domingo, 10 de março de 2024

LULA NAS SUAS DECLARAÇÕES MOSTRA DESINFORMAÇÃO E INCOMPREENSÃO DO MUNDO

 

Seus seguidores aplaudem, como aplaudiriam qualquer coisa. E o resto do País, inclusive o que votou nele em 2022, sem ser petista?

Por Eliane Cantanhêde – Jornal Estadão

O presidente Lula parece, ou finge não ver, mas as coisas estão desandando e as pesquisas apontam para desaprovação maior do que aprovação já nas próximas rodadas, com queda de popularidade nos diferentes segmentos. Fazer mea culpa não é e nunca foi seu forte, mas cadê o decantado faro político, a perspicácia e o carisma de Lula? Está sempre sério, mal-humorado, com declarações recheadas de erros, não só de comunicação, mas de informação e compreensão do mundo.

O que Lula e o Brasil ganham com sua teimosia em negar o óbvio, que Nicolás Maduro é ditador, a Venezuela está em frangalhos e os venezuelanos vivem no pior dos mundos? A líder oposicionista Maria Corina, impedida de disputar as eleições de julho por instituições viciadas, cobrou duramente a posição dele. Lula deu de ombros: “Eu não fiquei chorando quando não pude concorrer”. E, depois de relativizar o conceito de democracia, agora avaliza a lisura das eleições convocadas por Maduro, sem que se saiba com base em quê.

Lula está em seu terceiro mandato à frente da Presidência
Lula está em seu terceiro mandato à frente da Presidência Foto: Wilton Junior/Estadão

Estamos bem. Jair Bolsonaro, presidente golpista, reclamava de quem reagia à covid-19 “com mimimi” ou “como maricas”. E Lula, o presidente democrata, manda a perseguida pela ditadura parar de chorar e cala sobre Alexei Navalny, morto pelo autocrata russo Vladimir Putin, sob indignação e raiva de, literalmente, todo o mundo.

Também não se ouviu uma palavra de Lula sobre a dengue, por exemplo, nem que fosse para explicar que não há produção suficiente de vacinas e estimular medidas básicas de prevenção. Tudo ficou nas costas da ministra Nísia Trindade, mas epidemia não é problema exclusivo da Saúde, mas do País. O líder precisa mostrar presença.

Na economia, Lula também insiste em desdenhar do bom senso e da política econômica de Fernando Haddad, exercitando seu velho populismo e defendendo mais gastos, quando o principal problema é exatamente o equilíbrio fiscal. Haddad se esfalfa pela arrecadação, Lula só quer gastar. Sua base petista acha lindo, mas a realidade grita. Isso não vai melhorar sua popularidade.

As intervenções políticas e voluntariosas na Petrobras e na Vale custam caro e Lula tem de engolir que, no seu primeiro ano de governo, o lucro das duas principais empresas do País despencou em relação ao do último ano de Jair Bolsonaro. As ações seguiram o mesmo caminho. Além de péssima notícia para o Brasil, é um prato feito para a oposição.

Na sexta-feira, 8, as ações da Petrobras chegaram a cair 13% e a empresa perdeu R$ 55 bilhões em valor de mercado. O motivo imediato foi a decisão da cúpula petista da companhia sobre distribuição de dividendos, mas o que mais pesa é a intervenção política de Lula, na Petrobras e na Vale. Como o setor de energia, os investidores, o Brasil e o mundo veem isso?

A pauta econômica e ambiental do governo está parada, com o Congresso digladiando com o Executivo por emendas e com o Judiciário em temas de costume. É ano eleitoral e o tempo corre sem perspectiva de regulamentação da reforma tributária, sem nem sequer início da discussão sobre tributação da renda e sem avanço em questões essenciais para recepcionar a COP 28 em 2025. E a articulação política do governo?

Não adianta Lula reclamar de “má vontade” da mídia, porque quem derruba as manchetes que seriam positivas por negativas é ele próprio. Um exemplo é o massacre de palestinos, que só piora e cada vez dá mais razão à dura condenação que Lula faz a Israel. Até os EUA calibram sua posição: dá armas para Israel, mas começou a jogar comida de aviões para os famintos de Gaza. Lula poderia ganhar manchetes com suas duras cobranças, mas atraiu críticas mundo afora com a comparação, errada sob vários ângulos, da ação israelense com Hitler e nazismo, logo, com o Holocausto.

Em vez de “Lula condena massacre”, as manchetes foram, acertadamente, “Lula compara ação de Israel a Holocausto”. Em vez de “Lula lidera pressão por democracia na Venezuela”, “Lula relativiza democracia”, ou “Lula avaliza ditadura de Maduro”. Em vez de “Lucro e ações da Petrobras e da Vale disparam”, “Lucro da Petrobras cai 33% e valor da companhia cai R$ 55 bilhões num dia”. Em vez de “Lula cobra controle das contas públicas”, “Lula exige mais gastos, ignorando equilíbrio fiscal”.

Seus seguidores aplaudem, como aplaudiriam qualquer coisa. E o resto do País, inclusive o que votou nele em 2022, sem ser petista? A resposta pode estar nas pesquisas Quaest e Ipec. A popularidade dele caiu entre os que já eram contra, como os evangélicos, e entre os que eram a favor, como as mulheres. Logo, logo, as curvas acabam cruzando, com aprovação menor do que desaprovação. Lula vai finalmente compreender que as coisas estão desandando?

COMO NASCE UM PENDURICALHO DA JUSTIÇA NO BRASIL

 

Vantagens nascem em decisões e portarias e são compartilhadas por diferentes categorias; só no Judiciário e no Ministério Público benefícios custaram R$ 9,3 bilhões em 2023

Por Daniel Weterman – Jornal Estadão

BRASÍLIA – O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que representa os juízes do Brasil, aprovou em 2011 uma resolução dizendo que todos os magistrados, procuradores e promotores têm direito aos mesmos benefícios e vantagens no salário. O que era para ser uma norma de simetria e equilíbrio entre as categorias abriu caminho para a criação de “penduricalhos” no serviço público. Além disso, é exemplo de como nasce esse tipo de privilégio na elite do funcionalismo.

Estátua 'A Justiça', em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF)
Estátua ‘A Justiça’, em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) Foto: Marcello Casa Jr./Agência Brasil

Quatro anos depois da resolução, o Congresso aprovou uma lei criando um benefício específico para juízes federais que trabalham em mais de uma comarca ou acumulam muitos processos. O projeto foi sancionado pela então presidente Dilma Rousseff em 2015. Em 2020, o CNJ ampliou o pagamento para juízes estaduais. Até então, esse valor ficava dentro do teto constitucional, que determina que nenhum servidor público pode receber mais do que um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O que passa do teto é descontado.

Em 2022, foi a vez dos promotores e procuradores terem acesso ao benefício. O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) recomendou que os membros da categoria tivessem acesso à gratificação, mas sem vincular o recurso ao teto. Em janeiro do ano passado, o conselho regulamentou a gratificação, com uma adaptação: ela passou a ser paga para compensar dias de folga não tirados, se transformando em “licença compensatória”. O novo penduricalho foi aprovado em 1 minuto e 17 segundos, conforme mostrou o Estadão. Tudo ficou fora do teto, fazendo com que o benefício se transformasse em mais um “penduricalho” para aumentar os salários. Procurado pelo Estadão, o CNMP não respondeu o contato até a publicação desta reportagem.

