segunda-feira, 22 de abril de 2024

RÚSSIA ALERTA PARA O RISCO DE UM CONFRONTO NUCLEAR

História de Por Guy Faulconbridge – Reuters

Chanceler russo Sergei Lavrov em Moscou  6/3/2024 Alexander Zemlianichenko/Pool via REUTERS

Chanceler russo Sergei Lavrov em Moscou 6/3/2024 Alexander Zemlianichenko/Pool via REUTERS© Thomson Reuters

Por Guy Faulconbridge

MOSCOU (Reuters) – A Rússia disse nesta segunda-feira que o apoio militar de Estados Unidos, Reino Unido e França à Ucrânia levou o mundo à beira de um confronto direto entre as maiores potências nucleares do mundo que poderia terminar em uma catástrofe.

A invasão da Ucrânia pelo presidente Vladimir Putin em 2022 provocou a pior ruptura nas relações entre a Rússia e o Ocidente desde a Crise dos Mísseis de Cuba em 1962, de acordo com diplomatas russos e norte-americanos.

Apenas dois dias depois que os parlamentares dos EUA aprovaram bilhões de dólares em ajuda militar adicional à Ucrânia, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que os Estados Unidos e a Otan estavam obcecados com a ideia de infligir uma “derrota estratégica” à Rússia.

Lavrov afirmou que o apoio ocidental à Ucrânia estava colocando os Estados Unidos e seus aliados à beira de um confronto militar direto com a Rússia.

“Os ocidentais estão oscilando perigosamente à beira de um confronto militar direto entre potências nucleares, o que pode ter consequências catastróficas”, disse Lavrov em uma conferência em Moscou sobre não proliferação.

“Particularmente preocupante é o fato de que é a ‘troika’ dos Estados nucleares ocidentais que estão entre os principais patrocinadores do regime criminoso de Kiev, os principais iniciadores de várias medidas provocativas. Vemos sérios riscos estratégicos nisso, levando a um aumento no nível de perigo nuclear.”

Desde o início da guerra, a Rússia tem alertado repetidamente sobre o aumento dos riscos nucleares – alertas que os Estados Unidos dizem ter que levar a sério, embora as autoridades norte-americanas digam que não viram nenhuma mudança na postura nuclear russa.

Putin apresenta a guerra como parte de uma batalha secular contra um Ocidente decadente que, segundo ele, humilhou a Rússia após a queda do Muro de Berlim em 1989, ampliando a Otan e invadindo o que Moscou considera ser a esfera de influência histórica da Rússia.

A Ucrânia e seus apoiadores ocidentais dizem que a guerra é uma apropriação de terras no estilo imperial por uma ditadura corrupta que levará a Rússia a um beco sem saída estratégico. Os líderes ocidentais prometeram trabalhar para derrotar as forças russas na Ucrânia, ao mesmo tempo em que descartam qualquer envio de pessoal da Otan para lá.

 

90% DOS NOSSOS RECURSOS MONETÁRIOS SÃO COMPROMETIDOS COM GASTOS OBRIGATÓRIOS

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

O governo do presidente Lula da Silva deu sinais de que pode apoiar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trava ainda mais o Orçamento. De autoria do senador bolsonarista Carlos Portinho (PL-RJ), a PEC fixa um porcentual mínimo para destinação de recursos para a Defesa – 1,2% do Produto Interno Bruto no primeiro ano de vigência, com aumentos anuais até chegar a 2%. Estivesse em vigor, a chamada PEC da Defesa teria elevado o Orçamento da pasta para 2024 dos atuais R$ 126,6 bilhões para R$ 130,8 bilhões.

Já se sabe que Lula está ansioso para agradar às Forças Armadas e reconquistar a confiança dos militares, mas colaborar para engessar ainda mais a peça orçamentária é um péssimo caminho. A bem do País, o presidente deveria direcionar seus esforços no sentido diametralmente oposto, vale dizer, trabalhar por um Orçamento cada vez menos travado. Afinal, essa é uma distorção que, a um tempo, reduz sensivelmente a discricionariedade do próprio chefe do Poder Executivo federal e, o que é ainda pior, abastarda a democracia representativa ao interditar o debate público sobre a destinação dos recursos dos contribuintes. Obviamente, não se pode falar em debate algum quando o Orçamento já nasce com 90% dos recursos comprometidos com gastos obrigatórios e apenas 10% destinados aos chamados gastos discricionários.

Convém lembrar que “o Orçamento é o coração da democracia”, como bem sintetizou o ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco em uma de suas colunas publicadas por este jornal (O Orçamento público e a democracia, 28/11/2021). De fato, poucos atos da vida coletiva expressam com mais vivacidade a essência do regime democrático do que a discussão pública sobre os múltiplos desejos da sociedade e, principalmente, sobre os meios para materializá-los na peça orçamentária. Mais bem dito: uma democracia só estará plenamente consolidada quando a sociedade for livre e madura o bastante para elencar, por meio de seus representantes, as grandes prioridades nacionais, tendo como norte o bem comum. Em que pese o valor de cada um dos interesses sociais em jogo no debate público, dinheiro não brota do chão e, portanto, escolhas precisam ser feitas.

Deveria ser ocioso enfatizar que Lula da Silva – ou qualquer presidente –, a rigor, não tem de conquistar a simpatia ou a confiança dos militares, e sim manter com eles uma relação republicana e institucional. Portanto, as discussões sobre um eventual aumento de recursos para a Defesa deveriam se dar em razão das necessidades específicas do setor e em contraste com as necessidades de outros setores – porque, convém recordar, o dinheiro público é finito.

Ademais, no momento em que o próprio governo federal se vê em dificuldades para fechar as contas públicas, haja vista a recente revisão das metas de resultado primário para os próximos anos, é no mínimo contraditório, para não dizer temerário, expressar esse apoio a uma PEC que só tende a agravar a situação fiscal do País.

