sexta-feira, 15 de março de 2024

PROCRASTINAÇÃO A MANIA DE SEMPRE DEIXAR DE FAZER AS COISAS PARA DEPOIS

 

História de Redação – Revista Planeta

Por que adiamos declaração de imposto de renda ou fazer faxina? Por que algumas pessoas “enrolam” mais do que as outras? Estudos da Universidade de Ohio encontraram caminhos para escapar do “deixa pra depois”.A procrastinação, o ato de deixar tudo para depois, é um fenômeno bem conhecido. Muita gente procrastina ou conhece alguém que adia tarefas importantes, por exemplo, para fazer atividades mais agradáveis. Rimos disso, compartilhamos memes e, ainda assim, ignoramos deliberadamente o conselho de não deixar para amanhã o que podemos fazer hoje. Mas, você já se perguntou por que algumas pessoas são mais suscetíveis a esse padrão de comportamento?

Russell Fazio, professor de psicologia, e seu colega Javier Granados Samayoa, ambos da Universidade Estadual de Ohio, encontraram algumas respostas. A pesquisa, formada por três estudos, foi publicada recentemente na revista científica Personality and Individual Differences, e investiga nossas atitudes e como elas influenciam nossa tendência de adiar o inevitável. Os pesquisadores descobriram que as pessoas que têm uma visão negativa da vida são os mestres da procrastinação.

Efeitos da valência emocional

A pesquisa se concentra na valência emocional, que descreve como nossas emoções negativas (aversão) ou positivas (aproximação) assumem o controle em decisões críticas, por exemplo, na hora de ter de fazer algo que a gente não quer ou gosta, mas precisa. Ou, como Fazio ressalta, a grande questão é saber qual lado vai vencer no cabo de guerra, entre o impulso positivo e o negativo, quando temos algo chato para fazer, como por exemplo, o imposto de renda.

A procrastinação está longe de ser um mero incômodo e tem consequências que podem ser bem desagradáveis. Alunos que enrolam para estudar, entregar trabalhos, terminam o semestre com notas mais baixas, mais estresse e um aumento no número de consultas médicas.

Mas, nem tudo é tristeza e a pesquisa lançou um raio de esperança para o time do “amanhã eu faço”: com um pequeno empurrãozinho, até mesmo o procrastinador mais inveterado pode encontrar o caminho para uma melhor produtividade.

“Estamos estudando as considerações do positivo e do negativo para a tomada de decisões e como essa ponderação determina o caminho que as pessoas tomam”, disse Granados Samayoa.

A pesquisa sobre a procrastinação

Em três estudos, Fazio e Granados Samayoa colocaram suas teorias à prova, desde a análise da tendência à procrastinação até a análise de como o autocontrole e a motivação influenciam, por exemplo, os alunos. A descoberta foi animadora: os que mais procrastinam, os pessimistas com pouco autocontrole, se motivados, podem procrastinar menos.

“O primeiro estudo estabeleceu o efeito da ponderação negativa como ativador da procrastinação, o segundo estudo fornece alguns novos detalhes”, diz Granados Samayoa: “Para as pessoas que não pensam muito, a tendência é agir de forma direta, como, por exemplo, procrastinar. Mas se houver motivação e for capaz de pensar mais sobre o assunto, isso pode trazer outras considerações que atenuam a influência do efeito de valência”, acrescenta. Ou seja, se a pessoa que naturalmente deixaria para depois o imposto de renda, se for estimulada a pensar sobre ou tiver algum incentivo, pode ser que mude o padrão e entregue logo os papéis.

O ideal: nem tão otimista, nem tão pessimista

Por fim, o terceiro estudo, em um grupo de alunos recrutados por sua procrastinação, houve estímulo para a mudança da tendência de ponderação da valência para um ponto mais neutro, o que levou a menos atrasos na participação em um programa de experiência em pesquisa. É uma descoberta promissora, que sugere que um pouco de equilíbrio em nossa avaliação de aspectos positivos e negativos possa ser a chave para superar a procrastinação.

De acordo com os pesquisadores, ter um viés negativo nem sempre é algo ruim, pois pode incentivar uma avaliação mais realista de nossas habilidades, oferecendo uma preparação mais adequada para um exame. Portanto, para Fazio, “É melhor ser mais equilibrado do que estar em um dos extremos” e que “ser ponderado é melhor do que ser extremamente otimista ou pessimista”, conclui.

O post Procrastinação: por que deixamos para depois? apareceu primeiro em Planeta.

LULA PENSA IGUAL GETULIO QUE O ESTADO DEVE INTERVIR NA ECONOMIA

 

História de Redação – Jornal Estadão

Em entrevista ao Estadão, o pesquisador do Ibre/FGV Samuel Pessôa afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “é meio getulista” em relação à economia, fazendo referência a Getúlio Vargas, que governou o País entre 1930 e 1945 e também entre 1951 e 1954. Mas o que significa ser “getulista” na economia?

Na entrevista, Pessôa disse que Lula segue políticas de maior intervenção do Estado na economia, por conta da “crença de que o Estado consegue liderar o processo de desenvolvimento”. Segundo especialistas consultados pelo Estadão, essa era uma característica do governo de Getúlio Vargas.

Vladimir Maciel, coordenador do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica (CMLE) afirma que, apesar de não compartilharem uma semelhança ideológica, é possível afirmar que os dois governantes se aproximam quando o assunto é economia, ambos com a visão de que o Estado também deve ter a função de tentar promover o crescimento econômico.

“O Getúlio entendia que o Estado tinha de ter um papel presente na economia. Ele entrou na atividade econômica com empresas estatais. Por exemplo, teve papel na criação da Vale do Rio Doce e da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), como se fosse um ‘empreendedorismo estatal’. Havia essa visão de que o desenvolvimento do país se daria por meio da intervenção estatal, até mesmo direta”, diz.

O papel do Estado, então, não seria apenas cuidar de suas funções típicas, acrescenta o professor Renan Pieri, economista da FGV EAESP. “Um governante ‘getulista’ acredita que o Estado não deve somente fazer sua função clássica, de regular a atividade econômica, garantir o direito de propriedade, entre outros. Mas também deve atuar de forma mais direta na economia, intervindo na produção, nos preços, seja via investimento direto através das empresas estatais, seja induzindo a atividade econômica através de subsídios”, explica.

Presidente Lula tem a mesma visão de Getúlio Vargas de que o Estado consegue liderar o processo de desenvolvimento econômico do País. Foto: Wilton Junior/Estadão

Presidente Lula tem a mesma visão de Getúlio Vargas de que o Estado consegue liderar o processo de desenvolvimento econômico do País. Foto: Wilton Junior/Estadão© Fornecido por Estadão

Vladimir Maciel, do CMLE, diz que episódios recentes demonstram que há essa visão no governo Lula. Ele cita a questão dos dividendos extraordinários na Petrobras, a tentativa do governo de emplacar o ex-ministro Guido Mantega no comando da Vale, hoje uma empresa privada, e uma declaração do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, de que o governo quer regulamentar o serviço de entrega de e-commerce no País para, além de garantir níveis de qualidade, fortalecer os Correios.

Maciel ainda cita uma entrevista que Lula concedeu à RedeTV no fim de fevereiro, na qual, ao falar sobre a Vale, afirmou que “as empresas brasileiras precisam estar de acordo com aquilo que é o pensamento de desenvolvimento do governo brasileiro”. “É isso que seria um governo ‘getulista’: entender que existe um norte dado pelo governo e todos devem seguir. De fato o Lula carrega esses valores, esse entendimento de atividade econômica, seja nas declarações recentes dele, seja nas atitudes do governo”, diz Maciel.

“Há essa discussão se o Estado deve ou não desempenhar esse papel mais presente na economia”, afirma Renan Pieri, da FGV EAESP. Ele explica que quem defende uma maior intervenção estatal acredita que o Estado tem de tributar famílias e empresas para conseguir os recursos e realizar esses investimentos.

