quinta-feira, 14 de março de 2024

O JUDICIÁRIO FALHA E NÃO CUMPRE O SEU PAPEL

Se a Justiça tivesse cumprido seu papel e tomado medidas tempestivas num caso incontroverso, o sequestro no ônibus do RJ por um criminoso condenado não teria acontecido

Por Notas & Informações – Jornal Estadão

Na terça-feira, o Brasil acompanhou atônito o sequestro de um ônibus no Rio de Janeiro. Tudo indica que o sequestrador, Paulo Sérgio de Lima, suspeitou que um passageiro fosse um policial e atirou contra ele, ferindo-o gravemente. Em seguida, rendeu 16 passageiros.

Felizmente, não se repetiu a sucessão de erros da polícia que, em 2000, resultou na tragédia do sequestro do ônibus 174, no Rio. À época, no momento em que o sequestrador deixava o ônibus com uma refém, um policial fez um disparo que acabou matando a passageira. Detido, o criminoso chegou morto ao hospital por asfixia. Desta vez, a polícia logrou a rendição sem vítimas.

Mas, se neste caso a polícia agiu com técnica e competência, o incidente expôs as falhas de outro braço do Estado: a Justiça. Nada disso teria acontecido se o Judiciário tivesse cumprido seu papel.

Lima cumpria pena após ter sido condenado a nove anos e quatro meses de prisão por um assalto em 2019. Após um ano e seis meses preso, ele foi beneficiado com o regime semiaberto, e dois anos depois, à prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica. Até aí, tudo indica que a execução da pena legitimamente seguia o sistema de progressão. Mas então começou o festival de erros.

Desde agosto de 2022, Lima violou sistematicamente as regras de uso da tornozeleira. No dia seguinte à primeira violação, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) notificou a Vara de Execuções Penais (VEP). Neste momento, o juiz deveria ter intimado o advogado do apenado a prestar esclarecimentos, mas nada fez.

O criminoso ignorou todos os pedidos para comparecer à Central de Monitoramento da Seap, que comunicou as violações à VEP nada menos que cinco vezes ao longo de um ano e sete meses. Em março de 2023, o Ministério Público requisitou a regressão do regime. Mas só na última terça-feira à noite, após o sequestro, o juiz acolheu o pedido, com uma nota infame em que diz que só então “teve oportunidade de decidir”.

Nesse caso, o Executivo, através da Seap, cumpriu seu papel. Mas a própria Seap admite ignorar o paradeiro de 1,8 mil apenados porque as tornozeleiras foram danificadas. Entre os foragidos há condenados por crimes como homicídio, roubo e tráfico. Se é que estão oficialmente foragidos, pois não está claro quantas dessas violações já foram analisadas pela Justiça.

O Brasil tem um dos maiores e mais caros Judiciários do mundo, consumindo cerca de 1,2% do PIB, bem maior que nos EUA (0,14%), na Itália (0,19%) e na Alemanha (0,32%), por exemplo. Ademais, os juízes são brindados com todo tipo de regalias – e vivem se queixando de que esses privilégios são insuficientes. Apesar disso, no Brasil, uma sentença de primeira instância demora 1.606 dias para sair, enquanto na Itália leva 564; no Reino Unido, 350; e na Noruega, 160.

Diz-se que o Brasil prende muito e prende mal. A segunda parte é inequívoca e, por isso mesmo, a primeira é relativa. O Brasil prende muito e pouco. Muito, porque 40% dos presos são provisórios, às vezes há anos, e muitos dos condenados respondem por crimes de baixo potencial ofensivo, que deveriam ser punidos com penas alternativas. Ao invés disso, estão se graduando nas “escolas do crime” em que se transformaram os presídios. Mas o Brasil também prende pouco. A resolução de assassinatos é da ordem de 35%, enquanto a média global é de quase 65%.

Os índices de Confiança na Justiça da FGV mostram uma persistente percepção da maioria da população de um Judiciário lento, caro, ineficiente, hermético, corrupto e pouco independente. Com frequência, essa Justiça, através de sua instância máxima, o Supremo Tribunal Federal (STF), acusa o Legislativo de “omissão” em temas controversos, como se a opção por manter determinada legislação já não fosse uma resposta. Mais grave, no entanto, é a omissão do Judiciário quando legitimamente provocado, como nos inúmeros julgamentos represados há anos, às vezes décadas, nas gavetas do STF. Mas verdadeiramente graves são casos incontroversos, como a violação da execução penal de um condenado. Em casos como esses, a negligência de uma Justiça que tarda e falha pode ser letal.

 

O CAMINHO DAS DROGAS NO BRASIL E NO MUNDO

 

O Supremo Tribunal Federal busca regulamentar o uso pessoal até uma certa quantidade. O Congresso, que vê o movimento como um avanço sobre suas atribuições, pode ir pelo caminho contrário e legislar pela proibição total

Por Fabiano Lana – Jornal Estadão

Existem certas tendências inexoráveis no mundo. São movimentos em que os países que não aderem ficam para trás e começam a ser vistos como atrasados por seus pares. Caso, por exemplo, da liberação do divórcio e da abolição da escravidão, no qual estivemos entre os últimos. Um desses processos de liberação que se liga ao espirito do tempo é o de uso das drogas, principalmente as leves. Ser contra o consumo individual hoje é até contraditório com posturas que dizem prezar a liberdade individual como valor.

A Holanda tem sido pioneira neste sentido. A Alemanha aprovou uma lei recentemente permitindo o consumo em certos ambientes. No vizinho Uruguai está perfeitamente legal. Suíça, México e Colômbia seguem por esse caminho.

Enquanto países liberam consumo de drogas, o Brasil pode proibir. (AP Photo/Markus Schreiber, File)
Enquanto países liberam consumo de drogas, o Brasil pode proibir. (AP Photo/Markus Schreiber, File) 

Nos Estados Unidos a liberação da maconha tem sido decidida pela própria população em plebiscitos incluídos nas midterms. Até estados considerados conservadores, como Missouri, aprovaram o uso da erva.