Não se discute aqui o mérito das demandas orçamentárias das Forças Armadas, assim como decerto são valorosos os pleitos por mais investimentos nas pastas da Saúde e da Educação, ou do Turismo, ou da Cultura – sempre haverá bons argumentos para investir em todas essas áreas e em tantas outras. A grande questão é que à sociedade não é dado nem sequer discutir essas alocações orçamentárias, uma vez que boa parte do dinheiro já está carimbada. Ao invés de contribuírem para a reversão desse cenário, governo e oposição se unem para agravá-lo ainda mais.

Com um Orçamento comprometido de forma avassaladora com os gastos obrigatórios – como o pagamento de salários do funcionalismo público, pensões e aposentadorias, além de benefícios sociais e privilégios setoriais que se perpetuaram ao longo do tempo –, sobra quase nada para a sociedade decidir onde e como investir. Ou seja, para definir melhor o seu próprio futuro.

A INOVAÇÃO É A REALIZAÇÃO DA CRIATIVIDADE QUE PODE SER POTENCIALIZADA

 

Por Vitor Nardelli, gerente-executivo do Centro de Competência Embrapii em Agricultura Digital

A inovação é a realização da criatividade. Tem na criatividade seu ponto de partida para a geração de novas ideias, soluções brilhantes para os problemas que enfrentamos ou para o lançamento de uma nova tecnologia no mercado. Mas como podemos potencializar a criatividade?

Em comemoração ao Dia Mundial da Criatividade e Inovação, no dia 21 de abril, destacamos o papel transformador do Centro de Competência em Agricultura Digital na promoção da inovação aberta.

O conceito de inovação aberta transcende as fronteiras tradicionais da pesquisa e do desenvolvimento, incentivando a colaboração entre diferentes setores e organizações. Esse modelo permite que empresas, instituições acadêmicas e centros de pesquisa compartilhem conhecimentos e recursos, acelerando o processo de inovação e trazendo soluções mais eficazes e eficientes para os desafios contemporâneos.

O Centro de Competência é um modelo de operação orientado ao desenvolvimento científico e tecnológico que promove a cooperação entre instituições de pesquisa e atores de diferentes setores econômicos. Esse modelo de operação visa ao fortalecimento e à ampliação de novos conhecimentos em áreas da fronteira tecnológica.

Uma das principais estratégias do Centro é a criação de uma associação tecnológica que envolve a colaboração com universidades, institutos de pesquisa e empresas. Por meio desta associação, as demandas consideradas prioritárias serão atendidas por meio de projetos de pesquisa. Esses projetos irão promover a formação de pessoas em PD&I, além de estimular a atração de startups para a associação ou até mesmo a criação de spin-offs. As startups aproveitarão o ambiente para desenvolver projetos em colaboração com empresas das associações tecnológicas e para criar demonstrações de tecnologia nos laboratórios de teste.

Ao mesmo tempo, os projetos voltados para a inovação serão adaptados e aplicados a outras áreas tecnológicas, envolvendo diferentes equipes de pesquisa industriais e acadêmicas. Essas atividades colaborativas promoverão um ciclo contínuo de desenvolvimento, a redução de riscos e custos em pesquisa e desenvolvimento, e o fortalecimento da competitividade industrial no Brasil.

Portanto, no Dia Mundial da Criatividade e Inovação, celebramos a iniciativa do Centro de Competência em Agricultura Digital como um exemplo de como a inovação aberta pode transformar a competitividade das empresas. Seu impacto vai além das fronteiras da cidade de Porto Alegre, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico regional e consolidando o Brasil como referência mundial em desenvolvimento de tecnologias para o setor agrícola.

STARTUP VALEON – CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES

Olá tudo bem?

Você empresário que já escolheu e ou vai escolher anunciar os seus produtos e promoções na Startup ValeOn através do nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace aqui da região do Vale do Aço em Minas Gerais, estará reconhecendo e constatando que se trata do melhor veículo de propaganda e divulgação desenvolvido com o propósito de solucionar e otimizar o problema de divulgação das empresas daqui da região de maneira inovadora e disruptiva através da criatividade e estudos constantes aliados a métodos de trabalho diferenciados dos nossos serviços e conseguimos desenvolver soluções estratégicas conectadas à constante evolução do mercado.

Ao entrar no nosso site você empresário e consumidor terá a oportunidade de verificar que se trata de um projeto de site diferenciado dos demais, pois, “tem tudo no mesmo lugar” e você poderá compartilhar além dos conteúdos das empresas, encontrará também: notícias, músicas e uma compilação excelente das diversas atrações do turismo da região.

Insistimos que os internautas acessem ao nosso site (https://valedoacoonline.com.br/) para que as mensagens nele vinculadas alcancem um maior número de visitantes para compartilharem algum conteúdo que achar conveniente e interessante para os seus familiares e amigos.

                                                             VOCÊ CONHECE A VALEON?

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A ValeOn é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso propósito é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a Valeon é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

Nos orgulhamos de tê-los como parceiros esse tempo todo e contamos com o apoio e a presença de vocês também agora em 2021.

O QUE OFERECEMOS E VANTANGENS COMPETITIVAS

  • Fazemos anúncios de publicidade para vários tipos de Empresas, Serviços e para Profissionais Liberais;
  • Temos excelente custo x benefício;
  • Nossos sites: (https://valedoacoonline.com.br/ e https://valeonnoticias.com.br/) têm grande penetração no mercado consumidor com um bom marketing fit que satisfaz esse mercado;
  • A nossa Plataforma Comercial ValeOn permite total flexibilidade de anúncios, promoções e de produtos, além de oferecer serviços de divulgação de Ofertas de Supermercados e de Veículos;
  • Os resultados são mensurados através de métricas diária/mensal;
  • O seu negócio estará disponível para milhares de Internautas através de uma vitrine aberta na principal avenida do mundo, 24 horas por dia, 7 dias da semana;
  • A sua empresa fica visível para milhares de pessoas que nem sabiam que ela existe;
  • Somos altamente comprometidos com os nossos clientes no atendimento de suas demandas e prazos e inteiramente engajados para aumentar as suas vendas.

