quarta-feira, 17 de abril de 2024

SENADO APROVA PEC QUE PUNE QUALQUER QUANTIDADE DE DROGA EM ENFRENTAMENTO AO STF

 

História de Levy Teles – Jornal Estadão

BRASÍLIA — O Senado aprovou, nesta terça-feira, 16, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que criminaliza o porte de drogas, em mais uma reação protagonizada pela Casa ao Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte analisa um processo sobre o tema com entendimento contrário ao texto votado pelos senadores.

A PEC incorporará à Constituição artigo considerando tanto a posse como o porte de drogas ato ilícito em qualquer quantidade como crime. Caberá ao policial, segundo emenda de autoria de Rogério Marinho (PL-RN), distinguir a pessoa entre usuário e traficante. A Casa fez a votação em dois turnos no mesmo dia. Na primeira votação, foram 53 a favor e 9 contra; na segunda, 52 a 9. Agora, a matéria irá à Câmara dos Deputados.

O relator da PEC das Drogas, Efraim Filho (à esq.) conversa com autor da proposição, Rodrigo Pacheco, presidente do Senado. Foto: Wilton Junior/Estadão

O relator da PEC das Drogas, Efraim Filho (à esq.) conversa com autor da proposição, Rodrigo Pacheco, presidente do Senado. Foto: Wilton Junior/Estadão© Fornecido por Estadão

Com a diferenciação feita, a PEC abre a possibilidade de o usuário receber penas alternativas à prisão e tratamento contra dependência para os usuários. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é autor da proposição.

É mais uma derrota que o Senado impõe ao PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Isso também aconteceu, por exemplo, nos casos projetos de lei do marco temporal e da “saidinha”, já aprovados pelo Congresso Nacional. O PT orientou voto contrário à proposta e ficou isolado. Formalmente, o governo liberou a bancada. “O governo não orienta porque é uma questão praticamente de consenso”, argumentou Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo. Ele firmou que votaria individualmente contra.

O PDT e o PSB, os partidos mais fiéis aliados da base governista, seguiram caminho contrário e orientou voto favorável à PEC. Acompanharam o voto favorável das siglas o PSD, o PL, o União, o PP, o Republicanos, a oposição e a minoria. O MDB e a maioria liberaram a bancada.

Petistas dizem que haverá uma superlotação de prisões com o endurecimento das regras. “Transferir para terceiros, um agente público, se aquele cidadão é traficante ou dependente, é gerar um sistema que vai colocar muita gente inocente e sem necessidade na prisão”, diz Rogério Carvalho (PT-SE).

Na atual legislação, o artigo 28 da lei de drogas diz que o usuário que portar drogas deve ser advertido, prestar serviços à comunidade ou comparecer a um programa ou a um curso educativo. É esse exato artigo que a Corte avalia a constitucionalidade.

Neste momento, o STF julga caso que pode descriminalizar o uso da maconha. O placar está 5 a 3, com divergências entre os ministros sobre uma dosimetria, isto é, um cálculo de quantidade da droga que diferenciaria o usuário de um traficante.

Os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, por exemplo, dizem que a quantidade limite é de 60 gramas. O crime de tráfico é passível cinco a 15 anos de prisão e multa.

A oposição capitaneia o enfretamento à Suprema Corte, assim como aconteceu no caso de quanto o Congresso transformou a interpretação do marco temporal — que define o dia 5 de outubro de 1988 como linha de corte para a demarcação dos territórios indígenas — em lei. Eles argumentam, especialmente, que a maconha é uma “porta de entrada” para drogas mais pesadas.

“É fundamental fortalecer a legislação frente aos impasses causados por recentes interpretações judiciais”, argumenta Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, em uma das emendas que tratam do texto. “Consideramos que a decisão sobre descriminalização e fixação de limites deve ser enfrentada pelo Poder Legislativo. Essa medida legislativa reforça a prerrogativa deste Poder.”

“É um momento que essa Casa toma lugar e repudia a invasão da Suprema Corte do Brasil às atribuições desta Casa”, diz Magno Malta (PL-ES).

CÂMARA DOS DEPUTADOS TEM PLANO PARA REAGIR AO STF E AO GOVERNO

 

História de VICTORIA AZEVEDO – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), deu início nesta terça (16) ao plano para reagir STF (Supremo Tribunal Federal) diante do aumento do clima de insatisfação com a corte entre parlamentares. Um grupo de trabalho será instalado para tratar da limitação de poderes da corte perante o Legislativo.

Em reunião com líderes, o presidente da Casa também colocou na mesa a possibilidade de dar andamento a CPIs (Comissão Parlamentar de Inquérito) que já têm assinaturas suficientes para ser instaladas.

O gesto foi entendido como um recado ao Palácio do Planalto, já que comissões do tipo sempre causam preocupação ao governo e poderão atrapalhar o andamento de matérias de interesse para o Executivo em plenário.

Nos últimos dias, aumentou a tensão entre o Legislativo e o Judiciário. Desde o começo do ano, parlamentares se queixam da atuação do Supremo, afirmando que a corte e seus ministros ultrapassam os limites e desrespeitam a autonomia dos Poderes.

As críticas cresceram após operações da Polícia Federal mirarem deputados e, mais recentemente, com a decisão da corte de prender o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ).

Além disso, o avanço do julgamento sobre o foro especial no tribunal também contrariou parlamentares. Com o caso de Brazão, o centrão se somou ao apelo de aliados de Jair Bolsonaro (PL) para responder ao que considera interferências indevidas do STF no Congresso Nacional.

Lira indicou a aliados a intenção de avançar com a PEC (proposta de emenda à Constituição) que altera as regras do foro, caso o tema avance no STF. Na última sexta, a corte formou maioria, com o voto do presidente Luís Roberto Barroso, para ampliar o alcance do foro especial de autoridades.

Como a Folha de S.Paulo mostrou, em fevereiro, o presidente da Casa pediu a líderes para que eles consultassem suas respectivas bancadas sobre a viabilidade de matérias que tratam do que os parlamentares chamam do “respeito às prerrogativas”.

Além de proposta que trata do fim do foro especial, também foi discutido naquele momento uma que determina que medidas judiciais contra parlamentares só possam ocorrer após aval da Mesa Diretora da Câmara e do Senado.

Nesta terça (16), líderes disseram topar a discussão de matérias sobre as prerrogativas dos parlamentares. Apesar disso, não foi determinado qual será o escopo do grupo de trabalho ou seu fio condutor e, segundo relatos, também não foi definido prazo para formalização ou início das atividades do grupo. Há uma avaliação entre alguns líderes de que é preciso amadurecer o tema ainda.

“É um grupo de trabalho para juntar todas as propostas que existem aqui na Casa que tratam das prerrogativas parlamentares, para fazer um filtro e ver o que é possível andar ou não”, diz à Folha de S.Paulo o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).

