À bem-vinda iniciativa de investir na
expansão e interiorização do ensino técnico e profissionalizante, o
governo precisa urgentemente acrescentar outra tarefa: repensar o modelo
Por Notas & Informações – Jornal Estadão
Falta uma peça essencial na engrenagem montada pelo governo federal
para ampliar a rede de Institutos Federais de Educação, Ciência e
Tecnologia em todo o Brasil: definir o que deseja de fato para o ensino
técnico e profissionalizante. Os artífices dessa política precisam
apontar com mais precisão qual o modelo de ensino e gestão que estamos
construindo, algo que não se limite ao fetiche lulopetista por obras e
instalações e resulte em ganhos efetivos de longo prazo para os
estudantes e o País. Sem isso, os números eloquentes anunciados
recentemente se converterão em meras promessas e peças de marketing para
o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Serão 100 novos campi de
institutos federais, com expectativa de criar 140 mil vagas – a maioria
em cursos técnicos integrados ao ensino médio. O governo prevê investir
R$ 2,5 bilhões em novas unidades, além de R$ 1,4 bilhão em melhorias
das unidades existentes, hoje com 656 campi.
Vinda de um governo que se habituou a concentrar esforços em demasia
na abertura de novas vagas nas universidades, como se fossem garantia de
passaporte para o futuro dos nossos jovens, a notícia é especialmente
bem-vinda: a expansão e a interiorização são dois eixos fundamentais
para dar mais robustez ao ensino técnico e profissionalizante. Não se
sabe ao certo, contudo, a natureza desse modelo, dúvida que se torna
mais inquietante quando a vemos expressada até mesmo por quem acompanha o
tema de perto. Foi o caso de Claudia Costin, reconhecida especialista
em Educação, que em entrevista ao Estadão sugeriu com
clareza: é hora de repensar o modelo do ensino técnico. Mesmo elogiando a
iniciativa de expandir e interiorizar a rede, ela revelou a incerteza
sobre o modelo vigente e apontou caminhos possíveis para correções de
rota.
Antes de tudo, convém ao Brasil superar a ideia corrente segundo a
qual o ensino técnico se destina a quem não faz faculdade, e que aqueles
que estão fora das universidades pertencem a um grupo social menos
privilegiado. Essa soma de preconceitos e equívocos gera problemas por
todos os lados: aos ensinos superior, médio e técnico e, claro, aos
próprios estudantes. Além disso, desvirtua uma premissa elementar:
ingressar no ensino técnico não significa impedir a opção pelo ensino
superior. Algumas das melhores experiências internacionais envolvem
políticas conciliáveis.
Duas palavras-chave costumam faltar no vocabulário educacional do PT:
política pedagógica e gestão. Apesar de ambas causarem urticária no
comissariado petista, o ministro Camilo Santana sabe de sua importância,
pela experiência bem-sucedida do modelo adotado no Ceará na educação
básica. Mas o que o governo de fato espera do ensino técnico? Cursos
capazes de gerar maior empregabilidade? Atender a expectativas de muitos
jovens de usar o ensino médio como uma forma de postergar a faculdade
e, ao mesmo tempo, trabalhar na sua área, ganhando conhecimento prévio e
renda? Ter formações pensadas a partir das demandas do setor produtivo?
Estimular áreas relevantes, como tecnologia, a fim de reduzir os gaps
existentes e aproveitar o potencial presente e futuro? Servir de
trampolim para o ensino superior? Por outro lado, como planejar e
aperfeiçoar a gestão das novas e atuais unidades? Haverá também
professores com formação e expertise adequadas a essas demandas?
Nada disso parece claro. Claudia Costin mostrou modelos inspiradores:
na Coreia do Sul, por exemplo, há ensino técnico de tecnologia de ponta
no nível médio; em países como Alemanha, Áustria e Suécia, o ensino
técnico dialoga com o mundo do trabalho, com formação feita nas escolas,
nos laboratórios e também nas empresas. Ao Brasil convém ainda não
ignorar a necessidade de atrelar o ensino técnico com o agronegócio,
área em que o País avança com tecnologia. Levar em conta um plano de
desenvolvimento das microrregiões pode significar, por exemplo,
incentivar os jovens locais a trabalhar no agronegócio, não só
plantando, mas operando drones e inteligência artificial.
Por ora, o que parece inquestionável é o desejo de expansão da rede e
obras. Uma iniciativa positiva, insista-se. Mas longe de ser
suficiente.
O intervencionismo voltou e nesta semana a Petrobras e a Vale perderam
juntas mais de R$ 100 bilhões do seu valor de mercado. Essa perda
brutal foi muito discutida levantando a questão de se, em 2024, teremos
o governo implantando
com medidas concretas o que foi prometido durante as eleições – as
velhas políticas intervencionistas nas três das mais importantes
empresas brasileiras: Petrobras, Vale e Eletrobras.
A Petrobras, que passou um 2023 sem grandes turbulências, inicia 2024
fazendo uma alocação de capital errada não pagando os dividendos
extraordinários e com isso perdendo a confiança do mercado. A Vale vem
sofrendo um desgaste enorme na escolha do seu presidente, com notícias
de que o governo estaria trabalhando para uma indicação. Nesta semana,
um conselheiro independente renunciou apresentando uma carta em que
denuncia procedimentos que mostram que a governança da empresa teria
sido atacada. A Eletrobras vem sofrendo desde o início do governo, com
acusações sobre o processo da sua privatização e tentativa de uma
ingerência maior do governo no conselho da empresa, que culminou com uma
liminar que transita no STF. É bom não esquecer que a privatização da
Eletrobras foi realizada por lei aprovada no Congresso e avalizada pelo
TCU.
Muitos apostavam que essa política intervencionista que ocasionou
tantos prejuízos às empresas, ao País e aos acionistas era coisa do
passado. Mais uma vez a máxima de que no Brasil o passado é incerto se
mostra mais atual do que nunca. É interessante e preocupante vermos como
as pessoas e os governos não aprendem com os erros e acreditam que o
problema foi o momento político e que desta vez vão obter sucesso.
Também chama a atenção a insistência de abandonar a lógica econômica e
privilegiar os retornos políticos em detrimento dos retornos econômicos.
