domingo, 28 de abril de 2024

INOVAR NÃO É SEMPRE COISAS NOVAS E PODEM ENCONTRAR SOLUÇÕES QUE NUNCA FORAM ADOTADAS

 

Igor Lopes – Innova

Primeiro, inovar não é sobre criar coisas novas, mas também encontrar soluções que, embora já existentes, nunca foram adotadas em seu projeto.

Um caso real que comprova a minha tese é o Sr. Valdir Novaki, conhecido como “O pipoqueiro mais famoso do Brasil”.

Valdir era um pipoqueiro como os outros, mas ele sentia que precisava inovar em seu mercado.

Diante disso, Sr. Valdir adotou medidas de higiene e atendimento que ninguém fazia, mas que impactava diretamente na experiência do consumidor:

• Quem chegava no carrinho de pipoca do Valdir recebia uma dose de álcool em gel nas mãos antes de pegar a pipoca.

• Ele também limpava toda a bancada (de inox) do carrinho com álcool na frente dos clientes, deixando tudo impecável.

• Em cada dia da semana Sr. Valdir utilizava um uniforme (impecavelmente branco e limpo) do qual havia um bordado sinalizando o dia da semana.

• Ao receber a pipoca, os clientes de Valdir ganhavam uma balinha de brinde, para refrescar o hálito após o lanche.

Perceba que ele inovou, sem reinventar a roda, mas apenas trazendo abordagens simples que seus concorrentes não ousavam fazer.

Por conta disso, digo que a primeira e maior característica de uma mente inovadora é questionar o tempo todo.

Afinal, ao questionar situações e circunstâncias você encontra:

• Novos problemas;

• Oportunidades;

• E soluções.

Esse loop cria um mecanismo de descobertas que leva você (e o seu projeto) a novos resultados no caminho da inovação.

No entanto, trilhar este caminho não é fácil, por isso, toda mente inovadora tem a habilidade de ser constante, sem perder o ânimo.

Sem isso, é impossível levantar todos os dias e garimpar soluções em meio às frustrações causadas pelos fracassos que surgem no caminho da inovação.

Se olharmos para a história do Sr. Valdir, você notará que o sucesso dele não foi repentino. Mesmo inovando, as coisas levaram tempo para acontecer.

Por fim, a última característica de uma mente inovadora é o desconforto.

Imagina só:

Se homens como Steve Jobs, Jeff Bezos, Elon Musk e Sr. Valdir fossem pessoas satisfeitas e confortáveis com seus resultados, será que eles teriam conquistado tudo o que conseguiram?

Provavelmente não. Sr. Valdir, por exemplo, não só recebeu a alcunha de “Pipoqueiro Mais Famoso do Brasil”, como também já viajou boa parte do país dando palestras sobre empreendedorismo.

Ok, sabemos que não inovar é ruim.

Agora, será que inovar em excesso é bom?

Os limites da inovação

Pela minha experiência empreendendo no campo da tecnologia, esses são os dois maiores erros quando o assunto é inovação:

01 – Tentar reinventar a roda.

02 – Omissão.

Quem não se lembra do Google Glass, um típico exemplo de quem tentou inovar demais e precisou recuar.

Ou então a Playstation com o PS Vita, um videogame portátil que prometia grande desempenho e resolução, mas, no final, não teve adesão dos grandes desenvolvedores e, consequentemente, dos clientes.

Ainda no mundo dos games, a Microsoft lançou o Xbox Kinect, um sensor de movimentos exclusivo que prometia substituir os controles tradicionais do videogame.

Após alguns anos de insistência e baixa adesão dos desenvolvedores e gamers, o Kinect foi descontinuado pela Microsoft.

Inovação demais, utilidade de menos.

Por outro lado, temos alguns exemplos clássicos de empresas omissas que esperaram demais e perderam o bonde.

Blackberry

A primeira empresa de celulares a proporcionar conexão Wireless em seus aparelhos, dando origem à era dos Smartphones — uma inovação que acertaram de mão cheia.

Há 20 anos, ter um Blackberry era mais exclusivo, chique e estiloso do que ter um iPhone de última geração.

Na boa, sempre gostei dessa marca.

Realmente é uma pena que a empresa mãe dos smartphones tenha ficado para trás e hoje não ser nem a sombra do que já foi.

Também temos os exemplos clássicos, né? Nokia, Kodak, etc. Que você já cansou de ver por aí.

Todas essas foram empresas que, por arrogância, excesso de confiança ou medo, ficaram na mesma e sumiram do mapa por não inovar.

Mas, há também as empresas que inovaram na medida certa:

• Microsoft: vendia software de caixinha e hoje é uma potência tecnológica tanto em produtos como em serviços.

• Toyota: uma empresa tradicional do mercado automotivo, mas que nunca perde o timming em inovação. Da era do motor a combustão aos motores híbridos, a Toyota sempre está no topo do ranking em qualidade, confiabilidade, tecnologia e conforto.

• Amazon: de e-commerce de garagem a uma potência de varejo e tecnologia.

• Nvidia: a empresa que surfou a onda dos games (quando ainda era uma marola ignorada por todos), aproveitou o boom das criptomoedas e hoje é a maior fabricante de GPUs utilizadas no desenvolvimento de IAs.

Sabe o que todas essas empresas têm em comum?

Elas não inovaram por moda, mas para resolver problemas concretos na vida de seus consumidores.

Você não pediu, mas eu dou: minha opinião

Sabe qual é o grande problema desse papo de inovação?

Ela é uma faca de dois gumes que pode:

• Fazer você se perder em meio ao vício de inovar.

• Fazer você perder pela falta de inovação.

Então, fica a pergunta:

Como inovar mesmo que você não tenha uma mente inovadora?

Tenha dados e informações concretas na sua mão. Sempre.

Se você tem dados, você enxerga gargalos que precisam ser resolvidos. Se você enxerga os gargalos, você precisa de soluções — e é aqui onde a inovação se esconde.

Na maioria das vezes, inovar é ser como o Sr. Valdir, e não necessariamente como Elon Musk.

Mindset correto é o que vai fazer você alcançar (ou não) o sucesso

Junior Borneli, co-fundador do StartSe

Mulher negra e sorridente segurando um IPad e olhando para frente (Fonte: Getty Images)

Mindset é a sua programação mental, é como você encara tudo que está ao teu redor

Mindset. Você já ouviu essa palavinha algumas vezes aqui no StartSe. Ela é importante, talvez uma das coisas mais importantes para “chegar lá” (seja lá onde for que você quiser chegar).

É sua habilidade de pensar o que você precisa para ter sucesso. E como a maioria das coisas que você possui dentro de você, ela é uma espécie de programação do seu ser. Tanto que é possível que você adquira outro mindset durante a vida, convivendo com as pessoas corretas, conhecendo culturas diferentes.

Algumas pessoas dizem que é isso das pessoas que faz o Vale do Silício ser a região mais inovadora do mundo. Eu, pessoalmente, não duvido. Fato é: você precisa de ter a cabeça no lugar certo, pois a diferença entre um mindset vencedor e um perdedor é o principal fator entre fracasso e sucesso.

Para isso, é importante você começar do ponto inicial: um objetivo. “Todo empreendedor precisa ter um objetivo. Acordar todos os dias e manter-se firme no propósito de fazer o máximo possível para chegar lá é fundamental”, diz Junior Borneli, co-fundador do StartSe e uma das pessoas mais entendidas de mindset no ecossistema brasileiro.

De lá, é importante você fazer o máximo que puder e não perder o foco, mantendo-se firme. “Não importa se no final do dia deu tudo certo ou errado. O importante é ter a certeza de que você fez tudo o que foi possível para o melhor resultado”, avisa.

