BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Por ordem do STF (Supremo Tribunal
Federal), o governo Lula (PT) apresentou um plano de ação para redução
da mortalidade nas terras indígenas em que lista o que chama de
fragilidades e ameaças internas enfrentadas pela gestão.
São 123 páginas em que a Secretaria de Saúde Indígena do Ministério
da Saúde cita uma série de falhas no sistema. O documento joga luz sobre
as possíveis razões da continuidade das mortes na Terra Indígena
Yanomami, mesmo após um ano de operações de emergência em saúde na
região.
O território registrou 363 mortes de indígenas yanomamis em 2023,
primeiro ano do governo Lula, o que supera os números oficiais de 2022
(343 mortes), embora a gestão argumente que houve elevada subnotificação
no último ano do governo Jair Bolsonaro (PL).
Falta de pessoal qualificado, corte de verbas, equipamentos obsoletos
ou insuficientes, alta rotatividade de gestores e de projetos e
dificuldades logísticas são alguns dos problemas apontados pela
secretaria.
O plano de ação foi entregue ao STF no dia 9. O sigilo foi retirado
pelo ministro Luís Roberto Barroso na última terça-feira (20).
O documento é uma exigência do próprio ministro, que determinou ao
governo em novembro de 2023 a entrega, em 90 dias, do documento –que
deveria trazer uma estratégia para aperfeiçoamento do sistema. Barroso
relata no STF ação movida em 2020 pela Apib (Articulação dos Povos
Indígenas do Brasil) e seis partidos da então oposição a Bolsonaro, que o
acusavam de omissão na proteção de indígenas durante a pandemia da
Covid-19.
Na meta específica de reduzir de mortalidade infantil por causas
evitáveis, por exemplo, a Secretaria de Saúde Indígena lista a
precariedade de dados, alta rotatividade de profissionais e
descontinuidade de ações, dificuldades logísticas de acesso as áreas,
cortes orçamentários, inadequação de Unidades Básicas de Saúde e falta
de água potável para o consumo humano.
O documento detalha também o material básico necessário para auxílio
ao enfrentamento dos problemas, como computadores de alta performance
com softwares para auxílio do monitoramento das informações de
imunização e vigilância das doenças imunopreveníveis, impressoras,
webcams, fones e microfones.
Por ora, porém, o que estaria disponível seriam “notas técnicas, informes, manuais e computadores” ultrapassados.
Barroso também determinou no último dia 30 que a Procuradoria-Geral
da República, o Ministério Público Militar, o Ministério da Justiça e
Polícia Federal apurem se houve participação de integrantes da gestão
Bolsonaro na prática dos crimes de genocídio, desobediência e quebra de
segredo de Justiça em relação ao garimpo ilegal e as terras indígenas.
O ministro do STF afirmou haver suspeita de ação ou omissão de
autoridades federais que teriam agravado “o quadro de absoluta
insegurança dos povos indígenas” em relação ao garimpo ilegal.
Ele citou como exemplo a publicação pelo ministro Anderson Torres
(Justiça) de ato que teria alertado garimpeiros de uma ação sigilosa que
ocorreria contra na Terra Indígena Yanomami.
Após assumir o governo, Lula classificou o combate ao garimpo ilegal e
o cuidado com os yanomami como prioridade de seu governo. A
continuidade das mortes, porém, mostra que a emergência em saúde pública
declarada por seu governo em 20 de janeiro de 2023 não foi capaz de
resolver o problema até agora.
Em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira (22), a ministra
dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, reconheceu o problema.
Entendemos que um ano não foi suficiente para gente resolver todas
as situações instaladas ali, com a presença do garimpo, com a presença
de quase 30 mil garimpeiros convivendo diretamente no território,
aliciando e violentando os indígenas impedindo que as equipes de saúde
chegassem ali”, disse a ministra, em entrevista coletiva.
Segundo ela, o governo agora conhece os dados reais da situação, tem
maior capacidade de atuação e uma série de ações importantes foram
realizadas, como a reabertura de 6 dos 7 polos-base fechados durante o
governo anterior.
“Agora a gente sai desse estado de ações emergenciais e passamos ao
estado de ações permanentes a partir da instalação da Casa de governo em
Boa Vista”, afirmou ela, referindo-se a uma estrutura que reunirá,
dentro do território, a presença de 13 ministérios.
A ação foi anunciada por Lula em janeiro, junto com a instalação de
três bases de vigilância no território, com forças de segurança como PF
(Polícia Federal) e Forças Armadas. Os gastos previstos são de R$ 1,2
bilhão.
Na ocasião, Lula reuniu vários ministros para dizer que o assunto
deveria ser tratado como “questão de estado”. Ele prometeu ainda usar
toda a máquina pública para expulsar invasores, afirmando que não é
possível “perder guerra” contra garimpo ilegal.
Os yanomamis vivem uma crise humanitária em razão da invasão de
garimpeiros em seu território. Até 2022, auge da invasão, eram 20 mil
garimpeiros, estimulados pela gestão Bolsonaro.
A quantidade de áreas invadidas diminuiu no primeiro semestre de
2023, assim como a quantidade de garimpeiros em ação no território.
A partir de setembro, ações de fiscalização foram abandonadas, e as
Forças Armadas se ausentaram das atribuições de repressão ao garimpo.
Houve um novo avanço da exploração ilegal de ouro, ainda que em escala
menor, com reflexo direto na saúde dos indígenas.
A desnutrição persiste em comunidades das regiões de Auaris e
Surucucu. Os surtos de malária são frequentes. Em comunidades como
Kayanaú, onde o posto de saúde seguia fechado em meados de janeiro, o
garimpo se intensificou e tornou impossível a ação de profissionais de
saúde, que desconheciam o destino e as condições de saúde de mais de 300
yanomamis que viviam em cinco aldeias da região.
A gestão Lula anunciou em janeiro que iria promover um “casa de
governo” permanente em Roraima para tratar das ações na terra yanomami e
a instalação de três bases de vigilância no território, com forças de
segurança como PF (Polícia Federal) e Forças Armadas. Os gastos
previstos são de R$ 1,2 bilhão.
