quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

A EXPERIÊNCIA DO CLIENTE PASSOU DE UMA MERA PRIORIDADE E SE TORNOU UM FATOR ESTRATÉGICO PARA AS EMPRESAS

 

Laurent Delache – CEO da Foundever no Brasil

Os desafios levam em consideração que experiência do cliente passou de uma mera prioridade e se tornou um fator estratégico para as empresas.

O papel fundamental da Experiência do Cliente (CX) nas interações entre consumidores e marcas não apenas se mantém, mas se intensifica em 2024. Hoje, 80% dos clientes valorizam mais a experiência do que os produtos e serviços, evidenciando a necessidade crescente de um atendimento excepcional, segundo pesquisa da Foundever, empresa global líder no setor. Apenas 6% dos clientes afirmam que a experiência do cliente não desempenha nenhum papel em suas decisões de compra. Surpreendentemente, enquanto 3 em cada 4 empresas de tecnologia acreditam que atendem as expectativas de CX, os clientes discordam, revelando uma lacuna relevante entre percepções.

O CEO da Foundever no Brasil, Laurent Delache, destaca a importância desses dados: “A experiência do cliente tornou-se o diferencial competitivo mais crucial para as marcas. Ignorar isso é correr o risco de perder não apenas vendas, mas a lealdade do cliente.”

Dessa maneira, a Foundever enumerou 7 desafios que as empresas devem considerar em 2024 para continuar acompanhando as mudanças do mercado, atendendo e superando as expectativas dos consumidores por meio dos seus produtos e serviços.

Desafio 1: Identificação do cliente

Consumindo de 10% a 20% do tempo do associado, a identificação do cliente, embora fundamental, é muitas vezes negligenciada. Problemas frequentes, enfrentados por uma em cada quatro marcas, revelam a necessidade de simplificar o processo. Laurent Delache destaca que “a identificação é a base do CX, impactando satisfação, eficiência e custos. Inovação é crucial para garantir segurança dos dados. Devemos buscar meios eficientes, mantendo elevado padrão.”

Desafio 2: Domínio e conhecimento de dados

No segundo desafio, a Foundever destaca que o conhecimento, crucial para atendimento de qualidade, enfrenta a barreira da gestão de grandes volumes de informações. Delache observa que a integração, estruturação e compartilhamento eficientes desse conhecimento são essenciais.

Ele aconselha a avaliação e modernização do conteúdo, a incorporação de novos canais e a criação de um ambiente de aprendizagem estimulante. “A busca pela eficiência operacional requer equilíbrio na adoção de novas ferramentas, otimização de conteúdo existente e estímulo ao aprendizado contínuo”, destaca Delache. Essa abordagem estratégica é vital para superar o desafio da gestão de dados e garantir que a informação se traduza em eficácia operacional, promovendo uma experiência do cliente aprimorada.

Desafio 3: Criação de um relacionamento contínuo

O terceiro desafio vai em direção à evolução das expectativas dos clientes, que buscam relacionamentos contínuos com as marcas. A Foundever destaca que conversas que se estendem além de um único contato geram oportunidades de upsell e aumentam a satisfação do cliente. Laurent Delache ressalta que, em 2024, é essencial oferecer uma experiência que vá além de interações pontuais, criando laços duradouros.

Ele enfatiza que a continuidade nas interações não apenas impulsiona a satisfação, mas também reduz contatos repetidos. Portanto, o desafio não é apenas manter, mas aprimorar a qualidade das conversas para atender às crescentes expectativas dos consumidores.

Desafio 4: Aproveitar o potencial da IA generativa

Segundo a Foundever, a tecnologia da IA generativa revoluciona as interações, oferecendo respostas mais naturais e personalizadas. Laurent Delache ressalta que o GenAI não apenas aprimora a resolução de solicitações, mas também amplia as capacidades dos assistentes virtuais, proporcionando suporte em tempo real.

A inovação, portanto, reside na capacidade de ir além das respostas padrão, melhorando significativamente a experiência do cliente. Integrar efetivamente a IA generativa é essencial para empresas que buscam destacar-se na personalização e eficiência da interação com o cliente em 2024.

Desafio 5: Integrar a imersão nas operações de atendimento ao cliente

Com apenas 13% das marcas utilizando tecnologias imersivas nas operações de atendimento, a Foundever destaca sua subutilização devido a razões como conhecimento inadequado e preocupações de segurança. Laurent Delache aponta que a imersão não apenas aprimora a compreensão do cliente, mas também aumenta as taxas de resolução.

Em 2024, superar esse desafio significa explorar e adotar soluções imersivas de forma estratégica, ampliando a comunicação para além dos canais tradicionais e atendendo às crescentes expectativas dos clientes.

Desafio 6: Criar uma dinâmica de engajamento dos colaboradores

A Foundever pondera no sexto desafio a importância de equilibrar humanos, tecnologia e organização para um atendimento excepcional ao cliente. Laurent Delache comenta que, em um ambiente em constante mudança, o engajamento dos colaboradores é vital.

O relatório da Gallup destaca que quase 60% dos colaboradores estão psicologicamente desligados do trabalho. Delache reforça que esse desafio exige o apoio às competências gerenciais, incluindo liderança, habilidades gerenciais e conhecimento. Investir em ferramentas tecnológicas e uma estrutura organizacional que sustentem essas competências é essencial para enfrentar os desafios de 2024.