A ideia do grupo, dizem deputados, é elaborar uma proposta que seja consensual entre os parlamentares. Além disso, eles pontuam que é necessário alinhar o andamento da eventual matéria com o Senado, para evitar que ela seja engavetada.

Nesta terça, Lira indicou aos líderes que deverá instalar CPIs. Atualmente, há oito delas que aguardam a formalização, entre elas uma que pretende investigar “a violação de direitos e garantias fundamentais, a prática de condutas arbitrárias sem observância do processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade por membros do STF e do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]”.

Outros pedidos tratam de comissões para investigar denúncias de exploração sexual infantil na ilha do Marajó (PA), o crime organizado no Brasil, o aumento de uso de crack no país e os casos de cancelamento unilateral, falta de repasse e outras irregularidades das empresas de vendas de passagens promocionais, hospedagens e serviços similares. Os deputados deverão escolher quais deverão ter andamento.

Um líder do centrão diz, no entanto, não acreditar que Lira levará as CPIs adiante, dizendo que isso serviu para ser um recado ao Executivo.

Nessa linha, conforme parlamentares ouvidos pela reportagem, o presidente da Casa disparou outro recado ao Palácio do Planalto, impondo uma derrota ao Executivo ao aprovar um requerimento de urgência que mira a atuação de movimentos sociais que lutam pela reforma agrária num momento em que o presidente Lula (PT) fez gestos ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

Na noite de terça, foi aprovado, por 297 votos contra 111, um requerimento de urgência de um projeto que prevê que invasores de propriedades serão impedidos de receber auxílios e benefícios de programas do governo federal, assim como de tomar posse em cargos ou funções públicas. Agora, os parlamentares precisarão analisar o mérito da proposta.

Lira não presidiu a sessão no momento dessa votação, o que já foi lido por governistas como uma sinalização de que seria imposta uma derrota ao governo.

O recado ocorre no mesmo dia que o Executivo exonerou Wilson César de Lira Santos, primo de Lira, do cargo de superintendente regional em Alagoas do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) para atender a um pedido do MST e um dia após o governo ter lançado um programa de reforma agrária no país.

A votação do requerimento foi criticada por parlamentares governistas. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse no plenário que não havia sido acordado na reunião com as lideranças e Lira que essa matéria seria apreciada nesta terça e acusou os colegas de descumprimento de acordo.

O líder do PSB na Câmara, Gervásio Maia (PSB-PB), endossou as críticas de Guimarães e disse que é preciso que os parlamentares que integram a base do governo atuem como base aliada. Ele também fez um apelo para que Lira presidisse a sessão para evitar as votações.

CÂMARA DOS DEPUTADOS APROVA PL QUE PUNE O MST

História de admin3 – IstoÉ

Sob protesto do governo, a Câmara aprovou na noite desta terça-feira, 16, um requerimento de urgência para a tramitação do projeto de lei que prevê sanções a invasores de propriedades rurais. Foram 293 votos a favor, 111 contra e uma abstenção. A proposta tem como alvo o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), é um aceno à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e um recado dos parlamentares para o Palácio do Planalto.

Com a urgência aprovada, o texto pulará a etapa de análise em comissões e poderá ser votado diretamente no plenário. O líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE), tentou impedir a votação, mas falhou. O petista argumentou que o acordo entre os líderes partidários em reunião com o presidente Arthur Lira (PP-AL) não previa a análise desse requerimento.

“Não é correto, isso não pode, isso quebra completamente a postura de nós que integramos o Colégio de Líderes”, disse Guimarães. “Não se constrói maioria nas votações sem democracia, sem cumprimento de acordos”, emendou o líder do governo Lula.

A líder da Minoria na Câmara, Bia Kicis (PL-DF), por outro lado, defendeu a votação do texto. “Essa é uma pauta prioritária. Estamos vivendo hoje o que chamam de Vermelho Abril. Só neste mês já foram 24 invasões. Queremos dar uma resposta”, declarou.

A análise do requerimento de urgência para o projeto que pune o MST ocorre após o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ter exonerado um primo de Lira do cargo de superintendente regional de Alagoas após cobranças do movimento dos sem-terra.

A exoneração de Wilson César de Lira Santos ocorreu dias depois de Lira ter elevado o tom contra o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. O presidente da Câmara chamou o articulador político do governo de “incompetente” e “desafeto pessoal”.

Na segunda-feira, 15, o MST disse que invadiu 24 áreas no País. As invasões foram registradas em Sergipe, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte, Bahia, Pará, São Paulo, Goiás, Ceará, Rio de Janeiro e Distrito Federal.

Os atos, de acordo com o movimento, fazem parte da Jornada Nacional de Luta em Defesa da Reforma Agrária, que ocorre neste mês, conhecido como “Abril Vermelho”, em repúdio ao massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, em 1996, quando 21 trabalhadores rurais ligados ao MST foram assassinados pela Polícia Militar.

Entre as áreas invadidas pelo MST, estão algumas de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), ambas ligadas ao Ministério da Agricultura, e, portanto, do governo federal.

A ação do MST ocorreu justamente no dia do lançamento pelo governo federal do Programa Terra para Gente, que tem o objetivo de acelerar o assentamento de famílias no País. A medida foi anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, no Planalto.

 

NA ADIÇÃO DE PROTEÇÃO BALÍSTICA A UM CARRO ELÉTRICO A CAMADA EXTRA NÃO DEVE AGREGAR MUITO PESO AO VEÍCULO ISTO ACARRETA MAIOR GASTO ENERGÉTICO

 

Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin),

Com o avanço da sustentabilidade dentro da indústria automotiva, cresce a busca por alternativas de segurança que respondam à modernidade e à performance dos lançamento.

A venda de carros elétricos no Brasil bateu recorde em 2023, com um aumento de 91% em relação ao ano anterior, de acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). O crescimento no número de vendas do modelo impacta positivamente diversos setores do mercado automotivo, especializados em comercializar produtos e serviços para veículos elétricos. Entre os setores impactados está o de blindagem automotiva, processo que além de garantir segurança a estes carros de maior valor agregado, ainda pode beneficiar o desempenho de diversos exemplares da categoria elétrica.

As projeções de aumento na demanda para o setor de blindagens, em referência às vendas de veículos elétricos, se somam a um aquecimento dessa fatia do mercado em decorrência do cenário de segurança pública nacional. Conforme aponta a Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), a inserção de proteção balística em automóveis cresceu 30% no último ano, fazendo com que blindar um carro se tornasse uma prática comum, especialmente em regiões com altos índices de violência ou onde há uma preocupação maior com segurança pessoal — é o caso do estado de São Paulo, que concentra 84% das blindagens do Brasil.