Silvio Santos, figura icônica e inconfundível do cenário empresarial
brasileiro, é um exemplo vivo de como carisma, visão de futuro e uma
incansável disposição para inovar podem levar ao sucesso em múltiplas
frentes de negócio. Nascido em um contexto modesto, Silvio ascendeu ao
estrelato e ao sucesso empresarial através de uma combinação única de
entretenimento, comunicação e um instinto empresarial aguçado. Sua
jornada, desde os primeiros dias vendendo canetas nas ruas do Rio de
Janeiro até se tornar o proprietário de um dos maiores conglomerados de
mídia do país, é repleta de lições valiosas para empreendedores,
gestores e profissionais de todas as áreas.
Ao longo de décadas, ele não apenas construiu um império no ramo do
entretenimento, mas também expandiu seus interesses para áreas tão
diversas quanto finanças, imobiliário e cosméticos, demonstrando uma
versatilidade e uma capacidade de adaptação notáveis. Suas estratégias
de negócio, sua abordagem na gestão de marcas e pessoas, e sua
habilidade em superar adversidades oferecem valiosos insights sobre como
construir e sustentar negócios de sucesso em um ambiente tão
competitivo e em constante mudança como o atual.
O Mestre em Negócios Internacionais André Charone, lista as
principais lições que Silvio Santos nos ensina, através de sua carreira e
das estratégias que o levaram a ser um dos empresários mais respeitados
e queridos do Brasil.
1. Inovação e Adaptação: A Chave para o Sucesso Duradouro
A trajetória de Silvio Santos exemplifica de maneira única a
importância da inovação e da adaptação no mundo dos negócios. Desde os
primórdios de sua carreira, Silvio demonstrou uma habilidade incomum de
se reinventar e de reinventar seus negócios para se manter à frente no
mercado. Sua entrada no mundo do entretenimento, inicialmente como
apresentador e posteriormente como dono de um dos maiores conglomerados
de mídia do Brasil, foi marcada por uma constante busca por novidades
que capturassem a atenção do público.
Mas o que realmente destaca Silvio Santos no cenário empresarial é
sua capacidade de adaptar-se às mudanças do mercado e às novas
tecnologias. Em uma era em que a televisão começava a se firmar como o
principal meio de entretenimento no Brasil, Silvio viu uma oportunidade
de ouro. Ele não apenas entrou no mercado de televisão, mas também o
transformou, introduzindo formatos de programas que eram novidades para o
público brasileiro, como os programas de auditório e os concursos
televisivos, que se tornaram marcas registradas de sua programação.
Além disso, Silvio Santos soube navegar pelas mudanças tecnológicas e
culturais que afetaram a indústria do entretenimento. Com a chegada da
internet e das novas formas de consumo de conteúdo, ele explorou novos
formatos e plataformas para se conectar com o público mais jovem,
mostrando uma notável capacidade de adaptação. Isso incluiu a
digitalização de seus canais de comunicação e a inserção de suas
empresas no mundo digital, reconhecendo a importância de estar presente
onde o público está.
Apesar de não ter investido em uma plataforma própria (como a Globo
com a sua Globo Play ou a Record com o Play Plus), o SBT hoje possui uma
relevância enorme no Youtube, inclusive tendo alcançado o status de
maior canal de TV do mundo nessa plataforma, ultrapassando a gigante
britânica BBC.
Em essência, a primeira lição de Silvio Santos para o mundo
empresarial é a de que a inovação constante e a capacidade de adaptar-se
às mudanças do mercado são fundamentais para o sucesso e a longevidade
de qualquer negócio. Seu legado mostra que, independentemente do setor,
os empresários que cultivam a inovação e a flexibilidade estão melhor
preparados para enfrentar os desafios do futuro e aproveitar as
oportunidades que surgem em um mundo em constante evolução.
2. Conhecimento Profundo do Público: A Base para a Conexão e o Sucesso
Uma das facetas mais notáveis da jornada empresarial de Silvio Santos
é sua habilidade em compreender profundamente seu público. Esta
compreensão transcendeu a simples análise demográfica ou de mercado.
Silvio desenvolveu uma intuição quase instintiva para o que seu público
desejava ver na televisão, o que se refletiu em sua programação
diversificada e cativante. Esta habilidade de conectar-se emocionalmente
com uma vasta audiência é uma lição valiosa para qualquer empresário.
Silvio sempre esteve atento às preferências e aos comportamentos de
seu público, o que lhe permitiu criar conteúdos que falavam diretamente
aos corações e mentes das pessoas. Ele não se limitou a seguir
tendências, muitas vezes ele as estabeleceu, introduzindo formatos
inovadores que se tornaram referências no setor de entretenimento. A
chave para esse sucesso foi sua disposição em ouvir e observar seu
público, compreendendo suas necessidades, desejos e, crucialmente, como
esses se alteravam com o tempo.
Em um mundo onde as preferências dos consumidores estão sempre
evoluindo, a capacidade de se adaptar e atender às expectativas do
público é crucial. Isso significa não apenas acompanhar as tendências,
mas também antecipá-las e, quando possível, criá-las.
Para empreendedores e gestores, isso implica investir em pesquisa de
mercado, mas também ir além dos dados e estatísticas. Significa
engajar-se diretamente com o público, ouvir suas histórias e feedbacks, e
criar canais de comunicação que permitam essa troca contínua de
informações. Como Silvio Santos demonstrou, entender o público não é
apenas sobre vender um produto ou serviço; é sobre criar um vínculo que
nutre lealdade e confiança ao longo do tempo.
Portanto, a segunda grande lição de Silvio Santos para o mundo dos
negócios é que um conhecimento profundo do público, combinado com a
capacidade de estabelecer uma conexão autêntica, é fundamental para
criar ofertas de produtos ou serviços que não apenas atendam, mas também
antecipem e moldem as demandas do mercado.
3. Relacionamento com a Equipe: Cultivando um Ambiente de Trabalho Positivo
Silvio Santos é frequentemente lembrado não apenas por suas
realizações empresariais, mas também por sua maneira única de gerir e
interagir com sua equipe. Sua abordagem no relacionamento com
colaboradores destaca a importância de um ambiente de trabalho positivo,
baseado no respeito mútuo, na valorização e no reconhecimento. Este
aspecto da sua liderança oferece lições valiosas sobre como cultivar uma
cultura organizacional que promove a lealdade, a motivação e a
produtividade.
Um dos exemplos mais emblemáticos do estilo de liderança de Silvio
Santos é a sua presença constante e acessível. Ele faz questão de estar
perto de seus colaboradores, conhecendo-os pelo nome e interessando-se
genuinamente por suas vidas e bem-estar. Esta proximidade não só
constrói uma relação de confiança e respeito, mas também cria um
ambiente onde os colaboradores se sentem valorizados e parte integrante
do sucesso da empresa.
