terça-feira, 5 de março de 2024

FALTA MÃO DE OBRA QUALIFICADA PARA O MERCADO DE TECNOLOGIA

 

Sabemos que as profissões de tecnologia cresceram muito nos últimos anos e que algumas mudanças foram provocadas ou aceleradas pela pandemia. Mas, será que, passado esse boom, elas vão continuar sendo uma boa escolha

A resposta é sim. O nicho para profissionais de TI é amplo e não para de crescer. Não vão faltar oportunidades de (re)colocação e desenvolvimento profissional no setor por um bom tempo. Principalmente para quem investir em qualificação profissional e se mantiver atualizado com as novidades e transformações frequentes nesse mercado. 

Como está o mercado de tecnologia? 

O mercado de tecnologia segue aquecido. Só em 2022, o setor de TI cresceu 22,9% no Brasil comparado a 2021, que já vinha de um crescimento de 23% sobre 2020. Pesquisa trimestral feita pela Advance Consulting mostrou que o mercado de TI fechou o primeiro trimestre de 2023 com 20% de crescimento, bem acima das expectativas para o período. A previsão é fechar o ano com 23,8% de crescimento sobre 2022, puxado por fortes demandas de SMB, nuvem cibersegurança

O relatório pontua, ainda, que: 

  • a falta de mão de obra qualificada continua sendo um problema no setor, mas muitas empresas estão criando processos, automatizando-os e robotizando-os, e aplicando inteligência artificial para minimizar o impacto da falta de mão de obra;
  • começamos o ano com uma onda de demissões nas empresas de TI americanas e europeias, gerando pedido de cortes de headcount (pessoas) no Brasil, independentemente do resultado local. 

Mas esses profissionais não devem ter dificuldade para se recolocar no mercado de trabalho. A Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais) estima que teremos quase 800 mil vagas de trabalho no setor em todo o país até o ano de 2025. 

Ainda de acordo com a Brasscom, o déficit de profissionais de tecnologia no Brasil deve ultrapassar meio milhão de profissionais até 2025. Segundo relatório divulgado pelo órgão em dezembro de 2021, são apenas 53 mil formandos por ano em cursos de perfil tecnológico e uma demanda média anual de 159 mil profissionais de Tecnologia da Informação e Comunicação, deixando um déficit anual de 106 mil talentos.

Mais uma vez, quem se capacitar vai se destacar no mercado. Mas é importante ficar atento ao que está sendo procurado, uma vez que o leque de atuação é bastante amplo.

De acordo com levantamento feito pela empresa de recrutamento Robert Half, algumas das posições mais constantes nos processos seletivos de tecnologia se alternam entre:

  • desenvolvimento de softwares;
  • linguagens de programação em geral; 
  • segurança da informação (compliance, riscos, LGPD etc.);
  • área de dados (analista de dados, BI, engenheiro de dados e cientista de dados, entre outros).

Tendências e oportunidades

Em janeiro, o LinkedIn divulgou a lista “Empregos em alta em 2023” com os 25 cargos no Brasil que apresentaram maior crescimento na demanda nos últimos cinco anos e as tendências que definem o futuro do mercado de trabalho. 

Entre os dez primeiros cargos relacionados na lista “Empregos em alta em 2023”, seis são profissões de tecnologia:

  • Analista de privacidade
  • Especialista em cibersegurança
    1. Especialista em captação de vendas
    2. Líder de gerentes de produto
    3. Representante de desenvolvimento de negócios 
  • Engenheiro de cibersegurança
    1. Diretor de receita (CRO)
  • Engenheiro de dados
  • Analista de desenvolvimento de sistemas
  • Pesquisador de UX (experiência do usuário) 

Em seu relatório setorial, a Brasscom apostou nas seguintes tendências de crescimento para o mercado de tecnologia em 2023:

  • Nuvem vai continuar como elemento chave na infraestrutura de TI. Os investimentos com IaaS+PaaS devem atingir US$4,5 bi, o que representa um crescimento de 41%. SaaS crescerá 27,6%.
  • Software deve crescer 15,1%, puxado por soluções de segurança, gestão de dados, IA e CX (customer experience). Serviços de TI devem avançar 6,7%, puxados pela gestão de aplicações, consultoria e integração de sistemas.
  • Para Inteligência Artificial (IA) o gasto será superior a US$1bi, com um crescimento de 33%. Os gastos com soluções de automação inteligente devem superar US$214 mi, com um crescimento de 17%.
  • Os gastos com soluções de Segurança devem crescer 13%, atingindo US$1,3 bi. Haverá um aumento da participação de Segurança Cibernética nos orçamentos de tecnologia e de negócio.

Outra informação, desse mesmo relatório da Brasscom, que merece atenção para entender a tendência do mercado é que até 2026 serão investidos R$ 666,3 bi em tecnologias de transformação digital (19,2% ao ano), distribuídos entre as seguintes subáreas:

  • Nuvem: R$ 308 bi (28% ao ano)
  • Big data & analytics: R$ 81 bi (13% a.a.)
  • Inteligência artificial: R$ 69 bi (20% a.a.)
  • Segurança da informação: R$ 68 bi (11% a.a.)
  • Robótica: R$ 45,7 bi (-5% a.a.)
  • Redes sociais: R$ 38,7 bi (15% a.a.)
  • Internet das Coisas: R$ 37,5 bi (14% a.a.)
  • Outras tecnologias: R$ 9,5 vi (10% a.a.)

PITCH DA VALEON – RESUMO

Saudações da Valeon

Sou Moysés Peruhype Carlech CEO da Startup Valeon

Nossa Empresa: WML COMERCIAL DE INFORMÁTICA E ELETRÔNICOS LTDA.

A Startup Valeon é uma empresa desenvolvedora de soluções de Tecnologia da Informação com foco em divulgação empresarial e o nosso principal produto é a nossa Plataforma Comercial cujo site é um Marketplace.

Além do visual atrativo, bom Mídia Kit, participação do site em todas redes sociais, aplicativo Android “valeon” e métricas diárias e mensais, temos usado cada vez a tecnologia a nosso favor para nos aproximarmos das empresas, antecipar tendências e inovar sempre. Precisamos sempre estarmos em evolução para fazermos a diferença e estarmos sempre um passo à frente.

1 – IDEIA DO SITE

Iniciamos a nossa Startup Valeon durante um curso de Aceleração no SEBRAE- MG e a partir daí estamos trabalhando com uma ideia de projeto diferente, repetitivo e escalável e no início em condições extremas de incerteza.

O nosso produto que é uma Plataforma Comercial Marketplace site Valeon, foi pensada para atender os interesses dos clientes e para satisfazer uma necessidade específica deles para gerar negócios com as seguintes vantagens:

  • Gera maior visibilidade da sua marca;
  • É um investimento de baixo custo com alta capacidade de retorno;
  • Maior chance de conquistar novos clientes;
  • Aumenta a eficiência da sua equipe de marketing;
  • Serve como portfólio para todos os seus produtos e serviços;
  • Quando combinado com SEO atrai mais clientes;
  • É uma forma de seus clientes te encontrarem online.
  • Venda de produtos e serviços 24h por dia

2 – POTENCIAL INOVADOR

Temos um layout bonito, desenho Think moderno e um Product Fit bem aceito e adequado ao mercado consumidor, com objetivos claros e alinhados com uma carga de inovação e estratégias para conquistar o mercado.

Diferimos dos outros marketplaces pela inclusão de outros atrativos que não sejam só os produtos e promoções, utilizamos os seguintes artifícios para atrair os consumidores como: empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no shopping, ofertas de produtos de Lojas, Veículos e Supermercados, Notícias locais do Brasil e do Mundo, Rádios,  Músicas e Gossip.

3 – ESTÁGIOS DE VALIDAÇÃO DA IDEIA

A Startup Valeon já passou pelos três estágios a saber:

1º Estágio – A própria ideia do negócio

2º Estágio – Teste de Solução da proposta

3º Estágio – Teste do Produto que é o site da Valeon que passou por vários processos durante os quatro anos de sua existência, com muitos ajustes e modificações, reorganização interna por várias vezes do layout e esses momentos de dificuldades nos levou a fases de grande aprendizado e juntamos todos os ingredientes para nos levar para um futuro promissor.

4 – POTENCIAL DE MERCADO

Fizemos um estudo profundo do Mercado do Vale do Aço para melhor posicionar a nossa marca Valeon junto às empresas e consumidores.

Nossos concorrentes indiretos costumam ser sites da área, sites de diretório e sites de mídia social e o nosso concorrente maior ainda é a comunicação offline que é formada por meios de comunicação de massa como rádios, propagandas de TV, revistas, outdoors, panfletos e outras mídias impressas e estão no mercado há muito tempo, bem antes da nossa Startup Valeon.

Consultando o nosso Mídia Kit verificamos que a região do Vale do Aço possui 27 Municípios e os 4 Municípios mais importantes têm 806 km² e uma população de +500 mil habitantes. – (Figuras)

O Potencial do Mercado Consumidor do Vale do aço é estimado em R$ 13 Bilhões.

O Potencial de Mercado no seu eixo logístico é aproximadamente 50% do Potencial de Negócios do País (R$ 13,093 bilhões) – (Figuras).