Desafio 7: Gerar valor com operações de atendimento ao cliente

No sétimo desafio, a Foundever propõe ao mercado uma transformação na percepção das operações de atendimento. Laurent Delache orienta que essas operações não podem ser vistas apenas como centro de custos, mas como uma peça crucial na decisão de compra do cliente.

A geração de valor, segundo Delache, envolve investir sabiamente, focar na simplicidade e adotar quatro chaves transformadoras: autonomia, velocidade de resolução, eficiência e continuidade. Transformar o atendimento ao cliente em uma unidade de geração de valor é uma estratégia indispensável para enfrentar os desafios e destacar-se em 2024.

Em 2024, experiência do cliente passou de uma mera prioridade e se tornou um fator estratégico para as empresas.

Para Delache, as marcas que enfrentam e superam esses desafios não apenas atendem às expectativas, mas, também, moldam positivamente as percepções dos clientes. “A evolução constante e inovadora na experiência do consumidor é o caminho para o sucesso duradouro.”, conclui o CEO.

STARTUP VALEON UMA HOMENAGEM AO VALE DO AÇO

Moysés Peruhype Carlech

Por que as grandes empresas querem se aproximar de startups? Se pensarmos bem, é muito estranho pensar que um conglomerado multibilionário poderia ganhar algo ao se associar de alguma forma a pequenos empresários que ganham basicamente nada e tem um produto recém lançado no mercado. Existe algo a ser aprendido ali? Algum valor a ser capturado? Os executivos destas empresas definitivamente acreditam que sim.

Os ciclos de desenvolvimento de produto são longos, com taxas de sucesso bastante questionáveis e ações de marketing que geram cada vez menos retorno. Ao mesmo tempo vemos diariamente na mídia casos de jovens empresas inovando, quebrando paradigmas e criando novos mercados. Empresas que há poucos anos não existiam e hoje criam verdadeiras revoluções nos mercados onde entram. Casos como o Uber, Facebook, AirBnb e tantos outros não param de surgir.

E as grandes empresas começam a questionar.

O que estamos fazendo de errado?

Por que não conseguimos inovar no mesmo ritmo que uma startup?

Qual a solução para resolver este problema?

A partir deste terceiro questionamento, surgem as primeiras ideias de aproximação com o mundo empreendedor. “Precisamos entender melhor como funciona este mundo e como nos inserimos!” E daí surgem os onipresentes e envio de funcionários para fazer tour no Vale e a rodada de reuniões com os agentes do ecossistema. Durante esta fase, geralmente é feito um relatório para os executivos, ou pelas equipes de inovação ou por uma empresa (cara) de consultoria, que entrega as seguintes conclusões:

* O mundo está mudando. O ritmo da inovação é acelerado.

* Estes caras (startups) trabalham de um jeito diferente, portanto colhem resultados diferentes.

* Precisamos entender estas novas metodologias, para aplicar dentro de casa;

* É fundamental nos aproximarmos das startups, ou vamos morrer na praia.

* Somos lentos e burocráticos, e isso impede que a inovação aconteça da forma que queremos.

O plano de ação desenhado geralmente passa por alguma ação conduzida pela área de marketing ou de inovação, envolvendo projetos de aproximação com o mundo das startups.

Olhando sob a ótica da startup, uma grande empresa pode ser aquela bala de prata que estávamos esperando para conseguir ganhar tração. Com milhares de clientes e uma máquina de distribuição, se atingirmos apenas um percentual pequeno já conseguimos chegar a outro patamar. Mas o projeto não acontece desta forma. Ele demora. São milhares de reuniões, sem conseguirmos fechar contrato ou sequer começar um piloto.

Embora as grandes empresas tenham a ilusão que serão mais inovadoras se conviverem mais com startups, o que acaba acontecendo é o oposto. Existe uma expectativa de que o pozinho “pirlimpimpim” da startup vá respingar na empresa e ela se tornará mais ágil, enxuta, tomará mais riscos.

Muitas vezes não se sabe o que fazer com as startups, uma vez se aproximando delas. Devemos colocar dinheiro? Assinar um contrato de exclusividade? Contratar a empresa? A maioria dos acordos acaba virando uma “parceria”, que demora para sair e tem resultados frustrantes. Esta falta de uma “estratégia de casamento” é uma coisa muito comum.

As empresas querem controle. Não estão acostumadas a deixar a startup ter liberdade para determinar o seu próprio rumo. E é um paradoxo, pois se as empresas soubessem o que deveria ser feito elas estariam fazendo e não gastando tempo tentando encontrar startups.

As empresas acham que sabem o que precisam. Para mim, o maior teste é quando uma empresa olha para uma startup e pensa: “nossa, é exatamente o que precisamos para o projeto X ou Y”.

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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

PROJETO QUE ACABA COM A SAIDINHA DE PRESOS FOI APROVADO NO SENADO

 

Proposta será enviada à Câmara para votação antes de ir para sanção do presidente da República

Por Levy Teles – Jornl Estadão

BRASÍLIA — O Senado Federal aprovou o fim da “saidinha” para presos no Brasil. O novo texto, de relatoria de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), faz alterações na legislação que atualmente veda esse benefício apenas para condenados por crime hediondo. Pela proposta, qualquer preso que cometeu crime com violência ou grave ameaça não terá direito à saída temporária.

O texto aprovado, seguindo uma sugestão do senador Sérgio Moro (União-PR), eliminou o direito de presos de saírem para visitar a família ou participar de eventos que pudessem ser considerados de ressocialização. O projeto permite apenas que o detendo de bom comportamento saía para fazer curso profissionalizante.