Silvio também é conhecido por seu reconhecimento público dos esforços
e conquistas de seus funcionários. Seja através de menções em seus
programas de TV ou por meio de incentivos e recompensas, ele demonstra
apreciação pelo trabalho duro e dedicação. Este reconhecimento não
apenas fortalece a autoestima e a motivação da equipe, mas também
promove uma cultura de excelência e comprometimento com os objetivos da
empresa.
Outro pilar na gestão de pessoas de Silvio Santos é a transparência e
a comunicação aberta. Ele cultiva um ambiente onde o feedback é
encorajado e valorizado, tanto na direção de cima para baixo quanto de
baixo para cima. Esta abertura contribui para a identificação e
resolução de problemas de forma colaborativa, além de fomentar a
inovação, pois as ideias podem vir de qualquer nível da organização.
A flexibilidade e a adaptabilidade também são características
marcantes de sua liderança. Silvio Santos demonstrou ao longo dos anos a
capacidade de se adaptar às necessidades de seus colaboradores, seja
ajustando políticas de trabalho ou oferecendo suporte em momentos de
crise. Esta abordagem não só ajuda a manter um alto nível de satisfação e
bem-estar entre os funcionários, mas também contribui para a retenção
de talentos.
Silvio ensina que um líder deve ser um exemplo de ética e
integridade. Seu compromisso com a honestidade e a justiça no tratamento
dos colaboradores estabelece um padrão moral elevado dentro da
organização, promovendo um ambiente de trabalho ético e responsável.
A abordagem do empresário e apresentador na gestão de pessoas
ressalta a importância de criar uma cultura organizacional positiva,
onde o respeito, a valorização, o reconhecimento e a comunicação aberta
são fundamentais. Para empresários e gestores, as lições extraídas da
liderança de Silvio são claras: um ambiente de trabalho saudável e
positivo não apenas eleva o moral da equipe, mas também impulsiona o
sucesso e a sustentabilidade do negócio. Cultivar relações humanas de
qualidade no ambiente de trabalho é, portanto, uma estratégia
empresarial tão importante quanto qualquer outra voltada para produtos
ou serviços.
4. Diversificação: Estratégia de Crescimento e Mitigação de Riscos
A trajetória de Silvio Santos no universo empresarial brasileiro é um
estudo de caso exemplar sobre a importância da diversificação como
estratégia de negócios. Ao longo de sua carreira, Silvio não se limitou
ao setor de entretenimento; ele expandiu seus interesses para incluir
uma variedade de segmentos, como o financeiro, imobiliário, varejo e até
mesmo títulos de capitalização, com a Tele Sena. Esta abordagem de
diversificação demonstra uma compreensão profunda de como mitigar riscos
e explorar novas oportunidades de crescimento.
Ao investir em diferentes setores, ele não apenas criou múltiplas
fontes de renda, mas também protegeu seu conglomerado contra as
flutuações e crises que poderiam afetar uma indústria específica. Por
exemplo, durante períodos de recessão econômica, quando o setor de
entretenimento poderia ser duramente atingido pela redução dos gastos
discricionários, outras áreas de seu negócio, como o setor financeiro,
poderiam oferecer uma estabilidade relativa.
Outro aspecto relevante da estratégia de diversificação de Silvio
Santos é a sinergia entre os diferentes negócios. Por exemplo, a
utilização de seus programas de televisão para promover produtos
vendidos pela Jequiti ou os sorteios da Tele Sena. Esta abordagem
integrada não apenas maximizou o alcance e a eficácia do marketing, mas
também reforçou a identidade de marca do Grupo Silvio Santos como um
todo.
A diversificação como estratégia empresarial, exemplificada pela
carreira de Silvio Santos, sublinha a importância de explorar novos
mercados e setores como meio de crescimento sustentável e mitigação de
riscos. Para empreendedores e gestores, a lição é clara: a
diversificação não é apenas sobre a expansão em novas áreas, mas também
sobre a criação de um ecossistema empresarial resiliente, capaz de
suportar adversidades e capitalizar em oportunidades emergentes. A
experiência de Silvio Santos mostra que, enquanto a diversificação traz
seus próprios desafios e riscos, ela é uma componente crucial de uma
estratégia de negócios bem-sucedida e de longo prazo.
A utilização de assistentes virtuais e automatização de processos é um destaque no meio de apoio ao consumidor
A Inteligência Artificial (IA) é uma área da ciência da computação
voltada para o desenvolvimento de agentes inteligentes, sistemas capazes
de raciocinar, aprender e agir de forma autônoma. Nos últimos anos, ela
apresentou avanços significativos, trazendo uma aceleração de
serviços, como assistentes virtuais ou a personalização de conteúdos
recebidos em redes sociais. Como um todo, a novidade tem um impacto
significativo em diversas áreas da sociedade, incluindo saúde,
atendimento, finanças, transporte, educação, entretenimento e
manufatura.
A aproximação do humano com a máquina
O recurso está gradativamente mais próximo da realidade da população,
deixando de lado uma perspectiva automatizada e trazendo consigo
abordagens mais humanizadas, com uma comunicação eficaz e natural. Isso
fica claro em recentes métodos de atendimento ao cliente
disponibilizados por empresas como a Total IP. “O Omni Robô e Omni Chat
são integrados a diversas API’s, propiciando uma forma revolucionária de
lidar com os usuários em vários canais com as mesmas respostas. Isso
permite ao empreendedor estar presente em plataformas distintas, como
WhatsApp, Webchat e e-mail, além da opção por voz. Dessa forma,
atinge-se uma quantidade maior de pessoas, abrangendo todas as
preferências”, explica Tiago Sanches, head de vendas da instituição.
Como um todo, além de aprimorações específicas como melhorias em
diagnósticos médicos, personalização do aprendizado educacional ou
desenvolvimento de carros autônomos na indústria do transporte, a IA
também traz mudanças gerais. Nesse viés, torna-se viável automatizar
tarefas antes realizadas exclusivamente por humanos, gerando maior
praticidade, rapidez, acréscimo da produtividade e a criação de novos
empregos em determinados setores. “Tem havido, nos últimos anos, uma
modificação clara na maneira como nós nos relacionamos com as máquinas,
pois quanto mais sofisticadas ficam, tendem a se parecer conosco”,
comenta o gestor.