Vendo a manobra dos promotores, o CNJ entendeu que os juízes ficaram em desvantagem. Afinal, tinham os salários descontados por causa do teto. O Conselho, então, aprovou outra resolução em outubro de 2023, ampliando o pagamento fora do teto para todos os juízes do País. Foi um efeito cascata no “penduricalho”, sacramentando a dobradinha entre Judiciário e Ministério Público, considerados hoje “elite” do funcionalismo público. O benefício varia conforme o acúmulo de processos e pode representar, em um único mês, R$ 40 mil a mais no salário de um magistrado. Fora a lei de 2015, tudo foi aprovado pelas próprias categorias, por meio de decisões internas, sem discussão no Congresso.

“Se não fosse com recursos públicos, seria uma brincadeira de criança”, afirma a diretora de programas da ONG Transparência Brasil, Marina Atoji, ao falar da ampliação do benefício. De acordo com ela, a gratificação é um exemplo de como um privilégio nasce no serviço público: começa de um jeito e é ampliado de outro até ser desvirtuado. “O que se tem agora é que existe uma elite do funcionalismo. É urgente fazer uma discussão sobre a legalidade e a constitucionalidade desses benefícios, especialmente os que são criados para um grupo por uma lei e depois e ampliados por meio de resoluções e respostas a consultas, à margem da legislação.”

Os benefícios pagos a juízes e promotores somaram R$ 9,3 bilhões em 2023, de acordo com levantamento da Transparência Brasil. A título de comparação, é mais do que o governo gasta o ano inteiro com meio ambiente. Não entram na conta apenas os penduricalhos, mas todas as vantagens, como auxílio-moradia, adicional de férias, licenças compensatórias e a gratificação por acúmulo de serviço. A criação de novos benefícios aumenta, ano a ano, os gastos com funcionários públicos e o salário médio das categorias.

Dentro do serviço público, o Judiciário é privilegiado. Um integrante do Judiciário recebia, em média, R$ 8,9 mil por mês em 1985, em valores atuais. Em 2021, o valor saltou para R$ 16 mil, mais que o dobro do que um funcionário do Legislativo (R$ 7,3 mil) ou do Executivo (R$ 4,5 mil), segundo dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Esse e outros privilégios surgiram como compensação às mudanças no auxílio-moradia, que ficou mais rígido. Em 2018, o pagamento começou a ser feito apenas para juízes que atuam fora da comarca de origem, que não tenham casa própria no novo local ou residência oficial à disposição. O CNJ defende a ampliação da gratificação, citando a equiparação entre juízes e integrantes do Ministério Público como cumprimento da Constituição e da resolução de 2011. “Do valor total destinado a recursos humanos que envolve pagamento de subsídios e remunerações de magistrados e servidores, apenas 8,2% são referentes ao pagamento de benefícios (ex.: auxílio-alimentação, auxílio-saúde)”, disse o conselho ao Estadão.

Como mostrado pelo Estadão, as categorias ainda pressionam por mais benefícios que turbinem os salários no fim do mês. Os “penduricalhos” que estão na fila para serem aprovados podem ampliar os gastos com esse tipo de pagamento e a desigualdade de remuneração entre os Poderes.

Em nota, a Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) afirmou que as resoluções do CNJ seguem o que está disposto na lei e que a remuneração dos juízes “é compatível com a relevância da função desempenhada e similar à de juízes de países que adotam um sistema de justiça semelhante ao nosso”. “Infelizmente, a correção do subsídio, que deveria ocorrer anualmente, conforme a Constituição, não tem conseguido sequer repor a inflação – o que resulta em um número cada vez maior de profissionais que deixam a carreira pública em busca de melhores oportunidades na iniciativa privada”, destacou a entidade.

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Passagem aérea e bônus de aposentadoria também viram privilégios

Os privilégios não ficam restritos ao Judiciário. O Congresso aprovou uma proposta que garante o pagamento de passagens aéreas para parlamentares e ministros do governo ao irem para Brasília e voltarem para casa, nos Estados. O gasto é bancado com dinheiro público. Os parlamentares, no entanto, não apresentaram nenhuma estimativa de impacto da medida, e não se sabe quanto as passagens vão custar no Orçamento.

O presidente Lula sancionou a medida. O pagamento de passagens aéreas foi aprovado enquanto Congresso e Executivo debatiam outras medidas incluídas no mesmo projeto de lei, como o calendário de pagamento das emendas parlamentares e o valor do fundo eleitoral. As passagens saíram ilesas da discussão, sem oposição. De última hora, o Congresso retirou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) do benefício, que haviam sido incluídos na versão inicial.

“Do ponto de vista fiscal, o penduricalho é quase irrelevante, mas levanta uma discussão sobre a qualidade do gasto, e serve para perceber como os governos começam a pagar mais salário com outro nome”, diz o economista Raul Velloso, especialistas em contas públicas. Ele observa que esses benefícios não se incorporam na aposentadoria, onde está o maior problema financeiro da União, dos Estados e dos municípios. “Por isso, é muito fácil defender os penduricalhos.”

Militares receberam privilégios e oficiais chegaram a receber R$ 1 milhão em um único mês

Em 2019, enquanto o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e o Congresso discutiam uma reforma da Previdência para reduzir os benefícios pagos para futuros aposentados e segurar o aumento dos gastos do governo, Executivo e Legislativo se juntaram para ampliar os privilégios de uma categoria específica de servidores públicos: os integrantes das Forças Armadas. Na reforma dos militares, feita por meio de um projeto de lei paralelo, a indenização paga quando eles são transferidos para a reserva subiu de quatro para oito vezes o valor do soldo. A medida fez com que oficiais recebessem até R$ 1 milhão em um único mês em plena pandemia de covid-19.

LULA DÁ PALPITE NAS ELEIÇÕES DA VENEZUELA

 

Ao comemorar data de eleição com candidato único, Brasil é submetido a mais uma humilhação na comunidade internacional

Por J.R. Guzzo – Jornal Estadão

presidente Lula, com os aplausos de si próprio, da primeira-dama e do maior cordão de bajuladores que já se formou na história da República, entrou em estado de coma moral. A coisa não é de agora – Lula, há muito tempo, vem sofrendo de falência geral dos órgãos que determinam a conduta das pessoas de bem. Mas esse processo se acelerou notavelmente depois que assumiu a presidência pela terceira vez. Não é que ele não seja capaz de entender a diferença entre o bem e o mal. Ele entende, sim – mas escolhe sempre ficar com o mal. Ficou de novo ao lançar sua última ideia como “líder mundial”, uma das piores que já teve em catorze meses de governo.

Lula exaltou marcação de eleições na Venezuela e não pareceu preocupado com o fato de a opositora de Maduro, seu aliado, ter sido impedida de disputar
Lula exaltou marcação de eleições na Venezuela e não pareceu preocupado com o fato de a opositora de Maduro, seu aliado, ter sido impedida de disputar Foto: Wilton Junior/Estadao

Foi um momento de superação. Lula conseguiu dizer que a maior vítima da ditadura da Venezuela no momento, a candidata de oposição que foi proibida pelo TSE local de disputar a próxima eleição com Nicolás Maduro, deveria parar de “ficar chorando”. É assim, exatamente, que funcionam hoje os circuitos mentais do presidente: a luta de Corina Machado em defesa da liberdade, da vontade popular e das regras mais elementares da democracia é uma “choradeira”. Corina se propõe a derrotar nas urnas um ditador que está lá há 11 anos, apenas isso; é vista em todo o mundo civilizado como uma combatente da democracia. Para o presidente do Brasil, porém, ela está sendo apenas uma mulher histérica. O herói, para ele, é o ditador.

