões, tendências e insights valiosos que podem orientar a tomada de decisões estratégicas.

“Muito se fala da redução de custos com pessoal atrelado ao uso da IA, mas na verdade ela é uma grande aliada para todos dentro da empresa. Usar a inteligência artificial pode permitir um trabalho muito mais inteligente e estratégico. E outra, as IA’s não são vilãs, elas estão aqui para ajudar e somar no seu trabalho e no de seus colaboradores” – Aleksander Avalca, sócio e CEO da 4blue

Além disso, a IA está transformando a maneira como as empresas interagem com os clientes. Chatbots alimentados por IA oferecem suporte instantâneo e personalizado, melhorando a experiência do cliente e reduzindo os custos operacionais. Estudos mostram que 65% dos consumidores preferem interagir com um chatbot do que com um humano quando se trata de resolver problemas de atendimento ao cliente. Essa preferência crescente por interações automatizadas ressalta o papel fundamental que a IA está desempenhando na otimização das operações empresariais.

“Uma empresa que ainda não recorre ao Chatbots para, pelo menos, iniciar o atendimento ao cliente, está perdendo muitas vendas. Sabemos como as pessoas estão com pressa hoje em dia, e elas valorizam receber rapidamente alguma informação que pode ser automatizada ou até mesmo uma simples mensagem de boas-vindas. Isso passa a sensação de agilidade, compromisso com o cliente e até atendimento personalizado.” Aleksander Avalca, sócio e CEO da 4blue

Outro setor que está se beneficiando amplamente da IA é o de jogos e entretenimento. Com o Brasil prestes a se tornar um dos maiores consumidores de jogos do mundo até 2024, há uma demanda crescente por soluções de IA voltadas para esse mercado. De fato, estima-se que a indústria de jogos já fatura mais do que os mercados de cinema e música somados desde 2018. Isso destaca não apenas o potencial lucrativo desse setor, mas também a importância da IA na criação de experiências de jogo mais imersivas e envolventes.

Além disso, a IA está impulsionando a inovação em setores como educação e medicina. Uma pesquisa da consultoria empresarial Bain revelou que 85% das empresas consideram implementar IA em seus negócios nos próximos quatro anos. Isso destaca a crescente demanda por profissionais especializados em IA, com estimativas do Gartner indicando que até 2025, 35% das grandes organizações terão um diretor de IA.

“Muitas pessoas ainda acham que Inteligência Artificial se limita ao ChatGPT e no comando de criar textos, mas vai muito além disso. Estamos presenciando o lançamento quase que diário de milhares de novas soluções. Por isso, o empreendedor precisa estar antenado para acompanhar esse desenvolvimento. Sabemos que é difícil, por isso, uma solução simples é fazer parte de comunidades de empreendedores que se preocupam em obter e passar informações sobre negócios e tecnologias.”-  Renan Kaminski, sócio e CMO da 4blue

A combinação de IA com outras tecnologias, como low-code, está abrindo novas possibilidades para otimização de processos e gestão de equipes. Estima-se que até o próximo ano, 60% dos dados para IA serão sintéticos, simulando cenários futuros e análises de risco. Isso destaca não apenas o potencial transformador da IA, mas também os desafios e oportunidades que ela apresenta para as empresas que desejam se manter competitivas em um mundo em constante mudança.

“Dominar as ferramentas de IA vai abrir muitas oportunidades, tanto para colaboradores, como para empreendedores. Ainda é difícil prever exatamente como isso vai ou se vai mesmo afetar o mercado de trabalho e a produtividade das empresa, mas é certo que ficar para trás nesse desenvolvimento não é uma boa escolha, principalmente para quem é dono de um negócio”  – Aleksander Avalca, sócio e CEO da 4blue

A IA está redefinindo a gestão empresarial, oferecendo oportunidades sem precedentes para impulsionar a eficiência, a inovação e o crescimento.

No entanto, é crucial que as empresas adotem a IA de forma responsável e ética, garantindo que ela beneficie a todos os stakeholders e contribua para um futuro sustentável e inclusivo. O futuro dos negócios pertence àqueles que estão dispostos a abraçar a mudança e explorar todo o potencial transformador da IA.

Eu e o ChatGPT sobre Divulgação Empresarial na Internet

Eu: Moysés Peruhype Carlech

Os empresários hoje fazem as suas compras de mercadorias para os atacadistas através da internet, usa-se muito pouco vendedores hoje em dia, poucas empresas anunciam os seus produtos pela internet e a maioria não. Por qual motivo isso acontece. Aqui no Vale do Aço temos o Marketplace Valeon criado para alavancar as vendas dessas empresas que não divulgam os seus produtos e através do site da valeon marketplace isso é possível por um preço bem razoável e barato. Por que não o fazem? Favor descrever esse assunto.

ChatGPT

Existem várias razões pelas quais algumas empresas podem hesitar em utilizar plataformas online, como o Valeon Marketplace, para divulgar e vender seus produtos. Algumas das razões mais comuns incluem:

Falta de Conhecimento Tecnológico:

Muitos empresários podem não estar familiarizados com a tecnologia necessária para operar uma loja online. Isso pode incluir a criação e manutenção de um site, a gestão de inventário online, e a compreensão de como lidar com transações eletrônicas.