De acordo com um relatório da IDC, a ferramenta deverá gerar US$ 1,9
trilhão em receita global este ano. Isso representa um aumento de 22% em
relação a 2023. O relatório também prevê 23 milhões de empregos gerados
na área em todo o mundo nos próximos meses. “De fato, tais progressos
podem trazer consigo desafios, porém, também contam com oportunidades
inegáveis. É crucial estar ciente dessa realidade para curtir ao máximo
todos os proveitos trazidos e mitigar os riscos com assertividade”,
indica Sanches.
Uma aprimoração de serviços disponíveis
Pensando em uma visão futurística, as expectativas são de um
crescimento constante da tecnologia, garantindo uma presença da mesma em
todos os campos de atuação disponíveis. Logo, o mais indicado a se
fazer é aproveitar os recursos e aprender com eles, aperfeiçoando a
rotina pessoal e laboral. Nesse sentido, a utilização para uma
complementação de estudos acadêmicos ou de assuntos do interesse
individual já com certa propriedade é um excelente passo a se dar.
De fato, a tendência para os próximos anos é de uma ascensão de
produtos e serviços já existentes no mercado, a partir de uma expansão
de frutos, comparando com os tempos antes da modernização. “Isso já é
implementado no cotidiano por meio de apps e softwares introduzidos no
dia a dia, como é o caso de assistentes virtuais e plataformas de
streaming”, pontua o especialista. Essa vivência se traduz, então, em
alterações nos jeitos dos indivíduos se comportarem entre si, causando,
consequentemente, variações no âmbito do apoio ao consumidor.
IA e atendimento ao cliente em 2024
O impacto da Inteligência Artificial no suporte ao usuário é
inegável, inovando as formas de interação entre os estabelecimentos e
seus frequentadores. Nesse sentido, os chatbots chamam a atenção
significativamente como agentes com a capacidade de se comunicar por
meio de texto ou voz. Eles são usados para responder a perguntas,
resolver problemas simples e fornecer informações básicas.
Não à toa, o uso desse artifício no Brasil vem crescendo
exponencialmente nos últimos anos. Segundo o Mapa do Ecossistema
Brasileiro de Bots, em 2023, havia pelo menos 144 mil deles em atividade
no país, representando um aumento de 148% em 365 dias. Isso é
impulsionado por diversos fatores, como a digitalização da economia; o
desdobramento de novidades no universo tech; e a adição da demanda por
acompanhamento dos interessados 24h por dia, 7 dias na semana.
A STARTUP VALEON OFERECE SEUS SERVIÇOS AOS EMPRESÁRIOS DO VALE DO AÇO
Moysés Peruhype Carlech
A Startup Valeon, um site marketplace de Ipatinga-MG, que faz
divulgação de todas as empresas da região do Vale do Aço, chama a
atenção para as seguintes questões:
• O comércio eletrônico vendeu mais de 260 bilhões em 2021 e superou
pela primeira vez os shopping centers, que faturou mais de 175 bilhões.
• Estima-se que mais de 35 bilhões de vendas dos shoppings foram migradas
para o online, um sintoma da inadequação do canal ao crescimento digital.
• Ou seja, não existe mais a possibilidade de se trabalhar apenas no offline.
• É hora de migrar para o digital de maneira inteligente, estratégica e intensiva.
• Investir em sistemas inovadores permitirá que o seu negócio se
expanda, seja através de mobilidade, geolocalização, comunicação,
vendas, etc.
• Temas importantes para discussão dos Shoppings Centers e do Comércio em Geral:
a) Digitalização dos Lojistas;
b) Apoio aos lojistas;
c) Captura e gestão de dados;
d) Arquitetura de experiências;
e) Contribuição maior da área Mall e mídia;
f) Evolução do tenant mix;
g) Propósito, sustentabilidade, diversidade e inclusão;
h) O impacto do universo digital e das novas tecnologias no setor varejista;
i) Convergência do varejo físico e online;
j) Criação de ambientes flexíveis para atrair clientes mais jovens;
k) Aceleração de colaboração entre +varejistas e shoppings;
l) Incorporação da ideia de pontos de distribuição;
m) Surgimento de um cenário mais favorável ao investimento.
Vantagens competitivas da Startup Valeon:
• Toda Startup quando entra no mercado possui o sonho de se tornar
rapidamente reconhecida e desenvolvida no seu ramo de atuação e a
Startup Valeon não foge disso, fazem dois anos que estamos batalhando
para conquistarmos esse mercado aqui do Vale do Aço.
• Essa ascensão fica mais fácil de ser alcançada quando podemos
contar com apoio dos parceiros já consolidados no mercado e que estejam
dispostos a investir na execução de nossas ideias e a escolha desses
parceiros para nós está na preferência dos empresários aqui do Vale do
Aço para os nossos serviços.
• Parcerias nesse sentido têm se tornado cada vez mais comuns, pois
são capazes de proporcionar vantagens recíprocas aos envolvidos.
• A Startup Valeon é inovadora e focada em produzir soluções em tecnologia e estamos diariamente à procura do inédito.
• O Site desenvolvido pela Startup Valeon, focou nas necessidades do
mercado e na falta de um Marketplace para resolver alguns problemas
desse mercado e em especial viemos para ser mais um complemento na
divulgação de suas Empresas e durante esses dois anos de nosso
funcionamento procuramos preencher as lacunas do mercado com tecnologia,
inovação com soluções tecnológicas que facilitam a rotina dessa grande
empresa. Temos a missão de surpreender constantemente, antecipar
tendências, inovar. Precisamos estar em constante evolução para nos
manter alinhados com os desejos do consumidor. Por isso, pensamos em
como fazer a diferença buscando estar sempre um passo à frente.
• Temos a plena certeza que estamos solucionando vários problemas de
divulgação de suas empresas e bem como contribuindo com o seu
faturamento através da nossa grande audiência e de muitos acessos ao
site (https://valedoacoonline.com.br/) que completou ter mais de 100.000 acessos.
Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:
• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;
• Atraímos visualmente mais clientes;
• Somos mais dinâmicos;
• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;
• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;
• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.
• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em
buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para
impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as
suas vendas.
Proposta:
Nós da Startup Valeon, oferecemos para continuar a divulgação de suas
Empresas na nossa máquina de vendas, continuando as atividades de
divulgação e propaganda com preços bem competitivos, bem menores do que
os valores propostos pelos nossos concorrentes offlines.
