quarta-feira, 20 de março de 2024

COMO PROTEGER CÃES E GATOS DE PULGAS E CARRAPATOS

 

Adotar alguns cuidados permite combater pulgas e carrapatos com eficiência, preservando a saúde do seu animal






Estadão Blue Studio Express – Jornal Estadão

Foto de Rachel Claire no Pexels

O combate de pulgas e carrapatos é um dos grandes desafios para os tutores de cães e gatos. Para garantir que esses parasitas fiquem longe do seu pet, a prevenção precisa fazer parte dos cuidados diários.

Isso porque, apesar de pequenos, esses “inimigos” podem causar muito mais do que desconforto e irritação para os animais. Quando não combatidos adequadamente, as pulgas e carrapatos conseguem causar estragos na saúde do seu amigo, como dermatites, vermes, erliquiose. Aliás, é possível até mesmo transmitir doenças para toda a família.

Certamente, o conhecimento é o ponto de partida do trabalho de prevenção. Portanto, é importante entender o que são esses parasitas, aprendendo também algumas dicas simples que fazem a diferença no combate.

Pulgas e carrapatos

Apesar de ambos causaram um grande incômodo ao seu pet, eles apresentam características diferentes.

Quando adultas, as pulgas se alimentam do sangue do hospedeiro. Neste caso, o seu pet. Entre as doenças causadas, estão: vermes e dermatites alérgicas por conta da picada. No caso específico dos gatos, elas também causam bartonelose e micoplasmose.

Por sua vez, as larvas dos carrapatos se alimentam do sangue do animal, desprendendo-se na sequência para encontrarem um local ideal para se transformarem em adultas e, consequentemente, reproduzindo-se.

Entre as principais doenças transmitidas por essa praga, estão: erliquiose, anaplasmose e babesiose. Os carrapatos, aliás, podem causar problemas para a saúde das pessoas, transmitindo febre maculosa e doença de Lyme.

Formas de atuação desses parasitas

Quando não estão corretamente protegidos, os pets costumam ser infestados por pulgas ou carrapatos durante os passeios.

Isso não significa que os gatos que não saem na rua estão livres do problema. Afinal, já que outros animais podem transportar para o ambiente o “hóspede” indesejado.

No ambiente ideal, esses parasitas se proliferam com grande facilidade, aumentando cada vez mais o problema. Dessa forma, é preciso tanto tratar o animal quanto atuar para eliminar as pulgas e os carrapatos da casa.

Dicas de Prevenção

Para proteger a saúde do seu animal e da sua família, portanto, a prevenção é o primeiro passo. Com a orientação de um médico veterinário ou técnico especializado, é possível aplicar regularmente no animal alguns produtos tópicos, como o ConFront Plus, da World Veterinária, que tem grande eficácia e um ótimo custo-benefício.

Existem também no mercado outras “armas” que auxiliam no combate às pulgas e aos carrapatos, como coleirassabonetes e shampoos antiparasitários.

Lembre-se também de promover inspeções regulares em seu pet, observando possíveis sinais, como coceiras. Caso encontre algo, é preciso atuar o mais rápido possível.

Como esses parasitas se proliferam facilmente e se espalham por todos os lados, o tratamento precisa ser direcionado para todos os animais da casa.

Além disso, o ambiente precisa ser limpo, com a utilização de produtos apropriados para eliminar as pulgas e os carrapatos. Caso contrário, eles vão continuar atacando o seu pet.

Em determinados casos, recomenda-se até mesmo a contratação de uma empresa especializada em dedetização para realmente acabar com a infestação.

Por fim, é importante lembrar sobre a importância de consultar regularmente um veterinário para avaliar a saúde do seu cão ou gato. Isso contribui tanto para o combate de pulgas e carrapatos quanto na prevenção de diversas outras doenças.

Gostou das dicas? No site da World Veterinária você encontra outras informações relevantes para a proteção do seu animal de estimação. Acesse: www.worldveterinaria.com.br.

MARCA PESSOAL É A IMPRESSÃO QUE A PESSOA DEIXA NO PÚBLICO ATRAVÉS DE UMA COMBINAÇÃO ÚNICA DE HABUILIDADES E PERSONALIDADES

 

Autor: Virgilio Marques dos Santos, sócio-fundador da FM2S Educação e Consultoria

Em um mundo saturado de talentos e competências, destaca-se aquele que consegue articular não apenas o que faz, mas quem é. Esta é a essência da marca pessoal, um conceito que transcende o currículo tradicional e que mergulha na narrativa única de cada indivíduo.

Marca pessoal é a impressão que você deixa no mundo; uma combinação única de habilidades, experiências e personalidade que você apresenta ao público. É o que as pessoas dizem sobre você quando você não está na sala, uma síntese de sua presença profissional e o impacto no ambiente de trabalho.

Pense em figuras como Steve Jobs e Oprah Winfrey, lembradas não apenas por suas realizações, mas pela essência de quem são. Jobs, com sua inconfundível personalidade e apresentações icônicas, transformaram a Apple em uma extensão de sua própria marca. Winfrey, com autenticidade e empatia, se tornou uma das personalidades mais influentes da mídia. Nestes exemplos, é claro que marca pessoal vai além do que fazem, refletindo personalidade e visão.

Cada geração aborda a marca pessoal de sua forma. Enquanto os profissionais da geração X (nascidos entre 1965 e 1981) buscam estabilidade e acúmulo de experiências, os millennials (nascidos entre 1981 e 1995) priorizam propósito e autenticidade. Os da geração Z (nascidos entre a segunda metade da década de 1990 e o ano de 2010), por sua vez, são conhecidos por sua criatividade e habilidade digital. Para construir a sua marca, basta entender o que faz sentido para a sua realidade e o seu propósito. Deixo, a seguir, as minhas recomendações.

Sete passos para construir sua marca pessoal

Com base em minhas experiências e conhecimento ao longo desses anos, seja na vida acadêmica, no mundo corporativo ou no empreendedorismo, destaco sete recomendações para que você construa e solidifique a sua marca pessoal:

1) Seja autêntico: sua marca deve ser um reflexo verdadeiro de quem você é. Seja consistente em suas mensagens e ações;

2) Conte a sua história: use suas experiências para mostrar a sua jornada profissional – como chegou onde está e para onde está indo?;

3) Construa a sua rede: relacionamentos são cruciais para o sucesso – conheça e se conecte com profissionais e líderes de sua área de atuação, com respeito e trocas genuínas;

4) Mostre o seu valor: não apenas liste suas habilidades, mas também demonstre como você as utilizou para alcançar resultados reais;

5) Mantenha-se atualizado: o mundo está em constante evolução e sua marca também deve evoluir. Continue aprendendo e se adaptando às demandas do mercado;

6) Use as mídias sociais de forma assertiva: plataformas online são essenciais para comunicar a sua marca. Seja ativo, compartilhe suas ideias e interaja com a sua comunidade;

7) Peça feedback: saiba como os outros percebem a sua marca, pois isso pode ajudar a ajustar e refinar, de forma constante, a sua abordagem.

Criar uma marca forte não é apenas sobre autopromoção, mas sobre contar a sua história de maneira que ressoe com os outros e destaque algo que o torna único.

Ao investir em sua marca pessoal, você não apenas aumenta suas chances em processos seletivos para posições de liderança, mas também define o caminho para uma carreira de impacto e significado. Lembre-se: a sua marca pessoal é o seu maior ativo. Cultive-a e veja as oportunidades se abrirem diante de você.

Virgilio Marques dos Santos é um dos fundadores da FM2S, doutor, mestre e graduado em Engenharia Mecânica pela Unicamp e Master Black Belt pela mesma Universidade. Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da Unicamp, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.