Nos EUA, inclusive, o mercado da maconha hoje é um big business. Nada a ver com aquele maconheiro anti-sistema e fã de Bob Marley dos tempos das universidades de humanas. São lojas que parecem mais aqueles estabelecimentos que vendem celulares em bairros chiques do que bocas de fumo da periferia. Na entrada, simpáticas funcionárias e funcionários uniformizados podem entregar um tablet com um cardápio no qual a droga pode ser vendida em cigarros, pílulas, pomadas e até mesmo refrigerantes. “Posso ajudá-lo, senhor?”, perguntam. As embalagens lembram as butiques dos shoppings brasileiros e podem ser entregues a um homem trajando um terno ou uma mulher com salto alto e um elegante sobretudo para fugir do frio. Existem também as lojas para os, digamos, maconheiros esquerdistas, com pôsteres algo rasgados dos ídolos do reggae e simulações de pixações nas paredes.

Farmácia credenciada para vender maconha em Montevidéu é uma das dez autorizadas na capital; em todo o país há apenas 17 delas
Farmácia credenciada para vender maconha em Montevidéu é uma das dez autorizadas na capital; em todo o país há apenas 17 delas Foto: Tiago Queiroz / Estadão

Os argumentos por trás dessas liberações são vários. Quando proibida, a droga é um problema de saúde e de segurança pública. Quando liberada, do ponto de vista do ônus, torna-se uma questão de saúde, nos casos extremos. Com relação ao bônus, a gigantesca gama de recursos utilizados para a repressão pode ser realocados para outros objetivos. E o Estado tem ganhado bastante dinheiro com o sistema. Em 2022 os EUA arrecadaram US$ 3,5 bilhões com impostos via cannabis e o potencial é de US$ 8,5 bilhões (R$ 42 bilhões). Em Nova York, em especial, esse tipo de imposto da droga tem sido utilizado para melhorias no metrô. Nas margens das estradas da Califórnia é possível ver as plantações que formam a base dessa cadeia econômica. Ou seja, o tráfico não está presente nem na importação.

No Brasil, o Supremo Tribunal Federal busca regulamentar o uso pessoal até uma certa quantidade. O Congresso, que vê o movimento como um avanço sobre suas atribuições, pode ir pelo caminho contrário e legislar pela proibição total. Há, por outro lado, a tese de que o consumo individual de drogas poderia ser uma prerrogativa individual que não estaria nem mesmo ao alcance do Parlamento. Nessa briga política, o Brasil, mais uma vez, fica cada mais longe de seus colegas mais desenvolvidos.

Um a cada cinco brasileiros já utilizou maconha, segundo o DataFolha. Em um país com tantos crimes graves e judiciário encurralado com milhões de casos, metade dos processos sobre drogas envolve apenas usuários, de acordo com levantamento do Ipea. Mas um outro índice chama a atenção de nossos políticos: 76% dos brasileiros são contra a liberação do uso recreativo da maconha, retratou o DataFolha. Um índice que mesmo na direção contrária da inclinação mundial pode fazer brilhar os olhos dos populistas.

Praticamente toda civilização na história tinha algum tipo de droga à disposição. Seu uso pode ter a ver com causas profundas, como a relação com o que se chama de real. Uma fuga que pode se processar de maneira muito semelhante a usufruir música, a compulsão pelos doces, o alivio da religião e mesmo o fanatismo político. Muitas vezes a distância entre drogas legais e ilegais é tênue. No Brasil, certas bebidas alcoólicas possuem efeitos mais intensos tanto na mente quanto no corpo do que a maconha. Criminalizar as drogas, simplesmente, é não conhecer como funciona a mente das pessoas e perder até mesmo a oportunidade de tornar legal e mais seguro um mercado de bilhões que irá continuar da mesma maneira, não importa a posição de nossos poderosos.

A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NÃO É SOMENTE UMA FERRRAMENTA MAS O PILAR DE TRANSFORMAÇÃO DO COMÉRCIO

 

FCamara

Executivo da FCamara explora como a IA está mudando o cenário do comércio global e impulsionando as projeções de faturamento nos próximos anos

No coração da era digital, testemunhamos uma revolução que molda profundamente o comércio eletrônico e o varejo: a ascensão e consolidação da Inteligência Artificial (IA). À medida que avança a passos largos, a IA se tornou não apenas uma ferramenta, mas o pilar de transformação desses setores, redefinindo a maneira como as empresas operam, interagem com os consumidores e gerenciam seus negócios.

Com projeções otimistas, o mercado global de IA no setor de varejo deverá atingir a impressionante marca de US$ 10,76 bilhões em 2023, conforme prevê uma pesquisa conduzida pela Future Market Insights, com uma notável taxa de crescimento anual estimada em 28%. As expectativas para o cenário futuro são ainda mais ambiciosas, pois se prevê que, até 2033, esse mercado possa superar a marca dos US$ 127 bilhões.

Isso significa que a IA não é mais uma mera tendência, mas sim um elemento fundamental que impulsiona o varejo, aprimorando a eficiência, personalização e inovação em todas as operações e na experiência do cliente. Para Joel Backschat, CIO na multinacional brasileira FCamara, um ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa o futuro dos negócios, está claro que aqueles que abraçam essa tecnologia estão preparando seus negócios para um futuro de prosperidade.

“Em um mundo onde a competição é feroz e a atenção do consumidor é escassa, a Inteligência Artificial é como o farol que guia o varejo moderno. Ela não apenas ilumina o caminho, mas também molda a jornada do cliente, tornando-a mais personalizada e cativante”, defende.

O CIO nos conduz a uma exploração de como a IA está mudando de maneira significativa o cenário do e-commerce e varejo.

1. Personalização da experiência do consumidor

Uma das maiores transformações que a IA trouxe para o e-commerce e o varejo é a personalização da experiência do consumidor. Por meio da análise de dados, a IA permite que as empresas entendam o comportamento do cliente, suas preferências e histórico de compras.