Garantir a segurança de um veículo elétrico, no entanto, exige um processo diferente de carros convencionais movidos à combustão, conforme ressalta Luiz Fernando Apolinario, CEO Allblin, empresa especialista em blindagens premium. “As diferenças nos processos de blindagem entre carros elétricos e não-elétricos se concentram na presença das baterias de íon-lítio e exigem um alto comprometimento com o desempenho dos automóveis. Por exemplo, para que possamos adicionar proteção balística a um elétrico, é preciso que a camada extra não agregue muito peso ao carro, porque isso acarretaria maior gasto energético e prejudicaria a sua performance no dia a dia”, explica Luiz Fernando Apolinario.

Conforme ressalta o executivo, a presença das baterias transforma o processo de blindagem, fazendo com que seja necessário a adoção de procedimentos especializados como a desenergização, que envolve a desconexão dos circuitos, e, no final do processo, a reenergização. “Por isso, é importante ressaltar que a blindagem de elétricos deve ser realizada por empresas especializadas, para garantir que o trabalho seja feito com segurança e que o carro continue operando corretamente após a instalação da camada protetora”.

“Quando falamos de blindagem em geral, incluindo veículos elétricos, o Certificado de Registro do Exército Brasileiro é uma etapa crucial, pois representa a ratificação de que todo o material utilizado é devidamente controlado. Assim, essa é uma etapa essencial para garantir a segurança e a legalidade dos veículos blindados no país”, atesta o CEO da Allblin.

Blindagem de veículos elétricos passo a passo

Confira os passos básicos envolvidos no processo de blindagem de um carro elétrico e entenda o que o seu automóvel precisa para estar devidamente protegido.

1.Desenergização do automóvel

Antes de iniciar o processo de blindagem, os carros elétricos precisam ser desenergizados, o que implica na desconexão das baterias.

2.Desmontagem parcial do veículo

Alguns componentes do carro podem precisar ser removidos temporariamente para facilitar o acesso às áreas que serão blindadas.

3.Preparação da carroceria

A carroceria do veículo é preparada para a instalação dos materiais de blindagem. Isso pode incluir a remoção de revestimentos internos, como forros de porta e painéis, para facilitar a instalação dos materiais.

4.Instalação dos materiais de blindagem

As áreas selecionadas do veículo são revestidas com materiais de blindagem, como aço balístico, vidros balísticos, mantas de aramida e outros materiais compósitos. Esses materiais são projetados para absorver e dissipar a energia de impactos de balas ou explosões. É importante que o material seja leve para não agregar muito peso ao automóvel, como é o caso do Tensylon utilizado pela Allblin e que substitui o aço de blindagem com um peso 80% menor.

5.Reinstalação dos componentes

Depois que a blindagem é instalada, os componentes removidos são reinstalados. Isso inclui a reinstalação de forros de porta, painéis e outros itens removidos anteriormente.

6.Testes de qualidade e segurança

Após a instalação da blindagem, o veículo é submetido a testes rigorosos para garantir que a blindagem esteja corretamente instalada e que o veículo ainda atenda aos padrões de segurança e desempenho.

7.Recalibração eletrônica

Em veículos elétricos, a blindagem pode interferir nos sistemas eletrônicos do veículo, como os relacionados à segurança e ao funcionamento da bateria. Portanto, é importante recalibrar esses sistemas após a instalação da blindagem para garantir que o veículo continue funcionando corretamente.

A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL É A CAPACIDADE QUE POSSUÍMOS DE IDENTIFICAR OS NOSSOS PRÓPRIOS SENTIMENTOS E O DOS OUTROS

 

*Mara Leme Martins – PhD. Vice Presidente do BNI Brasil  – Business Network International – a maior e mais bem-sucedida organização de networking de negócios do mundo

Em 1995, Daniel Goleman popularizou o conceito de Inteligência Emocional (IE) ao publicar um livro de mesmo título. Referido por muitos como o “pai da inteligência emocional”, Goleman, que é doutor em Psicologia pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, classificou a IE como sendo a capacidade que possuímos para identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, permitindo que nos motivemos e controlar nossos sentimentos tanto nas relações inter quanto intrapessoais.

De extrema importância, a IE também afeta o ambiente corporativo: afinal, tanto gestor quanto funcionários estão lidando com situações extremamente complexas e que demandam muito de seu emocional. Quando lidamos com situações que requerem interpessoalidade, é importante, no papel de líder, saber como se comportar diante dos problemas que podem aparecer no meio do caminho.

Afinal, como se caracteriza a Inteligência Emocional?

Como o conceito de Inteligência Emocional se baseia em habilidades comportamentais, há alguns pilares essenciais para fazê-lo funcionar, listados abaixo. Além disso, segui-los é de suma importância para que possamos nos desenvolver como indivíduos em uma sociedade.

    Autoconsciência: capacidade fundamental para os líderes entenderem e reconhecerem seus próprios sentimentos e reações diante das situações. Isso inclui diferenciar suas emoções do contexto e das necessidades da equipe, evitando respostas impulsivas e contraproducentes.

    Autorregulação: envolve a habilidade de adotar estratégias que gerenciem de forma eficaz as próprias emoções e as da equipe. Os líderes devem controlar suas reações emocionais, mesmo em situações desafiadoras, para oferecer feedback construtivo e promover um ambiente de trabalho saudável.

    Empatia: essencial na liderança para compreender os sentimentos e perspectivas dos membros da equipe. Ao se colocar no lugar dos colaboradores, os líderes podem adotar estratégias que promovam a satisfação mútua e fortaleçam as relações interpessoais.

    Motivação: capacita os líderes a motivar e engajar a equipe em direção aos objetivos comuns. Eles podem mobilizar os sentimentos e emoções dos colaboradores, ajudando-os a enfrentar desafios e alcançar seu máximo potencial.

    Habilidade social: expressão prática da inteligência emocional na liderança. Isso inclui a capacidade de oferecer feedback construtivo, comunicar de forma assertiva, não violenta e empática, e liderar com compaixão, promovendo um ambiente colaborativo e produtivo.

Inteligência Emocional na gestão de equipes

Reconhecer e tratar as vulnerabilidades de forma sensível é essencial, ainda mais quando a empresa passa por momentos de dificuldade e instabilidades. Quando um líder demonstra preocupação com as necessidades de sua equipe, ele é capaz de criar relações de confiança baseadas na reciprocidade, incentivando o comprometimento do time como um todo.

Investir no desenvolvimento da inteligência emocional é prioritário para os gestores. Essa competência não só fortalece seu vínculo com a equipe, mas também contribui para a criação de um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.

A seguir, estão os principais benefícios da Inteligência Emocional na gestão de equipes.