“De certa forma, você está aumentando os investimentos estatais às custas de uma menor renda disponível para o setor privado, pelo menos no curto prazo”, diz. O argumento de quem defende essa ideia é que os investimentos estatais promoveriam um empurrão na atividade econômica e esse efeito transbordaria, gerando aumento de produtividade e beneficiando o setor privado também no longo prazo.

Já quem defende o contrário, menos presença do Estado na economia, geralmente afirma que é preciso priorizar o investimento privado e que o livre mercado e menos impostos trariam melhores resultados para o crescimento econômico. “E isso ocorreria às custas de haver menos recursos para o setor público realizar esses investimentos. Claro que é um pouco mais complexo que isso, mas há um dilema que fica claro nesses pontos”, conclui.

SAIBA OQUE É EMBOLIA PULMONAR E EVITE DURANTE VOOS LONGOS

 

História de MAUREN LUC – Folha de S. Paulo

CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) – A embolia pulmonar é uma condição que ocorre quando um trombo, isto é, um coágulo sanguíneo, forma-se nas veias e migra de uma região para outra, obstruindo a passagem de sangue para órgãos importantes, como pulmão ou coração. A condição pode ser fatal e está relacionada à restrição de mobilidade, mas pode ter origem genética ou ser agravada pela pressão atmosférica, comum em voos. Neste caso, alguns cuidados podem fazer a diferença.

“Ouve-se falar em embolia durante viagens de avião. Isso acontece pois os passageiros passam a maior parte do tempo sentados, na mesma posição, ficando com a mobilidade reduzida. Junta-se a isso a diminuição da pressão atmosférica nas aeronaves, então a formação e migração do trombo podem acontecer”, diz o médico Bruno Nanni, cirurgião vascular dos hospitais Marcelino Champagnat e Cajuru, em Curitiba.

Ele explica que a embolia pulmonar mais conhecida é a de origem trombótica, ou seja, após uma trombose venosa, na maior parte das vezes nas pernas, o coágulo se movimenta para o pulmão. “As pernas são o lugar mais comum de trombose venosa, pois é nos membros inferiores que começam a formação de trombos.”

Isso porque, quando o sangue desce para as pernas durante a circulação, ele precisa de força muscular para o retorno, que fica prejudicado com a falta de mobilidade. “Tem chance de o sangue ficar mais retido, causar inchaço e desconforto, e eventualmente a formação de coágulos.

Os principais sintomas, observa o cirurgião, são: inchaço nas pernas, redução da saturação, falta de ar súbita e presença de dor torácica, como uma facada.

Apesar de, na maioria das vezes, não serem fatais, embolias maciças podem causar óbito. “No hospital conseguimos socorrer com medicações anticoagulantes, cateterismo ou cirurgia. Num voo, porém, é praticamente impossível”, enfatiza Nanni. “Apesar de equipes de voo estarem preparadas para dar os primeiros socorros para pacientes com embolia pulmonar, às vezes a embolia é muito grande e não há o que fazer.”

Os riscos aumentam em casos de voos muito longos, com mais de quatro horas de duração. “Dificilmente acontece em viagens curtas.”

Outro agravante do voo é a diminuição da pressão atmosférica, que dificulta o retorno venoso dos membros inferiores para os superiores. “Isso pode causar a estase venosa e favorecer a formação de trombos e a obstrução dos vasos pulmonares, dificultando bastante a troca gasosa nos pulmões e podendo, em casos mais graves, levar ao óbito.”

Além destes fatores de risco, a trombose venosa também pode acontecer em pacientes com lesão nas veias, predisposição genética (como a trombofilia) ou em pós operatórios (pela falta de mobilidade).

Apesar de possível, a incidência de eventos tromboembólicos em voos não é alta, e alguns cuidados podem ser tomados para minimizar esses riscos, ressalta o médico.

Entre os cuidados estão: movimentar-se durante o voo e usar meia compressiva. “Em casos com trombose ou embolia pulmonar prévia, podemos fazer uso de anticoagulantes de maneira profilática.”

Nesta semana, foi divulgado em sites de notícias que uma brasileira teria morrido de embolia pulmonar durante um voo para Tóquio, no Japão. A reportagem tentou contato com a família da mulher, mas não teve retorno até a publicação desta edição.

O cirurgião ressalta, entretanto, que apesar de haver notícias de embolias em voos elas são raras. “A maioria das pessoas vai voar e não vai ter qualquer complicação.”

REPELENTES DO MOSQUITO DA DENGUE AJUDA NO COMBATE ÀS ARBOVIROSES

 

História de Exposis e Estadão Blue Studio – Jornal Estadão

Com o Brasil liderando os casos de dengue no mundo – os dois primeiros meses de 2024 contabilizaram mais de 1 milhão de brasileiros infectados –, especialistas vêm reforçando o papel do repelente de mosquitos como estratégia para diminuir o risco de entrar para a estatística das arboviroses.

Embora dados da consultoria de consumo Kantar tenham apontado que no último ano apenas cerca de 10% da população brasileira comprou repelentes, os números da dengue intensificam as vendas em 2024, de acordo com a mesma empresa de análise de mercado. Juntamente com outras medidas de prevenção, como zelar por um ambiente livre de focos de propagação do Aedes aegypti e a vacinação, o produto é cada vez mais recomendado na estratégia antidengue.

“Os diferentes princípios ativos da composição, DEET, icaridina ou IR3535, atuam como um escudo, porque afastam os mosquitos, mesmo sem eliminá-los”, diz a dermatologista Letícia Müller Rocha, da Clínica Prata Rocha, em São Paulo. Isso acontece porque o repelente confunde os receptores nas antenas dos bichos, que deixam de ser atraídos pelo odor natural da pele.

Phoenix, Arizona, United States – June 21, 2011: A collection of bug sprays and lotions are displayed on a tree stump. Insect repellants are important to ourdoorsmen and to those trying to avoid contracting mosquite-borne diseases such as West Nile Virus and encephalitis.

Repelentes devem ser aprovados pela Anvisa Foto: Divulgação: Exposis/Arte: Estadão Blue Studio

© Fornecido por Estadão

Tão importante quanto introduzir esse cuidado na rotina é ter certeza da segurança e qualidade da fórmula. “O repelente precisa ser aprovado pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] e essa informação deve estar no rótulo”, avisa Letícia. Isso garante que foi testado em laboratório e teve sua eficácia comprovada. “O que muda entre os diferentes princípios ativos é o tempo de duração na pele”, exemplifica a dermatologista. O com icaridina oferece longa duração com baixa concentração de ingrediente ativo na fórmula, o que permite ter produtos seguros para bebês e crianças com duração significativa. “Como as pessoas não têm o hábito de ficar reaplicando, acaba sendo mais indicado”, complementa.

Cuidados redobrados

A dengue e as arboviroses em geral podem desencadear quadros mais graves em determinadas populações. Por isso, o Ministério da Saúde ressalta a necessidade de atenção especial a pessoas com doenças crônicas, como hipertensão, assim como aquelas a partir dos 65 anos. Nos idosos, além da propensão a desenvolver complicações por dengue, a infecção por chikungunya, igualmente transmitida pelo Aedes aegypti, é outra fonte de preocupação, uma vez que a doença por vezes compromete as articulações, piorando dores relacionadas à artrite e artrose. Em quem tem diabete, por sua vez, as picadas por si sós tendem a provocar coceiras e gerar infecções na pele.

A boa notícia é que os repelentes à base de icaridina, seja em creme, gel ou spray, não têm contraindicação para nenhum desses grupos. “O importante é se certificar de espalhar em toda a área exposta, porque o produto atua exatamente no local em que foi aplicado”, orienta Letícia Rocha. “Tem muita gente que passa nas pernas, por exemplo, e deixa os pés desprotegidos. E é justamente ali que os mosquitos atacam”, completa.