Lula, nas suas miragens de “líder latino-americano”, tinha conseguido até agora um fracasso em estado puro: meteu-se pateticamente na última eleição da Argentina, e o seu candidato levou uma surra. Mete-se, no momento, no que a ditadura da Venezuela chama de “eleição” – uma fraude já contratada e especialmente grotesca, em que a mera marcação de uma data para as eleições é festejada por Lula como um triunfo da democracia. Já não havia candidata de oposição, declarada “inelegível” e ameaçada de prisão. Não havia nem a data para as pessoas votarem. Agora, a oposição continua proibida de concorrer, mas a data foi marcada. Tudo resolvido, para Lula. O ditador, a ditadura e o amor venceram – e quem acha isso errado está apenas “chorando”.

Ao contrário do que aconteceu na Argentina, Lula está garantido na Venezuela: o seu candidato é o único.

O Brasil, porém, é submetido por ele a mais uma humilhação na comunidade internacional. Deixamos de ser uma nação decente; a única certeza que a política externa brasileira oferece hoje ao mundo é que estará sempre, em qualquer circunstância, ao lado das ditaduras. Lula já foi capaz de ficar a favor dos carcereiros e contra os presos políticos que faziam greve de fome em Cuba. Hoje é capaz de tudo.

TOYOTA LUCRA FABRICANDO CARROS HÍBRIDOS

 

Maior montadora do mundo tem sido criticada por vender poucos veículos elétricos, mas sua decisão de focar em híbridos está rendendo financeiramento

Por Neal Boudette (The New York Times) – Jornal Estadão

Na indústria automobilística atual, de alta tecnologia e altas apostas, as fortunas podem mudar rapidamente, e não há melhor exemplo disso no momento do que a Toyota Motor.

Não faz muito tempo, parecia que a Toyota havia ficado perigosamente para trás em veículos elétricos. A Tesla, pioneira dos carros elétricos, cresceu rapidamente e se tornou a montadora mais valiosa do mundo. Vendo o sucesso da Tesla, outras empresas, como a General Motors e a Ford Motor, concluíram que um grande número de consumidores estava pronto para mudar para carros e caminhões movidos a bateria e começaram a investir dezenas de bilhões de dólares para alcançar isso.

A Toyota, no entanto, foi mais cautelosa — ou letárgica, diriam seus críticos. Ela introduziu apenas dois modelos totalmente elétricos nos Estados Unidos até agora, apostando que seus híbridos a gasolina-elétricos e veículos híbridos plug-in, pelos quais se tornou conhecida, permaneceriam populares e seriam suficientes para lidar com as mudanças climáticas, ao menos por enquanto.

Fábrica da Toyota, em Sorocaba, onde a empresa produz carros híbridos, que usam bateria, etanol e gasolina.
Fábrica da Toyota, em Sorocaba, onde a empresa produz carros híbridos, que usam bateria, etanol e gasolina.  Foto: WERTHER

Diante de todo o entusiasmo pelos veículos elétricos nos últimos anos, parecia que a Toyota simplesmente não tinha entendido o cenário.

“Fiquei chocado quando ouvi pela primeira vez a estratégia da Toyota, porque eu podia ver o que a Tesla estava fazendo”, disse Earl Stewart, um concessionário da Toyota em Lake Park, Flórida, que também gosta de dirigir seu Tesla Model S.

Mas, nos últimos seis meses, as vendas de veículos elétricos desaceleraram, e os compradores de carros americanos, que buscam cortar suas contas de combustível, têm migrado para os híbridos. Agora, as vendas da Toyota estão crescendo, e a empresa está reportando lucros enormes.

“Não é a primeira vez que a Toyota me prova que eu estava errado, e também não será a última”, disse Stewart.

A súbita força da Toyota serve como um lembrete de como a indústria automotiva está mudando profundamente. Tecnologias em desenvolvimento, como veículos elétricos, microchips avançados e software, estão transformando o que era um setor estável e de movimento lento em uma indústria dinâmica, na qual até mesmo fabricantes ágeis e bem gerenciados podem ser desviados de seu curso.

A Toyota, uma empresa japonesa, é a maior montadora do mundo: ela vendeu mais de 11 milhões de veículos em 2023, mais de seis vezes o número vendido pela Tesla. A companhia subiu os degraus da indústria lentamente, ao longo de meio século, primeiro exportando carros pequenos para os Estados Unidos, depois construindo fábricas pelo Sul e Meio-Oeste, adicionando uma marca de luxo e expandindo para os segmentos dominados pelos seus rivais baseados em Michigan, como as caminhonetes de tamanho grande.

Ao longo do caminho, a Toyota desafiou a sabedoria convencional da indústria em algumas ocasiões. A introdução de sua marca de luxo Lexus, em 1989, parecia uma aposta arriscada, até que ultrapassou a BMW e a Mercedes-Benz em vendas. Há 21, a Toyota lançou o Prius, um carro pequeno com um motor a gasolina compacto e um motor elétrico alimentado por uma bateria.

A combinação permite que o Prius percorra 80 km ou mais com um galão de gasolina (3,87 litros), e um modelo híbrido plug-in pode fazer viagens curtas sem usar gasolina alguma. Outros fabricantes de automóveis desprezaram o carro como uma curiosidade, mas o Prius foi um sucesso, e antes que se desse conta, a GM, a Ford e outras empresas desenvolveram seus próprios híbridos.

O diretor-executivo da Tesla, Elon Musk, despreza os híbridos, dizendo que não faz sentido ter dois sistemas de propulsão sob o capô. Os consumidores parecem não se importar. A Toyota oferece mais de duas dezenas de modelos híbridos ou híbridos plug-in, e eles representam quase 30% de suas vendas, muito mais do que na maioria das outras montadoras. No ano passado, no mercado dos EUA, a Toyota vendeu 2,2 milhões de veículos — mais do que qualquer outra montadora, exceto a GM.

Em vez de elétricos puros, Toyota decidiu focar nos híbridos.
Em vez de elétricos puros, Toyota decidiu focar nos híbridos.  Foto: WERTHER

Em janeiro e fevereiro, as vendas da Toyota nos EUA subiram 20%, impulsionadas por um aumento de 83% nas vendas de seus modelos híbridos e plug-in.

“Não estamos dizendo que os veículos elétricos não sejam uma boa solução para as emissões de carbono”, disse Jack Hollis, vice-presidente executivo da divisão norte-americana da Toyota. “Eles são. Apenas não são a única solução, e muitos de nossos clientes têm nos dito que querem escolha — híbridos, plug-ins e veículos elétricos.”

A estratégia está dando certo. No período de nove meses a partir de abril do ano passado, a Toyota lucrou US$ 27 bilhões, aproximadamente o dobro de seus ganhos do mesmo período do ano anterior. Em comparação, o lucro de US$ 15 bilhões da Tesla em 2023 foi cerca de 19% maior que o resultado de 2022.

Os investidores têm notado. O mercado de ações agora avalia a Tesla em menos da metade de seu pico de valor de mercado, de US$ 1,2 trilhão, em novembro de 2021 — em grande parte, porque suas vendas estão crescendo mais lentamente, e o lucro que ela obtém por carro tem caído. Durante o mesmo período, a avaliação da Toyota cresceu aproximadamente um terço, alcançando cerca de US$ 400 bilhões.

Mike Ramsey, analista na firma de pesquisa Gartner, disse que a estratégia híbrida da Toyota é forte e baseada em lógica de longo prazo, mas mudanças na tecnologia ou no mercado poderiam minar o desempenho futuro e a posição da companhia.