Mindset correto é o que vai fazer você alcançar (ou não) o sucesso

Junior Borneli, co-fundador do StartSe

Mulher negra e sorridente segurando um IPad e olhando para frente (Fonte: Getty Images)

Mindset é a sua programação mental, é como você encara tudo que está ao teu redor

Mindset. Você já ouviu essa palavinha algumas vezes aqui no StartSe. Ela é importante, talvez uma das coisas mais importantes para “chegar lá” (seja lá onde for que você quiser chegar).

É sua habilidade de pensar o que você precisa para ter sucesso. E como a maioria das coisas que você possui dentro de você, ela é uma espécie de programação do seu ser. Tanto que é possível que você adquira outro mindset durante a vida, convivendo com as pessoas corretas, conhecendo culturas diferentes.

Algumas pessoas dizem que é isso das pessoas que faz o Vale do Silício ser a região mais inovadora do mundo. Eu, pessoalmente, não duvido. Fato é: você precisa de ter a cabeça no lugar certo, pois a diferença entre um mindset vencedor e um perdedor é o principal fator entre fracasso e sucesso.

Para isso, é importante você começar do ponto inicial: um objetivo. “Todo empreendedor precisa ter um objetivo. Acordar todos os dias e manter-se firme no propósito de fazer o máximo possível para chegar lá é fundamental”, diz Junior Borneli, co-fundador do StartSe e uma das pessoas mais entendidas de mindset no ecossistema brasileiro.

De lá, é importante você fazer o máximo que puder e não perder o foco, mantendo-se firme. “Não importa se no final do dia deu tudo certo ou errado. O importante é ter a certeza de que você fez tudo o que foi possível para o melhor resultado”, avisa.

Com a atitude certa, é capaz que você sempre consiga canalizar as coisas como positivas. “Você sempre tem duas formas de olhar um a mesma situação: aquela em que você se coloca como um derrotado e a outra onde você vê os desafios como oportunidades. Escolha sempre o melhor lado das coisas, isso fará com que sua jornada seja mais leve”, alerta o empreendedor.

Esses tipo de sentimento abre espaço para uma característica importantíssima dos principais empreendedores: saber lidar com grandes adversidades. “Um ponto em comum na maioria os empreendedores de sucesso é a superação”, destaca Junior Borneli.

Saber lidar com essas adversidades vai impedir que você pare no primeiro problema (ou falência) que aparecer na sua frente. “São muito comuns as histórias de grandes empresários que faliram várias vezes, receberam diversos ‘nãos’ e só venceram porque foram persistentes”, afirma.

É importante ter esse mindset resiliente, pois, nem sempre tudo será fácil para você – na verdade, quase nunca será. “Empreender é, na maior parte do tempo, algo muito doloroso. Até conseguir algum resultado expressivo o empreendedor passa por muitos perrengues. A imensa maioria fica pelo caminho”, diz.

É como uma luta de boxe, onde muitas vezes, para ganhar, você terá que apanhar e apanhar e apanhar até conseguir desferir o golpe (ou a sequência) certo. “Na minha opinião, não há melhor frase que defina a trajetória de um empreendedor de sucesso do que aquela dita por Rocky Balboa, no cinema: ‘não importa o quanto você bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar. É assim que se ganha’”, ilustra.

O problema talvez seja que alguns aspectos do empreendedorismo tenham glamour demais. “Empreender não é simplesmente ter uma mesa com super-heróis e uma parede cheia de post-its coloridos. Você vive numa espécie de montanha russa de emoções, onde de manhã você é ‘o cara’ e à tarde não tem dinheiro pro café”, salienta.

Vale a pena, porém, perseverar neste caminho. “Para aqueles que são persistentes e têm foco, a jornada será difícil, mas o retorno fará valer a pena!,” destaca o empreendedor.

DERROTA TAMBÉM ENSINA

Um ponto importante do sucesso é saber lidar com o fracasso e, de lá, tomar algumas lições para sair mais forte ainda. “Toda derrota nos ensina algumas lições e assim nos tornamos mais fortes a cada nova tentativa. A cultura do fracasso, aqui no Brasil, é muito diferente dos Estados Unidos”, afirma Junior.

No Vale do Silício, falhar é encarado algo bom, na verdade – e aumenta suas chances de sucesso futuro. “Por lá, empreendedor que já falhou tem mais chances de receber investimentos porque mostrou capacidade de reação e aprendeu com os erros”, conta o empreendedor.

Mas ao pensar sobre fracasso, você precisa ter o filtro correto para não deixar a ideia escapar. “Encarar os erros como ensinamentos e entender que falhar é parte do jogo torna as coisas mais fáceis e suportáveis”, salienta.

Foco é a palavra de ordem para você conseguir alcançar os objetivos traçados no caminho, mesmo que em alguns momentos pareça que está tudo dando errado. “Por fim, buscar o equilíbrio mental e o foco são fundamentais. Nas vitórias, tendemos a nos render à vaidade e ao orgulho. E nas derrotas nos entregamos ao desânimo e a depressão. Mentalize seus objetivos, foque nos caminhos que vão leva-lo até eles e siga firme em frente”, afirma.

É importante que você tenha noção de que para ser uma exceção, você não pode pensar da maneira comodista que a maior parte das pessoas. “Se você quer chegar onde poucos chegaram, precisará fazer o que poucos têm coragem e disposição para fazer”, completa.

                   O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?                  

Moysés Peruhype Carlech

Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”, sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de resto todas as lojas dessa cidade no Site da nossa Plataforma Comercial da Startup Valeon.

Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?

Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a sua localização aí no seu domicílio? Quais os produtos que você comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu WhatsApp?

Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para ficarem passeando pelos Bairros e Centros da Cidade, vendo loja por loja e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.

A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar pelos corredores dos shoppings centers, bairros e centros da cidade, durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.

É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e eficiente.  Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e aumentar o engajamento dos seus clientes.

Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer”. – Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o próximo nível de transformação.

O que funcionava antes não necessariamente funcionará no futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo aquilo que é ineficiente.

Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde queremos estar.

Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que você já sabe.

Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na internet.

Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar você para o próximo nível.

Aproveite essa oportunidade para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.

Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

terça-feira, 19 de março de 2024

GENERAL EX-COMANDANTE DO EXÉRCITO SE CONTRADIZ NAS SUAS DECLARAÇÕES

 

História de FABIO VICTOR – Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Trechos do depoimento do ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes à Polícia Federal sobre os acampamentos golpistas em frente a quarteis contradizem uma nota assinada por ele em 2022 ou já foram contestados pelo ministro Alexandre de Moraes, relator no Supremo Tribunal Federal dos inquéritos que investigam a participação de militares em tentativa de golpe.

Publicada em 11 de novembro de 2022, quando Lula já havia vencido a eleição, e assinada pelo general Freire Gomes, então comandante do Exército, em conjunto com seus homólogos da Marinha (almirante Almir Garnier) e da Aeronáutica (brigadeiro Baptista Junior), a nota “Às Instituições e ao Povo Brasileiro” deixava claro o endosso dos comandantes aos acampamentos.

O texto lembrava que a Constituição assegura “livre manifestação do pensamento”, “liberdade de reunião, pacificamente” e “liberdade de locomoção no território nacional” e foi inteiramente assentado nessa tese.

No seu depoimento à PF em 2 de março passado, entretanto, ao ser indagado se a nota “foi utilizada como respaldo das Forças Armadas para manifestações de apoiadores que estavam acampados em frente às instalações militares”, Freire Gomes respondeu que não.

“Que tal interpretação foi dada de forma equivocada”; “que o objetivo era demonstrar que as manifestações não deveriam ocorrer em frente às instalações militares, e sim no âmbito do Poder Legislativo”.

Não há nenhum trecho da nota que ampare esta última afirmação. As menções que há na nota sobre o Legislativo dizem respeito a leis aprovadas no Congresso ou a “importância da independência dos Poderes, em particular do Legislativo, Casa do Povo, destinatário natural dos anseios e pleitos da população, em nome da qual legisla e atua, sempre na busca de corrigir possíveis arbitrariedades ou descaminhos autocráticos que possam colocar em risco o bem maior de nossa sociedade, qual seja, a sua liberdade”.