5 – ESTÁGIO DE DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO

A Startup Valeon passou pelos estágios de desenvolvimento, introdução e se encontra no estágio de crescimento.

A mídia, as empresas e os consumidores já têm conhecimento da existência do site e o número de acessos tem aumentado consideravelmente e estamos chegando próximo de 235.000 visitantes.

Estratégias para o crescimento da nossa empresa:

  1. Investimento na satisfação do cliente. Fidelizar é mais barato do que atrair novos clientes.
  2. Equilíbrio financeiro e rentabilidade. Capital de giro, controle de fluxo de caixa e análises de rentabilidade são termos que devem fazer parte da rotina de uma empresa que tenha o objetivo de crescer.
  3. Desenvolvimento de um planejamento estratégico. Planejar-se estrategicamente é como definir com antecedência um roteiro de viagem ao destino final.
  4. Investimento em marketing. Sem marketing, nem gigantes como a Coca-Cola sobreviveriam em um mercado feroz e competitivo ao extremo.
  5. Recrutamento e gestão de pessoas. Pessoas são sempre o maior patrimônio de uma empresa.

6 – KNOW-HOW DOS EMPREENDEDORES

Temos a plena consciência que o nosso Know-How está relacionado com inovação, habilidade e eficiência na execução de modificações e atualizações do site e no atendimento aos clientes.

Somos muito Profissionais, temos Experiência para resolver as necessidades dos nossos clientes, temos Gestão Estratégica, temos o conhecimento e soluções estratégicas para as constantes mudanças do mercado e aproveitamento de Oportunidades do Mercado para o lançamento da Plataforma Comercial Valeon.

7 – EQUIPE DE TRABALHO

Moysés Peruhype Carlech – Engº. Mecânico e Professor

André Henrique Freitas Andrade – Programador e Web Designe

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

segunda-feira, 4 de março de 2024

PACHECO E BASE DE LULA IMPEDEM O PROJETO DE ANISTIA PEDIDO POR BOLSONARO

 

História de THAÍSA OLIVEIRA – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Apesar do apelo de bolsonaristas por anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, aliados do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmam que a chance de a pauta avançar é nula, e até mesmo a oposição pondera que o tema depende de apoio popular.

Senadores da base de Lula (PT) se colocam de forma taxativa contra o projeto de lei pró-anistia apresentado pelo senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e afirmam que é preciso responsabilizar as pessoas que agiram contra a democracia.

Parte do grupo também aponta que o perdão seria encarado como um sinal de reprovação do Congresso ao STF (Supremo Tribunal Federal) –especialmente ao relator dos casos, ministro Alexandre de Moraes– e defende a continuidade das investigações.

“Nós somos o Supremo do Supremo? Não faz sentido. É a Justiça que deve entrar nesses detalhes [de quem fez o quê]”, afirma o senador Marcelo Castro (MDB-PI).

“Atentou contra a democracia tem que ir para os rigores da lei. Tem que pagar. Perdão por quê? E se esses caras tivessem implantado uma ditadura? O que eles têm direito? Contraditório, ampla direita, juiz justo.”

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), diferencia a situação dos golpistas da de militares que foram perdoados após a ditadura militar e diz que não havia uma situação excepcional no Brasil em 2023.

“Você tinha um regime de exceção [durante a ditadura], então cabe uma anistia para ‘repacificar’. A nação está pacificada. Teve uma eleição, o presidente tomou posse. Alguém que não gostou da situação, eu não vejo por que anistiar. Se a pena está forte ou fraca, não é comigo, eu não sou do Judiciário.”

Outro argumento no entorno do governo é com a imagem que o Brasil passaria aos demais países com o perdão a pessoas que invadiram a sede de seus Poderes. Alguns lembram que até mesmo presentes protocolares foram destruídos.

Bolsonaristas batem na tecla de que nem todas as pessoas presas em Brasília participaram da invasão e da destruição do Palácio do Planalto, do Supremo e do Congresso Nacional.

Na justificativa do projeto de lei, Mourão afirma ainda que os presos estão sendo julgados na última instância do Judiciário, o STF, e que a corte tem sido incapaz de individualizar a conduta de cada um deles.

Líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN) afirma que o processo de anistia “faz parte da tradição do Brasil”, mas avalia que a pauta precisa de mobilização popular para avançar no Congresso.

“Um tema como esse depende muito da forma como a população reage. Depende do humor das ruas, da pressão da sociedade, da conexão que os parlamentares têm com seus eleitores. É um processo natural.”

O pedido de anistia foi vocalizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na manifestação do dia 25 de fevereiro convocada por ele na avenida Paulista. O ex-mandatário falou em conciliação e disse que “há pobres coitados” presos em Brasília, além de “órfãos de pais vivos”.

“Nós já anistiamos no passado quem fez barbaridades no Brasil. Agora nós pedimos a todos 513 deputados, 81 senadores, um projeto de anistia para que seja feita justiça em nosso Brasil”, afirmou Bolsonaro aos apoiadores no dia.

Em entrevista ao programa “É Notícia”, da RedeTV!, Lula criticou o pedido feito por Bolsonaro: “Quando o cidadão lá pede anistia, ele está dizendo: ‘Não, perdoe os golpistas’. Está confessando o crime”.

Líder do PSD no Senado, Otto Alencar (BA) diz concordar com a avaliação do presidente Lula e declara ser “totalmente contrário” à anistia das pessoas que participaram da intentona golpista.

“Aquele que agiu contra a democracia, com violência, depredação do patrimônio público, deve responder como qualquer cidadão comum. Não posso anistiar quem atuou daquela forma, quem quis fazer um ato cênico para que o golpe militar pudesse acontecer pelas Forças Armadas.”

O projeto apresentado por Mourão diz que a lei não alcançaria acusações e condenações “por dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa, porventura ocorridas em razão das manifestações” de 8 de janeiro.

“Essas pessoas estão sendo julgadas na última instância, não foi obedecido o princípio do juiz natural, as condutas não são individualizadas”, disse Mourão em entrevista à Folha em novembro do ano passado.

Outras propostas com o mesmo objetivo tramitam na Câmara. Eles foram anexados a um projeto de 2022 que pede anistia às pessoas que bloquearam rodovias, acamparam em frente aos quartéis ou participaram de qualquer manifestação após a vitória de Lula.

O texto, no entanto, diz que a medida valeria do dia 30 de outubro de 2022 até a entrada em vigor da lei –o que contemplaria os envolvidos no ataque de 8 de janeiro.

A relatora na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), já rechaçou as propostas. “No Estado democrático de Direito não há lugar para a edição de leis que contrariem o interesse da coletividade”, escreveu.

MÍSSIL TAURUS É UMA DAS ARMAS MAIS MODERNAS DA ALEMANHA

 

História de Redação – IstoÉ Dinheiro

Míssil de cruzeiro Taurus KEPD-350 voa a mais de 1.000 km/h a uma altura de apenas 35 metros. É uma das armas mais modernas da Bundeswehr, e chanceler federal alemão reluta em repassá-lo à Ucrânia.O Taurus KEPD-350 é um míssil de cruzeiro lançado do ar, de origem teuto-sueca, fabricado pela empresa Taurus Systems e utilizado pelas Forças Armadas da Alemanha, da Espanha e da Coreia do Sul. A Taurus Systems é uma parceria entre a empresa alemã MBDA Deutschland (antiga LFK) e a sueca Saab Bofors Dynamics.

O Taurus KEPD-350 é um dos sistemas armamentícios mais modernos da Bundeswehr. O míssil guiado de 5 metros de comprimento e 1.360 kg é lançado por aviões de caça e, em seguida, acionado por um motor a jato, encontra ele mesmo seu alvo predeterminado no solo.

Com uma velocidade de até 1.170 km/h (ou seja, um pouco abaixo da velocidade do som), o Taurus voa a uma altitude de apenas cerca de 35 metros, o que o torna quase impossível de ser detectado pelo radar inimigo. Seu alcance é de até 500 quilômetros. Isso permite que os pilotos atinjam alvos a uma grande distância. Eles não precisam necessariamente entrar em espaço aéreo inimigo para lançar o Taurus.

O Taurus é usado contra qual tipo de alvo?

A Força Aérea Alemã fala em “alvos de alto valor” (high value target, na terminologia militar), como bunkers ou postos de comando a partir dos quais as tropas inimigas realizam operações. O Taurus é capaz de superar paredes grossas consecutivas de concreto reforçado. Para isso, o míssil sobe abruptamente pouco antes do alvo e o ataca de cima, num mergulho vertical com alta energia cinética.

Antes que a ogiva propriamente dita exploda, uma carga moldada explode e faz um buraco na parede do bunker. Por esse buraco penetra o chamado penetrador de metal, que pesa 400 quilos, e que usa sensores para medir a resistência que precisa superar. Isso permite ao Taurus penetrar em vários andares de um bunker antes que a ogiva exploda.

Como o Taurus chega ao seu alvo?

O Taurus usa quatro sistemas de navegação separados para manter o curso. O sistema GPS, baseado em satélite, é protegido contra tentativas de interferência. No que é conhecido como navegação de referência de terreno, o Taurus examina o solo e o compara com dados armazenados anteriormente.

