O presidente Lula parece, ou finge não ver, mas as coisas estão desandando e as pesquisas apontam para desaprovação maior do que aprovação já nas próximas rodadas, com queda de popularidade nos diferentes segmentos. Fazer mea culpa não
é e nunca foi seu forte, mas cadê o decantado faro político, a
perspicácia e o carisma de Lula? Está sempre sério, mal-humorado, com
declarações recheadas de erros, não só de comunicação, mas de informação
e compreensão do mundo.
O que Lula e o Brasil ganham com sua teimosia em negar o óbvio, que Nicolás Maduro é
ditador, a Venezuela está em frangalhos e os venezuelanos vivem no pior
dos mundos? A líder oposicionista Maria Corina, impedida de disputar as
eleições de julho por instituições viciadas, cobrou duramente a posição
dele. Lula deu de ombros:
“Eu não fiquei chorando quando não pude concorrer”. E, depois de
relativizar o conceito de democracia, agora avaliza a lisura das
eleições convocadas por Maduro, sem que se saiba com base em quê.
Lula está em seu terceiro mandato à frente da Presidência Foto: Wilton Junior/Estadão
Estamos bem. Jair Bolsonaro,
presidente golpista, reclamava de quem reagia à covid-19 “com mimimi”
ou “como maricas”. E Lula, o presidente democrata, manda a perseguida
pela ditadura parar de chorar e cala sobre Alexei Navalny, morto pelo
autocrata russo Vladimir Putin, sob indignação e raiva de, literalmente, todo o mundo.
Também não se ouviu uma palavra de Lula sobre a dengue, por exemplo,
nem que fosse para explicar que não há produção suficiente de vacinas e
estimular medidas básicas de prevenção. Tudo ficou nas costas da
ministra Nísia Trindade, mas epidemia não é problema exclusivo da Saúde, mas do País. O líder precisa mostrar presença.
Na economia, Lula também insiste em desdenhar do bom senso e da política econômica de Fernando Haddad,
exercitando seu velho populismo e defendendo mais gastos, quando o
principal problema é exatamente o equilíbrio fiscal. Haddad se esfalfa
pela arrecadação, Lula só quer gastar. Sua base petista acha lindo, mas a
realidade grita. Isso não vai melhorar sua popularidade.
As intervenções políticas e voluntariosas na Petrobras e na Vale custam
caro e Lula tem de engolir que, no seu primeiro ano de governo, o lucro
das duas principais empresas do País despencou em relação ao do último
ano de Jair Bolsonaro. As ações seguiram o mesmo caminho. Além de
péssima notícia para o Brasil, é um prato feito para a oposição.
Na sexta-feira, 8, as ações da Petrobras chegaram a cair 13% e
a empresa perdeu R$ 55 bilhões em valor de mercado. O motivo imediato
foi a decisão da cúpula petista da companhia sobre distribuição de
dividendos, mas o que mais pesa é a intervenção política de Lula, na
Petrobras e na Vale. Como o setor de energia, os investidores, o Brasil e
o mundo veem isso?
A pauta econômica e ambiental do governo está parada, com o Congresso
digladiando com o Executivo por emendas e com o Judiciário em temas de
costume. É ano eleitoral e o tempo corre sem perspectiva de
regulamentação da reforma tributária, sem nem sequer início da discussão
sobre tributação da renda e sem avanço em questões essenciais para
recepcionar a COP 28 em 2025. E a articulação política do governo?
Não adianta Lula reclamar de “má vontade” da mídia, porque quem
derruba as manchetes que seriam positivas por negativas é ele próprio.
Um exemplo é o massacre de palestinos, que só piora e cada vez dá mais
razão à dura condenação que Lula faz a Israel. Até os EUA calibram sua
posição: dá armas para Israel, mas começou a jogar comida de aviões para
os famintos de Gaza. Lula poderia ganhar manchetes com suas duras
cobranças, mas atraiu críticas mundo afora com a comparação, errada sob vários ângulos, da ação israelense com Hitler e nazismo, logo, com o Holocausto.
Em vez de “Lula condena massacre”, as manchetes foram, acertadamente,
“Lula compara ação de Israel a Holocausto”. Em vez de “Lula lidera
pressão por democracia na Venezuela”, “Lula relativiza democracia”, ou
“Lula avaliza ditadura de Maduro”. Em vez de “Lucro e ações da Petrobras
e da Vale disparam”, “Lucro da Petrobras cai 33% e valor da companhia
cai R$ 55 bilhões num dia”. Em vez de “Lula cobra controle das contas
públicas”, “Lula exige mais gastos, ignorando equilíbrio fiscal”.
Seus seguidores aplaudem, como aplaudiriam qualquer coisa. E o resto
do País, inclusive o que votou nele em 2022, sem ser petista? A resposta
pode estar nas pesquisas Quaest e Ipec. A popularidade dele caiu entre
os que já eram contra, como os evangélicos, e entre os que eram a favor,
como as mulheres. Logo, logo, as curvas acabam cruzando, com aprovação
menor do que desaprovação. Lula vai finalmente compreender que as coisas
estão desandando?
Vantagens nascem em decisões e portarias e
são compartilhadas por diferentes categorias; só no Judiciário e no
Ministério Público benefícios custaram R$ 9,3 bilhões em 2023
Por Daniel Weterman – Jornal Estadão
BRASÍLIA – O Conselho Nacional de Justiça (CNJ),
que representa os juízes do Brasil, aprovou em 2011 uma resolução
dizendo que todos os magistrados, procuradores e promotores têm direito
aos mesmos benefícios e vantagens no salário. O que era para ser uma
norma de simetria e equilíbrio entre as categorias abriu caminho para a
criação de “penduricalhos” no serviço público. Além disso, é exemplo de
como nasce esse tipo de privilégio na elite do funcionalismo.
Estátua ‘A Justiça’, em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) Foto: Marcello Casa Jr./Agência Brasil
Quatro anos depois da resolução, o Congresso aprovou uma lei criando
um benefício específico para juízes federais que trabalham em mais de
uma comarca ou acumulam muitos processos. O projeto foi sancionado pela então presidente Dilma Rousseff em 2015.
Em 2020, o CNJ ampliou o pagamento para juízes estaduais. Até então,
esse valor ficava dentro do teto constitucional, que determina que
nenhum servidor público pode receber mais do que um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O que passa do teto é descontado.
Em 2022, foi a vez dos promotores e procuradores terem acesso ao benefício. O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP)
recomendou que os membros da categoria tivessem acesso à gratificação,
mas sem vincular o recurso ao teto. Em janeiro do ano passado, o
conselho regulamentou a gratificação, com uma adaptação: ela passou a
ser paga para compensar dias de folga não tirados, se transformando em
“licença compensatória”. O novo penduricalho foi aprovado em 1 minuto e 17 segundos, conforme mostrou o Estadão. Tudo
ficou fora do teto, fazendo com que o benefício se transformasse em
mais um “penduricalho” para aumentar os salários. Procurado pelo Estadão, o CNMP não respondeu o contato até a publicação desta reportagem.
Vendo a manobra dos promotores, o CNJ entendeu que os juízes ficaram
em desvantagem. Afinal, tinham os salários descontados por causa do
teto. O Conselho, então, aprovou outra resolução em outubro de 2023,
ampliando o pagamento fora do teto para todos os juízes do País. Foi um
efeito cascata no “penduricalho”, sacramentando a dobradinha entre
Judiciário e Ministério Público, considerados hoje “elite” do
funcionalismo público. O benefício varia conforme o acúmulo de processos
e pode representar, em um único mês, R$ 40 mil a mais no salário de um
magistrado. Fora a lei de 2015, tudo foi aprovado pelas próprias
categorias, por meio de decisões internas, sem discussão no Congresso.
“Se não fosse com recursos públicos, seria uma brincadeira de
criança”, afirma a diretora de programas da ONG Transparência Brasil,
Marina Atoji, ao falar da ampliação do benefício. De acordo com ela, a
gratificação é um exemplo de como um privilégio nasce no serviço
público: começa de um jeito e é ampliado de outro até ser desvirtuado.
“O que se tem agora é que existe uma elite do funcionalismo. É urgente
fazer uma discussão sobre a legalidade e a constitucionalidade desses
benefícios, especialmente os que são criados para um grupo por uma lei e
depois e ampliados por meio de resoluções e respostas a consultas, à
margem da legislação.”