Pretendemos ainda, fazer uma página no site da Valeon para cada
empresa contendo: fotos, endereços, produtos, promoções, endereços,
telefone, WhatsApp, etc.
O site da Valeon é uma HOMENAGEM AO VALE DO AÇO e esperamos que seja
também uma SURPRESA para os lojistas dessa nossa região do Vale do Aço.
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar
ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o
consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita
que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu
consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a
oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de
divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma
Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa
livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua
empresa seja oficializada.
A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando
para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as
melhores marcas do varejo e um mix de opções.
O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o
cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de
compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.
Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que
pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa
plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é
muito abaixo do valor praticado pelo mercado.
Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:
O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação
das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site
de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a
comunicação dos clientes com as lojas.
Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim
trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da
compra.
No país, as lojas online, que também contam com lojas
físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com
relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que
compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
O número de visitantes do Site da Valeon (https://valedoacoonline.com.br/) tem crescido exponencialmente, até o momento, temos mais de 235.000 visitantes e o site (https://valeonnoticias.com.br/) também nosso tem mais de 5.800.000 de visitantes.
O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de
comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e
ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros
marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e
promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como:
empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de
produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais
do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.
Nós
somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos
tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa história
ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.
Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?
Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.
Empossado nesta quinta-feira, 22, o novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, ao assumir a cadeira deixada pela ministra aposentada Rosa Weber,
também herdará o acervo de 340 processos que estavam sob a relatoria
dela. Compõem esse montante 235 processos que iniciaram sua tramitação
diretamente no STF, e outros 105 recursais – ou seja, aqueles que vieram
de outros tribunais ou juízos. A “herança” representa apenas 1,3% do
acervo geral da Suprema Corte, que conta com 25.242 processos em
tramitação.
O presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, lidera o ranking, com 5.721 processos sob sua relatoria. Na sequência vem André Mendonça, com 3.162.
Quando sabatinado, em dezembro, Dino tinha a previsão de receber 344
processos. A diferença no número de matérias pode ser explicada porque o
Regimento Interno do STF prevê que questões urgentes ou cautelares
podem ser distribuídas para outros ministros, que demandaram julgamento
em plantão, por exemplo.
Entre os processos que Dino receberá estão o sobre a legalidade do indulto de Natal concedido por Jair Bolsonaro (PL) em 2023, uma ação da CPI da Covid-19 contra
o ex-presidente que apura se ele e outros agentes públicos incitaram a
população a adotar comportamentos supostamente inadequados para o
combate da pandemia, e aquele em que o Partido Liberal (PL) pede que a
punição para abortos provocados por terceiros seja equiparada à do crime de homicídio qualificado.
Dino também será relator de casos de grande repercussão envolvendo
figuras políticas com quem conviveu, como o inquérito contra o ministro
das Comunicações, Juscelino Filho, investigado pela Polícia Federal em operação baseada em reportagens do Estadão, em que é acusado de desvios de verbas públicas da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba.
Além desse caso, o novo ministro será relator de processos contra outros aliados, como os senadores Chico Rodrigues (PSB-RR) – seu colega de partido – e Telmário Mota (PROS-RR).
O inquérito em questão apura o possível envolvimento dos dois em um
esquema de fraudes e desvio de verbas federais destinadas ao combate da
pandemia em Roraima.
Já no caso da ADPF 442, ação de arguição de descumprimento de preceito fundamental, que trata da descriminalização da interrupção voluntária da gravidez até 12 semanas,
e que também estava sob relatoria de Rosa Weber, Dino não votará. Isso
porque a ex-ministra já colocou sua posição na sessão virtual de
julgamento, suspenso por pedido de destaque do ministro Luís Roberto Barroso.
Esse processo foi proposto pelo PSOL em
2017. O pedido principal da ação é que o STF declare que dois artigos
do Código Penal – 124 e 126, que tratam dos casos em que a mulher decide
interromper a própria gestação – não são compatíveis com a Constituição
e, por isso, sejam retirados da lei. Está de fora da ação o artigo 125,
que trata do aborto provocado por terceiro, sem o consentimento da mulher.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
voltou a criticar nesta quarta (21) os inquéritos dos quais é alvo e
disse que o ato que convocou para o próximo domingo (25) terá poucos
discursos.
“Não podemos continuar vivendo aqui naquele impasse. ‘Ah, o Bolsonaro
vai ser preso amanhã. Pode ser preso a qualquer momento’. Qual crime eu
cometi?”, disse ele. O ex-presidente concedeu entrevista a Esmael
Morais, que se apresenta como um blogueiro de esquerda.
Sobre a manifestação de domingo, Bolsonaro afirmou na entrevista que será um ato pacífico e pedindo respeito à Constituição.
Também disse que poucas pessoas devem falar no evento. “A senhora
Michelle [Bolsonaro] fazendo uma oração. Seria o governador Tarcísio [de
Freitas] o próprio pastor Silas Malafaia e eu. A princípio apenas essas
pessoas falarão. Qual o recado ali? Em defesa do Estado democrático de
Direito, da nossa liberdade e um retrato para o Brasil e imagens para o
mundo do que nós, de verde e amarelo, queremos: Deus, pátria, família e
liberdade.”
Bolsonaro também disse que não vai responder a perguntas nesta quinta
(22) em depoimento marcado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF
(Supremo Tribunal Federal), porque seus advogados ainda não tiveram
acesso aos autos da investigação sobre golpismo.
“Pelo processo legal, eu tenho que saber do que estou sendo acusado. Eu tenho que ter acesso ao processo.”
Na entrevista, ele se disse vítima de uma “perseguição sem tamanho” do governo Lula e de “outros setores”.
“Na transição, ninguém reclamou. Foi feita uma transição pacífica. No
penúltimo dia, fui embora para os Estados Unidos. Resolvi não passar a
faixa, é um direito meu. Não é porque [João] Figueiredo não passou a
faixa para [José] Sarney lá atrás. É um direito meu. Não sou obrigado a
fazer isso aí.”
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O Senado aprovou nesta quarta-feira (21)
projeto que estabelece que os julgamentos de matéria penal em tribunais
superiores que terminarem em empate devem favorecer o réu. Hoje, os
tribunais superiores adotam esse entendimento apenas para a concessão de
habeas corpus.
O texto foi aprovado de forma simbólica –sem a contagem de votos– e volta, agora, à Câmara dos Deputados.
Quando tramitou na Câmara, a proposta gerou críticas de parlamentares defensores da Operação Lava Jato.