Usando sensores de imagem, o Taurus também pode usar pontes, rios ou cruzamentos de estradas para se orientar. Além disso, o Taurus pode determinar a própria posição ao medir constantemente seu próprio avanço.

Como a Ucrânia usaria o Taurus?

Os mísseis Taurus dariam à Ucrânia a possibilidade de atacar também posições russas muito atrás da linha de frente. Isso permitiria à Ucrânia destruir rotas de suprimentos e centros de comando dos invasores russos. Em especial, a Ucrânia poderia atingir alvos na Crimeia, o que seria crucial para recuperar seu território.

A Ucrânia já dispõe do Storm Shadow, do Reino Unido, e dos mísseis de cruzeiro Scalp, da França. Ambos são sistemas semelhantes ao Taurus, mas de menor alcance.

Por que o governo alemão reluta?

Com o Taurus, a Ucrânia poderia atacar alvos em território russo. O governo alemão quer evitar isso por temer uma nova escalada na guerra. Por isso sobretudo o chanceler federal Olaf Scholz tem freado o envio de mísseis Taurus

A Rússia repetidamente alertou contra o fornecimento de sistemas de armas como o Taurus ou o ATACMS, dos EUA, para a Ucrânia, apesar de estar, ela mesma, usando mísseis de longo alcance para atacar cidades ucranianas.

Entretanto, dentro dos partidos da coalizão de governo na Alemanha e também entre partes da oposição, há repetidos pedidos para que os mísseis de cruzeiro Taurus sejam enviados à Ucrânia em breve. O argumento é que somente com eles a Ucrânia teria uma chance de se defender dos russos. No entanto, especialistas concordam que esse sistema de armas não causaria uma reviravolta real no andamento da guerra.

Quanto tempo a Alemanha precisa para fornecer o Tautus?

Dos cerca de 600 Taurus no arsenal da Bundeswehr, entre 150 e 300 devem estar operacionais. Os demais teriam que primeiramente serem preparados. O preço unitário é de cerca de 1 milhão de euros.

No entanto, o Taurus teria primeiramente que ser adaptado aos caças da Força Aérea da Ucrânia. Os mísseis Taurus da Bundeswehr foram projetados para uso com os jatos Tornado e Eurofighter.

O post O que é o míssil Taurus, desejado pela Ucrânia apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

ATRITOS ENTRE OS MINISTÉRIOS DA FAZENDA E PLANEJAMENTO POR PRESSÃO FISCAL

 

História de ADRIANA FERNANDES E IDIANA TOMAZELLI – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A pressão sobre a equipe econômica para obter resultados positivos e evitar um bloqueio significativo de recursos no Orçamento de 2024 potencializou atritos e críticas trocadas nos bastidores entre os ministérios da Fazenda e do Planejamento.

Segundo relatos colhidos pela reportagem, a pasta comandada por Simone Tebet entrou na mira de outros membros do governo diante da visão de que a agenda de avaliação e revisão de gastos, principal bandeira da ministra, ainda não decolou.

Por outro lado, a atuação independente da equipe de Haddad em questões que envolvem o Orçamento, sob gestão direta de Tebet, também gera críticas e reclamações.

Procurado, o ministério da Fazenda não respondeu. O Planejamento não quis comentar.

A revogação da MP (medida provisória) da reoneração da folha de pagamento das empresas foi o foco mais recente de desencontros.

A Fazenda estava sob pressão da cúpula do Congresso Nacional para reverter a medida o quanto antes, mas o Planejamento tinha a visão de que não poderia haver vácuo na estratégia de flexibilização, sob pena de ampliar o risco de contingenciamento de recursos —medida indesejada pela ala política do governo.

Sem o trecho da MP, o Executivo teria de incorporar uma perda bilionária na arrecadação. Por isso, a equipe de Tebet defendia a revogação só depois do relatório de reavaliação de receitas e despesas que será divulgado em 22 de março, mas acabou ficando escanteada nas discussões. A nova MP foi publicada na última quarta-feira (28).

O episódio é o mais recente de uma lista de atritos que, no dia a dia, ficam encobertos sob o verniz dos afagos públicos entre Haddad e Tebet.

Potenciais presidenciáveis em 2026, ambos buscam demonstrar alinhamento. Em julho do ano passado, por exemplo, o ministro da Fazenda disse que cabia fazer um “elogio sincero” a Tebet pela sua abertura e disposição nas discussões.

A ministra do Planejamento, por sua vez, já declarou que não se importa em ser a “segunda voz” da dupla econômica e costuma demonstrar apoio às medidas prioritárias da Fazenda.

Interlocutores de Haddad, porém, reconhecem em algumas falas do ministro uma cobrança sutil por maior tração na agenda de avaliação e revisão de gastos, tocada pelo Planejamento.

No começo da gestão, foi o titular da Fazenda quem, em entrevista à Folha, puxou o debate da revisão de despesas obrigatórias, incluindo os percentuais mínimos de aplicação de recursos em saúde e educação. Aos poucos, ele adotou o discurso de que essa é uma agenda capitaneada pelo time de Tebet.

A cobrança vista como sutil na Fazenda, porém, incomodou o Planejamento, que a interpretou como uma tentativa de simplesmente passar o bastão num debate que, na visão de auxiliares de Tebet, só avançará com o engajamento de Haddad. A pauta é politicamente sensível e deve enfrentar resistências inclusive do PT.

A revisão de gastos é vista por técnicos como ponto central para garantir a sustentabilidade do arcabouço fiscal no médio prazo, uma vez que o crescimento das despesas obrigatórias tende a achatar investimentos, considerados prioritários pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Também se trata de uma cobrança do mercado após a Fazenda concentrar o ajuste fiscal na elevação de receitas.

Se na Fazenda a crítica é que a área orçamentária do Planejamento já poderia estar entregando mais na melhoria da gestão das despesas após um ano de governo, na equipe de Tebet o incômodo é crescente com a postura de Haddad e seus auxiliares de, quando confrontados, transferir a responsabilidade de falar sobre assuntos espinhosos para a pasta comandada pela ministra.

Além da mudança nos pisos, o time da Fazenda também repassou a bola quando o tema era a criação de um limite à dedução de despesas médicas do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física). Por esses episódios, o Ministério do Planejamento ganhou o apelido irônico de central de atendimento.

Os ruídos entre as duas pastas vêm numa crescente desde o início do governo Lula. Já no começo, a equipe de Tebet ficou alijada das discussões sobre o novo arcabouço fiscal —há relatos de que o primeiro compartilhamento de informações da Fazenda envolveu apenas uma apresentação, semelhante à que foi feita à imprensa no fim de março de 2023.

Depois, o Planejamento divergiu de iniciativas da Fazenda para pagar parte das sentenças judiciais como despesa financeira (pedido feito ao Supremo Tribunal Federal) e limitar o tamanho máximo do contingenciamento no Orçamento de 2024 (emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias aprovada pelo Legislativo).

No caso dos precatórios, Tebet se reuniu com o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, sem a presença de Haddad, para propor a alternativa que acabou prevalecendo no julgamento —a de quitar o passivo fora das regras fiscais e manter parte do fluxo até 2026 fora do limite de despesas do novo arcabouço.

A ministra também defendeu, ainda no ano passado, a flexibilização da meta fiscal para um déficit de 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto), o que incomodou Haddad, principal fiador da meta zero para este ano.

Abaixo dos ministros, as cobranças e os atritos adquirem maior intensidade.

Técnicos da Fazenda manifestam de forma mais aberta a frustração com a baixa tração e demora na implementação da agenda de avaliação e revisão. Na visão deles, a pauta já deveria ter ganhado maior escala, sobretudo diante da existência de um conjunto de estudos e diagnósticos realizados em governos anteriores.

Aliados de Tebet reconhecem o ritmo aquém do desejado e veem o Planejamento com uma atuação excessivamente operacional. Por outro lado, representantes da pasta dizem muitas vezes precisar entrar em campo para “corrigir rota” após alguma medida da Fazenda repercutir mal, como no caso dos precatórios.

Há ainda relatos de disputas veladas entre técnicos de ambos os ministérios, inclusive para ditar o protagonismo de um ou outro nas entrevistas conjuntas.

Conflitos internos também existem nas duas pastas, diante do desconforto com a centralização de decisões em alguns poucos atores e divergências na condução de determinados temas.

O risco de desmobilização também foi um fator que pesou no caso do Planejamento. Após a indicação de Flávio Dino a uma vaga no STF, a notícia de que Tebet era cotada para sucedê-lo no Ministério da Justiça teve um efeito desmotivador na equipe, segundo relatos reservados.

A ministra continuou no cargo e agora busca dar novo impulso à agenda. A pasta quer emplacar, na LDO de 2025, uma lista de políticas que serão alvo de revisão no próximo ano, numa tentativa de dar força institucional à ferramenta.

Para isso, espera ter também o apoio dos demais membros da Junta de Execução Orçamentária —além de Haddad e Tebet, compõem o colegiado os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Esther Dweck (Gestão).

Sem esse respaldo, aliados da ministra consideram que será ainda mais difícil colocar o assunto na ordem do dia de um governo que em sua visão, apesar de todas as cobranças, não tem a revisão de gastos em seu DNA.

