Se a Justiça tivesse cumprido seu papel e
tomado medidas tempestivas num caso incontroverso, o sequestro no ônibus
do RJ por um criminoso condenado não teria acontecido
Por Notas & Informações – Jornal Estadão
Na terça-feira, o Brasil acompanhou atônito o sequestro de um ônibus
no Rio de Janeiro. Tudo indica que o sequestrador, Paulo Sérgio de Lima,
suspeitou que um passageiro fosse um policial e atirou contra ele,
ferindo-o gravemente. Em seguida, rendeu 16 passageiros.
Felizmente, não se repetiu a sucessão de erros da polícia que, em
2000, resultou na tragédia do sequestro do ônibus 174, no Rio. À época,
no momento em que o sequestrador deixava o ônibus com uma refém, um
policial fez um disparo que acabou matando a passageira. Detido, o
criminoso chegou morto ao hospital por asfixia. Desta vez, a polícia
logrou a rendição sem vítimas.
Mas, se neste caso a polícia agiu com técnica e competência, o
incidente expôs as falhas de outro braço do Estado: a Justiça. Nada
disso teria acontecido se o Judiciário tivesse cumprido seu papel.
Lima cumpria pena após ter sido condenado a nove anos e quatro meses
de prisão por um assalto em 2019. Após um ano e seis meses preso, ele
foi beneficiado com o regime semiaberto, e dois anos depois, à prisão
domiciliar com tornozeleira eletrônica. Até aí, tudo indica que a
execução da pena legitimamente seguia o sistema de progressão. Mas então
começou o festival de erros.
Desde agosto de 2022, Lima violou sistematicamente as regras de uso
da tornozeleira. No dia seguinte à primeira violação, a Secretaria de
Administração Penitenciária (Seap) notificou a Vara de Execuções Penais
(VEP). Neste momento, o juiz deveria ter intimado o advogado do apenado a
prestar esclarecimentos, mas nada fez.
O criminoso ignorou todos os pedidos para comparecer à Central de
Monitoramento da Seap, que comunicou as violações à VEP nada menos que
cinco vezes ao longo de um ano e sete meses. Em março de 2023, o
Ministério Público requisitou a regressão do regime. Mas só na última
terça-feira à noite, após o sequestro, o juiz acolheu o pedido, com uma
nota infame em que diz que só então “teve oportunidade de decidir”.
Nesse caso, o Executivo, através da Seap, cumpriu seu papel. Mas a
própria Seap admite ignorar o paradeiro de 1,8 mil apenados porque as
tornozeleiras foram danificadas. Entre os foragidos há condenados por
crimes como homicídio, roubo e tráfico. Se é que estão oficialmente
foragidos, pois não está claro quantas dessas violações já foram
analisadas pela Justiça.
O Brasil tem um dos maiores e mais caros Judiciários do mundo,
consumindo cerca de 1,2% do PIB, bem maior que nos EUA (0,14%), na
Itália (0,19%) e na Alemanha (0,32%), por exemplo. Ademais, os juízes
são brindados com todo tipo de regalias – e vivem se queixando de que
esses privilégios são insuficientes. Apesar disso, no Brasil, uma
sentença de primeira instância demora 1.606 dias para sair, enquanto na
Itália leva 564; no Reino Unido, 350; e na Noruega, 160.
Diz-se que o Brasil prende muito e prende mal. A segunda parte é
inequívoca e, por isso mesmo, a primeira é relativa. O Brasil prende
muito e pouco. Muito, porque 40% dos presos são provisórios, às vezes há
anos, e muitos dos condenados respondem por crimes de baixo potencial
ofensivo, que deveriam ser punidos com penas alternativas. Ao invés
disso, estão se graduando nas “escolas do crime” em que se transformaram
os presídios. Mas o Brasil também prende pouco. A resolução de
assassinatos é da ordem de 35%, enquanto a média global é de quase 65%.
Os índices de Confiança na Justiça da FGV mostram uma persistente
percepção da maioria da população de um Judiciário lento, caro,
ineficiente, hermético, corrupto e pouco independente. Com frequência,
essa Justiça, através de sua instância máxima, o Supremo Tribunal
Federal (STF), acusa o Legislativo de “omissão” em temas controversos,
como se a opção por manter determinada legislação já não fosse uma
resposta. Mais grave, no entanto, é a omissão do Judiciário quando
legitimamente provocado, como nos inúmeros julgamentos represados há
anos, às vezes décadas, nas gavetas do STF. Mas verdadeiramente graves
são casos incontroversos, como a violação da execução penal de um
condenado. Em casos como esses, a negligência de uma Justiça que tarda e
falha pode ser letal.
O Supremo Tribunal Federal busca
regulamentar o uso pessoal até uma certa quantidade. O Congresso, que vê
o movimento como um avanço sobre suas atribuições, pode ir pelo caminho
contrário e legislar pela proibição total
Existem certas tendências inexoráveis no mundo. São movimentos em que
os países que não aderem ficam para trás e começam a ser vistos como
atrasados por seus pares. Caso, por exemplo, da liberação do divórcio e
da abolição da escravidão, no qual estivemos entre os últimos. Um desses
processos de liberação que se liga ao espirito do tempo é o de uso das
drogas, principalmente as leves. Ser contra o consumo individual hoje é
até contraditório com posturas que dizem prezar a liberdade individual
como valor.
A Holanda tem sido pioneira neste sentido. A Alemanha aprovou uma lei
recentemente permitindo o consumo em certos ambientes. No vizinho
Uruguai está perfeitamente legal. Suíça, México e Colômbia seguem por
esse caminho.
Enquanto países liberam consumo de drogas, o Brasil pode proibir. (AP Photo/Markus Schreiber, File)
Nos Estados Unidos a liberação da maconha tem sido decidida pela
própria população em plebiscitos incluídos nas midterms. Até estados
considerados conservadores, como Missouri, aprovaram o uso da erva.