No caso da Petrobras isso fica claro na medida em que o governo,
acionista majoritário da empresa, não vê problema e até defende o
pagamento de menores dividendos, num momento em que precisa de receita
para fazer frente aos seus gastos e reduzir a dívida pública. Não seria
mais popular ganhar dividendos ao invés de aumentar impostos?
Lula
determinou que Petrobras não pagasse dividendos extraordinários aos
acionistas da companhia, e direcionasse recursos para investimentos Foto: Pedro Kirilos / Estadão Conteúdo
Há alguma forma de evitar a recorrência dessas políticas
intervencionistas? Difícil de responder dado que não existe nenhuma
lógica econômica nas velhas e ultrapassadas políticas intervencionistas.
De qualquer forma, uma discussão que poderíamos ter é, se o governo
quiser fazer tudo o que entende e pretende, o melhor seria fechar o
capital da Petrobras, da Eletrobras e da Vale, comprando a totalidade
das ações das duas empresas. Outro caminho melhor e mais moderno é
fortalecer com independência e autonomia as agências reguladoras,
entendendo que são órgãos de Estado e não de governo, como é o caso hoje
do Banco Central. Dessa maneira sim estaremos defendendo os interesses
dos 200 milhões de brasileiros.
Autor: Virgilio Marques dos Santos, sócio-fundador da FM2S Educação e Consultoria
Ao ler biografias de grandes empresários, pesquisadores, professores e
pessoas cujo trabalho e legado admiro, sempre me perguntava: quais
dicas eles me dariam para resolver alguns desafios que tenho? Como um
grande empresário, do porte de Irineu Evangelista de Souza, ajudaria a
revisar os meus processos comerciais? Qual jingle o José Bonifácio de
Oliveira Sobrinho iria sugerir para capturar a atenção das pessoas
quando dessem de cara com a minha marca? Ou então, como o Nizan Guanaes
resumiria, em uma frase, o jeito de ser da minha empresa?
No passado, o máximo que poderia fazer era consumir uma vasta
quantidade de material que esses grandes personagens escreveram ou
falaram e criar uma representação em minha mente. Quantas dicas um Jim
Collins ou um Deming já me deram quando, ao me deparar com um problema,
fui atrás dos ensinamentos em seus livros. Se o Deming utilizava a
constância de propósito como mote fundamental, ao me ver em apuros,
apelava para materialização desse conceito em minha vida.
O problema, é claro, é que tais entidades que habitavam minha mente
estavam sujeitas a inúmeros vieses e heurísticas. Ou seja, dependendo da
situação, ao serem consultados, as figuras criadas por mim respondiam
de forma diferente. Mas, na ausência de um instrumento melhor, esse
Conselho de Ilustres sempre me ajudou ao longo da vida.
O Conselho e a Inteligência Artificial
Em 2022, de repente, materializou-se, por meio de um sistema de fácil
manuseio, a Inteligência Artificial generativa. Agora, ao invés de
algoritmos, programação, experimentos e análises, tinha à disposição
algo em que eu poderia perguntar e o sistema responder. Por meio de
treinamento dos algoritmos, a probabilidade de entrevistar as
personalidades antes circunscritas à minha imaginação se tornou mais
próxima do real.
E, para comemorar, farei três perguntas para alguns deles e vou
transcrever a resposta. Não revelarei os nomes, mas deixarei ao leitor
curioso para pesquisar quem foi utilizado como inspiração pelo chat para
responder.
Serei promovido para líder. Quais as principais dicas?
Parabéns pela sua promoção para uma posição de liderança. Como líder,
seu foco principal deve ser na entrega de resultados, mantendo sempre
uma visão clara dos objetivos estratégicos da empresa. Isso exige uma
compreensão profunda do seu negócio e um compromisso inabalável com a
excelência operacional.
Além disso, a liderança eficaz se baseia em construir e desenvolver
uma equipe forte. Invista tempo para conhecer seus colaboradores,
entender suas habilidades e motivações, e trabalhe para desenvolver suas
capacidades. Lembre-se, uma liderança eficaz não é apenas sobre dirigir
operações, mas também sobre inspirar e capacitar sua equipe para
alcançar o seu melhor. Estabeleça uma cultura de transparência,
responsabilidade e aprendizado contínuo, e você verá sua equipe, e
consequentemente sua organização, prosperar.
A minha empresa era pequena e eu dava conta. Hoje, com 100 funcionários, em que focar?
À medida que sua empresa cresce, o papel de líder se transforma
significativamente. Com 100 funcionários, você não pode mais estar
envolvido em todas as decisões diárias; é essencial aprender a delegar
efetivamente. Concentre-se em construir uma equipe de gestão forte e
confiável, que possa assumir responsabilidades operacionais, permitindo
que você se dedique a estratégias de longo prazo e ao crescimento da
empresa.
Além disso, invista em sistemas e processos que garantam a eficiência
e a qualidade do trabalho. A implementação de práticas de gestão
rigorosas e a manutenção de padrões elevados são fundamentais para o
sucesso em uma escala maior. Lembre-se: o crescimento traz novos
desafios, e sua capacidade de adaptar sua liderança e estruturas
organizacionais será crucial para manter a saúde e a vitalidade do seu
negócio.
Qual o maior segredo para prosperar no Brasil, como executivo?
Para prosperar como executivo no Brasil, o maior segredo é
desenvolver uma habilidade excepcional de se adaptar às constantes
mudanças econômicas e políticas do país. Isso requer uma visão
estratégica aguçada e a capacidade de antecipar tendências e ajustar-se
rapidamente às novas realidades. Além disso, um entendimento profundo do
mercado brasileiro, com suas particularidades culturais, sociais e
regulatórias, é fundamental.
É preciso construir relações sólidas e confiáveis, tanto internamente
na sua empresa quanto no ambiente de negócios mais amplo. E, acima de
tudo, manter uma ética de trabalho rigorosa e um compromisso inabalável
com a integridade e a transparência são essenciais para construir uma
reputação duradoura e uma carreira de sucesso no Brasil.
E aí, adivinharam meus conselheiros?