    A adoção de estratégias adequadas para cada situação aprimora as relações interpessoais e promove uma atmosfera positiva no ambiente profissional.

    O tratamento de questões de trabalho por meio do diálogo fomenta relações transparentes e constrói laços de confiança com a equipe.

    A redução de conflitos, especialmente os advindos de uma má relação com os próprios sentimentos, evita que eles se intensifiquem e facilita a implementação de soluções eficazes.

    O cultivo de relações mais saudáveis destaca a importância do autocuidado para todos os membros da equipe.

    A tomada de decisões racionais, isto é, sem influência de emoções negativas ou necessidades pessoais não atendidas, contribui para o alto desempenho da equipe e o fortalecimento das relações interpessoais no trabalho.

Um gestor capaz de colocar em prática os conceitos da Inteligência Emocional tem em mãos uma importante ferramenta de liderança. O principal benefício disso tudo é uma melhoria significativa no ambiente de trabalho, que fica mais leve e agradável, e contribui para maior produtividade e bem-estar da equipe como um todo.

Mindset correto é o que vai fazer você alcançar (ou não) o sucesso

Junior Borneli, co-fundador do StartSe

Mulher negra e sorridente segurando um IPad e olhando para frente (Fonte: Getty Images)

Mindset é a sua programação mental, é como você encara tudo que está ao teu redor

Mindset. Você já ouviu essa palavinha algumas vezes aqui no StartSe. Ela é importante, talvez uma das coisas mais importantes para “chegar lá” (seja lá onde for que você quiser chegar).

É sua habilidade de pensar o que você precisa para ter sucesso. E como a maioria das coisas que você possui dentro de você, ela é uma espécie de programação do seu ser. Tanto que é possível que você adquira outro mindset durante a vida, convivendo com as pessoas corretas, conhecendo culturas diferentes.

Algumas pessoas dizem que é isso das pessoas que faz o Vale do Silício ser a região mais inovadora do mundo. Eu, pessoalmente, não duvido. Fato é: você precisa de ter a cabeça no lugar certo, pois a diferença entre um mindset vencedor e um perdedor é o principal fator entre fracasso e sucesso.

Para isso, é importante você começar do ponto inicial: um objetivo. “Todo empreendedor precisa ter um objetivo. Acordar todos os dias e manter-se firme no propósito de fazer o máximo possível para chegar lá é fundamental”, diz Junior Borneli, co-fundador do StartSe e uma das pessoas mais entendidas de mindset no ecossistema brasileiro.

De lá, é importante você fazer o máximo que puder e não perder o foco, mantendo-se firme. “Não importa se no final do dia deu tudo certo ou errado. O importante é ter a certeza de que você fez tudo o que foi possível para o melhor resultado”, avisa.

Com a atitude certa, é capaz que você sempre consiga canalizar as coisas como positivas. “Você sempre tem duas formas de olhar um a mesma situação: aquela em que você se coloca como um derrotado e a outra onde você vê os desafios como oportunidades. Escolha sempre o melhor lado das coisas, isso fará com que sua jornada seja mais leve”, alerta o empreendedor.

Esses tipo de sentimento abre espaço para uma característica importantíssima dos principais empreendedores: saber lidar com grandes adversidades. “Um ponto em comum na maioria os empreendedores de sucesso é a superação”, destaca Junior Borneli.

Saber lidar com essas adversidades vai impedir que você pare no primeiro problema (ou falência) que aparecer na sua frente. “São muito comuns as histórias de grandes empresários que faliram várias vezes, receberam diversos ‘nãos’ e só venceram porque foram persistentes”, afirma.

É importante ter esse mindset resiliente, pois, nem sempre tudo será fácil para você – na verdade, quase nunca será. “Empreender é, na maior parte do tempo, algo muito doloroso. Até conseguir algum resultado expressivo o empreendedor passa por muitos perrengues. A imensa maioria fica pelo caminho”, diz.

É como uma luta de boxe, onde muitas vezes, para ganhar, você terá que apanhar e apanhar e apanhar até conseguir desferir o golpe (ou a sequência) certo. “Na minha opinião, não há melhor frase que defina a trajetória de um empreendedor de sucesso do que aquela dita por Rocky Balboa, no cinema: ‘não importa o quanto você bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar. É assim que se ganha’”, ilustra.

O problema talvez seja que alguns aspectos do empreendedorismo tenham glamour demais. “Empreender não é simplesmente ter uma mesa com super-heróis e uma parede cheia de post-its coloridos. Você vive numa espécie de montanha russa de emoções, onde de manhã você é ‘o cara’ e à tarde não tem dinheiro pro café”, salienta.

Vale a pena, porém, perseverar neste caminho. “Para aqueles que são persistentes e têm foco, a jornada será difícil, mas o retorno fará valer a pena!,” destaca o empreendedor.

DERROTA TAMBÉM ENSINA

Um ponto importante do sucesso é saber lidar com o fracasso e, de lá, tomar algumas lições para sair mais forte ainda. “Toda derrota nos ensina algumas lições e assim nos tornamos mais fortes a cada nova tentativa. A cultura do fracasso, aqui no Brasil, é muito diferente dos Estados Unidos”, afirma Junior.

No Vale do Silício, falhar é encarado algo bom, na verdade – e aumenta suas chances de sucesso futuro. “Por lá, empreendedor que já falhou tem mais chances de receber investimentos porque mostrou capacidade de reação e aprendeu com os erros”, conta o empreendedor.

Mas ao pensar sobre fracasso, você precisa ter o filtro correto para não deixar a ideia escapar. “Encarar os erros como ensinamentos e entender que falhar é parte do jogo torna as coisas mais fáceis e suportáveis”, salienta.

Foco é a palavra de ordem para você conseguir alcançar os objetivos traçados no caminho, mesmo que em alguns momentos pareça que está tudo dando errado. “Por fim, buscar o equilíbrio mental e o foco são fundamentais. Nas vitórias, tendemos a nos render à vaidade e ao orgulho. E nas derrotas nos entregamos ao desânimo e a depressão. Mentalize seus objetivos, foque nos caminhos que vão leva-lo até eles e siga firme em frente”, afirma.

É importante que você tenha noção de que para ser uma exceção, você não pode pensar da maneira comodista que a maior parte das pessoas. “Se você quer chegar onde poucos chegaram, precisará fazer o que poucos têm coragem e disposição para fazer”, completa.

                   O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?                  

Moysés Peruhype Carlech

Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”, sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de resto todas as lojas dessa cidade no Site da nossa Plataforma Comercial da Startup Valeon.

Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?

Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a sua localização aí no seu domicílio? Quais os produtos que você comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu WhatsApp?

Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para ficarem passeando pelos Bairros e Centros da Cidade, vendo loja por loja e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.