Nos EUA, inclusive, o mercado da maconha hoje é um big business. Nada
a ver com aquele maconheiro anti-sistema e fã de Bob Marley dos tempos
das universidades de humanas. São lojas que parecem mais aqueles
estabelecimentos que vendem celulares em bairros chiques do que bocas de
fumo da periferia. Na entrada, simpáticas funcionárias e funcionários
uniformizados podem entregar um tablet com um cardápio no qual a droga
pode ser vendida em cigarros, pílulas, pomadas e até mesmo
refrigerantes. “Posso ajudá-lo, senhor?”, perguntam. As embalagens
lembram as butiques dos shoppings brasileiros e podem ser entregues a um
homem trajando um terno ou uma mulher com salto alto e um elegante
sobretudo para fugir do frio. Existem também as lojas para os, digamos,
maconheiros esquerdistas, com pôsteres algo rasgados dos ídolos do
reggae e simulações de pixações nas paredes.
Farmácia credenciada para vender maconha em Montevidéu é uma das dez autorizadas na capital; em todo o país há apenas 17 delas Foto: Tiago Queiroz / Estadão
Os argumentos por trás dessas liberações são vários. Quando proibida,
a droga é um problema de saúde e de segurança pública. Quando liberada,
do ponto de vista do ônus, torna-se uma questão de saúde, nos casos
extremos. Com relação ao bônus, a gigantesca gama de recursos utilizados
para a repressão pode ser realocados para outros objetivos. E o Estado
tem ganhado bastante dinheiro com o sistema. Em 2022 os EUA arrecadaram
US$ 3,5 bilhões com impostos via cannabis e o potencial é de US$ 8,5
bilhões (R$ 42 bilhões). Em Nova York, em especial, esse tipo de imposto
da droga tem sido utilizado para melhorias no metrô. Nas margens das
estradas da Califórnia é possível ver as plantações que formam a base
dessa cadeia econômica. Ou seja, o tráfico não está presente nem na
importação.
No Brasil, o Supremo Tribunal Federal busca regulamentar o uso pessoal até
uma certa quantidade. O Congresso, que vê o movimento como um avanço
sobre suas atribuições, pode ir pelo caminho contrário e legislar pela
proibição total. Há, por outro lado, a tese de que o consumo individual
de drogas poderia ser uma prerrogativa individual que não estaria nem
mesmo ao alcance do Parlamento. Nessa briga política, o Brasil, mais uma
vez, fica cada mais longe de seus colegas mais desenvolvidos.
Um a cada cinco brasileiros já utilizou maconha, segundo o DataFolha.
Em um país com tantos crimes graves e judiciário encurralado com
milhões de casos, metade dos processos sobre drogas envolve apenas
usuários, de acordo com levantamento do Ipea. Mas um outro índice chama a
atenção de nossos políticos: 76% dos brasileiros são contra a liberação
do uso recreativo da maconha, retratou o DataFolha. Um índice que mesmo
na direção contrária da inclinação mundial pode fazer brilhar os olhos
dos populistas.
Praticamente toda civilização na história tinha algum tipo de droga à
disposição. Seu uso pode ter a ver com causas profundas, como a relação
com o que se chama de real. Uma fuga que pode se processar de maneira
muito semelhante a usufruir música, a compulsão pelos doces, o alivio da
religião e mesmo o fanatismo político. Muitas vezes a distância entre
drogas legais e ilegais é tênue. No Brasil, certas bebidas alcoólicas
possuem efeitos mais intensos tanto na mente quanto no corpo do que a
maconha. Criminalizar as drogas, simplesmente, é não conhecer como
funciona a mente das pessoas e perder até mesmo a oportunidade de tornar
legal e mais seguro um mercado de bilhões que irá continuar da mesma
maneira, não importa a posição de nossos poderosos.
Executivo da FCamara explora como a IA está mudando o cenário do
comércio global e impulsionando as projeções de faturamento nos próximos
anos
No coração da era digital, testemunhamos uma revolução que molda
profundamente o comércio eletrônico e o varejo: a ascensão e
consolidação da Inteligência Artificial (IA). À medida que avança a
passos largos, a IA se tornou não apenas uma ferramenta, mas o pilar de
transformação desses setores, redefinindo a maneira como as empresas
operam, interagem com os consumidores e gerenciam seus negócios.
Com projeções otimistas, o mercado global de IA no setor de varejo
deverá atingir a impressionante marca de US$ 10,76 bilhões em 2023,
conforme prevê uma pesquisa conduzida pela Future Market Insights, com
uma notável taxa de crescimento anual estimada em 28%. As expectativas
para o cenário futuro são ainda mais ambiciosas, pois se prevê que, até
2033, esse mercado possa superar a marca dos US$ 127 bilhões.
Isso significa que a IA não é mais uma mera tendência, mas sim um
elemento fundamental que impulsiona o varejo, aprimorando a eficiência,
personalização e inovação em todas as operações e na experiência do
cliente. Para Joel Backschat, CIO na multinacional brasileira FCamara,
um ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa o futuro dos
negócios, está claro que aqueles que abraçam essa tecnologia estão
preparando seus negócios para um futuro de prosperidade.
“Em um mundo onde a competição é feroz e a atenção do consumidor é
escassa, a Inteligência Artificial é como o farol que guia o varejo
moderno. Ela não apenas ilumina o caminho, mas também molda a jornada do
cliente, tornando-a mais personalizada e cativante”, defende.
O CIO nos conduz a uma exploração de como a IA está mudando de maneira significativa o cenário do e-commerce e varejo.
1. Personalização da experiência do consumidor
Uma das maiores transformações que a IA trouxe para o e-commerce e o
varejo é a personalização da experiência do consumidor. Por meio da
análise de dados, a IA permite que as empresas entendam o comportamento
do cliente, suas preferências e histórico de compras.