Espero que aproveitem essa ferramenta para ventilar essa capacidade
de alcançar estilos e trabalhos de muitos ícones de nossa história. Mas
cuidado: sempre consulte as fontes oficiais, como livros e entrevistas,
para avaliar se a dica faz sentido – e se ela se aplica, de fato, a sua
realidade.
Mindset correto é o que vai fazer você alcançar (ou não) o sucesso
Junior Borneli, co-fundador do StartSe
Mulher negra e sorridente segurando um IPad e olhando para frente (Fonte: Getty Images)
Mindset é a sua programação mental, é como você encara tudo que está ao teu redor
Mindset. Você já ouviu essa palavinha algumas vezes aqui no StartSe.
Ela é importante, talvez uma das coisas mais importantes para “chegar
lá” (seja lá onde for que você quiser chegar).
É sua habilidade de pensar o que você precisa para ter sucesso. E
como a maioria das coisas que você possui dentro de você, ela é uma
espécie de programação do seu ser. Tanto que é possível que você adquira
outro mindset durante a vida, convivendo com as pessoas corretas,
conhecendo culturas diferentes.
Algumas pessoas dizem que é isso das pessoas que faz o Vale do
Silício ser a região mais inovadora do mundo. Eu, pessoalmente, não
duvido. Fato é: você precisa de ter a cabeça no lugar certo, pois a
diferença entre um mindset vencedor e um perdedor é o principal fator
entre fracasso e sucesso.
Para isso, é importante você começar do ponto inicial: um objetivo.
“Todo empreendedor precisa ter um objetivo. Acordar todos os dias e
manter-se firme no propósito de fazer o máximo possível para chegar lá é
fundamental”, diz Junior Borneli, co-fundador do StartSe e uma das
pessoas mais entendidas de mindset no ecossistema brasileiro.
De lá, é importante você fazer o máximo que puder e não perder o
foco, mantendo-se firme. “Não importa se no final do dia deu tudo certo
ou errado. O importante é ter a certeza de que você fez tudo o que foi
possível para o melhor resultado”, avisa.
Com a atitude certa, é capaz que você sempre consiga canalizar as
coisas como positivas. “Você sempre tem duas formas de olhar um a mesma
situação: aquela em que você se coloca como um derrotado e a outra onde
você vê os desafios como oportunidades. Escolha sempre o melhor lado das
coisas, isso fará com que sua jornada seja mais leve”, alerta o
empreendedor.
Esses tipo de sentimento abre espaço para uma característica
importantíssima dos principais empreendedores: saber lidar com grandes
adversidades. “Um ponto em comum na maioria os empreendedores de sucesso
é a superação”, destaca Junior Borneli.
Saber lidar com essas adversidades vai impedir que você pare no
primeiro problema (ou falência) que aparecer na sua frente. “São muito
comuns as histórias de grandes empresários que faliram várias vezes,
receberam diversos ‘nãos’ e só venceram porque foram persistentes”,
afirma.
É importante ter esse mindset resiliente, pois, nem sempre tudo será
fácil para você – na verdade, quase nunca será. “Empreender é, na maior
parte do tempo, algo muito doloroso. Até conseguir algum resultado
expressivo o empreendedor passa por muitos perrengues. A imensa maioria
fica pelo caminho”, diz.
É como uma luta de boxe, onde muitas vezes, para ganhar, você terá
que apanhar e apanhar e apanhar até conseguir desferir o golpe (ou a
sequência) certo. “Na minha opinião, não há melhor frase que defina a
trajetória de um empreendedor de sucesso do que aquela dita por Rocky
Balboa, no cinema: ‘não importa o quanto você bate, mas sim o quanto
aguenta apanhar e continuar. É assim que se ganha’”, ilustra.
O problema talvez seja que alguns aspectos do empreendedorismo tenham
glamour demais. “Empreender não é simplesmente ter uma mesa com
super-heróis e uma parede cheia de post-its coloridos. Você vive numa
espécie de montanha russa de emoções, onde de manhã você é ‘o cara’ e à
tarde não tem dinheiro pro café”, salienta.
Vale a pena, porém, perseverar neste caminho. “Para aqueles que são
persistentes e têm foco, a jornada será difícil, mas o retorno fará
valer a pena!,” destaca o empreendedor.
DERROTA TAMBÉM ENSINA
Um ponto importante do sucesso é saber lidar com o fracasso e, de lá,
tomar algumas lições para sair mais forte ainda. “Toda derrota nos
ensina algumas lições e assim nos tornamos mais fortes a cada nova
tentativa. A cultura do fracasso, aqui no Brasil, é muito diferente dos
Estados Unidos”, afirma Junior.
No Vale do Silício, falhar é encarado algo bom, na verdade – e
aumenta suas chances de sucesso futuro. “Por lá, empreendedor que já
falhou tem mais chances de receber investimentos porque mostrou
capacidade de reação e aprendeu com os erros”, conta o empreendedor.
Mas ao pensar sobre fracasso, você precisa ter o filtro correto para
não deixar a ideia escapar. “Encarar os erros como ensinamentos e
entender que falhar é parte do jogo torna as coisas mais fáceis e
suportáveis”, salienta.
Foco é a palavra de ordem para você conseguir alcançar os objetivos
traçados no caminho, mesmo que em alguns momentos pareça que está tudo
dando errado. “Por fim, buscar o equilíbrio mental e o foco são
fundamentais. Nas vitórias, tendemos a nos render à vaidade e ao
orgulho. E nas derrotas nos entregamos ao desânimo e a depressão.
Mentalize seus objetivos, foque nos caminhos que vão leva-lo até eles e
siga firme em frente”, afirma.
É importante que você tenha noção de que para ser uma exceção, você
não pode pensar da maneira comodista que a maior parte das pessoas. “Se
você quer chegar onde poucos chegaram, precisará fazer o que poucos têm
coragem e disposição para fazer”, completa.
O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?
Moysés Peruhype Carlech
Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”,
sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de
resto todas as lojas dessa cidade no Site da nossa Plataforma Comercial
da Startup Valeon.
Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer
pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as
minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais
uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?
Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a
sua localização aí no seu domicílio? Quais os produtos que você
comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online
com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu
WhatsApp?
Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para
ficarem passeando pelos Bairros e Centros da Cidade, vendo loja por loja
e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.
A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao
mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para
sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em
Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para
enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de
isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos
hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar
pelos corredores dos shoppings centers, bairros e centros da cidade,
durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar
por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que
tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa
barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio
também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.
É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda
do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim
um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu
processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e
eficiente. Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e
aumentar o engajamento dos seus clientes.
Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu
certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer”. –
Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um
grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe
você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o
próximo nível de transformação.
O que funcionava antes não necessariamente funcionará no
futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas
como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos
consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas
tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo
aquilo que é ineficiente.
Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de
pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos
justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer
e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde
queremos estar.
Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a
absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que
você já sabe.
Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo
por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na
internet.
Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a
sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar
você para o próximo nível.
Aproveite essa oportunidade para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.
Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.
No dia 14 de março, entusiastas da Matemática e das Ciências Exatas
celebram o Dia do Pi. O número é uma constante representada pela letra
grega pi, que dá nome a ele. Essa data foi escolhida para a homenagem em
função do modelo norte-americano para representação de datas. Lá o mês
aparece primeiro que o dia, dessa forma, a data 03/14 mostra o padrão
inicial da sequência de Pi: 3,14.
O número Pi é a razão entre o comprimento de uma circunferência e seu
diâmetro, aproximadamente igual a 3,14. O número Pi aparece em diversas
fórmulas e pode ser encontrado no cotidiano de diferentes maneiras,
desde obras da engenharia até cálculos da astronomia, isso porque se
trata de um dos algarismos mais importantes da matemática.
“Ele é usado, por exemplo, para calcular áreas de círculos, volumes
de esferas, perímetros de circunferências, e em equações que descrevem
fenômenos físicos envolvendo movimento circular”, explica Daniel
Ferretto, matemático pela Universidade Federal de Santa Catarina.
O Pi é um número irracional e infinito, o que significa que sua
representação decimal não termina nem se repete. “Até o momento, os
cálculos mais precisos alcançaram trilhões de casas decimais,
demonstrando a extensão e complexidade desse número”, comenta.
É por esse motivo que o valor de Pi pode ser representado de inúmeras
maneiras, não há uma definição exata. Depois do 3,14 há, literalmente,
uma infinidade de outros números que nem mesmo computadores foram
capazes de precisar.
O matemático explica que a origem do número é voltada à antiguidade,
com evidências de cálculos aproximados por egípcios e babilônios por
volta de 1700 a.C. Na Grécia antiga, Arquimedes também teria adicionado
contribuições significativas para entender o Pi.
De acordo com Ferretto, se relacionando à geometria das
circunferências, o conceito foi refinado ao longo da história da
Matemática, atingindo na sua representação moderna como uma constante
fundamental nas Ciências Exatas.
A data em comemoração ao número foi registrada pela primeira vez em
1988, em uma iniciativa do físico Larry Shaw com o intuito de promover a
Matemática entre os norte-americanos. O dia marca ainda eventos
relevantes envolvendo estudiosos das Ciências Exatas como o aniversário
do físico Albert Einstein e a morte do também físico Stephen Hawking.
O dia 14 de março marca seis anos da morte de Stephen Hawking.
Em seu site pessoal (agora substituído), Hawking se definiu como um
“cosmólogo, viajante espacial e herói”. Foram, de fato, os três.
Ele afirmou estar trabalhando nas leis básicas que regem o universo, e descreveu suas três principais descobertas.
Vamos resumi-los aqui. E abordaremos, com base nelas, quatro questões
transcendentais às quais Hawking deu respostas: Onde nascem o tempo e o
espaço? Onde morrem? O universo é finito? A humanidade tem futuro
nisso?
Einstein como base
A obra de Hawking tem como ponto de partida a extraordinária teoria
que temos sobre o cosmos: a Relatividade Geral de Albert Einstein.
Uma concepção revolucionária de tempo e espaço (de espaço-tempo),
baseada no princípio da equivalência de forças. É o resultado, por sua
vez, de um momento Eureka: uma queda livre imaginada por Einstein do
alto do telhado de sua casa.
De sua lógica penetrante, baseada em princípios incrivelmente óbvios,
surgiu uma única lei possível para o cosmos, dada por suas equações de
campo relativísticas.
Que, para o nosso universo, segundo o princípio cosmológico, admitem
apenas uma solução: a de Friedmann-Lemaître-Robertson-Walker.
Resultado excepcional: uma única equação e solução possível para o universo!
Hawking partiu daí e foi capaz de ir além, com surpreendentes
teoremas de singularidade (Hawking-Penrose) e resultados sobre a
termodinâmica do espaço-tempo (Bekenstein-Hawking).
Com eles, pôde responder a perguntas eternas.
Onde nascem o tempo e o espaço?
Usando a teoria de Einstein, Hawking concluiu que nosso universo teve
uma origem no passado, um começo. Essa foi sua primeira descoberta.
Os teoremas da singularidade de Hawking-Penrose afirmam que o espaço-tempo começou em uma singularidade: o Big Bang.
Isso é demonstrado voltando no tempo, usando as equações da teoria e
as condições que ocorreram no universo primitivo (recriado, em parte, em
grandes laboratórios, como o CERN).
Chega um momento em que o tempo e o espaço desaparecem: já não é
possível voltar atrás. É daí que vem! É como procurar as fontes do Nilo,
como fez Livingstone, o lugar exato onde nasce.
O espaço-tempo chega ao fim em cada um dos buracos negros que estão constantemente se formando no cosmos.
Estas são as outras singularidades que surgem a partir dos teoremas
de Hawking-Penrose. Sumidouros onde o tempo e o espaço desaparecem para
sempre.
Tais resultados levaram à necessidade de quantificar a gravidade, a fim de poder validá-los em escalas muito pequenas.
Só assim poderiam ser consideradas definitivas, e não meras
aproximações clássicas da realidade. Em outras palavras, era preciso
combinar a Relatividade Geral de Einstein e a Física Quântica: as duas
grandes teorias do século 20.
Um primeiro passo nessa direção foi dado pelo próprio Hawking, com sua segunda grande descoberta: a radiação Hawking.
