domingo, 17 de março de 2024

PROVA DE VIDA PARA APOSENTADOS TEM PRAZO LIMITE

História de Redação – Catraca Livre

Print do portal Meu INSS

Print do portal Meu INSS© Fornecido por Catraca Livre

Créditos: Depositphotos/rafapress

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) anunciou recentemente uma nova regulamentação referente à prova de vida, estabelecendo um prazo limite para os segurados realizarem o procedimento.

Embora os aposentados e pensionistas recebam benefícios vitalícios, a não realização da prova de vida pode resultar na exclusão do grupo de segurados do INSS, levando à suspensão do pagamento dos benefícios. Vamos entender melhor como funcionará essa nova medida e quais são as implicações para os beneficiários.

INSS: veja datas de pagamento de março para aposentados e pensionistas

INSS: veja datas de pagamento de março para aposentados e pensionistas© Depositphotos/rafapress

Nova regulamentação da prova de vida

No ano passado, o governo federal adotou o cruzamento de dados entre plataformas públicas como forma de realizar a prova de vida do INSS.

No entanto, constatou-se que mais de 2 milhões de segurados não foram reconhecidos nesses sistemas, o que exigiu a revisão da estratégia. Em resposta a essa situação, o governo decidiu implementar um novo sistema de prova de vida, buscando facilitar o procedimento para os segurados e evitar a necessidade de deslocamento até as agências do INSS.

Comprovação automática de vida

A principal novidade é que a prova de vida do INSS passará a ser realizada de forma automática, utilizando-se do cruzamento de dados disponíveis nos cadastros do governo e de seus parceiros. Isso significa que o próprio INSS receberá informações dos órgãos parceiros e as comparará com os dados já cadastrados em sua base.

A expectativa é de que, somente este ano, cerca de 17 milhões de segurados tenham suas comprovações de vida realizadas de forma automática.

Prazo para prova de vida

O novo sistema estabelece um prazo para a realização da prova de vida. A partir do mês de nascimento do segurado, o INSS terá 10 meses para buscar formas de comprovação de vida daquela pessoa.

Isso significa que cada segurado terá um período específico ao longo do ano para que o procedimento seja realizado de forma automática, sem a necessidade de comparecimento presencial.

Documentos aceitos como prova de vida

Diversas situações serão consideradas como comprovação de vida para os aposentados e pensionistas do INSS. Além do acesso ao aplicativo Meu INSS com o selo ouro e atendimentos presenciais em agências do INSS, outras ações como realização de empréstimo consignado por meio de reconhecimento biométrico, atendimentos médicos, vacinação, atualizações cadastrais em órgãos públicos, entre outras, serão válidas para validar a permanência no INSS e garantir o pagamento dos benefícios.

Próximos passos e importância da medida

Essa medida representa um avanço significativo na modernização dos processos do INSS e na facilitação do acesso aos benefícios previdenciários.

Além disso, proporciona mais comodidade e segurança para os segurados, evitando deslocamentos desnecessários e garantindo o recebimento regular dos benefícios. É fundamental que os aposentados e pensionistas estejam atentos aos prazos estabelecidos e aos documentos aceitos como prova de vida, a fim de evitar qualquer interrupção no pagamento dos seus benefícios.

 

ASCENSÃO INESPERDA NO GOVERNO BOLSONARO DE GENERAL

 

História de CÉZAR FEITOZA – Folha de S.Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – No início da pandemia da Covid-19, o então comandante do Exército, general Edson Leal Pujol, enviou repetidos recados de Jair Bolsonaro (PL) à Diretoria de Saúde da Força: o presidente queria ver a cloroquina incluída nos protocolos militares para o tratamento da doença.

O chefe militar conversou com o então diretor de Saúde, general-médico Alexandre Falcão, e o então chefe do Departamento-Geral de Pessoal, general Paulo Sérgio Nogueira. Pujol, porém, encontrou resistência para alterar os protocolos —não há estudos ou indicativos reais de que a droga seja eficaz no combate à Covid.

Mesmo com a negativa, Pujol dobrou a aposta: chamou um oficial-médico da Marinha para apresentar ao Alto Comando do Exército (colegiado dos 16 generais quatro estrelas), no primeiro semestre de 2020, uma defesa do chamado tratamento precoce.

A ação do comandante foi entendida por uma parte da cúpula do Exército como uma afronta à Diretoria de Saúde.

Com o cenário adverso, Paulo Sérgio Nogueira acabou respaldando a posição dos militares-médicos do Exército e se dispôs, como general quatro estrelas, a se responsabilizar pela negativa às mudanças nos protocolos da Força.

Com isso, ele e Falcão passaram a ser vistos como militares que não estavam alinhados a Bolsonaro, por incluírem nos protocolos de saúde o distanciamento social e a obrigatoriedade do uso de máscara como contraponto ao kit Covid, composto por medicamentos ineficazes contra a doença.

A Folha conversou com sete generais contemporâneos de Paulo Sérgio Nogueira nas duas últimas semanas. Eles contam que o ex-ministro, antes visto como conciliador e defensor da tecnicidade, passou por uma metamorfose ao assumir postos políticos no governo Jair Bolsonaro.

A cúpula do Exército, no entanto, vê a bolsonarização de Paulo Sérgio diferente da politização de outros generais que compuseram o primeiro escalão do último governo, como Walter Braga Netto, e tentou em um primeiro momento preservar a imagem do militar.

A atuação do general na fiscalização das eleições e sua participação em reuniões em que foram discutidas minutas de decreto que promoveria um golpe de Estado são investigadas pela Polícia Federal.