“Com essas informações, as empresas podem oferecer recomendações de
produtos relevantes e sugerir promoções específicas. Isso não apenas
aumenta as vendas, mas também cria uma jornada mais satisfatória para o
cliente”, pontua o Backschat.
2. Otimização da precisão logística
A IA é capaz de otimizar a cadeia de suprimentos e logística. Ela é
usada para prever demandas, gerenciar estoques com eficiência e otimizar
rotas de entrega. Isso resulta em menor desperdício, custos reduzidos e
entregas mais rápidas, atendendo às crescentes expectativas dos
consumidores em relação à velocidade e confiabilidade das entregas.
3. Atendimento ao cliente 24/7
Chatbots e assistentes virtuais baseados em IA já desempenhavam um
papel importante no atendimento ao cliente. No entanto, com a evolução
da Inteligência Artificial, essas soluções estão se tornando ainda mais
eficientes e sofisticadas. Agora, eles não apenas oferecem assistência
básica, mas também são capazes de lidar com consultas mais complexas e
personalizadas. Eles estão disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por
semana, respondendo a perguntas, solucionando problemas mais simples e
auxiliando os consumidores em suas jornadas de compra. Isso melhora a
eficiência do atendimento e oferece uma experiência mais conveniente
para os clientes.
Para a empresa, a automação do atendimento ajuda na classificação dos
casos que exigem, de fato, um atendimento mais completo, além de
reduzir custos operacionais.
4. Prevenção de fraudes
A IA desempenha um papel crucial na detecção e prevenção de fraudes
no comércio eletrônico. Ela pode identificar atividades suspeitas,
analisar padrões de compra e autenticar transações com base em uma
variedade de fatores, tornando as compras online mais seguras para os
consumidores e as empresas.
Marketplaces em alta: o sucesso no mercado
Tiago Sanches, gerente comercial da Total IP
Certas estratégias são cruciais para alavancar as vendas e isso começa com o primeiro contato
Marketplaces são uma tendência no e-commerce. Isso porque, os
benefícios existem tanto para quem tem seu próprio ambiente, quanto para
os sellers, os quais vendem nas plataformas de outros empreendedores.
Entretanto, apesar dessa alta, é fundamental as organizações se
prepararem da melhor forma para receberem seus grupos alvo,
independentemente da época do ano. Isso inclui uma elaboração iniciada
pelo atendimento.
O que são marketplaces e qual a sua realidade no mercado?
Esse conceito se remete a uma noção mais coletiva de vendas on-line.
Nessa plataforma, diferentes lojas podem anunciar seus artigos, dando ao
cliente um leque de opções. Desse jeito, trata-se de uma rede cujos
vendedores podem fazer suas ofertas dentro da mesma página. Ou seja, é
como um shopping center virtual cujos visitantes têm acesso a vários
estabelecimentos. Sites como Mercado Livre, Magalu, Americanas, Amazon e
a Valeon são ótimos exemplos, inclusive, de acordo com o último
relatório Webshoppers, 84% dos empreendedores brasileiros possuem canais
ativos em ambientes como esses.
Conforme a ChannelAdvisor, na China, esse tipo de comércio já
representa 90% do faturamento do varejo on-line e, nos EUA, 33%. Já no
Brasil, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm),
o crescimento do setor em 2021 foi de 19%.
Principalmente em temporadas de forte atividade, como o Natal, Dia
dos Namorados, das Mães e dos Pais, as movimentações tendem a ser
significativas. O Dia do Consumidor, por exemplo, em 2022, chegou a um
faturamento de R$ 722 milhões, com elevação de 22% em comparação a 2021,
de acordo com dados da Neotrust. Contudo, para, de fato, chamar a
atenção dos fregueses, apenas preços atrativos e propagandas não são o
suficiente, é preciso oferecer uma experiência completa. “Para deixar
uma marca positiva é necessário garantir um primeiro contato excelente,
indo até o pós-venda. Os responsáveis por esse tipo de negócio tendem a
pensar só no produto final entregue, mas toda interação importa”,
explica Tiago Sanches, gerente comercial da Total IP.
Um destaque em meio à concorrência é fundamental
Ciente de como apenas qualidade final não é o suficiente, diversos
quesitos tendem a ajudar uma empresa a se destacar em meio a tanta
concorrência. Logo, diferentes fatores influenciam a posição ocupada nas
buscas, seja preço, custo do frete, avaliações, etc. Além disso, é
imprescindível identificar como chamar a atenção em detrimento de
sellers ocupando o mesmo espaço. Nesse contexto, conhecimento nunca é
demais para descobrir como planejar condições visando se sobressair.
Outra questão importante diz respeito aos parceiros mantidos por
perto e a estrutura do negócio em geral. Para a quantidade de vendas
alcançadas por um programa como esse, investir na atração de indivíduos
para promover suas corporações lá dentro, diversificando e ampliando o
portfólio torna tudo mais robusto. Além disso, deve haver uma atenção
especial à otimização das operações.
Todavia, de nada adianta tomar cuidado com tudo isso e não promover
uma boa gestão operacional. Dentre diversos benefícios, a transformação
de um e-commerce em um marketplace proporciona ganho de escala das
demandas. A partir desse ponto é crucial redobrar a cautela com
estratégias adotadas no local omnichannel. Uma administração eficiente é
o meio para a criação de modelos de vivência da persona para ela ter
uma boa prática nessa aquisição. “Hoje em dia, uma pessoa transita por
diferentes pontos de contato. É relevante, então, conseguir alcançar o
preciso da melhor forma e naquele momento, assim, há grandes chances de
fidelizar”, comenta o especialista.