Os benefícios pagos a juízes e promotores somaram R$ 9,3 bilhões em
2023, de acordo com levantamento da Transparência Brasil. A título de
comparação, é mais do que o governo gasta o ano inteiro com meio
ambiente. Não entram na conta apenas os penduricalhos, mas todas as
vantagens, como auxílio-moradia, adicional de férias, licenças
compensatórias e a gratificação por acúmulo de serviço. A criação de
novos benefícios aumenta, ano a ano, os gastos com funcionários públicos
e o salário médio das categorias.
Dentro do serviço público, o Judiciário é privilegiado. Um integrante
do Judiciário recebia, em média, R$ 8,9 mil por mês em 1985, em valores
atuais. Em 2021, o valor saltou para R$ 16 mil, mais que o dobro do que
um funcionário do Legislativo (R$ 7,3 mil) ou do Executivo (R$ 4,5
mil), segundo dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
Esse e outros privilégios surgiram como compensação às mudanças no
auxílio-moradia, que ficou mais rígido. Em 2018, o pagamento começou a
ser feito apenas para juízes que atuam fora da comarca de origem, que
não tenham casa própria no novo local ou residência oficial à
disposição. O CNJ defende a ampliação da gratificação, citando a
equiparação entre juízes e integrantes do Ministério Público como
cumprimento da Constituição e
da resolução de 2011. “Do valor total destinado a recursos humanos que
envolve pagamento de subsídios e remunerações de magistrados e
servidores, apenas 8,2% são referentes ao pagamento de benefícios (ex.:
auxílio-alimentação, auxílio-saúde)”, disse o conselho ao Estadão.
Em nota, a Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) afirmou que as
resoluções do CNJ seguem o que está disposto na lei e que a remuneração
dos juízes “é compatível com a relevância da função desempenhada e
similar à de juízes de países que adotam um sistema de justiça
semelhante ao nosso”. “Infelizmente, a correção do subsídio, que deveria
ocorrer anualmente, conforme a Constituição, não tem conseguido sequer
repor a inflação – o que resulta em um número cada vez maior de
profissionais que deixam a carreira pública em busca de melhores
oportunidades na iniciativa privada”, destacou a entidade.
Passagem aérea e bônus de aposentadoria também viram privilégios
Os privilégios não ficam restritos ao Judiciário. O Congresso aprovou
uma proposta que garante o pagamento de passagens aéreas para
parlamentares e ministros do governo ao irem para Brasília e voltarem
para casa, nos Estados. O gasto é bancado com dinheiro público. Os
parlamentares, no entanto, não apresentaram nenhuma estimativa de
impacto da medida, e não se sabe quanto as passagens vão custar no
Orçamento.
O presidente Lula sancionou a medida. O pagamento de passagens aéreas
foi aprovado enquanto Congresso e Executivo debatiam outras medidas
incluídas no mesmo projeto de lei, como o calendário de pagamento das
emendas parlamentares e o valor do fundo eleitoral. As passagens saíram
ilesas da discussão, sem oposição. De última hora, o Congresso retirou
os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) do benefício, que haviam
sido incluídos na versão inicial.
“Do ponto de vista fiscal, o penduricalho é quase irrelevante, mas
levanta uma discussão sobre a qualidade do gasto, e serve para perceber
como os governos começam a pagar mais salário com outro nome”, diz o
economista Raul Velloso, especialistas em contas públicas. Ele observa
que esses benefícios não se incorporam na aposentadoria, onde está o
maior problema financeiro da União, dos Estados e dos municípios. “Por
isso, é muito fácil defender os penduricalhos.”
Militares receberam privilégios e oficiais chegaram a receber R$ 1 milhão em um único mês
Em 2019, enquanto o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e o
Congresso discutiam uma reforma da Previdência para reduzir os
benefícios pagos para futuros aposentados e segurar o aumento dos gastos
do governo, Executivo e Legislativo se juntaram para ampliar os
privilégios de uma categoria específica de servidores públicos: os
integrantes das Forças Armadas. Na reforma dos militares,
feita por meio de um projeto de lei paralelo, a indenização paga quando
eles são transferidos para a reserva subiu de quatro para oito vezes o
valor do soldo. A medida fez com que oficiais recebessem até R$ 1 milhão em um único mês em plena pandemia de covid-19.
O presidente Lula,
com os aplausos de si próprio, da primeira-dama e do maior cordão de
bajuladores que já se formou na história da República, entrou em estado
de coma moral. A coisa não é de agora – Lula, há muito tempo, vem
sofrendo de falência geral dos órgãos que determinam a conduta das
pessoas de bem. Mas esse processo se acelerou notavelmente depois que
assumiu a presidência pela terceira vez. Não é que ele não seja capaz de
entender a diferença entre o bem e o mal. Ele entende, sim – mas
escolhe sempre ficar com o mal. Ficou de novo ao lançar sua última ideia
como “líder mundial”, uma das piores que já teve em catorze meses de
governo.
Lula
exaltou marcação de eleições na Venezuela e não pareceu preocupado com o
fato de a opositora de Maduro, seu aliado, ter sido impedida de
disputar Foto: Wilton Junior/Estadao
Foi um momento de superação. Lula conseguiu dizer que a maior vítima da ditadura da Venezuela no momento, a candidata de oposição que foi proibida pelo TSE local de disputar a próxima eleição com Nicolás Maduro, deveria parar de “ficar chorando”. É assim, exatamente, que funcionam hoje os circuitos mentais do presidente: a luta de Corina Machado em defesa da liberdade, da vontade popular e das regras mais elementares da democracia é uma “choradeira”.
Corina se propõe a derrotar nas urnas um ditador que está lá há 11
anos, apenas isso; é vista em todo o mundo civilizado como uma
combatente da democracia. Para o presidente do Brasil, porém, ela está
sendo apenas uma mulher histérica. O herói, para ele, é o ditador.
Lula, nas suas miragens de “líder latino-americano”, tinha conseguido
até agora um fracasso em estado puro: meteu-se pateticamente na última
eleição da Argentina, e o seu candidato levou uma surra. Mete-se, no
momento, no que a ditadura da Venezuela chama de “eleição” – uma fraude
já contratada e especialmente grotesca, em que a mera marcação de uma
data para as eleições é festejada por Lula como um triunfo da
democracia. Já não havia candidata de oposição, declarada “inelegível” e
ameaçada de prisão. Não havia nem a data para as pessoas votarem.
Agora, a oposição continua proibida de concorrer, mas a data foi
marcada. Tudo resolvido, para Lula. O ditador, a ditadura e o amor
venceram – e quem acha isso errado está apenas “chorando”.
Ao contrário do que aconteceu na Argentina, Lula está garantido na Venezuela: o seu candidato é o único.
O Brasil, porém, é submetido por ele a mais uma humilhação na
comunidade internacional. Deixamos de ser uma nação decente; a única
certeza que a política externa brasileira oferece hoje ao mundo é que
estará sempre, em qualquer circunstância, ao lado das ditaduras. Lula já
foi capaz de ficar a favor dos carcereiros e contra os presos políticos
que faziam greve de fome em Cuba. Hoje é capaz de tudo.
Maior montadora do mundo tem sido criticada
por vender poucos veículos elétricos, mas sua decisão de focar em
híbridos está rendendo financeiramento
Por Neal Boudette (The New York Times) – Jornal Estadão
Na indústria automobilística atual, de alta tecnologia e altas
apostas, as fortunas podem mudar rapidamente, e não há melhor exemplo
disso no momento do que aToyota Motor.
Não faz muito tempo, parecia que a Toyota havia ficado perigosamente para trás emveículos elétricos.
A Tesla, pioneira dos carros elétricos, cresceu rapidamente e se tornou
a montadora mais valiosa do mundo. Vendo o sucesso da Tesla, outras
empresas, como a General Motors e a Ford Motor, concluíram que um grande
número de consumidores estava pronto para mudar para carros e caminhões
movidos a bateria e começaram a investir dezenas de bilhões de dólares
para alcançar isso.