O general Paulo Sérgio Nogueira teve uma ascensão rápida e inesperada no governo Bolsonaro. Ele era somente o quarto oficial mais antigo no Exército quando o presidente e Braga Netto, então ministro da Defesa, decidiram nomeá-lo para o comando da Força, em abril de 2021.

Exatamente um ano após assumir o Comando do Exército, Paulo Sérgio foi chamado para chefiar o Ministério da Defesa.

A cruzada do general contra o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) começou em maio de 2022, quando a corte rejeitou três sugestões das Forças Armadas para mudança no processo eleitoral daquele ano.

Declarações públicas do então ministro da Defesa contra a forma como o tribunal conduzia a Comissão de Transparência fizeram estremecer a relação entre os ministros do tribunal e os militares.

“Até o momento, reitero, as Forças Armadas não se sentem devidamente prestigiadas por atenderem ao honroso convite do TSE para integrar a CTE [Comissão de Transparência das Eleições]”, escreveu Paulo Sérgio em documento à corte.

Integrantes do Alto Comando do Exército atuaram junto ao TSE para distensionar o clima quando o ministro Alexandre de Moraes assumiu a presidência da corte.

Segundo relatos feitos à Folha, generais fizeram pedidos a Moraes e ao secretário-geral do tribunal, José Levi, para que eles acolhessem a sugestão das Forças Armadas para alterar o teste de integridade com biometria das urnas eletrônicas no dia da votação.

Os militares se comprometiam, em troca, a incluir no relatório final da fiscalização do processo eleitoral somente o que fosse identificado. Se não encontrassem suspeitas nas eleições, portanto, não iriam levantar minúcias para manter a suspeição sobre as urnas.

Neste contexto, o chefe da equipe de fiscalização das Forças Armadas, coronel Marcelo Nogueira, chegou a ser chamado a fazer uma apresentação das informações levantadas pelos militares para o Alto Comando do Exército.

O relatório entregue pela Defesa ao TSE não apontava suspeitas de fraude. Ele concluiu, porém, que “não é possível afirmar que o sistema eletrônico de votação está isento da influência de um eventual código malicioso que possa alterar o seu funcionamento”.

Generais do Alto Comando, que receberam o documento antes de ser entregue à corte, viram em pontos levantados pelos militares uma possível quebra de confiança com Moraes. E foi apresentada ao coronel Marcelo Nogueira a possibilidade de ele não assinar o relatório —permanecendo somente o registro de Paulo Sérgio.

Nogueira acabou endossando o documento. Ele foi para a reserva meses depois, para trabalhar no setor privado.

Paulo Sérgio foi chamado para depor na Polícia Federal no último dia 22 de fevereiro, mas seguiu a estratégia de Bolsonaro e aliados e ficou em silêncio. A Folha tentou contato com a defesa do militar, mas não recebeu resposta.

Os depoimentos dos ex-chefes do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica, Carlos Baptista Júnior, revelaram detalhes de encontros dos comandantes das Forças Armadas e o ex-ministro da Defesa —fatos descobertos recentemente pela PF que podem dificultar a situação de Paulo Sérgio.

Segundo Baptista Júnior, o então ministro da Defesa chamou os chefes militares para uma reunião na sede da pasta em 14 de dezembro de 2022. Sobre a mesa, havia uma minuta para promover um golpe de Estado.

“Esse documento prevê a não assunção do cargo pelo novo presidente eleito?”, questionou o comandante da Aeronáutica, segundo seu próprio depoimento. Paulo Sérgio se calou.

A reunião tensa, descrita em detalhes por Baptista Júnior à Polícia Federal, coloca Paulo Sérgio entre aqueles aliados de Bolsonaro que aceitariam discutir ações golpistas para evitar a posse de Lula (PT) —mesmo que o próprio Ministério da Defesa não tenha encontrado indícios de fraude nas urnas eletrônicas.

PETROBRAS DEVE R$ 1 BI EM INFRAÇÕES AMBIENTAIS EM 10 ANOS

 

História de VINICIUS SASSINE – Folha de S.Paulo

MANAUS, AM (FOLHAPRESS) – A Petrobras cometeu infrações ambientais que resultaram na aplicação de mais de 3.000 multas pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) nos últimos dez anos. As autuações somam R$ 985,6 milhões.

O andamento desses autos de infração mostra que houve baixas de processos –o que inclui a quitação de parte dos débitos– no valor de R$ 49,9 milhões, apenas 5% do total. O restante, R$ 935,6 milhões, segue em aberto no sistema do órgão federal.

A Petrobras, em nota, diz que “se reserva o direito” de contestar as multas “administrativamente nos casos em que há pontos controversos”.

As informações foram obtidas pela Folha de S.Paulo por meio da LAI (Lei de Acesso à Informação), junto ao Ibama.

Os dados sobre multas são disponibilizados pelo órgão em consultas abertas, no seu sistema de transparência. Como há divergências de critérios e falhas na disponibilização das informações, porém, a reportagem adotou o caminho da LAI para obtenção das planilhas.

Para a definição dos valores finais ano a ano, a reportagem excluiu autos de infração que se repetiam. O status do débito informado corresponde àquele do momento da consulta às multas, em fevereiro de 2024, conforme o Ibama.

A maior parte das autuações, incluídas as de maior valor, diz respeito a processos de exploração de petróleo pela estatal, como despejo indevido de óleo no mar, descarte contínuo de água resultante dos procedimentos adotados e descumprimento de condições estabelecidas nas licenças emitidas pelo Ibama.

As estratégias de contestação das multas fazem com que os processos se arrastem por anos, inclusive com prescrição de processos. Em dez anos, a Petrobras segue sem pagar quase R$ 1 bilhão em multas, conforme as planilhas fornecidas pelo Ibama.