O então deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR), ex-coordenador da
força-tarefa da operação até 2020, disse que a medida favorece bandidos e
criminosos e apelidou o projeto de Cristiano Zanin –em referência ao
ex-advogado do presidente Lula (PT) e hoje ministro do STF.
No Senado, no entanto, o relator do texto, Weverton Rocha (PDT-MA),
aceitou uma emenda para evitar “empates artificiais” a favor do réu.
“O empate continua beneficiando o réu em habeas corpus, em qualquer
circunstância, mas, nos outros casos de recurso, vai se buscar o quórum
necessário para não ter empate”, disse o senador Alessandro Vieira
(MDB-SE).
“As turmas são formadas com a quantidade ímpar para não ter empate. E
o que se quer é evitar empates artificiais que possam gerar benefícios e
distorções”, completou o senador.
Pela proposta, a análise da ação será adiada por até três meses até
que o colégio recursal, tribunal, câmara, turma ou seção esteja
completa. O texto também estabelece que, havendo empate, o presidente do
grupo proferirá o voto de desempate.
“Houve empate, vamos supor 4 [julgadores]: 2 e 2. E faltou o quinto.
Na ausência momentânea, se espera a volta desse integrante para
desempatar”, afirmou o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-juiz da
Lava Jato, sobre a emenda aceita pelo relator.
“E colocamos também que se essa ausência for decorrente de
impedimento, suspensão ou uma causa de afastamento superior a três meses
aí desde logo se chamam substituto na forma do Regimento Interno.
Acabamos evitando, o que pode acontecer, é exceção, mas pode acontecer,
eventuais manobras para buscar um resultado na ausência momentânea do
julgador.”
Além do tema do empate, o projeto também trata da expedição de habeas
corpus de ofício quando a autoridade judicial verificar que “alguém
sofre ou está na iminência de sofrer coação ilegal”.
É desanimador que, desde os anos 70, o País
siga desperdiçando negócios de amplo interesse nacional na África; em
recente visita, Lula provou que de lá quer só o eco a suas ambições
internacionais
Por Notas & Informações – Jornal Estadão
O presidente Lula da Silva não mencionou a palavra “comércio” ao
discursar aos líderes da União Africana reunidos na Etiópia, no último
dia 17. Preferiu fazer um chamado para a organização integrar o G-20,
presidido pelo Brasil neste ano sob o pilar do combate à fome, e
atraí-los para os objetivos da agenda de transição energética e digital
do Sul Global. O ativismo pela mudança da ordem mundial prevaleceu, em
sua fala, sobre o melhor interesse nacional no aprofundamento da relação
econômico-comercial entre os dois lados do Atlântico. Embarcou para o
Egito e a Etiópia sem entender o atual contexto africano e seu
potencial. De lá, retornou sem ter apresentado um plano estratégico –
nem ao mesmo um esboço sobre como retomar a intensidade que o comércio
Brasil-África um dia já teve.
O Brasil visivelmente perdeu terreno no outro lado do Atlântico,
depois do impulso nos dois primeiros mandatos de Lula da Silva. Se em
2012 as exportações brasileiras para a África representaram 5% do total
de embarques do País, em 2023 houve recuo para 3,9%. Na outra mão não
foi diferente. A participação de bens africanos no total importado pelo
País minguou em 2,5 pontos porcentuais. Com ambos os protagonistas mais
interessados em atender à demanda da China, o intercâmbio comercial não
chegou a US$ 25 bilhões no ano passado. Lula provou estar ciente do
declínio do comércio Brasil-África – ou não teria mencionado à imprensa,
ainda em Adis Abeba, a queda substancial nas trocas de bens brasileiros
com a Nigéria. Mas, diante do quadro desalentador, repetiu sua velha
panaceia: transformar os poucos diplomatas brasileiros no continente em
mascates.
Com todas as suas mazelas e conflitos, a população, a economia e a
renda da África crescem, ao contrário de outras regiões do globo, e
contribuem para que, até 2030, o consumo aumente em US$ 3 trilhões no
continente, segundo estudo da consultoria McKinsey. O impulso econômico
da região na última década foi alavancado, sobretudo, por investimentos
da China. Embora tardia, atualmente há convicção na maioria das nações
africanas que a parceria com Pequim não passava de uma armadilha.
Resultou na dívida total de US$ 170,1 bilhões de 49 dos 54 países da
região, cobrada com métodos de agiotagem, na alta dependência do
comércio chinês e no risco de inadimplência.
Tal contexto abre uma nova dimensão para a aproximação do Brasil com a
África que, aparentemente, Lula da Silva não parece enxergar. Não se
trata de despejar nos países africanos volumes de investimentos públicos
que o Brasil mal consegue destinar a seus setores. Basta ao governo
readequar seus instrumentos de soft power, aproveitar políticas
públicas já existentes, como os incentivos da Nova Indústria Brasil, e
reestruturar as redes de financiamento e de seguro para alavancar a
presença do empresariado nacional na África com menores riscos.
Essencialmente, é preciso estimular o setor privado, ausente na comitiva
presidencial no Egito e na Etiópia, a prospectar negócios e estabelecer
elos por suas próprias pernas.
Os acordos assinados pelo governo brasileiro com o Egito e a Etiópia
evidenciaram sua incapacidade de avaliar o potencial econômico-comercial
da África nas próximas décadas e de oferecer o que já está à
disposição. A cooperação em educação, agricultura, ciência e tecnologia e
saúde obviamente tem seu valor na estratégia política e pode
desdobrar-se em futuros negócios, mas nada que se compare aos resultados
de uma consistente ofensiva comercial.
É desanimador observar que, desde os anos 1970, o Brasil tenha
desperdiçado parcerias longevas e com alto potencial de atender aos
interesses nacionais na África para lá buscar apenas o eco a suas
ambições na seara política global. Lula da Silva apostou em demasia no
seu carisma, um elemento importante nas suas visitas do passado ao
continente, e em propostas retóricas e sem fundamento. Esqueceu-se de
que a África não é mais a mesma de 20 anos atrás – isto é, não será o
mesmo peão de sua ambição internacional nem cativa de sua retórica
terceiro-mundista.
O presidente Lula é um grande especialista em utilizar sua própria
falta de cultura, que ele insiste em manter intacta, para fazer o mal – é
o que se chama de ignorância mal-intencionada. Acaba de dar mais um
espetáculo do gênero numa conferência de chefes de Estado na África.