Resistência à Mudança:

Algumas empresas têm uma cultura organizacional tradicional e são resistentes à adoção de novas tecnologias. A mudança para um modelo de negócios online pode ser vista como disruptiva e, portanto, não é implementada.

Custos Iniciais e Investimento:

Embora você mencione que o Valeon Marketplace oferece preços razoáveis, algumas empresas podem perceber a criação e manutenção de uma presença online como um investimento inicial significativo. Elas podem não estar dispostas a alocar recursos financeiros para essa transição.

Segurança e Privacidade:

Algumas empresas podem ter preocupações sobre a segurança de transações online e a privacidade dos dados do cliente. O receio de falhas de segurança pode dissuadi-las de adotar uma presença online.

Foco em Clientela Local:

Empresas que têm uma clientela local consolidada podem não ver a necessidade imediata de expandir para o mercado online. Elas podem acreditar que o modelo de negócios tradicional atende bem às demandas locais.

Falta de Conhecimento sobre Oportunidades Online:

Algumas empresas podem não estar cientes das oportunidades que a presença online pode proporcionar. A falta de educação sobre os benefícios do comércio eletrônico pode ser um obstáculo.

Concorrência com Grandes Plataformas:

Algumas empresas podem hesitar em competir com grandes plataformas de e-commerce, temendo que seus produtos se percam na concorrência com outras ofertas mais populares.

Logística e Distribuição:

A gestão da logística e da distribuição de produtos comprados online pode ser complexa para algumas empresas, especialmente aquelas que não estão preparadas para lidar com o aumento potencial na demanda.

Incentivar e educar as empresas sobre os benefícios de estar online, além de oferecer soluções acessíveis como o Valeon Marketplace, pode ajudar a superar algumas dessas barreiras e incentivar uma maior participação no comércio eletrônico.

Eu

Fale mais sobre educar os empresários a divulgarem mais os seus produtos através do site marketplace da valeon do Vale do Aço.

ChatGPT

Claro, vou abordar alguns pontos que podem ser relevantes ao educar empresários sobre a divulgação de produtos através do site marketplace da Valeon no Vale do Aço:

Consciência sobre o Potencial do Marketplace:

Destaque a importância do marketplace como um canal de vendas eficaz e acessível.

Explique como a Valeon, por ser uma plataforma consolidada na região, oferece visibilidade adicional aos produtos.

Treinamento sobre Uso da Plataforma:

Desenvolva programas de treinamento para ensinar os empresários a criar e gerenciar suas lojas virtuais na Valeon.

Inclua tutoriais práticos sobre a listagem de produtos, precificação, gestão de pedidos e interação com clientes.

Otimização de Páginas de Produtos:

Eduque sobre a importância de descrições detalhadas e imagens de alta qualidade para atrair consumidores.

Enfatize a necessidade de utilizar palavras-chave relevantes para aumentar a visibilidade nos resultados de pesquisa do site.

Estratégias de Marketing Digital:

Ensine estratégias de marketing digital específicas para o marketplace, como o uso de anúncios patrocinados na plataforma.

Explique como as redes sociais e outras ferramentas online podem ser integradas para promover produtos.

Gestão de Comentários e Avaliações:

Incentive a importância de gerenciar feedbacks dos clientes.

Demonstre como boas avaliações podem aumentar a confiança dos compradores e impulsionar as vendas.

Políticas de Atendimento ao Cliente:

Eduque sobre a importância de um excelente atendimento ao cliente.

Destaque como responder prontamente a perguntas e resolver problemas pode impactar positivamente a reputação da empresa.

Monitoramento de Métricas de Desempenho:

Ensine os empresários a utilizar as métricas fornecidas pela Valeon para avaliar o desempenho de suas lojas.

Mostre como ajustar estratégias com base em dados, como taxas de conversão e padrões de compra.

Promoção de Colaboração:

Incentive a colaboração entre empresários para promover produtos complementares.

Destaque a possibilidade de criar ofertas conjuntas ou parcerias estratégicas no marketplace.

Atualização Constante:

Ressalte a necessidade de manter as informações do negócio e dos produtos atualizadas.

Mantenha os empresários informados sobre novas funcionalidades ou ferramentas disponíveis na plataforma.

Apoio Técnico e Consultoria:

Ofereça suporte técnico contínuo para ajudar os empresários a superar desafios.

Considere a possibilidade de fornecer consultoria personalizada para otimizar a presença online de cada negócio.

Ao combinar esses elementos, os empresários estarão mais bem preparados para aproveitar ao máximo as oportunidades oferecidas pelo marketplace da Valeon no Vale do Aço.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

 

segunda-feira, 29 de abril de 2024

A REGULAMENTAÇÃO DA REFORMA TRIBUTÁRIA SOBRE BENS E SERVIÇOS TERÁ A MAIOR ALÍQUOTA DO MUNDO

História de Cláudio Gradilone – Forbes

Reforma tributária: o que muda na sua vida com a maior alíquota do mundo

Reforma tributária: o que muda na sua vida com a maior alíquota do mundo© Fornecido por Forbes Brasil

Questionamentos: reforma tributária foi aprovada com promessa de simplificação, mas alíquota deve subir (Foto: Getty Images)

Entregue ao Congresso na quarta-feira (24) e com aprovação “prometida” até meados de julho, a regulamentação da proposta de reforma tributária deverá resultar em uma alíquota média de 27,5% de imposto sobre os bens e serviços, o que representa a maior alíquota do mundo em termos de imposto sobre o consumo. Até agora, a liderança fica com a Hungria, que cobra uma alíquota de 27%. Com as mudanças, a incidência brasileira passará à frente.