PETROBRAS RETARDA PAGAMENTO DE LICENÇAS AMBIENTAIS

História de VINICIUS SASSINE – Folha de S. Paulo

MANAUS, AM (FOLHAPRESS) – A Petrobras retarda o pagamento de compensações ambientais –previstas em lei, em razão das atividades de exploração de petróleo com grande impacto– no valor de R$ 980 milhões. O dinheiro deveria estar em uso por unidades de conservação em diversas regiões do Brasil.

A Folha obteve a relação de todas as compensações que a estatal tem a obrigação de fazer, com o detalhamento de quais projetos estão pendentes de execução.

Os dados foram fornecidos pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), via Lei de Acesso à Informação. O órgão federal é o responsável pela gestão das unidades de conservação.

Ao todo, 45 empreendimentos da Petrobras estão com as compensações ambientais pendentes, segundo as tabelas fornecidas pelo órgão federal.

À reportagem, a estatal diz que cumpre a legislação e suas obrigações. “A verificação da conformidade legal de seus empreendimentos é sistematicamente monitorada pelos órgãos reguladores”, afirma, em nota.

O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que é o órgão licenciador, define datas para o início das compensações e, sem o pagamento, os valores passam a ser atualizados monetariamente, o que caracteriza pendência no cumprimento da obrigação, aponta o ICMBio.

Não há um prazo fixo para o pagamento, mas orientação para que a obrigação seja quitada “com a maior brevidade possível”, segundo o Ibama. “Quanto a maior a demora em se realizar o pagamento, maior o valor a ser pago”, explica o órgão, em nota.

Na lista fornecida, há os nomes das unidades de conservação definidas para o recebimento de valores, as ações que devem ser feitas –como a própria implementação da unidade, regularização fundiária ou plano de manejo– e os valores a serem repassados, conforme definido pelo Comitê de Compensação Ambiental Federal, integrado por Ibama, ICMBio e Ministério do Meio Ambiente.

Os termos de compromisso referentes a compensações que somam R$ 980 milhões nem chegaram a ser assinados. Houve casos, inclusive, de recusas da Petrobras em assinar termos, conforme a resposta do ICMBio por meio da Lei de Acesso.

“Nos empreendimentos relacionados à Petrobras, as situações identificadas de recusa da celebração do TCCA [termo de compromisso de compensação ambiental] pelo empreendedor ocorridas no curso dos processos foram tempestivamente notificadas ao Ibama para adoção das providências legais cabíveis”, disse o ICMBio.

A Petrobras não se recusou formalmente a pagar compensações ambientais, mas apresentou recursos administrativos e jurídicos contra os índices de correção monetária adotados ao longo do tempo, diz o Ibama. Houve pedidos de revisão de procedimentos.

A empresa, por sua vez, afirma que assina os termos de compromisso assim que os documentos são disponibilizados e que não vê pendências. “Desde 2019, já foram assinados termos de compromisso cujos valores superam R$ 500 milhões.”

Os dados fornecidos pelo ICMBio mostram que, além dos R$ 980 milhões pendentes, há R$ 1,1 bilhão em compensações da Petrobras com termos de compromisso assinados. Já foram depositados R$ 726,4 milhões.

Ainda segundo a tabela fornecida pelo órgão, um processo sem a celebração do termo de compromisso tem o ano de 2004 como o marco para a obrigação –há 20 anos, portanto. Outros têm datas de 2006, 2007 e dos anos seguintes. Os mais recentes são de 2022.

Com base nos dados fornecidos, a reportagem identificou que uma fatia expressiva das compensações devidas –R$ 259 milhões, ou 26% do total– estaria destinada a unidades de conservação na amazônia.

A empresa foi notificada em 2022 sobre a existência de 47 processos de compensação ainda em aberto, segundo o Ibama.

Os questionamentos da estatal diziam respeito a juros durante o uso da taxa Selic na correção monetária, o que foi “pacificado” com a definição do IPCA-E, conforme o órgão. Essa alteração ocorreu em junho de 2023 e foi comunicada ao ICMBio em agosto.

“Desde então, a Petrobras vem cumprindo com as compensações sem maiores questionamentos”, disse o órgão ambiental. “A ausência de respostas a ofícios [sobre tratativas para assinatura de termos de compromisso], ou respostas evasivas, é considerada como postergação intencional, atraso ou recusa, e nesses casos podem ser invocados recursos administrativos contra o empreendedor.”

Entre as medidas que podem ser adotadas estão negativa de novos licenciamentos, suspensão de licenças vigentes e multas por descumprimento de condicionantes, apontou o Ibama.

A legislação prevê que, em casos de empreendimentos com significativo impacto ambiental, deve haver apoio à implantação e manutenção de unidades de conservação, dentro dos processos de licenciamento. A previsão desses aportes costuma ser uma das condições para a emissão das licenças.

Em duas tentativas da Petrobras de explorar petróleo na bacia Foz do Amazonas, na costa amazônica, ficou definida a necessidade de compensação ambiental. A região é vista como estratégica pelo governo Lula (PT), que quer a exploração ainda em 2024 no chamado bloco 59, a uma distância da costa de 160 km a 179 km, na direção de Oiapoque (AP).

O primeiro projeto foi abandonado de vez em 2016, em razão de um acidente durante atividade de perfuração do bloco FZA-4, bem próximo do bloco 59. Para o FZA-4, o Ibama definiu compensação de R$ 140 mil, cujo pagamento foi protelado por mais de nove anos.

O dinheiro deveria ser destinado ao Parque Nacional Cabo Orange, área de conservação de mangues e campos inundáveis na região de Oiapoque. A Petrobras agiu por seis vezes para protelar o pagamento, previsto agora para abril –o valor foi atualizado para R$ 282 mil.

Já o projeto atual de exploração de petróleo na bacia Foz do Amazonas tem grau de impacto ambiental com escala máxima, conforme definição do Ibama. Esse grau impacta no cálculo da compensação, definida inicialmente em R$ 4,3 milhões.

Na lista de empreendimentos com compensações pendentes, está a perfuração da bacia de Campos, referente ao período de 2000 a 2008 e de 2014 a 2021. Segundo a Petrobras, essa bacia responde por 30% da produção nacional de petróleo e gás.

O empreendimento lidera em valores de compensações pendentes: R$ 151,2 milhões. Conforme as informações do ICMBio, as obrigações foram definidas em 2015, com destinações de recursos previstas para a Floresta Nacional de Ipanema (SP), a reserva Nascentes Geraizeiras (MG) e duas reservas extrativistas (resex) –Arapixi e Ituxi– no Amazonas.

O dinheiro deveria consolidar a implementação de uma unidade e a regularização fundiária das demais. Os biomas preservados, nesses casos, são mata atlântica, cerrado e amazônia, respectivamente.

O processo com data mais antiga de definição da compensação diz respeito ao escoamento de óleo do campo de Marlim, da bacia de Campos. As compensações somam R$ 8,3 milhões e se destinam aos Parques Nacionais Lençóis Maranhenses (MA), Serra da Bocaina (entre RJ e SP) e Serra dos Órgãos (RJ).

O Cabo Orange, no Amapá, é citado em três propostas de compensação ainda pendentes, no valor total de R$ 6,9 milhões. A destinação ao parque referente à tentativa de perfuração de poço na bacia Foz do Amazonas, no valor de R$ 282 mil, já aparece na tabela dos projetos com termos de compromisso assinados.

 

GOVERNO FEDERAL FARÁ VACINAÇÃO NAS ESCOLAS

 

História de LEONARDO VIECELI – Folha de S. Paulo

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou neste sábado (2) que escolas do país vão receber uma ação de vacinação contra diferentes doenças. A medida do governo federal está prevista para a segunda quinzena deste mês de março, conforme a ministra.

“Estamos organizando uma ação pelo programa Saúde nas Escolas, que é uma ação conjunta do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação”, disse.

“É um programa muito apoiado, de grande apreço, pelo nosso presidente Lula. A vacinação vai ocorrer, prevista para a segunda quinzena de março. É de todas as vacinas”, completou.

O anúncio ocorreu em uma entrevista a jornalistas em Serra (a 30 km de Vitória), o município mais populoso do Espírito Santo.

A cidade recebeu a iniciativa batizada como “Dia D de mobilização contra a dengue”. A agenda deste sábado buscou reforçar ações de prevenção e eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti.

“As escolas também estão com várias ações para dengue. A comunidade escolar está unida, [com] materiais para professores, no caso específico de dengue. Mas a ação de vacinação [nas escolas] será para todas as vacinas”, declarou Nísia.

No mesmo evento, a ministra defendeu uma união de esforços para combater a dengue no Brasil. Questionada se haveria planos de ampliar o público-alvo da vacinação contra essa doença, Nísia argumentou que a quantidade de imunizantes ainda é reduzida.

“Recebemos uma oferta pequena, compramos todo o estoque possível do laboratório produtor e estamos em um trabalho para que laboratórios brasileiros, sob a liderança da Fundação Oswaldo Cruz, possam produzir a vacina no Brasil. Mas isso não é uma solução imediata”, afirmou a ministra, que participou do evento em Serra ao lado do governador capixaba, Renato Casagrande (PSB).