Com a atitude certa, é capaz que você sempre consiga canalizar as coisas como positivas. “Você sempre tem duas formas de olhar um a mesma situação: aquela em que você se coloca como um derrotado e a outra onde você vê os desafios como oportunidades. Escolha sempre o melhor lado das coisas, isso fará com que sua jornada seja mais leve”, alerta o empreendedor.

Esses tipo de sentimento abre espaço para uma característica importantíssima dos principais empreendedores: saber lidar com grandes adversidades. “Um ponto em comum na maioria os empreendedores de sucesso é a superação”, destaca Junior Borneli.

Saber lidar com essas adversidades vai impedir que você pare no primeiro problema (ou falência) que aparecer na sua frente. “São muito comuns as histórias de grandes empresários que faliram várias vezes, receberam diversos ‘nãos’ e só venceram porque foram persistentes”, afirma.

É importante ter esse mindset resiliente, pois, nem sempre tudo será fácil para você – na verdade, quase nunca será. “Empreender é, na maior parte do tempo, algo muito doloroso. Até conseguir algum resultado expressivo o empreendedor passa por muitos perrengues. A imensa maioria fica pelo caminho”, diz.

É como uma luta de boxe, onde muitas vezes, para ganhar, você terá que apanhar e apanhar e apanhar até conseguir desferir o golpe (ou a sequência) certo. “Na minha opinião, não há melhor frase que defina a trajetória de um empreendedor de sucesso do que aquela dita por Rocky Balboa, no cinema: ‘não importa o quanto você bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar. É assim que se ganha’”, ilustra.

O problema talvez seja que alguns aspectos do empreendedorismo tenham glamour demais. “Empreender não é simplesmente ter uma mesa com super-heróis e uma parede cheia de post-its coloridos. Você vive numa espécie de montanha russa de emoções, onde de manhã você é ‘o cara’ e à tarde não tem dinheiro pro café”, salienta.

Vale a pena, porém, perseverar neste caminho. “Para aqueles que são persistentes e têm foco, a jornada será difícil, mas o retorno fará valer a pena!,” destaca o empreendedor.

DERROTA TAMBÉM ENSINA

Um ponto importante do sucesso é saber lidar com o fracasso e, de lá, tomar algumas lições para sair mais forte ainda. “Toda derrota nos ensina algumas lições e assim nos tornamos mais fortes a cada nova tentativa. A cultura do fracasso, aqui no Brasil, é muito diferente dos Estados Unidos”, afirma Junior.

No Vale do Silício, falhar é encarado algo bom, na verdade – e aumenta suas chances de sucesso futuro. “Por lá, empreendedor que já falhou tem mais chances de receber investimentos porque mostrou capacidade de reação e aprendeu com os erros”, conta o empreendedor.

Mas ao pensar sobre fracasso, você precisa ter o filtro correto para não deixar a ideia escapar. “Encarar os erros como ensinamentos e entender que falhar é parte do jogo torna as coisas mais fáceis e suportáveis”, salienta.

Foco é a palavra de ordem para você conseguir alcançar os objetivos traçados no caminho, mesmo que em alguns momentos pareça que está tudo dando errado. “Por fim, buscar o equilíbrio mental e o foco são fundamentais. Nas vitórias, tendemos a nos render à vaidade e ao orgulho. E nas derrotas nos entregamos ao desânimo e a depressão. Mentalize seus objetivos, foque nos caminhos que vão leva-lo até eles e siga firme em frente”, afirma.

É importante que você tenha noção de que para ser uma exceção, você não pode pensar da maneira comodista que a maior parte das pessoas. “Se você quer chegar onde poucos chegaram, precisará fazer o que poucos têm coragem e disposição para fazer”, completa.

                   O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?                  

Moysés Peruhype Carlech

Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”, sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de resto todas as lojas dessa cidade no Site da nossa Plataforma Comercial da Startup Valeon.

Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?

Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a sua localização aí no seu domicílio? Quais os produtos que você comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu WhatsApp?

Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para ficarem passeando pelos Bairros e Centros da Cidade, vendo loja por loja e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.

A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar pelos corredores dos shoppings centers, bairros e centros da cidade, durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.

É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e eficiente.  Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e aumentar o engajamento dos seus clientes.

Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer”. – Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o próximo nível de transformação.

O que funcionava antes não necessariamente funcionará no futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo aquilo que é ineficiente.

Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde queremos estar.

Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que você já sabe.

Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na internet.

Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar você para o próximo nível.

Aproveite essa oportunidade para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.

Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

sábado, 27 de abril de 2024

EM UM UNIVERSO DE 11 MILHÕES DE SERVIDORES PÚBLICOS SOMENTE 38 MIL PESSOAS PASSARIAM A TER AUMENTOS CUMULATIVOS SE APROVADA LEI NO SENADO

 

História de Marina Amaral – Agência Pública

O lobby da (In)Justiça no Congresso

O lobby da (In)Justiça no Congresso© Fornecido por Agência Pública

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), está abrindo alas para a aprovação de emenda constitucional que concede pagamento de quinquênios – 5% de aumento de salário a cada cinco anos – ao “topo do funcionalismo” (procuradores, promotores, juízes, delegados da PF e defensores públicos). Assim, Gabriela Lotta, professora de administração da Fundação Getulio Vargas (FGV), descreveu os beneficiários da PEC 10/2023, apresentada por Pacheco e em processo de votação no Senado, à jornalista Natuza Nery no podcast Assunto de terça-feira passada. 

Em um universo de 11 milhões de servidores públicos brasileiros, 38 mil pessoas passariam a ter direito a aumentos cumulativos de salário diante de uma maioria, “aquela que faz o atendimento na ponta do serviço e ganha salários muito baixos”, ela diz. Cinquenta por cento dos servidores recebem menos de R$ 3.400 por mês. Apenas 1% ganha mais de R$ 27 mil

“A gente está basicamente falando dessas pessoas que estão no topo do funcionalismo e vão receber mais salário, de maneira contínua ao longo do tempo, vinculado apenas ao tempo de trabalho, e não à performance. A PEC vai aumentar uma desigualdade que já existe no funcionalismo público e que é bastante problemática”, explicou Lotta.

O novo penduricalho, mais um na lista da série de privilégios que desfrutam o Ministério Público e a magistratura, representa um custo de mais de R$ 80 bilhões em três anos. Isso em um país que gasta R$ 160 bilhões com a Justiça, o equivalente a 1,6% do PIB, segundo pesquisa do Tesouro Nacional citada por Nery no mesmo podcast. 

Vídeo relacionado: Pacheco sobre desoneração: “Estamos abertos para discutir um novo modelo ” (Dailymotion)

Entre os 53 países pesquisados, o Brasil se destaca por gastar muito mais com a Justiça. Nos países desenvolvidos, a média de custo corresponde a 0,3% do PIB; nos países emergentes, como nós, a média também é bem inferior: 0,5% do PIB. E 83% desse custo vai para o pagamento de salários e benefícios. 

Na comparação interna, entre outros gastos públicos, a situação é ainda mais chocante. “O Bolsa Família gasta R$ 160 bilhões com 21 milhões de famílias. Um quarto desse valor [R$ 42 bilhões por ano, segundo cálculo do senador Jaques Wagner] vai ser destinado para pagar a 38 mil pessoas”, diz a professora. 

Além de cara, a nossa Justiça é ineficiente e não raro completamente injusta, como vemos todos os dias em casos estampados nos jornais. Mas, para ficar em um dado: segundo divulgado em 2023 pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), havia 210 mil pessoas presas no final de 2022 que nem sequer haviam sido julgadas. E um déficit de 236 mil vagas em nossas cadeias superlotadas que aninham o crime organizado.

Uma situação que deve se agravar se outra iniciativa de Rodrigo Pacheco vingar: a aprovação da PEC 45, que criminaliza o porte e a posse de qualquer quantidade de droga, com consequências nefastas, como comentei na coluna passada. 