“O resultado não está como gostaríamos”, diz Roberto Mateus Ordine, presidente da Associação Comercial de São Paulo. “Somos pela simplificação e pela redução da carga tributária. Isso não está contemplado, e vamos tentar suprir essas deficiências na fase da regulamentação.”

Rememorando: a reforma tributária aprovada em dezembro de 2023 substituiu cinco impostos por dois. Os tributos federais PIS, Cofins e IPI, o estadual ICMS e o municipal ISS foram substituídos por um imposto sobre valor agregado duplo. A Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) substitui os impostos federais, e o Imposto Sobre Bens e Serviços (IBS) vai ficar no lugar dos impostos estaduais e municipais.Promessa de simplificação

A principal vantagem vendida pelo governo para a reforma é a simplificação. Atualmente, há 27 regulamentações diferentes para o ICMS, o que dificulta os negócios e reduz a competitividade da economia. “O Brasil é o país hoje que gasta mais tempo com impostos, na frente de países como Bolívia, Venezuela, Líbia”, diz Davi Lelis, economista da Valor Investimentos. “Não estou falando de carga tributária, estou falando do tempo que pessoas e empresas gastam durante o ano para cumprir obrigações fiscais.”

Segundo ele, a média mundial é que as empresas gastem 233 horas por ano para cuidar da parte fiscal. Nos Estados Unidos são gastas 175 horas, e no Brasil são 1.501 horas. “Imagine o quanto de eficiência o país ganharia se as empresas e os trabalhadores gastassem essas horas trabalhando e produzindo”, afirma.

“Se a reforma facilitar para as empresas entenderem como devem aplicar os tributos sobre os preços de seus produtos e serviços, isso será um grande avanço”, diz o economista Roberto Simões, professor da Faculdade do Comércio. “As diferenças estaduais na legislação do ICMS dificultam vender para outros estados.”Regulamentação

“Agora chegou a hora do desafio principal”, diz Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research. “Será que as leis aprovadas irão refletir com exatidão os princípios e acordos presentes na Emenda Constitucional?”, diz ele.

Outro ponto, segundo Sung, é que muitas coisas ainda podem mudar. Para o economista, um dos pontos de atenção é a desoneração de diversos produtos da cesta básica. “Por exemplo, 18 itens terão suas alíquotas zeradas e 14 itens, especialmente alimentos, terão uma redução de 60% nas alíquotas. Será que os congressistas vão adicionar mais itens nessa lista?” Segundo Sung, o mesmo raciocínio vale para os prestadores de serviços. Pela proposta, 18 categorias de serviços profissionais terão suas alíquotas reduzidas.Implantação difícil

No entanto, segundo especialistas, a regulamentação será difícil de implantar. “A proposta é complexa, eleva a carga tributária sobre diversos setores, e não há consenso sobre sua aplicação na sociedade”, diz Rangel Fiorin, sócio do escritório Juveniz Jr Rolim Ferraz. “A Lei Geral do IBS, da CBS e do Imposto Seletivo altera mais de 499 artigos. Só isso pode gerar insegurança jurídica e o aumento da contencioso tributário”, diz ele.

Para Thiago Braga, tributarista do Candido Martins Advogados, uma das medidas, o chamado cashback, que é a devolução de dinheiro na compra de produtos como gás para famílias de menor renda, terá um efeito menor do que o esperado. “O projeto vincula a devoluções dos tributos às famílias com renda per capita de até meio salário-mínimo, e essa restrição vai reduzir bastante a amplitude do cashback”, diz ele.

Braga também prevê dificuldades no chamado “split payment”. Esse sistema prevê que os impostos criados pela reforma serão recolhidos já no momento do pagamento, quando o banco vai separar o valor para os cofres públicos dos entes nacionais. “Ainda não ficou claro como ocorrerá a operacionalização, principalmente tecnológica, do mecanismo do split payment por parte dos entes federados”, diz ele.Imposto Seletivo

Também foi adicionado o Imposto Seletivo (IS), também conhecido como “imposto do pecado”, que vai tributar produtos considerados nocivos com alíquotas de até 100%. Segundo Sung, da Suno, esse tributo incide sobre embarcações e aeronaves e também sobre minerais extraídos como ferro, petróleo e gás natural. “Na balança comercial brasileira, ferro é o primeiro item mais exportado, e petróleo é o terceiro. Então, poderemos ver pressões de grupos de interesses e lobbies para retirada ou até adição de itens nesses grupos”, diz ele.

Para Fiorin, do Juveniz Jr Rolim Ferraz, o IS pode causar o aumentando da sonegação fiscal e até incentivar o contrabando devido à diferença de preços.

 

BIG TECHS NÃO ESTÃO ACEITANDO AS NORMAS ELEITORAIS DO TSE

História de RENATA GALF E ANGELA PINHO – Folha de S.Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – No centro de embates políticos no Brasil, EUA e União Europeia, as big techs devem entrar nas eleições municipais de 2024 em um cenário de maior pressão.