A Toyota, no entanto, foi mais cautelosa — ou letárgica, diriam seus
críticos. Ela introduziu apenas dois modelos totalmente elétricos nos
Estados Unidos até agora, apostando que seus híbridos a
gasolina-elétricos e veículos híbridos plug-in, pelos quais se tornou
conhecida, permaneceriam populares e seriam suficientes para lidar com
as mudanças climáticas, ao menos por enquanto.
Fábrica da Toyota, em Sorocaba, onde a empresa produz carros híbridos, que usam bateria, etanol e gasolina. Foto: WERTHER
Diante de todo o entusiasmo pelos veículos elétricos nos últimos
anos, parecia que a Toyota simplesmente não tinha entendido o cenário.
“Fiquei chocado quando ouvi pela primeira vez a estratégia da Toyota,
porque eu podia ver o que a Tesla estava fazendo”, disse Earl Stewart,
um concessionário da Toyota em Lake Park, Flórida, que também gosta de
dirigir seu Tesla Model S.
Mas, nos últimos seis meses, as vendas de veículos elétricos
desaceleraram, e os compradores de carros americanos, que buscam cortar
suas contas de combustível, têm migrado para os híbridos. Agora, as
vendas da Toyota estão crescendo, e a empresa está reportando lucros
enormes.
“Não é a primeira vez que a Toyota me prova que eu estava errado, e também não será a última”, disse Stewart.
A súbita força da Toyota serve como um lembrete de como a indústria
automotiva está mudando profundamente. Tecnologias em desenvolvimento,
como veículos elétricos, microchips avançados e software, estão
transformando o que era um setor estável e de movimento lento em uma
indústria dinâmica, na qual até mesmo fabricantes ágeis e bem
gerenciados podem ser desviados de seu curso.
A Toyota, uma empresa japonesa, é a maior montadora do mundo: ela
vendeu mais de 11 milhões de veículos em 2023, mais de seis vezes o
número vendido pela Tesla. A companhia subiu os degraus da indústria
lentamente, ao longo de meio século, primeiro exportando carros pequenos
para os Estados Unidos, depois construindo fábricas pelo Sul e
Meio-Oeste, adicionando uma marca de luxo e expandindo para os segmentos
dominados pelos seus rivais baseados em Michigan, como as caminhonetes
de tamanho grande.
Ao longo do caminho, a Toyota desafiou a sabedoria convencional da
indústria em algumas ocasiões. A introdução de sua marca de luxo Lexus,
em 1989, parecia uma aposta arriscada, até que ultrapassou a BMW e a
Mercedes-Benz em vendas. Há 21, a Toyota lançou o Prius, um carro
pequeno com um motor a gasolina compacto e um motor elétrico alimentado
por uma bateria.
A combinação permite que o Prius percorra 80 km ou mais com um galão
de gasolina (3,87 litros), e um modelo híbrido plug-in pode fazer
viagens curtas sem usar gasolina alguma. Outros fabricantes de
automóveis desprezaram o carro como uma curiosidade, mas o Prius foi um
sucesso, e antes que se desse conta, a GM, a Ford e outras empresas
desenvolveram seus próprios híbridos.
O diretor-executivo da Tesla, Elon Musk, despreza os híbridos, dizendo
que não faz sentido ter dois sistemas de propulsão sob o capô. Os
consumidores parecem não se importar. A Toyota oferece mais de duas
dezenas de modelos híbridos ou híbridos plug-in, e eles representam
quase 30% de suas vendas, muito mais do que na maioria das outras
montadoras. No ano passado, no mercado dos EUA, a Toyota vendeu 2,2
milhões de veículos — mais do que qualquer outra montadora, exceto a GM.
Em vez de elétricos puros, Toyota decidiu focar nos híbridos. Foto: WERTHER
Em janeiro e fevereiro, as vendas da Toyota nos EUA subiram 20%,
impulsionadas por um aumento de 83% nas vendas de seus modelos híbridos e
plug-in.
“Não estamos dizendo que os veículos elétricos não sejam uma boa
solução para as emissões de carbono”, disse Jack Hollis, vice-presidente
executivo da divisão norte-americana da Toyota. “Eles são. Apenas não
são a única solução, e muitos de nossos clientes têm nos dito que querem
escolha — híbridos, plug-ins e veículos elétricos.”
A estratégia está dando certo. No período de nove meses a partir de
abril do ano passado, a Toyota lucrou US$ 27 bilhões, aproximadamente o
dobro de seus ganhos do mesmo período do ano anterior. Em comparação, o
lucro de US$ 15 bilhões da Tesla em 2023 foi cerca de 19% maior que o
resultado de 2022.
Os investidores têm notado. O mercado de ações agora avalia a Tesla
em menos da metade de seu pico de valor de mercado, de US$ 1,2 trilhão,
em novembro de 2021 — em grande parte, porque suas vendas estão
crescendo mais lentamente, e o lucro que ela obtém por carro tem caído.
Durante o mesmo período, a avaliação da Toyota cresceu aproximadamente
um terço, alcançando cerca de US$ 400 bilhões.
Mike Ramsey, analista na firma de pesquisa Gartner, disse que a
estratégia híbrida da Toyota é forte e baseada em lógica de longo prazo,
mas mudanças na tecnologia ou no mercado poderiam minar o desempenho
futuro e a posição da companhia.
“A Toyota parece oscilar entre medíocre e gênio, dependendo do estado
atual do pensamento sobre tecnologia”, disse ele. “Mas,
independentemente de qualquer coisa, eles ainda parecem vender mais
carros e caminhões do que qualquer outro.”
Um grande mercado onde a Toyota está enfrentando dificuldades é a
China, o maior mercado automobilístico do mundo. Muitos compradores
chineses estão optando por veículos elétricos,ajudando montadoras domésticas, como a BYD, a ganhar participação sobre Toyota, Volkswagen e outros fabricantes estrangeiros.
A Toyota tem outros problemas também. Sua subsidiária Daihatsu, que
fabrica carros pequenos, interrompeu temporariamente toda a produção no
Japão em dezembro, após revelar que havia trapaceado em testes de
segurança.
Por enquanto, contudo, o ritmo deliberado da Toyota parece estar
funcionando no geral, e vários outros grandes fabricantes de automóveis
têm se movido em direção ao caminho da empresa.
A Mercedes-Benz, que esperava eliminar os modelos de combustão
interna até 2030, disse no mês passado que adiou esse objetivo por pelo
menos cinco anos. A Ford reduziu as metas de produção para veículos
elétricos e está retardando a construção de fábricas que deveriam
produzir baterias para veículos elétricos.
A GM, que havia parado de vender híbridos nos Estados Unidos para
focar em veículos elétricos, adiou a introdução de alguns modelos
movidos a bateria. Ela também está planejando reintroduzir modelos
híbridos e híbridos plug-in, que os concessionários haviam pedido.
“Implantar tecnologia plug-in em segmentos estratégicos trará alguns
dos benefícios ambientais dos veículos elétricos, enquanto a nação
continua a construir sua infraestrutura de carregamento”, disse Mary T.
Barra, diretora-executiva da GM, em fevereiro.
Até agora, os veículos elétricos falharam em conquistar muitos
compradores de carros, porque são geralmente mais caros que os modelos
de combustão ou híbridos, mesmo levando em conta incentivos
governamentais. Os desafios do carregamento de veículos elétricos,
preocupações com a autonomia e desempenho em clima frio também fizeram
algumas pessoas hesitarem.
Híbridos não enfrentam muitos desses problemas. Alguns híbridos
custam apenas algumas centenas de dólares a mais que carros a gasolina
similares – um prêmio que os proprietários podem recuperar rapidamente
em economia de combustível. Além disso, híbridos regulares nunca
precisam ser plugados.
Modelos híbridos plug-in, alguns dos quais podem viajar apenas com
eletricidade por mais de 64 quilômetros e têm um motor a gasolina para
viagens mais longas, têm baterias muito menores que os veículos
elétricos e podem ser recarregados relativamente rápido. Mas esses
veículos, que compõem uma pequena parte do mercado, podem não ser tão
vantajosos financeira ou ambientalmente quando dirigidos por longas
distâncias somente com gasolina.
A Toyota tem planos de aumentar significativamente a produção e as
vendas de híbridos. Uma versão híbrida de sua picape Tacoma está sendo
lançada. Um sedã Camry redesenhado, previsto para esta primavera, estará
disponível apenas como híbrido.