Essa é uma forma de fortalecer nossa comunidade em torno de um propósito muito forte: despertar as pessoas para serem melhores e ajudarem a nossa comunidade empresarial para progredir cada vez mais com um comércio da região fortalecido e pujante.

A introdução da nossa Startup nessa grande empresa, vai assegurar modelos de negócios com métodos mais atualizados, inovadores e adaptáveis, características fundamentais em tempos de crise, porque permite que as empresas se reinventem para continuarem as suas operações.

Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (Wpp)

E-MAIL: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

sábado, 20 de abril de 2024

MINISTRO DO STF TORNA-SE PIVÔ DE OFENSIVA INTERNACIONAL

 

História de Bruno Lupion – DW Brasil

Alvo preferencial do bolsonarismo, ministro do STF também entrou na mira do empresário Elon Musk e republicanos trumpistas dos EUA. Ofensiva externa também já contou com apoio de representante da ultradireita alemã.

Moraes relata desde 2019 inquéritos no Supremo criados para investigar ameaças às instituições democráticas

Moraes relata desde 2019 inquéritos no Supremo criados para investigar ameaças às instituições democráticas© SERGIO LIMA/AFP

A ofensiva do dono do X (ex-Twitter), Elon Musk, contra decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinaram o bloqueio de contas na plataforma de acusados de ameaçar a democracia e o processo eleitoral brasileiro chegou ao Congresso dos EUA, com o apoio de republicanos aliados do ex-presidente Donald Trump.

movimento de Musk começou no dia 6 de abril, com uma série de mensagens no X nas quais o empresário acusou o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das milícias digitais no STF, de ser responsável por “censura” no Brasil e afirmar que a plataforma desbloquearia as contas, em desrespeito a decisões judiciais.

Se concretizada, a ameaça resultaria em altas multas para o Twitter no Brasil e a possibilidade de a plataforma ser bloqueada no país, mas não foi cumprida por Musk até esta sexta-feira (19/04). A pressão sobre o STF, no entanto, seguiu crescendo e ganhou novos contornos com a entrada da Comitê de Assuntos Judiciários da Câmara dos EUA no circuito.

O colegiado, presidido pelo deputado republicano Jim Jordan, enviou em 12 de abril uma ordem à matriz do X, nos Estados Unidos, para que entregasse uma cópia dos ofícios do STF que solicitavam o bloqueio de contas na plataforma – e justificou a determinação citando as próprias mensagens de Musk contra a corte brasileira.

Jordan é aliado próximo de Trump e apoiou ações para questionar o resultado das eleições presidenciais americanas de 2020, vencidas pelo democrata Joe Biden.

Nesta quarta-feira, o comitê divulgou um relatório de 541 páginas, entitulado O ataque à liberdade de expressão no exterior e o silêncio da administração Biden: o caso do Brasil, contendo os ofícios do Supremo brasileiro a respeito do bloqueio de cerca de 150 contas do X.

Por que Moraes é o alvo

Moraes começou acumular poder para atuar em casos envolvendo extremistas de direita a partir de março de 2019, no início do governo Jair Bolsonaro, quando o então presidente do STF, ministro Dias Toffoli, instaurou um inquérito para investigar notícias falsas e ameaças contra ministros da corte, e designou Moraes como relator.

Esse inquérito tem duas particularidades que o distanciam do procedimento normal no direito brasileiro. Em regra, cabe ao Ministério Público instaurar um inquérito, e não ao Judiciário. Além disso, o relator costuma ser definido por sorteio. Na época, Toffoli justificou a sua decisão com base em uma norma do regimento interno do STF que autoriza a abertura de inquéritos de ofício quando há infração à lei penal envolvendo a Corte, cuja interpretação abrangeu os seus ministros.

Moraes começou então a determinar operações de busca e apreensão e a receber provas e laudos policiais sobre bolsonaristas que promoviam e financiavam a distribuição de notícias falsas, colocando o ministro em posição privilegiada, já no início do governo Bolsonaro, para compreender e combater essas redes.

Musk, agora incluído no inquérito das milícias digitais, referiu-se a Moraes como

Musk, agora incluído no inquérito das milícias digitais, referiu-se a Moraes como© Slaven Vlasic/Getty Images/La Nacion/Ton Molina/picture alliance/dpa

Houve muito debate no meio jurídico sobre esse inquérito, e ele foi questionado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), até que o plenário do Supremo confirmou em 2020, por 10 votos a 1, a sua legalidade. Um segundo inquérito foi aberto naquele ano, para investigar a organização e o financiamento de atos antidemocráticos, e encerrado em 2021 – mas um novo inquérito foi aberto a partir dos indícios coletados pela Polícia Federal nas investigações. Esses inquéritos seguiram sob a relatoria de Moraes sob o argumento de que havia conexão entre eles.

O último inquérito vem sendo amplamente utilizado por Moraes até hoje para investigar pessoas envolvidas em atos antidemocráticos, como nos ataques golpistas em Brasília em 8 de janeiro de 2023. Um dia após a primeiras mensagens de Musk ameaçando desrespeitar as ordens judiciais de desbloqueio de contas no X, Moraes incluiu o dono do X como investigado nesse mesmo inquérito.

Desde agosto de 2022, Moraes também acumula o cargo de presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e nessa qualidade também tomou decisões que determinaram o bloqueio de contas no X com base em normas eleitorais, como a vedação à divulgação ou compartilhamento de “fatos sabidamente inverídicos ou gravemente descontextualizados que atinjam a integridade do processo eleitoral”.