Proteção de gestantes e crianças

As grávidas, de acordo com a Federação Brasileira de Ginecologia Obstetrícia (Febrasgo), estão mais suscetíveis a apresentar desfechos desfavoráveis de infecção por dengue. E mais: ainda segundo a entidade, o odor e a elevação da temperatura corporal próprios da gestação atraem mais as picadas, o que aumenta a importância do uso de repelentes. “As mulheres podem passar em qualquer fase da gravidez. Lembrando que o Aedes aegypti transmite também o vírus da zika, capaz de causar alterações neurológicas importantes no bebê”, destaca a dermatologista.

Outra fonte de dúvida constante é sobre como proteger crianças, sobretudo nas atividades ao ar livre. Afinal, pode usar repelente nos pequenos? “Hoje já existe fórmula para bebês a partir dos 3 meses”, responde Letícia Rocha. “Outra opção é o repelente em forma de lenços umedecidos, que pode facilitar a aplicação”, diz Letícia.

Seja qual for o escolhido, é importante que um adulto se encarregue de passar na pele da criança, evitando a região dos olhos e da boca – e também as mãos, que os pequenininhos levam à boca a toda hora.

Na hora do parquinho, não precisa se preocupar porque a exposição ao sol não causa nenhum problema. É só usar o protetor solar e, por cima dele, o repelente. Tem de seguir essa ordem, do contrário se inviabiliza o efeito da icaridina. O aviso vale, claro, para todas as idades.

Fontes:

https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2023-12/brasil-e-pais-com-mais-casos-de-dengue-no-mundo-mostra-dados-da-oms
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/aedes-aegypti/monitoramento-das-arboviroses
https://www.kantar.com/brazil/inspiration/consumo/2024-wp-pesquisa-de-mercado-repelentes-bra
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/dengue_diagnostico_manejo_clinico_adulto.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/chikungunya
https://www.febrasgo.org.br/pt/manual-de-prevencao-dengue-na-gestacao

O CRESCIMENTO EMPRESARIAL É O OBJETIVO DE TODAS AS EMPRESAS GRANDES OU PEQUENAS

 

Dema Oliveira –  Renomado especialista em expansão de negócios do Brasil

Em um mundo cada vez mais competitivo, o crescimento empresarial é o objetivo de todas as empresas, grandes ou pequenas. Dema Oliveira, renomado especialista em expansão de negócios do Brasil, compartilhou os segredos por trás dos sete modelos de crescimento empresarial que têm impulsionado o sucesso de grandes marcas como Tim, Claro, Unilever e Samsung.

Com décadas de experiência em abrir novos mercados e gerar bilhões em faturamento, Oliveira fundou a consultoria Goshen Land, dedicada a ajudar empresas a alcançar crescimento exponencial. Ele acredita que, com as estratégias certas, qualquer empresa pode transformar-se em um império corporativo.

 Expansão Horizontal: Novos Territórios

O primeiro modelo envolve abrir unidades adicionais do seu negócio em diferentes locais geográficos ou implementar um sistema de franquias. “Este modelo é particularmente eficaz para empresas com um modelo de negócio comprovado e replicável”, diz Dema. Por exemplo, uma lavanderia poderia abrir filiais em várias ruas ou bairros.

Crescimento Vertical: Aprimoramento Interno

Em vez de expandir horizontalmente, o crescimento vertical concentra-se em aprimorar e ampliar as operações existentes. “Isso pode envolver a adição de novos serviços ou a melhoria dos processos internos para aumentar a eficiência”, explica ele. Por exemplo, uma clínica médica pediátrica pode expandir suas ofertas de serviços, transformando-se em um hospital pediátrico completo.

Crescimento Vertical: Aprimoramento Interno

Em vez de expandir horizontalmente, o crescimento vertical concentra-se em aprimorar e ampliar as operações existentes. “Isso pode envolver a adição de novos serviços ou a melhoria dos processos internos para aumentar a eficiência”, explica ele. Por exemplo, uma clínica médica pediátrica pode expandir suas ofertas de serviços, transformando-se em um hospital pediátrico completo.

Diversificação de Produtos e Serviços

Ao invés de apenas aumentar as vendas de produtos existentes, as empresas podem expandir seu portfólio oferecendo novos produtos ou serviços relacionados. “A diversificação pode ajudar a empresa a atingir novos mercados e a reduzir a dependência de um único produto ou serviço”. Por exemplo, uma empresa de vasos decorativos pode começar a vender também mesas, cadeiras e outros itens de decoração.

Crescimento Exponencial através da Tecnologia

A tecnologia pode impulsionar o crescimento exponencial, permitindo que as empresas alcancem novos clientes de maneiras inovadoras. “A tecnologia está mudando a forma como fazemos negócios, e as empresas que se adaptam rapidamente a essas mudanças têm uma vantagem competitiva”. Um exemplo é o uso de aplicativos de entrega como o Zé Delivery pela Ambev, que permite vendas diretas ao consumidor, contornando intermediários como bares e restaurantes.

Aquisição de Concorrentes

Comprar ou adquirir empresas concorrentes é outra estratégia de crescimento eficaz. “A aquisição pode permitir que uma empresa aumente rapidamente sua participação de mercado e elimine a concorrência”, diz o especialista. Por exemplo, uma fábrica de copos pode adquirir uma empresa menor em um estado diferente para expandir sua presença regional.

Investimento de Capital Humano

O crescimento de uma empresa muitas vezes é limitado pela qualidade de sua equipe. Investir em recrutamento, retenção e desenvolvimento de talentos, bem como em práticas de governança corporativa, pode ser crucial para o sucesso a longo prazo. “As pessoas são o maior ativo de qualquer empresa, e investir nelas pode resultar em um retorno significativo”, afirma Dema.

Aprimoramento de Marketing e Vendas

Uma vez que o modelo de crescimento ideal tenha sido identificado, investir em estratégias de marketing e vendas pode ajudar a impulsionar o crescimento. Isso inclui melhorar os canais de venda, comunicações de marca e esforços de marketing para alcançar um público mais amplo. “Uma estratégia de marketing eficaz pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma empresa”.

Estes são os sete pilares que impulsionam o crescimento das empresas. Dema Oliveira, responsável pela abertura de mais de 300 lojas da Samsung no Brasil, atualmente auxilia empresas a expandir seus negócios por meio da GoshenLand. Ele ressalta que o crescimento empresarial não ocorre por acaso, mas é o resultado de decisões estratégicas e ações intencionais. Quando bem compreendidas e implementadas, essas estratégias podem abrir novas oportunidades de expansão e promover um crescimento sustentável a longo prazo. Assim, com as estratégias adequadas, empresas de todos os portes têm o potencial de evoluir e se transformar em verdadeiros impérios corporativos.

O que é marketplace e por que investir nessa plataforma

ÚnicaPropaganda e Moysés Peruhype Carlech

Milhares de internautas utilizam o marketplace diariamente para fazer compras virtuais. Mas muitos ainda desconhecem seu conceito e como ele funciona na compra e venda de produtos.

Afinal, o que é marketplace?

O marketplace é um modelo de negócio online que pode ter seu funcionamento comparado ao de um shopping center.

Ao entrar em um shopping com a intenção de comprar um produto específico, você encontra dezenas de lojas, o que lhe permite pesquisar as opções e os preços disponibilizados por cada uma delas. Além de comprar o que você planejou inicialmente, também é possível consumir outros produtos, de diferentes lojas, marcas e segmentos.

Leve isso ao mundo virtual e você entenderá o conceito de marketplace: um lugar que reúne produtos de diversas lojas, marcas e segmentos. A diferença é que no ambiente virtual é mais fácil buscar produtos, e existe a facilidade de comprar todos eles com um pagamento unificado.

Os principais marketplaces do Brasil

A Amazon foi a primeira a popularizar esse modelo de negócio pelo mundo, e até hoje é a maior referência no assunto

No Brasil, o marketplace teve início em 2012. Quem tornou a plataforma mais conhecida foi a CNova, responsável pelas operações digitais da Casas Bahia, Extra, Ponto Frio, entre outras lojas.