A proposta ainda vai para o plenário da Câmara para analisar alterações feitas no texto antes de a matéria ir a sanção ou veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Integrantes da bancada da bala acompanharam votação do PL que acaba com 'saidinhas'; na foto, o deputado Rodolfo Nogueira conversa com o senador Sérgio Moro
Integrantes da bancada da bala acompanharam votação do PL que acaba com ‘saidinhas’; na foto, o deputado Rodolfo Nogueira conversa com o senador Sérgio Moro Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O projeto também estabelece que condenados terão que fazer exame criminológico para ter direito a progressão de sua pena. O texto também amplia o uso do monitoramento eletrônico de presos em liberdade condicional.

Entenda os principais pontos:

Como é a lei em vigor

A legislação em vigor proíbe a “saidinha” para condenados por crime hediondo, mas concede o benefício para detentos que tenham cumprido ao menos um sexto da pena, no caso de primeira condenação, e um quarto, em caso de reincidência.

O benefício ocorre até cinco vezes por ano e não podem ultrapassar o período de sete dias. A lei permite presos de bom comportamento em regime semiaberto deixem a prisão para estudar, realizar funções do trabalho e visitar familiares durante feriados.

Projeto aprova só permite “saidinha” para uma situação

O texto chegou ao Senado abolindo a “saidinha” em qualquer caso. Atendendo à emenda de Moro, Flávio Bolsonaro estabeleceu a vedação do benefício para presos condenados por qualquer crime cometido com violência ou grave ameaça. O projeto também mantém a vedação para crimes hediondos.

O direito à “saidinha” só vale para aqueles que estão no regime semiaberto e precisam frequentar curso profissionalizante ou do Ensino Médio ou Superior.

Obrigação para monitoramento eletrônico para quem estiver liberdade condicional e possibilidade de monitoramento eletrônico para quem passar para o regime aberto

O novo texto também propõe a obrigação de monitoramento eletrônico para quem está em liberdade condicional e abre a possibilidade do juiz realizar fiscalização por monitoramento eletrônico para quem estiver em regime aberto.

No geral, não há previsão de vigilância aos detentos que saem. O texto também prevê isso para quem estiver no regime semiaberto.

Exame criminológico como requisito para progressão de regime

O texto aprovado pelo Senado permite o benefício da progressão de regime apenas para quem tiver “boa conduta carcerária” avaliada pelo diretor da prisão e após o resulto de um exame criminológico, que se baseia em critérios como autodisciplina, baixa periculosidade e senso de responsabilidade do detento.

A proposta também prevê a exigência de exames criminológicos para a progressão de regime penal e o monitoramento eletrônico obrigatório dos detentos que passam para os regimes semiaberto e aberto. O exame avalia “autodisciplina, baixa periculosidade e senso de responsabilidade”.

IMPEACHMENT DE LULA SERÁ TRAVADO PELO PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

Presidente é alvo de pedido de impedimento assinado por deputados federais de oposição após comparar ação israelense contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza ao Holocausto

Por Rayanderson Guerra – Jornal Estadão

RIO – Alvo de críticas após comparar a operação israelense contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza, com milhares de mortes de palestinos inocentes, com o extermínio de judeus feito pelo líder da Alemanha NazistaAdolf Hitler, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode ser responsabilizado politicamente pela declaração caso o pedido de impeachment costurado pela oposição ao petista avance no Congresso.

A movimentação política de deputados que fazem oposição ao governo federal, no entanto, não se sustenta juridicamente, segundo especialistas ouvidos pelo Estadão. Advogados e juristas não veem no pedido dos parlamentares fundamentos que se enquadrem na Lei 1.079, que define os crimes de responsabilidade e regula o respectivo processo de julgamento de impeachment.

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante coletiva de imprensa na Etiópia
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante coletiva de imprensa na Etiópia Foto: Stringer/Reuters

De acordo com o pedido redigido pela oposição, Lula teria infringido o artigo quinto da Lei do Impeachment que classifica como crime de responsabilidade “cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”.

Os parlamentares dizem que a afirmação de Lula é “injustificável, leviana e absurda”. “É uma afronta aos judeus, aos descendentes do horror do nazismo e algo que só fomenta o crescimento do antissemitismo no Brasil”, diz o texto.

Para o especialista em Direito Eleitoral Alberto Rollo, apesar de “desastrosa”, “infeliz” e “ignorante”, a declaração do presidente não se enquadra como crime. Segundo Rollo, não há fundamento jurídico no pedido e o texto só deve avançar no Congresso em caso de perda de sustentação política do presidente.

“A pessoa comete o crime quando ela pratica os verbos que estão descritos na lei. É assim que a gente analisa juridicamente. No artigo quinto está “cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira”. Ele (Lula) foi infeliz na fala, foi desastroso, mas isso não chega a ser uma hostilidade. O presidente foi deselegante. É uma opinião errada, seja por ignorância ou por desconhecimento da história. Entendo que ato de hostilidade é você praticar alguma ação na prática, uma provocação, uma ameaça…”, disse Alberto Rollo.

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel Foto: Ohad Zwigenberg/EFE

Em resposta à fala de Lula, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que “comparar Israel ao Holocausto nazista e Hitler é cruzar uma linha vermelha”. “As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e sérias. São sobre banalizar o Holocausto e tentar ferir o povo judeu e o direito israelense de se defender.”