A empresa também oferecerá uma gama de veículos elétricos, disse o
executivo da Toyota, Mr. Hollis. Cerca de 30 modelos chegarão até 2026,
ano em que a Toyota espera que suas vendas de veículos elétricos nos EUA
tenham aumentado para cerca de 1,5 milhão de unidades por ano. No ano
passado, ela vendeu cerca de 15.000.
Na Flórida, os novos Toyotas que chegam na concessionária de Stewart
mal tocam o pátio antes de serem vendidos. No início de março, ele tinha
apenas cerca de 150 veículos no inventário, abaixo dos 500 que
costumava ter antes da pandemia.
Isso não desanimou os clientes, que se acostumaram a esperar meses
depois de encomendarem veículos. Em um determinado momento no ano
passado, ele tinha 1.300 veículos encomendados, e clientes para todos
eles.
“Vendo Toyotas desde 1975, e os negócios estão melhores do que
nunca”, disse ele. “As pessoas estão fazendo fila para comprar de mim.”
Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.
A fotografia é uma arte que sempre exigiu certo nível de habilidade,
paciência e, muitas vezes, um investimento considerável em equipamentos e
ferramentas de edição. Mas e se você pudesse ignorar os anos de
prática, evitar despesas e ainda assim acabar com fotos impressionantes
que realmente representam você? Digite GetBetterPics – seu fotógrafo
pessoal de IA.
Capturando sua beleza sem esforço
GetBetterPics aproveita o incrível poder da inteligência artificial
para gerar fotos que refletem sua verdadeira essência. Você não precisa
mais aperfeiçoar essas poses ou viajar para locais exóticos para tirar a
foto perfeita. Com GetBetterPics, fotos de qualidade estão a apenas um
clique de distância.
Seu álbum pessoal de fotos com IA
· Imagine ter uma coleção cada vez maior de imagens que você poderá guardar para sempre.
· Visualize a facilidade de embelezar seu feed de mídia social com fotos de aparência profissional.
· Pense em como você pode se divertir explorando vários estilos e temas com suas imagens.
Cada imagem que você gera com GetBetterPics pode se tornar parte de
sua coleção particular, mostrando seu estilo e personalidade.
Dê vida à sua presença nas redes sociais
Tentar imitar a aparência sofisticada dos influenciadores pode ser
assustador. Não se trata apenas de tirar uma foto; trata-se de capturar
um momento que ressoe. GetBetterPics simplifica esse processo,
fornecendo a você as ferramentas para obter aquelas fotos que causam
inveja em suas redes sociais, tudo sem a necessidade de uma câmera
sofisticada ou habilidades de edição.
Comece sua aventura fotográfica
Pronto para mergulhar e ver como pode ser fácil e divertido criar
fotos com IA? Visite GetBetterPics.com e, com algumas etapas fáceis,
você estará no caminho certo para obter fotos melhores em praticamente
nenhum momento. Não há mais espera para apresentar ao mundo a versão
mais lisonjeira de você mesmo.
O toque profissional
Para quem precisa de headshots, seja para perfis profissionais,
portfólios ou outros usos formais, GetBetterPics oferece um AI
Professional Headshot Generator. Diga adeus aos equipamentos
fotográficos complexos e olá às fotos rápidas e de alta qualidade que
atendem às suas necessidades profissionais.
Prós e contras do GetBetterPics
Embora uma ferramenta alimentada por IA como GetBetterPics torne a
fotografia acessível a todos, é importante notar que as imagens geradas
por IA podem ter limitações de personalização e autenticidade quando
comparadas aos métodos tradicionais de fotografia. Além disso, os
profissionais criativos podem preferir o controle e a contribuição
artística fornecidos pela edição manual de fotos e fotografia.
Por outro lado, as vantagens são claras:
· Acessibilidade para usuários sem conhecimentos técnicos de fotografia.
· Solução econômica em comparação com serviços de fotografia profissional.
· Processo rápido e fácil de geração de fotos.
· Uma forma inovadora de produzir imagens que de outra forma seriam impossíveis de capturar.
Se você está interessado neste emocionante casamento entre tecnologia
e criatividade, por que não experimentar o GetBetterPics? Veja como a
IA pode criar a imagem perfeita para você. É rápido, fácil e promete uma
experiência fotográfica única, adaptada à era digital.
Para qualquer dúvida ou feedback, GetBetterPics incentiva você a
entrar em contato por e-mail em makerai.inc@gmail.com. Junte-se à
comunidade e compartilhe suas criações geradas por IA. Siga
GetBetterPics em plataformas de mídia social como TikTok, LinkedIn,
Twitter e Instagram para se manter atualizado com os desenvolvimentos
mais recentes e conectar-se com outros entusiastas da fotografia.
Visite o site
Transforme o trabalho em equipe com o pacote de colaboração baseado
em IA da Stork.AI – sua atualização gratuita do Slack e do Microsoft
Teams. Mergulhe hoje mesmo na comunicação perfeita e nos recursos
inovadores de IA!
Sobre GetBetterPics
GetBetterPics é o gerador de sessões de fotos de IA para
profissionais que precisam usar algumas fotos de perfil sofisticadas e
com aparência mais profissional em suas mídias sociais, para que possam
fechar mais negócios ou ganhar mais confiança em seus serviços. Tentar
tirar boas fotos pode ser um longo processo de tentativa e erro ou pode
ser caro se for feito por um profissional. Com GetBetterPics você mesmo
pode obter bons resultados, rapidamente e sem ter que praticar poses ou
encontrar o local perfeito para fotografar.
Sobre este aplicativo
GetBetterPics é uma ferramenta alimentada por IA projetada para gerar
fotos de alta qualidade de forma rápida e fácil para usuários de mídia
social. A ferramenta possui a mais recente tecnologia de IA em geração
de fotos para criar fotos do usuário do jeito que ele sempre as
imaginou, sem exigir poses práticas, equipamentos caros ou habilidades
fotográficas.
Com esta ferramenta, os usuários podem obter novas fotos nas redes
sociais de forma fácil e econômica, economizando tempo e dinheiro. A
ferramenta fornece vários exemplos de diferentes estilos de fotos, que o
usuário pode explorar, e uma vez escolhido um estilo, a ferramenta gera
fotos exclusivas adaptadas ao estilo desejado pelo usuário.
Os usuários podem salvar suas novas fotos para criar um álbum
pessoal, melhorar a estética de seu feed ou dar uma aparência mais
profissional às suas redes sociais. No geral, GetBetterPics visa
enriquecer a experiência de mídia social e permitir que os usuários
tenham controle sobre como elas são apresentadas online, gerando
fotografias únicas e personalizadas de alta qualidade com apenas alguns
cliques.
Descubra o Marketplace Valeon do Vale do Aço: Um Hub de Empresas, Notícias e Diversão para Empreendedores
Moysés Peruhype Carlech – ChatGPT
O Vale do Aço é uma região próspera e empreendedora, conhecida por
sua indústria siderúrgica e seu ambiente de negócios dinâmico. Agora
imagine ter um único local onde você pode encontrar todas as informações
e recursos necessários para ter sucesso nesse ambiente competitivo.
Bem-vindo ao Marketplace Valeon do Vale do Aço – um hub online que
engloba empresas, notícias, diversão e empreendedorismo, oferecendo uma
plataforma única para empresários e gerando leads valiosos.
Um ecossistema empresarial abrangente:
O Marketplace Valeon do Vale do Aço reúne empresas locais de diversos
setores em um só lugar. Com uma interface intuitiva, os usuários podem
facilmente encontrar e se conectar com fornecedores, parceiros
comerciais e clientes potenciais na região. A plataforma oferece uma
ampla gama de categorias de negócios, desde indústrias tradicionais até
empresas inovadoras, garantindo que todos os empreendedores encontrem as
oportunidades certas para expandir seus negócios.
Notícias e insights atualizados:
Além de ser um diretório empresarial, o Marketplace Valeon do Vale do
Aço também oferece um fluxo contínuo de notícias e insights relevantes
para os empresários da região. Através de parcerias com veículos de
comunicação locais e especialistas em negócios, a plataforma mantém os
usuários informados sobre as últimas tendências, oportunidades de
mercado, mudanças regulatórias e eventos relevantes. Essas informações
valiosas ajudam os empresários a tomar decisões informadas e a se
manterem à frente da concorrência.