Hoje, alguns nomes conhecidos no marketplace B2C são: Americanas, Magazine Luiza, Netshoes, Shoptime, Submarino e Walmart. No modelo C2C, estão nomes como Mercado Livre e OLX. Conheça os resultados de algumas dessas e de outras lojas no comércio eletrônico brasileiro.

Aqui no Vale do Aço temos o marketplace da Startup Valeon que é uma Plataforma Comercial de divulgação de Empresas, Serviços e Profissionais Liberais que surgiu para revolucionar o comércio do Vale do Aço através de sua divulgação online.

Como escolher o marketplace ideal para sua loja

Para ingressar em um marketplace, é preciso cadastrar sua loja, definir os produtos que serão vendidos e iniciar a divulgação. Mas é fundamental levar em consideração alguns pontos importantes antes de decidir onde incluir sua marca:

Forma de cobrança: cada marketplace possui seu modelo de comissão sobre as vendas realizadas, que pode variar de 9,5% a 30%. O que determina isso é a menor ou maior visibilidade que o fornecedor atribuirá a seus produtos. Ou seja, o lojista que quer obter mais anúncios para seus produtos e as melhores posições em pesquisas pagará uma comissão maior.

Na Startup Valeon não cobramos comissão e sim uma pequena mensalidade para a divulgação de seus anúncios.

Público-alvo: ao definir onde cadastrar sua loja, é essencial identificar em quais marketplaces o seu público está mais presente.

Garantimos que na Valeon seu público alvo estará presente.

Concorrentes: avalie também quais são as lojas do mesmo segmento que já fazem parte da plataforma e se os seus produtos têm potencial para competir com os ofertados por elas.

Felizmente não temos concorrentes e disponibilizamos para você cliente e consumidores o melhor marketplace que possa existir.

Reputação: para um marketplace obter tráfego e melhorar seus resultados em vendas precisa contar com parceiros que cumpram suas promessas e atendam aos compradores conforme o esperado. Atrasos na entrega, produtos com qualidade inferior à prometida e atendimento ineficiente são fatores que afastam os usuários que costumam comprar naquele ambiente virtual. Ao ingressar em um marketplace, certifique-se de que a sua loja irá contribuir com a boa reputação da plataforma e pesquise as opiniões de compradores referentes às outras lojas já cadastradas.

Temos uma ótima reputação junto ao mercado e consumidores devido a seriedade que conduzimos o nosso negócio.

Vantagens do marketplace

A plataforma da Valeon oferece vantagens para todos os envolvidos no comércio eletrônico. Confira abaixo algumas delas.

Para o consumidor

Encontrar produtos de diversos segmentos e preços competitivos em um único ambiente;

Efetuar o pagamento pelos produtos de diferentes lojistas em uma única transação.

Para o lojista

Ingressar em um comércio eletrônico bem visitado e com credibilidade, o que eleva a visibilidade de seus produtos;

Fazer parte de uma estrutura completa de atendimento e operação de vendas com um menor investimento, considerando que não será necessário pagar um custo fixo básico, como aconteceria no caso de investir na abertura de uma loja física ou online.

Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:

• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;

• Atraímos visualmente mais clientes;

• Somos mais dinâmicos;

• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;

• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;

• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.

• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as suas vendas.

Para o Marketplace

Dispor de uma ampla variedade de produtos em sua vitrine virtual, atraindo ainda mais visitantes;

Conquistar credibilidade ao ser reconhecido como um e-commerce que reúne os produtos que os consumidores buscam, o que contribui até mesmo para fidelizar clientes.

Temos nos dedicado com muito afinco em melhorar e proporcionar aos que visitam o Site uma boa avaliação do nosso canal procurando captar e entender o comportamento dos consumidores o que nos ajuda a incrementar as melhorias e campanhas de marketing que realizamos.

quinta-feira, 14 de março de 2024

PARLAMENTARES DENUNCIAM O STF E O MINISTRO ALEXANDRE MORAES NA COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS

História de Redação – IstoÉ Dinheiro

Um grupo de 76 parlamentares – 63 deputados federais e 13 senadores – pediu à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) que apure supostos ‘atos atentatórios’ praticados pelo Estado brasileiro nos processos criminais contra extremistas acusados pelo 8 de janeiro. O alvo da ofensiva parlamentar é o Supremo Tribunal Federal e, em especial, o ministro Alexandre de Moraes, relator das ações.

“A condução dos processos pelo Supremo Tribunal Federal e em, em especial, os atos despóticos, tirânicos e arbitrários do Ministro Alexandre de Moraes, confrontam os pressupostos estatuídos nos artigos 5º, 7º, 8º e 9º, da Convenção Americana sobre Direitos Humanos”, acusam.

A petição reforça o clima de tensão que marca as relações de uma ala radical do Congresso e ministros da Corte.

A petição argumenta que os processos conduzidos pelo STF estão ‘eivados de vícios’, constituindo um ‘Tribunal de Exceção’ afastado dos ‘princípios da competência, independência e imparcialidade’.

Sustenta que no processamento dos réus ‘foram violados inúmeros direitos individuais’. Os parlamentares que subscrevem o documento afirmam que os processos sobre os réus do 8 de Janeiro são conduzidos de ‘forma draconiana, subjugando os acusados a condições que ainda ferem a integridade pessoal, psíquica e moral’.

“Imperioso que a CIDH intervenha, a fim de que sejam respeitados os Direitos Humanos da população brasileira, em especial dos acusados pelos fatos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023, requerendo que o Estado brasileiro adote providências para garantir a aplicação das leis e restabelecer os direitos fundamentais basilares do Estado Democrático de Direito”, argumentam.

A petição endereçada ao órgão autônomo da OEA é encabeçada pelo deputado Coronel Ulysses (União-AC) e assinada pelo filho ’02’ de Jair Bolsonaro, Eduardo, e por aliados do ex-presidente, todos do PL, eles próprios na mira da Justiça – o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem, Carla Zambelli e Ricardo Salles. O general Hamilton Mourão, ex-vice-presidente, faz parte da lista (leia abaixo a relação completa.

Eles fazem uma série de pedidos:

– Remessa imediata dos processos do 8 de Janeiro para a Justiça Federal, por ‘incompetência do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar’;

– Relaxamento da prisão de todos os acusados;

– Investigação sobre morte de Cleriston Pereira da Cunha, prisioneiro acusado de participação nos atos radicais e que morreu na Papuda;

– Indenização, paga pelo Estado, à família de Cleriston, pela morte ‘enquanto aguardava decisão do STF’;

– Indenização a pessoas que ficaram presas no Acre e em Belém após o ataque à praça dos três poderes e cujas ações foram arquivadas;

– Reconhecimento de que o Estado brasileiro violou artigos da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, ‘devido à instituição de Tribunal de Exceção no âmbito do Supremo Tribunal Federal, resultando na violação de diversos direitos fundamentais, violando, sobretudo, os direitos à vida, à liberdade e ao devido processo legal’;

Segundo a petição entregue à secretária-executiva adjunta da Comissão, María Claudia Pulido, nesta terça, 12, a invasão e depredação das dependências dos Três Poderes foi causada por ‘manifestantes descontentes com o resultado das eleições, desarmados e desprovidos de apoio bélico dos órgãos que integram as Forças Armadas’.

Os parlamentares classificam o ato antidemocrático como uma ‘baderna coletiva’ e argumentam a ‘inexistência’ de crimes de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Segundo os deputados e senadores que subscrevem a peça, ‘não havia a mínima possibilidade de deposição ou restrição do exercício dos poderes das autoridades legitimadas para o exercício dos Três Poderes da Nação’, vez que a ofensiva ocorreu em meio ao recesso do Legislativo e do Judiciário.

“Interpretar que os atos de vandalismo tinham por escopo desencadear intervenção militar das Forças Armadas no governo do país exacerba a competência do órgão julgador”, sustentam.