Outro trecho do artigo da lei usado como base do pedido de impeachment cita a responsabilização por expor a “República ao perigo da guerra” ou por “comprometer a neutralidade”. Para o advogado Alberto Rollo, as declarações de Lula também não se enquadram na lei.

“O Netanyahu (primeiro-ministro de Israel) declarou Lula persona non grata, mas não há uma sinalização ou discussão de que ele vá se voltar belicamente contra o Brasil, declarar guerra. O terceiro item, sobre o comprometimento da neutralidade, não há ações práticas por parte do presidente, é uma opinião”, disse.

Já o doutor em Direito Constitucional Acacio Miranda enfatiza o caráter político do processo de impeachment e sustenta que, no momento, “não há vontade política”.

“O pedido de impeachment é, pela sua própria natureza, um julgamento político. De nada adianta termos a subsunção do fato à norma, se não houver vontade política. Sobre o prisma jurídico, é possível relacionar. Como o impeachment depende de um julgamento político, não há vontade política. Se compararmos com os processos contra Collor e Dilma, enfrentávamos problemas econômicos e havia um desgaste do governo perante à sociedade”, disse.

Miranda explica ainda que, mesmo que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), aceite o pedido, o governo mantém maioria nas comissões e no plenário.

“O governo tem uma maioria sólida, por mais que exista uma queda de braço entre o Arthur Lira e o núcleo de organização política do governo. Lira é um político experiente, não entraria em uma aventura sabendo que irá perder”, afirmou.

Presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL)
Presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL) Foto: Zeca Ribeiro

O doutor em Direito Constitucional Flávio de Leão Bastos, professor da Faculdade de Direito do Mackenzie, diz que, ainda que a afirmação do presidente Lula seja “insustentável do ponto de vista histórico”, não expõe a República a uma situação de guerra.

“Eu não vejo, sobre uma perspectiva puramente jurídica, qualquer embasamento nesse pedido. Me parece muito mais um pedido político voltado para a bolha ou a base eleitoral desses membros do que um embasamento jurídico. O Brasil não cometeu nem o presidente Lula, muito menos, qualquer ato de hostilidade contra nação estrangeira”, disse.

 

SECRETÁRIO DE ESTADO AMERICANO FAZ REUNIÃO COM LULA HOJE EM BRASÍLIA

 

Declaração ofensiva à memória das vítimas do regime nazista se soma a uma sequência de falas críticas a Israel desde o ano passado, que contraria a posição clássica da diplomacia brasileira

Por Luiz Raatz – Jornal Estadão

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, deve se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira, 21. A visita, no âmbito da reunião de chanceleres do G-20, no Rio, ocorre em um momento no qual a guerra de Israel contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza coloca as diplomacias de Brasil e Estados Unidos, na defensiva, ainda que por motivos distintos.

Do lado brasileiro, Lula contratou uma crise desnecessária com Israel ao comparar o Holocausto com a invasão de Gaza. A declaração ofensiva à memória das vítimas do regime nazista, contra o qual os pracinhas brasileiros lutaram na 2ª Guerra, se soma a uma sequência de falas críticas a Israel desde o ano passado, que contraria a posição clássica da diplomacia brasileira e enfraquecem a própria ambição do petista de se apresentar como um negociador pela paz, já demonstrada nas também polêmicas declarações sobre a guerra na Ucrânia contra a Rússia.

Após a declaração de Lula, o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, convocou o embaixador Frederico Meyer para protestos, com direito a uma visita ao Museu do Holocausto que serviu como reprimenda ao diplomata. Seu chanceler, Israel Katz, declarou o petista persona non grata no país. Em resposta, Lula mandou Meyer retornar ao Brasil para consultas, um sinal de crise na relação bilateral.

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, durante uma reunião com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, em Berlim, Alemanha
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, durante uma reunião com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, em Berlim, Alemanha  Foto: Markus Schreiber / AP

Lula voltou à presidência com um programa de política externa que prometia trazer o Brasil de volta à arena internacional, depois de quatro anos da diplomacia desastrosa do bolsonarismo. A viagem à COP (convenção climática da ONU) de Sharm el-Sheikh, ainda antes da posse, sinalizou um presidente que pretendia fazer da questão climática o cartão de visitas.

Uma vez no Planalto, no entanto, Lula fez uma série de escolhas estrategicamente questionáveis: a reabilitação política do ditador Nicolás Maduro em Brasília, os acenos a Vladimir Putin após o G-20 e, agora, a evocação do Holocausto para criticar Israel.

Biden em maus lençóis

Do lado americano, a Casa Branca de Blinken e Joe Biden, enfrenta uma outra crise que também envolve a guerra em Gaza. O apoio inabalável americano a Israel provocou fortes críticas da base do Partido Democrata, sobretudo dos eleitores mais jovens, que foram cruciais para a vitória de Biden contra Trump quatro anos atrás. Com uma popularidade para lá de irregular, o presidente se viu pressionado politicamente a fazer mais para conter a ofensiva israelense em Gaza, que já matou mais de 30 mil pessoas, a maioria mulheres e crianças.

Com a possível revanche contra Trump prometendo ser apertada, sobretudo no colégio eleitoral, Biden anda numa linha tênue. Não pode perder o tradicional apoio dos eleitores judeus nos EUA, mas também precisa dos jovens para eletrizar a campanha nas ruas. Além disso, em Estados como o Michigan, onde a disputa pode ser definida com alguns milhares de votos, a pequena, mas aguerrida comunidade árabe pode custar a Biden a reeleição, caso prefira ficar em casa em vez de votar em novembro.