“Todo buraco negro de Schwarzschild, de massa M, emite radiação
eletromagnética como se fosse um corpo negro perfeito à temperatura: T =
ħc³/8πGMk.”
Fórmula mágica, que combina as constantes fundamentais mais
importantes da natureza: a de Planck (física quântica); a velocidade da
luz, c (física relativística); o da gravitação universal, G (física
newtoniana), o de Boltzmann, k (amica termodinâmica) e onúmero π
(matemática).
Todas as principais teorias físicas reunidas em uma fórmula simples. Uma bela sinfonia universal!
Com isso, Hawking abriu novos caminhos ainda inexplorados. Um, rumo à
quantização da gravidade. Outra é a nascente teoria da informação
quântica e seus surpreendentes paradoxos cósmicos.
Nosso universo é finito?
Essa pergunta tem intrigado muitas gerações. Durante séculos
acreditou-se que o universo era eterno, infinito no espaço e no tempo.
Depois, mudou de ideia, várias vezes.
Até que Hawking e Hartle mostraram que, se o tempo fosse imaginário no início, então o universo não teria bordas e limites.
Seria finito, mas ilimitado, e não haveria singularidade inicial. A
forma como se originou seria então determinada pelas leis da física.
Essa foi sua terceira descoberta, a conjectura de Hartle-Hawking sobre um universo autossustentável, de certa forma.
Já nos últimos anos de sua vida, Hawking analisou os gravíssimos problemas que enfrentamos.
Ele concluiu que eles podem se tornar letais para a humanidade se não os resolvermos nos próximos cem anos.
Hawking era otimista: previu que, até lá, teríamos estabelecido colônias autossustentáveis fora da Terra.
E os avanços na inteligência (humana e artificial) terão encontrado a
solução para os múltiplos problemas que agora se escondem. Abrindo um
novo horizonte, de séculos de esperança.
Seu último conselho aos jovens cientistas (que sempre foram seu
público preferido) foi manter viva aquela sensação maravilhosa enquanto
contemplam nosso vasto e complexo universo: “Não há nada comparável a
experimentar um momento Eureka, a descobrir pela primeira vez algo que
ninguém sabia”.
Até que o universo desapareça, ou nós, humanos, desapareçamos, as
descobertas extraordinárias que Stephen Hawking nos legou – como sua
bela fórmula, agora gravada em sua lápide – gerarão novos conhecimentos.
Neste espaço-tempo singular em que hoje, seis anos depois de sua morte, o lembramos.
*Emilio Elizalde é professor pesquisador sênior de Física Teórica
e Cosmologia no Instituto de Ciências Espaciais (ICE – CSIC). Este
artigo foi publicado no The Conversation. Você pode ler a versão
originalaqui.
O prazo para a entrega da declaração do Imposto de Renda 2024 começa
nesta sexta-feira, 15, e vai até 31 de maio. O programa já disponível
para download no site da Receita Federal.
A Receita espera receber neste ano 43 milhões de declarações neste
ano. No ano passado, 1,3 milhão de declarações (3% do total) caíram na
malha fina. Veja a seguir os erros mais comuns e as dicas para que a sua
declaração não seja retida.
A malha fina é a expressão popular de “malha fiscal do Imposto de
Renda”. Quando uma declaração de IR cai na malha fina, significa que a
Receita encontrou alguma inconsistência nos dados. Isso pode ser gerado
por vários motivos, como erro no preenchimento, suspeita de fraude ou
rendimento incompatível com a movimentação financeira. do contribuinte.
A avaliação é feita por meio de supercomputadores, que efetuam o
cruzamento de vários dados dos declarantes. As informações enviadas são
confrontadas com outros dados do sistema da Receita, fornecidos por
instituições como bancos, operadoras de planos de saúde, construtoras e
administradoras de crédito. Informações inconsistentes podem ser
interpretadas como sonegação fiscal.
A primeira consequência ao ter a declaração retida pelo Fisco é não
receber a restituição. Se for apenas um erro de preenchimento, o
contribuinte pode fazer uma declaração retificadora online. Em alguns
casos, a Receita pode solicitar a apresentação de alguns documentos.
Se o contribuinte não fizer nada para corrigir a declaração, é gerada
uma multa de 75% sobre o valor do imposto devido. A penalidade pode ser
maior se a Receita concluir que houve omissão intencional de
informações. O CPF do contribuinte também poderá ser colocado no Cadin, o
banco de dados de dívida ativa, que registra o nome das pessoas com
débitos em órgãos federais.
Veja dicas para não cair na malha fina
Segundo a professora do curso de Ciências Contábeis da Faculdade
Anhanguera, Janaína Barboza Ramos, entre os erros mais comuns cometidos
pelos contribuintes, estão as deduções erradas, a omissão de
rendimentos, as diferenças entre o imposto declarado pelo contribuinte e
o informado pela fonte pagadora, as despesas médicas/odontológicas não
confirmadas, além da não inclusão da renda de dependentes.
“É muito importante o contribuinte ser sempre o mais
transparente possível na declaração para que não haja necessidade de
correção. Verifique corretamente todos os gastos e se, realmente, ele é
aceito como dedução na declaração”, comenta.
O especialista em tributos e impostos da Macro Contabilidade e
Consultoria, Wesley Santiago, orienta as nove dicas abaixo para não cair
na malha fina. Confira:
Utilize a função de declaração pré-preenchida: é
altamente recomendável utilizar a função da declaração pré-preenchida,
pois constará as informações que a Receita Federal tem acesso ajudando a
eliminar erros de interpretação e lançamentos manuais. Contudo, antes
de transmitir sua declaração, verifique cuidadosamente todas as
informações, até mesmo as advindas da pré-preenchida. Certifique-se de
que todos os valores estejam corretos e idênticos aos dos informes de
rendimentos.
Informe todos os rendimentos: certifique-se de que
todos os seus rendimentos estejam devidamente declarados. Isso inclui
salários, aposentadorias, aluguéis, pensões, ganhos com investimentos,
entre outros. Se houver rendimentos de múltiplas fontes, confira se
todos foram incluídos na declaração, pois um dos principais motivos de
malha fina é a omissão de rendimentos.