O Brasil registra, até este sábado, 1.038.475 casos prováveis de dengue e 258 mortes confirmadas pela doença em 2024, segundo o Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde. Outras 651 mortes são investigadas.

Com taxa de incidência de 511 casos por 100 mil habitantes, a situação do país já é considerada epidêmica, conforme critérios da OMS (Organização Mundial da Saúde) -acima de 300 casos a cada 100 mil habitantes.

Colaborou Luana Lisboa

A DENGUE PROLIFERA MAIS NAS POPULAÇÕES DAS PERIFERIAS

História de Redação – IstoÉ Dinheiro

“O meu homem-aranha está amuado, tristinho. É tão estranho”. A auxiliar de serviços gerais Juliana Pereira, de 28 anos de idade, está acostumada com o pequeno Vitor, de 3 anos de idade, pulando de um canto para o outro, tal como um super-herói. Ligeiro na bicicleta, correndo atrás de bola e sem parar pela casa. Mas o menino passou a semana com febre alta e dor, sem sair do colo da mãe. Tudo por causa da dengue. 

Eles moram em uma casa na Cidade Estrutural, região administrativa periférica do Distrito Federal, “cercada de mato, lixo, água parada e falta de estrutura”, como diz a mãe que também teve a doença em fevereiro. “Estou sem ir para o trabalho porque preciso cuidar deles”, diz Juliana. O outro morador da casa, Jeferson Muniz, de 25 anos de idade, irmão de Juliana, também não podia ir trabalhar havia 5 dias por causa dos sintomas da doença.

O médico infectologista José Davi Urbaez diz que as condições sociais são causas do avanço da dengue. “É claríssimo que, no caso da dengue e, habitualmente, todas as doenças infecciosas, são grandes marcadores dessa vulnerabilidade porque ela é construída”, avalia. As populações com menos condições de saneamento básico, de moradia digna, de emprego, de educação e de acesso à saúde, segundo o médico, estão mais vulneráveis à disseminação das doenças como a dengue. 

Jeferson, o tio do pequeno Vitor, reclamou de, além das dores no corpo, de falta de ar e muito enjoo. Ele trabalha em um lava jato o dia inteiro e chegou a tentar trabalhar doente, mas não aguentou o ritmo. Cercado por profissionais de saúde pública e deitado em uma maca, em um dos atendimentos que recebeu, melhorou depois de ser medicado e receber hidratação venosa com soro. 

Durante a semana, a família foi junta em uma tenda de atendimento instalada pelo governo do Distrito Federal junto à Unidade Básica de Saúde da região, para reforçar o atendimento diante da crise sanitária na capital do País, que tem o maior número de mortes causadas pela doença.  Na UBS, já foram confirmados 2.391 casos da doença até sexta-feira (1º). Inclusive, os dez postos com mais notificações da doença eram todos nas áreas mais vulneráveis, que contabilizavam 27.264 casos. 

Capital em surto

Segundo as informações do Ministério da Saúde, até o sábado (2 de março), eram 77 óbitos confirmados no DF, o equivalente a 29,8% da quantidade de mortos no país, do total de 258, por causa da dengue até o momento. Havia outras 60 ocorrências em investigação.  

Ao todo, o DF somava mais de 102.757 diagnósticos da doença, o que representava quase 10% dos casos de todo o Brasil, que superou a marca de mais de um milhão de notificações durante a semana. Os postos de atendimento nas periferias lideram as notificações da doença.

“O que mais me apavorou foi a possibilidade da dengue ficar mais grave. A gente é pobre e tem muito medo”, diz Juliana, que tem medo de todos adoecerem ao mesmo tempo. Ela viu os vizinhos ficarem mal nas últimas semanas. 

O médico infectologista Hemerson Luz explica que pode acontecer de pessoas que tiveram dengue uma vez apresentarem um quadro mais grave numa segunda ocasião. “Por uma reação do sistema imunológico, pode ocorrer uma resposta inflamatória pior. O termo dengue hemorrágica não é utilizado mais”. 

O médico entende que as condições sociais urbanas podem influenciar a disseminação da doença. “Sabemos que hoje realmente a dengue é uma doença que pode ser prevenida com medidas para combater o mosquito e também com a vacina que está chegando”, explica.

Responsabilidade

O especialista salienta que qualquer objeto abandonado que acumule água pode acabar sendo um criadouro do mosquito. “Lembrando que os ovos do Aedes aegypti podem ficar até 1 ano em um terreno seco, esperando cair água e acumular. Todo o combate se baseia em eliminar esses criadores, como objetos jogados, caixas d’água sem tampa, aquele vaso que tem um pratinho com água embaixo”, alerta. Hemerson Luz diz que todos esses cuidados são necessários com responsabilidade dos órgãos públicos e dos cidadãos.

A recomendação do especialista é que as pessoas devem buscar apoio de saúde a partir de sintomas como o quadro clássico que inclui dor de cabeça, febre alta, cansaço, dor atrás dos olhos. Há possibilidade de aparecimento de manchas vermelhas na pele. O médico pede especial atenção para a existência de dor abdominal, vômitos e queda da pressão. 

Inclusive, foi por causa de dores abdominais que a cuidadora de idosos Joseana Rosa, de 49 anos de idade, teve que pensar em cuidar de si mesma. Ela foi também ao atendimento na Cidade Estrutural e relatou aos médicos que não dormia havia 2 dias e sentia dores pelo corpo, que teve dificuldades de explicar. “Tive muita febre e enjoo. Essa doença, para mim, foi pior do que a covid (que ela foi diagnosticada em 2022)”, comparou a paciente. Joseana também pensou em ir trabalhar e encarar uma viagem de ônibus de quase 50 minutos até o trabalho. Ela desistiu depois de dar o primeiro passo em direção à porta.

Angústia

A cerca de 20 km da Estrutural, uma família estava desesperada na Unidade de Pronto Atendimento da Ceilândia, a maior região administrativa do Distrito Federal. A fisioterapeuta Amanda Oliveira, de 33 anos de idade, estava agoniada com a situação da mãe Maria Luzemar, de 57 anos de idade, internada na sala vermelha para receber suporte intensivo de oxigênio e monitoramento dos sinais vitais.

“Minha mãe começou com muita febre e piorou pela madrugada. Ela teve sangue ao evacuar e estava delirando. Ela pediu que a gente ajudasse urgentemente”. Há uma semana, a mãe deixou de ir trabalhar como vendedora de churrasquinho no bairro em que mora. “Ela não aguentava mais”, disse Amanda. 

Na porta da UPA, familiares de pacientes ficam à espera da possibilidade de receber notícias e a possibilidade de fazer visitas.

Encostado à UPA, o Hospital de Campanha da Aeronáutica, com a atuação de militares de outras regiões do país, inclui médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e de laboratório, com atividades 24 horas por dia. A aposentada Francisca Miranda, de 65 anos de idade, estava acompanhada da filha Taynah, de 28 anos de idade, porque mal conseguia se movimentar. Elas moram em Ceilândia, região em que as unidades de saúde pública são as que têm mais notificações, 25.250 até sexta-feira, representando um a cada quatro casos de dengue no Distrito Federal. 

Crianças e idosos

Segundo o infectologista Hemerson Luz, qualquer pessoa pode ter a doença agravada. “Mas pode ser pior em crianças muito pequenas, ou mesmo em pessoas idosas, grávidas, pessoas que têm comorbidades. E um grande foco hoje da atenção é justamente crianças e adolescentes por onde estão começando os programas de vacinação”, explica. 

Para combater a dengue, o médico Hemerson Luz defende que o sistema público de saúde pode contar com o uso de tecnologias para apontar qual rua ou bairro há mais casos. “O mosquito tem uma autonomia de voo muito pequena, cerca de 200 metros apenas. O uso de drones para procurar esses locais que podem estar acumulando lixo, pode ser usado pelo poder público para fazer essa busca. Esse é um dever de todos”.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, cidade que já passou por epidemias recentes da doença, como nos anos de 2002, 2008 e 2012, um polo de atendimento de dengue funciona na Policlínica Hélio Pellegrino, na Praça da Bandeira, na zona norte da cidade. Lá também chegam diferentes casos. A preocupação com as crianças faz parte da rotina do lugar. 

A cabeleireira Jaqueline Souza, por exemplo, levou o filho Gabriel, de 6 anos de idade, depois que o garoto apresentou febre alta. “Ele começou a ficar caidinho. Aí logo vieram as dores. Ele se queixou bastante das dores nas costas, no olho e nas pernas também. Depois, as pintinhas”, detalhou. Quando avaliou que o menino estava um pouco melhor, levou para a escola. Mas ainda era cedo para voltar à rotina. Ela buscou o garoto na escola porque voltaram os sintomas. 

No mesmo dia, no atendimento na policlínica, o autônomo Nelson Amado revela que teve sintomas por uma semana. “Uma dor muito forte no corpo e estava com febre. Eu não consegui mais ficar no trabalho e fui para casa”, disse. Depois do exame, verificou-se que havia infecção e passou a ficar mais preocupado com hidratação. “É o segundo dia que eu volto aqui na Policlínica”.