Dicas para se sair bem no mercado
Antes de tudo é sempre interessante se colocar no lugar dos
frequentadores, pois, somente conhecendo bem eles é viável proporcionar
oportunidades e elementos favoráveis. Em circunstâncias assim, um bom
levantamento de dados para analisar as dores e as necessidades é uma
excelente alternativa, tendo em vista como, por meio dessas informações,
é fácil identificar qual a busca e como agradar.
No entanto, o ditado é real e, de fato, a primeira impressão fica.
Logo, a assistência inicial desse sujeito deve ser levada em
consideração de forma primordial. Como anda o seu atendimento? Quais as
abordagens utilizadas para lidar com esses interessados?
Independentemente de qual seja, a Startup Valeon consegue auxiliar, incrementar e melhorar qualquer estratégia de forma inovadora.
A tecnologia de robôs tem sido cada vez mais utilizada em diversas
esferas do cotidiano da população. No geral, essa indústria está em
crescimento, de acordo com a VDMA (Associação Alemã de Fabricantes de
Máquinas e Instalações Industriais), as vendas do setor aumentaram em
13% em 2022. Nos primeiros quatro meses, os pedidos recebidos foram
elevados em 38%, também em relação ao ano anterior, na Alemanha.
Em todo o mundo, já existem mais de três milhões deles operando em
fábricas e pelo menos US$ 13,2 bilhões foram gastos nos últimos anos em
novas instalações utilizando esse tipo de modernização. Pelo menos 76%
desses investimentos foram feitos por cinco países: China, Japão,
Estados Unidos, Coreia do Sul e Alemanha. As indústrias automotiva,
elétrica, eletrônica e metálica se destacam nesse uso em seus parques
industriais. Porém, no caso do apoio ao consumidor esse artifício também
não poderia ficar de fora. Com a Startup Valeon isso é possível para
todos os âmbitos. “Nós enxergamos essa assistência como parte do
processo de conquista e a colocamos como um pilar principal para os
nossos usuários.
Dessa maneira, a firma oferece serviços baseados na aprimoração desse
suporte para as companhias parceiras, seja com os tão comentados robôs,
responsáveis por atender chamadas e responder mensagens
automaticamente, ou com outras ferramentas. Ao todo, há uma
flexibilidade sem igual para atender a todo tipo de instituição, com
humanos, chat, voz, redes sociais e WhatsApp, o propósito é aumentar os
resultados e promover atualização constante.
O que é marketplace e por que investir nessa plataforma
ÚnicaPropaganda e Moysés Peruhype Carlech
Milhares de internautas utilizam o marketplace diariamente para fazer
compras virtuais. Mas muitos ainda desconhecem seu conceito e como ele
funciona na compra e venda de produtos.
Afinal, o que é marketplace?
O marketplace é um modelo de negócio online que pode ter seu funcionamento comparado ao de um shopping center.
Ao entrar em um shopping com a intenção de comprar um produto
específico, você encontra dezenas de lojas, o que lhe permite pesquisar
as opções e os preços disponibilizados por cada uma delas. Além de
comprar o que você planejou inicialmente, também é possível consumir
outros produtos, de diferentes lojas, marcas e segmentos.
Leve isso ao mundo virtual e você entenderá o conceito de
marketplace: um lugar que reúne produtos de diversas lojas, marcas e
segmentos. A diferença é que no ambiente virtual é mais fácil buscar
produtos, e existe a facilidade de comprar todos eles com um pagamento
unificado.
Os principais marketplaces do Brasil
A Amazon foi a primeira a popularizar esse modelo de negócio pelo mundo, e até hoje é a maior referência no assunto
No Brasil, o marketplace teve início em 2012. Quem tornou a
plataforma mais conhecida foi a CNova, responsável pelas operações
digitais da Casas Bahia, Extra, Ponto Frio, entre outras lojas.
Hoje, alguns nomes conhecidos no marketplace B2C são: Americanas,
Magazine Luiza, Netshoes, Shoptime, Submarino e Walmart. No modelo C2C,
estão nomes como Mercado Livre e OLX. Conheça os resultados de algumas
dessas e de outras lojas no comércio eletrônico brasileiro.
Aqui no Vale do Aço temos o marketplace da Startup Valeon que é uma
Plataforma Comercial de divulgação de Empresas, Serviços e Profissionais
Liberais que surgiu para revolucionar o comércio do Vale do Aço através
de sua divulgação online.
Como escolher o marketplace ideal para sua loja
Para ingressar em um marketplace, é preciso cadastrar sua loja,
definir os produtos que serão vendidos e iniciar a divulgação. Mas é
fundamental levar em consideração alguns pontos importantes antes de
decidir onde incluir sua marca:
Forma de cobrança: cada marketplace possui seu modelo de comissão
sobre as vendas realizadas, que pode variar de 9,5% a 30%. O que
determina isso é a menor ou maior visibilidade que o fornecedor
atribuirá a seus produtos. Ou seja, o lojista que quer obter mais
anúncios para seus produtos e as melhores posições em pesquisas pagará
uma comissão maior.
Na Startup Valeon não cobramos comissão e sim uma pequena mensalidade para a divulgação de seus anúncios.
Público-alvo: ao definir onde cadastrar sua loja, é essencial
identificar em quais marketplaces o seu público está mais presente.
Garantimos que na Valeon seu público alvo estará presente.
Concorrentes: avalie também quais são as lojas do mesmo segmento que
já fazem parte da plataforma e se os seus produtos têm potencial para
competir com os ofertados por elas.
Felizmente não temos concorrentes e disponibilizamos para você cliente e consumidores o melhor marketplace que possa existir.