O valor se soma a um montante semelhante, de R$ 980 milhões, devido pela estatal em razão de empreendimentos com grande impacto ambiental, como a Folha de S.Paulo mostrou em reportagem publicada no último dia 3. São compensações ambientais previstas em lei que passam a ter correção monetária diante da demora na assinatura dos termos para quitação.

O dinheiro deveria ser usado em unidades de conservação. Somadas as compensações e multas devidas, são quase R$ 2 bilhões.

Em nota, a estatal diz que faz avaliação técnica e jurídica das autuações, dentro do que permite a lei. “Tais questionamentos muitas vezes são acatados pelos órgãos competentes, o que resulta na anulação ou redução do valor das multas.”

Pagamentos, nesses casos, só ocorrem após a conclusão de todos os trâmites processuais, e as etapas e prazos não competem à empresa, cita a nota.

“A empresa comunica às autoridades competentes toda e qualquer anomalia em seu processo produtivo e busca constantemente implementar melhorias em suas operações”, afirma.

Sobre as compensações ambientais, a Petrobras diz que não há pendências, que cumpre a legislação e suas obrigações e que assina os termos de compromisso assim que os documentos são disponibilizados.

A estatal se prepara para ampliar a produção de petróleo, inclusive na costa amazônica.

A Petrobras pressiona o Ibama para a concessão da licença, ainda em 2024, necessária à pesquisa de óleo no chamado bloco 59, que fica a uma distância da costa de 160 km a 179 km, na direção de Oiapoque (AP). Essa licença já foi negada uma vez, em 2023.

A estatal já tentou explorar petróleo na mesma bacia Foz do Amazonas, num poço perto do bloco 59, mas abandonou o projeto de vez, em 2016, após um acidente durante atividade de perfuração do bloco, o FZA-4.

A nova fronteira buscada pela Petrobras tem respaldo do presidente Lula (PT), que já deu sinais do aval à exploração de petróleo na costa amazônica. Os projetos se estendem pela margem equatorial brasileira, para além dos limites amazônicos.

As duas maiores multas em aberto, conforme os dados fornecidos pelo Ibama por meio da LAI, têm valor individual de R$ 35.055.000,00. Foram aplicadas em dezembro de 2019.

A Folha de S.Paulo obteve o relatório de fiscalização referente a uma delas. O órgão analisou se a plataforma P-50, na bacia de Campos, cumpria os procedimentos ambientais exigidos no licenciamento.

Segundo os técnicos, havia uma “ação continuada com descarte de efluentes in natura, não realizando o tratamento de águas cinzas e contrariando as normas legais e regulamentos pertinentes”. A Petrobras “não atende a recorrentes constatações de auditoria” e “não atende ao próprio plano de ação”.

“Dado o porte da empresa e sua capacidade técnica, é injustificável que uma simples estação de tratamento fique fora de operação o período verificado”, cita o relatório, que considerou haver intencionalidade na infração e significativa consequência para o meio ambiente e para a saúde pública.

As outras três maiores autuações listadas nas planilhas fornecidas pelo Ibama também dizem respeito à exploração de petróleo na bacia de Campos.

Na plataforma P-53, houve descarga de 122 m3 de óleo, contrariando o previsto na lei e no licenciamento, segundo o órgão federal. A multa aplicada foi de R$ 35.051.000,00. Na Cherne-2, o problema verificado foi no descarte da água resultante do processo de produção. A multa aplicada foi de R$ 30 milhões.

Houve ainda “emissão de efluente (água de produção com alto teor de óleo cru) e perecimento de espécimes da biodiversidade”, também em um ponto da bacia de Campos, conforme uma quinta autuação -no valor de R$ 25.110.000,00.

Ex-presidente do Ibama, Suely Araújo afirma que a Petrobras adota uma postura empresarial de usar “todos os recursos administrativos e judiciais” para protelar e não pagar as multas.

“Há uma priorização da tentativa de não pagar”, diz Araújo, que presidiu o órgão federal entre 2016 e 2018. Hoje ela é coordenadora de políticas públicas da organização Observatório do Clima.

Em 2018, o conjunto total das multas aplicadas pelo Ibama à Petrobras superava R$ 1 bilhão, segundo a ex-presidente do órgão. “Pode ter havido acordos em alguns processos.”

Uma parte expressiva das autuações diz respeito à água resultante do processo de produção, que deve voltar limpa ao mar. “É comum que petroleiras tenham esse problema, especialmente nos campos mais antigos”, diz Araújo.

A Petrobras tem histórico de protelação do pagamento de multas ambientais e o índice de valores que tiveram baixa, 5%, está dentro da realidade do Ibama, segundo a ex-presidente do órgão. “A realidade de baixo pagamento existe, na verdade, em toda autarquia que aplica multa, como o INSS.”

Os pagamentos são mais frequentes quando os valores são mais baixos, conforme Araújo, que defende uma ampliação da conversão das multas em serviços ambientais. “Essa pode ser a única fonte de recursos para uma recuperação de áreas degradadas, por exemplo.”

O ETANO PODE CHEGAR NA MISTURA COM A GASOLINA ATÉ 35%

Projeto de Lei que determina aumento da quantidade de etanol na gasolina pode gerar consequências para motores mais antigos e importados

Rodrigo Tavares, especial para o Jornal do Carro

gasolina
Percentual do etanol na gasolina vai subir e combustível vegetal poderá chegar a 35% da mistura

Projeto de Lei 4516/2023, que estava disponível para votação na Câmara dos Deputados desde o início deste mês, conseguiu aprovação na última quarta-feira (13), e agora vai para o Senado Federal. A medida proposta, de autoria do deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), chama a atenção por prever a adição de até 35% de etanol na gasolina, e até 20% de biodiesel no diesel, até 2030.