Bolsonaristas no Parlamento Europeu

A recente investida contra Moraes de Musk – considerado um símbolo por Bolsonaro – deu munição a políticos do campo bolsonarista, que celebraram a divulgação do relatório do Comitê de Assuntos Judiciários da Câmara dos EUA e também levaram o assunto ao Parlamento Europeu.

Um comitiva de deputados federais bolsonaristas composta por Bia Kicis (PL-DF), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Gustavo Gayer (PL-GO), entre outros, foi na semana passada ao órgão máximo do Legislativo da União Europeia (UE), em Bruxelas, e reuniu-se com eurodeputados do grupo Conservadores e Reformistas Europeus (ECR), que tem 68 das 705 cadeiras do Parlamento Europeu.

Nos encontros, houve menções à “realidade autoritária do Brasil” e da “repressão total” que estaria sendo promovida pelo STF. Em seguida, o ECR afirmou, em um post no X, que considera os recentes desenvolvimentos no Brasil “assustadores” e que “não podemos deixar que o Brasil vire uma ditadura”.

Outra autoridade estrangeira que manifestou estar ao lado de Musk em sua investida contra Moraes é o presidente da Argentina, Javier Milei, um populista de direita.

Musk recebeu Milei na fábrica de carros elétricos da Tesla no Texas na sexta-feira passada e, durante o encontro, o argentino “ofereceu colaboração no conflito entre a rede social X no Brasil e o marco do conflito judicial e político no país”, segundo informou sua assessoria.

A ofensiva externa contra Moraes também conta com o apoio desde o ano passado da deputada federal alemã Beatrix von Storch, do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), de ultradireita. Em maio de 2023, durante uma missão oficial ao Brasil, ela afirmou que Moraes seria “o maior criminoso” do país, e que “o coração de todo totalitário se derrete ao ver o poder desse senhor”.

Durante a viagem ao país, ela encontrou-se com Eduardo Bolsonaro e referiu-se ao ex-presidente Bolsonaro como “portador da esperança dos conservadores brasileiros”. Numa visita anterior ao Brasil, em 2021, ela foi pessoalmente recebida por Bolsonaro.

Críticas a Moraes não partem apenas da extrema direita

O poder acumulado por Moraes na condução do inquérito das milícias digitais desperta críticas não somente de políticos da extrema direita, mas também de alguns especialistas em direito e de parte da sociedade que avaliam que o ministro estaria se excedendo e desrespeitando regras processuais.

Um motivo dessas contestações decorre da própria natureza do inquérito das milícias digitais, originado numa iniciativa do próprio Supremo, em vez de no Ministério Público. Por isso, decisões como a suspensão de perfis no X vêm sendo tomadas sem pedido anterior da Promotoria.

Outra crítica comum a Moraes é de que o escopo do inquérito das milícias digitais estaria sendo ampliado de forma excessiva. Um exemplo é a investigação sobre a falsificação do certificado de vacina de Bolsonaro, que foi realizada dentro do mesmo inquérito.

Também é apontado que o sigilo do inquérito das milícias digitais impede que a sociedade avalie se a suspensão de contas em redes sociais, sob o argumento de proteção de democracia, é justificada diante de outros princípios constitucionais, como o da liberdade de expressão.

Por fim, críticos também sublinham que as eleições presidenciais e a posse do atual governo federal, assim como os atos golpistas em Brasília, já ocorreram há mais de um ano, e que portanto já seria a hora de o Supremo concluir o inquérito das milícias digitais, e que eventuais crimes contra a ordem democrática fossem processados pelos caminhos mais usuais do sistema de Justiça, sob a iniciativa do Ministério Público.

Autor: Bruno Lupion

GARIMPEIROS ILEGAIS NAS TERRAS YANOMAMI FOGEM DA FISCALIZAÇÃO

Grupo foi flagrado durante ação da Operação Catrimani II, coordenada pelas Forças Armadas, na região do Rio Catrimani. Agentes destruíram acampamento e maquinários usados na extração ilegal.

Por Ailton AlvesYara RamalhoMarcelo Marques, g1 RR — Boa Vista

Garimpeiros ilegais em área aberta na Terra Yanomami. — Foto: Ronny Alcântara/Rede Amazônica

Garimpeiros ilegais em área aberta na Terra Yanomami. — Foto: Ronny Alcântara/Rede Amazônica

Garimpeiros ilegais que operam na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, fugiram após serem flagrados durante uma operação de combate ao garimpo no território. Imagens mostram um grupo correndo para a floresta e até escondendo o maquinário utilizado na extração ilegal.

A ação ocorreu na região do Rio Catrimani, um dos mais afetados pelo garimpo dentro do território, na última quinta feira (18). A fiscalização faz parte da Operação Catrimani II, coordenada pelas Forças Armadas, em conjunto com a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

As imagens mostram quando os agentes se aproximaram de uma área de garimpo em um helicóptero. Com a chegada deles, aos menos cinco invasores fugiram a pé para a floresta, deixando para trás a estrutura que alimenta a atividade ilegal, como motores que fazem a sucção de materiais do fundo do rio. Outros garimpeiros, no entanto, ainda resistiram e tentaram esconder o maquinário.

Garimpeiros fogem após serem flagrados na Terra Yanomami. — Foto: Ronny Alcântara/Rede Amazônica

Garimpeiros fogem após serem flagrados na Terra Yanomami. — Foto: Ronny Alcântara/Rede Amazônica

Os agentes ainda destruíram um acampamento utilizado como moradia por garimpeiros, montado na floresta. No local foram encontrados celulares e documentos de identificação, alguns de migrantes. Ninguém foi preso na ação.

De acordo com o diretor geral da Casa de Governo, que tem o objetivo de monitorar e enfrentar a crise, Nilton Tubino, o processo de atuação do garimpo mudou e isso impacta o monitoramento dele.

Inicialmente, os garimpeiros abriam áreas para extração, o que causava o desmatamento da floresta e, consequentemente, facilitava a localização deles. Agora, os grupos estão aprofundando as áreas que já estão desmatadas.