“A Toyota parece oscilar entre medíocre e gênio, dependendo do estado atual do pensamento sobre tecnologia”, disse ele. “Mas, independentemente de qualquer coisa, eles ainda parecem vender mais carros e caminhões do que qualquer outro.”

Um grande mercado onde a Toyota está enfrentando dificuldades é a China, o maior mercado automobilístico do mundo. Muitos compradores chineses estão optando por veículos elétricos, ajudando montadoras domésticas, como a BYD, a ganhar participação sobre Toyota, Volkswagen e outros fabricantes estrangeiros.

A Toyota tem outros problemas também. Sua subsidiária Daihatsu, que fabrica carros pequenos, interrompeu temporariamente toda a produção no Japão em dezembro, após revelar que havia trapaceado em testes de segurança.

Por enquanto, contudo, o ritmo deliberado da Toyota parece estar funcionando no geral, e vários outros grandes fabricantes de automóveis têm se movido em direção ao caminho da empresa.

A Mercedes-Benz, que esperava eliminar os modelos de combustão interna até 2030, disse no mês passado que adiou esse objetivo por pelo menos cinco anos. A Ford reduziu as metas de produção para veículos elétricos e está retardando a construção de fábricas que deveriam produzir baterias para veículos elétricos.

A GM, que havia parado de vender híbridos nos Estados Unidos para focar em veículos elétricos, adiou a introdução de alguns modelos movidos a bateria. Ela também está planejando reintroduzir modelos híbridos e híbridos plug-in, que os concessionários haviam pedido.

“Implantar tecnologia plug-in em segmentos estratégicos trará alguns dos benefícios ambientais dos veículos elétricos, enquanto a nação continua a construir sua infraestrutura de carregamento”, disse Mary T. Barra, diretora-executiva da GM, em fevereiro.

Até agora, os veículos elétricos falharam em conquistar muitos compradores de carros, porque são geralmente mais caros que os modelos de combustão ou híbridos, mesmo levando em conta incentivos governamentais. Os desafios do carregamento de veículos elétricos, preocupações com a autonomia e desempenho em clima frio também fizeram algumas pessoas hesitarem.

Híbridos não enfrentam muitos desses problemas. Alguns híbridos custam apenas algumas centenas de dólares a mais que carros a gasolina similares – um prêmio que os proprietários podem recuperar rapidamente em economia de combustível. Além disso, híbridos regulares nunca precisam ser plugados.

Modelos híbridos plug-in, alguns dos quais podem viajar apenas com eletricidade por mais de 64 quilômetros e têm um motor a gasolina para viagens mais longas, têm baterias muito menores que os veículos elétricos e podem ser recarregados relativamente rápido. Mas esses veículos, que compõem uma pequena parte do mercado, podem não ser tão vantajosos financeira ou ambientalmente quando dirigidos por longas distâncias somente com gasolina.

A Toyota tem planos de aumentar significativamente a produção e as vendas de híbridos. Uma versão híbrida de sua picape Tacoma está sendo lançada. Um sedã Camry redesenhado, previsto para esta primavera, estará disponível apenas como híbrido.

A empresa também oferecerá uma gama de veículos elétricos, disse o executivo da Toyota, Mr. Hollis. Cerca de 30 modelos chegarão até 2026, ano em que a Toyota espera que suas vendas de veículos elétricos nos EUA tenham aumentado para cerca de 1,5 milhão de unidades por ano. No ano passado, ela vendeu cerca de 15.000.

Na Flórida, os novos Toyotas que chegam na concessionária de Stewart mal tocam o pátio antes de serem vendidos. No início de março, ele tinha apenas cerca de 150 veículos no inventário, abaixo dos 500 que costumava ter antes da pandemia.

Isso não desanimou os clientes, que se acostumaram a esperar meses depois de encomendarem veículos. Em um determinado momento no ano passado, ele tinha 1.300 veículos encomendados, e clientes para todos eles.

“Vendo Toyotas desde 1975, e os negócios estão melhores do que nunca”, disse ele. “As pessoas estão fazendo fila para comprar de mim.”

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.

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O Marketplace Valeon do Vale do Aço é uma plataforma que nutre o espírito empreendedor. Além de fornecer informações e recursos valiosos, também oferece orientação e suporte para os empresários que desejam iniciar seus próprios negócios. Com seções dedicadas a tutoriais, estudos de caso inspiradores e conselhos de especialistas, o marketplace incentiva e capacita os empreendedores a alcançarem seus objetivos.

Geração de leads para os empresários:

Uma das maiores vantagens do Marketplace Valeon do Vale do Aço é a capacidade de gerar leads qualificados para os empresários. Com um público-alvo altamente segmentado, a plataforma oferece a oportunidade de se conectar diretamente com potenciais clientes interessados nos produtos e serviços oferecidos pelas empresas cadastradas. Isso significa que os empresários podem aumentar sua visibilidade, expandir sua base de clientes e impulsionar suas vendas de forma eficiente.

Conclusão:

O Vale do Aço é uma região cheia de oportunidades e empreendedorismo, e o Marketplace Valeon do Vale do Aço se torna um recurso indispensável para os empresários locais. Ao oferecer um ecossistema empresarial abrangente, notícias atualizadas, diversão, suporte ao empreendedorismo e a geração de leads qualificados, o Marketplace Valeon se destaca como uma ferramenta poderosa para impulsionar os negócios na região. Não perca a chance de fazer parte dessa comunidade dinâmica e descubra o poder do Marketplace Valeon do Vale do Aço para o seu sucesso empresarial.

A STARTUP VALEON OFERECE SEUS SERVIÇOS AOS EMPRESÁRIOS DO VALE DO AÇO

Moysés Peruhype Carlech

A Startup Valeon, um site marketplace de Ipatinga-MG, que faz divulgação de todas as empresas da região do Vale do Aço, chama a atenção para as seguintes questões:

• O comércio eletrônico vendeu mais de 260 bilhões em 2021 e superou pela primeira vez os shopping centers, que faturou mais de 175 bilhões.

• Estima-se que mais de 35 bilhões de vendas dos shoppings foram migradas

para o online, um sintoma da inadequação do canal ao crescimento digital.

• Ou seja, não existe mais a possibilidade de se trabalhar apenas no offline.

• É hora de migrar para o digital de maneira inteligente, estratégica e intensiva.

• Investir em sistemas inovadores permitirá que o seu negócio se expanda, seja através de mobilidade, geolocalização, comunicação, vendas, etc.

• Temas importantes para discussão dos Shoppings Centers e do Comércio em Geral:

a) Digitalização dos Lojistas;

b) Apoio aos lojistas;

c) Captura e gestão de dados;

d) Arquitetura de experiências;

e) Contribuição maior da área Mall e mídia;

f) Evolução do tenant mix;

g) Propósito, sustentabilidade, diversidade e inclusão;

h) O impacto do universo digital e das novas tecnologias no setor varejista;

i) Convergência do varejo físico e online;

j) Criação de ambientes flexíveis para atrair clientes mais jovens;

k) Aceleração de colaboração entre +varejistas e shoppings;

l) Incorporação da ideia de pontos de distribuição;

m) Surgimento de um cenário mais favorável ao investimento.

Vantagens competitivas da Startup Valeon:

• Toda Startup quando entra no mercado possui o sonho de se tornar rapidamente reconhecida e desenvolvida no seu ramo de atuação e a Startup Valeon não foge disso, fazem dois anos que estamos batalhando para conquistarmos esse mercado aqui do Vale do Aço.

• Essa ascensão fica mais fácil de ser alcançada quando podemos contar com apoio dos parceiros já consolidados no mercado e que estejam dispostos a investir na execução de nossas ideias e a escolha desses parceiros para nós está na preferência dos empresários aqui do Vale do Aço para os nossos serviços.