“Com essas informações, as empresas podem oferecer recomendações de produtos relevantes e sugerir promoções específicas. Isso não apenas aumenta as vendas, mas também cria uma jornada mais satisfatória para o cliente”, pontua o Backschat.

2. Otimização da precisão logística

A IA é capaz de otimizar a cadeia de suprimentos e logística. Ela é usada para prever demandas, gerenciar estoques com eficiência e otimizar rotas de entrega. Isso resulta em menor desperdício, custos reduzidos e entregas mais rápidas, atendendo às crescentes expectativas dos consumidores em relação à velocidade e confiabilidade das entregas.

3. Atendimento ao cliente 24/7

Chatbots e assistentes virtuais baseados em IA  já desempenhavam um papel importante no atendimento ao cliente. No entanto, com a evolução da Inteligência Artificial, essas soluções estão se tornando ainda mais eficientes e sofisticadas. Agora, eles não apenas oferecem assistência básica, mas também são capazes de lidar com consultas mais complexas e personalizadas. Eles estão disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana, respondendo a perguntas, solucionando problemas mais simples e auxiliando os consumidores em suas jornadas de compra. Isso melhora a eficiência do atendimento e oferece uma experiência mais conveniente para os clientes.

Para a empresa, a automação do atendimento ajuda na classificação dos casos que exigem, de fato, um atendimento mais completo, além de reduzir custos operacionais.

4. Prevenção de fraudes

A IA desempenha um papel crucial na detecção e prevenção de fraudes no comércio eletrônico. Ela pode identificar atividades suspeitas, analisar padrões de compra e autenticar transações com base em uma variedade de fatores, tornando as compras online mais seguras para os consumidores e as empresas.

Marketplaces em alta: o sucesso no mercado

Tiago Sanches, gerente comercial da Total IP

Certas estratégias são cruciais para alavancar as vendas e isso começa com o primeiro contato

Marketplaces são uma tendência no e-commerce. Isso porque, os benefícios existem tanto para quem tem seu próprio ambiente, quanto para os sellers, os quais vendem nas plataformas de outros empreendedores. Entretanto, apesar dessa alta, é fundamental as organizações se prepararem da melhor forma para receberem seus grupos alvo, independentemente da época do ano. Isso inclui uma elaboração iniciada pelo atendimento.

O que são marketplaces e qual a sua realidade no mercado?

Esse conceito se remete a uma noção mais coletiva de vendas on-line. Nessa plataforma, diferentes lojas podem anunciar seus artigos, dando ao cliente um leque de opções. Desse jeito, trata-se de uma rede cujos vendedores podem fazer suas ofertas dentro da mesma página. Ou seja, é como um shopping center virtual cujos visitantes têm acesso a vários estabelecimentos. Sites como Mercado Livre, Magalu, Americanas, Amazon e a Valeon são ótimos exemplos, inclusive, de acordo com o último relatório Webshoppers, 84% dos empreendedores brasileiros possuem canais ativos em ambientes como esses.

Conforme a ChannelAdvisor, na China, esse tipo de comércio já representa 90% do faturamento do varejo on-line e, nos EUA, 33%. Já no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o crescimento do setor em 2021 foi de 19%.

Principalmente em temporadas de forte atividade, como o Natal, Dia dos Namorados, das Mães e dos Pais, as movimentações tendem a ser significativas. O Dia do Consumidor, por exemplo, em 2022, chegou a um faturamento de R$ 722 milhões, com elevação de 22% em comparação a 2021, de acordo com dados da Neotrust. Contudo, para, de fato, chamar a atenção dos fregueses, apenas preços atrativos e propagandas não são o suficiente, é preciso oferecer uma experiência completa. “Para deixar uma marca positiva é necessário garantir um primeiro contato excelente, indo até o pós-venda. Os responsáveis por esse tipo de negócio tendem a pensar só no produto final entregue, mas toda interação importa”, explica Tiago Sanches, gerente comercial da Total IP.

Um destaque em meio à concorrência é fundamental

Ciente de como apenas qualidade final não é o suficiente, diversos quesitos tendem a ajudar uma empresa a se destacar em meio a tanta concorrência. Logo, diferentes fatores influenciam a posição ocupada nas buscas, seja preço, custo do frete, avaliações, etc. Além disso, é imprescindível identificar como chamar a atenção em detrimento de sellers ocupando o mesmo espaço. Nesse contexto, conhecimento nunca é demais para descobrir como planejar condições visando se sobressair.

Outra questão importante diz respeito aos parceiros mantidos por perto e a estrutura do negócio em geral. Para a quantidade de vendas alcançadas por um programa como esse, investir na atração de indivíduos para promover suas corporações lá dentro, diversificando e ampliando o portfólio torna tudo mais robusto. Além disso, deve haver uma atenção especial à otimização das operações.

Todavia, de nada adianta tomar cuidado com tudo isso e não promover uma boa gestão operacional. Dentre diversos benefícios, a transformação de um e-commerce em um marketplace proporciona ganho de escala das demandas. A partir desse ponto é crucial redobrar a cautela com estratégias adotadas no local omnichannel. Uma administração eficiente é o meio para a criação de modelos de vivência da persona para ela ter uma boa prática nessa aquisição. “Hoje em dia, uma pessoa transita por diferentes pontos de contato. É relevante, então, conseguir alcançar o preciso da melhor forma e naquele momento, assim, há grandes chances de fidelizar”, comenta o especialista.

Dicas para se sair bem no mercado

Antes de tudo é sempre interessante se colocar no lugar dos frequentadores, pois, somente conhecendo bem eles é viável proporcionar oportunidades e elementos favoráveis. Em circunstâncias assim, um bom levantamento de dados para analisar as dores e as necessidades é uma excelente alternativa, tendo em vista como, por meio dessas informações, é fácil identificar qual a busca e como agradar.