A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar pelos corredores dos shoppings centers, bairros e centros da cidade, durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.

É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e eficiente.  Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e aumentar o engajamento dos seus clientes.

Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer”. – Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o próximo nível de transformação.

O que funcionava antes não necessariamente funcionará no futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo aquilo que é ineficiente.

Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde queremos estar.

Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que você já sabe.

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terça-feira, 16 de abril de 2024

GOVERNO MUDA META FISCAL DO ARCABOUÇO FISCAL

História de DOUGLAS GAVRAS – Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A meta fiscal em zero para 2025 enfraquece o arcabouço fiscal, que parece ter sido uma proposta ambiciosa demais da equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e deixa uma carga difícil para o próximo governo, avaliam economistas ouvidos pela reportagem.

A mudança representa uma flexibilização na trajetória das contas públicas.

No ano passado, ao apresentar a nova regra fiscal, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia prometido entregar superávit de 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto) no ano que vem e alcançar um resultado positivo de 1% do PIB já em 2026, último ano do atual mandato.

Para Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, trata-se de uma decisão negativa para a economia, que se traduz em mais gasto público, maior dívida e problemas mais complexos a serem resolvidos.

“O governo atual transfere o ajuste fiscal para o próximo, e ele também vai custar mais. Essa atitude é resultado de uma crença das pessoas que estão no governo de que mais gasto público leva a crescimento e que aumento da demanda leva também a aumento da oferta. Mas para a empresa aumentar a produção ela tem de acreditar que isso é sustentável”, diz o ex-ministro.

Ele também avalia que o arcabouço ficou enfraquecido, com perspectiva de elevação dos juros de longo prazo, inclusive com aumento da dívida.

Pelas previsões do boletim Focus, do Banco Central, a mudança da meta não chega a ser surpreendente, diz a economista Zeina Latif.

“O anúncio do arcabouço não melhorou as projeções, ele evita um quadro pior, mas não é um arcabouço sólido -depende de aumento de receita e tem muitas pontas soltas. Em nenhum momento foi visto como algo disciplinador”, afirma.

Para Latif, o arcabouço sempre foi considerado ambicioso demais e tinha um problema de inconsistência interna, dependendo do aumento de carga tributária e com medidas que geram mais rigidez de gastos.

“Estamos evitando cenários mais extremos, mas apenas evitar o extremo é pouco, considerando a dinâmica da dívida pública. E a credibilidade da Fazenda é prejudicada com essas medidas oportunistas e mudanças precoces de metas, sem trazer junto medidas para conter despesas.”

Para a consultora Cristiane Schmidt, qualquer presidente que venha a ocupar o Planalto a partir de 2026 praticamente não vai ter margem de manobra dentro do Orçamento, segundo dados da Secretaria do Tesouro Nacional.

As previsões de despesas discricionárias vão praticamente zerar em 2032, diminuindo ao longo do tempo.

“Se só é possível variar o gasto em 2,5%, conforme o novo arcabouço, como podem ter elementos no gasto, como o piso da educação e saúde, variando em relação à receita e não com relação à regra estipulada. Além disso, temos a Previdência e benefícios assistenciais, como o BPC, que variam com o salário mínimo, se o salário varia acima da inflação. É uma regra inconsistente com parte relevante dos gastos orçamentários.”

Segundo ela, apesar de a Selic (os juros básicos) estar em uma trajetória de queda, os juros no longo prazo estão aumentando, o que quer dizer que há uma incerteza muito grande na economia e isso pode afetar investimentos de longo prazo.

“Por mais que neste ano tenhamos um crescimento do PIB na casa de 1,5% a 1,8%, o que importa para o investidor é saber como a economia vai estar ao longo do tempo. Não importa que se tenha uma regra fiscal chamada novo arcabouço ou teto de gastos, o importante é que esse instrumento sirva para entregar superávit primário, para que se possa tentar segurar a dívida/PIB ao longo do tempo, abrindo espaço nas despesas discricionárias. É isso que não estamos vendo.”

A revisão da meta confirma que o novo arcabouço era “demasiado ambicioso”, por causa da excessiva dependência da arrecadação para acontecer, diz o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale.

“O governo tinha espaço político para isso no primeiro ano. Depois, fica claro que não contaria com medidas suficientes para entregar o necessário a mais de arrecadação para chegar ao primário de 1% em 2026.”

Segundo o economista, o governo deverá ter dificuldades para alcançar mesmo a revisão.

“Muito da arrecadação que vira será apenas este ano e, pior ainda, a pressão nos gastos é significativa. O aumento do salário mínimo já é sinal disso. Vai implicar um déficit a mais na ordem de R$ 23 bilhões ano que vem, sem falar às pressões de investimento em ano pré-eleitoral.”

O ex-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) Luiz Carlos Mendonça de Barros acrescenta que em um governo como o de Lula, tanto por condições políticas quanto ideológicas, é muito difícil que um país ainda carente e com dificuldades enormes, como o Brasil, persiga o superávit fiscal primário.

“Lula tem coerência com o que ele pensa. É evidente que, como político, às vezes se acomoda aqui e ali, mas ele e o PT têm um formato ideológico de gestão da economia que impossibilita esses compromissos ferrenhos com o superávit. O máximo que se consegue com um ministro da Fazenda de tanta qualidade como está se mostrando o Haddad é lutar por manter o mínimo de decência na gestão fiscal.”

O economista acrescenta que o que se pode esperar da gestão Haddad é um “certo critério na piora da meta”.

“Temos ainda um problema mais sério pela frente que é a âncora do Banco Central, com a saída do presidente do BC, Roberto Campos Neto. Estou muito pessimista com a economia brasileira em 2025 e 2026”, diz Mendonça de Barros.

Para o economista-chefe da Warren Investimentos e ex-secretário da Fazenda e Planejamento de São Paulo, Felipe Salto, a piora nas projeções do governo para o resultado primário representa um sinal ruim nas contas públicas, mas ainda é cedo para alterar projeções.

“Entendemos que nossos cenários continuam mais prováveis, neste momento, partindo-se de um déficit primário de 0,79% do PIB, em 2024, 0,77% do PIB, em 2025 e atingindo o zero apenas entre 2032 e 2033. Disso dependerá, entretanto, o compromisso com as premissas e os mecanismos do novo arcabouço fiscal, sem alterações que comprometam os acionamentos dos seus gatilhos para ajuste e controle do aumento de despesas”, escreve em relatório para clientes.

Já o economista José Roberto Afonso, professor do IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa) e um dos pais da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), pondera que é preciso levar em conta as mudanças nos cenários econômicos, tanto interno quanto externo.

“Se o mundo muda -e muito-, se o Brasil também muda, nada mais natural que se mude a meta fiscal”, diz.