Atualmente, o percentual de etanol anidro na gasolina comum é de 27,5%, onde 18% é o valor mínimo. A novidade está nos valores previstos, que mudam: agora, o mínimo de etanol passa a ser de 22%, e o teto, de 35%. Originalmente, o limite previsto era de 30%, mas teve o valor aumentado pela Câmara


Futura “nova gasolina” gera dúvidas

combustível
Sergio Castro/Estadão

No óleo diesel, o valor do biodiesel adicionado é de 14%, e aumenta 1% até o novo limite de 20%, previsto para março de 2030. Entretanto, a viabilidade do PL ficará para análise do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Seja como for, o chamado “Combustível do Futuro” tem causado dúvidas por conta da aprovação antes de um parecer técnico. Bem como sobre as consequências no funcionamento de motores flex ou somente à gasolina.

Jornal do Carro perguntou à Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) sobre a repercussão da medida. “Não vemos problemas para os veículos flex, que já são projetados para qualquer mistura de gasolina e etanol. Porém, para veículos a gasolina, importados ou aqueles nacionais mais antigos, entendemos que testes de avaliação deveriam ser feitos antes de se autorizar o aumento do porcentual de etanol na gasolina”, declarou a Anfavea.

Já Rogério Gonçalves, diretor de combustíveis da Associação Brasileira Engenharia Automotiva (AEA), alerta para os efeitos da medida. “Em carros flex, estamos falando de 3% (30% na gasolina) a 8% (35%) a mais de etanol na mistura, uma vez que o poder calorífico do combustível vegetal é menor. Ou seja, isso aumentará o consumo desses carros”. Entretanto, Gonçalves diz que esse é o único efeito nesses tipos de motor.

Motores antigos ou importados podem emitir mais poluentes

Chevrolet Monza Verão 90
Foto: Oswaldo L. Palermo/Estadão

Contudo, em motores antigos, e até mesmo importados novos (com motores não-flexíveis/híbridos) existem calibrações diferentes para o teor de etanol no combustível. Ou seja, estes podem sofrer desgastes maiores em partes internas, ou, no caso dos antigos, resultar no mau funcionamento do motor. Dessa forma, pode exigir nova calibração de sistemas de carburação ou injeção, ou mesmo sensores em modelos mais novos, por exemplo.

O executivo também revisita a questão das emissões. “Mesmo com a melhoria nas emissões de CO₂, ainda não se sabe os efeitos nas emissões locais – monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (NOx), hidrocarbonetos e aldeídos. Da mesma forma, a mudança no teor do etanol vai alterar os índices de emissões em veículos mais antigos, e, portanto, pode resultar em falhas no funcionamento e aumento das emissões. Pensa-se muito em CO₂, mas esquecem das (emissões) locais, legisladas pelo Proconve”, aponta Gonçalves.

Gasolina premium será opção

Uma solução para modelos mais sensíveis às mudanças é a utilização de gasolina premium, com maior octanagem. Esta mantém 25% de etanol na mistura. Rogério Gonçalves relembra que as dúvidas não são novas e datam desde a última mudança na mistura, de 25% para 27,5% de etanol anidro, por exemplo.

De toda forma, um grupo de trabalho deve prosseguir com testes de validação e viabilidade da nova gasolinaNa lista estão órgãos como o Ministério de Minas e EnergiaMinistério dos TransportesAgência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, entre outros.

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A INTELIGÊNCI ARTIFICIAL ESTÁ TRANSFORMANDO A FORMA COMO O SEO É FEITO NO GOOGLE

 

Gemini – Google


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Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda mais barato.

Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança, voltando para o original quando for conveniente.

Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e de comentários que a ela recebeu.

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Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a empresa.

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Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.

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sábado, 16 de março de 2024

BOLSONARO FAZ CAMPANHA PARA ELIÇÃO DE PREFEITOS EM CLIMA DE DEPOIMENTOS DOS CHAMADOS COMPANHEIROS

 

História de MARIANNA HOLANDA – Folha de S.Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve uma sexta-feira (15) em clima de campanha eleitoral. Em trios elétricos, com apoiadores de verde e amarelo e discursos, Bolsonaro percorreu seis cidades do litoral do estado do Rio de Janeiro, apresentando candidatos a vereador e a prefeito nesses municípios da região dos Lagos.

Enquanto isso, em Brasília, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), levantou o sigilo de depoimentos do inquérito que apura tentativa de golpe após as eleições de 2022.

Os ex-comandantes da Aeronáutica e do Exército, Baptista Júnior e Freire Gomes, respectivamente, disseram que o então presidente apresentou a eles a minuta do decreto que estabelecia estado de defesa para tentar impedir a posse de Lula (PT). De acordo com Baptista Júnior, Freire Gomes chegou a ameaçar Bolsonaro de prisão.

Há entre aliados do ex-mandatário quem admita preocupação com o que os depoimentos revelaram. A avaliação é a de que a situação de Bolsonaro pode se complicar ainda mais com o avanço das investigações.

Seus advogados não se manifestaram sobre o teor dos depoimentos. Mas, reservadamente, auxiliares de Bolsonaro são uníssonos em defender a tese de que discutir estado de defesa, ou golpe, e não concretizá-lo não configura crime, diferentemente dos entendimentos da Polícia Federal e de ministros do STF.

O ex-presidente não mencionou os depoimentos nas redes sociais e focou na turnê eleitoral. Segundo quem o acompanhou, ele evitou falar sobre o STF.