Reputação: para um marketplace obter tráfego e melhorar seus
resultados em vendas precisa contar com parceiros que cumpram suas
promessas e atendam aos compradores conforme o esperado. Atrasos na
entrega, produtos com qualidade inferior à prometida e atendimento
ineficiente são fatores que afastam os usuários que costumam comprar
naquele ambiente virtual. Ao ingressar em um marketplace, certifique-se
de que a sua loja irá contribuir com a boa reputação da plataforma e
pesquise as opiniões de compradores referentes às outras lojas já
cadastradas.
Temos uma ótima reputação junto ao mercado e consumidores devido a seriedade que conduzimos o nosso negócio.
Vantagens do marketplace
A plataforma da Valeon oferece vantagens para todos os envolvidos no comércio eletrônico. Confira abaixo algumas delas.
Para o consumidor
Encontrar produtos de diversos segmentos e preços competitivos em um único ambiente;
Efetuar o pagamento pelos produtos de diferentes lojistas em uma única transação.
Para o lojista
Ingressar em um comércio eletrônico bem visitado e com credibilidade, o que eleva a visibilidade de seus produtos;
Fazer parte de uma estrutura completa de atendimento e operação de
vendas com um menor investimento, considerando que não será necessário
pagar um custo fixo básico, como aconteceria no caso de investir na
abertura de uma loja física ou online.
Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:
• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;
• Atraímos visualmente mais clientes;
• Somos mais dinâmicos;
• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;
• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;
• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.
• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em
buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para
impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as
suas vendas.
Para o Marketplace
Dispor de uma ampla variedade de produtos em sua vitrine virtual, atraindo ainda mais visitantes;
Conquistar credibilidade ao ser reconhecido como um e-commerce que
reúne os produtos que os consumidores buscam, o que contribui até mesmo
para fidelizar clientes.
Temos nos dedicado com muito afinco em melhorar e
proporcionar aos que visitam o Site uma boa avaliação do nosso canal
procurando captar e entender o comportamento dos consumidores o que nos
ajuda a incrementar as melhorias e campanhas de marketing que
realizamos.
Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (App)
A tão esperada brasileiro, anunciada com entusiasmo pelo Governo Lula, encontra-se em um estado de estagnação, gerando u
O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem repetido a
necessidade de simplificar a complexa “colcha de retalhos” tarifária e
proteger os consumidores mais vulneráveis. No entanto, até o momento,
suas promessas não se converteram em ações concretas, alimentando a
frustração da população.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se manifestou sobre o
tema, defendendo tarifas mais justas para o “povo pobre e trabalhador”.
Ao mesmo tempo, ele propõe alterações no mercado livre de energia, que
beneficia majoritariamente grandes empresas.
Conforme o site Hora Brasília, a falta de definições por parte do
governo gera um clima tóxico de insegurança, ameaçando paralisar os
investimentos em um dos setores mais vitais e intrincados do país.
A complexa estrutura do setor elétrico, abrangendo desde a geração
até o consumo, dividida entre mercados livre e regulado, exige uma
estratégia clara e coesa, algo que está visivelmente ausente.
A lembrança do intervencionismo desastroso de gestões anteriores,
como a Medida Provisória 579 de Dilma Rousseff, que desestabilizou o
setor com tentativas de redução forçada de tarifas, intensifica as
preocupações atuais. O receio de um “efeito dominó”, onde a insegurança
afeta não apenas os planos de investimento, mas também a capacidade de
financiamento das empresas, é uma realidade iminente.
Para piorar a situação, a Câmara dos Deputados aprovou um regime de
urgência para um projeto de lei controverso que promove a renovação das
concessões de distribuição de energia elétrica, recheado de vantagens
questionáveis para as distribuidoras. O projeto impõe restrições à
geração distribuída e estabelece reservas de mercado que protegem as
distribuidoras, medidas que contrariam os princípios de liberalização e
sustentabilidade energética.
É urgente que o Governo Lula abandone a retórica vazia e apresente um
plano concreto e detalhado para a reestruturação do setor elétrico.
Esse plano deve priorizar a segurança jurídica, a justiça tarifária, a
sustentabilidade ambiental e a participação social. A inação e o
retrocesso não são opções. O futuro do setor elétrico brasileiro depende
de decisões corajosas e responsáveis, que coloquem o bem-estar da
população em primeiro lugar.
O diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Carlos
Travassos, afirmou nesta terça-feira, 12, que a estatal já tem uma
estratégia alternativa para o projeto de Sergipe Águas Profundas (Seap),
se mais uma tentativa de afretar uma plataforma tipo FPSO (flutuante de
produção, armazenagem e estocagem, na sigla em inglês) no mercado não
tiver sucesso. Segundo Travassos, a Petrobras poderá optar por ter duas
plataformas próprias para desenvolver os projetos, o que será decidido
em junho, se a licitação para os projetos Seap I e Seap II fracassar.
“Esse é um plano infalível, com plataformas próprias. Com a gente
operando, teremos muito mais controle sobre o processo”, disse Travassos
no Sergipe Day, evento sobre as oportunidades no Estado nordestino
realizado na Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro.
No mês passado, a estatal adiou para 14 de junho o recebimento de propostas que envolvem dois módulos.
A primeira unidade tem capacidade de produzir 120 mil barris de
petróleo por dia e 10 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.
Já a segunda unidade terá capacidade de processamento diário de 120
mil barris de petróleo e 12 milhões de metros cúbicos de gás.
Além disso, contará com um gasoduto de escoamento com 134 km de extensão, sendo 111 km no mar e 23 km em terra.
Ultrapassa – e muito! – os limites do bom senso e do razoável, para
não dizer as fronteiras da democracia, os recentes ataques de políticos e
governantes do PT, PSOL e outros partidos de esquerda, à iniciativa
privada – justamente quem sustenta toda a máquina estatal e aparelhos
sindicais que representam.
Em Belo Horizonte, representantes da Federação das Indústrias de
Minas Gerais foram impedidos de participar de uma “audiência pública”,
que de pública não tinha nada, já que apenas os representantes ligados
às pautas defendidas pelos partidos citados tiveram permissão para
entrar.