“O garimpo mudou um pouco a sua atuação. Antes, você monitorava muito pelo desmatamento que o garimpo fazia, para abrir novas áreas tinha que desmatar e isso ajudava [as forças] a fazer o monitoramento. Hoje a gente tem uma outra realidade com o garimpo: ele está aprofundando as cavas que já estão abertas”, explica o diretor geral.

Motor utilizado por garimpeiros ilegais na Terra Yanomami, em Roraima. — Foto: Ailton Alves/Rede Amazônica

Motor utilizado por garimpeiros ilegais na Terra Yanomami, em Roraima. — Foto: Ailton Alves/Rede Amazônica

Operação Catrimani II

Acampamento de garimpeiros ilegais na Terra Indígena Yanomami, em Roraima — Foto: Ailton Alves/Rede Amazônica

Acampamento de garimpeiros ilegais na Terra Indígena Yanomami, em Roraima — Foto: Ailton Alves/Rede Amazônica

Segundo o chefe do Estado-Maior da operação, contra-almirante Luis Manuel de Campos Mello, a fase atual dela se concentra no ataque à infraestrutura do garimpo, além da construção de bases de apoio que devem dar suporte às operações. Elas também vão dar apoio às equipes de saúde.

Com 9,6 milhões de hectares, a Terra Yanomami é o maior território indígena do Brasil em extensão territorial e enfrenta uma crise sem precedentes, com casos graves de indígenas com malária e desnutrição severa.

O território fica na floresta Amazônica e é uma região de difícil acesso, sendo possível chegar por meio de aviões e helicópteros e, em poucas comunidades, em embarcações. Por conta da logística, o apoio das ações é feito de forma aérea, principalmente com o uso de helicópteros.

“Os desafios logísticos são enormes porque na Terra Indígena Yanomami não tem estradas. Os rios nessa época do ano não são navegáveis, eles tem muitas pedras, muitas cachoeiras e basicamente todo o apoio que é realizado é por via aérea”, explica o contra-almirante Campos Mello.

Área destruída pelo garimpo ilegal na região do Rio Catrimani, na Terra Yanomami. — Foto: Ailton Alves/Rede Amazônica

Área destruída pelo garimpo ilegal na região do Rio Catrimani, na Terra Yanomami. — Foto: Ailton Alves/Rede Amazônica

Na quarta-feira (17), a PF prendeu duas pessoas suspeitas de enviar mantimentos e armas de fogo para as áreas de garimpo, em Roraima. Mais de R$ 25 milhões de bens e valores também foram bloqueados pela Justiça.

Foram cumpridos ainda cinco mandados de busca e apreensão na capital Boa Vista e nas cidades de Salvador e Serrinha, ambas na Bahia. As investigações indicaram que um grupo atuava no garimpo e vendia o ouro extraído no local para outros estados brasileiros. O mineral era transportado em carretas.

Para combater o garimpo ilegal na região, a PF atua de duas formas:

  • realizando incursões para identificar áreas de garimpo ilegal e desativá-las, mediante a destruição de equipamentos e maquinários utilizados na atividade ilegal;
  • conduzindo investigações para identificar pessoas que estão financiando e atuando na atividade de garimpagem ilegal.

“É importante porque quando há um ataque em determinada área, [o garimpo] deixa de atuar naquele momento, naquele período, porque o maquinário que estava sendo empregado acaba sendo destruído”, explica Caio Luchini, delegado regional de polícia judiciária da Polícia Federal.

Agentes da Polícia Federal em atuação na Terra Yanomami. — Foto: Ailton Alves/Rede Amazônica

Agentes da Polícia Federal em atuação na Terra Yanomami. — Foto: Ailton Alves/Rede Amazônica

A primeira fase da Catrimani foi criada através da portaria nº 263 do Ministério da Defesa e permitiu a entrega de 15 mil cestas básicas no território. A nova fase da operação deve seguir até o dia 31 de dezembro deste ano.

De acordo com o Ministério da Defesa, 800 militares das Forças Armadas foram mobilizados para as ações de enfrentamento ao garimpo ilegal na Terra Yanomami, nas áreas do Amazonas e Roraima, durante a operação.

Terra Indígena Yanomami

A Terra Yanomami está em emergência de saúde desde janeiro de 2023, quando o governo federal começou a criar ações para atender os indígenas, como o envio de profissionais de saúde e cestas básicas. Além de enviar forças de segurança a região para frear a atuação de garimpeiros.

Mesmo com o enfrentamento, um ano após o governo decretar emergência, o garimpo ilegal e a crise humanitária permanecem na região.

O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) estima que cerca de sete mil garimpeiros ilegais continuam em atividade no território. O número de invasores diminuiu 65% em um ano, se comparado ao início das operações do governo federal, quando havia 20 mil invasores no território.

Área degrada pelo garimpo. — Foto: Ailton Alves/Rede Amazônica

Área degrada pelo garimpo. — Foto: Ailton Alves/Rede Amazônica

LEIA TAMBÉM:

Em março deste ano, 600 indígenas, entre pacientes e acompanhantes, estavam vivendo na Casa de Saúde Indígena Yanomami (Casai), na capital Boa Vista. O local recebe os indígenas que estão com doenças mais graves e precisam receber atendimento de saúde dos hospitais na capital.

No dia 4 de abril, o Instituto Socioambiental em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou um estudo que mostra que indígenas de nove comunidades da Terra Indígena Yanomami têm alto nível de contaminação por mercúrio. A pesquisa aponta que 94% dos indígenas que participaram da pesquisa estão contaminados pelo metal pesado.

Para tratar à contaminação de indígenas por mercúrio, o governo realizou a capacitação de 29 profissionais de saúde no Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami com o curso de Atualização Profissional em Vigilância e Monitoramento de Populações Expostas ao Mercúrio no Brasil.