O documento destaca que o STF fez uma ‘manobra processual’ para julgar os acusados do 8 de janeiro, que não têm foro por prerrogativa de função. Argumenta que Alexandre de Moraes seria ‘suspeito’ para conduzir os processos, considerando sua condição de ‘vítima, investigador e julgador’ – essa indicação tem relação com o suposto plano de sequestro do ministro, tornado público pelo próprio magistrado.

Segundo o diretor-geral da Polícia Federal Andrei Rodrigues afirmou ao Estadão, o plano era ‘eliminar’ Moraes ‘das formas mais bárbaras possíveis’. Os parlamentares chamam o relato de ‘narrativa extremamente afastada da realidade’.

Outro ponto abordado pelos parlamentares é a morte de Cleriston Pereira da Cunha, o Clezão, preso em flagrante. Ele morreu após sofrer um mal súbito durante banho e sol no Complexo da Papuda, em Brasília, em novembro do ano passado. Em setembro, a Procuradoria-Geral da República havia se manifestado favoravelmente à soltura de Cleriston.

A alegação dos parlamentares à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA é de que a ‘inércia do STF, representada pela flagrante omissão de Moraes ao não analisar os reiterados pedidos de conversão da prisão em domiciliar, resultou na morte do acusado’.

Eles citam a prisão de 12 pessoas no Acre e no Pará, no dia 9 de janeiro, por se recusarem a deixar acampamentos montados em frente a quartéis militares e desobediência à ordem de desobstrução de vias públicas.

Os deputados sustentam que os 12 ficaram presos por mais de cem dias e que a Justiça Federal do Acre, após receber os processos encaminhados pelo Supremo, decidiu pelo arquivamento das investigações.

VEJA A LISTA DOS 76 QUE ACUSAM O SUPREMO NA OEA

1. Ulysses Freitas Pereira de Araújo

2. Alberto Barros Cavalcante Neto

3. Abilio Jacques Brunini Moumer

4. Alcibio Mesquita Bibo Nunes

5. Alden José Lázaro da Silva

6. Alexandre Ramagem Rodrigues

7. Alfredo Gspar de Mendonça Neto

8. Amália Scudeler de Barros Santos

9. André Fernandes de Moura

10. Antonio Carlos Nicoletti

11. Beatriz Kicis Torrents de Sordi

12. Carla Zambelli Salgado de Oliveira

13. Carlos Roberto Coelho de Mattos Júnior

14. Daniela Cristina Reinehr

15. Domingos Sávio Campos Resende

16. Eder Mauro Cardoso Barra

17. Eduardo Nantes Bolsonaro

18. Eli Dias Borges

19. Eliéser Girão Monteiro Filho

20. Eros Ferreira Biondini

21. Evair Vieria de Melo

22. Evandro Gonçalves da Silva Junior

23. Fábio Mickey Costa da Silva

24. Filipe Martins dos Santos

25. Francisco Eurico da Silva

26. Frederico de Castro Escaleira

27. Geraldo Junio do Amaral

28. Gilberto Gomes da Silva

29. Gilson Cardoso Fahur

30. Gilvan Aguiar Costa

31. Gustavo Gayer Machado de Araujo

32. Helio Fernando Barbosa Lopes

33. João Alberto Fraga Silva

34. João Chrisóstomo de Moura

35. Jonildo José de Assis

36. José Antonio dos Santos Medeiros

37. Julia Pedroso Zanatta

38. Kim Patroca Kataguiri

39. Lenildo Mendes dos Santos Sertão

40. Luciano Lorenzini Zucco

41. Luiz Alberto Ovando

42. Luiz de França e Silva Meira

43. Luiz Philippe de Orleans Bragança

44. Magda Mofatto Hon

45. Manoel Messias Donato Bezerra

46. Marcelo Pires Moraes

47. Marco Antônio Feliciano

48. Marcos Antonio Pereira Gomes

49. Marcos Sborowski Pollon

50. Mario Luis Frias

51. Mauricio Bedin Marcon

52. Nikolas Ferreira de Oliveira

53. Paulo Adriano Lopes Lucinda Telhada

54. Paulo Francisco Muniz Bilynskyj

55. Ricardo de Aquino Salles

56. Roberta de Araújo Costa Roma

57. Roberto Duarte Júnior

58. Rodolfo Oliveira Nogueira

59. Rodrigo Santana Valadares

60. Rubia Fernanda Diniz Robson Santos de Siqueira

61. Silvia Nobre Lopes

62. Silvio Antonio Guimarães Machado

63. Ubiratan Antunes Sanderson

64. Marcio Migel Bittar

65. Marcos Ribeiro do Val

66. Marcos Rogério da Silva Britto

67. Luiz Eduardo Grandeiro Girão

68. Magno Pereira Malta

69. Jorde Seif Júnior

70. Jaime Maximiano Bagattoli

71. Francisco Plínio Valério Tomaz

72. Izalci Lucas Ferreira

73. Eann Styvenson Valetim Mendes

74. Antonio Hamilton Martins Mourão

75. Carlos Francisco Portinho

76. Cleiton Gontijo de Azevedo

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NA POLÍTICA EXTERNA DE LULA ELE PERDEU O RUMO E TROPEÇA

 

História de Redação – Revista Planeta

Na economia e na política interna, as coisas estão indo bem para Lula. Mas, na política externa, o presidente perdeu o rumo e só tropeça. E isso que não faltam problemas que ele poderia ajudar a resolver na vizinhança. Há semanas que a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu governo está caindo. E isso apesar de, na política interna, tudo parecer estar sob controle: a economia se mostra robusta, os investimentos estão chegando ao Brasil e prometem mais emprego, e o arquirrival Jair Bolsonaro está cada vez mais enrolado com a Justiça.

A desaprovação viria então da política externa de Lula, que, para muitos, produziu sobretudo manchetes negativas?

Depois de a política interna ter dominado os dois primeiros governos de Lula, se fortalece a impressão de que, no seu terceiro e provável último mandato, Lula quer brilhar no cenário internacional. Um assento permanente no Conselho de Segurança para o Brasil seria um belo prêmio, assim como um acordo climático alcançado sob a liderança do Brasil.

Ou melhor ainda: será que ele mira o Prêmio Nobel da Paz com sua iniciativa para a Ucrânia?

Seja como for, essa iniciativa fracassou tão logo Lula se colocou publicamente ao lado do presidente da Rússia, Vladimir Putin. E a comparação entre a Faixa de Gaza e o Holocausto, que gerou uma crise diplomática com Israel, o desqualificou como moderador também nesse conflito.

Dias atrás ele foi visto com uma bandeira palestina num evento do Ministério da Cultura. Em vez de se empenhar pela resolução de conflitos como um estadista experiente, Lula parece estar buscando a aprovação dos jovens usuários do TikTok. Isso não vai levar a lugar algum.

Parece-me que Lula está mal aconselhado se for entrar numa onda anti-Israel. Isso não combina com o seu passado de amigo próximo de Israel. Além disso, basta olhar os comentários postados sob vídeos do conflito em Gaza nas redes sociais para se ter a impressão de que muitos usuários são da opinião de que o Hamas usa a própria população como escudo humano para prejudicar a imagem de Israel no mundo. Esses usuários enxergam mais longe do que Lula e seus assessores.

No Brasil, além disso, Israel usufrui de uma grande reputação entre católicos e sobretudo entre os evangélicos. Colocar-se claramente ao lado do Hamas – e, com isso, do Irã – deve custar muito apoio político interno a Lula e piorar a imagem dele com esses eleitores. Nesse ponto, ele provavelmente foi mal assessorado por Celso Amorim, o seu ministro oculto das Relações Exteriores com um viés tradicionalmente antiamericano e antiocidental.

Tapinha nas costas de ditadores no exterior

O mesmo vale para a escandalosa posição de Lula sobre a ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela, que já expulsou um quarto da população do país. E que agora está quebrando as promessas de eleições livres, dadas ao Ocidente, e usando pretextos para excluir a líder oposicionista María Corina Machado das eleições.