• Parcerias nesse sentido têm se tornado cada vez mais comuns, pois são capazes de proporcionar vantagens recíprocas aos envolvidos.

• A Startup Valeon é inovadora e focada em produzir soluções em tecnologia e estamos diariamente à procura do inédito.

• O Site desenvolvido pela Startup Valeon, focou nas necessidades do mercado e na falta de um Marketplace para resolver alguns problemas desse mercado e em especial viemos para ser mais um complemento na divulgação de suas Empresas e durante esses dois anos de nosso funcionamento procuramos preencher as lacunas do mercado com tecnologia, inovação com soluções tecnológicas que facilitam a rotina dessa grande empresa. Temos a missão de surpreender constantemente, antecipar tendências, inovar. Precisamos estar em constante evolução para nos manter alinhados com os desejos do consumidor. Por isso, pensamos em como fazer a diferença buscando estar sempre um passo à frente.

• Temos a plena certeza que estamos solucionando vários problemas de divulgação de suas empresas e bem como contribuindo com o seu faturamento através da nossa grande audiência e de muitos acessos ao site (https://valedoacoonline.com.br/) que completou ter mais de 100.000 acessos.

Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:

• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;

• Atraímos visualmente mais clientes;

• Somos mais dinâmicos;

• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;

• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;

• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.

• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as suas vendas.

Proposta:

Nós da Startup Valeon, oferecemos para continuar a divulgação de suas Empresas na nossa máquina de vendas, continuando as atividades de divulgação e propaganda com preços bem competitivos, bem menores do que os valores propostos pelos nossos concorrentes offlines.

Pretendemos ainda, fazer uma página no site da Valeon para cada empresa contendo: fotos, endereços, produtos, promoções, endereços, telefone, WhatsApp, etc.

O site da Valeon é uma HOMENAGEM AO VALE DO AÇO e esperamos que seja também uma SURPRESA para os lojistas dessa nossa região do Vale do Aço.

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua empresa seja oficializada.

A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as melhores marcas do varejo e um mix de opções.

O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.

Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é muito abaixo do valor praticado pelo mercado.

Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:

  • O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
  • A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a comunicação dos clientes com as lojas.
  • Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da compra.
  • No país, as lojas online, que também contam com lojas físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
  • O número de visitantes do Site da Valeon (https://valedoacoonline.com.br/)  tem crescido exponencialmente, até o momento, temos mais de 222.000 visitantes e o site (https://valeonnoticias.com.br/) também nosso tem mais de 5.800.000 de visitantes.
  • O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
  • A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como: empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.

                                                                                                                                                                   Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.

Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?

Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

sábado, 9 de março de 2024

PETROBRAS PERDE EM VALOR DE MERCADO R$ 55 BILHÕES NUM SÓ DIA

 

História de MARCELO AZEVEDO – Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – As ações da Petrobras registram queda de mais de 10% nesta sexta-feira (8), após a estatal ter divulgado queda no lucro de 2023 e decidido não pagar dividendos extraordinários, frustrando o mercado. Os papéis preferenciais (sem direito a voto) da Petrobras caíram 10,57%, enquanto os ordinários (com direito a voto) recuaram 10,46%.

Com isso, a petroleira amargou perda de R$ 55,7 bilhões no pregão desta sexta. No pior momento, as preferenciais recuaram 13,1%, e as ordinárias caíram 14%, representando uma perda de R$ 72,7 bilhões.

No exterior, os ADRs (recibos de ações brasileiras negociadas nos EUA) da Petrobras caíram 11,50%.

A companhia anunciou na noite de quinta-feira (7) que encerrou 2023 com lucro líquido de R$ 124,6 bilhões, numa queda de 33,8% em relação aos R$ 188,3 bilhões registrados em 2022. Apesar da diminuição, o número veio em linha com o esperado pelo mercado e seguiu o observado nos resultados de outras petroleiras globais.

O que pesou, no entanto, foi o anúncio de distribuição de dividendos. A estatal frustrou o mercado ao comunicar que o conselho de administração recomendou remuneração de R$ 14,2 bilhões aos acionistas, sem dividendos extraordinários.

Analistas do Itaú BBA destacam que investidores já esperavam maior cautela da companhia no pagamento de dividendos, mas a projeção era que a Petrobras pagasse cerca de R$ 22 bilhões em dividendos extraordinários.

“O consenso era que os dividendos extraordinários ficassem entre US$ 3 bilhões e US$ 5 bilhões (R$ 14,9 bilhões e R$ 24,9 bilhões), e a decepção do mercado deve aumentar preocupações entre investidores sobre o futuro da alocação de capital da empresa”, diz o BBA.

Após o anúncio da petroleira, o Bradesco BBI rebaixou sua recomendação sobre a Petrobras para “neutra”. Para o banco, o retorno de dividendos da Petrobras deixou de ser atrativo em relação aos seus pares globais e que o anúncio traz incertezas sobre a política de dividendos da companhia, que, na visão dos analistas, costumava ser bastante clara.

O Santander também rebaixou para “neutra” a recomendação para papéis da petroleira, afirmando que a companhia continua forte, mas que, sem dividendos extraordinários, não há catalisadores para uma possível alta dos papéis.

“Acreditamos que fundamentos sólidos prevalecerão novamente no futuro, especialmente se a Petrobras prosseguir uma estratégia de transição energética lenta. No entanto, mais clareza sobre a estratégia de curto prazo é necessária para uma visão mais otimista sobre a ação”, afirma o banco.

Na mesma linha, o Bank of America também cortou para “neutra” a recomendação para o papel, afirmando que a valorização das ações deve ser conduzida justamente pelos retorno de dinheiro aos acionistas. Com diminuição de dividendos e o aumento da percepção de risco da Petrobras, a recomendação de compra perdeu espaço.

Já analistas do BTG Pactual afirmam que a decisão do conselho de administração de reter uma parcela dos lucros da companhia não pagar dividendos extraordinários devem aumentar a percepção de risco sobre a Petrobras.

“A distribuição de dividendos extraordinários seria um excelente sinal, indicando não apenas que o crescimento da Petrobras em setores mais verdes poderia ser conduzido de acordo com o plano estratégico da empresa, mas também reforçando que seus interesses estão alinhados com os das minorias”, diz o BTG.

O banco mantém, no entanto, a recomendação de compra para as ações da companhia, citando seu potencial de geração de caixa e os preços do petróleo, que estão em alto patamar.

“Apesar de ainda acreditarmos que o pragmatismo pode prevalecer, nossa fé sem dúvida está abalada. As mensagens transmitidas pela equipe de gestão e pelo governo serão cruciais para garantir uma tese sólida de investimento.”

COM PETROBRAS EM FOCO, BOLSA CAI E DÓLAR SOBE

O tombo da Petrobras, que é uma das empresas de maior peso da Bolsa brasileira, arrastou o mercado local. O Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,98%, aos 127.070 pontos, e renovou sua mínima intradiária do ano.

As ações da petroleira registraram a maior queda do dia, mas recuos da Vale e do Banco do Brasil também pesaram.

No câmbio, o dólar avançou 0,98% e fechou cotado a R$ 4,98 . No exterior, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a outras moedas fortes, ficou praticamente estável.