Pior. Um ex-assessor parlamentar de uma deputada do PDT-MG, Duda
Salabert, partiu para cima de três funcionárias da entidade e só foi
contido pela polícia legislativa, não sem antes ofender as moças – na
véspera do Dia Internacional das Mulheres – com termos como “vagabundas”
e “safadas”.
Tal episódio foi solenemente desconsiderado por duas parlamentares
que presidiam e participavam da sessão, notadamente as deputadas Beatriz
Cerqueira (PT) e Bella Gonçalves (PSOL), que mantiveram presente o
agressor, impedindo a entrada das agredidas, em franco ato de
autoritarismo e machismo explícito.
LULA DA SILVA
Nesta segunda-feira (11), foi o dia do próprio presidente da
República, Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, atacar de forma virulenta a
iniciativa privada do País. Chamou o “mercado” de “dinossauro voraz”,
dizendo que (o mercado) “não tem pena dos milhões de pobres que passam
fome no Brasil”.
Nada mais inapropriado e falso. Nada mais autoritário e
antidemocrático. Nada mais mentiroso e injusto. Primeiro porque não
existe “um mercado”, mas sim o conjunto de milhões de trabalhadores e
empresários que, juntos, formam a iniciativa privada, que sustenta toda a
estrutura estatal e os programas sociais.
É o mercado que gera empregos e renda, e que é achacado em mais de
30% do que produz, sob a forma de impostos, para não ter retorno algum
(ou muito pouco). É o mercado que movimenta a economia do País, que
induz o crescimento e o desenvolvimento da nação e que, no limite,
financia o próprio governo perdulário.
PINGOS NOS IS
Os juros altos não são arbitrados pelo mercado, mas pelo próprio
governo, que gasta muito e mal, e que precisa de recursos para continuar
a farra de ministérios, empregos para apaniguados, aposentadorias
especiais, benefícios indecorosos, sem falar em mensalão, petrolão,
eletrolão e outras formas de roubo.
Os dividendos pagos pelas empresas privadas e de capital misto, como a
Petrobras, nada mais são do que o retorno do capital investido – sob
altíssimo risco – por agentes privados (pessoas físicas e jurídicas) que
buscam, de alguma forma, garantir remuneração frente à inflação gerada
pelo governo deficitário.
Se os salários pagos aos trabalhadores não são maiores, é porque a
máquina que Lula e o PT tão bem representam, tunga do empresário, sob a
forma de “encargos trabalhistas”, mais do que o dobro do dinheiro que o
trabalhador recebe, retirando completamente a capacidade do “patrão” de
pagar mais.
Se os preços dos serviços e produtos são tão caros, é porque este
mesmo governo, novamente sob direção de Lula e o PT, além de tributar
tudo o que pode e não pode, não provem infraestrutura adequada
(aumentando os custos de produção, distribuição, transporte etc) – o tal
“custo Brasil’.
ASSUMA A CULPA
Portanto, a culpa pela pobreza e a fome não é do “mercado”. Ao
contrário. Graças ao “mercado”, o quadro não é ainda pior. A culpa, aí
sim, é do Sr. Lula da Silva e seus pares governantes, com raríssimas e
honrosas exceções. E cabe a ele, tão somente ele, resolver tais
questões, pois se elegeu prometendo isso.
Agora, se é incapaz – ou não quer, apesar do discurso demagogo – de
resolver os problemas do País, que pegue seu boné (do MST ou do Hamas) e
vá descansar em um sítio qualquer, em Atibaia, ou em um Tríplex no
Guarujá, litoral paulista. Mas que não transfira a culpa e não agrida
nem ofenda a iniciativa privada brasileira.
Lula, PT, PSOL e a esquerda sempre foram oponentes ao desenvolvimento
e progresso econômico. Sempre foram sócios do atraso, pois a melhor
maneira de manter cativos os votos dos desinformados e necessitados de
auxílios estatais. Não é surpresa, portanto, a recente onda de ataques
contra a iniciativa privada.
A diferença, contudo, é que bem ou mal (infelizmente, mal), hoje, há
no País, metade de uma população que já não aceita, calada, essas
manifestações autoritárias, retrógradas e injustas, e que reage à
altura, dentro das regras e das leis, aos arroubos parasitas do
lulopetismo e de seus aparelhos satélites.
A Venezuela informou, nesta terça-feira (12), que fechou seu espaço
aéreo para aeronaves que tenham como origem ou destino a Argentina, em
represália à apreensão de um avião de carga que foi entregue às
autoridades americanas.
“A Venezuela exerce plena soberania em seu espaço aéreo e reitera que
nenhuma aeronave que provenha ou se dirija à Argentina poderá sobrevoar
nosso território, até que nossa empresa seja devidamente compensada
pelos danos causados”, escreveu o ministro das Relações Exteriores
venezuelano, Yván Gil, na rede X.
O chanceler respondeu à condenação que o governo argentino fez mais cedo sobre essa medida.
“A República Argentina empreendeu ações diplomáticas contra o governo
da Venezuela, o governo liderado pelo ditador [Nicolás] Maduro, após
sua decisão de impedir o uso do espaço aéreo naquele país por qualquer
aeronave argentina”, declarou o porta-voz da Presidência, Manuel Adorni,
sem especificar detalhes.
“A Argentina não se deixará ser extorquida pelos amigos do terrorismo”, acrescentou.
Em 12 de fevereiro, os Estados Unidos concluíram a apreensão do
Boeing 747 de carga da Emtrasur, filial da companhia aérea estatal
venezuelana Conviasa, sancionada por Washington.
A aeronave – que estava retida em Buenos Aires desde junho de 2022
por uma ordem judicial – foi vendida à Venezuela pela também sancionada
linha aérea iraniana Mahan Air.