Como todos sabem, isso vai aumentar as prisões, principalmente dos jovens negros e pardos. E não apenas porque os delegados vão decidir quem é usuário e quem é traficante, mas porque a condenação de não brancos pela Justiça é maior, mesmo quando portam a mesma quantidade de drogas. E viva a (In)Justiça. 

A PEC dos quinquênios deve ser votada pelo plenário do Senado na semana que vem, agora com mais beneficiários – todos do topo da pirâmide, como os recém-incluídos advogados da União, e depois na Câmara dos Deputados, onde já está a PEC 45. Se for aprovada, juízes e Ministério Público finalmente vão conseguir emplacar aumentos automáticos numa carreira vitalícia depois de mais de dez anos de luta. 

Explico: a PEC 10, em tramitação, é uma reedição da PEC 63, de 2013, que até 2022 ainda não havia sido votada e foi arquivada pelo governo de transição. Foi renumerada e reapresentada pelo senador Rodrigo Pacheco no ano passado.  

Um calendário que pode despertar suspeitas em um momento em que outra PEC, também de 2013 e paralisada desde 2018, ganhou sobrevida no Congresso neste ano. Trata-se da PEC que restringe o foro privilegiado, remetendo os processos contra parlamentares, que iriam para o STF, a instâncias inferiores, morosas e sujeitas a ingerências políticas.  

Quando foi relatada pelo senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), a PEC visava punir mais rapidamente os parlamentares, já que o STF à época era considerado moroso. Atualmente, porém, tudo que eles querem é escapar da Suprema Corte – e do ministro Alexandre de Moraes. Ou seja, a PEC foi engavetada e ressuscitada pelo mesmo motivo: garantia de impunidade. 

Com uma bomba do tamanho da PEC dos quinquênios fica difícil falar em ajuste fiscal para justificar o não atendimento das reivindicações de duas categorias em greve: os técnicos e analistas do Ibama, que contribuíram com seu trabalho para a queda de 62% do desmatamento da Amazônia no ano passado; e os professores e servidores das universidades federais, onde estudam mais de 1 milhão de jovens, mais da metade deles negros, pardos, indígenas. 

Vamos aos números: os técnicos e analistas ambientais do Ibama que são os responsáveis pela fiscalização e repressão de crimes ambientais ganham salários que vão de R$ 5 mil a R$ 15 mil mensais. Um professor com mestrado e doutorado – maioria absoluta dos docentes das universidades federais –, com uma formação ainda mais longa e exigente do que a dos juízes e procuradores, por exemplo, tem salário inicial de R$ 10 mil e final de R$ 22 mil. 

Já um juiz de primeira instância ganha R$ 27 mil a partir do momento em que assume a função e teoricamente um teto de R$ 44 mil para o salário final (que equivale ao salário de um ministro do STF). Metade deles, porém, ganha mais do que esse teto e, a depender dos pagamentos extras (retroativos, indenizações de férias, ajudas de custo), a remuneração pode chegar a extremos: 46 juízes e desembargadores ganharam mais de R$ 300 mil por mês em 2023. 

O lobby da Justiça no Congresso fere o interesse público e torna o Brasil ainda mais injusto e inseguro. Isso não cabe em uma democracia.

SUSPENSÃO DE TRECHOS DE LEI PELO STF ABRE NOVA CRISE COM O CONGRESSO

 

História de JULIA CHAIB E MARIANA BRASIL – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Os desgastes entre os três Poderes ganharam novo capítulo após o ministro Cristiano Zanin atender a um pedido do governo Lula (PT) e suspender trechos da lei que prorrogou a desoneração da folha de empresas e prefeituras.

Com a decisão, o STF (Supremo Tribunal Federal) e o Congresso devem ter novos embates, o que também vai resvalar no Palácio do Planalto, uma vez que o pedido partiu de lá e o ministro Zanin é visto como próximo ao governo -foi advogado de Lula antes de ser indicado para a corte.

Nesta sexta-feira (26), o ministro Flávio Dino, que era titular da pasta da Justiça do governo e também foi indicado pelo presidente para o tribunal no atual mandato, votou na ação concordando com a decisão de Zanin.

Uma ala do STF admite que a ação proposta pela União deve potencializar uma série de atritos entre o tribunal e o Legislativo, que acusa o Judiciário de interferir em decisões do Parlamento.

A mesma avaliação existe entre líderes do Congresso. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já prometeu reação à decisão de Zanin e conversará com aliados nesta sexta-feira (26) para definir o que vai fazer.

O caso ainda será analisado pelo plenário da corte. Auxiliares jurídicos de Lula se dizem confiantes de que a maioria dos demais ministros do Supremo vai referendar a solicitação da União.

A polêmica sobre a decisão do ministro se dá pelo fato de o STF ter, na prática, derrubado, de forma monocrática, normas aprovadas pelos deputados e senadores, o que é lido como uma afronta.

Os parlamentares reclamam sobretudo da postura do governo, que propôs a ação no Supremo, após ter buscado com o Congresso um meio-termo em relação à desoneração da folha.

Integrantes do governo afirmam que não havia alternativa a não ser entrar na Justiça. Dizem que Lula enviou uma medida provisória sobre o tema ao Parlamento no final do ano passado para evitar justamente judicializar o tema. A primeira opção que estava na mesa do governo desde dezembro era recorrer ao STF.

Aliados de Lula reclamam que o Congresso, por sua vez, decidiu retirar a prerrogativa do presidente. Esses auxiliares do chefe do Executivo ponderam que ainda estão abertos a dialogar com o Congresso e que o governo quer evitar embates entre as instituições.

O imbróglio ocorre duas semanas após um jantar de Lula com os ministros do STF Zanin, Dino, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. O encontro ocorreu na casa de Gilmar. Estavam também no jantar os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).

Na ocasião, foi feita uma avaliação da conjuntura política atual, e de que há focos de atritos entre os Poderes. A questão da desoneração, porém, não foi tratada no jantar.

Os participantes saíram de lá com a intenção de procurar integrantes do Parlamento e esfriar os ânimos. Moraes conversou com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e o da Câmara, Arthur Lira. Lula também se reuniu com Lira e pretende ter um encontro com Pacheco.

A decisão de Zanin, tomada na quinta-feira (25), além de suspender trechos da desoneração da folha de empresas, também corta a alíquota previdenciária de prefeituras.

O benefício reduz a carga tributária na folha de pagamento -neste caso, a de empresas e administrações municipais. A ação foi apresentada ao Supremo na quarta (24) e assinada pelo próprio presidente e pelo chefe da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias.

A suspensão do benefício tem efeito imediato, mas ainda será submetida ao demais ministros do Supremo. A avaliação do tema no plenário virtual começou nesta sexta e segue até o dia 6 de maio.

A desoneração da folha foi criada em 2011, na gestão Dilma Rousseff (PT), e prorrogada sucessivas vezes. A medida permite o pagamento de alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de salários para a Previdência.

No ano passado, o benefício havia sido prorrogado até o fim de 2027, prorrogação aprovada pelo Congresso e estendida às prefeituras. No entanto, o texto foi integralmente vetado por Lula. Em dezembro do mesmo ano, o Legislativo decidiu derrubar o veto.

A desoneração vale para 17 setores da economia. Entre eles está o de comunicação, no qual se insere o Grupo Folha, empresa que edita a Folha. Também são contemplados os segmentos de calçados, call center, confecção e vestuário, construção civil, entre outros.

O principal argumento é que a desoneração foi aprovada pelo Congresso “sem a adequada demonstração do impacto financeiro”. O governo diz que há violação da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) e da Constituição.

Na decisão liminar -ou seja, provisória-, Zanin considerou que, sem indicação do impacto orçamentário, poderá ocorrer “um desajuste significativo nas contas públicas e um esvaziamento do regime fiscal constitucionalizado”.