Como se entendesse alguma coisa de história – ele, que já foi capaz
de dizer em detalhes que Napoleão esteve na China – revelou ao mundo que
nunca houve “um momento histórico” como o da operação militar de Israel
em Gaza.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou ação militar de Israel na Palestina ao Holocausto de judeus na Alemanha nazista Foto: EVARISTO SA / AFP
É uma estupidez em estado bruto, mas Lula aproveitou, como é seu
hábito, para enfiar um propósito maligno na asneira que estava falando.
“Só Hitler”, segundo ele, fez coisa parecida, “com os judeus”. Igualar
os crimes incomparáveis do Holocausto nazista com a reação armada de
Israel ao ataque terrorista que sofreu cinco meses atrás é dizer que o
carrasco e as vítimas têm culpa igual – uma falsidade 100% desonesta,
que atiça o antissemitismo e cobre de infâmia o nome do Brasil no mundo.
Lula, na verdade, não faz uma política externa destinada a defender
os interesses do Brasil. Só pensa, desde que chegou ao cargo, em servir a
seus propósitos pessoais – uma coleção deformada de recalques,
rancores, ideias mortas e um ódio incurável à liberdade econômica, aos
Estados Unidos e às democracias ocidentais. No conflito atual, desde o
primeiro minuto, tomou de maneira quase-oficial o partido do terrorismo
contra Israel. Não pediu licença, nem conselho, a ninguém para fazer o
que está fazendo. Apenas impôs a sua posição pessoal como posição do
Brasil, e não tem o direito de fazer isso. O presidente da República é o
responsável pela execução da política externa, sem dúvida. Mas ele é
mais responsável ainda perante o povo brasileiro.
Desde quando o Brasil acha, como Lula, que a Rússia tem direito de
invadir a Ucrânia – ou que Venezuela, Cuba e Nicarágua são democracias?
Quem o autorizou a colocar o Brasil a favor de um candidato na eleição
da Argentina – que perdeu, aliás? Como fica chorando o tempo todo com a
“falta de recursos” e doa bilhões de dinheiro público às ditaduras
caloteiras que batem palmas para ele?
No caso do atual conflito entre Israel e o Hamas sua arrogância em
confundir aquilo que quer com aquilo que o Brasil precisa é mais
agressiva ainda. Ele quer que o povo brasileiro considere como vítimas
de “genocídio” os que pregam abertamente o genocídio contra os judeus de
Israel. Usa as mortes de civis em Gaza, resultado direto do assassinato
de 1.200 israelenses inocentes por parte do Hamas, para promover a sua
política pró terrorismo, disfarçada de “pró Palestina”. Diz que está
“contra Israel, não contra os judeus” – o que diria, então, sobre quem
viesse a declarar, por exemplo, que quer destruir “o Brasil”, mas não
“os brasileiros”? É o pior momento na calamidade histórica da sua
política externa.
Aprendi que a avaliação humana é falível e oscilante. Ao estudar a
prova penal, convenci-me do acerto de quem rotula o testemunho como “a
prostituta das provas”. Um depoimento depende de inúmeros fatores. As
pessoas têm distintos graus de apreensão, de memorizar, de reproduzir
com palavras a cena presenciada. Somos nós e nossas circunstâncias, na
reiterada visão de Ortega Y Gasset. Prendemo-nos a detalhes que podem
subverter o que poderia ser chamado “verdade”.
O certo é confiar desconfiando. Assim como não se poderia permanecer
com o testemunho de um só dos cinco cegos que descrevem um elefante ao
qual tiveram acesso por palpadelas.
Mas por que tudo isso?
Li o livro “Justiça”, escrito por José Carlos de Macedo Soares, em
sua defesa quando do processo que a União Federal lhe moveu, diante de
sua participação no episódio sangrento ocorrido em São Paulo entre 5 e
28 de julho de 1924.
Acreditei na veracidade da narrativa. Para mim, Macedo Soares, o
arcebispo Dom Duarte Leopoldo e Silva e alguns mais foram heróis,
enquanto o Presidente do Estado e um outro grupo, muito superior em
número ao dos heróis, falharam ao permitir que a capital fosse
bombardeada, metralhada, retalhada e sua população tivesse de fugir para
o interior e para o litoral.
Interessei-me por ler outros livros sobre 1924. Moacir Amâncio é um
especialista nisso e com ele ainda manterei contato pessoal para saber
mais sobre o que precisaremos celebrar no ano que vem. Mas, dentre
outros, li “Revolução de 1924″, de Euclydes Castro Carvalho, “Sob a
metralha”, de Cyro Costa e Eurico de Goes e “Dias de Pavor”, de
Aureliano Leite.
O mineiro de Ouro Fino foi advogado, político e escritor. Aureliano
Leite (1886-1976) integrou a Academia Paulista de Letras, assim como
José Carlos de Macedo Soares. Enquanto este chegou a elogiar o
responsável pela Revolução de 1924, o General Isidoro Dias Lopes, que se
mostrou mais sensível e humano do que o Ministro da Guerra, General
Setembrino de Carvalho e o Presidente da República Arthur Bernardes,
Aureliano Leite o detona. Logo nas primeiras páginas de seu livro, fala
sobre os “despretensiosos escritos quotidianos, episódios de oportuno
interesse, nascidos dos vinte e três dias de tirania, a que nos arrastou
a espada covarde do mais indigno dos generais, que a geração hodierna
há de registrar: Isidoro Dias Lopes”.
E prossegue nesse tom: “Delinquente de todos os crimes do código, não
militando a seu favor uma única atenuante da lei penal e tendo contra
si a totalidade de suas agravantes, Isidoro há de passar à história como
um dos mais tristes vilões que enlutaram a humanidade”.
De imediato, ressalve-se o exagero: “todos os crimes do código”,
ausência de qualquer atenuante e presença da totalidade das agravantes, é
algo impensável. Evidencia animosidade incompatível com a reta
observação dos fatos.
Exatamente as figuras que nos demais livros deixam a desejar em
termos de reação adequada aos bombardeios ordenados pelo governo
federal, são as que Aureliano Leite reverencia: “queremos começar por
destacar…duas figuras notáveis da revolta, além das outras, como Arthur
Bernardes, Carlos de Campos, Setembrino, Pedro Dias, Sócrates,
Potiguara, Bento Bueno e tantas mais, que penas fulgentes, molhadas em
tinta de ouro, hão de imortalizar: Firmiano Pinto e Alberto Americano”.