Em vez de “ficar chorando”, Machado deveria simplesmente indicar outro candidato para a eleição de 28 de julho, disse Lula. Afinal, ele mesmo, em 2018, indicou um candidato substituto – Fernando Haddad – quando foi impedido de concorrer.

Uma comparação ousada – muitos se lembram muito bem do drama de meses que o PT e Lula fizeram em torno da candidatura cancelada de Lula. E mais ainda do drama de anos em torno do processo de impeachment de Dilma Rousseff. Há anos já que se ouve falar de “golpe” aqui no Brasil, enquanto Dilma e o PT dão tapinhas nas costas de ditadores em todo o mundo que pisoteiam a democracia em seus próprios países. Ou pior: que mandam matar seus críticos.

Sobre Maduro: à parte a comparação mais do que infeliz e o conselho inapropriado, Lula não pode esperar angariar muito apoio com seus amigáveis préstimos para a ditadura venezuelana. Ao contrário, eles reforçam a impressão de que Lula e o PT se sentem melhores na companhia de ditadores do que na de democratas do Ocidente.

Isso não cai nada bem com a maioria dos brasileiros que votou em Lula para não dar um novo mandato desastroso para Jair Messias Bolsonaro. Afinal, o que estava em jogo era salvar a democracia, lembram?

Diante de uma bússola geopolítica tão danificada, é necessário se perguntar por que afinal Lula quer colocar o Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU.

Eu já sugeri isso aqui meses atrás, mas, diante da gravidade da situação, sugiro de novo: se Lula quer brilhar no cenário internacional e se candidatar para tarefas mais elevadas, deveria começar resolvendo os problemas urgentes que estão na sua própria vizinhança.

O Haiti, por exemplo, precisa urgentemente de uma mão firme para salvá-lo da ruína. O Brasil, que liderou uma missão da ONU no país caribenho, está numa posição predestinada para ajudar. Mas não se ouve palavra sobre isso.

Ou sobre como resolver o problema da migração: de Cuba à Nicarágua, passando pela Venezuela, centenas de milhares de pessoas estão fugindo da opressão política e da mais dura pobreza. Nesses lugares Lula é ouvido. Por que ele não se manifesta sobre isso em vez de se aferrar ao Oriente Médio e à Ucrânia?

Thomas Milz saiu da casa de seus pais protestantes há quase 20 anos e se mudou para o país mais católico do mundo. Tem mestrado em Ciências Políticas e História da América Latina e, há 15 anos, trabalha como jornalista e fotógrafo para veículos como a agência de notícias KNA e o jornal Neue Zürcher Zeitung. É pai de uma menina nascida em 2012 em Salvador. Depois de uma década em São Paulo, mora no Rio de Janeiro há quatro anos.

O texto reflete a opinião do autor, não necessariamente a da DW.

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GOVERNO GASTA HORRORES COM PUBLICIDADE E O JORNAL NACIONAL LIDERA ESSAS VERBAS

 

História de MATEUS VARGAS E RANIER BRAGON – Folha de S.Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O Jornal Nacional é o programa de TV que mais recebeu verba publicitária do governo federal no primeiro ano da atual gestão Lula (PT). Os anúncios direcionados ao principal telejornal da TV Globo somam ao menos R$ 24 milhões.

O programa chegou a ser o terceiro colocado no mesmo ranking durante a gestão Jair Bolsonaro (PL), quando a maior parcela da verba de anúncios foi direcionada ao Jornal da Record.

O segundo programa que mais recebeu inserções publicitárias do governo é o Fantástico, também da Globo, com anúncios que somam R$ 11,7 milhões. Os valores consideram veiculações no canal nacional e nas emissoras regionais do grupo.

O governo Lula ainda veiculou propagandas de R$ 10,6 milhões no Jornal da Record, líder sob Bolsonaro e atual terceiro colocado entre os programas que mais receberam verba do governo.

De acordo com o site Notícias da TV, no dia 1º deste mês a Globo liderou a audiência na Grande São Paulo, com uma média de 10,5 pontos, seguida da Record, com 3,9 pontos.

O Jornal Nacional foi o segundo programa mais visto da Globo, com 22,8 pontos, atrás apenas da novela Renascer (25,2 pontos). O site registra que os dados são da Kantar Ibope obtidos com fontes do mercado. Cada ponto equivale a pouco mais de 73 mil domicílios.

O JN integrou a lista de alvos de Bolsonaro. Em 2020, quando o governo tentou esconder dados da Covid, o ex-presidente disse: “Acabou matéria no Jornal Nacional”. Também se referiu à Globo como “TV funerária”.

O atual presidente, por sua vez, reclamou no passado da cobertura do telejornal sobre suspeitas contra gestões petistas. “Foram horas e horas no Jornal Nacional e em todos os noticiários da Globo tentando dizer que a corrupção na Petrobras e no país teria sido inventada por nós”, escreveu Lula em carta quando estava preso, em 2018.

Em nota, a Globo disse entender que “as verbas publicitárias públicas seguem critérios técnicos observados pelos órgãos federais responsáveis”.

Os dados são do portal da Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência, que mostra inserções publicitárias já autorizadas e realizadas em campanhas da própria pasta e de ministérios, mas não soma a verba de bancos públicos e estatais, como a Petrobras.

O valor final repassado a cada canal pode mudar em comparação ao que é apresentado nesse portal, pois parte dos pagamentos é feita após o governo confirmar que o anúncio foi divulgado como combinado.

Em julho, a Folha mostrou que o Grupo Globo, líder de audiência há décadas no Brasil, retomou o protagonismo na publicidade federal no governo Lula. A emissora chegou a receber menos verba que a Record e o SBT nos primeiros anos de Bolsonaro na Presidência.

Veículos de TV, rádio e internet do Grupo Globo receberam no ano passado anúncios de ao menos R$ 118 milhões. O valor representa cerca de um terço dos R$ 358 milhões em publicidade detalhados no portal da Secom.

A maior parte da verba do governo foi para ações da Secom (R$ 185 milhões), seguida pelo Ministério da Saúde (R$ 151,1 milhões), além de outras pastas. Maior campanha no ano, a de 100 dias do governo custou ao menos R$ 43,3 milhões em anúncios.

Os dados disponíveis mostram que 53% da verba publicitária do governo foi direcionada para TVs, incluindo canais fechados, mas esse percentual costuma cair durante a confirmação e pagamento das inserções. Isso porque veículos maiores, como a Globo, são mais rápidos do que rádios e empresas regionais no envio dos dados sobre veiculações já realizadas.

Ou seja, o percentual apresentado no painel da Secom acaba inflando valores para veículos maiores e se dilui apenas meses depois de as campanhas já terem sido realizadas.

Também há diferentes tipos de negociação entre as agências contratadas pelo governo e os canais de mídia. Em alguns casos, as empresas recebem antecipadamente pelos anúncios, mesmo antes de o governo confirmar que a campanha foi corretamente divulgada e pagar para a agência.

O governo não crava qual é o percentual da verba publicitária realmente destinada a cada meio.

Em entrevista à Folha, o ministro da Secom, Paulo Pimenta (PT-RS), estimou que TVs recebem cerca de 45% da publicidade federal, enquanto 15% dos anúncios são para a internet. Rádios recebem 12% da verba. Ainda há anúncios de “mídia exterior” (painéis, outdoors, carros de som etc), jornais, revistas e cinema.

As plataformas de redes sociais estão entre empresas que mais receberam verba do governo. A Meta, empresa que controla Facebook, Instagram e WhatsApp, foi o destino de ao menos R$ 13,3 milhões em anúncios em 2023.

No mesmo segmento, o TikTok recebeu R$ 5,5 milhões, seguido por Google (R$ 4,3 milhões) e X, antigo Twitter (R$ 3,7 milhões). Assim como no caso das TVs, não é possível apontar o total recebido por essas empresas em publicidade federal, pois os dados divulgados são parciais e não consideram campanhas de bancos e estatais.