A liminar repercutiu entre congressistas e setores produtivos. Para Pacheco, o governo Lula errou “ao judicializar a política e impor suas próprias razões, num aparente terceiro turno de discussão sobre o tema da desoneração da folha de pagamento”.

O presidente do Senado também afirmou respeitar a decisão de Zanin e que buscará apontar os argumentos do Congresso Nacional ao STF pela via do devido processo legal.

Zanin afirmou ainda que cabe ao STF ter “um controle ainda mais rígido para que as leis editadas respeitem o novo regime fiscal”. Hoje, no país vigora o chamado arcabouço fiscal.

A crise entre os três Poderes vem aumentando desde o ano passado, após uma série de votações do tribunal em temas polêmicos, como o marco temporal, que tramita como projeto de lei, a descriminalização das drogas e a liberação do aborto para até 12 semanas após a concepção.

Entre os conflitos mais recentes entre STF e Congresso, o adiamento da análise de vetos presidenciais em abril deste ano causou irritação de Lira, e o clima entre o governo e a cúpula da Câmara dos Deputados não teve melhora. Também não há harmonia entre os comandos da Câmara e Senado.

O Senado também aprovou proposta que criminaliza porte e posse de drogas em reação ao STF, que voltou a julgar descriminalização do porte de drogas para uso pessoal. A votação, no entanto, já foi interrompida por pedido de vista pelo ministro Dias Toffoli.

Temas como a PEC que permitiria ao Congresso derrubar decisões do Supremo e a limitação de decisões individuais de ministros do Supremo também contribuíram para a progressão de desgastes entre as partes.

ZEMA DISSE QUE NÃO FOI CONVIDADO PARA ACOMPANHAR VISITA DE LULA EM MINAS GERAIS

História de JOSÉ MATHEUS SANTOS, RENATO MACHADO E VINICIUS LUIZ – Folha de S. Paulo

RECIFE, PE, BRASÍLIA, DF, E NOVA LIMA , MG (FOLHAPRESS) – A viagem do presidente Lula (PT) a Nova Lima (MG) criou uma guerra de versões entre o governo federal e o governador mineiro Romeu Zema (Novo), que alega não ter sido convidado para participar dos eventos.

O Governo de Minas afirma não ter recebido nenhum email formal por parte da Presidência da República convidando o governador mineiro, que é adversário político de Lula e potencial candidato ao Planalto em 2026.

Por outro lado, a Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) afirma que o evento é realizado pela empresa Biomm -e não pela Presidência-, que teria convidado Lula. Mesmo assim, o cerimonial da Presidência diz que entrou em contato com o gabinete do governador, que teria confirmado a ausência de Zema.

O Governo de Minas Gerais afirmou em nota que não houve nenhum convite, seja ele formal ou informal, para a participação de Zema. “Também não houve nenhum contato informal com a Secretaria Executiva do Governador para comunicação da agenda”, diz o governo estadual.

A Presidência da República, por sua vez, afirma que a Biomm enviou um convite para o gabinete do governador no dia 16 deste mês, ouvindo como resposta que Zema não poderia participar e que seria representado pela secretária-adjunta de Saúde, Poliana Lopes.

O cerimonial então afirma ter entrado em contato com o gabinete de Zema -rebatendo a versão do governador mineiro- e que foi confirmada a ausência dele no evento.

A reportagem procurou a empresa e aguarda resposta.

A situação se contrasta com a ida de Lula a Minas Gerais em março. Na ocasião, o presidente visitou Serra do Salitre, no interior do estado, e estava acompanhado de Zema. Em discurso, Lula chegou a dizer que não pergunta a governadores para qual time eles torcem no estado.

Lula tem afirmado publicamente que busca manter diálogo com todos os entes federados, mesmo aqueles mais ligados à oposição. Por isso busca convidar todos os governadores dos estados onde vai anunciar a obra.

Também tem adotado uma posição de evitar que seus apoiadores vaiem os governadores adversários. Em um caso recente, o presidente buscou parar as vaias à vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), se levantando e se colocando ao lado dela, enquanto ela discursava.

A mesma postura já havia sido adotada em viagem a Pernambuco, quando o público hostilizava a governadora Raquel Lyra (PSDB).

No ano passado, durante a sua live Café com o Presidente, Lula havia afirmado que pretendia ir a Minas Gerais e São Paulo com ou sem a presença dos governadores adversários, respectivamente Zema e Tarcísio de Freitas (Republicanos). Os eventos eram ligados ao governo federal, que emprestaria recursos para os projetos

“Eu quero ver se na outra semana eu consigo ir a Minas Gerais e a São Paulo, para discutir os investimentos do estado de São Paulo. Vamos tentar fazer um ato, vamos tentar a participação do governo do estado. Se [Tarcísio] quiser participar, se não quiser participar, a gente fará o ato do mesmo jeito”, afirmou, em agosto do ano passado.

“Mas, como nós somos civilizados, nós vamos fazer e convocar o governador, porque é importante ele estar, porque os compromissos que nós vamos assumir são com eles também. Se vamos emprestar dinheiro do governo federal, do BNDES, para fazer a ferrovia Campinas-São Paulo, nós queremos que o governador esteja presente, afinal de contas é o estado de São Paulo que vai fazer”, completou.

Essa é a terceira visita de Lula a Minas Gerais em 2024. Além de Serra do Salitre, o petista foi a Belo Horizonte em fevereiro para anúncios de investimentos do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no estado.

Dessa vez, Lula participa da cerimônia de inauguração da planta de produção de insulina da Biomm, em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte. O evento marca o início da produção do hormônio no país por uma empresa nacional e tem potencial para atender 1,9 milhão de pacientes, segundo o governo federal.

À tarde, o presidente visitou as instalações do Instituto Tecnológico de Aeronáutica, o ITA, e a sede da Embraer, ambas em São José dos Campos, no interior de São Paulo. No evento, foi inaugurado um alojamento estudantil com capacidade para 80 estudantes dentro do projeto de expansão do ITA.

 

STF JULGA PRESIDENTE DA CBF QUE TEM CONTRATOS COM EMPRESAS DE MINISTROS DO STF

História de MATHEUS TEIXEIRA – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O STF (Supremo Tribunal Federal) deverá julgar na próxima semana se mantém Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). A corte definirá se referenda a decisão do ministro Gilmar Mendes de suspender ordem do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) que havia afastado Ednaldo do comando da instituição.

Ao tomar a decisão, Gilmar atropelou o ministro André Mendonça, que havia em outra ação negado recurso que requeria o retorno do chefe da instituição ao cargo.

O presidente da confederação tem relação com o IDP (Instituto Brasiliense de Direito Público), faculdade de propriedade de Gilmar. A instituição de ensino assinou um contrato em agosto do ano passado para gerir todos os cursos oferecidos pela CBF.

O chefe da confederação também tem relação indireta com outro ministro: Ednaldo foi defendido na corte fluminense por Rodrigo Fux, filho do ministro Luiz Fux.

Por meio da assessoria, o STF informou que Fux não participará do julgamento, assim como o presidente da corte, Luís Roberto Barroso, por haver pessoas próximas deles que advogaram no caso.

Gilmar, por sua vez, não respondeu ao questionamento da reportagem sobre o contrato do IDP com a CBF e se isso pode impactar na decisão do Supremo. Barroso não quis comentar a atuação do colega.

Por meio de nota, a CBF afirmou que a “atividade principal da entidade não é educação e formação profissional” e por isso “entendeu ser mais eficiente compartilhar a gestão da operação dos cursos com uma instituição de ensino”.

A escolha do IDP, segundo a confederação, foi a reputação acadêmica e experiência em cursos a distância. “Nesse processo de definição da parceria, a CBF analisou propostas de diversas instituições de ensino”, diz o texto.