Além disso, constituiu um grupo de trabalho no Ministério da Saúde para elaborar o Plano Estratégico para Medidas de Atenção, Vigilância e Promoção Integral à Saúde das Populações Expostas e Potencialmente Expostas ao Mercúrio (GT-Mercúrio)

Também iniciou o projeto transversal entre os ministérios da Saúde e do Meio Ambiente e Mudança do Clima denominado Projeto de Monitoramento Ambiental no Território Indígena Yanomami e Alto Amazonas para avaliar a presença de Substâncias Químicas de Interesse (SQI) da atividade de garimpo com uso de mercúrio em rios da bacia Amazônica e propor ações corretivas ou preventivas. O projeto analisa 41 pontos, sendo 26 dentro da terra Yanomami.

Também tratará o risco de contaminação por mercúrio, os projetos de aquicultura a cargo do Ministério da Pesca e Aquicultura, com orçamento previsto de R$14 milhões. A iniciativa está alinhada a estratégia de segurança alimentar dos indígenas e à proteção dos impactos de pescado contaminado.

 

PLENÁRIO DO STF VAI JULGAR SUSPENSÃO DO WHASAPP OCORRIDA EM 2016

 

História de CAÍQUE ALENCAR – Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O ministro Flávio Dino levou ao plenário do STF o julgamento de uma decisão que desbloqueou o WhatsApp no Brasil mesmo após o aplicativo ter sido acusado de violar decisões judiciais.

O caso estava em análise no plenário virtual, mas teve um pedido de destaque de Dino. Agora, o julgamento obrigatoriamente deve ser concluído no plenário físico da Corte.

Moares e Fachin votaram a favor de liminar de Lewandowski que derrubou bloqueio de 72 horas do WhatsApp. O caso ocorreu em 2016, quando a plataforma saiu do ar no Brasil após determinação da Justiça de Sergipe. À época, o WhatsApp foi acusado de não cumprir decisões judiciais para contribuir com a investigação do tráfico de drogas pelo crime organizado no estado.

Lewandowski defendeu que o bloqueio abrangente do aplicativo prejudicaria todos os brasileiros. Na ocasião, ele ainda estava no STF e, ao acolher recurso do Cidadania, argumentou que tirar o WhatsApp do ar em um caso como esse foi uma medida “desproporcional”. Hoje, Lewandowski é ministro da Justiça do governo Lula.

“Ora, a suspensão do serviço do aplicativo WhatsApp, que permite a troca de mensagens instantâneas pela rede mundial de computadores, da forma abrangente como foi determinada, parece-me violar o preceito fundamental da liberdade de expressão aqui indicado, bem como a legislação de regência sobre o tema”, afirma Lewandowski.

Julgamento do mérito do caso é analisado desde 2020. Naquele ano, Fachin votou pela inconstitucionalidade de bloqueios de aplicativos e chegou a ser acompanhado por Rosa Weber, nesta sexta-feira (19) aposentada. A análise, porém, foi suspensa após pedido de vista de Moraes, que fez a devolução em março do ano passado. O mérito ainda aguarda ser pautado por Luís Roberto Barroso, presidente do STF.

WhatsApp foi obrigado a informar endereços de criminosos. A decisão judicial da Justiça de Sergipe determinou que o aplicativo revelasse os endereços de onde os traficantes trocavam mensagens. Mas a plataforma disse que não tinha essas informações, já que não armazena esses dados, e só possuía o número dos telefones.

ELON MUSK VOLTA A ATACAR O MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES

 

História de CdB – Correio do Brasil

O bilionário norte-americano reproduz, em seu perfil na rede social, uma publicação do jornalista norte-americano Michael Shellenberger no caso hoje conhecido como ‘Twitter Files’. A mensagem é mais um caminho percorrido na rota de colisão com Moraes, confrontado sobre bloqueios de contas no âmbito do inquérito que apura a existência das milícias digitais.

Por Redação – de Brasília

Em um novo ataque do empresário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter) ao ministro Alexandre de Moraes, nesta sexta-feira, o alvo foi novamente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Agora, Musk o acusa de interferir nas eleições de 2022.

O ministro Alexandre de Moraes é o relator do caso no STF sobre as notícias falsas distribuídas pela rede X (ex-Twitter)

O ministro Alexandre de Moraes é o relator do caso no STF sobre as notícias falsas distribuídas pela rede X (ex-Twitter)© Fornecido por Correio do Brasil

O bilionário norte-americano reproduz, em seu perfil na rede social, uma publicação do jornalista norte-americano Michael Shellenberger no caso hoje conhecido como ‘Twitter Files’. A mensagem é mais um caminho percorrido na rota de colisão com Moraes, confrontado sobre bloqueios de contas no âmbito do inquérito que apura a existência das milícias digitais, no país.

Após os ataques de Musk, o STF reagiu ao relatório de congressistas do Partido Republicano dos Estados Unidos, sobre o suposto caso de censura nas redes sociais norte-americanas que se instalaram no Brasil. Na véspera, a Comissão de Assuntos Judiciários da Câmara dos Representantes divulgou 90 despachos do STF determinando ao X (ex-Twitter) a remoção de conteúdos de perfis bolsonaristas.

Resposta

Tanto no Brasil quanto nos EUA, as forças de ultradireita se apoiaram no documento divulgado pelo empresário para alegar que a retirada de conteúdo e a suspensão de perfis se deu de maneira arbitrária, violando o processo legal. O STF, porém, destaca que o relatório não trata “das decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis, mas sim dos ofícios enviados às plataformas para cumprimento da decisão”.

Na nota da Suprema Corte, fica estabelecida uma comparação de cunho didático. 

“É como se tivessem divulgado o mandado de prisão (e não a decisão que fundamentou a prisão). Ou o ofício para cumprimento do bloqueio de uma conta (e não a decisão que fundamentou o bloqueio)”, pontua a resposta assinada pelo presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso. Ele reafirma, adiante, que “todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição”. Além disso, reiteraram que “as partes, as pessoas afetadas, têm acesso à fundamentação”.