No entanto, o ditado é real e, de fato, a primeira impressão fica. Logo, a assistência inicial desse sujeito deve ser levada em consideração de forma primordial. Como anda o seu atendimento? Quais as abordagens utilizadas para lidar com esses interessados? Independentemente de qual seja, a Startup Valeon consegue auxiliar, incrementar e melhorar qualquer estratégia de forma inovadora.

A tecnologia de robôs tem sido cada vez mais utilizada em diversas esferas do cotidiano da população. No geral, essa indústria está em crescimento, de acordo com a VDMA (Associação Alemã de Fabricantes de Máquinas e Instalações Industriais), as vendas do setor aumentaram em 13% em 2022. Nos primeiros quatro meses, os pedidos recebidos foram elevados em 38%, também em relação ao ano anterior, na Alemanha.

Em todo o mundo, já existem mais de três milhões deles operando em fábricas e pelo menos US$ 13,2 bilhões foram gastos nos últimos anos em novas instalações utilizando esse tipo de modernização. Pelo menos 76% desses investimentos foram feitos por cinco países: China, Japão, Estados Unidos, Coreia do Sul e Alemanha. As indústrias automotiva, elétrica, eletrônica e metálica se destacam nesse uso em seus parques industriais. Porém, no caso do apoio ao consumidor esse artifício também não poderia ficar de fora. Com a Startup Valeon isso é possível para todos os âmbitos. “Nós enxergamos essa assistência como parte do processo de conquista e a colocamos como um pilar principal para os nossos usuários.

Dessa maneira, a firma oferece serviços baseados na aprimoração desse suporte para as companhias parceiras, seja com os tão comentados robôs, responsáveis por atender chamadas e responder mensagens automaticamente, ou com outras ferramentas. Ao todo, há uma flexibilidade sem igual para atender a todo tipo de instituição, com humanos, chat, voz, redes sociais e WhatsApp, o propósito é aumentar os resultados e promover atualização constante.

O que é marketplace e por que investir nessa plataforma

ÚnicaPropaganda e Moysés Peruhype Carlech

Milhares de internautas utilizam o marketplace diariamente para fazer compras virtuais. Mas muitos ainda desconhecem seu conceito e como ele funciona na compra e venda de produtos.

Afinal, o que é marketplace?

O marketplace é um modelo de negócio online que pode ter seu funcionamento comparado ao de um shopping center.

Ao entrar em um shopping com a intenção de comprar um produto específico, você encontra dezenas de lojas, o que lhe permite pesquisar as opções e os preços disponibilizados por cada uma delas. Além de comprar o que você planejou inicialmente, também é possível consumir outros produtos, de diferentes lojas, marcas e segmentos.

Leve isso ao mundo virtual e você entenderá o conceito de marketplace: um lugar que reúne produtos de diversas lojas, marcas e segmentos. A diferença é que no ambiente virtual é mais fácil buscar produtos, e existe a facilidade de comprar todos eles com um pagamento unificado.

Os principais marketplaces do Brasil

A Amazon foi a primeira a popularizar esse modelo de negócio pelo mundo, e até hoje é a maior referência no assunto

No Brasil, o marketplace teve início em 2012. Quem tornou a plataforma mais conhecida foi a CNova, responsável pelas operações digitais da Casas Bahia, Extra, Ponto Frio, entre outras lojas.

Hoje, alguns nomes conhecidos no marketplace B2C são: Americanas, Magazine Luiza, Netshoes, Shoptime, Submarino e Walmart. No modelo C2C, estão nomes como Mercado Livre e OLX. Conheça os resultados de algumas dessas e de outras lojas no comércio eletrônico brasileiro.

Aqui no Vale do Aço temos o marketplace da Startup Valeon que é uma Plataforma Comercial de divulgação de Empresas, Serviços e Profissionais Liberais que surgiu para revolucionar o comércio do Vale do Aço através de sua divulgação online.

Como escolher o marketplace ideal para sua loja

Para ingressar em um marketplace, é preciso cadastrar sua loja, definir os produtos que serão vendidos e iniciar a divulgação. Mas é fundamental levar em consideração alguns pontos importantes antes de decidir onde incluir sua marca:

Forma de cobrança: cada marketplace possui seu modelo de comissão sobre as vendas realizadas, que pode variar de 9,5% a 30%. O que determina isso é a menor ou maior visibilidade que o fornecedor atribuirá a seus produtos. Ou seja, o lojista que quer obter mais anúncios para seus produtos e as melhores posições em pesquisas pagará uma comissão maior.

Na Startup Valeon não cobramos comissão e sim uma pequena mensalidade para a divulgação de seus anúncios.

Público-alvo: ao definir onde cadastrar sua loja, é essencial identificar em quais marketplaces o seu público está mais presente.

Garantimos que na Valeon seu público alvo estará presente.

Concorrentes: avalie também quais são as lojas do mesmo segmento que já fazem parte da plataforma e se os seus produtos têm potencial para competir com os ofertados por elas.

Felizmente não temos concorrentes e disponibilizamos para você cliente e consumidores o melhor marketplace que possa existir.

Reputação: para um marketplace obter tráfego e melhorar seus resultados em vendas precisa contar com parceiros que cumpram suas promessas e atendam aos compradores conforme o esperado. Atrasos na entrega, produtos com qualidade inferior à prometida e atendimento ineficiente são fatores que afastam os usuários que costumam comprar naquele ambiente virtual. Ao ingressar em um marketplace, certifique-se de que a sua loja irá contribuir com a boa reputação da plataforma e pesquise as opiniões de compradores referentes às outras lojas já cadastradas.

Temos uma ótima reputação junto ao mercado e consumidores devido a seriedade que conduzimos o nosso negócio.

Vantagens do marketplace

A plataforma da Valeon oferece vantagens para todos os envolvidos no comércio eletrônico. Confira abaixo algumas delas.

Para o consumidor

Encontrar produtos de diversos segmentos e preços competitivos em um único ambiente;

Efetuar o pagamento pelos produtos de diferentes lojistas em uma única transação.