A CBF também afirma que a parceria foi firmada antes das decisões do TJ-RJ e do STF sobre Ednaldo.

O IDP não respondeu as perguntas da Folha de S.Paulo sobre o tema.

A previsão é que o IDP seja responsável por todas as formações oferecidas pela CBF e repasse mensalmente 16% do faturamento para a entidade futebolística. Um curso para tirar uma licença de técnico profissional de futebol, por exemplo, custa R$ 21,9 mil, com previsão de 450 horas de aula.

O contrato é para o IDP ficar à frente do braço da entidade intitulado CBF Academy, responsável pelos cursos. “O objeto do contrato abrange todos os serviços educacionais ofertados atualmente pela CBF, bem como novos cursos a serem lançados”, diz o documento.

Nesse caso, a faculdade de Gilmar tem que depositar para a CBF R$ 3,5 mil por matrícula no curso. O contrato é de dez anos e diz que a CBF Academy tem um portfólio de mais de 50 cursos e já certificou mais de 10 mil alunos.

O contrato é assinado pelo filho de Gilmar, Francisco Mendes, diretor do instituto, e por Ednaldo.

A instituição de ensino fica responsável por toda a gestão da CBF Academy, o que inclui seleção de professores, comercialização das aulas e curadoria dos cursos. O interesse da entidade, de acordo com o contrato, é ampliar a visibilidade dos cursos e melhorar o resultado do negócio.

Ednaldo foi destituído da CBF pelo TJ-RJ no início de dezembro, e a corte indicou o presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), José Perdiz, como interventor na entidade.

O tribunal fluminense afirmou que o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) não tinha legitimidade para ajuizar a ação do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) acordado com a CBF em 2022 que abriu caminho para a eleição de Rodrigues.

Em 22 de dezembro do ano passado, Mendonça rejeitou uma ação do PSD em favor do presidente da entidade sob o argumento de que a disputa decidida pela corte fluminense já foi “apreciada em cognição exauriente” em primeira e segunda instância e em inúmeras decisões.

“Nessa conjuntura, não vislumbro caracterizada, no presente momento, a presença dos requisitos capazes de justificar a concessão da medida de urgência”, afirmou o ministro do Supremo.

Ednaldo foi destituído da presidência da CBF em 7 de dezembro, e havia uma previsão de que novas eleições fossem convocadas em 30 dias.

Em 13 de dezembro, a presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Maria Thereza de Assis Moura, também negou um recurso por entender que não havia interesse público no pedido da CBF.

O ministro Gilmar Mendes, no entanto, tomou uma decisão na contramão do que tinha decidido seu colega André Mendonça em outra ação sobre o mesmo tema, movida pelo PCdoB.

O magistrado apontou que esportes são atividades que contêm interesse social e, por isso, o Ministério Público tem legitimidade para atuar na área, mesmo tratando-se de uma entidade privada.

A PGR (Procuradoria-Geral da República) enviou parecer ao STF pela manutenção de Ednaldo na CBF. Um dos argumentos foi o de que o imbróglio poderia ensejar a “suspensão da participação da seleção brasileira e dos times nacionais em competições” da Fifa (Federação Internacional de Futebol) e da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol).

Isso porque as entidades internacionais não reconheciam o interventor indicado pelo TJ-RJ para o cargo.

Gilmar Mendes seguiu a mesma linha. “Nessa situação, há risco de prejuízo iminente, uma vez que a inscrição de jogadores da seleção brasileira no torneio qualificatório para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, que deve ser ultimada até amanhã (5.1.2024), restaria inviabilizada”, afirmou.

A seleção masculina jogou o torneio pré-olímpico de futebol e não se classificou para Paris-2024.

 

PROTESTO POPULAR EM FRENTE AO HOTEL ONDE FOI REALIZADO FÓRUM PRIVADO COM PRESENÇA DE MINISTROS DO STF

 

História de VANDSON LIMA – Folha de S. Paulo

LONDRES, REINO UNIDO (FOLHAPRESS) – Um grupo de cerca de 25 apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve nesta sexta-feira (26) em frente ao Peninsula Hotel, em Londres, para protestar contra a presença de autoridades brasileiras em um evento que ocorre na capital inglesa. O principal alvo é o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Com bandeiras do Brasil, alto-falante e uma caixa de som, os manifestantes fizeram discursos contra as prisões decorrentes do ataque golpista aos prédios dos três Poderes em Brasília, em 8 de janeiro de 2023, e puxaram uma salva de palmas para o dono da rede social X (antigo Twitter), Elon Musk -exaltado por Bolsonaro e que travou embate recente com Moraes.

Os bolsonaristas -que colocaram na caixa de som e cantaram o Hino Nacional Brasileiro- também procuraram vincular o protesto à falsa alegação de que Moraes estaria sendo intimado pelo Congresso dos EUA a enviar documentos do inquérito das milícias digitais e decisões relacionadas ao X. Na verdade, o Comitê de Assuntos Judiciários da Câmara de Deputados dos Estados Unidos intimou a plataforma de Elon Musk.

“Fica a minha pergunta sobre o que eles estão fazendo aqui. É muito suspeita essa viagem agora, a portas fechadas, o que eles estão fazendo aqui, num hotel 5 estrelas. A gente nunca vai saber o que foi discutido ali dentro”, afirmou Alexandre Kunz, que estava à frente do protesto e diz morar há mais de dez anos na Inglaterra. Ele também bradou no alto-falante que o Brasil precisa de homens “com mais testosterona” para encarar Moraes.

Com a participação de três ministros do governo Lula (PT), dez autoridades do Poder Judiciário -incluindo três ministros do STF-, além do chefe da Polícia Federal, integrantes do Legislativo e o ex-presidente Michel Temer (MDB), o evento denominado “1º Fórum Jurídico – Brasil de Ideias” é fechado e sem transmissão aberta em vídeo.

Nesta sexta, a segurança foi amplamente reforçada, e o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair foi um dos palestrantes. Pessoas presentes ao encontro relataram à Folha que Blair falou sobre as futuras eleições nos EUA e no Reino Unido.

Ativista de questões relacionadas ao meio ambiente, Blair também teceu comentários sobre a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima. O Brasil organizará em 2025 a COP-30, em Belém.

O fórum é organizado pelo Grupo Voto, presidido pela cientista política Karim Miskulin, que em 2022, às vésperas da campanha eleitoral, promoveu almoço de Bolsonaro com 135 empresárias e executivas em São Paulo. O evento começou na quarta-feira (24).

A imprensa está impedida de acessar o evento e nesta sexta nem mesmo o acesso às áreas comuns do hotel foi permitido. A Folha apurou que dois andares do luxuoso hotel londrino foram reservados para os participantes –no total, 21 deles exercem funções públicas no Brasil. Nas mesas, há placas alertando os convidados de que é proibido fotografar, gravar ou editar falas dos participantes para matérias jornalísticas.

Os ministros do STF Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Dias Toffoli, bem como o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o senador Davi Alcolumbre (União Brasil), ex-presidente do Senado, devem ser responsáveis pelas falas de encerramento do encontro, que prevê ainda um tour.

Segundo participantes, no evento, Moraes foi laureado por “mérito jurídico” e Temer, por “mérito estadista”.

Karim Miskulin, presidente do grupo organizador do encontro em Londres, afirmou no início deste ano, sobre ato de Bolsonaro em São Paulo, que o ex-presidente, ainda que inelegível, “é o principal líder da direita brasileira”.

Organizador do evento, o Grupo Voto alegou que “o fórum é um evento privado”. O material de divulgação afirma que se trata de uma “missão internacional, perpetuando o espaço democrático e promovendo um diálogo construtivo em prol do avanço do Brasil”.