Pimenta afirma que os critérios de partilha da verba de anúncio consideram audiência e região em que a campanha será veiculada, além de análise de que a empresa é formadora de opinião.

A verba para comunicação institucional, campanhas de interesse público e publicidades do governo disparou no atual governo Lula, passando de cerca de R$ 815 milhões, em 2023, para R$ 1,45 bilhão neste ano.

Os dados da Secom mostram que o governo voltou a investir em veículos que não haviam sido incluídos nos planos de mídia de 2020 a 2022, durante o governo Bolsonaro, como a Folha, que recebeu R$ 648,9 mil em 2023, conforme o painel da secretaria, e os jornais O Globo (R$ 859,4 mil) e O Estado de S. Paulo (R$ 593,1 mil).

O governo também tem anunciado em sites alinhados à gestão Lula, como o Brasil 247 (R$ 697,4 mil), Portal Fórum (R$ 343,6 mil) e Diário do Centro do Mundo (R$ 222,4 mil). Esses veículos não receberam verba das gestões de Michel Temer (MDB) e de Bolsonaro.

Em nota, o Brasil 247 disse que é “apartidário e independente, comprometido com o desenvolvimento nacional, com forte audiência na internet e no YouTube”. Afirmou ainda que se financia por meio de assinaturas e anunciantes públicos e privados.

Procurados, Record, SBT e os demais veículos citados não se manifestaram.

BIODIESEL É O COMBUSTÍVEL DO FUTURO APROVADO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS

História de Redação – IstoÉ Dinheiro

A Câmara aprovou nesta quarta-feira, 13, o projeto de lei do “Combustível do Futuro”, com 429 votos a favor, 19 contra e três abstenções. A votação foi possível após o relator, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), fazer concessões no relatório final. As mudanças feitas pelo parlamentar destravaram um impasse entre o agronegócio e o setor de energia provocado pela discussão sobre o aumento da mistura de biodiesel no óleo diesel. Após a análise de destaques (tentativas de mudança no texto principal), o texto vai para análise do Senado.

A proposta faz parte da chamada “agenda verde” abraçada pelo Legislativo com o objetivo de tornar o País mais sustentável do ponto de vista ambiental e ampliar as fontes renováveis de energia. O texto prevê uma série de iniciativas para fazer com que o Brasil reduza a emissão de carbono e, dessa forma, cumpra metas internacionais, como as que estão previstas no Acordo de Paris.

“Eu não tenho dúvida que é um projeto estratégico para o nosso País, para que o Brasil consolide sua vocação agro e aprofunde sua conquista de ter uma matriz energética limpa, renovável, sem paralelos no mundo. E aprofundar também a matriz de biocombustíveis”, disse Jardim, no plenário. “Biocombustíveis rima, sim, com sustentabilidade, significa emprego, investimento, renda, combater as desigualdades, criar mais oportunidades”, emendou.

O deputado Alceu Moreira (MDB-RS), presidente da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio) e autor da medida que aumenta a mistura também comemorou a aprovação. “O biodiesel é mais que um combustível. É um instrumento de formação de preços pois amplia a produção de proteína animal a partir da maior oferta de farelo de soja e agrega mais valor às exportações brasileiras”, disse ao Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado).

Um dos principais pontos de divergência era o aumento gradual da mistura de biodiesel no óleo diesel, que chegaria a 20% em 2030, com adição de um ponto porcentual ao ano, de acordo com o primeiro relatório. Hoje, esse porcentual está em 14%. Pelo novo parecer, aprovado na Câmara, a escala não será automática e funcionará como uma meta, com um piso de 13% e um teto de 25%.

O objetivo do aumento da mistura de biodiesel no óleo diesel é tornar o uso de combustível cada vez menos poluente, mas críticos da medida disseram que uma escala rígida demais poderia causar problemas. No novo texto, Arnaldo Jardim previu que a mistura do biodiesel pode ser superior a 15%, “desde que constatada sua viabilidade técnica”. Essa ponderação também era uma demanda do setor energético, com a justificativa de que seria necessária a previsão de testes técnicos para evitar que a mudança danifique motores de veículos.

Distribuidoras de combustível afirmaram que, caso a mudança ocorresse sem a devida testagem e resultasse em danos nos motores, poderia haver perda de eficiência energética dos veículos usados para transporte de mercadorias, além de custos excessivos com reposição de peças e manutenção. Também disseram que esse cenário poderia aumentar o preço do combustível para o consumidor final.

O novo parecer também deu mais poder ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), ligado ao Ministério de Minas e Energia, sobre a mistura do biodiesel no óleo diesel. O novo texto diz que o CNPE “avaliará a viabilidade das metas e fixará o porcentual obrigatório de adição de biodiesel, em volume, ao óleo comercializado em todo o território nacional entre os limites de 13% e 25%”.

Pelo relatório anterior, o conselho poderia reduzir ou aumentar os porcentuais em apenas dois pontos. Críticos da rigidez da escala argumentaram também que o preço para o consumidor final poderia subir muito caso o biodiesel ficasse mais caro devido a uma quebra de safra, por exemplo – no Brasil a produção do biodiesel é principalmente a partir da soja. Nesse caso, seria necessário uma flexibilidade maior no porcentual da mistura.

O colegiado, presidido pelo ministro de Minas e Energia e formado por outros 15 ministérios, é convocado e pautado pelo Executivo. O setor energético via com preocupação o que era considerado uma perda de poder do CNPE para eventuais reduções do porcentual da mistura de biodiesel.

“Preferimos dar uma flexibilidade maior para o CNPE. Quando olhamos, tem um risco de ter quebra de safra e aí tem problema de desabastecimento. Por exemplo, se você tem um problema de produção do etanol, eu tenho um substituto ali claro que é a gasolina. No biodiesel, se estabelecendo essa mistura obrigatória e eu tenho uma produção insuficiente, eu não tenho combustível alternativo para o qual eu possa migrar”, disse, em entrevista ao Broadcast, o responsável pelo Plano de Transformação Ecológica (PTE) do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux, escolhido para integrar o conselho da Petrobras.

O impasse, agora destravado, gerou uma disputa prematura pela relatoria no Senado. O presidente da Frente Parlamentar de Energia, o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), iniciou uma articulação para ser o relator. O agro reagiu e passou a trabalhar para que o relator fosse outro: o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO). Isso porque a frente liderada por Vital do Rêgo foi criada no Congresso por Jean Paul Prates, atual presidente da Petrobras.

Integrantes do setor de biodiesel avaliam que a Petrobras resiste ao aumento da mistura de biodiesel pela possibilidade de perda de mercado no óleo diesel, do qual a estatal é líder na produção nacional.

A escala gradual é uma das principais e mais antigas demandas do setor do biodiesel, desde os produtores de soja, processadores até fabricantes do biocombustível. Industriais alegam que um cronograma de mistura previsto em lei confere previsibilidade para os investimentos em ampliação da capacidade fabril. A medida é vista como necessária após a mistura ter sido reduzida frequentemente durante o governo Bolsonaro e a indústria registrar ociosidade de quase 50%.

O projeto de lei do “Combustível do Futuro” também cria os programas de combustível sustentável de aviação, diesel verde e biometano, além do marco legal de captura e estocagem geológica de dióxido de carbono. O governo chegou a enviar à Câmara uma proposta própria, mas esse texto foi unido a outros que já tramitavam na Casa.

Biometano

O relator também atendeu o pedido do governo federal e retirou do parecer o trecho que estabelecia um prazo, até 2034, para atingir o patamar de 10% de mistura do biometano no gás natural. O texto final apenas determina que CNPE definirá, a cada ano, a quantidade anual mínima do gás, até alcançar o limite de 10%.

“Retiramos prazo para atingir a meta de 10%, porque houve ponderações de parte do governo que teria risco de você não conseguir oferta e de que não haveria garantia de que todos os projetos seriam implantados”, explicou Jardim.

