Moro, segundo apurou o colunista do site de notícias brasiliense Metrópoles Igor
Gadelha, nesta segunda-feira, procurou Fábio Wajngarten, advogado e
assessor de comunicação de Bolsonaro, “para cobrar explicações”. O
senador ouviu de volta que o ex-presidente segue atuando para que o PL
desista do recurso.
Ex-juiz parcial e incompetente, o hoje senador Sergio Moro (União-PR)
reagiu mal à decisão do PL de recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) no processo de sua cassação. A apelação contraria uma suposta
promessa feita por Jair Bolsonaro de que a sigla não prosseguiria com o
processo após encerrado o processo na Justiça Eleitoral do Paraná
(TRE-PR).
Não concordo com essa pecha de “incompetente” dirigida ao Sergio
Moro, aliás, mostrou muita competência ao enfrentar os bandidos que
roubaram e roubam do governo, processando, julgando e condenando.
Moro, segundo apurou o colunista do site de notícias brasiliense Metrópoles Igor
Gadelha, nesta segunda-feira, procurou Fábio Wajngarten, advogado e
assessor de comunicação de Bolsonaro, “para cobrar explicações”. O
senador ouviu de volta que o ex-presidente segue atuando para que o PL
desista do recurso.
Nos bastidores, porém, Moro tem feito duras críticas a Bolsonaro por
não cumprir a palavra, o que teria irritado o ex-presidente. A aliados o
senador avaliou que a decisão mostra que Bolsonaro “não tem poder sobre
o próprio partido, atualmente presidido por Valdemar Costa Neto”,
escreveu o jornalista.
Candidatura
Na semana passada, o TRE-PR absolveu Moro em ação protocolada pelo PL
e pelo PT. No processo, os dois partidos pedem a cassação do mandato
dele no Senado por suposto abuso de poder econômico nas eleições de
2022.
A alegação é que o ex-juiz da ‘Operação Lava Jato’ teria
cometido o abuso por ter usado recursos do Podemos quando era
pré-candidato da sigla à Presidência da República para alavancar sua
candidatura ao Senado pelo Paraná.
Como é um dos autores da ação contra Moro, o PT também tem a
prerrogativa de recorrer ao TSE contra a decisão do TRE. O partido do
presidente Lula, inclusive, já anunciou que deverá apresentar o recurso
nas próximas semanas.
História de RICARDO DELLA COLETTA E MAYARA PAIXÃO – Folha de S. Paulo
BRASÍLIA, DF, BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) – O presidente da
Argentina, o ultraliberal Javier Milei, enviou uma nova carta ao
presidente Lula (PT) na qual defende a manutenção de uma boa relação
bilateral entre os dois países.
A mensagem foi entregue pela chanceler argentina, Diana Mondino, ao
seu homólogo brasileiro, Mauro Vieira, que a remeterá a Lula. Mondino
fez uma visita oficial a Brasília nesta segunda-feira (15), a primeira
desde que assumiu a chefia da diplomacia de Buenos Aires.
Mondino disse à Folha, também nesta segunda, que o objetivo da
mensagem de Milei a Lula é destacar que “estamos muito interessados em
manter a relação bilateral que temos”.
“Não posso vir sem uma saudação [de Milei]”, completou a chanceler.
O gesto de Milei em defesa de um relacionamento pragmático com Lula
ocorre num momento de distanciamento político quase absoluto entre o
brasileiro e o argentino. Além de ser aliado de Jair Bolsonaro (PL),
Milei viajou na semana passada aos Estados Unidos para se encontrar com o
bilionário Elon Musk -atualmente protagonista de uma crise com o
Supremo Tribunal Federal (STF).
A agenda de Mondino em Brasília foi planejada para transmitir a
mensagem de que as relações entre os dois países são parte de uma
política de Estado a ser preservada apesar dos conflitos ideológicos.
Mas a perspectiva concreta de uma reunião bilateral entre os atuais
líderes das duas maiores economias da América do Sul -e principais
sócios do Mercosul- permanece distante.
No Palácio do Itamaraty, Mondino disse esperar que em algum momento
um encontro do tipo possa ocorrer. “Tenhamos em conta que a agenda
internacional de ambos é bastante complexa. Mas, sim, em algum momento
creio que possa ocorrer”, afirmou.
Mais tarde, questionada pela reportagem sobre o conteúdo da carta de
Milei -especificamente sobre um possível de convite para Lula visitar a
Argentina-, Mondino respondeu que “não há nada específico”.
Membros do governo brasileiro também disseram, sob condição de
anonimato, que não há perspectiva de encontro bilateral no curto prazo.
Há pelo menos dois eventos internacionais neste ano em que Milei e
Lula podem se encontrar, ao menos no contexto de cúpula com outros
chefes de Estado. A reunião dos líderes do Mercosul, prevista para julho
no Paraguai, e o G20, em novembro no Rio de Janeiro.
Antes de ser recebida no Itamaraty, Mondino teve um encontro com o
vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que acumula as funções de
ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Trata-se da primeira visita oficial de Mondino ao Brasil como
chanceler. No final de 2023, ela fez uma rápida passagem por Brasília e
foi recebida por Vieira em um fim de semana, ainda na condição de
ministra indicada.
Ao lado do chanceler brasileiro, ela afirmou nesta segunda que sua
principal mensagem era transmitir a certeza da “centralidade e
relevância que o Brasil tem para a Argentina. “Nossa relação se
constituiu uma verdadeira política de Estado”, seguiu.
Os dois lados discutiram temas econômicos, como a agenda comercial do
Mercosul e possíveis investimentos para o direcionamento do gás das
reservas de Vaca Muerta para o mercado brasileiro.
Em sua passagem anterior por Brasília, em novembro, ela já havia sido
portadora de outra carta do argentino ao presidente do Brasil,
convidando-o para comparecer à posse em Buenos Aires.
Lula não foi à cerimônia de posse, realizada em 10 de dezembro. Como seu representante, enviou Vieira.
Por outro lado, Bolsonaro esteve em Buenos Aires na ocasião e, de
acordo com assessores da campanha de Milei, recebeu tratamento de chefe
de Estado, mesmo já estando fora da Presidência.
Não é incomum que Lula receba chanceleres de países importantes no
Palácio do Planalto. Mas, no caso de Mondino, não houve reunião com o
petista. O lado brasileiro planejou a visita desta segunda também para
deixar claro que, no momento, não há clima para um relacionamento
político de nível mais alto.