OS VERDADEIROS MOTIVOS QUE STEVE JOBS ESCOLHEU O NOME APPLE PARA A SUA EMPRESA

História de Viny Mathias – IGN Brasil

Verdadeiro motivo pelo qual Steve Jobs escolheu o nome Apple é mais estratégico do que você imagina

Verdadeiro motivo pelo qual Steve Jobs escolheu o nome Apple é mais estratégico do que você imagina© Fornecido por IGN Brasil

Apple se tornou a empresa de tecnologia mais valiosa e reconhecida do mundo. Fundada em 1º de abril de 1976, a escolha do nome tem uma origem curiosa que Steve Jobs explicou em um vídeo bastante antigo. Porém, a ideia original da empresa era diferente. Claro que não existe uma história homérica ou um grande motivo por trás do nome, mas é interessante saber os motivos.”Hackeando” a lista telefônica

No vídeo, gravado há mais de quarenta anos, vemos um Steve Jobs muito jovem dando uma entrevista. Questionado sobre o nome da Apple, ele responde o seguinte:

“Todo mundo estava escolhendo nomes como Matrix Electronics e todos os tipos de nomes. E decidimos chamá-lo de Apple Computer porque alguém sugeriu isso às cinco da tarde daquele dia. Em parte porque gosto muito de maçãs e em parte porque [o nome está] antes da Atarina lista telefônica e eu trabalhava na Atari.”

Steve Jobs gostou do nome Apple graças ao fato de aparecer na lista telefônica antes da Atari. Uma empresa em que ele trabalhou anos antes.

Poderíamos considerar isso um tipo de “tática primitiva de SEO”. Naquela época, muitos clientes localizavam empresas com base na lista telefônica (que era classificada em ordem alfabética dentro do seu setor). Então você procuraria empresas de computadores ou software começando com as letras de A a Z. O lógico é que todos os olhos estariam voltados para uma empresa chamada Apple ou Atari, em vez de, digamos, VoodooPC ou Zeus, que estariam no fim.

Além disso, a Apple está listada em bolsa com o nome AAPL, sendo uma das primeiras empresas que você vê quando decide investir, já que aparece no topo de tudo na lista, fazendo com que este símbolo de ação seja rapidamente reconhecido e assim fazendo muitos grandes riquezas sentem familiaridade com ele.

No início da era da internet, o modelo de diretório físico foi transferido para a web. Aqui os sites foram organizados por categorias e também em ordem alfabética. Porém, o modelo Google prevaleceu no início do século, oferecendo aos proprietários de sites a possibilidade de otimizar seu conteúdo para pesquisa seguindo determinadas práticas. Isso é o que há muito é conhecido como orientado a mecanismos de busca ou SEO, a otimização de resultados no Google.

Steve Jobs e maçãs

A realidade é que Steve Jobs gostava de maçãs. Na verdade, esta fruta desempenhou dois papéis fundamentais ao longo da sua vida anterior à Apple. O primeiro episódio envolve Robert Friedland, amigo de Steve Jobs que fundou uma comunidade hippie nos anos 70 chamada All One Farm. Seu tio o encarregou de um pomar de macieiras, onde criou um santuário de meditação e espiritualidade.

Na comuna podavam as árvores, colhiam maçãs, recolhiam lenha e faziam sidra. Jobs passou várias temporadas lá, participando da colheita de frutas e ajudando Friedland a construir a comuna, chegando até a instalar a elétrica do celeiro. Eventualmente, os idealistas abandonaram o local quando perceberam que Friedland o tinha transformado num negócio e não num retiro espiritual.(Imagem: Justin Sullivan/AFP)

Para Jobs, o nome Apple tinha uma utilidade prática e um aspecto emocional enraizado na sua personalidade. Na juventude, Jobs também ficou obcecado com sua dieta. A tal ponto que muitas vezes fiz dietas rigorosas de um só alimento durante semanas. Certa vez, ele comeu tantas cenouras durante várias semanas que sua pele ficou laranja, segundo Walter Isaacson em sua biografia.

E, claro, também seguia uma dieta baseada quase exclusivamente em maçãs. Foi nessa época de obsessão pela maçã que ele fundou a empresa que leva o nome desta fruta e um logotipo da Apple que evoluiu ao longo da sua história. Ou seja, foi um motivo prático/estratégico aliado a um lado sentimental que fez com que Steve Jobs desse o nome de Apple.

 

LEONARDO DA VINCI FOI UM POLIMATA CONHECIDO POR SUA HABILIDADE EM VÁRIAS ÁREAS DO CONHECIMENTO HUMANO

 

Fundação Caso

Leonardo da Vinci foi um polimata (capacidade de alcançar a excelência em várias áreas do conhecimento) italiano do Renascimento conhecido por sua habilidade em diversas disciplinas, como pintura, escultura, arquitetura, música, anatomia, engenharia e escrita. Além de suas conquistas nestas áreas, você também é atribuída a capacidade de escrever com ambas as mãos simultaneamente em direções opostas.

Esta habilidade única de Da Vinci de escrever com a mão esquerda e a direita ao mesmo tempo em direções opostas é conhecida como escrita especular. Isso significa que eu podia escrever da esquerda para a direita com uma mão enquanto escrevia da direita para a esquerda com a outra mão. Esta técnica permitia-lhe evitar manchar a tinta fresca enquanto escrevia ou desenhava, pois podia alternar entre ambas as mãos.

A escrita especular de Da Vinci é evidenciada em seus famosos cadernos de anotações, onde estão escritos em italiano e em espelho. Isso fascinou os estudiosos durante séculos, pois gerou teorias sobre sua possível intenção de esconder suas ideias ou proteger seu trabalho de ser facilmente compreendido por outros.

A capacidade de Da Vinci escrever com ambas as mãos em direções opostas é um testemunho da sua habilidade manual, coordenação motora e capacidade de dominar múltiplas tarefas simultaneamente.

Este talento excepcional é apenas mais uma amostra da genialidade e versatilidade de um dos artistas e cientistas mais influentes da história.

Leonardo da Vinci

Leonardo da Vinci é considerado um dos principais e mais completos artistas de todos os tempos.

Leonardo da Vinci é lembrado por ser um dos maiores gênios da história da humanidade. As suas contribuições ultrapassaram o ramo das artes e suas obras, como A Última Ceia e Mona Lisa, são algumas das pinturas mais famosas e reproduzidas de todos os tempos.

O artista é uma das figuras mais importantes da época do Renascimento – movimento de ordem artística, cultural e científica que ocorreu na Europa na passagem da Idade Média para a Idade Moderna (séculos XIV, XV e XVI).

Cientista e inventor, Da Vinci foi um homem à frente do seu tempo e realizou consideráveis estudos nas áreas de anatomia humana, escultura, óptica, matemática, arquitetura, engenharia civil, entre outras.

Tópicos deste artigo

    1 – Biografia de Leonardo da Vinci

    2 – Obra de Leonardo da Vinci

Biografia de Leonardo da Vinci

Ele nasceu em 15 de abril de 1452, na Vila de Vinci na Toscana, na Itália. Leonardo era filho da camponesa Caterina Lippi e do tabelião Piero da Vinci, que não eram casados. Foi educado por pessoas próximas, como a madrasta e a avó.

Vale destacar que, na verdade, Da Vinci não é o sobrenome de Leonardo. Usa-se essa denominação em razão de “Vinci” ser o nome do vilarejo onde ele nasceu, ou seja, é como se fosse “Leonardo da Vila da Vinci”.

Segundo estudos, ele tinha cabelos louros, olhos azuis, nariz aquilino e era canhoto. Quando jovem, muitos consideravam-no dono de uma incomparável beleza física. Porém, a imagem que a maioria guarda é do artista mais velho, como a do desenho feito por Cosomo Colombini em 1812.