 

SERGIO MORO QUER APOIO DE BOLSONARO PARA O PL ENCERRAR PROCESSO CONTRA ELE

 

História de CdB – Correio do Brasil

Moro, segundo apurou o colunista do site de notícias brasiliense Metrópoles Igor Gadelha, nesta segunda-feira, procurou Fábio Wajngarten, advogado e assessor de comunicação de Bolsonaro, “para cobrar explicações”. O senador ouviu de volta que o ex-presidente segue atuando para que o PL desista do recurso.

Ex-juiz parcial e incompetente, o hoje senador Sergio Moro (União-PR) reagiu mal à decisão do PL de recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no processo de sua cassação. A apelação contraria uma suposta promessa feita por Jair Bolsonaro de que a sigla não prosseguiria com o processo após encerrado o processo na Justiça Eleitoral do Paraná (TRE-PR).

O ex-juiz parcial e incompetente Sérgio Moro (UB-PR), hoje senador, responde a outro inquérito no STF

O ex-juiz parcial e incompetente Sérgio Moro (UB-PR), hoje senador, responde a outro inquérito no STF© Fornecido por Correio do Brasil

Comentário:

Não concordo com essa pecha de “incompetente” dirigida ao Sergio Moro, aliás, mostrou muita competência ao enfrentar os bandidos que roubaram e roubam do governo, processando, julgando e condenando.

Moro, segundo apurou o colunista do site de notícias brasiliense Metrópoles Igor Gadelha, nesta segunda-feira, procurou Fábio Wajngarten, advogado e assessor de comunicação de Bolsonaro, “para cobrar explicações”. O senador ouviu de volta que o ex-presidente segue atuando para que o PL desista do recurso.

Nos bastidores, porém, Moro tem feito duras críticas a Bolsonaro por não cumprir a palavra, o que teria irritado o ex-presidente. A aliados o senador avaliou que a decisão mostra que Bolsonaro “não tem poder sobre o próprio partido, atualmente presidido por Valdemar Costa Neto”, escreveu o jornalista.

Candidatura

Na semana passada, o TRE-PR absolveu Moro em ação protocolada pelo PL e pelo PT. No processo, os dois partidos pedem a cassação do mandato dele no Senado por suposto abuso de poder econômico nas eleições de 2022.

A alegação é que o ex-juiz da ‘Operação Lava Jato’ teria cometido o abuso por ter usado recursos do Podemos quando era pré-candidato da sigla à Presidência da República para alavancar sua candidatura ao Senado pelo Paraná.

Como é um dos autores da ação contra Moro, o PT também tem a prerrogativa de recorrer ao TSE contra a decisão do TRE. O partido do presidente Lula, inclusive, já anunciou que deverá apresentar o recurso nas próximas semanas.

PRESIDENTE ARGENTINO MILEI QUER MANTER RELAÇÕES BILATERAIS COM O BRASIL

História de RICARDO DELLA COLETTA E MAYARA PAIXÃO – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF, BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) – O presidente da Argentina, o ultraliberal Javier Milei, enviou uma nova carta ao presidente Lula (PT) na qual defende a manutenção de uma boa relação bilateral entre os dois países.

A mensagem foi entregue pela chanceler argentina, Diana Mondino, ao seu homólogo brasileiro, Mauro Vieira, que a remeterá a Lula. Mondino fez uma visita oficial a Brasília nesta segunda-feira (15), a primeira desde que assumiu a chefia da diplomacia de Buenos Aires.

Mondino disse à Folha, também nesta segunda, que o objetivo da mensagem de Milei a Lula é destacar que “estamos muito interessados em manter a relação bilateral que temos”.

“Não posso vir sem uma saudação [de Milei]”, completou a chanceler.

O gesto de Milei em defesa de um relacionamento pragmático com Lula ocorre num momento de distanciamento político quase absoluto entre o brasileiro e o argentino. Além de ser aliado de Jair Bolsonaro (PL), Milei viajou na semana passada aos Estados Unidos para se encontrar com o bilionário Elon Musk -atualmente protagonista de uma crise com o Supremo Tribunal Federal (STF).

A agenda de Mondino em Brasília foi planejada para transmitir a mensagem de que as relações entre os dois países são parte de uma política de Estado a ser preservada apesar dos conflitos ideológicos.

Mas a perspectiva concreta de uma reunião bilateral entre os atuais líderes das duas maiores economias da América do Sul -e principais sócios do Mercosul- permanece distante.

No Palácio do Itamaraty, Mondino disse esperar que em algum momento um encontro do tipo possa ocorrer. “Tenhamos em conta que a agenda internacional de ambos é bastante complexa. Mas, sim, em algum momento creio que possa ocorrer”, afirmou.

Mais tarde, questionada pela reportagem sobre o conteúdo da carta de Milei -especificamente sobre um possível de convite para Lula visitar a Argentina-, Mondino respondeu que “não há nada específico”.

Membros do governo brasileiro também disseram, sob condição de anonimato, que não há perspectiva de encontro bilateral no curto prazo.

Há pelo menos dois eventos internacionais neste ano em que Milei e Lula podem se encontrar, ao menos no contexto de cúpula com outros chefes de Estado. A reunião dos líderes do Mercosul, prevista para julho no Paraguai, e o G20, em novembro no Rio de Janeiro.

Antes de ser recebida no Itamaraty, Mondino teve um encontro com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que acumula as funções de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.Trabalhe em casa com pesquisas

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Trata-se da primeira visita oficial de Mondino ao Brasil como chanceler. No final de 2023, ela fez uma rápida passagem por Brasília e foi recebida por Vieira em um fim de semana, ainda na condição de ministra indicada.

Ao lado do chanceler brasileiro, ela afirmou nesta segunda que sua principal mensagem era transmitir a certeza da “centralidade e relevância que o Brasil tem para a Argentina. “Nossa relação se constituiu uma verdadeira política de Estado”, seguiu.

Os dois lados discutiram temas econômicos, como a agenda comercial do Mercosul e possíveis investimentos para o direcionamento do gás das reservas de Vaca Muerta para o mercado brasileiro.

Em sua passagem anterior por Brasília, em novembro, ela já havia sido portadora de outra carta do argentino ao presidente do Brasil, convidando-o para comparecer à posse em Buenos Aires.

Lula não foi à cerimônia de posse, realizada em 10 de dezembro. Como seu representante, enviou Vieira.

Por outro lado, Bolsonaro esteve em Buenos Aires na ocasião e, de acordo com assessores da campanha de Milei, recebeu tratamento de chefe de Estado, mesmo já estando fora da Presidência.

Não é incomum que Lula receba chanceleres de países importantes no Palácio do Planalto. Mas, no caso de Mondino, não houve reunião com o petista. O lado brasileiro planejou a visita desta segunda também para deixar claro que, no momento, não há clima para um relacionamento político de nível mais alto.