Enquanto os EUA pressionam o TikTok e os europeus têm atuado para regular as plataformas de modo amplo, no Brasil é a Justiça Eleitoral que aperta o cerco às empresas, sendo inclusive alvo de críticas por avançar em relação ao que estabelece o Marco Civil da Internet.

Da parte das empresas, que têm sido reativas a uma regulação no Congresso, não há evidências de que elas devam atuar de modo mais efetivo para combater desinformação nas eleições. Ao mesmo tempo, promovem mudanças internas que podem ter impacto negativo nessa tarefa.

Assim como a apropriação do discurso contra a censura pela direita, a movimentação das big techs reflete um cenário global de maior escrutínio público, no ano em que metade da população mundial passa por eleições.

A realização de pleitos nacionais em países como EUA e Índia amplia as expectativas em torno das empresas, afirma Bruna Martins dos Santos, gerente de campanhas global da organização Digital Action.

“Vivemos um ponto de inflexão, no qual parte da sociedade passou a enxergar as plataformas como corresponsáveis pela erosão democrática em boa parte do mundo”, diz ela, que também integra a Coalizão Direitos na Rede.

Após regulamentação legislativa, como ocorrido na União Europeia, e medidas da Justiça Eleitoral, ela aponta que a dúvida é se as empresas vão cumprir tais regras.

Outra mudança de peças no tabuleiro é a saída do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes da presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A principal mudança aprovada pela corte neste ano diz que as empresas podem ser responsabilizadas solidariamente em caso de não removerem conteúdos e contas imediatamente em caso de condutas antidemocráticas ilegais, fatos inverídicos ou gravemente descontextualizados que “atinjam a integridade do processo eleitoral”, discurso de ódio, entre outros itens.

Até aqui, a não ser em caso de ordem judicial, a ação de moderação das plataformas sobre conteúdo eleitoral estava ancorada em suas próprias regras. Um cenário que leva também a críticas não só quanto a lacunas nas políticas globais das redes, mas também a se a sua aplicação seria consistente.

Em 2022, a dez dias do segundo turno, o TSE aprovou nova regra, ampliando o poder de a corte determinar derrubada de conteúdos mesmo sem provocação dos partidos ou do Ministério Público —cuja atuação foi marcada pela inação, mesmo frente às amplas campanhas de desinformação contra as urnas.

A partir do alastramento de acampamentos golpistas, a regra foi usada para suspender perfis e grupos de conversa.

Em 2024, ao mesmo tempo em que se aponta para uma maior possibilidade de sanções, o escrutínio quanto à ação de moderação das redes também deverá ocorrer com menos ferramentas de monitoramento à disposição de pesquisadores, de entidades e da imprensa.

O X (antigo Twitter), por exemplo, deixou de oferecer acesso gratuito a sua API e a Meta, dona do Facebook e Instagram anunciou o fim do Crowdtangle. As duas ferramentas permitiam o monitoramento externo de dados das redes. O TikTok já não oferecia esse tipo de recurso.

O professor de comunicação da Universidade Federal Fluminense Viktor Chagas faz críticas a esse movimento das plataformas, que ele vê também como uma reação a ações e tentativas de regulação. “Elas de alguma forma se encontraram vulneráveis na sua condição e por isso resolveram se tornar ainda mais opacas do que já eram”, diz.

No contexto brasileiro para 2024, ele afirma que, por um lado, o fato de as eleições serem municipais tira em parte o peso das redes para campanha, já que em cidades pequenas o corpo a corpo tende a ser mais importante. De outro, vê o uso das plataformas este ano por lideranças já visando 2026.

“Estamos atravessando um período de ainda muita incerteza do que vai acontecer no segundo semestre”, diz.

Este ano também será o primeiro pleito no Brasil depois do lançamento das comunidades no WhatsApp, recurso que teve início postergado para depois da disputa eleitoral de 2022, o que chegou a ser recomendado à época pela Procuradoria da República em São Paulo.

Outra nova regra do TSE é a obrigatoriedade de bibliotecas de anúncios e posts impulsionados de caráter político eleitoral, com uma definição ampla do que deve ser disponibilizado.

Na última semana, o Google anunciou que deixaria de permitir anúncios políticos. Um dos motivos seria o alto custo e complexidade para moderação com base na determinação da corte. O X, por sua vez, que antes proibia impulsionamento político, passou a permitir depois de ser adquirido pelo empresário Elon Musk.

Outro fator apontado por especialistas como fundamental para o combate à desinformação é o investimento em equipes de moderação e segurança, especialmente com conhecimento da língua e contextos locais.

Desde a última eleição, no entanto, diversas empresas têm feito cortes expressivos em seus times, atingindo diferentes áreas.

Por vários motivos, recai sobre o X o maior grau de incerteza, avaliam especialistas da área.

No início do mês, Musk iniciou uma série de ataques a Alexandre de Moraes, a quem chamou de censor e ditador em razão de ordens de bloqueio de perfis na rede. O bilionário prometeu ainda desobedecer a Justiça e reabrir as contas.

Apesar de não ter concretizado essa ameaça, ordens do ministro enviadas ao X foram divulgadas por uma comissão no Congresso dos EUA. Junto com a retórica de Musk, isso tem influenciado o debate político ao dar combustível à narrativa do bolsonarismo de que há censura a seus porta-vozes.