Autodidata, Leonardo da Vinci passou a sua juventude na cidade de Florença, à época de efervescência cultural e artística. Depois, ele morou em Milão, Roma e, por fim, na França.

Desde sempre, ele registrava tudo em seus cadernos: rascunhos, pensamentos, emoções, planos e demais reflexões. Em algumas anotações, ele usava códigos.

Criativo ao extremo, o artista tinha especial habilidade para mesclar arte com ciência. Ele era, ao mesmo tempo, perfeccionista e procrastinador. Era vegetariano, por razões humanitárias.

Leonardo da Vinci morreu  em 2 de maio de 1519, aos 67 anos, em Cloux, na França. Foi enterrado na igreja de Saint-Florentin, em Amboise

Obra de Leonardo da Vinci

Nas suas pinturas, o artista aperfeiçoou o uso do sombreamento (sfumato) e, na escultura, fez uso da perspectiva para modelar objetos em superfícies bidimensionais e tridimensionais.

Nas artes plásticas, Da Vinci foi um dos primeiros italianos a usar a técnica de óleo sobre tela. Suas pinturas retratavam, geralmente, rostos e temas religiosos.

Ele produziu pouco mais que 30 obras. Nem todas foram concluídas, tais como A adoração dos magos, São Jerônimo no deserto e a Batalha de Anghiari. Ele deixou centenas de desenhos, esboços e páginas de notas.

A pintura Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, é uma das mais famosas do mundo.

Veja abaixo as principais obras de Leonardo da Vinci:

   Anunciação: 1475-1480

  Adoração dos Magos: 1481

    A última ceia: 1498

    Mona Lisa ou La Gioconda: 1503-1505

    A Virgem e o Menino com Santa Ana: 1510

    São João Batista: 1514

Além de escrever nos seus cadernos, Da Vinci também desenhava neles. Uma das suas anotações mostrava espelhos côncavos que concentrariam raios de luz a partir de diversos ângulos, o que ajudou no estudo da Óptica, ramo da Física. Outra contribuição para essa disciplina foi ter desenvolvido teoremas iniciais de inércia, ação/reação e força.

O artista era fascinado pela natureza: adorava observá-la, admirá-la e estudá-la para ganhar conhecimento. Apreciava as infinitas obras e as harmonias dos padrões. Ele dizia que um bom artista também deveria ser um bom cientista para melhor compreender e descrever a natureza.

Curioso, Da Vinci gostava de investigar acontecimentos como o funcionamento dos moinhos, os voos dos pássaros, entre outros. Em 1498, ele fez a primeira tentativa de uma máquina voadora para os homens.

O Homem Vitruviano é um dos desenhos mais conhecidos de Leonardo da Vinci.

Leonardo da Vinci tinha especial interesse pela anatomia humana. Ele passava noites inteiras em hospitais para entender o funcionamento do corpo. Fez diversos desenhos para ilustrar seus estudos, como de embriões, olhos, músculos e tecidos.

Outra de suas obras famosas é O Homem Vitruviano (1492), um desenho de uma figura humana com proporções perfeitas e com os braços e as pernas abertos dentro de um círculo e de um quadrado. Essa obra baseia-se em uma célebre passagem do arquiteto romano Vitruvius.

GESTORES DEVEM FICAR ATENTOS PARA O CLIMA ORGANIZACIONAL DA SUA EMPRESA

 

Karina Pelanda, Coordenadora de Recrutamento e Seleção da RH NOSSA

Gestores precisam ficar atentos com o clima organizacional

Em Blumenau, Santa Catarina, uma briga durante a confraternização de uma empresa em fevereiro mobilizou a Polícia Militar. Na ocorrência, alguns colaboradores iniciaram uma discussão e um dos envolvidos pegou a faca e atacou um colega. O incidente, apesar de extremo, chama a atenção para um tema que deveria estar no topo das prioridades de todas as empresas: clima organizacional.

Brigas e conflitos podem acontecer em ambientes de trabalho e essas situações envolvem vaidade, falta de comunicação e discussões desnecessárias. O estopim pode ter origem em divergências de opinião, competição interna e falhas de comunicação que causam o chamado ambiente ruim.

Segundo Karina Pelanda, Coordenadora de Recrutamento e Seleção da RH NOSSA, gestores precisam manter o clima organizacional em níveis elevados, ou seja, criar mecanismos para que a percepção coletiva dos colaboradores sobre o ambiente de trabalho seja bom:

“O clima influencia diretamente a produtividade, criatividade e integração entre colaboradores. Portanto, quando há um conflito em andamento, o gestor precisa agir rapidamente para sanar qualquer problema”.

Para a especialista, o clima positivo traz satisfação no trabalho, reduz a rotatividade e ajuda na saúde mental de todos os colaboradores. Já um clima ruim gera estresse, absenteísmo e tensão nos comportamentos, que gera menos produção.

Como descobrir possíveis insatisfações

Empresas precisam partir da observação do que acontece e pesquisa interna. Escutar os colaboradores, entender suas preocupações e manter o ambiente inclusivo são os primeiros passos para começar a criar um clima harmônico:

“A comunicação é base para qualquer relação saudável e se funciona em casa e em outros ambientes, no trabalho também vai surtir efeitos positivos. Ao identificar os primeiros sinais de que há algum conflito interno, a empresa precisa colocar em marcha um plano para resolução ágil, como mediação por uma terceira pessoa, de forma imparcial, para facilitar a resolução atendendo todos os interesses”.

Karina lembra do feedback, ferramenta que consegue promover a colaboração harmoniosa entre gestores e colaboradores:

“Diálogo e comunicação clara passa pelas ações de dar e receber feedbacks construtivos. Essa ação, somada com a valorização da diversidade interna, de pensamento e de cultura e políticas claras para resolução de conflitos são práticas que vão contribuir para melhorar o clima organizacional de qualquer empresa” conclui Pelanda.

PROPÓSITO DE MARCA: POR QUE É IMPORTANTE E COMO DEFINIR O SEU

INOVAÇÃO SEBRAE MINAS GERAIS

No mercado de hoje, os consumidores têm uma infinidade de opções na ponta dos dedos. Além disso, as pessoas estão mais próximas das marcas e sempre atentas às falhas e às características daquelas não compatíveis com as suas.

Se sua marca não representa algo, não defende uma causa ou tampouco você tenha clareza do motivo de ela existir, além de propiciar que você ganhe dinheiro, isso demonstra que você pode estar em apuros. É por isso que você precisa saber mais sobre propósito de marca.

Neste artigo, vamos explorar não apenas o que é o propósito de uma empresa, mas também como definir o seu e trabalhar para cumpri-lo.

O QUE É PROPÓSITO DE MARCA?

O propósito da marca é a razão para a marca existir além de possibilitar o ganho monetário. É o principal ou os principais motivos que levam as pessoas a trabalhar em torno dos objetivos da empresa.

Se você quer um propósito de marca realmente poderoso, ele precisa estar relacionado ao produto ou serviço em si. Por exemplo, caso atue no setor educacional, seu objetivo pode ajudar ativamente no aprendizado e na formação das crianças.

Um restaurante especializado em comida de alguma região também é um bom exemplo. Além de simplesmente oferecer refeições em troca de dinheiro, aquela empresa pode ter como propósito difundir a cultura, resgatar tradições e oferecer experiências típicas de certo lugar.

A IMPORTÂNCIA DO PROPÓSITO DE MARCA

O propósito da marca é importante porque mostra aos seus clientes que você não é identificado apenas por seus produtos, serviços ou campanhas publicitárias, isto é, essa visão extrapola. Você tem um objetivo que é maior do que apenas obter lucro.

Novos clientes são atraídos pela ideia de que seus gastos podem fazer mais do que apenas ajudá-los a adquirir bens e serviços – podem fazê-los sentir parte de um esforço maior. Assim sendo, criar o seu propósito geralmente faz a diferença não só para conquistar consumidores, mas para transmitir a eles o senso de que estão gastando com algo que importa e que combina com os próprios objetivos.