A referência ao Legislativo foi vista na época como uma indireta ao Judiciário, uma vez que Bolsonaro e seus aliados viam (e veem) abuso de poder por parte do Supremo, em particular do ministro Alexandre de Moraes.

Na outra menção ao Legislativo, a nota dos comandantes reitera seu apoio à livre expressão ao afirmar que, na lei nº 14.197, de 2021, “o Parlamento Brasileiro foi bastante claro ao estabelecer que: ‘Não constitui crime […] a manifestação crítica aos poderes constitucionais nem a atividade jornalística ou a reivindicação de direitos e garantias constitucionais, por meio de passeatas, de reuniões, de greves, de aglomerações ou de qualquer outra forma de manifestação política com propósitos sociais'”.

Noutra passagem tida como recado ao Judiciário, os comandantes escreveram que “são condenáveis tanto eventuais restrições a direitos, por parte de agentes públicos, quanto eventuais excessos cometidos em manifestações que possam restringir os direitos individuais e coletivos ou colocar em risco a segurança pública”.

Outro ruído do depoimento de Freire Gomes em relação aos acampamentos diz respeito a uma suposta omissão dos comandantes por não terem desmantelado a tempo aqueles locais, apesar da pauta dos manifestantes ser abertamente golpista -não reconheciam o resultado das eleições e pediam um golpe militar.

À PF o ex-comandante respondeu “que não havia suporte jurídico para remoção das manifestações naquele momento” e “que nunca houve uma ordem judicial” nesse sentido.

Relator de todas as investigações no STF sobre tentativas de golpe por parte de Bolsonaro, o ministro Alexandre de Moraes já refutou a tese.

Em entrevista dezembro passado, a Folha de S.Paulo perguntou a Moraes sobre o argumento, na época já encampado por muitos militares e demais aliados de Bolsonaro.

“A Justiça age a pedido”, respondeu o ministro. Moraes citou dois casos em que, por solicitação das autoridades, o STF determinou a retirada dos acampamentos, em Belo Horizonte e em Rio Branco, o primeiro antes mesmo dos ataques de 8 de janeiro -depois, vários outros também seriam desmontados.

“Bastaria às Forças Armadas, e isso faz parte do poder de polícia dos órgãos administrativos, retirarem [os acampamentos], até pela quebra de segurança. Aqueles acampamentos na frente dos quarteis atentavam contra a própria segurança das Forças Armadas. Eles não sabiam exatamente o que poderia ocorrer. E isso que está sendo investigado, quem eventualmente colaborou para isso de dentro das Forças Armadas.”

Assim como outros ministros do STF, Moraes considera “um grande erro” a manutenção de acampamentos em frente aos quarteis após a definição da eleição presidencial de 2022.

“Não existe liberdade de expressão em você acampar na frente de um quartel pedindo para as Forças Armadas derrubarem o regime democrático. Isso não é permitido em nenhum lugar do mundo. E não há também, como se levantou à época, impunidade ou inviolabilidade nesses locais por serem militares. Obviamente que não. A administração é militar, mas os crimes praticados lá podem e devem ser combatidos pela polícia”, disse.

“Manifestação na frente de quartel pedindo golpe militar, pedindo volta do AI-5, pedindo a quebra do regime democrático, pedindo o fechamento de poderes, é crime. Isso o Supremo já pacificou. Agora o processo vai analisar a autoria de cada um.”

Freire Gomes também mencionou um parecer da AGU (Advocacia-Geral da União) de 2019 que, por sua versão, impediria as Forças Armadas de agirem contra os acampamentos.

O referido parecer, no entanto, embora afirme que deve caber à polícia realizar prisões em flagrante delito quando ocorrem crimes comuns próximos a quarteis, diz também que “o perímetro de 1.320 metros em torno dos estabelecimentos militares continua a constituir área de servidão militar sobre a qual o Estado (Forças Armadas) possui o direito real de gozo, em prol do interesse público ínsito à função militar”.

Com base no texto da AGU, o Exército poderia, se quisesse, ter pelo menos bloqueado os acessos aos quarteis.

Diz o parecer: “É possível que as Forças Armadas promovam, na área de 1.320 metros ao redor dos estabelecimentos militares, ações típicas de polícia administrativa, incidentes sobre bens, direitos ou atividades, citando-se como exemplos: patrulhamento, fiscalização de trânsito no perímetro da OM, com estabelecimento temporário de posições estáticas ao longo do seu itinerário, junto aos limites das instalações militares, bem como o bloqueio dos acessos ao quartel”.

No termo de depoimento de Freire Gomes à PF, não consta se o ex-comandante foi indagado se os comandantes receberam ordem superior para permitir a manutenção dos acampamentos -que, no caso, só poderia ter partido do ministro da Defesa, à época Paul Sérgio Oliveira, ou do então presidente, Bolsonaro.

LULA ATACA BOLSONARO PARA ENCOBRIR OS SEUS ERROS

História de Andre Ruoco – IstoÉ

Dividir para conquistar é uma tática quase tão antiga quanto andar para frente. Facínoras, ditadores e populistas mundo afora, historicamente, usam e abusam do truque, infelizmente, ainda de fácil aceitação e apelo popular. Em pleno século 21, os bípedes viventes dotados de consciência ainda não aprenderam a se livrar da armadilha pueril.

Esquerda, direita, centro, não importam as ideologias. Extremistas, moderados, idem. Se há disputa política, haverá cisão. Maior ou menor, pacífica ou violenta, de cima para baixo, ou o inverso, a conquista do Poder passa pela discórdia e desunião do grupo disputado. Quanto mais civilizada a sociedade, seus representantes e o debate, menos pior o resultado.

INÍCIO

Lula da Silva inaugurou o odiento “nós x eles” em 2002 e o praticou à exaustão e perfeição dali em diante. Não à toa ter parido o “bebê de Rosemary” (os mais novos pesquisem para entender), que atende por “mito”. Pior. Pariu e vem ressuscitando, se não a peste em pessoa, seu espírito, assim como ocorreu consigo mesmo (foi ressuscitado por Bolsonaro).

Essa gente (Lula e Bolsonaro) precisa um do outro, pois alimenta-se do ódio que difundem – para lá de justificado, diga-se de passagem. Donald Trump, o bufão alaranjado, ressurge vigoroso com um discurso ainda mais perigoso e agressivo nos EUA, chamando imigrantes trabalhadores de “animais selvagens, drogados, estupradores” e outras aberrações.

MEIO

Trump não pensa assim, evidentemente. Ou melhor, até pensa um pouco. Mas ao se comportar como uma espécie de Hitler da Era Moderna (no sentido higienista), confirma a condição de líder dos bárbaros (em alguma medida) e de opositor ao que seria o oposto, no caso, Joe Biden, como se de fato suas falas representassem a realidade.

Bolsonaro e o bolsonarismo não passam um dia sem atacar o lulopetismo e difundir, além de verdades incômodas, mentiras grotescas. Não passam um dia sem reduzir problemas crônicos e complexos a uma mera incapacidade ou leniência do atual governo (ainda que muita coisa resulte disso mesmo). E o fazem com extrema simplificação e virulência.

FIM (?)

Por quê? Bem, porque há método aí. Além do “dividir para conquistar”, há também o bom e velho “acuse-o do que você é e faz”. E obviamente, o troco vem a galope. Lula, PT e satélites de esquerda respondem à altura, quando não raro disparam o primeiro petardo. Vivem em perfeito mutualismo, alimentando-se das presas fáceis (bestas-feras).

“Não teve coragem de executar o que planejou, ficou dentro de casa, aqui no Palácio, chorando quase um mês e preferiu fugir para os Estados Unidos. E não teve golpe porque algumas pessoas que estavam no comando das Forças Armadas não quiseram, não aceitaram a ideia do presidente, mas também porque o presidente é um covardão”.