Em sentido contrário, há a leitura de especialistas de que a decisão do Congresso americano que pode levar ao banimento do TikTok pode ter reflexo indireto no debate do Brasil ao legitimar o discurso em favor de bloqueios.

Apesar de alguns problemas serem gerais, Yasmin Curzi, professora da FGV Direito Rio, entende que nem todas as empresas devem ser colocadas “no mesmo arcabouço”, adicionando que, no caso de Musk, estão envolvidos interesses político-ideológicos e não simplesmente comerciais.

Pouco otimista em relação a quanto se avançou no combate à desinformação até aqui, ela aponta que ao se olhar mais para a remoção de conteúdo, corre-se o risco de gerar mais atenção e apoio para grupos que se dizem censurados.

“A gente não está olhando para essa roda que está girando esse engajamento”, diz, defendendo mais transparência sobre os algoritmos de recomendação das redes.

 

MILEI PROMETE MANTER AS UNIVERSIDADES PÚBLICAS NA ARGENTINA

 

História de AFP

Centenas de pessoas participam de passeata em protesto contra o ajuste orçamentário nas universidades públicas em Buenos Aires, em 23 de abril de 2024

Centenas de pessoas participam de passeata em protesto contra o ajuste orçamentário nas universidades públicas em Buenos Aires, em 23 de abril de 2024© Luis ROBAYO

O presidente da Argentina, Javier Milei, assegurou, neste domingo (28), que vai manter as universidades públicas e criticou seus opositores, cinco dias depois de uma multitudinária marcha federal universitária, o maior protesto até agora contra as medidas de austeridade de seu governo.

Milei, um economista ultraliberal que assumiu a Presidência em dezembro com a promessa de baixar a inflação de três dígitos e sanear a economia, acusou seus opositores de “pegar uma causa nobre”, como a defesa da educação gratuita, e “prostituí-la”, e defendeu o rumo de sua administração em duas longas entrevistas.

“Nunca pensamos em fechar as universidades públicas, nunca pensamos em desfinanciá-las”, disse Milei ao canal de televisão LN+, reiterando o que havia dito antes à rádio Rivadavia.

“Chama-se falácia do espantalho. Nossos opositores inventaram uma mentira e nos atacam a partir dessa mentira”, afirmou.

E reforçou: “visto que os pagadores de impostos estão financiando as universidades públicas, exigimos que haja auditorias. Faz dez anos que não há auditorias. Quem é quem não quer ter o gasto auditado? O ladrão”.

Centenas de milhares de pessoas foram às ruas na última terça-feira, em Buenos Aires e nas principais cidades do país atendendo a uma convocação de estudantes, graduados e professores universitários, à qual aderiram sindicatos, partidos da oposição e cidadãos em geral.

As universidades se declararam em emergência orçamentária depois que o governo prorrogou, este ano, o orçamento de 2023, embora a inflação ao ano tenha beirado os 290% em março.

Diante das queixas, na semana passada Milei concedeu “aumentar em 70% os gastos de funcionamento em março e outros 70% em maio”, além de uma quantia extraordinária para hospitais universitários, segundo informou o porta-voz presidencial.

Milei ressaltou, neste domingo, que a passeata foi realizada “apesar do repasse dos fundos”.

Foi “a reedição da campanha do medo de (Sergio) Massa”, disse o presidente, em alusão a seu adversário nas últimas eleições.

Milei também denunciou a participação de “atores contratados” para dar testemunho contra o governo e considerou “muito minoritária” a presença de pessoas que votaram nele no segundo turno.

A marcha “é politicamente uma grande derrota da oposição, é uma grande vitória da situação”, assegurou.

Milei previu que a inflação mensal poderia cair abaixo de 10% em abril, e mostrou-se otimista sobre o futuro da Argentina, enquanto a pobreza assola metade da população e as medidas de ajuste incluem demissões de funcionários públicos, fechamento de dependências do governo, cortes de subsídios, aumento de tarifas públicas e congelamento de orçamentos.

“Depois de cem anos de destruição populista, empreendemos uma mudança de 180 graus (…) Vamos sair [disso] e vamos ficar bem”, prometeu.

PROFESSORES ABANDONAM O ENSINO NA VENEZUELA POR BAIXOS SALÁRIOS

 

História de Alicia Hernández – BBC News Mundo – BBC News Brasil

Professores protestam por aumento salarial na Venezuela

Professores protestam por aumento salarial na Venezuela© Getty Images

Com o dinheiro que recebe a cada quinze dias, Belkis Bolívar consegue comprar apenas uma dúzia de ovos. Nada mais.

Com sorte, é suficiente para pagar a passagem de ida de ônibus. Belkis é professora do ensino fundamental.

A venezuelana, moradora de Caracas, exerce sua profissão há mais de 30 anos.

Trabalha no turno da noite em uma escola pública e recebe 150 bolívares a cada quinze dias, totalizando 300 bolívares por mês, ou seja, menos de US$ 10 (ou cerca de R$ 50).

“Tenho que fazer outras coisas durante o dia para complementar minha renda”, conta à BBC News Mundo, serviço de notícias em espanhol da BBC.