Não foi bem-visto pelo governo Lula o encontro entre Milei e Musk na semana passada. Pouco antes, o empresário havia protagonizado uma briga pública com o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Acabou criticado pelo próprio presidente, para quem o empresário “nunca produziu um pé de capim” no Brasil.

Numa situação que gerou incômodo para Mondino, ela foi questionada nesta segunda sobre o fato de o governo Milei ter oferecido ao bilionário apoio no conflito com as autoridades brasileiras.

“Os temas internos e posições de cada país são próprios de cada país. O governo argentino jamais vai interferir nos processos democráticos ou judiciais de cada país. Confiamos na Justiça de cada país, nós defendemos a liberdade de expressão de todos”, declarou.

Os atritos entre Lula e Milei são antigos. Durante a corrida eleitoral argentina, Milei chegou a dizer em entrevistas que não se reuniria com Lula como chefe de Estado argumentando que o presidente seria comunista e corrupto e mencionando o tempo em que o brasileiro esteve na prisão.

O PT declarou apoio público ao adversário de Milei, o então “superministro da Economia” Sergio Massa, candidato do peronismo. Lula, em março passado, mencionou nominalmente Milei ao falar sobre o risco da democracia no Brasil e em outros países.

O presidente brasileiro já realizou viagem à Argentina neste seu terceiro mandato, em janeiro de 2023. O país era então governado pelo antecessor de Milei, o peronista Alberto Fernández, um aliado de Lula no contexto regional.

Antes desta visita oficial, também Jair Bolsonaro havia ido à Argentina durante a gestão de Mauricio Macri, poucos meses antes de o então presidente perder nas urnas para Fernández. Macri foi figura central na eleição de Milei, e seu partido, o PRO, ou Proposta Republicana, é o maior aliado do A Liberdade Avança, a sigla governista, no Congresso argentino.

 

INTERESSE EMPRESARIAL DE ELON MUSK NO BRASIL

História de Agência Brasil – Notícias ao Minuto

O empresário têm ao menos dois negócios no país - níquel e satélites - e um interesse: o lítio

O empresário têm ao menos dois negócios no país – níquel e satélites – e um interesse: o lítio© Getty Images

Além de controlar a plataforma X, antigo Twitter, que vende anúncios para propaganda, o multibilionário Elon Musk controla outras empresas, desde fábricas de foguetes até de carros elétricos. No Brasil, o empresário, que mantém uma cruzada contra o governo e o Judiciário brasileiro, têm ao menos dois negócios no país – níquel e satélites – e um interesse: o lítio.

Com um patrimônio líquido no valor de R$ 960 bilhões, segundo a revista Forbes, Musk é considerado a segunda pessoa mais rica do planeta. Entre seus principais interesses está o da mineração que abastece suas indústrias com materiais necessários para produção.

A fabricante de veículos elétricos Tesla, controlada por Musk, fechou contrato “de longo prazo” com a mineradora brasileira Vale, anunciado em maio de 2022, para o fornecimento de níquel a partir das operações da Vale no Canadá. A companhia brasileira também extrai níquel no Pará.

Especialistas ouvidos pela Agência Brasil acreditam que existe interesse de Musk pelo lítio brasileiro. O insumo é chamado de “ouro branco” ou “petróleo do século XXI” e é um dos minerais considerados “críticos” de importância central para transição energética e para as baterias dos carros elétricos. A estimativa é que a procura pelo minério deve se multiplicar nos próximos anos.

O Brasil tem importantes reservas, apesar de não ser local das principais resrvas do planeta. Estima-se que 53% do lítio na América Latina esteja concentrado em países como Chile, Bolívia e Argentina. De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o Brasil tem a 15ª maior reserva de lítio, com 800 mil toneladas do minério estimadas. 

Já o Ministério de Minas e Energia sustenta que o Brasil é dono da 7ª maior reserva de lítio do mundo, com 1,23 milhão de toneladas, sendo o 5ª maior produtor mundial. O MME justifica que a diferença se deve ao fato de considera “a parte economicamente lavrável dos recursos medidos”.

“Ao contrário da maioria dos países, o lítio encontrado em Minas Gerais é de alta pureza, facilitando seu uso na fabricação de baterias mais potentes.” 

No Brasil, as principais reservas se concentram na região do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. 

Com esse potencial, as notícias de que a empresa canadense que atua no Brasil, a Sigma Lithium, está em processo de venda para a chinesa BYD, umas das principais concorrentes da Tesla do Musk, está preocupando o multibilionário, segundo avalia Hugo Albuquerque, jurista e editor da Autonomia Literária, editora que publica textos ligados aos movimentos sociais.  

“A BYD está dominando todas as cadeias da produção mais centrais e avança na sua posição global. Antes, lembremos, Musk admitiu ter apoiado o golpe na Bolívia justamente por causa do lítio”, comentou o especialista.

Em julho 2020, em um debate no X sobre a acusação de que os Estados Unidos estariam por trás da destituição do presidente boliviano Evo Morales, ocorrida em 2019, Musk afirmou: “vamos dar golpe em quem quisermos! Lide com isso”. A BYD, inclusive, anunciou que vai operar fábricas de carros elétricos na Bahia. 

O fundador do Observatório da Mineração, o jornalista Maurício Angelo, que investiga a atuação das mineradoras no país desde 2015, avalia que a aquisição da Sigma pelos chineses é um problema para Musk.

“A mineração é um setor restrito, as jazidas são restritas, estão localizadas em países e regiões específicas. Então você não pode escolher onde vai operar, extrair e negociar”, explicou Angelo, acrescentando que “se a BYD adquire a Sigma, para o Musk é um problema, porque você está fortalecendo um concorrente direto no Brasil, no país estratégico como é o Brasil”.

O professor de relações internacionais da Universidade Federal do ABC, Gilberto Maringoni, alerta ainda que existe a preocupação das empresas interessadas no lítio, e dos países onde elas estão sediadas, de que as nações que detêm essas reservas não formem um cartel como a Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep).

Maringoni lembrou que o presidente da Bolívia, Luis Arce, que governa o país que tem uma das maiores reservas de lítio do mundo, manifestou interesse em criar uma Opep do lítio com os demais países latino-americanos donos de grandes reservas.

“[A ideia de Arce] é a formação de um cartel internacional dos produtores de lítio, não só para discutir preço, mas como vai ser feita a exploração das reservas. Porque as empresas chegam com uma proposta extrativista, você cava o buraco e leva o material embora, uma coisa semicolonial. E o que o Arce quer é criar uma indústria do lítio aqui”, comentou Maringoni, que também coordena o Observatório de Política Externa do Brasil (Opeb). 