O projeto aprovado determina ainda que o mandato de biometano no gás natural comercializado entrará em vigor no dia 1º de janeiro de 2026, com patamar inicial de 1%. Na nova versão, no entanto, o relator abriu a possibilidade de que, se comprovada falta de oferta no mercado ou elevado custo, o CNPE poderá, excepcionalmente, flexibilizar essa meta.

“O CNPE poderá estabelecer, excepcionalmente, valor de redução de emissões de gases de efeito estufa menor que 1% (um por cento) desde que justificado pelas condições de mercado ou quando o volume de produção de biometano impossibilitar o cumprimento da meta, devendo restabelecer esse valor após a normalização das condições que motivaram a sua alteração”, diz o texto.

A obrigação da mistura será comprovada pela compra ou utilização de biometano no ano ou pelo registro anual da aquisição de Certificado de Garantia de Origem de Biometano (CGOB). O certificado, segundo o relator, atende as disparidades regionais quanto ao acesso ao produto. “Você pode ter ofertas com volumes distintos (de biometano) em regiões do País, aí tem que ter instrumento em que, não tendo disponibilidade, o certificado permite flexibilidade”, disse.

A pedido do Ministério da Fazenda, o relator também retirou a discussão tributária do parecer final. Na primeira versão havia a determinação da não incidência PIS/Cofins, por exemplo, nas negociações do CGOB em mercados organizados, inclusive em leilões. “Uma nota técnica da Fazenda justifica que não haverá incidência de PIS/COFINS, então retiramos a menção ali sob não incidência, porque já não haverá incidência. E negociamos com a Fazenda que haverá incidência tributária sobre a receita auferida de 34%”, disse Jardim.

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COMISSÃO DE ENRGIA DA CÂMARA ELEGE DUPLA FAVORÁVEL AO PETRÓLEO E AO GARIMPO

História de JOÃO GABRIEL – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Escolhido nesta quarta-feira (13) para presidir a CME (Comissão de Minas e Energia) da Câmara dos Deputados, Júnior Ferrari (PSD-PA) já defendeu publicamente a exploração de petróleo na Foz do Amazonas e votou a favor da liberação de garimpo em terras indígenas.

Ferrari, que é natural de Oriximiná (PA), região de forte mineração de bauxita, foi indicado pela bancada do PSD, que, pelo acordo firmado na Casa, escolhe quem presidirá o grupo.

O primeiro vice-presidente, também apontado pela sigla, é Hugo Leal (PSD-RJ), que, como mostrou a Folha de S.Paulo, integra a lista de parlamentares ligados à exploração mineral —ele detém ações em uma mineradora e também votou a favor da regulamentação do garimpo em terra indígena.

Samuel Viana (Republicanos-MG) e Carlos Veras (PT-PE) serão, respectivamente, os segundo e terceiro vice-presidentes da colegiado.

Procurado, Ferrari disse que, como presidente da CME, vai “atuar de forma imparcial” e respeitando a Constituição Federal quando o assunto for garimpo —a carta magna proíbe a exploração nos territórios.

Quanto à exploração de petróleo, afirmou que “precisamos garantir a sustentabilidade ambiental, mas também a sustentabilidade social”.”Já está provado que a Petrobras possui a tecnologia e a expertise na exploração de petróleo em alto-mar”, completou.

Leal confirmou que integra o quadro social de uma mineradora desde 2015. “Não tenho defesa neste sentido”, disse, sobre o garimpo, mas afirmou que é contrário à atuação ilegal de garimpeiros.

Em 2022, nas eleições, a Folha de S.Paulo também o questionou sobre a participação na área. “Defendo uma regulamentação efetiva, para que o produto encontrado fique no país regularizado e gerando divisas. Garimpo não é uma atividade que tenha condições ideais para uma efetiva fiscalização”, afirmou à época.

Ferrari e Leal são do mesmo partido do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Sob reserva, parlamentares afirmaram à Folha de S.Paulo que a escolha, no entanto, foi feita pela bancada de deputados e já havia sido pré-acordada no ano passado.

Ferrari defendeu a exploração do petróleo na Foz do Amazonas em 2023, durante uma audiência realizada pela própria CME, com a presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

“Defendemos com muita veemência, com muita firmeza, a exploração do petróleo na Foz do Amazonas, como uma forma de desenvolvimento econômico da nossa região”, afirmou o deputado na ocasião.

Em 2023, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) negou à Petrobras a licença prévia para perfurar o bloco 59 de petróleo na bacia Foz do Amazonas, na chamada margem equatorial da costa brasileira

A decisão causou atrito interno no governo Lula (PT). A decisão dos técnicos do Ibama foi criticada por nomes como o ministro Alexandre Silveira ou o próprio líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP).

Na mesma audiência, Ferrari defendeu ainda “agilizar” o processo de licenciamento ambiental do empreendimento.

Em 2022, o deputado foi um dos que votaram a favor da liberação do garimpo em territórios indígenas —assim como Hugo Leal.

Ferrari também é autor de um projeto que libera a criação de gado e búfalos dentro de reservas extrativistas —sua família declara ser dona de terrenos e cabeças de boi.

Parlamentares avaliam que pesou positivamente para que o deputado assumisse o posto na CME o fato de ele ser do Pará e aliado do governador Helder Barbalho (MDB).

O estado sediará, em 2025, a COP30, conferência do clima da ONU (Organização das Nações Unidas). Nesta cúpula devem ser revistas as metas do Acordo de Paris e, por isso, a edição é considerada um evento-chave para que se consiga reduzir os efeitos do aquecimento global.

“Pela importância do estado do Pará na produção de energia limpa e na produção de minério, o governador Helder me apoiou e ficou muito feliz com a minha indicação e, principalmente, pela amizade pessoal que temos e pela importância da CME ser presidida por um paraense”, disse Ferrari.

“Em relação ao ministro Alexandre Silveira, após a confirmação do meu nome por unanimidade na bancada, ele também ratificou o meu nome”, afirmou também.

Ferrari nasceu em Oriximiná, no oeste paraense, município que tem dezenas de quilombos e onde há quase 40 anos a MRN (Mineração Rio do Norte) atua na exploração de bauxita.

A Folha de S.Paulo visitou a região do rio Trombetas, na cidade, em 2023. O beneficiamento e o carregamento do mineral acontecem ao lado de um quilombo, o Boa Vista, histórica comunidade e a primeira do país a ter conquistado seu título.

Moradores e pesquisadores afirmaram que a atuação da MRN vem matando os rios —eles perdem fluxo de água, ficam poluídos e inviabilizados para a pesca.

Também dizem que a mineradora utiliza irregularmente áreas de preservação (como a Floresta Nacional de Saracá-Taquera) e espaços que quilombolas usavam para plantação.

Há relatos de que os habitantes locais não conseguem utilizar o hospital da empresa, o que seria uma das compensações socioambientais previstas para o empreendimento.

A Prefeitura de Oriximiná afirma que o valor repassado pela mineradora como contrapartida pela exploração não é suficiente para custear melhorias para as comunidades tradicionais e que a mineradora atrasa os repasses com frequência.

“Defendo a exploração da bauxita e de qualquer outro tipo de minério não só em Oriximiná mas também em qualquer outra região do país, desde que respeitada a legislação ambiental […] e que sejam assegurados os direitos dos quilombolas”, disse Ferrari.

A Folha de S.Paulo procurou novamente a empresa MRN para comentar as críticas das comunidades quilombolas, mas não teve resposta.

Em 2023, a empresa afirmou à reportagem que estudos apontam para a restauração ecológica da região, que as amostras de água estão em conformidade com a legislação, assim como os níveis de poeira.

Disse também que os limites da comunidade foram delimitados e reconhecidos anos após o início de suas operações e que nunca interrompeu atendimentos médicos a quilombolas. Por fim, alegou que o atraso dos repasses se deu por questões operacionais da Agência Nacional de Mineração.

 

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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