“Ele só falou da perseguição que ele e sua família sofrem, porque nunca foi do sistema”, disse o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). “Chega a ser emocionante ver como o povo recebe o ex-presidente Bolsonaro, em todos os lugares. Quanto mais perseguido, mais amado”, completou.

Aliados do ex-presidente afirmam que o avanço das investigações não tem impacto eleitoral. O PL tem a ambiciosa meta de eleger mil prefeitos, com Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro como cabos eleitorais.

Em suas falas nos trios elétricos, Bolsonaro disse: “Somos maioria”, uma expressão amplamente utilizada por ele durante sua campanha e governo. Ele, aliás, destacou a defesa das suas medidas econômicas de 2019 a 2022 e falou em responsabilidade fiscal.

“Nas eleições municipais, nós vamos extirpar essa esquerdalha sem vergonha e corrupta que ainda tem no meu Brasil”, disse Bolsonaro, diante de uma multidão de verde e amarelo em Saquerema (RJ).

A turnê incluiu Maricá, Saquarema, Araruama, Cabo Frio e Búzios. Em Araruama, por exemplo, Bolsonaro apresentou a candidatura de Penha Bernardes, do PL, à prefeitura.

As imagens das multidões foram compartilhadas nas redes sociais de bolsonaristas e do próprio ex-presidente, à semelhança das campanhas de 2018 e 2022.

No sábado (16), Bolsonaro participará do lançamento da pré-candidatura do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) à Prefeitura do Rio de Janeiro. O parlamentar é investigado pela PF no inquérito que apura a existência de uma Abin (Agência Brasileira de Inteligência) paralela no governo de Bolsonaro.

Na sexta (14), após a reportagem da Folha de S.Paulo que revelou que Freire Gomes ligou a minuta golpista a Bolsonaro, o ex-secretário de comunicação da Presidência e advogado Fábio Wajngarten disse ser curioso o fato de o ex-comandante não se recordar das datas de reuniões.

“Tem general com memória seletiva…. Recorda-se de vírgulas e frases e palavras, mas não se recorda de datas. Bem curioso. Mais ainda as defesas não terem nenhum acesso à esse depoimento folclórico”, afirmou.

Depois, após a decisão de Moraes, Wajngarten disse que em nenhum momento ouviu “nada de golpe, nem de prisão, nem de nada”. E fez comentário crítico a “bajuladores” que queriam “ganhar atenção”, mas que quando são apertados “se escondem”. “São notas de 3. […] Medíocres”, disse.

Apesar de não citar nomes, as revelações mais duras nos depoimentos tornados públicos nesta sexta foram feitas por militares, ala com quem Wajngarten teve disputas durante o governo de Bolsonaro.

A reportagem procurou as defesas dos dez depoentes, além do ex-presidente. Apenas Eduardo Kuntz, advogado dos assessores Tércio Arnaud e de Marcelo Câmara, se manifestou.

“Com relação ao coronel Marcelo Câmara, agora todos podem verificar que ficou registrado que ele queria responder as perguntas, mas foi impedido e imposto que ficasse em silêncio. Seguimos aguardando nova data para que seja exercida a sua defesa”, disse.

“Em relação ao Tércio Arnaud, possível perceber que a sua participação é absolutamente secundária e em absolutamente nada contribuiu ou demonstrou ter participado dos atos objetos da investigação. Seguimos confiantes que não existe espaço para que nenhum deles seja indiciado e, muito menos, transformados em réu quando do oferecimento da denúncia pela PGR”, completou.

Os advogados do general Estevam Teophilo, do ex-assessor Filipe Martins, do ex-ministro Augusto Heleno, e dos ex-comandantes Almir Garnier (Marinha), Baptista Júnior e Freire Gomes não responderam à reportagem.

Já os advogados do ex-ministro Walter Braga Netto e Valdemar Costa Neto disseram que não iriam se manifestar.

O GOVERNO FEDERAL ASSUME AS OBRAS DA BR-381NO TRECHO BH-MONLEVADE

História de LEONARDO AUGUSTO – Folha de S. Paulo

BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) anunciou nesta quinta (14) a aprovação de novo formato do leilão para concessão do trecho da BR-381 em Minas Gerais entre Belo Horizonte e Governador Valadares, a chamada Rodovia da Morte. Os investimentos previstos são de R$ 9,2 bilhões.

Considerado o principal entrave para o repasse da via à iniciativa privada, o trecho de aproximadamente 50 quilômetros da rodovia, entre Belo Horizonte e Caeté, não consta no novo arcabouço.

As obras nesta parte da BR-381, que envolvem sobretudo desapropriações às margens da rodovia em Belo Horizonte, na ligação da via com o Anel Rodoviário da capital, são consideradas complexas e caras, o que afasta investidores. O governo vai assumir os trabalhos neste trecho e entregar a conservação para quem vencer o leilão para o restante da rodovia.

“O trecho foi identificado como de maior risco para investidores em potencial e essa alteração deve aumentar a atratividade do ativo federal”, afirmou o Ministério dos Transportes.

No último leilão para concessão da estrada, realizado em novembro do ano passado, não houve interessados. Outras três tentativas foram feitas em 2021 e 2022 e também fracassaram. O trecho a ser concedido tem 303,4 quilômetros.

O anúncio do novo modelo acontece pouco mais de um mês após o ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmar em Belo Horizonte, em 8 de fevereiro, que o presidente Lula decidiu utilizar o Exército para as obras na estrada caso o próximo leilão também fracasse.