Em julho de 2022, o governo de Jair Bolsonaro publicou o Decreto 11.120, liberando a exploração de lítio no Brasil ao determinar que a exportação e importação do mineral “não são sujeitas a critérios, restrições, limites ou condicionantes de qualquer natureza, exceto aqueles previstos em lei ou em atos editados pela Câmara de Comércio Exterior – Camex”. 

Outro interesse do empresário no Brasil é em relação a sua empresa aeroespacial SpaceX. Em janeiro de 2022, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou o uso de satélites Starlinks, da SpaceX, no país. 

O professor da federal do ABC, Gilberto Maringoni, destacou que o interesse de Musk com o Starlink é imenso, porque todo o fluxo de informações que circula na Amazônia está sob controle do grupo estrangeiro controlado pelo empresário.

“Todo o fluxo de informações, seja das Forças Armadas, seja da área de saúde pública, seja das delegacias de polícia, de escolas, enfim, toda a conexão é feita através do Musk. Ele detém, então, o poder de apagar a Amazônia e provocar um colapso. Além disso, ele tem contratos também com as Forças Armadas e com algumas áreas da justiça. É muito mais do que a exploração do lítio”, explicou.

Diante dos ataques de Musk ao Judiciário brasileiro, o Ministério Público do Tribunal de Contas da União (MP-TCU) pediu que o Tribunal exija informações do governo federal de quais contratos mantém com a Starlink, incluindo as Forças Armadas.

“Caso haja confirmação da existência desses contratos, deve o TCU determinar a sua imediata extinção, por conta da violação à soberania nacional defendida pelo Sr. Elon Musk”, afirmou o Subprocurador-Geral Lucas Rocha Furtado. A petição assinada no último dia 10 de abril está sob a relatoria do ministro do TCU, Aroldo Cedraz.

Quatro meses após a Starlink receber autorização da Anatel, Musk visitou o Brasil e foi recebido pessoalmente pelo presidente Jair Bolsonaro, além de ter sido condecorado com a medalha da Ordem do Mérito da Defesa pelo Ministério da Defesa. A premiação é dada a personalidades que prestam “relevantes serviços” às Forças Armadas.

A Starlink tem, desde então, avançado no mercado brasileiro, em especial, nos locais de difícil acesso da região amazônica. Em fevereiro de 2023, a Anatel prorrogou os direitos de uso da companhia estadunidense por entender que ela contribui “com o progresso de nossas telecomunicações”. 

Para o analista Hugo Albuquerque, há interesse do empresário na desestabilização do governo brasileiro para facilitar seus negócios no Brasil, já que ele tinha um canal mais direto de negociação com o governo anterior.  

“Ele quer expandir a rede de internet possibilitada pelos satélites da Starlink para prospectar a Amazônia ou vencer disputas no Ministério da Educação. Além disso, ele entende que para conseguir tudo isso, ele precisa trocar o governo aqui”, completou.

Em outubro de 2023, o Ministério da Educação (MEC) informou que alteraria as regras para conectividade das escolas, o que pode, em tese, prejudicar a empresa de Musk.

Os satélites da Starlink ainda têm sido usados por garimpeiros ilegais para se comunicar nas regiões isoladas da Amazônia, segundo informou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “O Ibama relata que tem sido comum encontrar antenas da Starlink em garimpos”, informou, em nota.

Antes da operação da companhia, esses garimpeiros tinham dificuldade de se comunicar, de acordo com jornalista do Observatório da Mineração, Maurício Ângelo. “Os garimpeiros ilegais que atuam na Amazônia conseguiram a solução para o problema de conectividade que sempre tiveram via Starlink de 2022 para cá”, comentou.

 

GOVERNADOR DE SÃO PAULO DIZ QUE NÃO VAI PERMITIR INVASÕES DE TERRA EM SÃO PAULO PELO MST

 

História de Julia Camim – Jornal Estadão

O governador de São PauloTarcísio de Freitas (Republicanos), disse que as “invasões de terra” no Estado não serão permitidas. A afirmação se deu após o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizar ações, já desmobilizadas, nos municípios paulistas de Campinas e Agudos nesta segunda-feira, 15. À CNN, o governador diz que as respostas contra o movimento têm sido “rápidas”.

Em Campinas, 200 famílias invadiram uma área de 200 hectares que, segundo o movimento, está “improdutiva, tomada por pastagem degradada e há anos não cumpre sua função social”. Sob argumento de que as terras “servem apenas à especulação imobiliária”, o movimento justificou a invasão que “visa iniciar o reflorestamento da área e o plantio de alimentos saudáveis”.

Nas redes sociais, o movimento compartilhou a ação da Guarda Civil de Campinas e disse que o órgão “ignora diálogo do MST com a Secretaria Municipal de Habitação”. “Lutar não é crime e estamos na área reivindicando que a terra seja destinada à produção de alimentos”, alega o MST.

O prefeito do município, Dário Saadi (Republicanos), disse em publicação no X (antigo Twitter), que “a lei será aplicada” e que a invasão não será aceita. Criticando o slogan do movimento, “Ocupar para o Brasil alimentar”, Saadi escreveu que “quem alimenta o País não é o MST, é o setor agrícola que tem a agricultura mais desenvolvida do mundo”.

Já em Agudos, o MST afirma, em nota, que a invasão é fruto da Jornada Nacional em Defesa da Reforma Agrária que “reivindica que as terras, que são públicas, sejam destinadas para as famílias acampadas há anos na região e que nelas possam produzir comida para alimentar a população”.

Nas redes sociais, o movimento compartilhou imagens de um helicóptero sobrevoando o acampamento e disse que ação tem a “clara intenção de intimidação às famílias Sem Terra”. Procurada pelo Estadão, a prefeitura de Agudos não comentou sobre a desmobilização.

As ações do “Abril Vermelho”, ato em repúdio ao massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, em 1996, quando 21 trabalhadores rurais ligados ao MST foram assassinados pela Polícia Militar, ocorrem às vésperas do lançamento do Programa Terra para Gente, do governo federal, que busca acelerar o assentamento de famílias no País.

O movimento disse que, ao todo, 21 áreas em dez Estados foram invadidas. Há registros de invasões em Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Bahia, Pará, Goiás, Ceará, Rio de Janeiro e no Distrito Federal, além das que ocorreram em São Paulo. Entre os espaços invadidos, estão uma área de pesquisa da Embrapa Semiárido, em Petrolina (PE), e uma segunda área da Codevasf, utilizada pela Embrapa no mesmo município.

Ocupação do MST em Campinas. Foto: Filipe Augusto Peres/MST

Ocupação do MST em Campinas. Foto: Filipe Augusto Peres/MST© Fornecido por Estadão

ORAÇÃO PROFÉTICA DE UM PASTOR DOS EUA

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