Para o lojista

Ingressar em um comércio eletrônico bem visitado e com credibilidade, o que eleva a visibilidade de seus produtos;

Fazer parte de uma estrutura completa de atendimento e operação de vendas com um menor investimento, considerando que não será necessário pagar um custo fixo básico, como aconteceria no caso de investir na abertura de uma loja física ou online.

Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:

• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;

• Atraímos visualmente mais clientes;

• Somos mais dinâmicos;

• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;

• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;

• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.

• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as suas vendas.

Para o Marketplace

Dispor de uma ampla variedade de produtos em sua vitrine virtual, atraindo ainda mais visitantes;

Conquistar credibilidade ao ser reconhecido como um e-commerce que reúne os produtos que os consumidores buscam, o que contribui até mesmo para fidelizar clientes.

Temos nos dedicado com muito afinco em melhorar e proporcionar aos que visitam o Site uma boa avaliação do nosso canal procurando captar e entender o comportamento dos consumidores o que nos ajuda a incrementar as melhorias e campanhas de marketing que realizamos.

quarta-feira, 13 de março de 2024

REESTRUTURAÇÃO DO SETOR ELÉTRICO PROMETIDA PELO GOVERNO PERMANECE ESTAGNADA

 

Jetss

O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem repetido a necessidade de simplificar a complexa "colcha de retalhos" tarifária e proteger os consumidores mais vulneráveis.
No entanto, até o momento, suas promessas não se converteram em ações concretas, alimentando a frustração da população.

O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem repetido a necessidade de simplificar a complexa “colcha de retalhos” tarifária e proteger os consumidores mais vulneráveis.©Foto: Agência Brasil

A tão esperada brasileiro, anunciada com entusiasmo pelo Governo Lula, encontra-se em um estado de estagnação, gerando u

O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem repetido a necessidade de simplificar a complexa “colcha de retalhos” tarifária e proteger os consumidores mais vulneráveis. No entanto, até o momento, suas promessas não se converteram em ações concretas, alimentando a frustração da população.

++Planalto desembolsa aproximadamente R$7 milhões em pesquisas que apontam aprovação de Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se manifestou sobre o tema, defendendo tarifas mais justas para o “povo pobre e trabalhador”. Ao mesmo tempo, ele propõe alterações no mercado livre de energia, que beneficia majoritariamente grandes empresas.

Conforme o site Hora Brasília, a falta de definições por parte do governo gera um clima tóxico de insegurança, ameaçando paralisar os investimentos em um dos setores mais vitais e intrincados do país.

A complexa estrutura do setor elétrico, abrangendo desde a geração até o consumo, dividida entre mercados livre e regulado, exige uma estratégia clara e coesa, algo que está visivelmente ausente.

A lembrança do intervencionismo desastroso de gestões anteriores, como a Medida Provisória 579 de Dilma Rousseff, que desestabilizou o setor com tentativas de redução forçada de tarifas, intensifica as preocupações atuais. O receio de um “efeito dominó”, onde a insegurança afeta não apenas os planos de investimento, mas também a capacidade de financiamento das empresas, é uma realidade iminente.

Para piorar a situação, a Câmara dos Deputados aprovou um regime de urgência para um projeto de lei controverso que promove a renovação das concessões de distribuição de energia elétrica, recheado de vantagens questionáveis para as distribuidoras. O projeto impõe restrições à geração distribuída e estabelece reservas de mercado que protegem as distribuidoras, medidas que contrariam os princípios de liberalização e sustentabilidade energética.

É urgente que o Governo Lula abandone a retórica vazia e apresente um plano concreto e detalhado para a reestruturação do setor elétrico. Esse plano deve priorizar a segurança jurídica, a justiça tarifária, a sustentabilidade ambiental e a participação social. A inação e o retrocesso não são opções. O futuro do setor elétrico brasileiro depende de decisões corajosas e responsáveis, que coloquem o bem-estar da população em primeiro lugar.

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PETROBRAS VAI ALUGAR OU CONSTRUIR MAIS DUAS PLATAFORMAS DE PETRÓLEO

História de Redação – IstoÉ Dinheiro

O diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Carlos Travassos, afirmou nesta terça-feira, 12, que a estatal já tem uma estratégia alternativa para o projeto de Sergipe Águas Profundas (Seap), se mais uma tentativa de afretar uma plataforma tipo FPSO (flutuante de produção, armazenagem e estocagem, na sigla em inglês) no mercado não tiver sucesso. Segundo Travassos, a Petrobras poderá optar por ter duas plataformas próprias para desenvolver os projetos, o que será decidido em junho, se a licitação para os projetos Seap I e Seap II fracassar.

“Esse é um plano infalível, com plataformas próprias. Com a gente operando, teremos muito mais controle sobre o processo”, disse Travassos no Sergipe Day, evento sobre as oportunidades no Estado nordestino realizado na Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro.

No mês passado, a estatal adiou para 14 de junho o recebimento de propostas que envolvem dois módulos.

A primeira unidade tem capacidade de produzir 120 mil barris de petróleo por dia e 10 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.

Já a segunda unidade terá capacidade de processamento diário de 120 mil barris de petróleo e 12 milhões de metros cúbicos de gás.

Além disso, contará com um gasoduto de escoamento com 134 km de extensão, sendo 111 km no mar e 23 km em terra.

O post Se afretamento não der certo, Petrobras fará 2 plataformas próprias para SE, afirma diretor apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

 

MAIS UM ATAQUE DE LULA À INICIATIVA PRIVADA

História de pereira – IsstoÉ

Ultrapassa – e muito! – os limites do bom senso e do razoável, para não dizer as fronteiras da democracia, os recentes ataques de políticos e governantes do PT, PSOL e outros partidos de esquerda, à iniciativa privada – justamente quem sustenta toda a máquina estatal e aparelhos sindicais que representam.