AUMENTO DA CORRUPÇÃO NO BRASIL E NA AMÉRICA LATINA

História de The Economist – Jornal Estadão

Em 31 de janeiro, Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, suspendeu o pagamento de uma multa bilionária imposta à Novonor, uma empresa de construção mais conhecida pelo seu antigo nome, Odebrecht. No mês anterior, ele havia suspendido outra multa, aplicada à J&F, dona do maior frigorífico do mundo, a JBS. As empresas concordaram com as multas como parte de acordos de leniência nos quais seus executivos admitiram ter subornado autoridades brasileiras. Toffoli decidiu que havia dúvida razoável quanto à possibilidade de os acordos terem sido assinados voluntariamente e argumentou que o juiz que administrou as multas pode ter conspirado com os promotores.

Decisões do ministro Dias Toffoli, do STF, suspenderam multas aplicadas em acordos da Lava Jato Foto: Wilton Junior/Estadão

Decisões do ministro Dias Toffoli, do STF, suspenderam multas aplicadas em acordos da Lava Jato Foto: Wilton Junior/Estadão© Fornecido por Estadão

As multas ocorreram após uma série de investigações de corrupção no Brasil, das quais a mais famosa, conhecida como Operação Lava Jato, foi iniciada há dez anos neste mês. Fez parte de uma onda de atividades de combate à corrupção que varreu a América Latina na década de 2010. Mas as decisões de Toffoli correspondem a um novo agravamento da percepção da corrupção em toda a região. O Brasil caiu dez posições em um índice anual de corrupção percebida divulgado pela ONG Transparência Internacional em janeiro. O Peru caiu 20 posições, situando-se entre os países considerados os mais corruptos do mundo. A maioria dos países latino-americanos teve resultado inferior ao sugerido por seu nível de desenvolvimento.

Nem sempre se pode confiar nas percepções, mas há outras evidências de uma reação contra os esforços de combate à corrupção. Em novembro, os aliados do novo presidente de Honduras contornaram o Congresso para nomear um procurador-geral amigo do partido no poder. No momento do fechamento da reportagem, o congresso do Peru estava prestes a votar o possível afastamento de membros do órgão independente que seleciona procuradores e juízes, apesar de numerosos legisladores serem atualmente investigados por corrupção.

O presidente populista do México, Andrés Manuel López Obrador, busca desmantelar o órgão estatal que investiga desvios administrativos. Os políticos no poder na Guatemala lutaram arduamente para impedir que Bernardo Arévalo, um antigo ativista do combate à corrupção, tomasse posse como presidente em janeiro.

As raízes desta reação encontram-se no drama das investigações regionais de combate à corrupção. A polícia brasileira começou a investigar a Petrobras, a empresa estatal do petróleo, em março de 2014. Há anos ela distribuía contratos de construção a preços inflacionados. As empresas usaram o dinheiro extra para subornar executivos e funcionários do petróleo. A investigação foi desmembrada em uma dúzia de outras, com foco em construtoras. Entre 2001 e 2016, a Odebrecht pagou quase US$ 800 milhões em subornos em três continentes, obtendo mais de US$ 3 bilhões em lucros para si e seus comparsas. É o maior caso de corrupção estrangeira já processado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, cuja jurisdição foi envolvida porque alguns subornos foram canalizados por meio de contas bancárias nos EUA.

Crime e castigo

A investigação foi batizada de Lava Jato porque teve como ponto de partida a apuração de um lava-rápido que fazia lavagem de dinheiro. Tornou-se possivelmente a maior investigação de corrupção desde a operação Mani Pulite (“Mãos Limpas”) da Itália, na década de 1990, e revolucionou a política em toda a América Latina. Quase um terço dos senadores do Brasil e quase metade dos governadores do país foram envolvidos em algum ponto. A presidente de esquerda da época, Dilma Rousseff, sofreu impeachment em 2016. Seu mentor, Luiz Inácio Lula da Silva, que foi presidente entre 2003 e 2010, foi condenado à prisão duas vezes (ele foi libertado após 580 dias). Ambos os casos estavam ligados à Lava Jato ou sob impacto dela.

No Peru, cinco ex-presidentes foram investigados; um cometeu suicídio quando a polícia veio prendê-lo. Ex-presidentes também foram investigados em El Salvador, Panamá, México, Paraguai, Equador e Colômbia. A maioria afirma que as investigações são motivadas politicamente.

A extensa investigação da Lava Jato também abalou as economias latino-americanas. As receitas de várias construtoras implicadas despencaram como consequência dela. Algumas faliram. No Peru, onde contratos de construção no valor de US$ 17 bilhões foram investigados pela Lava Jato, milhares de trabalhadores perderam os seus empregos quando as obras públicas foram paralisadas. Por um tempo, parecia que ninguém conseguiria escapar dos tentáculos investigativos da Lava Jato.

Lula chegou a ficar preso por mais de 580 dias antes de ser reabilitado e ser eleito presidente da República no Brasil Foto: WILTON JUNIOR/ ESTADÃO

Lula chegou a ficar preso por mais de 580 dias antes de ser reabilitado e ser eleito presidente da República no Brasil Foto: WILTON JUNIOR/ ESTADÃO© Fornecido por Estadão

Então veio a derrocada. Erros e a arrogância de procuradores zelosos lançaram dúvidas quanto à imparcialidade da investigação. O mais proeminente juiz da Lava Jato, Sergio Moro, divulgou um acordo de confissão que implicou Lula uma semana antes das eleições de 2018. O candidato favorito de Lula perdeu para Jair Bolsonaro, um populista de extrema direita cuja campanha foi impulsionada pelo sentimento anti-establishment gerado pela Lava Jato.

Então, Moro deixou o Judiciário para se tornar ministro da Justiça de Bolsonaro. O principal promotor, Deltan Dallagnol, tornou-se deputado por um partido de direita. Em 2019, mensagens de texto vazadas publicadas pelo site investigativo The Intercept indicaram que Moro estava conspirando com Dallagnol nos casos. Ambos disseram à reportagem que não houve conluio e salientaram que a maioria das decisões judiciais sobre a Lava Jato foi inicialmente mantida diante de recurso. Dallagnol disse que a força-tarefa não reconheceu a autenticidade das mensagens vazadas, e Moro que elas “nunca foram examinadas em tribunal aberto”.

Os críticos também acusaram a força-tarefa da Lava Jato de usar táticas agressivas para atrair a atenção da mídia. Lula foi alvo em 2016 de uma condução coercitiva, geralmente usada quando um intimado se recusa a comparecer a uma audiência, algo que não havia ocorrido. No Peru e no Brasil, os promotores foram criticados pelo uso extensivo da prisão preventiva. Um investigador brasileiro proibiu o reitor de uma universidade de entrar no seu próprio campus e colocou-o brevemente em prisão domiciliar por suspeita de corrupção. O reitor suicidou-se logo depois. Ele era inocente.

Sérgio Moro deixou a magistratura para virar ministro da Justiça e hoje tem risco de cassação de seu mandato de senador Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

Sérgio Moro deixou a magistratura para virar ministro da Justiça e hoje tem risco de cassação de seu mandato de senador Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO© Fornecido por Estadão

Os políticos exploraram essas rachaduras. “A Lava Jato foi como o momento jacobino da Revolução Francesa”, diz Marco Bastos, da consultoria Southern Pulse. Os brasileiros ficaram boquiabertos diante de seus televisores enquanto um desfile de políticos era figurativamente guilhotinado. Então veio o contra-ataque da velha guarda.

Uma luz que se apaga

É possível que os legisladores tenham deposto Dilma Rousseff porque sentiram que ela estava fazendo muito pouco para protegê-los. O senador Romero Jucá foi flagrado por um grampo telefônico antes do impeachment dela dizendo a um aliado político: “Tem que resolver essa p… Tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria.”. Ele disse que suas palavras foram tiradas do contexto.