JAMAIS

Eis aí a fala do Rei Lula 3, na reunião ministerial em que pediu mais empenho dos ministros por causa da queda da sua popularidade. A “alma mais honesta deff paíff” acha que a culpa de sua crescente rejeição é de sua equipe, e não dele mesmo por falar coisas assim, e outras, em favor de ditadores, terroristas e afins, ou pelas ofensas ao empresariado.

Lula chama o “mercado” de “dinossauro voraz, responsável pela fome das crianças pobres”, adula Maduro e Putin, defende o Hamas e ataca Israel, mete a mão grande na Petrobras e na Vale, mas tenta culpar os ministros pela queda de popularidade. Como não será suficiente, já parte para o óbvio e ataca Bolsonaro. E irá funcionar. Sempre funciona.

 

LULA COBRA DE MINISTROS MAIS DEFESA DO GOVERNO

História de CATIA SEABRA E RENATO MACHADO – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente Lula (PT) cobrou seus ministros nesta segunda-feira (18) para que saiam em defesa do governo federal e não apenas de suas próprias áreas e ações.

O mandatário pediu “transversalidade” da sua equipe para rebater as críticas e divulgar as medidas do governo, além de mais viagens aos seus ministros e maior presença em redes sociais, para que expliquem as ações da gestão petista.

A cobrança foi feita durante reunião com todos os ministros no Palácio do Planalto. O encontro acontece em meio à elevação da pressão por mais resultados, após a queda na sua popularidade.

Pesquisa divulgada pelo Ipec no início do mês mostrou piora nos índices de aprovação de Lula.

Consideram a administração ótima ou boa 33%, ante 38% na pesquisa anterior, realizada em dezembro de 2023. Outros 33% avaliam a gestão regular, e 32% veem como ruim ou péssima, uma oscilação positiva de dois pontos em relação aos dados anteriores.

Lula então teria afirmado que é preciso “transversalidade” na defesa das ações do governo. Disse que cada um é ministro de uma determinada área, mas que todos são integrantes do governo federal e por isso têm responsabilidade em defendê-lo.

O governo Lula busca sinalizar que suas ações não estão chegando ao conhecimento da população, evitando reconhecer que as críticas podem ser feitas à própria maneira de governar e a ações que ainda não produzem resultado.

O presidente então teria pedido, fazendo coro ao ministro Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social), que os ministros usem mais as redes sociais para explicar as ações do governo para o público. E também pediu que os titulares do seu governo viajem mais para divulgar os programas e feitos.

Após o encontro, o ministro Rui Costa (Casa Civil), afirmou que Lula também pediu que os ministros revisitem programas e ações já lançadas, para verificar o andamento delas e também evitar que caiam no esquecimento.

“O presidente pediu para que cada ministro procure revisitar tudo o que lançou. Ele não quer ver anunciando novos programas, novas ações, mas concretizar o que foi lançado. Já tem um portfólio robusto. Tem que agregar em indicadores que sejam compreendidos pela população”, afirmou o ministro.

 

ELEIÇÕES FRAUDULENTAS NA RÚSSIA

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

As eleições fraudulentas na Rússia oficializaram um quinto mandato de Vladimir Putin. Após seus oponentes serem eliminados por mortes “misteriosas”, o único adversário capaz de derrubá-lo é a morte. É um opositor inexorável, mas caprichoso, e a probabilidade é de que Putin chegue a 2030 liderando a Rússia por 30 anos, mais tempo do que Stalin.

Putin tem mais em comum com Stalin do que a longevidade. O ex-oficial da KGB também é paranoico e se cercou de milhares de serviçais da polícia secreta. Como Stalin, Putin sabe estimular e explorar divisões das facções de seu regime para manter o poder – como um “chefe mafioso”, nas palavras de Yulia Navalnia, viúva do ativista Alexei Navalni.

Como Stalin, Putin é um mestre da desinformação e tem o apoio de um segmento poderoso da opinião pública, incluindo militares, burocratas e a intelligentsia da velha hierarquia soviética, além da Igreja Ortodoxa. Após o caos dos anos 90, ele se vendeu à população da Rússia profunda como um garantidor da ordem, atuando como tirano e posando de populista – como um chefe mafioso.

Assim como Hitler abasteceu sua máquina totalitária inflamando o revanchismo e o ressentimento após a Grande Guerra e o Tratado de Versalhes, Putin culpa o Ocidente pelo colapso da União Soviética e o desmoronamento do império russo. Para reconstruí-lo, Putin conta com as armas nucleares herdadas da URSS e imensas reservas de petróleo e gás. Como Hitler buscou fundir os povos germânicos em uma cultura e um Estado, Putin conta, nas antigas colônias soviéticas, com ex-líderes desapropriados e minorias étnicas russas que ele pode agitar – como Hitler fez com as minorias germânicas, por exemplo, na Checoslováquia – para justificar intervenções russas. Suas milícias mercenárias no Oriente Médio e África são uma ferramenta para extorquir de regimes vassalos dinheiro e recursos naturais – como um chefe mafioso. No “Sul Global”, ele conta com um plantel de “idiotas úteis” prontos a aplaudir suas agressões como resistência ao “imperialismo estadunidense”.

Mas Putin tem suas fraquezas. Como Mussolini, ele é vaidoso. A Rússia é mais fraca do que foi um dia. A aliança tática contingencial com a China não reverte sua rivalidade estratégica estrutural. No longo prazo, o desacoplamento com o Ocidente e a dependência da China enfraquecem a posição russa. Desviando suas exportações para regimes autocráticos e reengendrando uma economia de guerra, Putin tem conseguido sustentar a economia. Mas isso impactará a produtividade. A população é declinante e a ruptura com o Ocidente obliterará possibilidades de inovação, condenando a economia à mediocridade e à dependência de commodities.

O que falta ao Ocidente é uma estratégia coerente para explorar essas vulnerabilidades. Armar e financiar a Ucrânia ainda é o melhor meio de impor custos a Putin. Mas, se às vezes os líderes ocidentais falam grosso – como Churchill contra Hitler –, com frequência cedem à ilusão do apaziguamento – como Chamberlain. As sanções são importantes, mas seu impacto é limitado. A dissuasão pelo fortalecimento militar progride, mas não tanto quanto o necessário.

O Ocidente claudica na guerra das ideias, falhando em convencer o “Sul Global” não só do valor dos princípios liberais, mas de sua eficácia. Também deveria ficar claro que o pária é Putin, não o povo russo. “Precisamos criar uma matriz de uma Rússia livre fora da Rússia”, alertou o ativista Garry Kasparov. Putin decapitou a oposição, mas seu espírito vive em antagonistas exilados e numa comunidade silenciosa disposta a protestar corajosamente, como se viu no funeral de Navalni e nas filas para votar ao meio-dia em sinal de protesto, como pediu Navalni antes de morrer.

Sem derramamento de sangue, os russos neutralizaram o aventureirismo do sucessor de Stalin, Nikita Kruchev, e o Ocidente pôs fim à guerra fria. Para impor o mesmo destino ao regime de Putin, será preciso uma combinação equivalente de paciência e determinação. Mas, até agora, tem havido muito da primeira e muito pouco da última.

A SOLIDÃO AMEAÇA A DEMOCRACIA

História de Helen Whittle

Pesquisa realizada na Alemanha sugere que solitários têm mais propensão a aderir a ideias antidemocráticas, autoritárias e populistas e a crer em teorias da conspiração.