Como também é professora de línguas, dá aulas particulares de francês para ganhar um dinheiro extra. Mas também vende almoços, cachorros-quentes e pães recheados com presunto durante o Natal, além de chicha, uma bebida típica da América Latina feita a partir da fermentação de grãos ou frutas.

“Aceito qualquer encomenda, qualquer coisa, sempre estou buscando algo diferente para fazer.”

Seu caso não é único. O baixo salário e as péssimas condições de trabalho estão fazendo com que cada vez mais professores na Venezuela abandonem a profissão.

Cerca de 200 mil professores venezuelanos deixaram as salas de aula nos últimos anos, segundo estimativas de associações sindicais. Alguns se juntaram aos que emigraram do país, outros mudaram de profissão.

Sem incentivos, isso está causando um esvaziamento das escolas. E, no lado mais vulnerável, estão os alunos, que viram suas horas de aula reduzidas, às vezes ministradas por pessoas que nem sequer estão qualificadas para isso.

Sem aumento salarial

Belkis começou a procurar outras formas de ganhar dinheiro fora da docência em 2019, quando deixou de ver “a manteiga no pão”.

“Eu não vou mais lá [para a escola]. Dando aulas particulares me saio melhor. Só indo todos os dias de ônibus até lá, em uma semana gasto o salário quinzenal”, diz.

Já lhe propuseram dar aulas no ensino médio, mas o panorama é o mesmo que no ensino fundamental. O salário médio de um professor na Venezuela é de US$ 21,57 por mês (cerca de R$ 107), segundo o relatório do Centro de Documentação e Análise Social da Federação Venezuelana de Professores (Cendas-FVM).

Em janeiro, a cesta básica familiar estava em US$ 535,63 (aproximadamente R$ 2.678), de acordo com a mesma instituição. Um professor precisa de quase 25 salários por mês para cobri-la.

O abandono em massa das salas de aulas por professores na Venezuela

O abandono em massa das salas de aulas por professores na Venezuela© Getty Images

O último ajuste salarial do governo de Nicolás Maduro foi em março de 2022 e o salário base dos funcionários públicos é desde então de 130 bolívares por mês, o que equivale a cerca de US$ 3,6 (R$ 18).

Em janeiro passado, Maduro anunciou o aumento do chamado “bônus de guerra econômica” e do ticket de alimentação para o equivalente a US$ 100 por mês (R$ 500).

No entanto, nem todos recebem esse bônus. Para isso, é necessário ter o “carnê da pátria”, que é obtido ao se registrar no “Sistema Pátria”, uma entidade que, segundo setores críticos ao chavismo, é um mecanismo de controle da população.

De professora a mototaxista

Às vezes, Belkis considera deixar o ensino, mas ela diz que continua por vocação, “para não perder o contato com as crianças”.

Ao seu redor, muitos professores abandonaram as salas de aula.

“Conheço professores que são mototaxistas, que fizeram cursos de gerenciamento de redes sociais, professoras que trabalham fazendo sobrancelhas, colocando cílios… Outros que fizeram um curso de massagem redutora e terapêutica, professores de ginástica que foram para academias. Eles estão em atividades mais lucrativas do que dar aulas em uma escola”, explica.

Yasser Lenin Sierra é um dos que ingressaram no sistema público de educação e agora trabalham, entre outras coisas, como mototaxistas.

“A moeda não vale nada e a necessidade obriga. Com um horário de trabalho de 40 horas por semana e 12 turmas para dar aulas, eu ganhava cerca de US$ 5 por quinzena, e com o cestaticket [um vale alimentação] entre US$ 20 e US$ 25”, conta Sierra à BBC Mundo.

Este professor de educação física diz que em uma corrida longa de moto, de San José de Cotiza, no oeste de Caracas, até Petare, no leste, pode ganhar entre US$ 8 e US$ 10.

“O dobro do que ganhava dando aula em apenas uma corrida. Quando vou ao banco e saco dinheiro para comprar comida, dói. E eu tenho que comer, tenho que ter energia para dar aula, devo vestir roupas adequadas para trabalhar confortavelmente e sem me lesionar”, afirma.

Belkis Bolívar está considerando deixar o ensino devido aos baixos salários

Belkis Bolívar está considerando deixar o ensino devido aos baixos salários© Arquivo pessoal

Além da moto, ele dá 4 horas de aula em uma escola particular, que paga em dólares, e faz “o que aparecer”.

“Em um bom mês, no total, consigo fazer cerca de US$ 200 a US$ 330. Entre quatro adultos, conseguimos cobrir os gastos da família”, explica.

Outros, como Belkis e Yasser contam, decidiram não apenas sair das salas de aula, mas deixar a Venezuela em busca de um futuro melhor.

Eles se juntam à lista dos 7,7 milhões de pessoas que saíram de um país que continua em uma profunda crise econômica e política.

Para conhecer o ponto de vista das autoridades sobre a grave crise do setor educacional na Venezuela, a BBC News Mundo entrou em contato com o Ministério da Educação do país para entrevistar algum de seus representantes, mas o pedido não foi atendido.

A opção privada

Em 2017, Tulio Ramírez era um dos que estava fazendo as malas para sair do país.