Em 2017, o sucessor de Dilma Rousseff, Michel Temer, que chegou a ser preso preventivamente por algumas horas por corrupção e repetidamente rejeitou as acusações como mentiras, perdoou infratores não violentos presos por corrupção que cumpriram um quinto da pena. Seu decreto afirmava que isso poderia conter o “crescimento exponencial da população carcerária”. Em 2019, o Supremo Tribunal reverteu uma decisão anterior e decidiu que os réus poderiam esgotar todas as instâncias de recurso antes de serem presos. Isso libertou Lula e protegeu muitos políticos da prisão. No mesmo ano, o Congresso aprovou uma lei que criminaliza “abusos” cometidos por procuradores e juízes, com uma definição ampla de abuso.

O sucessor de Temer, Bolsonaro, teve as suas próprias razões para romper com a Lava Jato, apesar de ter aproveitado a onda de sentimento que esta criou para chegar ao poder. Ele nomeou um procurador-geral que engavetou mais de 100 pedidos para investigá-lo. Em 2020, quando começaram a investigar um de seus filhos, que também é político, Bolsonaro foi rápido em declarar que “não há mais corrupção no governo” (o filho nega qualquer irregularidade e chama as investigações de “perseguição política”). Ele dissolveu a força-tarefa da Lava Jato em 2021. Os cruzados anticorrupção da América Central tiveram um destino semelhante. Os tribunais apoiados internacionalmente em Honduras e Guatemala foram ambos encerrados por políticos.

As recentes decisões de Toffoli mostram que a reação aos esforços de combate à corrupção continua Foto: Carlos Moura/SCO/STF

As recentes decisões de Toffoli mostram que a reação aos esforços de combate à corrupção continua Foto: Carlos Moura/SCO/STF© Fornecido por Estadão

As recentes decisões de Toffoli mostram que a reação aos esforços de combate à corrupção continua. O próprio juiz já foi ligado à Lava Jato. Em 2019, o veículo brasileiro investigativo Crusoé publicou um artigo a respeito de e-mails enviados pelo chefe da Odebrecht em 2007, que se referia a Toffoli, então procurador-geral, como “o amigo do amigo do meu pai”. A matéria alegava que “amigo do meu pai” era uma referência a Lula, que era presidente na época. Ele nomeou Toffoli para o Supremo Tribunal em 2009. Depois que a história foi publicada, o Supremo Tribunal considerou o artigo “fake news” e ordenou que fosse apagado da internet. Apenas o clamor público forçou a reversão da decisão. Além de suspender as multas a serem pagas pela Odebrecht e pela J&F, Toffoli também anulou todas as provas reunidas no acordo de leniência da Odebrecht. Ele se recusou a comentar o caso com a reportagem.

Poucos no Brasil ainda querem falar de corrupção, exceto para expressar seu desdém pela Lava Jato. Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal, considera-a produto da interferência estrangeira, da “propaganda” dos meios de comunicação e de “combatentes anticorrupção [que] gostam muito de dinheiro”.

De ambos os lados

A reação negativa à Lava Jato é bipartidária. Moro, agora senador, enfrenta dois julgamentos que podem impedi-lo de exercer o mandato. Um,relativo a supostas irregularidades no financiamento de campanha, foi apresentado pelo partido de Bolsonaro. O outro, que alega que Moro cometeu fraude como parte de um antigo acordo judicial, foi aberto por Toffoli. Dallagnol perdeu seu assento no Congresso após uma decisão de um tribunal eleitoral por causa de um detalhe técnico. Ele observa que o próprio juiz da decisão foi investigado pela Lava Jato e que os tribunais inferiores decidiram em seu favor. Moro diz que ambas as acusações contra ele são infundadas.

Em 26 de fevereiro, outro ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil autorizou empresas que assinaram acordos de leniência durante a Lava Jato a renegociar os termos. Eles tiveram 60 dias para fazê-lo, período durante o qual todas as multas relacionadas ao caso foram suspensas. As empresas alegaram que se sentiram coagidas a assinar os acordos, que “colocam em risco sua existência”.

A ruína da Lava Jato repercutiu em toda a América Latina. No Peru, ex-funcionários apontam para a anulação das provas da Odebrecht como parte dos seus esforços para que seus casos sejam arquivados.

O Antigo Regime tem reagido, e está vencendo. Mas é necessário cuidado. Em uma pesquisa nacional divulgada em 3 de março, uma pluralidade de brasileiros disse que a Lava Jato foi encerrada por causa de interesses políticos. Um total de 74% dos indagados acreditam que as recentes decisões do Supremo Tribunal “incentivam a corrupção”. / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

 

MORRE O CRIADOR DE DRAGON BALL

 

BBC News Brasil

Morre criador do Dragon Ball: como Akira Toriyama criou saga de anime mais reconhecida no ocidente

Morre criador do Dragon Ball: como Akira Toriyama criou saga de anime mais reconhecida no ocidente© Getty Images

O criador de Dragon Ball, um dos quadrinhos japoneses mais influentes e mais vendidos de todos os tempos, morreu aos 68 anos.

Akira Toriyama sofreu um hematoma subdural agudo, um tipo de sangramento próximo ao cérebro, informou seu estúdio nesta sexta-feira (8/3).

Toriyama tinha obras incompletas no momento da sua morte. Ele morreu em 1º de março e apenas sua família e poucos amigos compareceram ao seu funeral, de acordo com um comunicado do site Dragon Ball.

Dragon Ball, a história que muitos especialistas consideram responsável pela popularização do mangá (equivalente japonês aos quadrinhos) no ocidente, é extremamente popular em todo o mundo e a série de quadrinhos também gerou versões em desenhos animados e filmes.

série de quadrinhos Dragon Ball estreou em 1984. Ela segue um menino chamado Son Goku em sua busca para coletar bolas de dragão mágicas para defender a Terra contra humanoides alienígenas chamados Saiyans.

O mangá de Toriyama deu origem ao anime (série animada de televisão japonesa) de mesmo nome, que marcou especialmente a geração que cresceu nos anos 1990 e 2000 no Brasil e faz sucesso até hoje.

“Esperamos que o mundo único de criação de Akira Toriyama continue a ser amado por todos por muito tempo”, disse o estúdio.

A seguir, entenda as origens e inspirações de Akira Toriyama e Dragon Ball.

Akira Toriyama em uma foto tirada em 1984

Akira Toriyama em uma foto tirada em 1984© Getty Images

O começo

Akira Toiriyama nasceu em 1955, na pequena cidade de Kiyosu, na província de Aichi, no leste do Japão.

Como o próprio Toriyama explicou, desde a escola ele se interessava por mangás, e foi entre seus colegas de classe que ele teve seu primeiro público.

“Sempre gostei de desenhar”, disse ele ao site Stormpages há alguns anos. “Quando eu era pequeno, não tínhamos tantas formas de entretenimento como hoje, então todos nós desenhávamos. Na escola primária, todos desenhávamos mangás ou personagens animados e os mostrávamos uns aos outros.”

Foi nessa época que Toriyama também começou a expandir seu horizonte de influências.

O criador de Dragon Ball se declarou um grande fã de filmes de animação da Disney em sua infância (ele tinha uma fixação particular com 101 Dálmatas), filmes de velho-oeste (que na época de Toriyama estavam atingindo sua expressão máxima com Sergio Leone), ficção científica (Toriyama fez muitas referências a Star Wars em suas histórias) e ação (de Bruce Lee e Jackie Chan a Aliens, de James Cameron).