“Aprimoramos o projeto para que ele garanta as melhorias urgentes exigidas pela BR-381, que é uma das rodovias mais importantes do país, elevando ainda mais o nível de segurança e compartilhando os riscos, de forma a assegurar mais de R$ 9 bilhões em investimentos, entre novas obras e serviços operacionais”, afirmou o ministro dos Transportes, Renan Filho, segundo comunicado da pasta.

A expectativa é que o leilão seja realizado entre o fim de agosto e o início de setembro, conforme o ministério. O comunicado diz ainda que foram feitas adequações no novo formato do leilão de correção de traçado. “São melhorias muito necessárias, principalmente para diminuir o número de acidentes da rodovia”, disse a secretária nacional de Transportes Terrestres, Viviane Esse.

Dos R$ 9,2 bilhões de investimentos previstos para a rodovia, que terá prazo de concessão de 30 anos, R$ 5,57 são para novas obras e R$ 3,68 para serviços operacionais. A maior parte das melhorias, conforme o ministério, são para aumentar a capacidade e segurança da via. O novo formato para a concessão da via segue agora para análise do TCU (Tribunal de Contas da União).

Obras previstas:

– 90 quilômetros de duplicações

– 123 quilômetros de faixas adicionais

– 10 quilômetros de marginais

– 33 dispositivos – trevos, trombetas e diamantes, além de áreas de escape

– 23 passarelas.

 

A REFINARIA ABREU E LIMA PIVÔ DA LAVA JATO ESTÁ SENDO RECUPERADA PELO GOVERNO LULA 3 COM A ODEBRECHT

 

História de Redação – Jornal Estadão

RIO – Refinaria que foi pivô da Operação Lava Jato, a Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, está sendo recuperada pelo governo Lula 3 em seu plano para fazer a Petrobras voltar a crescer. Até 2028, a previsão é que a unidade receba entre R$ 6 bilhões e R$ 8 bilhões em investimentos, em um projeto de ampliação com início previsto para o segundo semestre deste ano.

As obras, anunciadas no início deste ano, em evento com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ficarão a cargo das construtoras Andrade Gutierrez e Odebrecht, hoje Novonor, as mesmas envolvidas no escândalo de corrupção que ficou conhecido como Petrolão. As duas empresas estão entre as vencedoras da licitação para a complementação da refinaria, como mostrou o Estadão.

O plano da Petrobras é aumentar em 160% a capacidade de processamento da Abreu e Lima. A unidade passará a ter uma capacidade de processamento de 260 mil barris de petróleo por dia — atualmente, sua produção é de 100 mil barris processados diariamente.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, se referiu em janeiro à refinaria como “uma máquina maravilhosa, do futuro”. “Não vai ser uma lata velha do fim do petróleo”, afirmou.

Refinaria de Abreu e Lima (PE), uma das principais obras investigadas pela Lava Jato Foto: Wilton Jr/Estadão

Refinaria de Abreu e Lima (PE), uma das principais obras investigadas pela Lava Jato Foto: Wilton Jr/Estadão© Fornecido por Estadão

“Quem aí estiver dizendo que estamos recuperando uma refinaria que não tinha mais de existir, uma refinaria feia e velha, digo que essa é a refinaria do futuro, da virada. Isso aqui (Rnest) não faz combustível fóssil, isso aqui faz energia líquida. Hoje, o mais acessível para a população ainda é o hidrocarboneto, mas essa refinaria vai produzir hidrogênio, e-metanol (metanol verde), o combustível dos navios do futuro, vai produzir diesel renovável 100% de origem vegetal”, disse, na ocasião.

Construída entre 2005 e 2014, a Rnest se tornou um dos maiores símbolos do mau uso do dinheiro público do País. Com um custo inicial de R$ 7,5 bilhões, as obras do empreendimento consumiram quase R$ 60 bilhões. Relembre, a seguir, as denúncias envolvendo a refinaria.

Histórico

As obras da refinaria Abreu e Lima foram inauguradas em 16 de dezembro de 2005, em evento com os então presidentes Lula e Hugo Chávez (Venezuela), que reviraram concreto e posaram para fotos. Por mais de duas horas, sob um sol de 35ºC em Ipojuca, na região metropolitana do Recife, eles discursaram para cerca de 4 mil pessoas no que seria, então, o maior investimento da Petrobras em mais de 25 anos: a construção da Rnest.

Durante sua fala, o petista definiu o ditador sul-americano como “amigo irmão”. O projeto foi pensado em parceria com a estatal venezuelana PDVSA, inicialmente em um acordo entre o governo petista e o regime chavista.

Lula ao lado de Jean Paul Prates, atual presidente da Petrobras; os dois estiveram na refinaria para cerimônia de lançamento das obras Foto: Ricardo Stuckert / Presidência da República

Lula ao lado de Jean Paul Prates, atual presidente da Petrobras; os dois estiveram na refinaria para cerimônia de lançamento das obras Foto: Ricardo Stuckert / Presidência da República© Fornecido por Estadão

A Petrobras seria responsável por 60% dos investimentos, e os 40% restantes seriam aportados pela Venezuela, o que nunca aconteceu. Com a desistência do país vizinho, a Petrobras decidiu construir sozinha, inicialmente, apenas um dos dois conjuntos (trem) de refino.

A Rnest foi a primeira refinaria construída no Brasil após 34 anos. A unidade está localizada no Complexo Industrial Portuário de Suape, a 45 quilômetros de Recife. É a mais moderna refinaria da estatal, com a maior taxa de conversão de óleo bruto em diesel, combustível que responde por 70% da produção da unidade.

Mas o que deveria ser o início da independência para o refino de petróleo brasileiro acabou envolvido em um esquema de desvio de recursos da Petrobras. A obra, que sofreu um atraso de três anos para o início de sua operação parcial, foi alvo ainda de processos na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e no Tribunal de Contas da União (TCU).