Seu currículo era extenso: sociólogo, advogado com mestrado em Formação em Recursos Humanos, doutor em Educação, pós-doutorado em Filosofia e Ciências da Educação, com 38 anos de experiência como professor universitário.

Ele lecionava em duas universidades públicas, mas seu salário não ultrapassava US$ 30 por mês. “Eu nem conseguia ir trabalhar porque não tinha como abastecer o carro com gasolina”, relata.

Ele nos conta isso de Caracas porque, no último momento, recebeu um convite da Universidade Católica Andrés Bello (Ucab), uma instituição privada que lhe ofereceu um salário em dólares.

“Quando ouvi o valor, comecei a desfazer minhas malas.”

A oferta naquele momento era muito boa. Sete anos depois, com a inflação e o aumento do custo de vida na Venezuela, o valor de US$ 1.100 é “bastante decente”, mas menor se comparado com outros colegas na América Latina.

“Com minha experiência, títulos e classificação, os professores universitários na região ganham em torno de US$ 4.000 a US$ 5.000”, diz.

No Chile, o salário de um professor pode variar entre US$ 3.000 e US$ 4.500. Na Colômbia, está em torno de US$ 2.300 e no Equador, cerca de US$ 2.000, dependendo do cargo e da antiguidade.

Ainda assim, Tulio sabe que é privilegiado. Ele está entre a minoria de educadores que ainda se dedica ao ensino na rede privada, de forma exclusiva e com um pouco mais de dinheiro no bolso.

Na Venezuela, de cada dez instituições de ensino, 8 são públicas.

Tulio Ramírez esteve prestes a deixar o país porque o salário como professor universitário não era suficiente para ele

Tulio Ramírez esteve prestes a deixar o país porque o salário como professor universitário não era suficiente para ele© Arquivo pessoal

A educação com “os 5 menos”

Ramírez também é presidente da ONG Assembleia de Educação e vê com preocupação a situação atual.

“Temos a educação dos 5 menos: menos professores, menos estudantes, menos investimento na educação pública, menos geração de reposição e menos qualidade na educação. Ela está se deteriorando e não há manutenção”, explica.

Ele relata que a Universidade Pedagógica Experimental Libertador (Upel), a principal instituição dedicada à formação de professores, tinha 106 mil estudantes em 2010. Em 2022, eram apenas 43 mil.

“A educação não é atrativa para nenhum estudante do ensino médio. Para preencher as vagas, levaríamos cerca de 25 anos, e dependemos desses graduados. A situação é extremamente grave”, destaca.

A Ucab realizou um estudo sobre o estado da educação no país e Carlos Calatrava, diretor da Escola de Educação deste centro, nos diz que o mínimo necessário agora são cerca de 256 mil professores.

“Você se perguntará quem cobre isso, quem está nas salas de aula”, questiona Ramírez por videochamada.

“Os jovens que trabalhavam no programa ‘Emprego Juvenil’, por exemplo. Ou pais e mães voluntários que sabem algo sobre uma determinada matéria que possam dominar. É assim que estamos indo”, responde.

Em outubro de 2021, o Ministério da Educação anunciou a incorporação de pelo menos 1.700 jovens do ensino médio do Programa Emprego Juvenil, que oferece empregos em posições de professores.

Carlos Calatrava enfatiza o mesmo: “São pessoas sem formação em educação. Alguns o fazem como parte do trabalho social que deve ser feito no ensino médio e ensinam crianças do ensino fundamental. Não estou dizendo que isso seja errado, mas pelo menos deveria haver um professor adulto para orientar”.

Maduro anunciou o aumento do 'bônus de guerra econômica', mas não do salário mínimo

Maduro anunciou o aumento do ‘bônus de guerra econômica’, mas não do salário mínimo© Getty Images

Deixado para trás na lista de espera

A outra face dessa situação são as carências enfrentadas pelas crianças, desde o ensino fundamental até o ensino médio e até mesmo nas universidades.

Com a falta de professores nas instituições educacionais, há anos foi adotada a medida de os alunos irem para a escola um dia e meio ou dois dias por semana para condensar todas as aulas e disciplinas da semana.

Isso é conhecido como “horário mosaico” e ocorre em todos os níveis educacionais, inclusive com o pessoal de manutenção e administrativo.

“Nessas condições, como você constrói conhecimento? Como você mantém uma universidade com certa vida acadêmica se não há funcionários, trabalhadores? E você não pode obrigá-los a ir porque não há como, porque os salários de todo o pessoal não são suficientes”, reclama Tulio Ramírez.

Alguns optaram por montar uma sala de aula em suas próprias casas para obter dinheiro extra

Alguns optaram por montar uma sala de aula em suas próprias casas para obter dinheiro extra© Getty Images

A Venezuela não faz parte de programas de avaliação internacional como o relatório Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes). Mas também não realiza medições internas oficiais para avaliar o nível educacional e sua evolução.

“Me deparo com alunos de Comunicação que não sabem escrever ou médicos que nunca viram um cadáver e, ainda assim, são médicos. Isso é perigoso”, afirma Ramírez.

A Ucab conduziu vários estudos para avaliar as habilidades acadêmicas dos alunos e, segundo Carlos Calatrava, “a cada ano elas estão diminuindo”.