Paciente recebe atendimento médico para dengue na Policlínica Hélio Pellegrino. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Mudanças climáticas

O avanço da doença nas grandes cidades é motivo de alerta para o médico Carlos Starling, vice-presidente da Sociedade Mineira de Infectologia. “O que chama a atenção é que o número de casos aumentou muito nos últimos dias, não só de dengue, mas também de covid. Então nós estamos, no momento, convivendo com duas epidemias ao mesmo tempo”, disse.

Para o especialista, ainda será necessário que o trabalho de prevenção seja mais efetivo. Para ele, o número de casos deve seguir aumentando até final de abril, quando a temperatura deve começar a cair. “Com isso, a população de mosquito também diminui e, consequentemente, a transmissão da doença também. O período sazonal da dengue tradicionalmente vai até abril”, explica. Entretanto, o especialista alerta para o fato que as mudanças climáticas podem alterar essa lógica. 

O aumento da temperatura altera o regime de chuvas, e isso poderia fazer, em tese, que esse período se estenda até junho, que tradicionalmente o número de casos cai de forma drástica. “O que deve modificar muito esse perfil epidemiológico é a maior disponibilidade de vacinas nos próximos anos. Mas para esse ano, as vacinas ainda não vão ter o impacto que nós gostaríamos que tivesse”. 

* Colaborou Rafael Cardoso, do Rio de Janeiro

 

EPIDEMIA DE DENGUE PODE AFETAR A ECONOMIA NACIONAL EM R$ 12 BILHÕES

História de brunopavan – IstoÉ Dinheiro

O Brasil vive uma epidemia de casos de dengue, com mais de 1 milhão de casos confirmados em 2024. O número de casos mais que triplicou em comparação com 2023. 

Além de ser um problema de saúde pública, a doença também pode afetar a economia do país em 2024. Estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) aponta que o aumento dos casos de dengue pode impactar em até R$ 12 bilhões a economia nacional. 

Um dos principais dados é de que seis a cada dez infectados são trabalhadores. 

De acordo com o estudo, o Brasil enfrenta o risco de uma queda de até R$ 7 bilhões em seu Produto Interno Bruto (PIB) devido à redução da produtividade causada pelos efeitos dessas doenças. Além disso, os custos relacionados ao tratamento podem atingir a marca de R$ 5,2 bilhões. Esse impacto econômico tem o potencial de resultar na perda de mais de 129 mil postos de trabalho, comprometendo a geração de cerca de R$ 2,1 bilhões em massa salarial. 

Segundo João Gabriel Pio, economista-chefe da FIEMG, os gastos com tratamento seriam suficientes para subsidiar o programa Bolsa Família para mais de 716 mil famílias. “Os custos com a saúde não são o único obstáculo”, explica Pio. Segundo ele, “o absenteísmo, decorrente do afastamento do trabalho, acarreta prejuízos significativos para a atividade econômica”.

Juliana Gagliardi, que integra o time de economistas da federação, diz que “é urgente a necessidade de políticas públicas eficazes no combate às arboviroses, não apenas para proteger as pessoas, mas também para reduzir os impactos econômicos atrelados a essas doenças”.

O post Estudo mostra o quanto a dengue pode custar para o PIB de 2024 apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

 

85% DAS EMPRESAS INVESTEM EM TRANSFORMAÇÃO DIGITAL, SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO E OS SEUS RISCOS

 

Escola Superior de Redes

Pensar no sucesso de um negócio nos dias de hoje está diretamente atrelado ao desempenho digital dessa organização. Somente no Brasil, em 2020, de acordo com o Índice de Transformação Digital da Dell Technologies 2020 (DT Index 2020), mais de 85% das empresas decidiram investir em alguma iniciativa relacionada à transformação digital. Nesse contexto, vários termos ganharam espaço no dia a dia das corporações, de forma exponencial, como é o caso da segurança da informação e os seus riscos. 

Para entender melhor sobre esse assunto, você irá encontrar no conteúdo abaixo:

  • Noções gerais sobre segurança da informação ou cibersegurança
  • Princípios básicos da segurança da informação 
  • Riscos relacionados a segurança da informação para empresas 
  • Como garantir segurança da informação para o seu negócio, 

Para além do contexto histórico dos últimos tempos e da pandemia que forçou uma aceleração da vida em nuvem, sabe-se que o empenho institucional para um bom posicionamento virtual, que priorizasse a relação com cliente, a usabilidade e, principalmente, a segurança dos seus interlocutores (empresa e usuário), já era uma tendência no meio corporativo.

Inclusive, diversas iniciativas têm, há algum tempo, estudado esse novo universo, a fim de criar alternativas que proporcionem uma vida em rede mais estável, equilibrada e segura. É o caso da Identidade Digital Descentralizada, tema de um dos últimos Webinars produzidos pela Escola Superior de Redes.

De forma paralela, o Direito enquanto resultado das relações sociais e de suas constantes evoluções, além de também exercer papel ordenador da mesma (FIGUEIREDO, 2016), buscou se adaptar às novas demandas do mundo globalizado, por meio de ordenamentos jurídicos.

Por exemplo, no Brasil, a legislação que trata sobre a vida humana em rede, ou seja, a do usuário – pessoa física ou jurídica -, é bem recente e ainda pouco explorada. A Lei Geral de Proteção de Dados, LGPD (Lei n. 13.709, de 14 de agosto de 2018), foi aprovada em 2018 e entraria em vigor a partir de 14 de agosto de 2020. Entretanto, houve pedido de adiamento da vigência da lei para maio de 2021 e o tortuoso período de vacatio legis permaneceu até a previsão de vigor dos dispositivos para agosto de 2021. 

Portanto, de forma natural ou forçada por contextos variados, a preocupação com a implementação sólida de uma empresa no mundo digital, além da avaliação criteriosa sobre os processos de TI das instituições, são os assuntos do momento no segmento da tecnologia. 

É essencial, dessa maneira, estar atualizado sobre o tema cibersegurança, além de entender como aplicá-lo corretamente ao seu negócio. 

Acompanhe abaixo o guia sobre Segurança da Informação, proposto por quem entende do assunto há quase duas décadas.

O que é segurança da informação para que serve?

Para falar dos riscos da segurança da informação ou da segurança cibernética, é preciso compreender o seu conceito.

De maneira geral, a segurança da informação é o conjunto de ferramentas e estratégias digitais que garantem a segurança dos dados de uma empresa no mundo virtual. 

Portanto, são as maneiras ou ferramentas encontradas para minimizar os riscos de ameaças digitais, além de garantir a plena vida dos dados de uma organização sem que estes sofram influências externas, como vírus, invasões e outras diferentes formas de ataques de cibercriminosos

Para isso, ou seja, para uma boa segurança da informação e um resguardo de dados eficiente, tais articulações se valem de alguns pilares essenciais que você confere logo abaixo. 

Quais são os pilares da segurança da informação?

  • Confidencialidade: 

Quando se fala em segurança da informação e como evitar os riscos de desestabilização da cibersegurança, é preciso pensar que ela está associada à confidencialidade como pilar desenvolvedor. De forma prática, é a garantia de que agentes sem autorização não terão acesso aos dados institucionais.

  • Disponibilidade: 

Significa dizer que os dados devem estar disponíveis de acordo com a necessidade. Sempre que ela existir, deve ser possível acessá-los.

  • Integridade: 

Funciona como um tipo certificação de que uma informação uma vez armazenada não poderá sofrer quaisquer tipos de alteração;

  • Autenticidade: 

O último, mas não menos importante pilar que envolve a cibersegurança é a capacidade de assegurar que informação é verdadeira. Assegurar que determinada informação pertence a A ou B, e determinar uma autoria específica, provando que o objeto avaliado não tenha passado por alguma alteração indevida. 

Quais os riscos de segurança da informação para as empresas?

Não pensar de forma estratégica e cautelosa em segurança cibernética pode deixar sua empresa vulnerável a diversos riscos. Abaixo, elencamos 10 riscos comuns para a segurança da informação de empresas. 

1) Roubo de dados

Visto que os dados são os principais insumos do meio digital, seja quando partem do usuário ou, da própria empresa, são também um dos principais alvos de ataques cibernéticos. 

Quando uma empresa estabelece operações conectadas aos seus serviços de TI e, aliado a isso, implementa tecnologia aos processos internos, o grau de informações que fica retido virtualmente é muito expressivo. 

Por isso, não é raro encontrar inconsistências nessas redes, como tentativas não autorizadas de acesso a recursos internos, contas comprometidas, tentativa de clonagens de dados, o seu desvio, entre outras atividades. 

Estar com o processo de segurança da informação defasado pode ocasionar esse e os demais riscos que você verá abaixo. 

2) Espionagem industrial 

A espionagem industrial é uma prática duvidosa de mercado, utilizada para observação do concorrente e, dessa forma, obtenção de vantagens comerciais. 

Resumidamente, é uma atividade que visa a investigação de alguma informação da empresa, seja um plano de negócios específico, uma estratégia personalizada de produto, uma fórmula, enfim, informações que sirvam de ativo para o concorrente. 

Esse é um dos riscos de cibersegurança que pode envolver pessoas insatisfeitas com o local de trabalho – passando informações da empresa para terceiros; ameaça interna na figura de um funcionário recém-contratado, que já tinha o intuito investigativo; ou até mesmo pode ocorrer por meio de táticas de engenharia social capazes de enganar um funcionário e fazê-lo divulgar dados internos sigilosos. 