Atenção aos bens e direitos: verifique se todos os
seus bens e direitos foram corretamente informados na declaração. Isso
inclui imóveis, veículos, investimentos, contas bancárias, entre outros.
Certifique-se de informar o valor correto de aquisição e eventuais
alterações patrimoniais, inclusive em conformidade com contratos,
recibos de transferências e escrituras.
Despesas médicas precisam ter comprovação: se você
possui despesas médicas a deduzir, verifique se todos os recibos estão
corretamente inseridos na declaração. Certifique-se de que os valores
declarados correspondam aos recibos e que não haja duplicidade de
lançamentos.
Despesas educacionais: caso você tenha despesas com
educação, como mensalidades escolares ou cursos, verifique se esses
gastos estão corretamente declarados e se você possui os comprovantes
necessários para comprovar tais despesas, caso solicitado pela Receita.
Pensão Alimentícia: se você paga pensão
alimentícia, certifique-se de informar corretamente esses valores na
declaração. Além disso, tenha em mãos os documentos que comprovem esses
pagamentos, caso seja necessário.
Doações: se você realizou doações para instituições
de caridade ou projetos incentivados, verifique se esses valores estão
corretamente declarados na sua declaração. Tenha em mãos os comprovantes
das doações para apresentar à Receita, se necessário.
Cuidado com erros de digitação: isso pode gerar
divergências e chamar a atenção da Receita. Certifique-se de que todos
os dados inseridos na declaração estejam corretos e correspondam aos
seus documentos.
Mantenha a documentação organizada: tenha todos os
documentos necessários para a declaração do Imposto de Renda organizados
e facilmente acessíveis. Isso inclui informes de rendimentos, recibos
médicos, comprovantes de despesas, entre outros.
Como saber se caí na malha fina?
Na maioria dos casos, a Receita Federal envia cartas aos
contribuintes cuja declaração ficou retida na malha fiscal. A
correspondência alerta para informações divergentes ou inconsistências
de valores e solicita a correção da declaração.
Entretanto, muitos contribuintes só ficam sabendo que estão em
pendência com o Fisco ao perceber que a restituição não foi depositada
na conta. Para evitar ser surpreendido, é importante acompanhar a
situação da declaração no site da Receita Federal. Para isso, siga os
passos abaixo:
Por que adiamos declaração de imposto de renda ou fazer faxina? Por
que algumas pessoas “enrolam” mais do que as outras? Estudos da
Universidade de Ohio encontraram caminhos para escapar do “deixa pra
depois”.A procrastinação, o ato de deixar tudo para depois, é um
fenômeno bem conhecido. Muita gente procrastina ou conhece alguém que
adia tarefas importantes, por exemplo, para fazer atividades mais
agradáveis. Rimos disso, compartilhamos memes e, ainda assim, ignoramos
deliberadamente o conselho de não deixar para amanhã o que podemos fazer
hoje. Mas, você já se perguntou por que algumas pessoas são mais
suscetíveis a esse padrão de comportamento?
Russell Fazio, professor de psicologia, e seu colega Javier Granados
Samayoa, ambos da Universidade Estadual de Ohio, encontraram algumas
respostas. A pesquisa, formada por três estudos, foi publicada
recentemente na revista científica Personality and Individual
Differences, e investiga nossas atitudes e como elas influenciam nossa
tendência de adiar o inevitável. Os pesquisadores descobriram que as
pessoas que têm uma visão negativa da vida são os mestres da
procrastinação.
Efeitos da valência emocional
A pesquisa se concentra na valência emocional, que descreve como
nossas emoções negativas (aversão) ou positivas (aproximação) assumem o
controle em decisões críticas, por exemplo, na hora de ter de fazer algo
que a gente não quer ou gosta, mas precisa. Ou, como Fazio ressalta, a
grande questão é saber qual lado vai vencer no cabo de guerra, entre o
impulso positivo e o negativo, quando temos algo chato para fazer, como
por exemplo, o imposto de renda.
A procrastinação está longe de ser um mero incômodo e tem
consequências que podem ser bem desagradáveis. Alunos que enrolam para
estudar, entregar trabalhos, terminam o semestre com notas mais baixas,
mais estresse e um aumento no número de consultas médicas.
Mas, nem tudo é tristeza e a pesquisa lançou um raio de esperança
para o time do “amanhã eu faço”: com um pequeno empurrãozinho, até mesmo
o procrastinador mais inveterado pode encontrar o caminho para uma
melhor produtividade.
“Estamos estudando as considerações do positivo e do negativo para a
tomada de decisões e como essa ponderação determina o caminho que as
pessoas tomam”, disse Granados Samayoa.
A pesquisa sobre a procrastinação
Em três estudos, Fazio e Granados Samayoa colocaram suas teorias à
prova, desde a análise da tendência à procrastinação até a análise de
como o autocontrole e a motivação influenciam, por exemplo, os alunos. A
descoberta foi animadora: os que mais procrastinam, os pessimistas com
pouco autocontrole, se motivados, podem procrastinar menos.
“O primeiro estudo estabeleceu o efeito da ponderação negativa como
ativador da procrastinação, o segundo estudo fornece alguns novos
detalhes”, diz Granados Samayoa: “Para as pessoas que não pensam muito, a
tendência é agir de forma direta, como, por exemplo, procrastinar. Mas
se houver motivação e for capaz de pensar mais sobre o assunto, isso
pode trazer outras considerações que atenuam a influência do efeito de
valência”, acrescenta. Ou seja, se a pessoa que naturalmente deixaria
para depois o imposto de renda, se for estimulada a pensar sobre ou
tiver algum incentivo, pode ser que mude o padrão e entregue logo os
papéis.
O ideal: nem tão otimista, nem tão pessimista
Por fim, o terceiro estudo, em um grupo de alunos recrutados por sua
procrastinação, houve estímulo para a mudança da tendência de ponderação
da valência para um ponto mais neutro, o que levou a menos atrasos na
participação em um programa de experiência em pesquisa. É uma descoberta
promissora, que sugere que um pouco de equilíbrio em nossa avaliação de
aspectos positivos e negativos possa ser a chave para superar a
procrastinação.