Com esse cenário em mente, Biden passou a pressionar o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu para pôr um fim à operação em Gaza, negociar a libertação dos reféns e abrir caminho para a criação de um Estado palestino, sem abandonar totalmente o aliado, sobretudo no envio de armas.

Nas últimas semanas, Blinken foi despachado para o Oriente Médio para negociar esse acordo, elogiado pela revista Economist e pelo veterano jornalista Thomas Friedman, especialista em Oriente Médio.

Não só não deu certo, como Blinken ouviu de volta de Netanyahu que Israel planeja uma ofensiva contra a cidade de Rafah, lar de cerca de 1,5 milhão de refugiados em Gaza. O risco que essa operação acarrete na expulsão de centenas de milhares de palestinos para o Egito é profundo.

Esse cenário poderia colocar em risco o acordo de paz de Camp David entre o Cairo e Tel-Aviv, além de radicalizar um grupo gigante de civis fragilizados nas mãos de outros grupos radicais que operam no Sinai. Para evitar esse cenário, os americanos agora trabalham na ONU por um cessar-fogo que impeça a invasão de Rafah.

Em meio a essas crises paralelas, o encontro entre Lula e Blinken será marcado também por um elefante cada vez maior na sala das relações bilaterais. Enquanto questões como o clima e relações trabalhistas aproximam o Planalto e a Casa Branca, as relações de Lula com o eixo Pequim-Moscou são vistas com ceticismo em Washington.

A Casa Branca sabe que precisa se reaproximar do Sul Global para conter sobretudo a expansão chinesa. A iniciativa chinesa Cinturão e Rota já conquistou obras em diversos países da Ásia, África e América Latina. Washington trabalha para oferecer uma alternativa.

O tema ambiental aproxima a gestão Biden de Lula. A defesa da democracia feita por enviados do democrata antes da transição de governo também colaborou para afugentar qualquer aventura golpista.

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, se encontra com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Nova York, Estados Unidos
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, se encontra com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Nova York, Estados Unidos  Foto: Jim Watson/AFP

Lula às vezes parece acreditar que o mundo de hoje é o mesmo de 2003, onde era possível ser um ator global sem se comprometer com a potência A ou a potência B. Mas, se seu curso estratégico for este, antiamericanismos antiquados como a defesa de um déspota como Putin e ataques preconceituosos contra Israel apenas afastam o Brasil de potenciais aliados.

É possível criticar possíveis crimes de guerra de Israel em Gaza sem o golpe baixo de mencionar Adolf Hitler. Bebês palestinos em incubadoras morreram ou ficaram órfãos. Hospitais, escolas e mesquitas foram destruídos, e a maior parte da população civil está se deslocando internamente dentro do território palestino conforme Israel atualiza os alvos da operação.

Parte da esquerda brasileira parece ainda estar presa a estereótipos da Guerra Fria. O Hamas e Putin têm muito pouco a ver com as pautas progressistas.

LULA PARECE TER DECLARADO GUERRA AO OCIDENTE COM SUAS DECLARAÇÕES NARCISISTAS

 

Na ânsia de se autopromover como líder global dos ‘pobres’ contra os ‘ricos’, Lula reduziu o Itamaraty a linha auxiliar de sua ideologia maniqueísta e de seu voluntarismo narcisista


Por Notas & Informações
– Jornal Estadão

Brasília (DF), 10/03/2023 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião ministerial, no Palácio do Planalto.

O presidente Lula da Silva parece ter declarado guerra ao Ocidente. Uma guerra imaginária, claro, mas nesse delírio o petista pretende posicionar o Brasil na vanguarda da luta contra tudo o que simboliza os valores ocidentais – tendo como companheiros de armas um punhado de notórias ditaduras, como China, Rússia, Irã e Venezuela.

A irresponsável declaração de Lula sobre Israel, comparando a campanha israelense contra os terroristas do Hamas ao Holocausto, está perfeitamente alinhada a esse empreendimento ideológico. Não foi, portanto, fortuita nem acidental.

Lula parece empenhado em usar seu terceiro mandato para lançar-se como líder político do tal “Sul Global”, uma espécie de aggiornamento do “Terceiro Mundo” dos tempos da guerra fria. Nessa nova ordem, as características distintivas do Ocidente – democracia, economia de mercado e globalização – são confrontadas por regimes autocráticos que buscam reviver o modelo que põe o Estado e a soberania nacional em primeiro lugar, à custa das liberdades individuais, direitos humanos e valores universais, denunciados como armas retóricas das democracias liberais para perpetuar sua supremacia.

No confronto Ocidente-Oriente, a geopolítica e a segurança nacional prevalecem sobre a economia e a globalização. A geopolítica multilateral do pós-guerra se fragmenta em arranjos insuficientes para as necessidades de cooperação ante desafios globais, como mudanças climáticas, pandemias, terrorismo e guerras.

O Brasil não está imune a essas incertezas, mas, comparativamente, tem vantagens. Suas dimensões, sua democracia multiétnica e pacífica e sua economia relativamente industrializada e diversificada o tornam uma potência regional. Seus recursos o colocam numa posição-chave para equacionar o tripé do desenvolvimento sustentável global: segurança alimentar, energética e ambiental.