Não foi bem-visto pelo governo Lula o encontro entre Milei e Musk na
semana passada. Pouco antes, o empresário havia protagonizado uma briga
pública com o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Acabou criticado
pelo próprio presidente, para quem o empresário “nunca produziu um pé de
capim” no Brasil.
Numa situação que gerou incômodo para Mondino, ela foi questionada
nesta segunda sobre o fato de o governo Milei ter oferecido ao
bilionário apoio no conflito com as autoridades brasileiras.
“Os temas internos e posições de cada país são próprios de cada país.
O governo argentino jamais vai interferir nos processos democráticos ou
judiciais de cada país. Confiamos na Justiça de cada país, nós
defendemos a liberdade de expressão de todos”, declarou.
Os atritos entre Lula e Milei são antigos. Durante a corrida
eleitoral argentina, Milei chegou a dizer em entrevistas que não se
reuniria com Lula como chefe de Estado argumentando que o presidente
seria comunista e corrupto e mencionando o tempo em que o brasileiro
esteve na prisão.
O PT declarou apoio público ao adversário de Milei, o então
“superministro da Economia” Sergio Massa, candidato do peronismo. Lula,
em março passado, mencionou nominalmente Milei ao falar sobre o risco da
democracia no Brasil e em outros países.
O presidente brasileiro já realizou viagem à Argentina neste seu
terceiro mandato, em janeiro de 2023. O país era então governado pelo
antecessor de Milei, o peronista Alberto Fernández, um aliado de Lula no
contexto regional.
Antes desta visita oficial, também Jair Bolsonaro havia ido à
Argentina durante a gestão de Mauricio Macri, poucos meses antes de o
então presidente perder nas urnas para Fernández. Macri foi figura
central na eleição de Milei, e seu partido, o PRO, ou Proposta
Republicana, é o maior aliado do A Liberdade Avança, a sigla governista,
no Congresso argentino.
Além de controlar a plataforma X, antigo Twitter, que vende anúncios
para propaganda, o multibilionário Elon Musk controla outras empresas,
desde fábricas de foguetes até de carros elétricos. No Brasil, o
empresário, que mantém uma cruzada contra o governo e o Judiciário
brasileiro, têm ao menos dois negócios no país – níquel e satélites – e
um interesse: o lítio.
Com um patrimônio líquido no valor de R$ 960 bilhões, segundo a
revista Forbes, Musk é considerado a segunda pessoa mais rica do
planeta. Entre seus principais interesses está o da mineração que
abastece suas indústrias com materiais necessários para produção.
A fabricante de veículos elétricos Tesla, controlada por Musk, fechou
contrato “de longo prazo” com a mineradora brasileira Vale, anunciado
em maio de 2022, para o fornecimento de níquel a partir das operações da
Vale no Canadá. A companhia brasileira também extrai níquel no Pará.
Especialistas ouvidos pela Agência Brasil acreditam
que existe interesse de Musk pelo lítio brasileiro. O insumo é chamado
de “ouro branco” ou “petróleo do século XXI” e é um dos minerais
considerados “críticos” de importância central para transição energética
e para as baterias dos carros elétricos. A estimativa é que a procura
pelo minério deve se multiplicar nos próximos anos.
O Brasil tem importantes reservas, apesar de não ser local das
principais resrvas do planeta. Estima-se que 53% do lítio na América
Latina esteja concentrado em países como Chile, Bolívia e Argentina. De
acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o Brasil tem a 15ª
maior reserva de lítio, com 800 mil toneladas do minério estimadas.
Já o Ministério de Minas e Energia sustenta que o Brasil é dono da 7ª
maior reserva de lítio do mundo, com 1,23 milhão de toneladas, sendo o
5ª maior produtor mundial. O MME justifica que a diferença se deve ao
fato de considera “a parte economicamente lavrável dos recursos
medidos”.
“Ao contrário da maioria dos países, o lítio encontrado em Minas
Gerais é de alta pureza, facilitando seu uso na fabricação de baterias
mais potentes.”
No Brasil, as principais reservas se concentram na região do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.
Com esse potencial, as notícias de que a empresa canadense que atua
no Brasil, a Sigma Lithium, está em processo de venda para a chinesa
BYD, umas das principais concorrentes da Tesla do Musk, está preocupando
o multibilionário, segundo avalia Hugo Albuquerque, jurista e editor da
Autonomia Literária, editora que publica textos ligados aos movimentos
sociais.
“A BYD está dominando todas as cadeias da produção mais centrais e
avança na sua posição global. Antes, lembremos, Musk admitiu ter apoiado
o golpe na Bolívia justamente por causa do lítio”, comentou o
especialista.
Em julho 2020, em um debate no X sobre a acusação de que os Estados
Unidos estariam por trás da destituição do presidente boliviano Evo
Morales, ocorrida em 2019, Musk afirmou: “vamos dar golpe em quem
quisermos! Lide com isso”. A BYD, inclusive, anunciou que vai operar
fábricas de carros elétricos na Bahia.
O fundador do Observatório da Mineração, o jornalista Maurício
Angelo, que investiga a atuação das mineradoras no país desde 2015,
avalia que a aquisição da Sigma pelos chineses é um problema para Musk.
“A mineração é um setor restrito, as jazidas são restritas, estão
localizadas em países e regiões específicas. Então você não pode
escolher onde vai operar, extrair e negociar”, explicou Angelo,
acrescentando que “se a BYD adquire a Sigma, para o Musk é um problema,
porque você está fortalecendo um concorrente direto no Brasil, no país
estratégico como é o Brasil”.
O professor de relações internacionais da Universidade Federal do
ABC, Gilberto Maringoni, alerta ainda que existe a preocupação das
empresas interessadas no lítio, e dos países onde elas estão sediadas,
de que as nações que detêm essas reservas não formem um cartel como
a Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep).
Maringoni lembrou que o presidente da Bolívia, Luis Arce, que governa
o país que tem uma das maiores reservas de lítio do mundo, manifestou
interesse em criar uma Opep do lítio com os demais países
latino-americanos donos de grandes reservas.
“[A ideia de Arce] é a formação de um cartel internacional dos
produtores de lítio, não só para discutir preço, mas como vai ser
feita a exploração das reservas. Porque as empresas chegam com uma
proposta extrativista, você cava o buraco e leva o material embora, uma
coisa semicolonial. E o que o Arce quer é criar uma indústria do lítio
aqui”, comentou Maringoni, que também coordena o Observatório de
Política Externa do Brasil (Opeb).