“Pode parecer feio dizer isso, mas na Venezuela temos uma qualidade de educação baixa, nula ou regular. Nem sequer alcançamos o mínimo, dez pontos em 20”.

Eles também observaram uma tendência. Antes existia uma diferença entre a educação pública e privada, sendo esta última de um nível mais elevado. “Essa diferença não existe mais, há uma igualdade na queda”, destaca Calatrava.

Sem motivação e sem merenda

O outro problema dos que realmente frequentam as aulas não se resume apenas à falta de conhecimentos acadêmicos, reconhece Calatrava.

“Há uma geração que não entende completamente, que não sabe como lidar emocionalmente com situações como quando um colega, sem querer, os empurra. Há um forte componente socioemocional, de socialização, que está se perdendo com o horário fragmentado.”

Calatrava observa ainda que há crianças excluídas do sistema “seja pela severidade da crise que estamos enfrentando, ou porque, devido à crise, essas crianças e adolescentes precisam ser incorporados ao trabalho o mais rápido possível”.

Em 2022, estimava-se que havia 1,5 milhão de crianças fora da escola, de acordo com a Pesquisa Nacional sobre Condições de Vida 2022 (Encovi) da Ucab.

Hoje, esse número pode chegar a cerca de 3 milhões, estima Calatrava.

O abandono em massa das salas de aulas por professores na Venezuela

O abandono em massa das salas de aulas por professores na Venezuela© Getty Images

“Essas crianças estão presas no ciclo vicioso da pobreza, não conseguem ter acesso à educação, se tornam pais cedo e esse ciclo se repete”, observa.

“Estamos jogando com o futuro do país”, afirma.

Dentre essas crianças que estão fora da escola, algumas entraram no sistema, mas acabaram desistindo.

“O fato de você ir para a aula e não encontrar seu professor, aquele que você conhecia, porque ele renunciou ou saiu do país, e ninguém te atender… Isso desmotiva. Há muita evasão escolar”, relata Belkis Bolívar.

Além da falta de motivação, ela destaca as dificuldades econômicas enfrentadas por cada família. Belkis lembra de quando trabalhava em uma escola em uma área muito pobre em Antímano, a oeste de Caracas.

Ela diz que poucas crianças não conseguiam trazer lanche, “mas sempre levava quatro arepas [bolinhos achatado feito de farinha de miho] prontas e dava para quem não trouxe”.

“Agora as crianças estão dormindo na sala de aula e não é por preguiça, é por fome. Elas desmaiam, estão desnutridas… E o salário do professor já não é suficiente para fornecer lanches para eles”.

RONALDO VENDE SAF DO CRUZEIRO PARA O EMPRESÁRIO PEDRO LOURENÇO

 

História de Thiago Fernandes – Goal

O empresário Pedro Lourenço vai desembolsar R$ 600 milhões por 90% das ações da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Cruzeiro, conforme apurado pela GOALAs tratativas estão adiantadas, e a documentação será assinada nesta segunda-feira (29), após reunião do futuro sócio majoritário do clube com Ronaldo Fenômeno.

O empréstimo de R$ 100 milhões feito pelo empresário, que é sócio-proprietário da rede Supermercados BH, será abatido. Os outros R$ 500 milhões serão injetados da seguinte forma: R$ 150 milhões à vista e R$ 350 milhões investidos ao longo de dez temporadas.

Ronaldo Fenômeno permanecerá como sócio do clube, mesmo que de forma simbólica, até dezembro de 2026. Isso acontece porque o contrato de compra assinado pelo ex-jogador exige que ele permaneça por cinco anos à frente do futebol do clube.

Primeiro ato

Ronaldo Cruzeiro 2022

Ronaldo Cruzeiro 2022© Fornecido por GOAL

O primeiro ato de Pedro Lourenço como novo sócio majoritário do Cruzeiro será a aquisição de Matheus Pereira, conforme apurado pela GOAL. O empresário vai desembolsar os € 7 milhões (R$ 38,31 milhões na cotação atual), sendo € 2 milhões (R$ 10,95 milhões) à vista e os outros € 5 milhões (R$ 27,36 milhões) parcelados em dois anos.

As tratativas já foram seladas com o Al Hilal, da Arábia Saudita, e o empresário deseja reforçar o elenco durante a próxima janela de transferências do país, entre os dias 10 de julho e 2 de setembro de 2024. O valor que será injetado de forma à vista no clube será utilizado para a melhoria do elenco, hoje comandado por Fernando Seabra.

Ronaldo fica? Quem sairá?

Ronaldo Cruzeiro 2022

Ronaldo Cruzeiro 2022© Fornecido por GOAL

A única permanência da atual gestão será a do CEO do clube, Gabriel Lima. Os demais integrantes da diretoria não permanecerão na Toca da Raposa II. Pedro Lourenço até tentou que Ronaldo Fenômeno mantivesse um percentual das ações, mas o ex-atleta optou por negociar toda a fatia que detinha do futebol cruzeirense.

Desta forma, nomes como o ex-zagueiro Paulo André, o diretor técnico Paulo Autuori e o conselheiro da SAF, Elias, não ficarão no Cruzeiro para a próxima gestão. Pedro Lourenço já avalia nomes que podem substituir o grupo nos próximos dias.

HOMEM COM BOMBAS MORRE AO ATACAR O STF

Brasil e Mundo ...