QUAL É A DIFERENÇA ENTRE VISÃO, MISSÃO E PROPÓSITO DE MARCA?

Na hora de fazer um planejamento estratégico, você provavelmente aprendeu a definir a Visão e a Missão de uma empresa. Outro ponto é que os valores de uma marca também são facilmente lembrados na hora de criar um negócio ou planejar o trabalho.

Mas e o propósito da marca? Onde entra nessa história? Vamos às diferenças entre cada um dos termos!

O propósito é o ‘por que’ você existe: a razão de ordem superior para ser uma marca ou empresa do que apenas ‘obter lucro’ ou ‘gerar valor para o acionista’.

Visão é ‘aonde’ você quer chegar: Este é o destino do que você quer que a marca ou a empresa seja no futuro (por exemplo, ‘Queremos ser o fornecedor líder mundial de X até 2030’).

Missão ou Missões da empresa são o ‘o que’ você deve fazer para chegar lá: podem ser iniciativas ou táticas específicas centradas no desenvolvimento de produtos, excelência operacional, estratégias de entrada no mercado ou comunicações de marca.

Os valores são o ‘como’ você gostaria de se comportar para alcançar o objetivo: Qual é a cultura organizacional de uma empresa ou organização? E quais são as qualidades ou o comportamento que valoriza: por exemplo, curiosidade, inclusão, diversidade de pensamento, etc.

COMO ENCONTRAR O PROPÓSITO DE MARCA

Se deseja definir seu propósito de marca ou criar um totalmente novo, você precisa ter certeza de que ele é autêntico, antes de mais nada.

Por exemplo, se o seu propósito centra-se na ética, é essencial que você demonstre integridade e credibilidade em todas as áreas do negócio – desde a contratação de pessoal até o fornecimento de material. Em um mundo no qual as notícias se tornam virais em questão de minutos, as empresas não podem se esconder dos escândalos e precisam minimizar esse risco, sendo genuínas.

ENTÃO, POR ONDE COMEÇAR O TRABALHO DE DEFINIR O PROPÓSITO DE MARCA?

A dica essencial é simples e direta. Veja o que o mundo precisa, o que seu cliente quer e o que você oferece. Seja honesto em relação à sua paixão como empresa, mas mantenha seu público-alvo e clientes em mente durante todo o processo. É uma ótima ideia aproveitar essa oportunidade para entender melhor, via pesquisa qualitativa, o que é importante para o seu cliente.

Além disso, não se esqueça do valor de sua equipe! Todos eles terão as próprias ideias sobre a marca e o que isso significa para eles.

Ao tentar descobrir o propósito da sua marca, pode ser tentador escolher um assunto popular como o “empoderamento feminino”, mas você precisa ser honesto sobre o que o inspira e partir daí.

Se o objetivo não corresponder ao seu produto ou serviço, ele não parecerá autêntico. Lembre-se: não precisa ser baseado em caridade, no desejo de mudar o mundo ou ser complexo demais.

Também é importante não entrar em pânico se você já tem um propósito de marca, mas percebeu que ele não combina com sua marca ou público. Basta mudá-lo! Os clientes esperam que as marcas cresçam e se modernizem, já que ter uma nova ideia é melhor do que continuar com uma inadequada.

COMO COMUNICAR O PROPÓSITO AO PÚBLICO?

Então, você decidiu o propósito da sua marca. Agora é hora de informar as pessoas sobre isso.

A maioria das marcas opta por não explicá-lo explicitamente, comunicando seu propósito de marca de forma que envolva e inspire o cliente, usando imagens e campanhas. Suas plataformas de comunicação de mídia, site e marketing impresso precisam ser consistentes e estar alinhadas buscando enviar a mesma mensagem.

Dependendo da sua estratégia e do tamanho do seu negócio, agora você pode começar a criar campanhas de marketing com base no seu objetivo. Slogans são uma ótima maneira de chamar a atenção das pessoas e mostrar a direção para qual você está indo.

Caso você represente uma empresa menor que não tem estrutura para criar grandes campanhas, o propósito da sua marca pode ser comunicado nas contas de mídia social e no ambiente do seu escritório.

Afora isso, lembre-se sempre de que ações valem mais do que palavras. Nesse caso, se definiu o seu propósito de forma honesta e verdadeira, você não terá problemas em mostrar no dia a dia do negócio a forma como ele é traduzido.

Já que estamos falando de propósito, que tal criar um Manual de Marca da sua empresa? Saiba como principais motivos que vão convencer você da importância de elaborar um manual de marca para o seu negócio.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

sexta-feira, 26 de abril de 2024

MULTAS DA LAVA JATO VÃO PARAR NO STF

 

História de LUCAS MARCHESINI – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O governo federal não deve chegar a um acordo com as empreiteiras para renegociar os acordos de leniência firmados no âmbito da Lava Jato. Com isso, a definição ficará para o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) André Mendonça, que deve dar mais 30 dias para que um acordo seja fechado.

Foi ele que determinou, em fevereiro, a abertura da renegociação, dando prazo de 60 dias para um acordo. O limite inicial é esta sexta-feira (26).

As empresas querem usar até 50% do seu prejuízo fiscal para abater as multas, enquanto a AGU (Advocacia-Geral da União) e a CGU (Controladoria Geral da União) ofereceram 30%.

Os prejuízos fiscais são definidos contabilmente quando a empresa antecipa o pagamento de tributos sobre um lucro que depois não se realiza. Quando isso ocorre, o governo permite que compensem o valor em futuros pagamentos de tributos.

As empreiteiras que discutem as multas com a União são Metha (antiga OAS), Novonor (antiga Odebrecht), UTC, Engevix, Andrade Gutierrez, Camargo Correa e Coesa. Juntas, elas devem R$ 11,8 bilhões em valores corrigidos.

A utilização do prejuízo fiscal no pagamento de multas de acordos de leniência é permitido por uma lei aprovada no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Usando essa lei, a BRF fechou um acordo com a CGU no fim de 2022 para pagar até 70% de uma multa de R$ 583,98 milhões usando créditos fiscais. O percentual é o teto permitido pela legislação.

A decisão de Mendonça determinando a reabertura das negociações foi dada em ação apresentada por PSOL, PC do B e Solidariedade, partidos representados na causa por integrantes do escritório de advocacia de Walfrido Warde, conhecido por posicionamentos críticos aos métodos da operação.

O ministro suspendeu, durante o prazo de discussão, qualquer multa em razão de eventual descumprimento das empresas das obrigações financeiras pactuadas.

Os partidos argumentaram ao STF que os pactos foram celebrados antes do acordo de cooperação técnica que sistematiza regras para a leniência e, por isso, seriam irregulares.

Em nota divulgada na ocasião, a corte afirmou que Mendonça ressaltou a importância dos acordos de leniência como instrumento de combate à corrupção e que a conciliação não servirá para que seja feito “revisionismo histórico”.

O magistrado disse, ainda segundo o comunicado, que o objetivo é assegurar que as empresas negociem com os entes públicos com base nos princípios da boa-fé, da mútua colaboração, da confidencialidade, da razoabilidade e da proporcionalidade.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, e o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas, com a abertura de prazo para a tentativa de repactuação.

As discussões de renegociação entre AGU, CGU e as empresas foram iniciadas em março.

O ministro da CGU, Vinicius de Carvalho, tem um escritório do qual está licenciado que atua para a Novonor em outra esfera. O VMCA atua para a empreiteira em assuntos concorrenciais, conforme revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Por isso, Carvalho se declara impedido de decidir em casos envolvendo a Novonor, assim como com outros clientes do escritório que fundou.

HOMEM COM BOMBAS MORRE AO ATACAR O STF

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