Em julho de 2022, o governo de Jair Bolsonaro publicou o Decreto
11.120, liberando a exploração de lítio no Brasil ao determinar que a
exportação e importação do mineral “não são sujeitas a critérios,
restrições, limites ou condicionantes de qualquer natureza, exceto
aqueles previstos em lei ou em atos editados pela Câmara de Comércio
Exterior – Camex”.
Outro interesse do empresário no Brasil é em relação a sua empresa
aeroespacial SpaceX. Em janeiro de 2022, a Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel) aprovou o uso de satélites Starlinks, da
SpaceX, no país.
O professor da federal do ABC, Gilberto Maringoni, destacou que o
interesse de Musk com o Starlink é imenso, porque todo o fluxo de
informações que circula na Amazônia está sob controle do grupo
estrangeiro controlado pelo empresário.
“Todo o fluxo de informações, seja das Forças Armadas, seja da área
de saúde pública, seja das delegacias de polícia, de escolas, enfim,
toda a conexão é feita através do Musk. Ele detém, então, o poder de
apagar a Amazônia e provocar um colapso. Além disso, ele tem contratos
também com as Forças Armadas e com algumas áreas da justiça. É muito
mais do que a exploração do lítio”, explicou.
Diante dos ataques de Musk ao Judiciário brasileiro, o Ministério
Público do Tribunal de Contas da União (MP-TCU) pediu que o Tribunal
exija informações do governo federal de quais contratos mantém com a
Starlink, incluindo as Forças Armadas.
“Caso haja confirmação da existência desses contratos, deve o TCU
determinar a sua imediata extinção, por conta da violação à soberania
nacional defendida pelo Sr. Elon Musk”, afirmou o Subprocurador-Geral
Lucas Rocha Furtado. A petição assinada no último dia 10 de abril está
sob a relatoria do ministro do TCU, Aroldo Cedraz.
Quatro meses após a Starlink receber autorização da Anatel, Musk
visitou o Brasil e foi recebido pessoalmente pelo presidente Jair
Bolsonaro, além de ter sido condecorado com a medalha da Ordem do Mérito
da Defesa pelo Ministério da Defesa. A premiação é dada a
personalidades que prestam “relevantes serviços” às Forças Armadas.
A Starlink tem, desde então, avançado no mercado brasileiro, em
especial, nos locais de difícil acesso da região amazônica. Em fevereiro
de 2023, a Anatel prorrogou os direitos de uso da companhia
estadunidense por entender que ela contribui “com o progresso de nossas
telecomunicações”.
Para o analista Hugo Albuquerque, há interesse do empresário na
desestabilização do governo brasileiro para facilitar seus negócios no
Brasil, já que ele tinha um canal mais direto de negociação com o
governo anterior.
“Ele quer expandir a rede de internet possibilitada pelos satélites
da Starlink para prospectar a Amazônia ou vencer disputas no Ministério
da Educação. Além disso, ele entende que para conseguir tudo isso, ele
precisa trocar o governo aqui”, completou.
Em outubro de 2023, o Ministério da Educação (MEC) informou que
alteraria as regras para conectividade das escolas, o que pode, em tese,
prejudicar a empresa de Musk.
Os satélites da Starlink ainda têm sido usados por garimpeiros
ilegais para se comunicar nas regiões isoladas da Amazônia, segundo
informou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama). “O Ibama relata que tem sido comum encontrar
antenas da Starlink em garimpos”, informou, em nota.
Antes da operação da companhia, esses garimpeiros tinham dificuldade
de se comunicar, de acordo com jornalista do Observatório da Mineração,
Maurício Ângelo. “Os garimpeiros ilegais que atuam na Amazônia
conseguiram a solução para o problema de conectividade que sempre
tiveram via Starlink de 2022 para cá”, comentou.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que as “invasões de terra” no Estado não serão permitidas. A afirmação se deu após o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizar ações, já desmobilizadas, nos municípios paulistas de Campinas e Agudos nesta segunda-feira, 15. À CNN, o governador diz que as respostas contra o movimento têm sido “rápidas”.
Em Campinas, 200 famílias invadiram uma área de 200 hectares que,
segundo o movimento, está “improdutiva, tomada por pastagem degradada e
há anos não cumpre sua função social”. Sob argumento de que as terras
“servem apenas à especulação imobiliária”, o movimento justificou a
invasão que “visa iniciar o reflorestamento da área e o plantio de
alimentos saudáveis”.
Nas redes sociais, o movimento compartilhou a ação da Guarda Civil de
Campinas e disse que o órgão “ignora diálogo do MST com a Secretaria
Municipal de Habitação”. “Lutar não é crime e estamos na área
reivindicando que a terra seja destinada à produção de alimentos”, alega
o MST.
O prefeito do município, Dário Saadi (Republicanos), disse em publicação no X (antigo
Twitter), que “a lei será aplicada” e que a invasão não será aceita.
Criticando o slogan do movimento, “Ocupar para o Brasil alimentar”,
Saadi escreveu que “quem alimenta o País não é o MST, é o setor agrícola
que tem a agricultura mais desenvolvida do mundo”.
Já em Agudos, o MST afirma, em nota, que a invasão é fruto da Jornada
Nacional em Defesa da Reforma Agrária que “reivindica que as terras,
que são públicas, sejam destinadas para as famílias acampadas há anos na
região e que nelas possam produzir comida para alimentar a população”.
Nas redes sociais, o movimento compartilhou imagens de um helicóptero
sobrevoando o acampamento e disse que ação tem a “clara intenção de
intimidação às famílias Sem Terra”. Procurada pelo Estadão, a prefeitura de Agudos não comentou sobre a desmobilização.
As ações do “Abril Vermelho”, ato em repúdio ao massacre de Eldorado
dos Carajás, no Pará, em 1996, quando 21 trabalhadores rurais ligados ao
MST foram assassinados pela Polícia Militar, ocorrem às vésperas do
lançamento do Programa Terra para Gente, do governo federal, que busca
acelerar o assentamento de famílias no País.
Conteúdo investigado: Post apresenta imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com informações sobre a negociação entre o Mercosul e a União Europeia, e outra com foto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva acompanhada
de notícia sobre um acordo entre Brasil e França. A legenda traz as
frases “De fato Lula está desfazendo tudo que @jairbolsonaro fez,
inclusive o acordo Mercosul-União Européia. Lula está trocando R$ 58
bilhões/ano por R$ 1,35 bilhão/ano. Seria mais lucrativo para o Brasil
trocar espelhos por ouro com seus colonizadores”.