Em Belo Horizonte, representantes da Federação das Indústrias de Minas Gerais foram impedidos de participar de uma “audiência pública”, que de pública não tinha nada, já que apenas os representantes ligados às pautas defendidas pelos partidos citados tiveram permissão para entrar.

Pior. Um ex-assessor parlamentar de uma deputada do PDT-MG, Duda Salabert, partiu para cima de três funcionárias da entidade e só foi contido pela polícia legislativa, não sem antes ofender as moças – na véspera do Dia Internacional das Mulheres – com termos como “vagabundas” e “safadas”.

Tal episódio foi solenemente desconsiderado por duas parlamentares que presidiam e participavam da sessão, notadamente as deputadas Beatriz Cerqueira (PT) e Bella Gonçalves (PSOL), que mantiveram presente o agressor, impedindo a entrada das agredidas, em franco ato de autoritarismo e machismo explícito.

LULA DA SILVA

Nesta segunda-feira (11), foi o dia do próprio presidente da República, Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, atacar de forma virulenta a iniciativa privada do País. Chamou o “mercado” de “dinossauro voraz”, dizendo que (o mercado) “não tem pena dos milhões de pobres que passam fome no Brasil”.

Nada mais inapropriado e falso. Nada mais autoritário e antidemocrático. Nada mais mentiroso e injusto. Primeiro porque não existe “um mercado”, mas sim o conjunto de milhões de trabalhadores e empresários que, juntos, formam a iniciativa privada, que sustenta toda a estrutura estatal e os programas sociais.

É o mercado que gera empregos e renda, e que é achacado em mais de 30% do que produz, sob a forma de impostos, para não ter retorno algum (ou muito pouco). É o mercado que movimenta a economia do País, que induz o crescimento e o desenvolvimento da nação e que, no limite, financia o próprio governo perdulário.

PINGOS NOS IS

Os juros altos não são arbitrados pelo mercado, mas pelo próprio governo, que gasta muito e mal, e que precisa de recursos para continuar a farra de ministérios, empregos para apaniguados, aposentadorias especiais, benefícios indecorosos, sem falar em mensalão, petrolão, eletrolão e outras formas de roubo.

Os dividendos pagos pelas empresas privadas e de capital misto, como a Petrobras, nada mais são do que o retorno do capital investido – sob altíssimo risco – por agentes privados (pessoas físicas e jurídicas) que buscam, de alguma forma, garantir remuneração frente à inflação gerada pelo governo deficitário.

Se os salários pagos aos trabalhadores não são maiores, é porque a máquina que Lula e o PT tão bem representam, tunga do empresário, sob a forma de “encargos trabalhistas”, mais do que o dobro do dinheiro que o trabalhador recebe, retirando completamente a capacidade do “patrão” de pagar mais.

Se os preços dos serviços e produtos são tão caros, é porque este mesmo governo, novamente sob direção de Lula e o PT, além de tributar tudo o que pode e não pode, não provem infraestrutura adequada (aumentando os custos de produção, distribuição, transporte etc) – o tal “custo Brasil’.

ASSUMA A CULPA

Portanto, a culpa pela pobreza e a fome não é do “mercado”. Ao contrário. Graças ao “mercado”, o quadro não é ainda pior. A culpa, aí sim, é do Sr. Lula da Silva e seus pares governantes, com raríssimas e honrosas exceções. E cabe a ele, tão somente ele, resolver tais questões, pois se elegeu prometendo isso.

Agora, se é incapaz – ou não quer, apesar do discurso demagogo – de resolver os problemas do País, que pegue seu boné (do MST ou do Hamas) e vá descansar em um sítio qualquer, em Atibaia, ou em um Tríplex no Guarujá, litoral paulista. Mas que não transfira a culpa e não agrida nem ofenda a iniciativa privada brasileira.

Lula, PT, PSOL e a esquerda sempre foram oponentes ao desenvolvimento e progresso econômico. Sempre foram sócios do atraso, pois a melhor maneira de manter cativos os votos dos desinformados e necessitados de auxílios estatais. Não é surpresa, portanto, a recente onda de ataques contra a iniciativa privada.

A diferença, contudo, é que bem ou mal (infelizmente, mal), hoje, há no País, metade de uma população que já não aceita, calada, essas manifestações autoritárias, retrógradas e injustas, e que reage à altura, dentro das regras e das leis, aos arroubos parasitas do lulopetismo e de seus aparelhos satélites.

 

VENEZUELA ENTRA EM ATRITO COM A ARGENTINA PELA PRISÃO DE UM AVIÃO CARGUEIRO

 

História de admin3 – IstoÉ

A Venezuela informou, nesta terça-feira (12), que fechou seu espaço aéreo para aeronaves que tenham como origem ou destino a Argentina, em represália à apreensão de um avião de carga que foi entregue às autoridades americanas.

“A Venezuela exerce plena soberania em seu espaço aéreo e reitera que nenhuma aeronave que provenha ou se dirija à Argentina poderá sobrevoar nosso território, até que nossa empresa seja devidamente compensada pelos danos causados”, escreveu o ministro das Relações Exteriores venezuelano, Yván Gil, na rede X.

O chanceler respondeu à condenação que o governo argentino fez mais cedo sobre essa medida.

“A República Argentina empreendeu ações diplomáticas contra o governo da Venezuela, o governo liderado pelo ditador [Nicolás] Maduro, após sua decisão de impedir o uso do espaço aéreo naquele país por qualquer aeronave argentina”, declarou o porta-voz da Presidência, Manuel Adorni, sem especificar detalhes.

“A Argentina não se deixará ser extorquida pelos amigos do terrorismo”, acrescentou.

Em 12 de fevereiro, os Estados Unidos concluíram a apreensão do Boeing 747 de carga da Emtrasur, filial da companhia aérea estatal venezuelana Conviasa, sancionada por Washington.

A aeronave – que estava retida em Buenos Aires desde junho de 2022 por uma ordem judicial – foi vendida à Venezuela pela também sancionada linha aérea iraniana Mahan Air.