Um em cada quatro jovens adultos entre 18 e 29 anos na Alemanha diz que se sente solitário com frequência

Um em cada quatro jovens adultos entre 18 e 29 anos na Alemanha diz que se sente solitário com frequência© Yuri Arcurs/Zoonar/IMAGO

A solidão é frequentemente descrita como uma pandemia silenciosa na Alemanha. Os números mais recentes do Departamento Federal de Estatísticas (Destatis) indicam que uma em cada seis pessoas com mais de dez anos de idade se sente solitária com frequência, o que corresponde a cerca de 12,2 milhões de pessoas.

A solidão é definida pelos psicólogos como uma discrepância percebida entre as relações sociais desejadas e as reais, e é diferente do isolamento social. As estatísticas mostram que, na Alemanha, os jovens são os mais afetados. Um quarto dos jovens adultos entre 18 e 29 anos diz que se sente solitário com frequência.

A ministra alemã da Família, Lisa Paus, descreveu a solidão como uma das questões mais urgentes de nosso tempo, não apenas por causa dos riscos associados à saúde – incluindo um risco maior de doenças cardíacas, derrames, demência e depressão –, mas também porque ela enfraquece a coesão social.

O estudo Extrem Einsam (extremamente solitário) – parte do projeto Kollekt, financiado pelo governo alemão – sugere que a solidão também pode representar uma ameaça à democracia. Os pesquisadores descobriram uma ligação entre a solidão e atitudes antidemocráticas, como inclinação para: populismo, crença em teorias da conspiração, atitudes autoritárias, aprovação da quebra de regras políticas e da violência.

Democracia depende de participação

“Essas não são conexões causais, mas há uma correlação”, disse Claudia Neu, socióloga e uma das autoras do estudo. Aqueles que experimentam a solidão por um longo período de tempo começam a perceber o mundo de forma mais negativa, como sendo mais sombrio e ameaçador – elas confiam menos nas outras pessoas e também em seu ambiente e nas instituições democráticas.

Isso é um problema, de acordo com Neu, porque a democracia prospera com a participação, e o apoio à democracia depende da intensidade com a qual os indivíduos se sentem conectados à sociedade como um todo.

“É claro que o desejo de comunidade ainda é muito forte, simplesmente está profundamente enraizado em nós o fato de que provavelmente não conseguimos sobreviver bem sem os outros”, disse ela. ” E os partidos populistas de direita ou extremistas de direita oferecem um senso de comunidade e, ao mesmo tempo, essa narrativa de medo: ‘Junte-se a nós, então você fará parte da nossa comunidade’.”

Dos 1.008 jovens entre 16 e 23 anos pesquisados, 48% acham que o sistema democrático funciona bem na Alemanha

Dos 1.008 jovens entre 16 e 23 anos pesquisados, 48% acham que o sistema democrático funciona bem na Alemanha© IPON/IMAGO

Apenas um dos vários fatores de risco

Gabriela Grobarcikova, de 25 anos, disse que tinha 15 anos quando se sentiu solitária pela primeira vez. “Eu me sentia distante das outras pessoas, com a sensação de que havia muita gente ao meu redor mas faltava a sensação de uma conexão real”, disse ela.

Grobarcikova afirma que não tinha uma vida familiar estável e achava difícil manter amizades duradouras, mas encontrou um senso de conexão por meio da política. Ela atribui à ligação de seus pais com a política de centro-esquerda como uma das razões pelas quais não desenvolveu visões antidemocráticas ou extremistas.

“A solidão é um estado em que há um desejo forte e insatisfeito de comunidade, e eu encontrei isso por meio do engajamento político e do ativismo. Felizmente, encontrei isso em círculos políticos social-democratas baseados na comunidade local”, disse Grobarcikova, que agora trabalha em uma organização sem fins lucrativos para promover o envolvimento democrático nas escolas.

O estudo da Kollekt constatou que a dúvida sobre a democracia é generalizada entre os jovens. Dos 1.008 jovens entre 16 e 23 anos pesquisados, menos da metade (48%) acha que o sistema democrático funciona bem na Alemanha e menos ainda (40%) acredita que os políticos são capazes de enfrentar os desafios do futuro.

Entretanto, não há evidências empíricas que sugiram que os jovens de hoje tenham opiniões politicamente mais extremas do que as gerações anteriores, de acordo com Björn Milbradt, sociólogo e especialista em radicalização entre jovens do Instituto Alemão da Juventude.

“Atualmente, existe a impressão de que os jovens estão se tornando cada vez mais radicais. Mas eu pediria cautela. Sempre houve movimentos radicais ou extremistas de jovens ou movimentos de jovens”, disse Milbradt, referindo-se à onda de violência extremista de direita que ocorreu após a reunificação alemã no início da década de 1990 e ao movimento estudantil da Alemanha Ocidental de 1968.

“O que a pesquisa comprovou é que a probabilidade de um jovem se radicalizar depende de vários fatores, não apenas da solidão”, ressaltou Milbradt. O histórico socioeconômico, a vida familiar instável, a falta de habilidades de pensamento crítico e a exposição a atitudes misantrópicas também podem ter um papel importante.

“Não existe apenas um fator. Acho que é muito importante enfatizar isso porque, no debate público, muitas vezes há uma tendência de ver a radicalização de uma forma muito unidimensional, de que o TikTok seja um dos principais fatores que radicalizam os jovens”, explicou.

Educação e participação no processo democrático

“É importante estar atento à questão do extremismo entre os jovens”, alertou Milbradt, apontando para a pesquisa Shell Jugendstudie de 2019, que constatou que cerca de um terço dos jovens na Alemanha tem uma tendência ao populismo de direita em suas atitudes.

“Esse foi um resultado muito alarmante e acho que ainda é”, disse. “Há resultados de eleições em que os populistas de direita da Alternativa para a Alemanha (AfD) obtém uma porcentagem muito significativa de jovens. Nesse sentido, esses são sinais de alerta que continuamos recebendo.”

No que diz respeito aos jovens, o combate à solidão é apenas uma parte de uma gama mais ampla de soluções necessárias para evitar que eles desenvolvam visões extremistas, de acordo com Milbradt. A educação política e cívica nas escolas, a conscientização sobre a história do passado nazista da Alemanha e sobre a importância de uma participação ativa no processo democrático também são fundamentais.

Os autores do estudo também disseram que os políticos e os grupos da sociedade civil precisam tornar a educação política acessível a todos e criar mais oportunidades para que os jovens participem do processo democrático.

Autor: Helen Whittle

 

POLINIZAÇÃO CRUZADA NA POLÍTICA

 

História de Giulia Granchi – Da BBC News Brasil em São Paulo

Pesquisador vê 'dificuldade em barrar grupos com discursos criminosos'

Pesquisador vê ‘dificuldade em barrar grupos com discursos criminosos’© Getty Images

Uma imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — um líder de esquerda — com elementos do nazismo passou a circular em redes sociais como o X (antigo Twitter) depois da comparação feita por Lula entre a guerra em Gaza e o holocausto.

As montagens de Lula com o bigode de Hitler e rodeado de suásticas, no entanto, não se tratavam de críticas ou ironia ao discurso do presidente brasileiro, e nem de usuários falsos que tentam prejudicar a imagem de Lula — mas sim de manifestações de apoio.

Elas foram publicadas por extremistas que abraçam ideias políticas de diferentes vertentes conforme elas sejam convenientes às suas visões pessoais.

“Usuários da rede, criaram, inclusive, o termo ‘lulismo esotérico’ [fazendo uma relação direta com o ‘hitlerismo esotérico’, interpretações místicas dadas ao nazismo no contexto do pós-guerra] e estão produzindo propaganda”, afirma a pesquisadora Michele Prado, pesquisadora do Monitor do Debate Político no Meio Digital da USP (Universidade de São Paulo).

Embora as ideias sejam aparentemente antagônicas, de acordo com a pesquisadora, o episódio se trata de um exemplo claro do conceito de “polinização cruzada”.

Na natureza, esse termo se refere a um processo em que o pólen é transferido entre flores de plantas diferentes para promover a fertilização e diversidade genética.