Lava Jato

O empreendimento foi tocado pelas empreiteiras Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão. De acordo com a delação premiada do ex-executivo da Odebrecht Márcio Faria da Silva, as obras na refinaria teriam rendido R$ 90 milhões em propinas a ex-executivos da estatal ligados ao PP, PT e PSB.

A delação se desdobrou em apurações na Justiça Eleitoral e na esfera criminal. O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa foi condenado a sete anos e meio de prisão por organização criminosa e lavagem de dinheiro desviado das obras da refinaria. Por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2018, os trechos da delação referentes a fatos supostamente criminosos ocorridos no âmbito da refinaria foram remetidos para a Justiça de Pernambuco, onde tramitam atualmente.

O capítulo da Abreu e Lima abriu as portas do esquema de corrupção e propinas que, segundo Costa, se instalou na Petrobras entre 2003 e 2014. Além de Costa, foram condenados o doleiro Alberto Youssef, peça central da Lava Jato, e outros seis investigados, entre eles o empresário Márcio Bonilho, do Grupo Sanko Sider. Foram fixadas penas que variam entre 11 anos e seis meses de reclusão, em regime inicial fechado, a quatro anos, cinco meses e 10 dias de reclusão, em regime inicial semiaberto.

Investigação na CVM

As investigações não ficaram restritas às apurações na Lava Jato, a CVM condenou quatro antigos membros da diretoria executiva da Petrobras em processos administrativos envolvendo irregularidades na construção e em testes de Abreu e Lima e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Ao todo foram aplicados R$ 1,6 milhão em multas e penas de inabilitação de executivos.

O órgão regulador do mercado de capitais brasileiro absolveu a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e outros integrantes de seu governo e do conselho da estatal acusados, como o ministro Guido Mantega e Luciano Coutinho, ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), apontados, inicialmente, como partícipes do esquema.

Relatório do TCU

Um relatório do Tribunal de Contas da União apontou indícios de superfaturamento de, pelo menos, R$ 121 milhões na obra da refinaria Abreu e Lima e acusou o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, de sonegar documentos. Os auditores vasculharam os contratos da refinaria e levantaram suspeitas de superfaturamento em quatro contratos que somam R$ 2,7 bilhões.

No relatório, o TCU diz que o custo da refinaria aumentou mais de oito vezes, “passando de US$ 2,4 bilhões para US$ 20,1 bilhões”.

“Desde sua concepção, em 2005, o custo da refinaria aumentou mais de oito vezes. O projeto sofreu, ao longo do tempo, diversas ampliações e redesenhos não suportados tecnicamente, antecipações de investimentos e cancelamentos, gerando prejuízos bilionários à Petrobras. Inicialmente previsto para estar concluído em 2011, até hoje o empreendimento não foi completamente terminado e opera com menos da metade da capacidade projetada, já tendo sido reconhecidas perdas no balanço no total de R$ 15,463 bilhões”, diz o relatório de 2021.

ANDERSON TORRES NEGA AUTORIA DE MINUTA DO GOLPE

 

História de JOSÉ MARQUES, CÉZAR FEITOZA, RANIER BRAGON, FABIO SERAPIÃO, JULIA CHAIB E MATEUS VARGAS – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ex-ministro da Justiça Anderson Torres negou, em depoimento à Polícia Federal, que tenha escrito ou ajudado a elaborar o texto da chamada “minuta do golpe” encontrado em sua residência em janeiro do ano passado, e disse que, à época, documentos como aquele estavam “banalizados e sendo entregues em diversos órgãos públicos”.

A minuta é um texto de decreto produzido pelo entorno de Bolsonaro após a derrota nas eleições de 2022, com o objetivo de tentar elaborar uma fundamentação jurídica para a realização de um golpe de Estado.

Como revelou a Folha de S.Paulo, uma minuta foi encontrada no dia 10 de janeiro de 2023, em operação de busca e apreensão contra o ex-ministro. O documento de três páginas, feito em computador, foi encontrado em um armário na residência de Torres.

Ele previa a instauração de estado de defesa na sede do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e a reversão do resultado eleitoral.

À PF, em 22 de fevereiro, Torres afirmou que não escreveu a minuta e que não sabe de quem recebeu o documento. Segundo ele, a pasta na qual estava o texto era de documentos que costumava levar para despachar em casa.

O teor do depoimento foi tornado público nesta sexta-feira (15) pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

Torres disse que “jamais levou aquele texto ao conhecimento do então presidente da República ou de qualquer pessoa” e que a minuta “ficou ali para ser descartada como lixo”. Ele também disse aos policiais que considera o texto “mal redigido e uma aberração jurídica”.

O ex-ministro da Justiça foi questionado sobre a preocupação de Mauro Cid, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro, e dos ex-assessores da Presidência Filipe Martins e Marcelo Câmara com a apreensão da minuta —e disse que desconhece esses fatos.

Torres afirmou que “deseja reiterar que o texto encontrado em sua residência não é de sua lavra, não foi recebido ou repassado para qualquer integrante do governo ou ao então presidente da República” e que, naquela época, “tais documentos estavam banalizados e sendo entregues em diversos órgãos públicos”.

Ele também foi questionado sobre outros episódios, como a participação e fala na reunião de julho de 2022, na qual Bolsonaro fez declarações de teor golpista.

Torres afirmou que não anuiu com as afirmações de Bolsonaro e que apenas se manifestou no sentido de que cada um dos ministros presentes “deveriam atuar no âmbito de suas pastas para que todas as ações ministeriais fossem levadas ao conhecimento da população, potencializando a chance de vitória nas eleições”.