Diversão e engajamento:
Sabemos que a vida empresarial não é só trabalho. O Marketplace
Valeon do Vale do Aço também oferece uma seção de entretenimento e
lazer, onde os usuários podem descobrir eventos locais, pontos
turísticos, restaurantes e muito mais. Essa abordagem holística permite
que os empresários equilibrem o trabalho e a diversão, criando uma
comunidade unida e fortalecendo os laços na região.
Foco no empreendedorismo:
O Marketplace Valeon do Vale do Aço é uma plataforma que nutre o
espírito empreendedor. Além de fornecer informações e recursos valiosos,
também oferece orientação e suporte para os empresários que desejam
iniciar seus próprios negócios. Com seções dedicadas a tutoriais,
estudos de caso inspiradores e conselhos de especialistas, o marketplace
incentiva e capacita os empreendedores a alcançarem seus objetivos.
Geração de leads para os empresários:
Uma das maiores vantagens do Marketplace Valeon do Vale do Aço é a
capacidade de gerar leads qualificados para os empresários. Com um
público-alvo altamente segmentado, a plataforma oferece a oportunidade
de se conectar diretamente com potenciais clientes interessados nos
produtos e serviços oferecidos pelas empresas cadastradas. Isso
significa que os empresários podem aumentar sua visibilidade, expandir
sua base de clientes e impulsionar suas vendas de forma eficiente.
Conclusão:
O Vale do Aço é uma região cheia de oportunidades e empreendedorismo,
e o Marketplace Valeon do Vale do Aço se torna um recurso indispensável
para os empresários locais. Ao oferecer um ecossistema empresarial
abrangente, notícias atualizadas, diversão, suporte ao empreendedorismo e
a geração de leads qualificados, o Marketplace Valeon se destaca como
uma ferramenta poderosa para impulsionar os negócios na região. Não
perca a chance de fazer parte dessa comunidade dinâmica e descubra o
poder do Marketplace Valeon do Vale do Aço para o seu sucesso
empresarial.
A STARTUP VALEON OFERECE SEUS SERVIÇOS AOS EMPRESÁRIOS DO VALE DO AÇO
Moysés Peruhype Carlech
A Startup Valeon, um site marketplace de Ipatinga-MG, que faz
divulgação de todas as empresas da região do Vale do Aço, chama a
atenção para as seguintes questões:
• O comércio eletrônico vendeu mais de 260 bilhões em 2021 e superou
pela primeira vez os shopping centers, que faturou mais de 175 bilhões.
• Estima-se que mais de 35 bilhões de vendas dos shoppings foram migradas
para o online, um sintoma da inadequação do canal ao crescimento digital.
• Ou seja, não existe mais a possibilidade de se trabalhar apenas no offline.
• É hora de migrar para o digital de maneira inteligente, estratégica e intensiva.
• Investir em sistemas inovadores permitirá que o seu negócio se
expanda, seja através de mobilidade, geolocalização, comunicação,
vendas, etc.
• Temas importantes para discussão dos Shoppings Centers e do Comércio em Geral:
a) Digitalização dos Lojistas;
b) Apoio aos lojistas;
c) Captura e gestão de dados;
d) Arquitetura de experiências;
e) Contribuição maior da área Mall e mídia;
f) Evolução do tenant mix;
g) Propósito, sustentabilidade, diversidade e inclusão;
h) O impacto do universo digital e das novas tecnologias no setor varejista;
i) Convergência do varejo físico e online;
j) Criação de ambientes flexíveis para atrair clientes mais jovens;
k) Aceleração de colaboração entre +varejistas e shoppings;
l) Incorporação da ideia de pontos de distribuição;
m) Surgimento de um cenário mais favorável ao investimento.
Vantagens competitivas da Startup Valeon:
• Toda Startup quando entra no mercado possui o sonho de se tornar
rapidamente reconhecida e desenvolvida no seu ramo de atuação e a
Startup Valeon não foge disso, fazem dois anos que estamos batalhando
para conquistarmos esse mercado aqui do Vale do Aço.
• Essa ascensão fica mais fácil de ser alcançada quando podemos
contar com apoio dos parceiros já consolidados no mercado e que estejam
dispostos a investir na execução de nossas ideias e a escolha desses
parceiros para nós está na preferência dos empresários aqui do Vale do
Aço para os nossos serviços.
• Parcerias nesse sentido têm se tornado cada vez mais comuns, pois
são capazes de proporcionar vantagens recíprocas aos envolvidos.
• A Startup Valeon é inovadora e focada em produzir soluções em tecnologia e estamos diariamente à procura do inédito.
• O Site desenvolvido pela Startup Valeon, focou nas necessidades do
mercado e na falta de um Marketplace para resolver alguns problemas
desse mercado e em especial viemos para ser mais um complemento na
divulgação de suas Empresas e durante esses dois anos de nosso
funcionamento procuramos preencher as lacunas do mercado com tecnologia,
inovação com soluções tecnológicas que facilitam a rotina dessa grande
empresa. Temos a missão de surpreender constantemente, antecipar
tendências, inovar. Precisamos estar em constante evolução para nos
manter alinhados com os desejos do consumidor. Por isso, pensamos em
como fazer a diferença buscando estar sempre um passo à frente.
• Temos a plena certeza que estamos solucionando vários problemas de
divulgação de suas empresas e bem como contribuindo com o seu
faturamento através da nossa grande audiência e de muitos acessos ao
site (https://valedoacoonline.com.br/) que completou ter mais de 100.000 acessos.
Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:
• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;
• Atraímos visualmente mais clientes;
• Somos mais dinâmicos;
• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;
• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;
• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.
• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em
buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para
impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as
suas vendas.
Proposta:
Nós da Startup Valeon, oferecemos para continuar a divulgação de suas
Empresas na nossa máquina de vendas, continuando as atividades de
divulgação e propaganda com preços bem competitivos, bem menores do que
os valores propostos pelos nossos concorrentes offlines.
Pretendemos ainda, fazer uma página no site da Valeon para cada
empresa contendo: fotos, endereços, produtos, promoções, endereços,
telefone, WhatsApp, etc.
O site da Valeon é uma HOMENAGEM AO VALE DO AÇO e esperamos que seja
também uma SURPRESA para os lojistas dessa nossa região do Vale do Aço.
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar
ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o
consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita
que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu
consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a
oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de
divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma
Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa
livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua
empresa seja oficializada.
A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando
para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as
melhores marcas do varejo e um mix de opções.
O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o
cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de
compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.
Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que
pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa
plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é
muito abaixo do valor praticado pelo mercado.
Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:
O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação
das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site
de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a
comunicação dos clientes com as lojas.
Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim
trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da
compra.
No país, as lojas online, que também contam com lojas
físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com
relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que
compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
O número de visitantes do Site da Valeon (https://valedoacoonline.com.br/) tem crescido exponencialmente, até o momento, temos mais de 222.000 visitantes e o site (https://valeonnoticias.com.br/) também nosso tem mais de 5.800.000 de visitantes.
O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de
comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e
ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros
marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e
promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como:
empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de
produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais
do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.
Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos
tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa
história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.
Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?
Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – As ações da Petrobras registram queda de
mais de 10% nesta sexta-feira (8), após a estatal ter divulgado queda
no lucro de 2023 e decidido não pagar dividendos extraordinários,
frustrando o mercado. Os papéis preferenciais (sem direito a voto) da
Petrobras caíram 10,57%, enquanto os ordinários (com direito a voto)
recuaram 10,46%.
Com isso, a petroleira amargou perda de R$ 55,7 bilhões no pregão
desta sexta. No pior momento, as preferenciais recuaram 13,1%, e as
ordinárias caíram 14%, representando uma perda de R$ 72,7 bilhões.
No exterior, os ADRs (recibos de ações brasileiras negociadas nos EUA) da Petrobras caíram 11,50%.
A companhia anunciou na noite de quinta-feira (7) que encerrou 2023
com lucro líquido de R$ 124,6 bilhões, numa queda de 33,8% em relação
aos R$ 188,3 bilhões registrados em 2022. Apesar da diminuição, o número
veio em linha com o esperado pelo mercado e seguiu o observado nos
resultados de outras petroleiras globais.