Já no contexto discurso político, é usado para ilustrar a troca ou mistura de ideias extremistas entre grupos de espectros políticos aparentemente antagônicos.

E o presidente de esquerda brasileiro associado ao nazismo não é o único exemplo, como mostraremos ao longo desta reportagem.

Mistura de ideologias

Em 2020, Christopher Way, diretor do FBI, usou o termo “salad bar ideology” (algo como “ideologia self-service”), para descrever essa mistura de ideias que culminam em um extremismo violento.

Segundo Way, para quem trabalha com antiterrorismo, tentar encaixar os discursos em categorias bem definidas é um desafio.

“Uma das coisas que vemos cada vez mais são pessoas fazendo misturas confusas, uma variedade de ideologias diferentes.”

De acordo com David Magalhães, coordenador do Observatório da Extrema Direita, um dos objetivos desses grupos extremistas é fazer oposição às ideologias dominantes.

“Temos um conjunto de ideias apoiadas por uma maioria e sustentadas em pilares liberais, como política parlamentar, tripartição de poder, respeito pelos direitos das minorias e a definição do papel do estado na economia. Grupos extremistas, sejam de direita ou de esquerda, buscarão desafiar essas bases no espectro ideológico.”

Esses grupos, de acordo com os pesquisadores ouvidos na reportagem, escolhem partes de diferentes ideologias de forma a criar um conjunto que responda à crenças e queixas pessoais – que podem ser legítimas ou não.

“Comunidades de extrema direita, por exemplo, geralmente odeiam a ideia do Islã, mas ao mesmo tempo, algumas abraçam partes do islamismo radical. Temos comunidades de extrema direita antissemitas que estão apoiando o Hamas nos ataques de 7 de outubro como um meio de incentivar uma ‘limpeza étnica'”, exemplifica

O pesquisador menciona, ainda, a existência de um grupo neonazista cultista [satanista] que usa elementos islâmicos para se descrever e apoia ataques terroristas que ocorreram no Ocidente.

Apesar da mistura de ideias aparentemente opostas, há também pontos de convergência entre os extremistas de diferentes “linhas”. Entre eles, os pesquisadores citam: a crença em teorias da conspiração, posicionamentos anti-LGBTQIA+ e o antissemitismo.

Moustafa Ayad, diretor-executivo do ISD (Institute for Strategic Dialogue), explica as imagens de Lula associadas ao nazismo como uma oportunidade usada por extremistas para alcançar pessoas de grupos diferentes.

“Em certos casos, ao manifestar uma oposição a Israel, eles acentuam essa postura como uma declaração contra a fé judaica em sua totalidade.”

“Hitler é considerado um reflexo desse pensamento. Se uma figura pública como Lula adota uma posição que pode provocar essa resposta, os extremistas veem isso como uma oportunidade estratégica para interseccionar e disseminar essas ideias de maneira mais ampla. É uma oportunidade de aproximá-los de uma audiência específica que eles não podiam alcançar antes.”

Michele Prado menciona o grupo ‘Nova Resistência’ como mais um exemplo de polinização cruzada no cenário brasileiro.

“Trata-se de um grupo neo-fascista que incorpora uma variedade de conceitos provenientes de diversas ideologias extremistas, formando uma abordagem única. Essa estratégia, inclusive, visa ampliar sua base de apoio e recrutar mais adeptos.”

Na avaliação de Prado, a Nova Resistência mistura conceitos de extrema esquerda, como o nacional-revolucionarismo (transformação radical da sociedade), terceiro-mundismo (cooperação entre países em desenvolvimento), nacional-bolchevismo (síntese entre ideias bolcheviques e nacionalismo), até extrema direita violenta, incorporando conceitos neo-fascistas (ressurgimento de ideias associadas ao fascismo).

“A Nova Resistência faz esse extremismo híbrido, e isso se reflete inclusive nos números, como eles conseguiram aumentar consideravelmente o número de seguidores no canal deles, no YouTube. E os discursos deles estão muito disseminados, inclusive, em veículos de mídia alternativa da esquerda. O grupo é um bom exemplo, um exemplo assim do extremismo híbrido, onde ocorre essa polinização cruzada de forma estrutural, inclusive.”

Prado aponta qe o o grupo também expressa discursos antissemitas, antiliberalismo político e se coloca contra pautas LGBTQIA+.

Uma das figuras públicas que já demonstrou afinidade com o grupo foi o deputado Robinson Farinazzo (PDT-SP), que em 2022 posou para uma foto na Avenida Paulista ao lado de militantes que seguravam uma bandeira com uma estrela verde e as letras “NR” ao centro.

O grupo, inclusive, apoiou campanhas de candidatos do PDT, como a o próprio Farinazzo, de Cabo Daciolo e Aldo Rebelo (que tentaram vagas no Senado por Rio de Janeiro e São Paulo).

A BBC News Brasil procurou o grupo e os políticos citados, mas não obteve resposta.

O que é a 'polinização cruzada' na política, que faz extremistas usarem argumentos da direita e da esquerda

O que é a ‘polinização cruzada’ na política, que faz extremistas usarem argumentos da direita e da esquerda© Getty Images

Como surgiu a polinização cruzada?

Michele Prado aponta que há indícios da chamada “polinização cruzada” desde os anos 90, quando a internet começou a ser democratizada.

“Na época, os ideais extremistas eram compartilhados em fóruns online de forma mais unilateral. Você tinha um produtor de conteúdo e um receptor passivo. E uns dos primeiros grupos a utilizar essa ferramenta da internet foram os neonazistas, que entenderam o quanto aquilo seria um instrumento para amplificar suas ideias além de fronteiras físicas.”

O fenômeno tomou uma nova forma, de acordo com a pesquisadora, entre os anos 2000 e 2010, quando as pessoas começam a ser produtoras, mas ainda em um ritmo menor.

“A partir disso o Estado Islâmico, por exemplo, conseguiu radicalizar pessoas online, inclusive de países em paz.”

Para Prado, o cenário atual é mais complexo, já que com as redes sociais, os indivíduos não são apenas consumidores passivos de conteúdo extremista, mas também produtores ativos.

As redes sociais como ferramenta de amplificação

“Hoje, enfrentamos um cenário chamado de extremismo pós-organizacional, onde não existem mais estruturas hierárquicas como antes, nos anos 2000. Para ser um extremista afiliado a um grupo não é mais necessário passar por processos de iniciação ou ter contato com um radicalizador.”

É aí, aponta a pesquisadora, que surgem interações antes pouco prováveis entre extremistas que possuem ideologias que podem parecer opostas, mas que têm pontos convergentes.

A falta de um líder claro, analisa Moustafa Ayad, faz com que cada influenciador possa agir online isoladamente, sem a necessidade de um grupo por trás dele.

“Alguns deles estão vinculados a grupos formais, mas escolhem e selecionam entre os grupos aos quais estão afiliados, ou afirmam não ter filiação e estão apenas promovendo uma ideologia.”

As redes sociais tornaram mais fácil o acesso a discursos extremistas.

Se antes uma pessoa precisava de muita pesquisa para chegar a comunidades extremistas — e poderia passar sua vida sem saber da existência delas — agora pode ser impactada facilmente por diferentes ideais violentos sem dificuldade.

Espaços não vigiados, como o Telegram, são câmaras de eco e muito propícios para a proliferação de ideias extremistas, aponta David Magalhães.

O pesquisador conta um exemplo de polinização cruzada que detectou ao acompanhar grupos dentro dessa rede social durante a pandemia.

“A direita criticava as ‘big pharmas’ [grandes farmacêuticas], mas com uma visão populista, que acredita que o poder está sendo controlado por uma elite (corrupta) e há a necessidade de devolver o poder ao povo (puro). Em certa medida, essas ideias encontraram correspondência com discurso de parte da esquerda que tem um discurso anticapitalista, contra os grandes conglomerados econômicos.”