Onde foi publicado: Twitter e Facebook.
Conclusão do Comprova: Em posts nas redes sociais, o
deputado Eduardo Bolsonaro (PL) mistura assuntos diferentes e tira
reportagens de contexto para alegar falsamente que o presidente Lula
trocou o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, ainda não
concluído, por uma cooperação com a França. O parlamentar afirma, ainda,
que o pai dele, o ex-presidente Jair Bolsonaro, firmou o acordo que
estaria sendo desfeito pela atual gestão.
Para sustentar a alegação, o político usa captura de tela de uma notícia publicada em fevereiro deste ano no site do governo federal com
um estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(IPEA). A pesquisa concluiu que, caso o acordo comercial entre o
Mercosul e a União Europeia seja concluído, o Brasil seria beneficiado,
entre 2024 e 2040, com um crescimento de 0,46% no Produto Interno Bruto
(PIB). O texto afirma que as exportações aumentariam continuamente no
período até alcançarem um ganho acumulado, e não anual, como afirma o
post, de US$ 11,6 bilhões, aproximadamente R$ 58 bilhões.
Eduardo Bolsonaro omite trecho da reportagem que explica que as
negociações entre os dois blocos se arrastam há 25 anos, sugerindo que o
pai foi responsável por finalizar a negociação, o que o Comprova já demonstrou ser enganoso. Em 2019, quando Jair Bolsonaro era o presidente, o tratado foi anunciado durante a cúpula do G20,
em Bruxelas, na Bélgica, mas não está em execução por entraves
relacionados a políticas ambientais. Além disso, os países membros do
bloco europeu precisam ratificar o acordo internamente para que os
termos comecem a valer na prática, e a França tem sido uma das nações opositoras ao modelo atual.
Também é falso que Lula tenha desfeito o acordo, como afirma o
deputado. Ao Comprova, o governo brasileiro informou que os ministérios
das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e
Serviços “trabalham intensamente pela conclusão da negociação”. No
início deste mês, o presidente afirmou que o Mercosul não voltou atrás em
relação ao assunto e destacou que o Brasil “está pronto” para assinar
os documentos. Em janeiro, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) se
reuniu com um representante da União Europeia para retomar as conversas.
Ao Comprova, a Comissão Europeia também desmentiu que as negociações
tenham sido desfeitas. “As equipes continuam em contato a nível técnico
para avançar em questões pendentes. O foco da União Europeia é garantir
que o acordo cumpra os objetivos de sustentabilidade do bloco,
respeitando simultaneamente as sensibilidades no setor agrícola”,
declarou o porta-voz Olof Gill.
O tratado firmado em março deste ano entre a França e o Brasil,
citado na segunda reportagem reproduzida por Eduardo Bolsonaro, faz
parte do Plano de Ação para a Amazônia,
um programa de investimentos em bioeconomia e proteção da floresta,
enquanto o acordo de livre-comércio envolve trocas comerciais,
importação, exportação e tarifas aduaneiras. “Uma ação não anula outra.
São coisas completamente diferentes”, afirmou o governo federal.
Procurado, o deputado federal não respondeu à tentativa de contato do Comprova.
Falso,
para o Comprova, é o conteúdo inventado ou que tenha sofrido edições
para mudar o seu significado original e divulgado de modo deliberado
para espalhar uma falsidade.
Alcance da publicação: O Comprova investiga os
conteúdos suspeitos com maior alcance nas redes sociais. Até a
publicação deste texto, o post somava 65 mil visualizações e mais de
seis mil interações no Twitter. No Facebook, o post recebeu mais de
quatro mil curtidas.
Fontes que consultamos: Iniciamos a verificação
buscando as notícias publicadas pelo deputado a partir das manchetes.
Depois, entramos em contato com o Ministério do Desenvolvimento,
Indústria, Comércio e Serviços e a Comissão Europeia para esclarecer os
fatos.
Por que investigamos: O Comprova monitora conteúdos
suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre
políticas públicas, saúde, mudanças climáticas e eleições no âmbito
federal e abre investigações para aquelas publicações que obtiveram
maior alcance e engajamento. Você também pode sugerir verificações pelo WhatsApp +55 11 97045-4984.
Obras no 16km no Rio de Janeiro trazem mais segurança aos clientes e
fluidez ao trânsito, reduzindo em até 50% o tempo de percurso no trecho
Serra das Araras: novo traçado vai elevar o patamar de excelência da
rodovia, melhorando a condição de conforto, fluidez e segurança viária
(Créditos: Divulgação/Grupo CCR)
São Paulo, 15 de abril de 2024 – O Grupo CCR, a maior empresa de
infraestrutura de mobilidade do Brasil, deu início às obras de
implantação do novo traçado da Serra das Araras, na Via Dutra (BR-116),
no Rio de Janeiro, um dos projetos rodoviários mais aguardados do País. O
conjunto de intervenções soma o investimento de R$ 1,5 bilhão e vai
gerar mais de cinco mil empregos diretos e indiretos a fim de trazer
mais segurança viária, fluidez e conforto aos clientes que trafegam no
trecho.
As obras serão executadas pela concessionária CCR RioSP e vão
readequar o atual traçado da pista de subida (sentido São Paulo),
transformando-a na nova pista de descida (sentido Rio de Janeiro). Em
paralelo, uma nova pista de subida será construída. As novas vias da
Serra das Araras contarão com quatro faixas por sentido, além do
acostamento e uma faixa de segurança, garantindo mais segurança viária e
conforto aos clientes e trazendo mais fluidez ao trânsito.
O trecho da Serra das Araras, projetado na década de 1940, enfrenta o
desafio de se adaptar ao grande volume de tráfego que circula
diariamente por ali. Hoje, cerca de 390 mil veículos circulam pelos dois
sentidos mensalmente, dos quais 36% deles veículos de carga. Juntos,
eles transportam mais da metade do Produto Interno Bruto (PIB)
brasileiro, o que dá uma dimensão da importância logística das Serra das
Araras para o transporte de cargas no País.
“Ao executar essas intervenções, atendemos a um pedido antigo de quem
transita pela Via Dutra. O novo traçado vai elevar o patamar de
excelência da rodovia para uma outra categoria”, afirma Eduardo Camargo,
presidente da CCR Rodovias. “Na prática, estamos melhorando a condição
de conforto, fluidez e segurança viária, o que irá contribuir para
intensificar o fluxo de veículos entre as duas maiores capitais do
País”, completa o executivo.