O que pesou, no entanto, foi o anúncio de distribuição de dividendos.
A estatal frustrou o mercado ao comunicar que o conselho de
administração recomendou remuneração de R$ 14,2 bilhões aos acionistas,
sem dividendos extraordinários.
Analistas do Itaú BBA destacam que investidores já esperavam maior
cautela da companhia no pagamento de dividendos, mas a projeção era que a
Petrobras pagasse cerca de R$ 22 bilhões em dividendos extraordinários.
“O consenso era que os dividendos extraordinários ficassem entre US$ 3
bilhões e US$ 5 bilhões (R$ 14,9 bilhões e R$ 24,9 bilhões), e a
decepção do mercado deve aumentar preocupações entre investidores sobre o
futuro da alocação de capital da empresa”, diz o BBA.
Após o anúncio da petroleira, o Bradesco BBI rebaixou sua
recomendação sobre a Petrobras para “neutra”. Para o banco, o retorno de
dividendos da Petrobras deixou de ser atrativo em relação aos seus
pares globais e que o anúncio traz incertezas sobre a política de
dividendos da companhia, que, na visão dos analistas, costumava ser
bastante clara.
O Santander também rebaixou para “neutra” a recomendação para papéis
da petroleira, afirmando que a companhia continua forte, mas que, sem
dividendos extraordinários, não há catalisadores para uma possível alta
dos papéis.
“Acreditamos que fundamentos sólidos prevalecerão novamente no
futuro, especialmente se a Petrobras prosseguir uma estratégia de
transição energética lenta. No entanto, mais clareza sobre a estratégia
de curto prazo é necessária para uma visão mais otimista sobre a ação”,
afirma o banco.
Na mesma linha, o Bank of America também cortou para “neutra” a
recomendação para o papel, afirmando que a valorização das ações deve
ser conduzida justamente pelos retorno de dinheiro aos acionistas. Com
diminuição de dividendos e o aumento da percepção de risco da Petrobras,
a recomendação de compra perdeu espaço.
Já analistas do BTG Pactual afirmam que a decisão do conselho de
administração de reter uma parcela dos lucros da companhia não pagar
dividendos extraordinários devem aumentar a percepção de risco sobre a
Petrobras.
“A distribuição de dividendos extraordinários seria um excelente
sinal, indicando não apenas que o crescimento da Petrobras em setores
mais verdes poderia ser conduzido de acordo com o plano estratégico da
empresa, mas também reforçando que seus interesses estão alinhados com
os das minorias”, diz o BTG.
O banco mantém, no entanto, a recomendação de compra para as ações da
companhia, citando seu potencial de geração de caixa e os preços do
petróleo, que estão em alto patamar.
“Apesar de ainda acreditarmos que o pragmatismo pode prevalecer,
nossa fé sem dúvida está abalada. As mensagens transmitidas pela equipe
de gestão e pelo governo serão cruciais para garantir uma tese sólida de
investimento.”
COM PETROBRAS EM FOCO, BOLSA CAI E DÓLAR SOBE
O tombo da Petrobras, que é uma das empresas de maior peso da Bolsa
brasileira, arrastou o mercado local. O Ibovespa encerrou o dia em queda
de 0,98%, aos 127.070 pontos, e renovou sua mínima intradiária do ano.
As ações da petroleira registraram a maior queda do dia, mas recuos da Vale e do Banco do Brasil também pesaram.
No câmbio, o dólar avançou 0,98% e fechou cotado a R$ 4,98 . No
exterior, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a
outras moedas fortes, ficou praticamente estável.
Em 31 de janeiro, Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, suspendeu o pagamento de uma multa bilionária imposta à Novonor, uma empresa de construção mais conhecida pelo seu antigo nome, Odebrecht. No mês anterior, ele havia suspendido outra multa, aplicada à J&F, dona
do maior frigorífico do mundo, a JBS. As empresas concordaram com as
multas como parte de acordos de leniência nos quais seus executivos
admitiram ter subornado autoridades brasileiras. Toffoli decidiu que
havia dúvida razoável quanto à possibilidade de os acordos terem sido
assinados voluntariamente e argumentou que o juiz que administrou as
multas pode ter conspirado com os promotores.
As multas ocorreram após uma série de investigações de corrupção no Brasil, das quais a mais famosa, conhecida como Operação Lava Jato,
foi iniciada há dez anos neste mês. Fez parte de uma onda de atividades
de combate à corrupção que varreu a América Latina na década de 2010.
Mas as decisões de Toffoli correspondem a um novo agravamento da
percepção da corrupção em toda a região. O Brasil caiu dez posições em um índice anual de corrupção percebida divulgado pela ONG Transparência Internacional em
janeiro. O Peru caiu 20 posições, situando-se entre os países
considerados os mais corruptos do mundo. A maioria dos países
latino-americanos teve resultado inferior ao sugerido por seu nível de
desenvolvimento.
Nem sempre se pode confiar nas percepções, mas há outras evidências
de uma reação contra os esforços de combate à corrupção. Em novembro, os
aliados do novo presidente de Honduras contornaram o Congresso para
nomear um procurador-geral amigo do partido no poder. No momento do
fechamento da reportagem, o congresso do Peru estava prestes a votar o
possível afastamento de membros do órgão independente que seleciona
procuradores e juízes, apesar de numerosos legisladores serem atualmente
investigados por corrupção.
O presidente populista do México, Andrés Manuel López Obrador,
busca desmantelar o órgão estatal que investiga desvios
administrativos. Os políticos no poder na Guatemala lutaram arduamente
para impedir que Bernardo Arévalo, um antigo ativista do combate à
corrupção, tomasse posse como presidente em janeiro.
As raízes desta reação encontram-se no drama das investigações
regionais de combate à corrupção. A polícia brasileira começou a
investigar a Petrobras, a empresa estatal do petróleo, em março de 2014.
Há anos ela distribuía contratos de construção a preços inflacionados.
As empresas usaram o dinheiro extra para subornar executivos e
funcionários do petróleo. A investigação foi desmembrada em uma dúzia de
outras, com foco em construtoras. Entre 2001 e 2016, a Odebrecht pagou
quase US$ 800 milhões em subornos em três continentes, obtendo mais de
US$ 3 bilhões em lucros para si e seus comparsas. É o maior caso de
corrupção estrangeira já processado pelo Departamento de Justiça dos
Estados Unidos, cuja jurisdição foi envolvida porque alguns subornos
foram canalizados por meio de contas bancárias nos EUA.
Crime e castigo
A investigação foi batizada de Lava Jato porque teve como ponto de
partida a apuração de um lava-rápido que fazia lavagem de dinheiro.
Tornou-se possivelmente a maior investigação de corrupção desde a
operação Mani Pulite (“Mãos Limpas”) da Itália, na década de 1990, e
revolucionou a política em toda a América Latina. Quase um terço dos
senadores do Brasil e quase metade dos governadores do país foram
envolvidos em algum ponto. A presidente de esquerda da época, Dilma Rousseff, sofreu impeachment em 2016. Seu mentor, Luiz Inácio Lula da Silva,
que foi presidente entre 2003 e 2010, foi condenado à prisão duas vezes
(ele foi libertado após 580 dias). Ambos os casos estavam ligados à
Lava Jato ou sob impacto dela.
No Peru, cinco ex-presidentes foram investigados; um cometeu suicídio
quando a polícia veio prendê-lo. Ex-presidentes também foram
investigados em El Salvador, Panamá, México, Paraguai, Equador e
Colômbia. A maioria afirma que as investigações são motivadas
politicamente.
A extensa investigação da Lava Jato também abalou as economias
latino-americanas. As receitas de várias construtoras implicadas
despencaram como consequência dela. Algumas faliram. No Peru, onde
contratos de construção no valor de US$ 17 bilhões foram investigados
pela Lava Jato, milhares de trabalhadores perderam os seus empregos
quando as obras públicas foram paralisadas. Por um tempo, parecia que
ninguém conseguiria escapar dos tentáculos investigativos da Lava Jato.