A PF apresentou a Torres as falas ditas por ele na reunião, a exemplo de que “todos vão se foder” caso Lula ganhasse as eleições.

O ex-ministro disse que a expressão “se foder” significava “a perda de todos os avanços que cada um tinha obtido ao longo dos quatro anos de trabalho hercúleo e muita entrega em cada uma de suas pastas”.

Em nota desta quarta, o advogado de Anderson Torres, Eumar Novacki, disse que seu cliente não participou de qualquer reunião com Bolsonaro e comandantes militares para tratar de medidas antidemocráticas.

Também disse que outros depoimentos que o citaram foram feitos de “modo genérico e vago” e com “grave equívoco”.

Ele disse que irá solicitar um novo depoimento e eventual acareação e que “mantém sua postura cooperativa com as investigações e seu compromisso inegociável com a democracia”.

Torres foi preso em janeiro do ano passado por suposta omissão nos ataques golpistas de 8 de janeiro. Ele deixou a prisão de forma provisória em maio do mesmo ano.

O GOVERNO SEM ACRÉSCIMO DE RECEITA A TENDÊNCIA É DESCUMPRIR A META DE 2025 E 2026

História de Redação – IstoÉ Dinheiro

O Tesouro Nacional apontou em relatório divulgado nesta sexta-feira, 15, que, sem medidas adicionais para elevar a arrecadação, o governo não conseguiria cumprir a meta de gerar um superávit no resultado primário de 2025 e 2026. O cenário obrigaria a equipe econômica a adotar os gatilhos previstos no novo arcabouço fiscal. Por exemplo, se descumprir a meta no próximo ano e no seguinte, o limite de despesas só poderia crescer em 2027 e 2028 a uma proporção de 50% do avanço da receita – em vez de 70% da regra original. Além disso, o marco fiscal prevê que, caso o descumprimento aconteça por dois anos consecutivos, gatilhos adicionais são acionados, como a proibição de aumento de salários no funcionalismo público.

Enquanto a lei de diretrizes orçamentárias atual prevê um superávit de 0,5% do PIB em 2025 e de 1% do PIB em 2026, o cenário “base” da Fazenda, que considera apenas o pacote arrecadatório já aprovado no Congresso, levaria a déficits de 0,5% no próximo ano e de 0,4% em 2026. “Dessa forma, fica evidente que o cenário base (sem novas medidas de receita para 2025 e 2026) não promove as metas estabelecidas na LDO para além de 2024, demandando esforço fiscal para atingi-las”, escreveu o Tesouro no novo relatório de Projeções Fiscais, que também elabora um cenário de referência em que as metas para o primário são cumpridas a partir de esforços adicionais para aumentar o nível de receitas da União e garantir a estabilização da dívida pública.

O cenário base do Tesouro considera que a meta de zerar o déficit será cumprida neste ano, uma vez que o pacote da Fazenda para turbinar a arrecadação foi em grande parte aprovado pelo Legislativo. Como mostrou o Broadcast, a pasta inclusive subiu a estimativa de ganho com as medidas, de R$ 168,5 bilhões para R$ 170,8 bilhões neste ano, além de um ganho permanente de cerca de R$ 74 bilhões ao ano. Isso, contudo, não é suficiente para garantir que a União continue performando bem no aspecto fiscal pelos próximos dois anos. Ainda há necessidade de um esforço arrecadatório de 1% do PIB em 2025 e de 1,3% do PIB em 2026.

O Tesouro calcula também que as metas dos próximos dois anos não seriam cumpridas sem medidas adicionais mesmo com o contingenciamento de despesas. Isso porque o governo entende que o bloqueio no orçamento deve se limitar somente a um montante que preserve o avanço mínimo de 0,6% dos gastos. Com isso, o contingenciamento que seria aplicado em 2025 e 2026 seria de R$ 38,1 bilhões e de R$ 39 bilhões, respectivamente.

“Para os anos de 2025 e 2026, mesmo com o contingenciamento de despesas previsto na LDO, não é possível atingir o limite inferior da meta de resultado primário, o que implica aplicação da proporção de 50% da RLA nos anos de 2027 e 2028”, apontou o Tesouro. O órgão ainda observa que esse contingenciamento (que equivale a 0,3% do PIB) nos dois anos superaria o pagamento de precatórios expedidos, e que, por isso, haveria ligeira redução da despesa em proporção do PIB, que atinge 18,7%, ante os 18,9% do PIB observados em 2024.

“Entre 2026 e 2027, ocorre uma queda mais acentuada da despesa primária (0,5 p.p.), que alcança 18,3% do PIB em 2027, uma vez que a totalidade da despesa de precatórios volta a sujeitar-se ao limite de despesas, reduzindo o espaço das despesas discricionárias e a despesa total como um todo. A esse efeito, soma-se a redução do crescimento real do limite de despesas em 2027, ano em que o limite se eleva 1,4%, após crescimento de 2,5% por dois anos consecutivos”, calculou o Tesouro.

Com o gatilho acionado em 2027, as receitas líquidas ultrapassariam as despesas primárias, traduzindo num superávit. Com isso, o saldo do primário atingiria 0,1% do PIB em 2027 e cresceria até atingir 1,3% em 2033.

O Tesouro observa ainda que o relatório não considera medidas de revisão de gastos obrigatórios que estão em curso no governo e que, aponta o órgão, podem contribuir para o aumento do espaço fiscal das despesas discricionárias, ou, alternativamente, para melhores resultados primários.

O post Tesouro: Sem esforço por mais receita, meta seria descumprida em 2025 e 2026 apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

 

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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