Os ganhos apontados pelo presidente da CCR Rodovias se explicam pelo
aumento no número de pistas. Hoje, são duas faixas para descer a Serra
das Araras e outras duas faixas para subir. Depois de concluída, serão
oitos faixas – quatro para cada sentido –, além dos acostamentos, um em
cada sentido. Isso permitirá aumentar a velocidade de circulação de
40km/h para 80km/h, tanto na descida como na subida da Serra. Isso
permitirá reduzir em 25% o tempo de percurso na pista de subida, sentido
São Paulo, e em 50% na pista de descida, sentido capital fluminense.
Execução das obras
O investimento de R$ 1,5 bilhão contempla a implantação de 24
viadutos, duas rampas de escape na pista de descida, melhoria em 14
pontos de acesso e a implantação de uma via marginal na pista sul,
sentido São Paulo. As obras compreendem um trecho de oito quilômetros
por sentido, totalizando 16 quilômetros de extensão, entre o km 225 e o
km 233. Neles, serão construídas 93 contenções, oito pontos de ônibus e
três passarelas.
As obras devem durar 52 meses e contarão com mais de 30 canteiros
simultâneos, o que vai gerar 5 mil empregos diretos e indiretos. A maior
parte da mão de obra será absorvida dos municípios de Piraí (RJ) e
Paracambi (RJ). A previsão da concessionária é de entregar a nova pista
de subida em 2028. Já a pista de descida deverá ser concluída em 2029.
Para implantar a nova estrutura, será necessário o uso de explosivos
para detonação de rochas. A intervenção deve durar 29 meses, impactando o
tráfego na região, com interdições programadas – em dias e horários
específicos – da pista sul, sentido capital paulista. Ao todo, serão 2,5
milhões de metros cúbicos de escavações. Para lidar com uma obra desta
magnitude, a CCR vai construir uma Central de Britagem e fará o
reaproveitamento dos resíduos gerados na construção.
Rodovia mais sustentável
As obras de ampliação da Serra das Araras incorporam aspectos de
sustentabilidade para minimizar o impacto do projeto ao meio ambiente e a
sua pegada de carbono. Uma das principais iniciativas nesta frente é o
uso de cerca de 13 toneladas de material asfáltico reciclado (RAP) para a
pavimentação da rodovia, reduzindo a quantidade de insumos de origem
fóssil na composição do asfalto.
O material rochoso oriundo das detonações também é reutilizado pelo
projeto. Esse insumo será beneficiado em uma central de britagem, sendo
totalmente reaproveitado em camadas de aterro e pavimentos. Dos 2,5
milhões de metros cúbicos (m³) de material de corte gerado nas
escavações, 700 mil m³ são do tipo rochoso. Outros 1,8 milhão de m³
consistem em solo e material terroso menos denso, que também serão
reaproveitados pela Companhia e destinados em aterros da obra em sua
maior parte, ajudando a estabilizar e nivelar trechos de terrenos
acidentados da rodovia que serão pavimentados.
Outra iniciativa é a diminuição da supressão de vegetação no local e a
proteção de talvegues e cursos d’água com a construção de viadutos. Ao
todo, o projeto contempla a construção de 24 viadutos, solução de
engenharia que, além de reduzir a remoção de árvores, possibilita a
manutenção da conectividade de habitats naturais, facilitando o fluxo de
animais para alimentação, reprodução e migração por toda a floresta.
O novo traçado da Serra das Araras irá beneficiar cerca de 20 milhões
de pessoas, das regiões da baixada e sul fluminense e região
metropolitana do Rio de Janeiro, entre municípios cortados pela rodovia
ou sob influência dela. Entre as cidades beneficiadas estão Itatiaia,
Seropédica, Queimados, Nova Iguaçu, Mesquita, Belford Roxo, Duque de
Caxias, São João do Meriti, Itaguaí e Rio de Janeiro.
Segurança viária
A segurança dos motoristas e pedestres também foi pensada pelo Grupo
CCR. O projeto prevê a construção de duas rampas de escapes na pista de
descida. As rampas são prolongamentos da rodovia projetados para
reduzir, por meio de resistência ao rolamento (areia, cascalho e
pedregulhos) e desaceleração gravitacional, a velocidade de veículos em
descidas acentuadas. A região ganhará ainda três novas passarelas e uma
via marginal próximo à Vila Cruzeiro.
Já sob o aspecto tecnológico, o trecho será 100% iluminado e
monitorado por câmeras. Entre elas, as novas câmeras de detecção
automática de incidentes, as Dais. Outra inovação é a conectividade, a
partir da tecnologia de rede móvel 4G, para que os clientes da CCR RioSP
possam acessar o APP CCR Rodovias e acionar os serviços da
concessionária sem consumir do pacote de dados.
Benefícios para os municípios e comerciantes
Além de proporcionar mais segurança e agilidade aos usuários, seja no
transporte de cargas ou de pessoas, o investimento da concessionária
trará benefícios para os municípios lindeiros. A previsão é de que a
obra gere cerca de cinco mil empregos diretos e indiretos durante a sua
execução.
A maior parte dessa mão de obra será contratada localmente pela
concessionária. Para isso, estão realizados encontros com as prefeituras
para que elas apoiem na capacitação desses profissionais. As
contratações serão feitas via Sine (Sistema Nacional de Empregos) dos
municípios lindeiros, fomentando a economia local.
Além dos empregos, o empreendimento vai ampliar a arrecadação dos
municípios. São previstos R$ 46 milhões em impostos, entre ISS, PIS e
Cofins, durante os quatro anos de obra. A concessionária irá facilitar a
atuação dos comerciantes que atuam na Serra das Araras, principalmente
os que vendem frutas no local. Será montado um espaço especialmente
dedicado a concentrar todos os comerciantes da região.
Hugo Godinho – CEO da Dialog, HR Tech líder em Comunicação Interna e engajamento no Brasil.
A eficiência da Comunicação Interna em uma organização está
intrinsecamente ligada ao envolvimento ativo das lideranças no processo.
Sendo uma ferramenta essencial para promover a transparência, alinhar
objetivos, repassar valores e fortalecer o senso de pertencimento dos
colaboradores, a Comunicação Interna só consegue atingir seu verdadeiro
potencial quando conta com o apoio de lideranças atentas e dispostas a
se envolver no fluxo da mensagem.