Então veio a derrocada. Erros e a arrogância de procuradores zelosos
lançaram dúvidas quanto à imparcialidade da investigação. O mais
proeminente juiz da Lava Jato, Sergio Moro, divulgou um acordo de
confissão que implicou Lula uma semana antes das eleições de 2018. O
candidato favorito de Lula perdeu para Jair Bolsonaro, um populista de
extrema direita cuja campanha foi impulsionada pelo sentimento
anti-establishment gerado pela Lava Jato.
Então, Moro deixou o Judiciário para se tornar ministro da Justiça de
Bolsonaro. O principal promotor, Deltan Dallagnol, tornou-se deputado
por um partido de direita. Em 2019, mensagens de texto vazadas
publicadas pelo site investigativo The Intercept indicaram que Moro
estava conspirando com Dallagnol nos casos. Ambos disseram à reportagem
que não houve conluio e salientaram que a maioria das decisões judiciais
sobre a Lava Jato foi inicialmente mantida diante de recurso. Dallagnol
disse que a força-tarefa não reconheceu a autenticidade das mensagens
vazadas, e Moro que elas “nunca foram examinadas em tribunal aberto”.
Os críticos também acusaram a força-tarefa da Lava Jato de usar
táticas agressivas para atrair a atenção da mídia. Lula foi alvo em 2016
de uma condução coercitiva, geralmente usada quando um intimado se
recusa a comparecer a uma audiência, algo que não havia ocorrido. No
Peru e no Brasil, os promotores foram criticados pelo uso extensivo da
prisão preventiva. Um investigador brasileiro proibiu o reitor de uma
universidade de entrar no seu próprio campus e colocou-o brevemente em
prisão domiciliar por suspeita de corrupção. O reitor suicidou-se logo
depois. Ele era inocente.
Os políticos exploraram essas rachaduras. “A Lava Jato foi como o
momento jacobino da Revolução Francesa”, diz Marco Bastos, da
consultoria Southern Pulse. Os brasileiros ficaram boquiabertos diante
de seus televisores enquanto um desfile de políticos era figurativamente
guilhotinado. Então veio o contra-ataque da velha guarda.
Uma luz que se apaga
É possível que os legisladores tenham deposto Dilma Rousseff porque
sentiram que ela estava fazendo muito pouco para protegê-los. O senador
Romero Jucá foi flagrado por um grampo telefônico antes do impeachment
dela dizendo a um aliado político: “Tem que resolver essa p… Tem que
mudar o governo pra poder estancar essa sangria.”. Ele disse que suas
palavras foram tiradas do contexto.
Em 2017, o sucessor de Dilma Rousseff, Michel Temer,
que chegou a ser preso preventivamente por algumas horas por corrupção e
repetidamente rejeitou as acusações como mentiras, perdoou infratores
não violentos presos por corrupção que cumpriram um quinto da pena. Seu
decreto afirmava que isso poderia conter o “crescimento exponencial da
população carcerária”. Em 2019, o Supremo Tribunal reverteu uma decisão
anterior e decidiu que os réus poderiam esgotar todas as instâncias de
recurso antes de serem presos. Isso libertou Lula e protegeu muitos
políticos da prisão. No mesmo ano, o Congresso aprovou uma lei que
criminaliza “abusos” cometidos por procuradores e juízes, com uma
definição ampla de abuso.
O sucessor de Temer, Bolsonaro, teve as suas próprias razões para
romper com a Lava Jato, apesar de ter aproveitado a onda de sentimento
que esta criou para chegar ao poder. Ele nomeou um procurador-geral que
engavetou mais de 100 pedidos para investigá-lo. Em 2020, quando
começaram a investigar um de seus filhos, que também é político,
Bolsonaro foi rápido em declarar que “não há mais corrupção no governo”
(o filho nega qualquer irregularidade e chama as investigações de
“perseguição política”). Ele dissolveu a força-tarefa da Lava Jato em
2021. Os cruzados anticorrupção da América Central tiveram um destino
semelhante. Os tribunais apoiados internacionalmente em Honduras e
Guatemala foram ambos encerrados por políticos.
As recentes decisões de Toffoli mostram que a reação aos esforços de
combate à corrupção continua. O próprio juiz já foi ligado à Lava Jato.
Em 2019, o veículo brasileiro investigativo Crusoé publicou um artigo a
respeito de e-mails enviados pelo chefe da Odebrecht em 2007, que se
referia a Toffoli, então procurador-geral, como “o amigo do amigo do meu
pai”. A matéria alegava que “amigo do meu pai” era uma referência a
Lula, que era presidente na época. Ele nomeou Toffoli para o Supremo
Tribunal em 2009. Depois que a história foi publicada, o Supremo
Tribunal considerou o artigo “fake news” e ordenou que fosse apagado da
internet. Apenas o clamor público forçou a reversão da decisão. Além de
suspender as multas a serem pagas pela Odebrecht e pela J&F, Toffoli
também anulou todas as provas reunidas no acordo de leniência da
Odebrecht. Ele se recusou a comentar o caso com a reportagem.
Poucos no Brasil ainda querem falar de corrupção, exceto para
expressar seu desdém pela Lava Jato. Gilmar Mendes, ministro do Supremo
Tribunal, considera-a produto da interferência estrangeira, da
“propaganda” dos meios de comunicação e de “combatentes anticorrupção
[que] gostam muito de dinheiro”.
De ambos os lados
A reação negativa à Lava Jato é bipartidária. Moro, agora senador,
enfrenta dois julgamentos que podem impedi-lo de exercer o mandato.
Um,relativo a supostas irregularidades no financiamento de campanha, foi
apresentado pelo partido de Bolsonaro. O outro, que alega que Moro
cometeu fraude como parte de um antigo acordo judicial, foi aberto por
Toffoli. Dallagnol perdeu seu assento no Congresso após uma decisão de
um tribunal eleitoral por causa de um detalhe técnico. Ele observa que o
próprio juiz da decisão foi investigado pela Lava Jato e que os
tribunais inferiores decidiram em seu favor. Moro diz que ambas as
acusações contra ele são infundadas.
Em 26 de fevereiro, outro ministro do Supremo Tribunal Federal do
Brasil autorizou empresas que assinaram acordos de leniência durante a
Lava Jato a renegociar os termos. Eles tiveram 60 dias para fazê-lo,
período durante o qual todas as multas relacionadas ao caso foram
suspensas. As empresas alegaram que se sentiram coagidas a assinar os
acordos, que “colocam em risco sua existência”.
A ruína da Lava Jato repercutiu em toda a América Latina. No Peru,
ex-funcionários apontam para a anulação das provas da Odebrecht como
parte dos seus esforços para que seus casos sejam arquivados.
O Antigo Regime tem reagido, e está vencendo. Mas é necessário
cuidado. Em uma pesquisa nacional divulgada em 3 de março, uma
pluralidade de brasileiros disse que a Lava Jato foi encerrada por causa
de interesses políticos. Um total de 74% dos indagados acreditam que as
recentes decisões do Supremo Tribunal “incentivam a corrupção”. /
TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL
O criador de Dragon Ball, um dos quadrinhos japoneses mais influentes e mais vendidos de todos os tempos, morreu aos 68 anos.
Akira Toriyama sofreu um hematoma subdural agudo, um tipo de
sangramento próximo ao cérebro, informou seu estúdio nesta sexta-feira
(8/3).
Toriyama tinha obras incompletas no momento da sua morte. Ele morreu
em 1º de março e apenas sua família e poucos amigos compareceram ao seu
funeral, de acordo com um comunicado do site Dragon Ball.
Dragon Ball, a história que muitos especialistas consideram
responsável pela popularização do mangá (equivalente japonês aos
quadrinhos) no ocidente, é extremamente popular em todo o mundo e a
série de quadrinhos também gerou versões em desenhos animados e filmes.
A série de quadrinhosDragon Ball estreou
em 1984. Ela segue um menino chamado Son Goku em sua busca para coletar
bolas de dragão mágicas para defender a Terra contra humanoides
alienígenas chamados Saiyans.
O mangá de Toriyama deu origem ao anime (série animada de televisão
japonesa) de mesmo nome, que marcou especialmente a geração que cresceu
nos anos 1990 e 2000 no Brasil e faz sucesso até hoje.
“Esperamos que o mundo único de criação de Akira Toriyama continue a ser amado por todos por muito tempo”, disse o estúdio.