De acordo com os pesquisadores, ter um viés negativo nem sempre é
algo ruim, pois pode incentivar uma avaliação mais realista de nossas
habilidades, oferecendo uma preparação mais adequada para um exame.
Portanto, para Fazio, “É melhor ser mais equilibrado do que estar em um
dos extremos” e que “ser ponderado é melhor do que ser extremamente
otimista ou pessimista”, conclui.
Em entrevista ao Estadão, o pesquisador do Ibre/FGV Samuel Pessôa afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “é meio getulista” em relação à economia, fazendo referência a Getúlio Vargas, que governou o País entre 1930 e 1945 e também entre 1951 e 1954. Mas o que significa ser “getulista” na economia?
Na entrevista, Pessôa disse que Lula segue políticas de maior intervenção do Estado na economia, por conta da “crença de que o Estado consegue liderar o processo de desenvolvimento”. Segundo especialistas consultados pelo Estadão, essa era uma característica do governo de Getúlio Vargas.
Vladimir Maciel, coordenador do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica (CMLE) afirma
que, apesar de não compartilharem uma semelhança ideológica, é possível
afirmar que os dois governantes se aproximam quando o assunto é
economia, ambos com a visão de que o Estado também deve ter a função de
tentar promover o crescimento econômico.
“O Getúlio entendia que o Estado tinha de ter um papel presente na
economia. Ele entrou na atividade econômica com empresas estatais. Por
exemplo, teve papel na criação da Vale do Rio Doce e da Companhia
Siderúrgica Nacional (CSN), como se fosse um ‘empreendedorismo estatal’.
Havia essa visão de que o desenvolvimento do país se daria por meio da
intervenção estatal, até mesmo direta”, diz.
O papel do Estado, então, não seria apenas cuidar de suas funções típicas, acrescenta o professor Renan Pieri, economista da FGV EAESP. “Um
governante ‘getulista’ acredita que o Estado não deve somente fazer sua
função clássica, de regular a atividade econômica, garantir o direito
de propriedade, entre outros. Mas também deve atuar de forma mais direta
na economia, intervindo na produção, nos preços, seja via investimento
direto através das empresas estatais, seja induzindo a atividade
econômica através de subsídios”, explica.
Maciel ainda cita uma entrevista que Lula concedeu à RedeTV no fim de fevereiro, na qual, ao falar sobre a Vale, afirmou que “as empresas brasileiras precisam estar de acordo com
aquilo que é o pensamento de desenvolvimento do governo brasileiro”. “É
isso que seria um governo ‘getulista’: entender que existe um norte
dado pelo governo e todos devem seguir. De fato o Lula carrega esses
valores, esse entendimento de atividade econômica, seja nas declarações
recentes dele, seja nas atitudes do governo”, diz Maciel.
“Há essa discussão se o Estado deve ou não desempenhar esse papel
mais presente na economia”, afirma Renan Pieri, da FGV EAESP. Ele
explica que quem defende uma maior intervenção estatal acredita que o
Estado tem de tributar famílias e empresas para conseguir os recursos e
realizar esses investimentos.
“De certa forma, você está aumentando os investimentos estatais às
custas de uma menor renda disponível para o setor privado, pelo menos no
curto prazo”, diz. O argumento de quem defende essa ideia é que os
investimentos estatais promoveriam um empurrão na atividade econômica e
esse efeito transbordaria, gerando aumento de produtividade e
beneficiando o setor privado também no longo prazo.
Já quem defende o contrário, menos presença do Estado na economia,
geralmente afirma que é preciso priorizar o investimento privado e que o
livre mercado e menos impostos trariam melhores resultados para o
crescimento econômico. “E isso ocorreria às custas de haver menos
recursos para o setor público realizar esses investimentos. Claro que é
um pouco mais complexo que isso, mas há um dilema que fica claro nesses
pontos”, conclui.
CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) – A embolia pulmonar é uma condição que
ocorre quando um trombo, isto é, um coágulo sanguíneo, forma-se nas
veias e migra de uma região para outra, obstruindo a passagem de sangue
para órgãos importantes, como pulmão ou coração. A condição pode ser
fatal e está relacionada à restrição de mobilidade, mas pode ter origem
genética ou ser agravada pela pressão atmosférica, comum em voos. Neste
caso, alguns cuidados podem fazer a diferença.
“Ouve-se falar em embolia durante viagens de avião. Isso acontece
pois os passageiros passam a maior parte do tempo sentados, na mesma
posição, ficando com a mobilidade reduzida. Junta-se a isso a diminuição
da pressão atmosférica nas aeronaves, então a formação e migração do
trombo podem acontecer”, diz o médico Bruno Nanni, cirurgião vascular
dos hospitais Marcelino Champagnat e Cajuru, em Curitiba.
Ele explica que a embolia pulmonar mais conhecida é a de origem
trombótica, ou seja, após uma trombose venosa, na maior parte das vezes
nas pernas, o coágulo se movimenta para o pulmão. “As pernas são o lugar
mais comum de trombose venosa, pois é nos membros inferiores que
começam a formação de trombos.”
Isso porque, quando o sangue desce para as pernas durante a
circulação, ele precisa de força muscular para o retorno, que fica
prejudicado com a falta de mobilidade. “Tem chance de o sangue ficar
mais retido, causar inchaço e desconforto, e eventualmente a formação de
coágulos.
Os principais sintomas, observa o cirurgião, são: inchaço nas pernas,
redução da saturação, falta de ar súbita e presença de dor torácica,
como uma facada.
Apesar de, na maioria das vezes, não serem fatais, embolias maciças
podem causar óbito. “No hospital conseguimos socorrer com medicações
anticoagulantes, cateterismo ou cirurgia. Num voo, porém, é praticamente
impossível”, enfatiza Nanni. “Apesar de equipes de voo estarem
preparadas para dar os primeiros socorros para pacientes com embolia
pulmonar, às vezes a embolia é muito grande e não há o que fazer.”
Os riscos aumentam em casos de voos muito longos, com mais de quatro
horas de duração. “Dificilmente acontece em viagens curtas.”
Outro agravante do voo é a diminuição da pressão atmosférica, que
dificulta o retorno venoso dos membros inferiores para os superiores.