Foi sequestrada pelas autoridades quando chegou do México com um
carregamento de peças automotivas. A tripulação – composta por 14
venezuelanos e cinco iranianos – foi detida e posteriormente liberada.
Um juiz autorizou o confisco do avião por parte dos Estados Unidos,
que se concretizou em fevereiro entre denúncias de “roubo” por parte de
Caracas. Maduro denunciou dias depois o “desmantelamento” da aeronave.
“O governo neonazista da Argentina, não é apenas submisso e obediente
a seu amo imperial”, assinalou Gil nesta terça-feira. “O senhor Manuel
Adorni pretende desconhecer as consequências de seus atos de pirataria e
roubo contra a Venezuela, que foram advertidas em diversas ocasiões
antes do ato delitivo cometido contra a Emtrasur.”
As relações entre Venezuela e Argentina caíram vertiginosamente após a
chegada do presidente Javier Milei ao poder, com quem Nicolás Maduro
troca insultos com frequência.
Em carta, José Luciano Duarte Penido diz
não acreditar mais ‘na honestidade de propósitos de acionistas
relevantes da empresa’; mineradora afirma que escolha de presidente
segue estatuto
Por Monica Ciarelli (Broadcast) e Cristiane Barbieri (Broadcast) – Jornal Estadão
SÃO PAULO e RIO – José Luciano Duarte Penido, conselheiro independente da Vale que
renunciou nesta segunda-feira, 11, escreveu, em sua carta de saída, que
o processo sucessório do comando da mineradora “vem sendo conduzido de
forma manipulada, não atende ao melhor interesse da empresa, e sofre
evidente e nefasta influência política”. A Vale divulgou um comunicado
afirmando que segue rigorosamente seu estatuto.
Segundo ele, “no Conselho se formou uma maioria cimentada por
interesses específicos de alguns acionistas lá representados, por alguns
com agendas bastante pessoais e por outros com evidentes conflitos de
interesse”. O processo, continua ele, tem sido operado por frequentes,
detalhados e tendenciosos vazamentos à imprensa, em claro descompromisso
com a confidencialidade.
Penido escreve ainda não acreditar mais “na honestidade de propósitos
de acionistas relevantes da empresa no objetivo de elevar a governança
corporativa da Vale ao padrão internacional de uma corporation
(companhia sem controle definido)”.
Sede da Vale no centro do Rio de Janeiro Foto: FABIO MOTTA/ESTADAO
Assim, ele renunciou ao cargo ao qual foi eleito, com mandato de maio
de 2023 a abril de 2025. “Minha atuação como Conselheiro Independente
se torna totalmente ineficaz, desagradável e frustrante”, termina.
A carta foi enviada a Daniel Stieler, presidente do
conselho, a Gustavo Pimenta, diretor Financeiro e de Relações com
Investidores, e a Luiz Gustavo Gouvea, diretor de Governança
Corporativa.
Penido é bacharel em Engenharia de Minas e tem longa carreira em
grandes projetos de mineração. Foi presidente do Conselho de
Administração da Vale antes de Sieler e diretor-executivo da Samarco de
1992 a 2003, além de ter comandado o conselho da Fibria Celulose por dez
anos.
Ao se cadastrar nas newsletters, você concorda com os Termos de Uso e Política de Privacidade.Em
comunicado divulgado na noite desta terça, a Vale afirma que a atuação
do conselho “está rigorosamente em conformidade com o estatuto social”
no processo de definição do presidente da companhia e também com o
“regimento interno e políticas corporativas”.
PUBLICIDADE
A empresa diz também que seu conselho de administração seguirá
“desempenhando as ações previstas nos processos de governança” e
“executando sua missão de forma diligente”.
Processo turbulento
Na sexta-feira, 8, o Conselho de Administração da empresa decidiu em reunião extraordinária renovar o contrato do CEO, Eduardo Bartolomeo,
até 31 de dezembro de 2024. O mandato se encerraria em maio. Até o fim
do ano, uma empresa de recursos humanos será contratada para elaborar
uma lista tríplice com indicações de sucessores, e Bartolomeo ajudará na
escolha.
Ele também fará a transição da posição até março do próximo ano e
permanecerá como advisor (consultor) até 31 de dezembro de 2025. O
placar teve 11 votos pela troca do presidente e dois pela permanência de
Bartolomeo no posto.
Representantes de acionistas estrangeiros, como a japonesa Mitsui e
fundos de investimentos, como BlackRock e Capital, que antes haviam
votado pela permanência do executivo, votaram, desta vez, pela sua
substituição, com a extensão do seu mandato até o fim do ano. Dos 13
conselheiros, apenas os independentes Paulo Hartung e José Luciano
Penido se mantiveram contrários à saída de Bartolomeo do comando da
companhia. Eles são os mais refratários à influência de Brasília na
companhia.
O processo de sucessão no comando da Vale tem sofrido forte
interferência política nos últimos meses e dividiu o Conselho. O Governo
Lula tentou emplacar, por exemplo, o ex-ministro da Fazenda Guido
Mantega ao comando da empresa e no Conselho, mas acabou recuando.
Um gap de líderes paira no ar? Tenho feito essa reflexão nos últimos
tempos ao notar uma leva significativa de “nãos” e de desistências
quando jovens profissionais chegam em cargos de liderança. O que há
vinte e poucos anos era o objetivo profissional do futuro da nação para
alavancar e consolidar a sua experiência no ambiente corporativo por
meio da liderança, hoje, não é mais assim. Boa parte da geração Z está
recusando, desistindo, e virando as costas para o que era considerado o
auge do sucesso profissional.
Conclusão: um tapa na cara do status quo. E alguns dos principais
motivos para este movimento são: prioridade da liberdade, expectativa de
aumento de estresse, falta de interesse nas responsabilidades de
liderança, perspectiva de trabalhar mais horas, entre outros.