3) Hackers de senhas

Por meio da verificação em um hash criptográfico e do método tentativa e erro, esse ataque cibernético é um dos mais executados e um dos mais simples. 

A quebra da senha pode provocar sérios prejuízos para as organizações, visto que, uma vez dentro do sistema das mesmas, os cibercriminosos podem roubar os dados armazenados e mexer nas configurações dos servidores, por exemplo. 

4) Funcionários não especializados / erros humanos

Esse é o risco de cibersegurança que deve ser observado bem de perto, pois é o que gera, na maior parte das vezes, danos quase irreversíveis para as empresas. 

Com certa frequência as corporações não se preocupam em instruir os funcionários acerca da segurança da informação; não implementam uma política bem definida sobre o tema e não demonstram, na prática, para o corpo de trabalhadores os perigos que ações cotidianas, como cliques em links duvidosos, notebooks, smartphones ou tablets extraviados, podem impactar na rotina individual e coletiva da empresa. 

A organização que se abstém de ensinar sobre os passos básicos de uma vida digital segura está refém de eventuais riscos da segurança da informação. 

5) Softwares vulneráveis

Contar com uma infraestrutura digital atualizada é um dos pontos essenciais para se evitar os riscos de segurança da informação. 

Uma vez que softwares estejam defasados, os mesmos irão possibilitar erros de código e brechas no sistema, prejudicando a produtividade do usuário e potencializando os ataques cibernéticos. 

Implementar um roteiro ágil de boas práticas de atualização dos sistemas da empresa é o primeiro passo para evitar esse tipo de risco. 

6) Ataques de ransomware

Esse é um dos riscos de segurança da informação que requer mais atenção, devido ao potencial de devastação que pode causar nas empresas. 

Por meio de um malware, que é qualquer software intencionalmente feito para causar danos a um computador, servidor, cliente, ou a uma rede de computadores, os cibercriminosos podem capturar informações e infectar diversos documentos acessíveis.

Depois disso, a prática mais comum é a que o responsável pelo ataque chantageia a empresa atacada, pedindo dinheiro em troca de uma chave de (re)acesso aos seus documentos. 

7) Phishing

Como o nome indica, neste risco de segurança da informação o agente mal intencionado irá se passar por uma pessoa ou entidade com autoridade, com o objetivo de disparar e-mails. Essas peças eletrônicas se valerão da metodologia “phishing” para captar a atenção do usuário e, dessa maneira, conseguir distribuir anexos, além de links maliciosos, capazes de executar diversas funções indevidas nos servidores. Bem como a extração de informações de conta das vítimas e também de credenciais de login.

8) Ataques direcionado

Demonstrando a evolução dos ataques cibernéticos e a necessidade de se pensar com mais cautela sobre o ambiente digital e a cibersegurança, o ataque direcionado é a prática de se estudar previamente uma empresa ou organização, conseguir seus dados, e utilizar essa informação de forma planejada, em direção a um alvo específico, com objetivos específicos.

9) Adware

Muito ligado ao risco de segurança da informação que envolve o mau conhecimento dos perigos das redes pelos funcionários da empresa, está o Adware.

Isso, pois esse tipo de risco requer que se haja o clique humano em um anúncio “infectado” por um malware. 

A partir daí, os anúncios irão levar os usuários para outros sites maliciosos, abrir outras abas ou alterar a original de navegação. Esse é um dos riscos de segurança da informação mais populares e vistos quase em toda internet. 

Como garantir segurança da informação para a sua empresa? 

Existem várias maneiras de se implementar uma boa gestão de segurança da informação nas empresas e, assim, evitar os riscos acima citados. 

Como exemplo, temos a rotina específica de atualizações de softwares, além de backup e de se contar com softwares de segurança. Entretanto, o ativo que melhor apresenta resultados para se baixar os riscos da segurança da informação, é a capacitação do time profissional sobre o assunto.

Contar com colaboradores que estejam plenamente inseridos no universo digital e compreendam como a segurança cibernética é importante para o sucesso da empresa, passando a implementar hábitos de navegação mais conscientes e desempenhando ações virtuais com mais autonomia, pode ser um importante passo para desenvolver uma boa cultura digital na sua organização. 

A Escola Superior de Redes desenvolveu uma trilha com vários treinamentos práticos para a área de segurança, que você pode ter acesso em um só clique. 

Também é parceira com exclusividade no Brasil do SANS, principal instituto de cibersegurança do mundo, e entende que esse é um dos alicerces mais importantes para a construção de um ambiente virtual seguro para a sua empresa. 

Com esse material, o interessado terá acesso a uma metodologia exclusiva, pensada na perspectiva de capacitar o aluno para agir preventivamente e tratar os incidentes quando não for possível evitá-los.

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Pensar nos riscos de segurança da informação, cibersegurança ou segurança cibernética, é estar um passo à frente sobre uma realidade que não volta atrás: aquela totalmente conectada. 

Continue se aperfeiçoando no assunto junto com a gente: confira a série de webinars realizada pela ESR recentemente, com 7 episódios, intitulada Construindo um Software Seguro

Referências

Itens linkados

FIGUEIREDO, Leonardo. Teoria da norma jurídica: princípios e regras – distinções e interseções”, GenJuridico.com.br, Dez/2016.  Disponível em ,https://bit.ly/NormaJuridica> Acesso em 13 ago. 2021

Descubra o Marketplace Valeon do Vale do Aço: Um Hub de Empresas, Notícias e Diversão para Empreendedores

Moysés Peruhype Carlech – ChatGPT

O Vale do Aço é uma região próspera e empreendedora, conhecida por sua indústria siderúrgica e seu ambiente de negócios dinâmico. Agora imagine ter um único local onde você pode encontrar todas as informações e recursos necessários para ter sucesso nesse ambiente competitivo. Bem-vindo ao Marketplace Valeon do Vale do Aço – um hub online que engloba empresas, notícias, diversão e empreendedorismo, oferecendo uma plataforma única para empresários e gerando leads valiosos.

Um ecossistema empresarial abrangente:

O Marketplace Valeon do Vale do Aço reúne empresas locais de diversos setores em um só lugar. Com uma interface intuitiva, os usuários podem facilmente encontrar e se conectar com fornecedores, parceiros comerciais e clientes potenciais na região. A plataforma oferece uma ampla gama de categorias de negócios, desde indústrias tradicionais até empresas inovadoras, garantindo que todos os empreendedores encontrem as oportunidades certas para expandir seus negócios.

Notícias e insights atualizados:

Além de ser um diretório empresarial, o Marketplace Valeon do Vale do Aço também oferece um fluxo contínuo de notícias e insights relevantes para os empresários da região. Através de parcerias com veículos de comunicação locais e especialistas em negócios, a plataforma mantém os usuários informados sobre as últimas tendências, oportunidades de mercado, mudanças regulatórias e eventos relevantes. Essas informações valiosas ajudam os empresários a tomar decisões informadas e a se manterem à frente da concorrência.

Diversão e engajamento:

Sabemos que a vida empresarial não é só trabalho. O Marketplace Valeon do Vale do Aço também oferece uma seção de entretenimento e lazer, onde os usuários podem descobrir eventos locais, pontos turísticos, restaurantes e muito mais. Essa abordagem holística permite que os empresários equilibrem o trabalho e a diversão, criando uma comunidade unida e fortalecendo os laços na região.

Foco no empreendedorismo:

O Marketplace Valeon do Vale do Aço é uma plataforma que nutre o espírito empreendedor. Além de fornecer informações e recursos valiosos, também oferece orientação e suporte para os empresários que desejam iniciar seus próprios negócios. Com seções dedicadas a tutoriais, estudos de caso inspiradores e conselhos de especialistas, o marketplace incentiva e capacita os empreendedores a alcançarem seus objetivos.

Geração de leads para os empresários:

Uma das maiores vantagens do Marketplace Valeon do Vale do Aço é a capacidade de gerar leads qualificados para os empresários. Com um público-alvo altamente segmentado, a plataforma oferece a oportunidade de se conectar diretamente com potenciais clientes interessados nos produtos e serviços oferecidos pelas empresas cadastradas. Isso significa que os empresários podem aumentar sua visibilidade, expandir sua base de clientes e impulsionar suas vendas de forma eficiente.

Conclusão:

O Vale do Aço é uma região cheia de oportunidades e empreendedorismo, e o Marketplace Valeon do Vale do Aço se torna um recurso indispensável para os empresários locais. Ao oferecer um ecossistema empresarial abrangente, notícias atualizadas, diversão, suporte ao empreendedorismo e a geração de leads qualificados, o Marketplace Valeon se destaca como uma ferramenta poderosa para impulsionar os negócios na região. Não perca a chance de fazer parte dessa comunidade dinâmica e descubra o poder do Marketplace Valeon do Vale do Aço para o seu sucesso empresarial.

A STARTUP VALEON OFERECE SEUS SERVIÇOS AOS EMPRESÁRIOS DO VALE DO AÇO

Moysés Peruhype Carlech

A Startup Valeon, um site marketplace de Ipatinga-MG, que faz divulgação de todas as empresas da região do Vale do Aço, chama a atenção para as seguintes questões:

• O comércio eletrônico vendeu mais de 260 bilhões em 2021 e superou pela primeira vez os shopping centers, que faturou mais de 175 bilhões.