“Isso pode causar a estase venosa e favorecer a formação de trombos e a
obstrução dos vasos pulmonares, dificultando bastante a troca gasosa nos
pulmões e podendo, em casos mais graves, levar ao óbito.”
Além destes fatores de risco, a trombose venosa também pode acontecer
em pacientes com lesão nas veias, predisposição genética (como a
trombofilia) ou em pós operatórios (pela falta de mobilidade).
Apesar de possível, a incidência de eventos tromboembólicos em voos
não é alta, e alguns cuidados podem ser tomados para minimizar esses
riscos, ressalta o médico.
Entre os cuidados estão: movimentar-se durante o voo e usar meia
compressiva. “Em casos com trombose ou embolia pulmonar prévia, podemos
fazer uso de anticoagulantes de maneira profilática.”
Nesta semana, foi divulgado em sites de notícias que uma brasileira
teria morrido de embolia pulmonar durante um voo para Tóquio, no Japão. A
reportagem tentou contato com a família da mulher, mas não teve retorno
até a publicação desta edição.
O cirurgião ressalta, entretanto, que apesar de haver notícias de
embolias em voos elas são raras. “A maioria das pessoas vai voar e não
vai ter qualquer complicação.”
História de Exposis e Estadão Blue Studio – Jornal Estadão
Com o Brasil liderando os casos de dengue no mundo – os dois
primeiros meses de 2024 contabilizaram mais de 1 milhão de brasileiros
infectados –, especialistas vêm reforçando o papel do repelente de
mosquitos como estratégia para diminuir o risco de entrar para a
estatística das arboviroses.
Embora dados da consultoria de consumo Kantar tenham apontado que no
último ano apenas cerca de 10% da população brasileira comprou
repelentes, os números da dengue intensificam as vendas em 2024, de
acordo com a mesma empresa de análise de mercado. Juntamente com outras
medidas de prevenção, como zelar por um ambiente livre de focos de
propagação do Aedes aegypti e a vacinação, o produto é cada vez mais
recomendado na estratégia antidengue.
“Os diferentes princípios ativos da composição, DEET, icaridina ou
IR3535, atuam como um escudo, porque afastam os mosquitos, mesmo sem
eliminá-los”, diz a dermatologista Letícia Müller Rocha, da Clínica
Prata Rocha, em São Paulo. Isso acontece porque o repelente confunde os
receptores nas antenas dos bichos, que deixam de ser atraídos pelo odor
natural da pele.
Phoenix,
Arizona, United States – June 21, 2011: A collection of bug sprays and
lotions are displayed on a tree stump. Insect repellants are important
to ourdoorsmen and to those trying to avoid contracting mosquite-borne
diseases such as West Nile Virus and encephalitis.
Repelentes devem ser aprovados pela Anvisa Foto: Divulgação: Exposis/Arte: Estadão Blue Studio
Tão importante quanto introduzir esse cuidado na rotina é ter certeza
da segurança e qualidade da fórmula. “O repelente precisa ser aprovado
pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] e essa informação
deve estar no rótulo”, avisa Letícia. Isso garante que foi testado em
laboratório e teve sua eficácia comprovada. “O que muda entre os
diferentes princípios ativos é o tempo de duração na pele”, exemplifica a
dermatologista. O com icaridina oferece longa duração com baixa
concentração de ingrediente ativo na fórmula, o que permite ter produtos
seguros para bebês e crianças com duração significativa. “Como as
pessoas não têm o hábito de ficar reaplicando, acaba sendo mais
indicado”, complementa.
Cuidados redobrados
A dengue e as arboviroses em geral podem desencadear quadros mais
graves em determinadas populações. Por isso, o Ministério da Saúde
ressalta a necessidade de atenção especial a pessoas com doenças
crônicas, como hipertensão, assim como aquelas a partir dos 65 anos. Nos
idosos, além da propensão a desenvolver complicações por dengue, a
infecção por chikungunya, igualmente transmitida pelo Aedes aegypti, é
outra fonte de preocupação, uma vez que a doença por vezes compromete as
articulações, piorando dores relacionadas à artrite e artrose. Em quem
tem diabete, por sua vez, as picadas por si sós tendem a provocar
coceiras e gerar infecções na pele.
A boa notícia é que os repelentes à base de icaridina, seja em creme,
gel ou spray, não têm contraindicação para nenhum desses grupos. “O
importante é se certificar de espalhar em toda a área exposta, porque o
produto atua exatamente no local em que foi aplicado”, orienta Letícia
Rocha. “Tem muita gente que passa nas pernas, por exemplo, e deixa os
pés desprotegidos. E é justamente ali que os mosquitos atacam”,
completa.
Proteção de gestantes e crianças
As grávidas, de acordo com a Federação Brasileira de Ginecologia
Obstetrícia (Febrasgo), estão mais suscetíveis a apresentar desfechos
desfavoráveis de infecção por dengue. E mais: ainda segundo a entidade, o
odor e a elevação da temperatura corporal próprios da gestação atraem
mais as picadas, o que aumenta a importância do uso de repelentes. “As
mulheres podem passar em qualquer fase da gravidez. Lembrando que o
Aedes aegypti transmite também o vírus da zika, capaz de causar
alterações neurológicas importantes no bebê”, destaca a dermatologista.
Outra fonte de dúvida constante é sobre como proteger crianças,
sobretudo nas atividades ao ar livre. Afinal, pode usar repelente nos
pequenos? “Hoje já existe fórmula para bebês a partir dos 3 meses”,
responde Letícia Rocha. “Outra opção é o repelente em forma de lenços
umedecidos, que pode facilitar a aplicação”, diz Letícia.
Seja qual for o escolhido, é importante que um adulto se encarregue
de passar na pele da criança, evitando a região dos olhos e da boca – e
também as mãos, que os pequenininhos levam à boca a toda hora.
Na hora do parquinho, não precisa se preocupar porque a exposição ao
sol não causa nenhum problema. É só usar o protetor solar e, por cima
dele, o repelente. Tem de seguir essa ordem, do contrário se inviabiliza
o efeito da icaridina. O aviso vale, claro, para todas as idades.