Nessas águas turvas e tumultuosas, sem grandes instrumentos de poder, o País precisa, para defender interesses nacionais e promover os globais, de sutileza, inteligência e credibilidade. Felizmente, conta com uma tradição diplomática consagrada nos princípios constitucionais do respeito aos direitos humanos, à democracia e à ordem baseada em regras, e corporificada nos quadros técnicos do Itamaraty.

Mas esse capital está sendo dilapidado pela diplomacia sectária do presidente Lula da Silva. Lula já disse que a democracia é relativa. Mas sua política externa é definida por um princípio absoluto: a hostilidade ao Ocidente (o “Norte”, os “ricos”) e o alinhamento automático a tudo o que lhe é antagônico.

Sua passagem pela África foi um microcosmo desse estado de coisas. Interesses econômicos foram tratados de forma ligeira. Em entrevista, ele se evadiu de cobrar a Rússia e a Venezuela por sua truculência autocrática, ao mesmo tempo que insultou judeus de todo o mundo ao atribuir a Israel práticas comparáveis às dos nazistas.

Seja em conflitos onde o País teria força e autoridade para atuar, como os da América Latina, seja naqueles nos quais não tem força, Lula se alinha ao que há de mais retrógrado e autoritário. Abrindo mão de sua neutralidade, o País se desqualifica como potencial mediador. O Brasil poderia promover seus interesses econômicos e pontos de cooperação com a Eurásia sem prejuízo da defesa de valores civilizacionais comuns ao Ocidente. Mas Lula sacrifica os últimos sem nenhum ganho em relação aos primeiros. Em sua ânsia de se autopromover como líder global dos “pobres” contra os “ricos”, reduziu a máquina do Itamaraty a linha auxiliar de sua ideologia maniqueísta e seu voluntarismo narcisista.

A “frente ampla democrática” propagandeada na campanha eleitoral deveria ter sido projetada para as relações internacionais. Mas também aqui ela se mostrou uma fantasia eivada de sectarismo ideológico – arrastando consigo o Brasil, obliterando suas oportunidades de integração econômica e prejudicando possibilidades de cooperação pela promoção da paz, da democracia, dos direitos humanos e das liberdades fundamentais que a Constituição traçou como norte da diplomacia nacional.

LULA COM SUAS DECLARAÇÕES DESASTROSAS DEU MUNIÇÃO AO BOLSONARO PARA A SUA MANIFESTAÇÃO DO DOMINGO

Nos bastidores, aliados do governo preveem que presidente deu tiro no pé e sua atitude fará inflar ato de domingo na Avenida Paulista

Por Vera Rosa – Jornal Estadão

Até mesmo aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitem, nos bastidores, que ele deu munição para adversários ao comparar o ataque de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto, quando 6 milhões de judeus foram exterminados. Em conversas reservadas, apoiadores de Lula calculam que o ato convocado por Jair Bolsonaro para domingo, 25, na Avenida Paulista, tem tudo para reunir no mínimo 100 mil pessoas, incluindo agora uma legião de insatisfeitos com suas declarações.

Como na política uma imagem vale mais do que mil palavras, a foto da manifestação pode mostrar que o ex-presidente não está tão isolado quanto se imagina. Alvejado por investigações da Polícia Federal que o jogam no centro da estratégia montada meses a fio para dar um golpe no País, Bolsonaro convocou seus eleitores para dizer a eles que vem sofrendo uma “implacável perseguição política”. E, obviamente, vai aproveitar o ato para fustigar Lula e o governo.

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi orientando a não xingar seu algoz, o ministro do STF Alexandre de Moraes.
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi orientando a não xingar seu algoz, o ministro do STF Alexandre de Moraes. Foto: Wilton Júnior/Estadão

Ao prestar depoimento à PF nesta quinta-feira, 22, porém, o ex-presidente seguirá a orientação de advogados para ficar em silêncio. Sua equipe jurídica também pediu que ele não xingue o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do caso. Não se pode esquecer que, em 7 de Setembro de 2021, Bolsonaro chamou Moraes de “canalha” na mesma Avenida Paulista.

No Congresso, o PL e as frentes evangélicas da Câmara e do Senado aproveitam a “deixa” da crise diplomática com Israel para desgastar ainda mais Lula. Na tentativa de fazer barulho, um grupo de deputados da oposição vai protocolar nesta quarta, 21, um pedido de impeachment do presidente. Sabe-se que a iniciativa é um jogo de cena e não vai prosperar, mas, de qualquer forma, expõe fraturas na base aliada do governo por ter a assinatura de parlamentares de partidos que comandam ministérios, como o PP, União Brasil, MDB, Republicanos e PSD.

Lula vai participar de reuniões, nesta semana, com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e também com líderes das duas Casas. Quer acertar os ponteiros da articulação política – que já vinham quase parando antes mesmo do tiro no pé dado com suas declarações sobre Israel –, por causa do confronto entre Lira e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Centrão cobra cada vez mais caro pelo apoio

Agora, no entanto, o Centrão vai apresentar fatura mais cara pelo apoio ao Planalto. A maior resistência para acabar com o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), por exemplo, vem justamente do grupo de Lira. E o governo já admite negociar um acordo para substituir a Medida Provisória que reonerou 17 setores da folha de pagamentos por um projeto de lei com tramitação em regime de urgência, como quer a Câmara.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), cobrou retratação de Lula. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), cobrou retratação de Lula. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Apesar de ser aliado do presidente, Rodrigo Pacheco também cobrou dele um pedido de desculpas sobre a comparação entre as ações de Israel em Gaza ao Holocausto. “(…) Entendemos que uma retratação dessa fala seria adequada, pois o foco das lideranças mundiais deve estar na resolução do conflito entre Israel e Palestina”, disse Pacheco. “O governo brasileiro é mundialmente conhecido por sua diplomacia moderada, então devemos mostrar nossa influência, nossa contribuição, para a pacificação do conflito de modo equilibrado.”