Foi sequestrada pelas autoridades quando chegou do México com um carregamento de peças automotivas. A tripulação – composta por 14 venezuelanos e cinco iranianos – foi detida e posteriormente liberada.

Um juiz autorizou o confisco do avião por parte dos Estados Unidos, que se concretizou em fevereiro entre denúncias de “roubo” por parte de Caracas. Maduro denunciou dias depois o “desmantelamento” da aeronave.

“O governo neonazista da Argentina, não é apenas submisso e obediente a seu amo imperial”, assinalou Gil nesta terça-feira. “O senhor Manuel Adorni pretende desconhecer as consequências de seus atos de pirataria e roubo contra a Venezuela, que foram advertidas em diversas ocasiões antes do ato delitivo cometido contra a Emtrasur.”

As relações entre Venezuela e Argentina caíram vertiginosamente após a chegada do presidente Javier Milei ao poder, com quem Nicolás Maduro troca insultos com frequência.

CONSELHEIRO DENUNCIA MANIPULAÇÃO NA ESCOLHA DO CEO DA VALE E INFLUÊNCIA POLÍTICA

 

Em carta, José Luciano Duarte Penido diz não acreditar mais ‘na honestidade de propósitos de acionistas relevantes da empresa’; mineradora afirma que escolha de presidente segue estatuto

Por Monica Ciarelli (Broadcast) e Cristiane Barbieri (Broadcast) – Jornal Estadão

SÃO PAULO e RIO – José Luciano Duarte Penido, conselheiro independente da Vale que renunciou nesta segunda-feira, 11, escreveu, em sua carta de saída, que o processo sucessório do comando da mineradora “vem sendo conduzido de forma manipulada, não atende ao melhor interesse da empresa, e sofre evidente e nefasta influência política”. A Vale divulgou um comunicado afirmando que segue rigorosamente seu estatuto.

Segundo ele, “no Conselho se formou uma maioria cimentada por interesses específicos de alguns acionistas lá representados, por alguns com agendas bastante pessoais e por outros com evidentes conflitos de interesse”. O processo, continua ele, tem sido operado por frequentes, detalhados e tendenciosos vazamentos à imprensa, em claro descompromisso com a confidencialidade.

Penido escreve ainda não acreditar mais “na honestidade de propósitos de acionistas relevantes da empresa no objetivo de elevar a governança corporativa da Vale ao padrão internacional de uma corporation (companhia sem controle definido)”.

Sede da Vale no centro do Rio de Janeiro
Sede da Vale no centro do Rio de Janeiro Foto: FABIO MOTTA/ESTADAO

Assim, ele renunciou ao cargo ao qual foi eleito, com mandato de maio de 2023 a abril de 2025. “Minha atuação como Conselheiro Independente se torna totalmente ineficaz, desagradável e frustrante”, termina.

A carta foi enviada a Daniel Stieler, presidente do conselho, a Gustavo Pimenta, diretor Financeiro e de Relações com Investidores, e a Luiz Gustavo Gouvea, diretor de Governança Corporativa.

Penido é bacharel em Engenharia de Minas e tem longa carreira em grandes projetos de mineração. Foi presidente do Conselho de Administração da Vale antes de Sieler e diretor-executivo da Samarco de 1992 a 2003, além de ter comandado o conselho da Fibria Celulose por dez anos.

Ao se cadastrar nas newsletters, você concorda com os Termos de Uso e Política de Privacidade.Em comunicado divulgado na noite desta terça, a Vale afirma que a atuação do conselho “está rigorosamente em conformidade com o estatuto social” no processo de definição do presidente da companhia e também com o “regimento interno e políticas corporativas”.

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A empresa diz também que seu conselho de administração seguirá “desempenhando as ações previstas nos processos de governança” e “executando sua missão de forma diligente”.

Processo turbulento

Na sexta-feira, 8, o Conselho de Administração da empresa decidiu em reunião extraordinária renovar o contrato do CEO, Eduardo Bartolomeo, até 31 de dezembro de 2024. O mandato se encerraria em maio. Até o fim do ano, uma empresa de recursos humanos será contratada para elaborar uma lista tríplice com indicações de sucessores, e Bartolomeo ajudará na escolha.

Ele também fará a transição da posição até março do próximo ano e permanecerá como advisor (consultor) até 31 de dezembro de 2025. O placar teve 11 votos pela troca do presidente e dois pela permanência de Bartolomeo no posto.

Representantes de acionistas estrangeiros, como a japonesa Mitsui e fundos de investimentos, como BlackRock e Capital, que antes haviam votado pela permanência do executivo, votaram, desta vez, pela sua substituição, com a extensão do seu mandato até o fim do ano. Dos 13 conselheiros, apenas os independentes Paulo Hartung e José Luciano Penido se mantiveram contrários à saída de Bartolomeo do comando da companhia. Eles são os mais refratários à influência de Brasília na companhia.

O processo de sucessão no comando da Vale tem sofrido forte interferência política nos últimos meses e dividiu o Conselho. O Governo Lula tentou emplacar, por exemplo, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega ao comando da empresa e no Conselho, mas acabou recuando.

SERVIÇO DE LIDERANÇA CAUSA MUITO STRESS E TRABALHA MAIS HORAS

 

Movimento é um tapa na cara do status quo

Por Camila Farani – Jornal Estadão

Um gap de líderes paira no ar? Tenho feito essa reflexão nos últimos tempos ao notar uma leva significativa de “nãos” e de desistências quando jovens profissionais chegam em cargos de liderança. O que há vinte e poucos anos era o objetivo profissional do futuro da nação para alavancar e consolidar a sua experiência no ambiente corporativo por meio da liderança, hoje, não é mais assim. Boa parte da geração Z está recusando, desistindo, e virando as costas para o que era considerado o auge do sucesso profissional.

Conclusão: um tapa na cara do status quo. E alguns dos principais motivos para este movimento são: prioridade da liberdade, expectativa de aumento de estresse, falta de interesse nas responsabilidades de liderança, perspectiva de trabalhar mais horas, entre outros.