Isso significa que os líderes devem atuar não apenas como
transmissores da informação, mas também como catalisadores do diálogo,
ouvindo as contribuições dos colaboradores, transmitindo segurança e
agindo como um importante elo entre a equipe e o restante da
organização. Quando os líderes se tornam agentes comunicadores, é
possível aumentar a credibilidade das mensagens e valorizar, na cultura
organizacional, a transparência e a colaboração.
Um líder comunicador não é apenas alguém que sabe se comunicar. Ele
é, também, um exemplo a ser seguido pelo restante do time. Além de
inspirar comportamentos, posturas e boas práticas, essa liderança é
capaz de fortalecer a cultura da empresa e impulsionar a performance
individual, influenciando os colaboradores no que diz respeito ao
engajamento no ambiente de trabalho.
Quando participa ativamente da construção da Comunicação Interna,
essa liderança auxilia a área a desenvolver os projetos necessários e se
mostra presente no dia a dia dos liderados. Isso cria um ambiente
favorável e propício em termos de desempenho e inovação. Afinal, quando
as pessoas se sentem acolhidas, ouvidas e valorizadas no trabalho, elas
se sentem mais engajadas e motivadas em suas funções – o que, é claro,
contribui muito para a retenção de talentos.
Recentemente, a Aberje e a Ação Integrada divulgaram um relatório que
aponta o seguinte: para 64% dos profissionais de Comunicação Interna,
engajar lideranças como comunicadores é o principal desafio em 2024. Já é
o oitavo ano consecutivo que esse objetivo lidera o ranking. Esse
número mostra a urgência de identificar meios para investir no
desenvolvimento desses profissionais.
Formar um líder comunicador nunca é fácil, principalmente porque
precisamos entender e reconhecer as particularidades e os contextos de
cada um. No entanto, se eu pudesse dar três dicas iniciais, diria para a
área de Comunicação Interna começar essa jornada de desenvolvimento a
partir destes passos:
1. Mostre o potencial estratégico da Comunicação Interna:
Entender que a Comunicação Interna, quando estratégica e bem feita,
pode ajudar as empresas a conquistar melhores resultados é a etapa
número um dessa mudança de mentalidade e comportamento. Quando um líder
compreende que se comunicar bem com a sua equipe é fundamental para que o
time performe melhor, o desenvolvimento dessa habilidade comunicacional
recebe o estímulo necessário. Além disso, empresas que contam com uma
ferramenta de Comunicação Interna eficiente, como a Dialog, têm mais
facilidade e recursos para mostrar o potencial estratégico da área.
2. Organize treinamentos e workshops
A comunicação é uma habilidade que pode ser desenvolvida e
aprimorada. Por isso, se a sua empresa enfrenta o desafio de engajar as
lideranças nesse processo, realize treinamentos específicos sobre o tema
para apoiar esse grupo no decorrer do caminho. Ter acesso ao porquê das
coisas e ao como fazer é um grande diferencial nesse processo de
formação.
3. Ofereça meios para o líder atuar como um comunicador
Seja em empresas que atuam de forma presencial ou naquelas que são
estruturadas no modelo remoto, o contato da liderança com o time deve
fazer parte da rotina. Nesse sentido, para garantir uma experiência
digital contínua e alinhada, contar com um canal de comunicação que
traga protagonismo ao líder contribui muito para o despertar de sua voz
ativa. Uma plataforma de Comunicação Interna inteligente, como a Dialog,
traz insights acionáveis para enriquecer a conexão entre a liderança e o
liderado.
É claro que essa transformação de um líder para um agente comunicador
não acontece de uma hora para outra. Esse é um processo que precisa ser
muito bem estruturado e contar com o apoio de diferentes áreas, como a
de Comunicação Interna e a de Recursos Humanos. Porém, apesar de
trabalhosa, essa jornada de desenvolvimento é benéfica e necessária para
o sucesso do negócio.
Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda,
empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de
reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.
São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os
negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.
Os negócios certamente devem estar atentos ao comportamento
das pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de
consumo e, por consequência, apontam caminhos para que as empresas
possam se adaptar. Algumas tendências que já vinham impactando os
negócios foram aceleradas, como a presença da tecnologia como forma de vender e
se relacionar com clientes, a busca do cliente por comodidade,
personalização e canais diferenciados para acessar os produtos e
serviços.
Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do
comércio pela internet, a solução para retomar as vendas nos comércios
passa pelo digital.
Para ajudar as vendas nos comércios a migrar a operação mais
rapidamente para o digital, lançamos a Plataforma Comercial Valeon. Ela é
uma plataforma de vendas para centros comerciais que permite conectar
diretamente lojistas a consumidores por meio de um marketplace exclusivo
para o seu comércio.
Por um valor bastante acessível, é possível ter esse canal de
vendas on-line com até mais de 300 lojas virtuais, em que cada uma
poderá adicionar quantas ofertas e produtos quiser.
Nossa Plataforma Comercial é dividida basicamente em página
principal, páginas cidade e página empresas além de outras informações
importantes como: notícias, ofertas, propagandas de supermercados e
veículos e conexão com os sites das empresas, um mix de informações bem
completo para a nossa região do Vale do Aço.
Destacamos também, que o nosso site: https://valedoacoonline.com.br/ já foi visto até o momento por mais de 250.000 pessoas e o outro site Valeon notícias: https://valeonnoticias.com.br/
também tem sido visto por mais de 5.800.000 de pessoas, valores
significativos de audiência para uma iniciativa de apenas três anos.
Todos esses sites contêm propagandas e divulgações preferenciais para a
sua empresa.
Temos a plena certeza que o site da Startup Valeon, por ser
inédito, traz vantagens econômicas para a sua empresa e pode contar com a
Startup Valeon que tem uma grande penetração no mercado consumidor da
região capaz de alavancar as suas vendas.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Brasil não repetirá nos próximos anos a
forte migração de membros da classe D/E para a C dos dois primeiros
mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entre 2003 e 2010. Naquele
período, a expansão da classe média, ou C, foi a principal marca deixada
pelo presidente.
Desta vez, será a classe A e em menor grau a B as maiores ganhadoras
devido a uma conjuntura de taxas de juro elevadas, baixo dinamismo da
economia e espaço limitado no orçamento público para aumentar
transferências de renda aos mais pobres.
Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A terá o maior
aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028:
3,9% ao ano -algo que já ocorreu em 2023. Na outra ponta, a classe D/E
evoluirá bem menos, 1,5%, em média.
A massa de renda é composta pela soma do rendimento habitual de todos
os trabalhos, de transferências do Bolsa Família e benefícios sociais,
da Previdência e de outras fontes de renda, como juros e dividendos.
Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou
pessoas que têm dinheiro aplicado, que farão a diferença. Embora haja a
expectativa de alguma queda da taxa básica de juro, a Selic, hoje em
10,75% ao ano, ela deve continuar relativamente alta.
O quadro piorou na semana passada, com a perspectiva de que os EUA,
por causa de inflação elevada, mantenham seus juros altos por mais tempo
-forçando emergentes como o Brasil a ter taxas maiores para atrair
investidores que financiem seus déficits.
Hoje, é possível obter 6% ao ano acima da inflação com aplicações
financeiras conservadoras no Brasil; e em 2023 as despesas com juros da
dívida pública somaram R$ 718,3 bilhões. Como comparação, o Bolsa
Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios.
No caso da classe D/E, a Tendências não espera, nos próximos anos,
índices de correção generosos para o Bolsa Família ou o salário mínimo
devido ao espaço fiscal limitado que o governo Lula 3 dispõe.
É o contrário do que ocorreu entre 2003 e 2010, quando o país se
beneficiou de três fatores: reformas estruturais no governo FHC
(1995-2002), um período de forte crescimento da economia global e o boom
nos preços das commodities que o Brasil exporta.
A classe A, que é bastante heterogênea (pois reúne os chamados
super-ricos e famílias com rendimentos mensais próximos a R$ 25 mil por
mês, pelo critério da Tendências), é a menor no país. Soma apenas 4% dos
domicílios -mas abocanha 37,2% da renda. No outro extremo, a classe D/E
concentra quase a metade das famílias (49,4%) e se apropria de apenas
22,1% da renda.
Segundo Lucas Assis, analista de macroeconomia da Tendências, os
fatores que contribuíram para a migração de milhões de pessoas da classe
D/E para C nos anos 2000 levaram a um aumento da formalização do
emprego e à aceleração da renda do trabalho -impulsionando a arrecadação
federal e gerando um crescimento médio do PIB de 4% por alguns anos.
“Naquele período, o governo tinha espaço no Orçamento para reajustar o
Bolsa Família e dar aumentos reais mais fortes para o salário mínimo, o
que beneficiou a classe D/E. Desta vez, isso não parece possível. A
economia e a renda devem crescer, mas mais lentamente”, afirma.
Neste contexto, segundo Assis, as classe B e C, mais dependentes da
renda do trabalho, também terão crescimento da massa de renda abaixo da
A.
“Num cenário de crise fiscal, a expectativa é de manutenção do número
de beneficiários de programas sociais. Assim, o trabalho passa a ser o
principal responsável pelo rendimento. Isso vai, de certa forma, limitar
a ascensão das famílias mais pobres para a classe média”, afirma.
Segundo Maurício de Almeida Prado, diretor-executivo da consultoria
Plano CDE, de qualquer forma as classes mais baixas foram beneficiadas
no início do governo Lula 3 pelo aumento da cobertura do Bolsa Família.
Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o
total de famílias beneficiárias saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões
(+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2
bilhões, respectivamente.
“Considerávamos que o Bolsa Família antes atendia toda a classe D/E,
ou cerca de 50 milhões de pessoas [nos domicílios cadastrados]. Agora
pega parte da classe C, ou aproximadamente mais 30 milhões. A conclusão é
que a chamada classe C2, mais vulnerável, entrou para a rede de
proteção”, afirma.
A questão, pondera Prado, é que embora a vida dessas pessoas tenha
melhorado com a expansão do Bolsa Família, a evolução parou. “O sujeito
da classe C não voltou para trás, mas não teve um próximo passo. Para os
mais velhos, a vida melhorou depois que saíram da D/E lá atrás. Mas,
entre os jovens, há um sentimento de estagnação”, afirma.
Para Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, o problema agora
é que o país não tem conseguido alavancar a renda de forma orgânica.
“Há muita dependência do Estado, e ele não vai ter espaço no Orçamento
para fazer a renda crescer. A população mais pobre, infelizmente, vai
continuar sofrendo.”
Vale menciona, no entanto, que áreas mais dinâmicas e produtivas da
economia, como o agronegócio, acabam “espalhando” seus ganhos para o
entorno de algumas cidades e regiões, como no Centro-Oeste, beneficiando
também os mais pobres.
“Isso mostra que o caminho não é o gasto do setor público, hoje em
forte restrição fiscal. Para melhorar a distribuição da renda, é preciso
estabilidade econômica que permita ao setor privado crescer mais”,
afirma.
Foi a primeira vez que o Irã realizou ataques diretos contra o território de Israel.
Os dois inimigos estão envolvidos há anos numa guerra paralela (shadow war). O Irã vinha usando as chamadas forças “por procuração” (proxy) — ou seja, usando terceiros na disputa, evitando assumir um confronto direto.
Os militares israelenses disseram que Israel e outros países
interceptaram mais de 300 mísseis de cruzeiro e drones, a maioria fora
do espaço aéreo israelense.
Israel disse que muito pouco dano foi causado, mas disse que as pessoas devem permanecer em alerta.
Ao expressar forte condenação pelo ataque, o presidente dos Estados
Unidos, Joe Biden, disse que “ajudamos Israel a derrubar quase todos” os
mísseis e drones.
“O Irã e os seus representantes que operam a partir do Iêmen, Síria e
Iraque lançaram um ataque aéreo sem precedentes contra instalações
militares em Israel”, disse Biden.
O Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) do Irã disse que o ataque visava “alvos específicos”.
Após o ataque, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu,
afirmou que “juntos venceremos”, mas não está claro qual será a resposta
de Israel.
O presidente Biden disse ter reafirmado “o firme compromisso da América com a segurança de Israel”.
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), contra-almirante
Daniel Hagari, disse que alguns mísseis iranianos atingiram o interior
de Israel, causando pequenos danos a uma base militar, mas sem vítimas.
O serviço de ambulância de Israel disse que uma menina beduína de
sete anos foi ferida por estilhaços de destroços na região sul de Arad.
Hagari disse que o ataque em larga escala foi uma “grande escalada” e
disse que Israel e seus aliados operaram com força total para defender
Israel.
Em um comunicado separado, ele disse que o Irã disparou mais de 300
projéteis contra Israel durante a noite, 99% dos quais foram abatidos.
Ele acrescentou que alguns dos lançamentos chegaram do Iraque e do
Iêmen.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que “muito poucos
danos foram causados”, mas alertou que “a campanha ainda não terminou” e
disse que Israel deve “permanecer alerta”.