Bolsonaristas

Autor dos pronunciamentos, no Congresso norte-americano, o deputado Jim Jordan (Ohio), é o presidente da Comissão de Assuntos Judiciários da Câmara e recebeu o dossiê a partir da rede social de Musk.

Jordan é apontado, no relatório que investigou a tentativa de golpe nos Estados Unidos, em 6 de janeiro de 2021, como “um ator significativo nos esforços do presidente Trump”. Trata-se, portanto, de um legítimo representante da extrema-direita dos EUA e um dos “ídolos” dos bolsonaristas.

É o deputado quem assina o documento, intitulado ‘O ataque à liberdade de expressão no exterior e o silêncio do governo Biden: o caso do Brasil’. O parlamentar aponta, sem as provas necessárias, a existência de “censura” como instrumento para combater o chamado discurso de “ódio”. E diz que, no Brasil, esse tipo de “censura” partiria principalmente do Judiciário.

Jordan afirma, ainda, que Musk tem enfrentado críticas e ataques de governos de todo o mundo, incluindo os Estados Unidos, por supostamente se colocar na luta contra a censura. E cobra medidas do Congresso estadunidense para proteger a liberdade de expressão.

Perfis

O relatório endossado pela comissão do Câmara dos Representantes revela também uma série de crimes praticados pela milícia digital bolsonarista. A retirada dos conteúdos e suspensão dos perfis decorreram de pedidos da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E receberam o aval do ministro Alexandre de Moraes, presidente da corte eleitoral. Outras decisões partiram do próprio STF.

Os documentos revelam, por exemplo, que o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos acessou ilegalmente o número de celular do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e tentou telefonar para ele durante uma transmissão ao vivo, pela internet.

O relatório também aborda o caso de uma notícia falsa que as milícias bolsonaristas divulgaram, às vésperas do 8 de Janeiro. As postagens relatavam falsamente a morte de uma idosa nas dependências da Polícia Federal (PF). Para tanto, utilizaram uma foto retirada de um banco de imagens. Como resultado, Moraes determinou o bloqueio do perfil no Twitter da Ordem dos Advogados Conservadores do Brasil (OACB), que disseminou a mentira.

Maracutaia

Outra decisão de Moraes atingiu o influenciador Bruno Aiub, conhecido como Monark. Ele teve os canais em que atuava, nas redes sociais, bloqueados ainda em janeiro de 2023, no âmbito do Inquérito que apura responsabilidades pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Em textos e vídeos, Monark fez reiterados ataques às urnas eletrônicas e ao ministro Alexandre de Moraes.

“A gente vê o TSE censurando gente, a gente vê o Alexandre de Moraes prendendo pessoas, você vê um monte de coisa acontecendo, e, ao mesmo tempo, eles impedindo a transparência das urnas? Você fica desconfiado, que maracutaia está acontecendo nas urnas ali?”, disse o influenciador, sem apresentar qualquer prova, em seu canal no Rumble, ainda durante as eleições presidenciais passadas.

MINISTRO DO STF ESPERA QUE A REFORMA TRIBUTÁRIA REDUZA A QUANTIDADE DE CONFLITOS EM RELAÇÃO AOS IMPOSTOS

História de EDUARDO CUCOLO – Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes afirmou esperar que a reforma tributária reduza a quantidade de conflitos em relação aos impostos e contribuições sobre o consumo.

O magistrado mostrou concordância com diversos pontos da emenda que alterou a Constituição. Inclusive afastando o entendimento de que a reforma fere o pacto federativo.

Em evento organizado pelo Ciesp (Centro das Indústrias de SP) nesta sexta (19) na capital paulista, ele afirmou que a reforma instaura uma nova forma de federalismo, que exigirá uma maior cooperação entre os entes.

“Desde a promulgação da Constituição de 1988, o Pacto Federativo Brasileiro tem passado por alterações. A mais significativa é a reforma tributária aprovada em 2023, que reescreve o conceito clássico de competência tributária, ao substituir as atribuições mais importantes dos entes subnacionais por um modelo compartilhado, gerido por um comitê gestor”, afirmou o ministro.

Mendes destacou a importância das discussões que devem se iniciar no Congresso sobre a regulamentação da reforma e disse que a finalidade das mudanças é simplificar a apuração, fiscalização, recolhimento dos tributos e o cumprimento das obrigações acessórias. Disse ainda que todo pagamento de tributo gerará créditos, o que evita a ocorrência de resíduos tributários na cadeia produtiva.

“A reforma tributária, indubitavelmente, tem o condão de diminuir a quantidade de conflitos. Assim espero.”

O magistrado destacou como pontos positivos a unificação da base de tributação -mesma carga para bens e serviços-, afirmando que a divisão entre indústria, comércio e serviços para fins de definição da competência tributária instituída há 50 anos não faz sentido diante da evolução da economia digital e das novas tecnologias.

Para ele, o Brasil segue uma tendência global, pois o sistema de tributação do valor agregado é adotado em mais de 170 países.

“Esperamos que a reforma constitucional aprovada traga mais simplificação, segurança jurídica, federalismo de cooperação e crescimento econômico”, afirmou o ministro.

Mendes participou de seminário sobre a reforma realizado pelo Departamento Jurídico do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e pela Escola Superior da AGU (Advocacia-Geral da União).

No mesmo evento, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), pré-candidata à prefeitura de São Paulo, falou sobre sua participação no grupo de trabalho da reforma, quando sugeriu as emendas que resultaram nos artigos que tratam da questão ambiental, e também sobre o impacto econômico da mudança no sistema tributário.

“As perdas que a gente pode ter no curto prazo, são rapidamente compensadas com os ganhos de médio e longo prazo. Isso é verdade para São Paulo, para o estado como um todo, isso é verdade do Brasil”, afirmou.