A seguir, entenda as origens e inspirações de Akira Toriyama e Dragon Ball.
Akira Toiriyama nasceu em 1955, na pequena cidade de Kiyosu, na província de Aichi, no leste do Japão.
Como o próprio Toriyama explicou, desde a escola ele se interessava
por mangás, e foi entre seus colegas de classe que ele teve seu primeiro
público.
“Sempre gostei de desenhar”, disse ele ao site Stormpages há alguns
anos. “Quando eu era pequeno, não tínhamos tantas formas de
entretenimento como hoje, então todos nós desenhávamos. Na escola
primária, todos desenhávamos mangás ou personagens animados e os
mostrávamos uns aos outros.”
Foi nessa época que Toriyama também começou a expandir seu horizonte de influências.
O criador de Dragon Ball se declarou um grande fã de filmes de
animação da Disney em sua infância (ele tinha uma fixação particular
com 101 Dálmatas), filmes de velho-oeste (que na época de
Toriyama estavam atingindo sua expressão máxima com Sergio Leone),
ficção científica (Toriyama fez muitas referências a Star Wars em suas histórias) e ação (de Bruce Lee e Jackie Chan a Aliens, de James Cameron).
Sua primeira oportunidade de escrever um mangá profissionalmente
viria em 1977, depois que um dos editores da Shueisha – a editora de
mangá mais importante do Japão – viu seu trabalho durante um concurso
anual da revista Monthly Shonen Jump para encontrar novos talentos.
Contratado pela editora, o jovem Akira teve histórias menores que passaram desapercebidas por alguns anos.
Dr. Slump e Dragon Ball
O primeiro grande sucesso veio Akira Toriyama no mundo do mangá veio em 1980 com Dr. Slump.
O mangá contava a história de uma garota androide tão bem feita que
todos achavam que ela era uma garota de verdade com superpoderes.
A história foi o laboratório perfeito para o jovem autor começar a
explorar elementos que mais tarde seriam fundamentais para a criação do
mundo de Dragon Ball. Em Dr. Slump apareceram os primeiros
animais antropomórficos, androides e mundos futuristas que mais tarde
dariam a Dragon Ball seu estilo único.
Para seu próximo projeto, Toriyama diz que contou com a ajuda de sua
esposa, que tinha um grande conhecimento dos contos tradicionais
chineses. Um em particular, O Rei Macaco, chamava sua atenção.
Dragon Ball apareceu pela primeira vez nas páginas da revista Shounen
Weekly em 1985. Contava a história de Son Goku, um garotinho com um
rabo de macaco que se junta a seus amigos em uma jornada para encontrar
as ‘esferas do dragão’. Ele também adaptou os poderes do rei macaco ao
seu personagem principal, incluindo a capacidade de “surfar” nas nuvens.
O mangá original se inspirou em muitas fontes, incluindo a comédia de Jackie Chan de 1978, O Grande Mestre dos Lutadores, na qual um jovem mimado aprende a complicada forma de arte marcial do “macaco bêbado” de seu tio.
Quando Toriyama parou de escrever o mangá de Dragon Ball Z, a
sequência de Dragon Ball muito mais bem-sucedida, em 1996, ele havia
escrito quase 9 mil páginas sobre as aventuras de Goku e seus amigos.
A saga original foi adaptada para uma bem sucedida série de televisão
de 156 episódios, que foi vista em todo o mundo graças à participação
do estúdio Toei Animation no projeto. O sucesso abriu as portas para o
plano muito mais ambicioso de adaptar Dragon Ball Z para a televisão: foram produzidos 291 episódios da sequência, que foram transmitidos em pelo menos 81 países.
Até agora, existem 24 filmes de Dragon Ball e quase 50 videogames baseados nos personagens que Toriyama criou.
Em 2001, ano em que Dragon Ball Z foi a série mais assistida
do canal americano de desenhos animados Cartoon Network, a palavra
“dragonball” foi topo da lista de termos mais pesquisados na internet,
superando até Britney Spears.
Dragon Ball também se tornou a “porta de entrada” para o mangá e o
anime para milhares de artistas, fãs e escritores ao redor do mundo.
Toriyama depois de Goku
Em 1996, depois de ter escrito milhares de páginas sobre as histórias
de Son Goku, Toriyama decidiu passar para outros projetos mais curtos.
Ele publicou uma série de mangás curtos que incluíam o Cowa! (1998), Kajika (1999), Sand Land (2000) e Neko Majin (2000), e redesenhou algumas das capas de Dragon Ball Z para seu relançamento em meados dos anos 2000.
Mas em 2012 ele retornou ao universo de Dragon Ball ao se envolver na criação do filme de animação Dragon Ball Z: Batalha dos Deuses (2013) e do filme Dragon Ball Super: Super Herói (2022).
Toriyama dizia que não entendia porque sua saga foi tão bem-sucedida.
“Realmente não faz sentido para mim”, disse ele à revista Shounen
Weekly em 2018. “Recentemente reli a série pela primeira vez em anos e
mesmo que a saga de Freeza (um poderoso inimigo de Goku em Dragon Ball
Z) tivesse suspense suficiente para atrair meu interesse, eu ainda me
pergunto por que a história ficou tão popular.”
Durante coletiva, Tarcísio enfatizou que as ações estão sendo
conduzidas pela polícia com inteligência e profissionalismo. E se
manifestou sobre as denúncias feitas por funcionários da Secretária de
Saúde de Santos sobre os corpos de mortos na Operação Verão na Baixada
Santista, que foram levados como vivos para hospitais para evitar
perícia.
“Sinceramente, nós temos muita tranquilidade com o que está sendo
feito. E aí o pessoal pode ir na ONU, pode ir na Liga da Justiça, no
raio que o parta, que eu não tô nem aí”, afirma o governador.
Tarcísio ainda negou que o governo recebeu denúncias de irregularidades e afirmou que vai ter apuração dos fatos.
“Tem uma questão de denúncia, vamos investigar. Agora, nós precisamos
de fato saber o que realmente aconteceu. Não há nenhum interesse da
nossa parte em confrontar ninguém. Nós tínhamos lá uma série de
barricadas, na baixada que foram removidas. Locais em que o poder
público não entrava. Hoje a gente retirou todas as barricadas. A gente
está restabelecendo a ordem. Não existe progresso sem ordem”, reitera o
governador.
Denúncias do MP-SP
O Ministério Público de São Paulo (MPSP), por meio do Grupo de
Atuação Especial de Segurança Pública e Controle Externo da Atividade
Policial (Gaesp), abriu uma notícia de fato, nesta quinta-feira (7),
para investigar a denúncia de que policiais militares teriam levado
suspeitos já mortos para hospitais de Santos como se eles ainda
estivessem vivos. A ação seria uma estratégia para evitar a realização
da perícia no local das mortes. As denúncias foram feitas por
funcionários da rede pública de saúde de Santos à TV Globo.
Segundo o MP-SP, as irregularidades teriam acontecido durante a
Operação Verão, que foi deflagrada no começo de fevereiro após a morte
do soldado da Rota Samuel Wesley Cosmo, também em Santos. A ação já
registra 39 suspeitos mortos.
Procurada pela CNN, a Secretaria de Saúde de Santos
afirmou não ter conhecimento de qualquer coação sofrida pelas equipes do
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
O SAMU, segundo informações da pasta, presta os primeiros
atendimentos no local do chamado e faz o transporte dos pacientes que
necessitam de atendimento nos hospitais. Se chegar ao local e o óbito
for constatado, o SAMU deve acionar o Instituto Médico Legal (IML), e
não faz o transporte de pacientes que foram a óbito no local.
“Nenhum funcionário do serviço relatou a referida denúncia por meio
dos canais de ouvidoria da pasta”, afirmou a porta-voz da secretaria ao
confirmar que vai abrir uma sindicância para apurar o caso.
Já a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que os casos de
mortes em decorrência de intervenção policial (MDIP) são investigados
com rigor pelas polícias Civil e Militar, além do acompanhamento do MP e
da Justiça de São Paulo.
“É importante reforçar que os casos de MDIP são consequência direta
da reação violenta de criminosos à ação da polícia no combate ao crime
organizado. A opção pelo confronto é do suspeito, colocando em risco a
vida do policial e da população”, diz a secretaria em nota.