Firmiano Pinto era o Prefeito da capital e, honra seja feita, não
fugiu como o então governador – que à época se chamava presidente -,
deixando os Campos Elíseos à sanha de saqueadores. Alberto Americano era
um adolescente, filho de Luís Americano, que lutara na Guerra do
Paraguai, cuja façanha foi acompanhar Aureliano Leite até à sede da
Polícia Central, mal estourado o levante. Também teria feito Miguel
Costa, o comandante da Força Pública sublevada, pensar que ele aderia
aos revoltosos, quando era legalista e estava ao lado de Arthur
Bernardes.
Aureliano Leite ainda ridiculariza Isidoro Dias Lopes, quando este
comparece a uma reunião convocada por Macedo Soares: depois de
descrevê-lo como “minguado velhinho, risonho, galhofeiro mesmo”,
completa: “Seria crível que em tão pequena e jovial pessoa coubesse
tanta malvadeza e tamanha audácia?”.
Enfim, hoje só nos é dado rememorar a Revolução de 1924 mediante a
leitura de quem se propôs a escrever sobre ela. Façamos a nossa leitura e
o nosso juízo. Com quem estará a verdade?
Há alguns dias, um levantamento da Paraná Pesquisas mostrou que 73,4%
dos brasileiros não sabem citar uma medida ou benefício à população
realizado pelo atual governo. É claro que, quando falamos de pesquisa,
tudo depende de como as perguntas são feitas, e também não conseguimos
saber quanto seria essa porcentagem em outros governos, quando feitas as
mesmas perguntas. Porém, esse dado preocupa.
Para quem lidera um país como o Brasil, com tantos desafios, é
importante entender que, além dos desafios de manter a democracia em pé,
que foi um esforço conjunto com os outros Poderes durante o ano
passado, agora é hora de ir em frente, e fazer realmente com que haja
não só a percepção pela população, mas que aspectos fundamentais que
ameaçam diariamente a vida dos brasileiros sejam realmente objeto de
planejamento e de ação. Passado o carnaval do segundo ano de governo,
com quase 30% do mandato cumprido, é importante que se tenha um caminho a
ser percorrido.
Aponto aqui dois aspectos fundamentais para que se tenha a percepção
de que o governo está trabalhando: a geração de empregos de qualidade,
que garantam renda, e a segurança pública. São duas áreas que se
entrelaçam e dependem de ação momentânea e de uma preocupação que
ultrapasse os quatro (ou oito) anos de mandato de Lula, E isso inclui
conversas com governadores, que têm funções importantes nessas áreas.
É claro que o governo já começou a falar sobre esses assuntos, quando
apresentou o plano de inovação e reindustrialização capitaneado e
comunicado pelo ministro e vice-presidente Geraldo Alckmin. Mas, além da
intenção do governo, é crucial que se tenha um governo integrado nessa
preocupação, que vai muito além de um ministério.
Por exemplo, quando olhamos para o nosso agronegócio, que tem um
papel essencial no nosso PIB, a geração de empregos de qualidade é
mínima. Afinal, em vez de agregarmos valor aos produtos, somos
importantes players na venda de commodities. Dando um antigo exemplo,
enquanto a Suíça vende cápsulas de café com alto valor agregado, nós
continuamos vendendo sacas.
Vender soja para alimentar gado na Europa faz com que esses países
possam se orgulhar da produção nacional de carne, agregando valor até
mesmo pelo fato de conseguir fazer isso em condições nem sempre
favoráveis, como em lugares com invernos rigorosos. Não seria importante
brigar ainda mais com a União Europeia para vender carne de qualidade
para eles?
Enquanto isso, criamos condições para a importação de produtos
industrializados que invadem o nosso dia a dia. Os investimentos de
algumas indústrias atualmente no Brasil, comunicados com grandes
conquistas, apenas tentam impedir que percamos ainda mais postos de
trabalho com uma remuneração mais digna.
É só olhar para regiões como o Grande ABC, em São Paulo, para
notarmos hoje que as antigas fábricas viraram hipermercados ou
atacarejos, que geram empregos com menor remuneração do que as
indústrias que lá estavam antes.
Além da área econômica, a educação é mais um dos aspectos (talvez o
principal) para que essa tendência de conquista de empregos de qualidade
apareça. Se qualquer plano de reindustrialização e de inovação não
tiver conexão direta com a formação de mão de obra realmente necessária
para as empresas, vamos criar ainda mais frustração com planos de
educação superior que cria expectativa ao possibilitar que se tenha
diplomas, mas leva essas pessoas para o trabalho informal dos carros por
aplicativo e das entregas de comida e de produtos importados.
E, sim, todo esse cenário se conecta com a crise de segurança
pública, que precisa ser encarada pelo novo Ministro da Justiça (e
Segurança Pública), já que o anterior estava muito ocupado com a defesa
do governo e a briga (que foi importante) com a atual oposição, que
esteve no Planalto até o fim de 2022. Porém, sem ações concretas, que
modifiquem a sensação que as pessoas têm todos os dias, não somente nas
grandes cidades, não há possibilidade de que se possa fazer a diferença
na vida dos cidadãos que precisam sair de casa sem a sensação de que
podem não voltar.
Encarar as milícias, a presença do estado paralelo que se instalou
pelo país, as facções que controlam o tráfico de drogas, além de debelar
o mercado de receptação de telefones celulares e outros eletrônicos,
tanto o que ocorre dentro do país quanto o que vai para fora, devem ser
ações imediatas.
Justamente pelo fato de não haver empregos de qualidade, os grupos
criminosos de todos os tipos encontram com facilidade mão de obra em
todo o país, principalmente entre jovens que não conseguem encontrar as
suas necessidades de consumo atendidas pelos empregos formais, quando
conseguem ter, nem pelos informais que não estejam relacionados com
atividades criminosas.
Sem encarar principalmente esses fatos, o atual governo não vai
deixar nenhum legado, e vai contribuir para aprofundar a crise social
que toma conta do país.
Já que o carnaval passou, que tal começar a encarar essas questões e criar alguma marca para o atual governo?
Este texto reflete única e exclusivamente a opinião do(a)
autor(a) e não representa a visão do Instituto Não Aceito Corrupção
(Inac). Esta série é uma parceria entre o Blog do Fausto Macedo e o
Instituto Não Aceito Corrupção. Os artigos têm publicação periódica