“Quando a gente simplifica o sistema, deixa as regras mais claras para todo mundo, isso traz investimento, traz mais segurança, traz mais desenvolvimento econômico.”

 

PEQUISAS APONTAM CRESCIMENTO DO SETOR DE FRANQUIAS

 

Thomas Irigaray – CEO da White Clinic

Pesquisas apontam crescimento do setor de franquias, onde as áreas de saúde, beleza e bem-estar estão em destaque

O ramo de odontologia mostra um crescimento notável. Isso ocorre, porque além da demanda desses serviços, as franquias apresentam uma estrutura padronizada de atendimento, o que gera confiança e atrai pacientes. Segundo a ABF, o franchising brasileiro registrou um aumento de 11,4% no faturamento no terceiro trimestre de 2023. Segundo o levantamento, a receita total passou de R$56,256 bilhões para R$62,676 bilhões, comparado com o mesmo período do ano anterior.

O Brasil é o quinto mercado de franquias do mundo, com um aumento significativo nos últimos dez anos. Em 2023, o crescimento foi de 17,5% e um faturamento de R$55,6 bilhões. Além disso, é também o terceiro país que mais consome procedimentos estéticos no mundo, o que reflete a busca pelo bem-estar e cuidados pessoais, influenciando a expansão de franquias, sendo uma boa oportunidade para empreendedores e grande avanço para consumidores que buscam os serviços.

O modelo de franquias é um investimento seguro para quem busca o primeiro negócio. De acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), em 2021, a taxa de mortalidade das franquias foi de 5,5%. Thomas Irigaray é CEO da White Clinic, franquia que oferece serviços da área odontológica, que com apenas 4 anos de mercado obteve um faturamento de 15 milhões de reais.  Seu negócio, já no primeiro mês de inauguração, faturou acima de 100 mil reais, com uma média de 800 mil reais por mês em três unidades. A meta para 2024 é atingir 50 unidades vendidas com  estimativa de faturamento da rede em  20 milhões.

O setor de franquias brasileiras, sobretudo ligados à área de saúde, atrai profissionais que almejam empreender, mas não possuem experiência em como administrar uma empresa. Por isso, Thomas afirma que o melhor caminho para o sucesso é investir tempo em gestão de pessoas e ter um conhecimento avançado sobre marketing e vendas. O empresário também ressalta que é importante montar um planejamento anual com metas claras, que envolve tanto o faturamento, quanto o tempo livre e cuidados com saúde física e mental.

O modelo de franquia para a área da odontologia pode ser interessante também pela quantidade de profissionais atuando no país, já que, de acordo com o Conselho Federal de Odontologia, o Brasil conta com mais de 390 mil cirurgiões-dentistas em atividade, o que mostra a efetividade do modelo que está em ascensão em empregar pessoas e consolidar empresas.

REPELENTES CONTRA A DENGUE RECOMENDADOS PELA ANVISA

 

História de Redação – Catraca Livre

Mosquito da dengue pode picar por cima da roupa? Estudo faz descoberta.

Um estudo feito pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), em Minas Gerais, aponta que o mosquito Aedes Aegypti pode picar até mesmo por cima da roupa. A pesquisa indica que o tamanho do aparelho bucal das fêmeas, vetores da doença, facilitam a contaminação sob tecidos.

Com 1,8 milhão de casos, o Brasil se aproxima de viver a maior epidemia de dengue da história. Em meio ao aumento de registros em vários estados, destaca-se a importância do uso de repelente, que se dividem em duas categorias: os aplicados na pele e os destinados ao ambiente. Contudo, é importante entender a eficácia e o modo de usar o repelente adequado ao mosquito.

Segundo informações divulgadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o uso de produtos repelentes de insetos que contenham o ingrediente DEET não é permitido em crianças menores 2 (dois) anos.

Já em crianças de 2 (dois) a 12 (doze) anos de idade, o uso de DEET é permitido desde que a sua concentração não seja superior a 10%, restrita a apenas 3 (três) aplicações diárias, evitando-se o uso prolongado.

Além disso, os especialistas reforçam que os repelentes de insetos devem ser aplicados nas áreas expostas do corpo, conforme a norma vigente de Cosméticos, a RDC 19/2013. Portanto, o produto só deve ser aplicado nas roupas se houver indicação expressa na arte de rotulagem.

A importância dos repelentes contra a dengue: funções e tipos

Os inseticidas são indicados para matar os mosquitos adultos. Encontrados principalmente em spray e aerossol, eles possuem substâncias ativas que matam os mosquitos, além de solubilizantes e conservantes. Enquanto os repelentes, por sua vez, comercializados na forma de espirais, líquidos e pastilhas utilizadas, por exemplo, em aparelhos elétricos, apenas afastam os mosquitos do ambiente. Eles são comercializados na forma de espirais, líquidos e pastilhas utilizadas, por exemplo, em aparelhos elétricos.

Os repelentes em aparelhos elétricos ou espirais não devem ser utilizados em locais com pouca ventilação nem na presença de pessoas asmáticas ou com alergias respiratórias. Podem ser colocados em qualquer ambiente da casa, desde que estejam, no mínimo, a dois metros de distância das pessoas.

Os equipamentos que emitem vibrações, CO2 ou luz, e também plantas e sementes que funcionariam como atrativos para os mosquitos ou equipamentos com outras tecnologias não são considerados saneantes passíveis de regularização junto à Anvisa.

Os inseticidas chamados “naturais”, à base de citronela, andiroba, óleo de cravo, entre outros, não possuem comprovação de eficácia. Ou seja, as velas, os odorizantes de ambientes e incensos que indicam propriedades repelentes de insetos não estão aprovados pela Agência. O óleo de neem, que possui a substância azadiractina, é aprovado pela Anvisa para uso em inseticidas, mas o produto deve estar registrado.

ORAÇÃO PROFÉTICA DE UM PASTOR DOS EUA

  Brasil e Mundo ...