Esperando ambiente mais humanizado de trabalho, geração Z vem recusando estar em cargos de liderança
Esperando ambiente mais humanizado de trabalho, geração Z vem recusando estar em cargos de liderança Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Fato é que a geração Z está redefinindo as regras do jogo no ambiente organizacional, o que é extremamente desafiador. Vejo nesse movimento da nova geração um sentimento de reescrever as páginas do mundo dos negócios e deixar de seguir o manual desgastado das gerações anteriores. Aquela conversa de “Ah, mas aqui sempre foi assim” não funciona mais. Valorizar experiências significativas, ter flexibilidade e um ambiente de trabalho que não apenas promova o bem-estar, mas que seja construído sobre ele são as novas regras do jogo.

Para aqueles que têm resistência ao novo comportamento sugiro tirar das costas a carga de “mas eu fui criada assim” para justificar uma opinião em vez de ter uma visão 360º rumo ao inovador e transformador. Estamos falando de uma geração que cresceu em meio a crises econômicas, mudanças climáticas e uma pandemia global. Eles sabem que o tempo é precioso e que a qualidade de vida não deve ser sacrificada no altar do sucesso profissional.

Como empreendedora que lida com diversas pessoas todos os dias, vejo uma oportunidade incrível aqui. A oportunidade de construir empresas que não apenas atendam às necessidades do mercado, mas que também sejam lugares onde as pessoas realmente queiram estar. Lugares que valorizem a contribuição individual, que incentivem a inovação e que sejam flexíveis o suficiente para permitir que todos encontrem seu próprio balanço ao integrar vida profissional e pessoal.

A geração Z está nos mostrando que é hora de repensar a liderança, de transformar o ambiente de trabalho em algo que não só seja produtivo, mas também humano. E, francamente, acho que já era hora.

OS PAÍSES TERÃO QUE INVESTIR 12% DO PRODUTO INTERNO BRUTO PARA OBTER ENERGIA LIMPA

 

Escolha mais criteriosa dos países da América Latina sobre o modelo de transição energética a ser seguido evitará dispêndio de recursos públicos e privados em fontes limpas e inadequada

Por Notas & Informações – Jornal Estadão

A América Latina precisa investir US$ 1,3 trilhão ao ano para mitigar os efeitos da mudança climática e transitar para as energias renováveis. A estimativa apresentada em recente evento em São Paulo por Ilan Goldfajn, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), expõe um esforço muito além da capacidade orçamentária do conjunto dos governos da região e a necessidade de atração do interesse do setor privado. Nada prosperará, entretanto, sem uma criteriosa escolha das nações latino-americanas do modelo de transição energética que lhe será mais adequado.

Investir o equivalente a 12% do Produto Interno Bruto (PIB) a cada ano na agenda climática é impensável para uma região desafiada pela desigualdade social, por gargalos ao desenvolvimento econômico, pelos altos níveis de corrupção e de insegurança pública e limitada produção científica e tecnológica. O BID, entretanto, antevê a agenda de transição energética como oportunidade para transformação econômica latino-americana, dado seu potencial de geração de energia limpa e de produção e exportação de bens verdes. A avaliação não difere da linha seguida pelas autoridades da área econômica do Brasil.

Não há dúvida de que o uso de fontes fósseis – petróleo, carvão e gás natural – é a principal causa do aquecimento global, o que lhes confere a condição de alvo central da agenda internacional de redução das emissões de gases do efeito estufa. Também é inegável que a indústria do petróleo continuará indispensável e que, possivelmente, terá papel relevante no financiamento da transição energética. Por fim, o decréscimo do uso de fontes fósseis e o aumento das fontes renováveis é uma realidade da qual nenhum país pode escapar.

Mas o trilho a ser seguido, tanto no Brasil como nos seus vizinhos e em outras partes do mundo, deve levar em conta de que as principais fontes consideradas “limpas” – hidrelétrica, eólica, solar, nuclear – não são exatamente limpas ou baratas em seu processo de produção. As pás de usinas que geram energia eólica, por exemplo, ainda não são recicláveis. Outras fontes, como o hidrogênio verde, demandam volumes consideráveis de água. De forma geral, os países ainda têm de considerar o custo e o impacto da infraestrutura necessária para qualquer uma dessas fontes alcançar os consumidores.

Soluções têm sido adotadas há anos pelos setores público e privado sem que haja avaliação mais precisa sobre o quanto efetivamente contribuirão ao longo do tempo para a redução das emissões de gases do efeito estufa e, em especial, sobre seus efeitos ambientais de longo prazo. Seguir as estrelas limpas do mercado internacional nem sempre é a melhor escolha para países com recursos escassos e vulnerabilidades ambientais e sociais, como os da América Latina. É preciso prudência redobrada.

Alguns embustes já são visíveis nesta etapa inicial da transição energética. A escalada de venda de carros elétricos nos Estados Unidos e na Europa pode ser vista como bem-vinda. No entanto, mais da metade da matriz energética desses países tem origem no petróleo e no carvão. Em outras palavras: a eletricidade que move os veículos por lá é consideravelmente suja. A busca por painéis fotovoltaicos residenciais tem sido acompanhada pelo acúmulo de unidades que chegaram ao fim de sua vida útil. Na melhor hipótese, são despejados em galpões privados. Na pior, em lixões.

Não é diferente com as usinas eólicas.

Certamente, empresas trabalham em soluções tecnológicas para os aparatos eólicos e solares receberem o selo verde e para o lixo ter destino ambientalmente aceitável. Há, entretanto, gargalos até o momento intransponíveis, como a limitação de recursos disponíveis nas instituições multilaterais para financiar a transição energética. Tal fato aumenta a pressão sobre governos e empresas por maior cuidado na escolha dos modelos alternativos à energia fóssil. A agenda inescapável da mudança climática exige decisões pragmáticas na América Latina.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...