Duas autoridades dos Estados Unidos disseram à CBS, emissora
norte-americana parceira da BBC, que as forças americanas derrubaram
vários drones, mas não especificaram onde ou como foram interceptados.
O Ministério da Defesa do Reino Unido disse que os jatos de sua força
aérea (RAF, na sigla em inglês) foram usados no Iraque e na Síria para
interceptar “quaisquer ataques aéreos dentro do alcance das nossas
missões existentes”
Sirenes soaram em Israel e fortes explosões foram ouvidas em
Jerusalém, com sistemas de defesa aérea derrubando objetos sobre a
cidade.
O IRGC do Irã disse ter lançado o ataque “em retaliação contra os
repetidos crimes do regime sionista [Israel], incluindo o ataque ao
consulado da embaixada iraniana em Damasco”.
O presidente Biden encerrou mais cedo que o previsto uma viagem a
Delaware para retornar à Casa Branca enquanto as tensões aumentavam no
sábado (13/4).
Depois de falar com Netanyahu, Biden disse que convocaria “meus
colegas líderes do G7 para coordenar uma resposta diplomática unida ao
ataque descarado do Irã”.
Duas autoridades dos Estados Unidos disseram à CBS, emissora
norte-americana parceira da BBC, que as forças americanas derrubaram
vários drones, mas não especificaram onde ou como foram interceptados.
O Ministério da Defesa do Reino Unido disse que os jatos de sua força
aérea (RAF, na sigla em inglês) foram usados no Iraque e na Síria para
interceptar “quaisquer ataques aéreos dentro do alcance das nossas
missões existentes”.
Sirenes soaram em Israel e fortes explosões foram ouvidas em
Jerusalém, com sistemas de defesa aérea derrubando objetos sobre a
cidade.
O IRGC do Irã disse ter lançado o ataque “em retaliação contra os
repetidos crimes do regime sionista [Israel], incluindo o ataque ao
consulado da embaixada iraniana em Damasco”.
O presidente Biden encerrou mais cedo que o previsto uma viagem a
Delaware para retornar à Casa Branca enquanto as tensões aumentavam no
sábado (13/4).
Depois de falar com Netanyahu, Biden disse que convocaria “meus
colegas líderes do G7 para coordenar uma resposta diplomática unida ao
ataque descarado do Irã”.
*Com reportagem adicional de Laurence Peter, Emily Atkinson e Doug Faulkner.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Elon Musk anunciou na madrugada deste
sábado (13) que Grok, a inteligência artificial de uma de suas empresas,
foi equipada com a habilidade de interpretar imagens, a chamada visão
computacional. O recurso está disponível em outras IAs generativa como a
versão mais avançada do ChatGPT e o Gemini do Google.
A xAI divulgou na sexta-feira (12) detalhes sobre o recurso
acrescentado ao Grok 1.5. A IA de Musk foi lançada em novembro e está
disponível para testadores e assinantes da versão Premium+ da rede
social X.
De acordo com o artigo, Grok, além de descrever imagens, consegue,
por exemplo, ler um diagrama representando um raciocínio e transformá-lo
em um código de programação para executar as instruções.
Os testes divulgados pela empresa de Musk destacam a capacidade do
chatbot de compreender problemas lógicos relacionados ao espaço,
superior à dos concorrentes, de acordo com o artigo divulgado, embora
também mostrem desvantagem em outros critérios.
“Avançar em uma compreensão multimodal e na geração de habilidades é
um passo importante para construir uma inteligência artificial geral
[estágio em que a IA se equipara às capacidades humanas]”, disse a
empresa no artigo de divulgação.
Vídeo
relacionado: Elon Musk vs Supremo Tribunal do Brasil: “Não é censura.
As plataformas digitais devem ser responsabilizadas tal como os meios de
comunicação social” (CNN Portugal)
Depois do sucesso do ChatGPT, Musk reuniu em junho uma equipe para
desenvolver um modelo de IA concorrente. Em novembro, a xAI apresentou
uma primeira versão de Grok, um ano após o lançamento do ChatGPT. O
bilionário havia participado da fundação da OpenAI, mas saiu após
divergências sobre a direção da startup.
Em sua versão 1.5, lançada no mês passado, o chatbot apresenta
desempenho inferior a outros concorrentes em desafios linguísticos e de
lógica.
O Grok foi desenvolvido para responder a questões mais espinhosas,
das quais outras IAs costumam se esquivar para evitar transgressões
éticas, de acordo com o site da xAI.
Um estudo da empresa especializada em segurança de IA Adversa,
entretanto, considerou o Grok o chatbot mais perigoso do mercado, em uma
comparação com ChatGPT, Gemini, Mistral, Claude e Llama da Meta –esse
último considerado o mais seguro.
A IA de Musk, por exemplo, deu aos pesquisadores instruções para a
fabricação de uma bomba, sem apresentar qualquer resistência. Com jogos
de palavras simples, os testadores também conseguiram fazer Grok dar
instruções de como realizar ligação direta em automóvel e usar truques
psicológicos para seduzir crianças.
Para evitar comportamentos perigosos ou preconceituosos, modelos de
linguagem contam com uma IA auxiliar responsável pela fazer a moderação
do conteúdo. Esses sistemas, chamados de constituição, decidem se a
resposta original pode causar danos e determinam se ela é adequada.
No caso de Grok, esse filtro é menos rigoroso por escolha da xAI.
Outra diferença do Grok é a capacidade de pesquisar em tempo real
informações no Twitter, cujas publicações também foram usadas no
treinamento do chatbot.
A xAI divulgou no mês passado o código fonte do Grok, no que foi
visto pelo mercado de tecnologia como uma provação de Musk à OpenAI. A
empresa por trás do ChatGPT não divulga detalhes de como desenvolve seus
modelos de inteligência artificial, sob o argumento de que são medidas
de segurança para evitar abusos com IA.
Procurada via assessoria de imprensa, a xAI não respondeu à
reportagem. O cientista conselheiro de segurança da empresa, o professor
de Berkeley Dan Hendrycks tampouco retornou o contato da Folha.
Grok recebeu seu nome em referência a um conceito apresentado no
livro de ficção científica “Um estranho em uma terra estranha”, que
significa um conhecimento profundo e intuitivo.
Da ficção científica, o chatbot também emula o tom sarcástico do
livro “Guia do Mochileiro das Galáxias”. O usuário pode escolher
conversar com uma versão mais neutra de Grok, se assim desejar.