Moustafa Ayad complementa dizendo que há uma dificuldade em barrar grupos com discursos criminosos.

“Lembro-me de uma repressão a grupos brasileiros no Telegram devido à promoção de ideologias neonazistas. Mas essas comunidades persistem, uma vez que é viável derrubar canais, mas eles se reconstituem rapidamente. Ao alterarem seus nomes ou se desvincularem de uma estrutura formalizada, conseguem recriar-se de maneira constante.”

A falta de clareza também dificulta o monitoramento de pesquisadores e agentes de segurança pública que atuam no combate ao terrorismo e ataques violentos.

“Como as autoridades policiais, por exemplo, definiriam uma possível ameaça que mistura neo-nazismo, mostrando forte apoio ao Terceiro Reich, mas se identificam como pessoas de esquerda, propagando também ideias do nacional-socialismo? É complexo, e muitas vezes a confusão impede que sejam classificados como perigosos”, diz Ayad.

Perigos da popularização do discurso extremista

Ainda que sejam grupos minoritários, Ayad aponta que esses extremistas podem influenciar outros a cometerem ataques.

“Esse extremismo composto, inclusive, foi notado nas evidências de investigações dos criminosos que cometeram alguns ataques a escolas no Brasil”, afirma Michele Prado.

“É o caso de Cambé, no Paraná, onde o jovem que cometeu os crimes havia se radicalizado em mais de um tipo de ideologia.”

Os ataques, conforme explicam os pesquisadores, não são necessariamente em massa, direcionados a grandes grupos como são os que focam em escolas.

Podem ser também direcionados a indivíduos, com motivação ideológica, de raça ou de gênero, conclui Prado.

100 DIAS DO GOVERNO MILEI NA ARGENTINA

 

História de AFP

Javier Milei, presidente argentino

Javier Milei, presidente argentino© JUAN MABROMATA

Ele convida seus acólitos a se juntarem às “Forças do Céu” e governa freneticamente a partir das redes sociais: o ultraliberal Javier Milei ordenou as contas da Argentina no início de sua administração, graças a um ajuste draconiano que tensionou o clima político e social. 

“Não há grana”, disse Milei ao assumir o cargo de presidente em 10 de dezembro, quando prometeu combater a inflação desenfreada, destruir a “casta política” e reduzir o tamanho do Estado com “uma motosserra”. 

Cem dias depois, como vai a sua experiência “liberal libertária”?

– Megadecreto e reveses no Congresso –

O cerne do plano de Milei para desregulamentar a economia argentina é um megadecreto que revoga ou modifica mais de 300 normas e uma “Lei Ómnibus” que em sua versão original continha mais de 600 artigos. 

Mas nestes três meses ambos os projetos sofreram reveses no Congresso, onde o pequeno partido de Milei é minoria: a Lei Ómnibus fracassou em fevereiro no debate dos deputados e o megadecreto foi rejeitado na quinta-feira no Senado. 

Essas derrotas mostram que o presidente não conseguiu transmitir a urgência de suas reformas, justificada segundo ele pela herança recebida do governo anterior.

“Milei gostaria de promover o seu projeto político e econômico a 100 km por hora, mas a velocidade de cruzeiro do governo é muito menor”, disse à AFP Carlos Malamud, principal pesquisador do Real Instituto Elcano. 

Agora o seu programa está nas mãos dos deputados, que devem revisar uma versão diluída da Lei Ómnibus e tomar a decisão final sobre o megadecreto, que permanece em vigor a menos que seja rejeitado também na Câmara Baixa.

Mas mesmo que seja aprovado, a sua constitucionalidade permanece questionada. O consultor político Carlos Fara disse à AFP que “na Justiça, boa parte” do megadecreto “está mortalmente ferida”.

– Motosserra ligada –

Pouco depois de assumir o cargo, Milei ligou a sua “motosserra”: suspendeu obras públicas, não renovou contratos estatais, reduziu ministérios pela metade, liberou preços e contratos de aluguel e desvalorizou o peso em mais de 50%, provocando inflação de 25,5% em dezembro, que esfriou em fevereiro para 13%. 

Uma manifestante grita aos policiais durante protesto contra os cortes de recursos ao instituto de cinema decididos pelo governo de Javier Milei, em 14 de março de 2024, em Buenos Aires, Argentina

Uma manifestante grita aos policiais durante protesto contra os cortes de recursos ao instituto de cinema decididos pelo governo de Javier Milei, em 14 de março de 2024, em Buenos Aires, Argentina© Luis ROBAYO

Com a desvalorização e o aumento de preços de 276% ao ano em fevereiro, o poder de compra dos argentinos foi destruído, principalmente o dos aposentados. 

A meta do presidente economista – atingir o déficit zero este ano – é mais ambiciosa do que o que lhe pede o próprio Fundo Monetário Internacional (FMI), com o qual a Argentina mantém um acordo de crédito de 44 bilhões de dólares (cerca de 220 bilhões de reais na cotação atual).

Nestes 100 dias, Milei reconstruiu as reservas brutas do Banco Central e alcançou um superávit financeiro em janeiro e fevereiro, algo sem precedentes desde o início de 2011. 

Aposentados protestam pela entrega gratuita de medicamentos em Buenos Aires, em 21 de fevereiro de 2024

Aposentados protestam pela entrega gratuita de medicamentos em Buenos Aires, em 21 de fevereiro de 2024© JUAN MABROMATA

“Há um ordenamento”, disse a economista independente Marina Dal Poggetto em uma recente entrevista televisiva. “A estabilização está funcionando ainda melhor do que se imaginava inicialmente, mas há questões sobre a governabilidade”.

Milei busca agora reunir fundos de 15 bilhões de dólares (74,8 bilhões de reais) com o FMI e entidades privadas para eliminar os controles cambiais em meados do ano, o que deu origem a vários tipos de dólar.

“As pessoas sabem que estamos passando por um momento muito difícil, mas estão começando a ver uma saída”, disse o presidente à Rádio La Red.

– Tensão social –

O outro lado deste “ordenamento” é a tensão social alimentada por demissões, aumentos de preços e aumentos nas tarifas dos serviços públicos devido à remoção de subsídios. 

Os medicamentos aumentaram 40 pontos percentuais a mais que a inflação geral, o que provocou uma enorme queda nas vendas. Isso fez com que muitas pessoas abandonassem seus tratamentos crônicos. 

“Entre comer e comprar o remédio, as pessoas escolhem comer”, explicou à AFP a farmacêutica Marcela López, em Buenos Aires. 

Em fevereiro, enquanto se debatia a Lei Ómnibus, milhares de pessoas protestaram em frente ao Congresso e foram reprimidas pela polícia.

Protestaram também quando a entrega de alimentos às quase 40 mil cozinhas comunitárias foi suspensa, em um momento em que a pobreza afeta quase 60% da população. O objetivo, segundo o governo, é auditar o sistema e prestar assistência direta. 

Os cortes afetaram também o orçamento das universidades, o apoio estatal ao cinema e à pesquisa em ciência e tecnologia. 

O presidente se mantém firme nas pesquisas de opinião, que colocam sua popularidade perto dos 50%, e habituou os argentinos ao seu estilo excêntrico: governa e acusa seus opositores de traição na rede social X, cita o livro bíblico dos Macabeus e fala de sua equipe como “As Forças do Céu”.

– Estreia em Davos – 

Como parte do ajuste, Milei voa em linhas comerciais com uma comitiva reduzida.

Foi assim que chegou em janeiro a Davos, a sua estreia internacional, onde intrigou a elite econômica mundial ao alertar que “o Ocidente está em perigo” e ao criticar a justiça social e o “feminismo radical”. 

Apesar dos abraços midiáticos com Donald Trump – a quem ele admira – e com o papa Francisco – com quem se reconciliou -, as relações exteriores não têm sido uma prioridade para Milei, exceto quando suspendeu a adesão da Argentina ao bloco dos Brics.