Antes dessa crise, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), havia sido aconselhado a não ir ao ato em defesa de Bolsonaro, mas decidiu ir. Nunes conta com o apoio do ex-presidente na campanha e diz não acreditar que estar a seu lado agora tenha impacto negativo sobre sua candidatura à reeleição.

A portas fechadas, Nunes tem lembrado até mesmo que, em 2012, Lula apertou a mão de Paulo Maluf, à época o grande representante da direita, para ajudar Fernando Haddad. O PT avaliou que o gesto tinha sido um erro, mas Haddad foi eleito prefeito.

Os personagens desta temporada, porém, são muito diferentes e a história não se repete. Mesmo assim, tudo indica que a manifestação pró-Bolsonaro servirá para mostrar que o bolsonarismo não está morto. Resta aos aliados de Lula torcer para que uma chuva torrencial, daquelas de não deixar pedra, sobre pedra, caia sobre a capital paulista neste domingo.

 

REFLEXÕES SOBRE A ESTRADA DOS TIJOLOS AMARELOS DE ELTON JOHN

 

Wagner Balera

No encerramento de seu desempenho público o cantor Elton John escolheu essa canção de despedida.

Para mim parece uma dica reflexiva apropriada para o momento em que nos situamos.

Na estrada de tijolos amarelos os cães da sociedade uivam…

Eles, decerto, não são os pobres de cuja presença se tratará em outro ponto do caminho.

Os que reclamam são aqueles a quem os meios de comunicação dão sempre a palavra.

Acontece um desastre climático, mas quem fala não é o que entende de clima e, sim, o que somente enxerga os efeitos econômicos do desastre climático.

Sobram imóveis decorrentes do excesso de construção civil num período. Do outro lado do planeta. Imóveis cuja elaboração exigiu mão-de-obra, isto é, geraram emprego.

Mas à beira da estrada de tijolos amarelos as cassandras advertem: não dá mais para investir em moradias populares aqui, aqui mesmo. A margem é mínima.

E quando as ruas ficam cheias dos vira-latas não tem um centavo fuçando por petiscos como você pelo chão, nossos porta-vozes reclamam da sujeira que eles deixam nas ruas e ainda atacam com vis ameaças um outro Cristo que sai para lhes dar sopa e pão. Proposta para resolver o problema das pessoas em situação de rua é algo extremamente complexo. Melhor deixar para depois. Ataque-se já o usuário de drogas e se retirem todos os seus pertences sem nenhuma consideração do devido processo legal que, esse, só vale para os cães que uivam.

A solução do problema complexo pode ser encontrada mediante apoio ao que diz:  estou voltando para o meu arado.

 Não e não! Impossível. Os cães, benditos possuidores, não aceitariam o retorno de nem mesmo cinco por cento da população, antes se recusam a devolver assim as terras ancestrais dos povos originários como a dos quilombolas. E alguns até ironizam que, se você fizer isso, voltar atrás, virará estátua de sal, como fora advertida a mulher de Lot, que não acreditou na ameaça e hoje se multiplica em legião de estatuas de sal chamadas waiãpi, apurinã, tukano, guajajara, mura e yanomami.

Eu finalmente decidi minhas mentiras futuras.

Falemos sobre mentiras passadas, presentes e do que vem para o futuro.

A mentira passada das mais divulgadas é a de que o amarelo da bandeira representa o nosso ouro.

Mentira em dúplice dimensão. O amarelo entra na bandeira porque representa a casa imperial dos Habsburgos, à qual pertencia Leopoldina, primeira imperatriz do Brasil. E o ouro que foi encontrado por aqui em abundância, provavelmente não saiu das terras onde dominaram os Habsburgos por quase trezentos anos.  Decerto a Casa Imperial do colonizador fez uso do ouro brasileiro. Portanto, no Império, o ouro era dos Bragança, o verde da bandeira. É levaram o equivalente a dez anos da produção anual atual do metal.

E, consoante a mentira presente, o ouro não é nosso e, sim, dos que o extraem ilicitamente e ainda se lhes deu o poder de autodeclararem a permissão da lavra garimpeira que não permite a apuração da origem e o controle ambiental da atividade.

Trata-se, possivelmente, da mais amarela das lavagens de dinheiro perpetrada pelos cães e que se infiltra nas terras indígenas mediante a paga de sempre: os petiscos, tanto maiores quanto mais poderosos os que deveriam vigiar o solo.

A estrada dos tijolos amarelos leva à morte dos povos originários e quilombolas, no limite, à morte do Estado, que não consegue fazer cessar essa gritaria da coruja que uiva na mata. 

Mas sabe o que o Estado deve fazer, se não quiser morrer? Derrubará seu avião.  E destruirá tuas pistas de pouso clandestinas onde circula o ouro que você certificou. Não seria demais que cuidasse de processar você e te fazer cumprir a pena cabível por estar nos obrigando a dar adeus à estrada dos tijolos amarelos.