Sua primeira oportunidade de escrever um mangá profissionalmente viria em 1977, depois que um dos editores da Shueisha – a editora de mangá mais importante do Japão – viu seu trabalho durante um concurso anual da revista Monthly Shonen Jump para encontrar novos talentos.

Contratado pela editora, o jovem Akira teve histórias menores que passaram desapercebidas por alguns anos.

Dr. Slump e Dragon Ball

O primeiro grande sucesso veio Akira Toriyama no mundo do mangá veio em 1980 com Dr. Slump. O mangá contava a história de uma garota androide tão bem feita que todos achavam que ela era uma garota de verdade com superpoderes.

A história foi o laboratório perfeito para o jovem autor começar a explorar elementos que mais tarde seriam fundamentais para a criação do mundo de Dragon Ball. Em Dr. Slump apareceram os primeiros animais antropomórficos, androides e mundos futuristas que mais tarde dariam a Dragon Ball seu estilo único.

Para seu próximo projeto, Toriyama diz que contou com a ajuda de sua esposa, que tinha um grande conhecimento dos contos tradicionais chineses. Um em particular, O Rei Macaco, chamava sua atenção.

Dragon Ball apareceu pela primeira vez nas páginas da revista Shounen Weekly em 1985. Contava a história de Son Goku, um garotinho com um rabo de macaco que se junta a seus amigos em uma jornada para encontrar as ‘esferas do dragão’. Ele também adaptou os poderes do rei macaco ao seu personagem principal, incluindo a capacidade de “surfar” nas nuvens.

O mangá original se inspirou em muitas fontes, incluindo a comédia de Jackie Chan de 1978, O Grande Mestre dos Lutadores, na qual um jovem mimado aprende a complicada forma de arte marcial do “macaco bêbado” de seu tio.

O primeiro sucesso do autor foi a história Dr. Slump

O primeiro sucesso do autor foi a história Dr. Slump© Getty Images

O impacto de Dragon Ball

Quando Toriyama parou de escrever o mangá de Dragon Ball Z, a sequência de Dragon Ball muito mais bem-sucedida, em 1996, ele havia escrito quase 9 mil páginas sobre as aventuras de Goku e seus amigos.

A saga original foi adaptada para uma bem sucedida série de televisão de 156 episódios, que foi vista em todo o mundo graças à participação do estúdio Toei Animation no projeto. O sucesso abriu as portas para o plano muito mais ambicioso de adaptar Dragon Ball Z para a televisão: foram produzidos 291 episódios da sequência, que foram transmitidos em pelo menos 81 países.

Até agora, existem 24 filmes de Dragon Ball e quase 50 videogames baseados nos personagens que Toriyama criou.

Em 2001, ano em que Dragon Ball Z foi a série mais assistida do canal americano de desenhos animados Cartoon Network, a palavra “dragonball” foi topo da lista de termos mais pesquisados na internet, superando até Britney Spears.

Dragon Ball também se tornou a “porta de entrada” para o mangá e o anime para milhares de artistas, fãs e escritores ao redor do mundo.

Toriyama depois de Goku

Em 1996, depois de ter escrito milhares de páginas sobre as histórias de Son Goku, Toriyama decidiu passar para outros projetos mais curtos.

Ele publicou uma série de mangás curtos que incluíam o Cowa! (1998), Kajika (1999), Sand Land (2000) e Neko Majin (2000), e redesenhou algumas das capas de Dragon Ball Z para seu relançamento em meados dos anos 2000.

Mas em 2012 ele retornou ao universo de Dragon Ball ao se envolver na criação do filme de animação Dragon Ball Z: Batalha dos Deuses (2013) e do filme Dragon Ball Super: Super Herói (2022).

Toriyama dizia que não entendia porque sua saga foi tão bem-sucedida.

“Realmente não faz sentido para mim”, disse ele à revista Shounen Weekly em 2018. “Recentemente reli a série pela primeira vez em anos e mesmo que a saga de Freeza (um poderoso inimigo de Goku em Dragon Ball Z) tivesse suspense suficiente para atrair meu interesse, eu ainda me pergunto por que a história ficou tão popular.”

OPOSIÇÃO A TARCÍSIO GOVERNADOR DE S. PAULO FAZ DENÚNCIA NA ONU

Governador ainda enfatizou que as ações estão sendo conduzidas pela polícia com inteligência e profissionalismo

Governador de São Paulo, Tarcísio de FreitasGovernador de São Paulo, Tarcísio de FreitasMarcelo S. Camargo / Governo do Estado de SP

Bianca Camargo da CNN Brasil

São Paulo

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a falar sobre a Operação Verão, nesta sexta-feira (8), após entidades de direitos humanos denunciarem o governo do estado na Organização das Nações Unidas.

Durante coletiva, Tarcísio enfatizou que as ações estão sendo conduzidas pela polícia com inteligência e profissionalismo. E se manifestou sobre as denúncias feitas por funcionários da Secretária de Saúde de Santos sobre os corpos de mortos na Operação Verão na Baixada Santista, que foram levados como vivos para hospitais para evitar perícia.

“Sinceramente, nós temos muita tranquilidade com o que está sendo feito. E aí o pessoal pode ir na ONU, pode ir na Liga da Justiça, no raio que o parta, que eu não tô nem aí”, afirma o governador.

Tarcísio ainda negou que o governo recebeu denúncias de irregularidades e afirmou que vai ter apuração dos fatos.

“Tem uma questão de denúncia, vamos investigar. Agora, nós precisamos de fato saber o que realmente aconteceu. Não há nenhum interesse da nossa parte em confrontar ninguém. Nós tínhamos lá uma série de barricadas, na baixada que foram removidas. Locais em que o poder público não entrava. Hoje a gente retirou todas as barricadas. A gente está restabelecendo a ordem. Não existe progresso sem ordem”, reitera o governador.

Denúncias do MP-SP

O Ministério Público de São Paulo (MPSP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp), abriu uma notícia de fato, nesta quinta-feira (7), para investigar a denúncia de que policiais militares teriam levado suspeitos já mortos para hospitais de Santos como se eles ainda estivessem vivos. A ação seria uma estratégia para evitar a realização da perícia no local das mortes. As denúncias foram feitas por funcionários da rede pública de saúde de Santos à TV Globo.

Segundo o MP-SP, as irregularidades teriam acontecido durante a Operação Verão, que foi deflagrada no começo de fevereiro após a morte do soldado da Rota Samuel Wesley Cosmo, também em Santos. A ação já registra 39 suspeitos mortos.

Procurada pela CNN, a Secretaria de Saúde de Santos afirmou não ter conhecimento de qualquer coação sofrida pelas equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

O SAMU, segundo informações da pasta, presta os primeiros atendimentos no local do chamado e faz o transporte dos pacientes que necessitam de atendimento nos hospitais. Se chegar ao local e o óbito for constatado, o SAMU deve acionar o Instituto Médico Legal (IML), e não faz o transporte de pacientes que foram a óbito no local.

“Nenhum funcionário do serviço relatou a referida denúncia por meio dos canais de ouvidoria da pasta”, afirmou a porta-voz da secretaria ao confirmar que vai abrir uma sindicância para apurar o caso.

Já a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que os casos de mortes em decorrência de intervenção policial (MDIP) são investigados com rigor pelas polícias Civil e Militar, além do acompanhamento do MP e da Justiça de São Paulo.

“É importante reforçar que os casos de MDIP são consequência direta da reação violenta de criminosos à ação da polícia no combate ao crime organizado. A opção pelo confronto é do suspeito, colocando em risco a vida do policial e da população”, diz a secretaria em nota.

 

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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