Outra exceção é sua relação com Israel, para onde o presidente viajou para mostrar a sua proximidade com o país e o seu interesse espiritual pelo judaísmo. 

Diego Giacomini, que co-escreveu quatro livros de economia com Milei, disse à rádio que seu agora ex-amigo “acredita ter uma missão divina” que “consiste em transformar a Argentina e levá-la à filosofia do Número Um, que é Deus, o liberalismo; e tirá-la da filosofia de Satanás, que é o socialismo”.

O QUE EXISTE DE MAIS MODERNO EM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

 

Gemini – Google

Modelos de linguagem:

  • Bard 2.0: Sucessor do Bard, com melhor compreensão de linguagem natural e geração de texto ainda mais realista.
  • PaLM (Pathway Language Model): Modelo de linguagem multimodal da Google AI, capaz de processar texto, imagens, código e outros tipos de dados.
  • WuDao 2.0: Modelo chinês com 1.75 trilhões de parâmetros, rivalizando com o PaLM em termos de capacidades.

IA generativa:

  • DALL-E 3: Gera imagens realistas a partir de descrições textuais, com controle detalhado sobre o resultado.
  • Midjourney: Ferramenta similar ao DALL-E 3, com foco em criação artística e comunidades online.
  • MuseNet: Gera música original em diversos estilos, com qualidade comparável à de compositores humanos.

Robótica:

  • Ameca: Robô humanoide com expressões faciais realistas e capacidade de interagir com humanos de forma natural.
  • Tesla Bot: Robô humanoide em desenvolvimento pela Tesla, com foco em tarefas domésticas e industriais.
  • Atlas: Robô bípede da Boston Dynamics, capaz de realizar acrobacias complexas e tarefas em ambientes desafiadores.

Outras áreas:

  • IA para saúde: Diagnóstico de doenças, desenvolvimento de medicamentos e personalização de tratamentos.
  • IA para segurança cibernética: Detecção de ameaças, proteção contra ataques e resposta a incidentes.
  • IA para indústria: Automação de processos, otimização da produção e desenvolvimento de novos produtos.

Tendências:

  • Aprendizado federado: Treinamento de modelos de IA em dispositivos distribuídos, sem necessidade de centralizar dados.
  • IA Explainable (IAX): Explicação das decisões tomadas por modelos de IA, para aumentar a confiabilidade e transparência.
  • Metaverso: Integração da IA em ambientes virtuais imersivos, para novas formas de interação e colaboração.

Observações:

  • A IA está em constante evolução, com novos avanços sendo feitos a cada dia.
  • É importante acompanhar as tendências e escolher as ferramentas de IA mais adequadas para cada necessidade.
  • É fundamental garantir que a IA seja utilizada de forma ética e responsável, para o benefício da sociedade.

Recursos para se manter atualizado:

Em português:

Descubra o Marketplace Valeon do Vale do Aço: Um Hub de Empresas, Notícias e Diversão para Empreendedores

Moysés Peruhype Carlech – ChatGPT

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A STARTUP VALEON OFERECE SEUS SERVIÇOS AOS EMPRESÁRIOS DO VALE DO AÇO

Moysés Peruhype Carlech

A Startup Valeon, um site marketplace de Ipatinga-MG, que faz divulgação de todas as empresas da região do Vale do Aço, chama a atenção para as seguintes questões:

• O comércio eletrônico vendeu mais de 260 bilhões em 2021 e superou pela primeira vez os shopping centers, que faturou mais de 175 bilhões.

• Estima-se que mais de 35 bilhões de vendas dos shoppings foram migradas

para o online, um sintoma da inadequação do canal ao crescimento digital.

• Ou seja, não existe mais a possibilidade de se trabalhar apenas no offline.

• É hora de migrar para o digital de maneira inteligente, estratégica e intensiva.

• Investir em sistemas inovadores permitirá que o seu negócio se expanda, seja através de mobilidade, geolocalização, comunicação, vendas, etc.

• Temas importantes para discussão dos Shoppings Centers e do Comércio em Geral:

a) Digitalização dos Lojistas;

b) Apoio aos lojistas;

c) Captura e gestão de dados;

d) Arquitetura de experiências;

e) Contribuição maior da área Mall e mídia;

f) Evolução do tenant mix;

g) Propósito, sustentabilidade, diversidade e inclusão;

h) O impacto do universo digital e das novas tecnologias no setor varejista;

i) Convergência do varejo físico e online;

j) Criação de ambientes flexíveis para atrair clientes mais jovens;

k) Aceleração de colaboração entre +varejistas e shoppings;

l) Incorporação da ideia de pontos de distribuição;

m) Surgimento de um cenário mais favorável ao investimento.

Vantagens competitivas da Startup Valeon:

• Toda Startup quando entra no mercado possui o sonho de se tornar rapidamente reconhecida e desenvolvida no seu ramo de atuação e a Startup Valeon não foge disso, fazem dois anos que estamos batalhando para conquistarmos esse mercado aqui do Vale do Aço.

• Essa ascensão fica mais fácil de ser alcançada quando podemos contar com apoio dos parceiros já consolidados no mercado e que estejam dispostos a investir na execução de nossas ideias e a escolha desses parceiros para nós está na preferência dos empresários aqui do Vale do Aço para os nossos serviços.

• Parcerias nesse sentido têm se tornado cada vez mais comuns, pois são capazes de proporcionar vantagens recíprocas aos envolvidos.

• A Startup Valeon é inovadora e focada em produzir soluções em tecnologia e estamos diariamente à procura do inédito.

• O Site desenvolvido pela Startup Valeon, focou nas necessidades do mercado e na falta de um Marketplace para resolver alguns problemas desse mercado e em especial viemos para ser mais um complemento na divulgação de suas Empresas e durante esses dois anos de nosso funcionamento procuramos preencher as lacunas do mercado com tecnologia, inovação com soluções tecnológicas que facilitam a rotina dessa grande empresa. Temos a missão de surpreender constantemente, antecipar tendências, inovar. Precisamos estar em constante evolução para nos manter alinhados com os desejos do consumidor. Por isso, pensamos em como fazer a diferença buscando estar sempre um passo à frente.

• Temos a plena certeza que estamos solucionando vários problemas de divulgação de suas empresas e bem como contribuindo com o seu faturamento através da nossa grande audiência e de muitos acessos ao site (https://valedoacoonline.com.br/) que completou ter mais de 100.000 acessos.

Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:

• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;

• Atraímos visualmente mais clientes;

• Somos mais dinâmicos;

• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;

• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;

• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.

• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as suas vendas.

Proposta:

Nós da Startup Valeon, oferecemos para continuar a divulgação de suas Empresas na nossa máquina de vendas, continuando as atividades de divulgação e propaganda com preços bem competitivos, bem menores do que os valores propostos pelos nossos concorrentes offlines.

Pretendemos ainda, fazer uma página no site da Valeon para cada empresa contendo: fotos, endereços, produtos, promoções, endereços, telefone, WhatsApp, etc.

O site da Valeon é uma HOMENAGEM AO VALE DO AÇO e esperamos que seja também uma SURPRESA para os lojistas dessa nossa região do Vale do Aço.

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua empresa seja oficializada.

A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as melhores marcas do varejo e um mix de opções.

O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.

Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é muito abaixo do valor praticado pelo mercado.

Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:

  • O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
  • A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a comunicação dos clientes com as lojas.
  • Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da compra.
  • No país, as lojas online, que também contam com lojas físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
  • O número de visitantes do Site da Valeon (https://valedoacoonline.com.br/)  tem crescido exponencialmente, até o momento, temos mais de 222.000 visitantes e o site (https://valeonnoticias.com.br/) também nosso tem mais de 5.800.000 de visitantes.
  • O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
  • A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como: empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.

                                                                                                                                                                   Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.

Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?

Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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