Esperando ambiente mais humanizado de trabalho, geração Z vem recusando estar em cargos de liderança Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Fato é que a geração Z está redefinindo as regras do jogo no ambiente
organizacional, o que é extremamente desafiador. Vejo nesse movimento
da nova geração um sentimento de reescrever as páginas do mundo dos
negócios e deixar de seguir o manual desgastado das gerações anteriores.
Aquela conversa de “Ah, mas aqui sempre foi assim” não funciona mais.
Valorizar experiências significativas, ter flexibilidade e um ambiente
de trabalho que não apenas promova o bem-estar, mas que seja construído
sobre ele são as novas regras do jogo.
Para aqueles que têm resistência ao novo comportamento sugiro tirar
das costas a carga de “mas eu fui criada assim” para justificar uma
opinião em vez de ter uma visão 360º rumo ao inovador e transformador.
Estamos falando de uma geração que cresceu em meio a crises econômicas,
mudanças climáticas e uma pandemia global. Eles sabem que o tempo é
precioso e que a qualidade de vida não deve ser sacrificada no altar do
sucesso profissional.
Como empreendedora que lida com diversas pessoas todos os dias, vejo
uma oportunidade incrível aqui. A oportunidade de construir empresas que
não apenas atendam às necessidades do mercado, mas que também sejam
lugares onde as pessoas realmente queiram estar. Lugares que valorizem a
contribuição individual, que incentivem a inovação e que sejam
flexíveis o suficiente para permitir que todos encontrem seu próprio
balanço ao integrar vida profissional e pessoal.
A geração Z está nos mostrando que é hora de repensar a liderança, de
transformar o ambiente de trabalho em algo que não só seja produtivo,
mas também humano. E, francamente, acho que já era hora.
Escolha mais criteriosa dos países da
América Latina sobre o modelo de transição energética a ser seguido
evitará dispêndio de recursos públicos e privados em fontes limpas e
inadequada
Por Notas & Informações – Jornal Estadão
A América Latina precisa investir US$ 1,3 trilhão ao ano para mitigar
os efeitos da mudança climática e transitar para as energias
renováveis. A estimativa apresentada em recente evento em São Paulo por
Ilan Goldfajn, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID), expõe um esforço muito além da capacidade orçamentária do
conjunto dos governos da região e a necessidade de atração do interesse
do setor privado. Nada prosperará, entretanto, sem uma criteriosa
escolha das nações latino-americanas do modelo de transição energética
que lhe será mais adequado.
Investir o equivalente a 12% do Produto Interno Bruto (PIB) a cada
ano na agenda climática é impensável para uma região desafiada pela
desigualdade social, por gargalos ao desenvolvimento econômico, pelos
altos níveis de corrupção e de insegurança pública e limitada produção
científica e tecnológica. O BID, entretanto, antevê a agenda de
transição energética como oportunidade para transformação econômica
latino-americana, dado seu potencial de geração de energia limpa e de
produção e exportação de bens verdes. A avaliação não difere da linha
seguida pelas autoridades da área econômica do Brasil.
Não há dúvida de que o uso de fontes fósseis – petróleo, carvão e gás
natural – é a principal causa do aquecimento global, o que lhes confere
a condição de alvo central da agenda internacional de redução das
emissões de gases do efeito estufa. Também é inegável que a indústria do
petróleo continuará indispensável e que, possivelmente, terá papel
relevante no financiamento da transição energética. Por fim, o
decréscimo do uso de fontes fósseis e o aumento das fontes renováveis é
uma realidade da qual nenhum país pode escapar.
Mas o trilho a ser seguido, tanto no Brasil como nos seus vizinhos e
em outras partes do mundo, deve levar em conta de que as principais
fontes consideradas “limpas” – hidrelétrica, eólica, solar, nuclear –
não são exatamente limpas ou baratas em seu processo de produção. As pás
de usinas que geram energia eólica, por exemplo, ainda não são
recicláveis. Outras fontes, como o hidrogênio verde, demandam volumes
consideráveis de água. De forma geral, os países ainda têm de considerar
o custo e o impacto da infraestrutura necessária para qualquer uma
dessas fontes alcançar os consumidores.
Soluções têm sido adotadas há anos pelos setores público e privado
sem que haja avaliação mais precisa sobre o quanto efetivamente
contribuirão ao longo do tempo para a redução das emissões de gases do
efeito estufa e, em especial, sobre seus efeitos ambientais de longo
prazo. Seguir as estrelas limpas do mercado internacional nem sempre é a
melhor escolha para países com recursos escassos e vulnerabilidades
ambientais e sociais, como os da América Latina. É preciso prudência
redobrada.
Alguns embustes já são visíveis nesta etapa inicial da transição
energética. A escalada de venda de carros elétricos nos Estados Unidos e
na Europa pode ser vista como bem-vinda. No entanto, mais da metade da
matriz energética desses países tem origem no petróleo e no carvão. Em
outras palavras: a eletricidade que move os veículos por lá é
consideravelmente suja. A busca por painéis fotovoltaicos residenciais
tem sido acompanhada pelo acúmulo de unidades que chegaram ao fim de sua
vida útil. Na melhor hipótese, são despejados em galpões privados. Na
pior, em lixões.
Não é diferente com as usinas eólicas.
Certamente, empresas trabalham em soluções tecnológicas para os
aparatos eólicos e solares receberem o selo verde e para o lixo ter
destino ambientalmente aceitável. Há, entretanto, gargalos até o momento
intransponíveis, como a limitação de recursos disponíveis nas
instituições multilaterais para financiar a transição energética. Tal
fato aumenta a pressão sobre governos e empresas por maior cuidado na
escolha dos modelos alternativos à energia fóssil. A agenda inescapável
da mudança climática exige decisões pragmáticas na América Latina.