• Estima-se que mais de 35 bilhões de vendas dos shoppings foram migradas

para o online, um sintoma da inadequação do canal ao crescimento digital.

• Ou seja, não existe mais a possibilidade de se trabalhar apenas no offline.

• É hora de migrar para o digital de maneira inteligente, estratégica e intensiva.

• Investir em sistemas inovadores permitirá que o seu negócio se expanda, seja através de mobilidade, geolocalização, comunicação, vendas, etc.

• Temas importantes para discussão dos Shoppings Centers e do Comércio em Geral:

a) Digitalização dos Lojistas;

b) Apoio aos lojistas;

c) Captura e gestão de dados;

d) Arquitetura de experiências;

e) Contribuição maior da área Mall e mídia;

f) Evolução do tenant mix;

g) Propósito, sustentabilidade, diversidade e inclusão;

h) O impacto do universo digital e das novas tecnologias no setor varejista;

i) Convergência do varejo físico e online;

j) Criação de ambientes flexíveis para atrair clientes mais jovens;

k) Aceleração de colaboração entre +varejistas e shoppings;

l) Incorporação da ideia de pontos de distribuição;

m) Surgimento de um cenário mais favorável ao investimento.

Vantagens competitivas da Startup Valeon:

• Toda Startup quando entra no mercado possui o sonho de se tornar rapidamente reconhecida e desenvolvida no seu ramo de atuação e a Startup Valeon não foge disso, fazem dois anos que estamos batalhando para conquistarmos esse mercado aqui do Vale do Aço.

• Essa ascensão fica mais fácil de ser alcançada quando podemos contar com apoio dos parceiros já consolidados no mercado e que estejam dispostos a investir na execução de nossas ideias e a escolha desses parceiros para nós está na preferência dos empresários aqui do Vale do Aço para os nossos serviços.

• Parcerias nesse sentido têm se tornado cada vez mais comuns, pois são capazes de proporcionar vantagens recíprocas aos envolvidos.

• A Startup Valeon é inovadora e focada em produzir soluções em tecnologia e estamos diariamente à procura do inédito.

• O Site desenvolvido pela Startup Valeon, focou nas necessidades do mercado e na falta de um Marketplace para resolver alguns problemas desse mercado e em especial viemos para ser mais um complemento na divulgação de suas Empresas e durante esses dois anos de nosso funcionamento procuramos preencher as lacunas do mercado com tecnologia, inovação com soluções tecnológicas que facilitam a rotina dessa grande empresa. Temos a missão de surpreender constantemente, antecipar tendências, inovar. Precisamos estar em constante evolução para nos manter alinhados com os desejos do consumidor. Por isso, pensamos em como fazer a diferença buscando estar sempre um passo à frente.

• Temos a plena certeza que estamos solucionando vários problemas de divulgação de suas empresas e bem como contribuindo com o seu faturamento através da nossa grande audiência e de muitos acessos ao site (https://valedoacoonline.com.br/) que completou ter mais de 100.000 acessos.

Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:

• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;

• Atraímos visualmente mais clientes;

• Somos mais dinâmicos;

• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;

• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;

• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.

• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as suas vendas.

Proposta:

Nós da Startup Valeon, oferecemos para continuar a divulgação de suas Empresas na nossa máquina de vendas, continuando as atividades de divulgação e propaganda com preços bem competitivos, bem menores do que os valores propostos pelos nossos concorrentes offlines.

Pretendemos ainda, fazer uma página no site da Valeon para cada empresa contendo: fotos, endereços, produtos, promoções, endereços, telefone, WhatsApp, etc.

O site da Valeon é uma HOMENAGEM AO VALE DO AÇO e esperamos que seja também uma SURPRESA para os lojistas dessa nossa região do Vale do Aço.

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua empresa seja oficializada.

A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as melhores marcas do varejo e um mix de opções.

O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.

Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é muito abaixo do valor praticado pelo mercado.

Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:

  • O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
  • A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a comunicação dos clientes com as lojas.
  • Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da compra.
  • No país, as lojas online, que também contam com lojas físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
  • O número de visitantes do Site da Valeon (https://valedoacoonline.com.br/)  tem crescido exponencialmente, até o momento, temos mais de 222.000 visitantes e o site (https://valeonnoticias.com.br/) também nosso tem mais de 5.800.000 de visitantes.
  • O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
  • A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como: empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.

                                                                                                                                                                   Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.

Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?

Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

domingo, 3 de março de 2024

POR QUAL MOTIVO A PREVI QUER A PUBLICAÇÃO DA ATA DE REUNIÃO QUE HOUVE EMPATE PARA ESCOLHA DO PRESIDENTE DA VALE?

História de Redação – IstoÉ Dinheiro

A Previ, um dos principais acionistas da Vale, enviou ofício à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) solicitando que a empresa torne pública a ata da reunião extraordinária do conselho de administração de 15 de fevereiro, quando um empate na votação travou o processo de decisão sobre a liderança da companhia.

No documento, a entidade pede que a ata “seja tornada pública para todos os acionistas, de forma não sumarizada, em benefício da transparência do processo e de todos os acionistas da companhia”.

O pedido foi feito em resposta a uma série de publicações na mídia acerca de falhas na governança da Vale. Uma cópia do ofício foi encaminhada para a Vale, de acordo com nota divulgada na noite de ontem pela Previ.

A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, é o maior acionista individual da Vale, com 8,7% do capital, e tem dois representantes no conselho de administração da mineradora: o atual presidente da entidade, João Fukunaga, e seu antecessor, Daniel Stieler. Conforme informações de bastidores, a entidade se posiciona a favor do encerramento do contrato do atual CEO, Eduardo Bartolomeo, e da contratação imediata de uma firma de headhunter para a elaboração de uma lista tríplice de possíveis sucessores do executivo.

Na última reunião extraordinária do conselho, realizada no dia 15 de fevereiro, além dos dois indicados da Previ, outros quatro conselheiros votaram pela contratação do headhunter e elaboração da lista tríplice, conforme apurou o Broadcast. São eles: André Viana, representante dos trabalhadores; Fernando Buso Gomes, ligado ao Bradespar; os independentes Rachel Maia e Marcelo Gasparino. No grupo, há ao menos um conselheiro que não vincula a contratação da firma de headhunter ao fim do contrato de Bartolomeo, pois avalia que o atual CEO da Vale poderia ser um dos apontados na lista tríplice, disputando o posto com os novos nomes.

Porém, outros seis conselheiros votaram pela recondução imediata. Foram dois independentes brasileiros – Paulo Hartung e José Luciano Penido -, três independentes estrangeiros – Douglas James Upton, Manuel Oliveira e Vera Marie Inkster – e Shunji Komai, indicado pelo conglomerado japonês Mitsui, que é o segundo maior acionista individual da Vale, com 6,3%.

Ligado à Cosan, o conselheiro Luiz Henrique Guimarães, cujo nome é mencionado frequentemente como um possível sucessor de Bartolomeo, se absteve de votar. Diante do racha, os conselheiros escolheram um representante de cada lado para discutir um acordo.

O empate na votação gerou um impasse na sucessão do comando da Vale, num momento em que a mineradora é alvo de duras críticas do presidente Lula, que desde o ano passado vem buscando, nos bastidores, interferir no processo de sucessão.

A “mão” do presidente da República, de acordo com fontes, se faria sentir pelos votos e posicionamento dos representantes da Previ, após os esforços de Brasília para colocar o ex-ministro Guido Mantega na vaga de CEO da Vale. A ata “não sumarizada”, de acordo com um interlocutor ouvido pelo Broadcast, mostraria que a Previ vem atuando em linha com os melhores interesses da Vale.

A publicação de atas das reuniões do conselho de administração é rotina nas companhias de capital aberto, como a Vale. Porém, a última ata publicada no site da mineradora se refere à reunião ordinária de 22 de fevereiro, dia da divulgação de resultados da Vale, quando os conselheiros aprovaram o balanço e a demonstração de resultado do quarto trimestre e do ano e, também, o pagamento de dividendos de R$ 2,7 por ação, somando o valor total bruto de R$ 11,7 bilhões.

Mas ainda não foram divulgadas as atas das reuniões extraordinárias realizadas no dia 2 e 15 de fevereiro. Na nota, a Previ afirma que, “como investidora na Vale, ressalta que continuará a monitorar de forma diligente a situação na companhia”.

O fundo de pensão dos funcionários do BB também reiterou “o compromisso com as melhores práticas de governança corporativa e investimento responsável” na Vale e outras investidas, “com foco no cumprimento da missão, de garantir o pagamento de benefícios e prover soluções que proporcionem proteção aos associados e seus familiares, de forma integral, segura e sustentável”.

A Previ lembrou, na nota, que em janeiro de 2024 solicitou que a Vale se pronunciasse por meio de comunicado ao mercado, explicando como a companhia estava conduzindo o processo de sucessão.

Contato: juliana.garcon@estadao.com

O post Previ quer que Vale publique ata de reunião que expôs racha sobre quem deve comandar companhia apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

 

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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