Esperemos que mentiras futuras deixem de existir, mediante controles eficientes da produção do tijolo amarelo, cuja extração não destrua o ambiente, como se faz em Canaã dos Carajás, de nome e memória tão simbólicos.

Fique, enfim, a homenagem a esse notável cantor e compositor e a reflexão que ele nos ajudou a ter sobre o tema.

Wagner Balera

Coordenador do Núcleo de Estudos de Doutrina Social, Faculdade de Direito da PUC-SP.

É Professor Titular de Direitos Humanos da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Coordenador do Núcleo de Direitos Humanos da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Coordenador da Revista Brasileira de Direitos Humanos. Membro da Academia Paulista de Direito. Membro da Academia Paulista de Letras Jurídicas. Membro da Academia Nacional de Seguros e Previdência. Membro da Academia Brasileira de Direito da Seguridade Social. Membro da Academia Brasileira de Direito Tributário. Advogado.

É Livre-Docente em Direito Previdenciário pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Doutorado em Direito das Relações Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Mestrado em Direito Tributário pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Graduado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP).

Presidente do IPCOM (Instituto de Previdência Complementar e Saúde Suplementar).

A INVASÃO DE RAFAH POR ISRAEL PODERÁ DEBILITAR O HAMAS MAS A ELIMINAÇÃO DO HAMAS NÃO É REALISTA

Por David Leonhardt

Bom dia. Estamos cobrindo o mais recente campo de batalha em Gaza – bem como os Houthis, a Interpol e as histórias em quadrinhos.

Três perguntas

A batalha iminente por Rafah – uma cidade no extremo sul de Gaza, mais distante de onde começou a invasão de Israel – encarna a dinâmica brutal do conflito. A guerra é tanto uma operação militar contra o Hamas, uma organização extremista que prometeu mais ataques terroristas contra Israel, como uma crise humanitária que trouxe morte, fome e deslocação de civis em Gaza.

A crise humanitária é clara. Durante a invasão de Gaza, que durou quatro meses, Israel matou mais de 29 mil pessoas, muitas delas crianças. O número de civis, em percentagem da população, está entre os mais elevados de qualquer guerra moderna. Muitos mais habitantes de Gaza fugiram das suas casas e lutam para encontrar comida. Um ataque a Rafah, que se tornou um refúgio para mais de metade da população de Gaza, agravaria a miséria.

Mas a importância militar de Rafah para o Hamas também é real, dizem os especialistas. Em 7 de outubro, o Hamas invadiu Israel, assassinando, agredindo sexualmente e sequestrando civis. Desde o ataque, os líderes do Hamas recusaram-se a libertar dezenas de reféns israelitas. Com Israel a assumir o controlo de grande parte do norte e centro de Gaza, pelo menos alguns líderes do Hamas e as suas armas parecem estar em túneis sob Rafah.

Duas coisas, então, são simultaneamente verdadeiras: para derrotar um inimigo violento, Israel poderá ter de invadir Rafah. E uma invasão de Rafah quase certamente pioraria o terrível custo civil da guerra.

No boletim informativo de hoje, examinarei três questões: O que Israel espera conseguir ao invadir? O que pode impedir uma invasão? E como poderá o número de civis ser reduzido se ocorrer uma invasão?

Os objetivos de Israel

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, estabeleceu uma meta ambiciosa: eliminar o Hamas. O objetivo também é controverso.

Alguns israelitas gostariam que o seu governo desse prioridade à libertação de reféns. Entretanto, muitos responsáveis ​​norte-americanos acreditam que a eliminação do Hamas não é realista. “As operações que matam militantes muitas vezes radicalizam outros”, observam os meus colegas Julian Barnes e Edward Wong .

Ainda assim, uma invasão de Rafah poderia debilitar o Hamas. Sem o controle de Rafah, como escreveu Yonah Jeremy Bob, correspondente militar sênior do The Jerusalem Post , “o Hamas perderia seus últimos grandes batalhões remanescentes, sua última grande cidade por esconder sua liderança e reféns com escudos humanos, e sua única maneira restante de rearmar e contrabandear armas de fora de Gaza.”

Um sinal da importância de Rafah para o Hamas surgiu durante um ataque nocturno na semana passada, quando as forças israelitas invadiram um edifício ali e resgataram dois reféns.

Isso pode ser evitado?

O caminho mais provável para evitar uma invasão envolveria um cessar-fogo prolongado em troca da libertação de cerca de 130 reféns que o Hamas ainda mantém em Gaza. “Ou os nossos reféns serão devolvidos ou expandiremos os combates até Rafah”, disse Benny Gantz, um político centrista israelita que se juntou ao governo após os ataques de 7 de Outubro.

Certamente existem impedimentos para um acordo. Por um lado, os líderes do Hamas compreendem que os reféns lhes dão vantagem: os militares de Israel poderão ser ainda mais agressivos se não restarem reféns. Por outro lado, Netanyahu sempre pareceu mais interessado em destruir o Hamas do que em obter a libertação dos reféns. Israel também se recusou a libertar prisioneiros palestinos em troca dos reféns.

Ainda assim, Netanyahu enfrenta pressão interna para trazer os reféns para casa. Os líderes do Hamas, por seu lado, poderão poupar as suas próprias vidas num cessar-fogo.

Protegendo civis

Se Israel invadir, as autoridades de todo o mundo pediram-lhe que protegesse os civis em Rafah. O presidente Biden e os líderes de muitos outros países dizem que Israel foi insensível em relação às vidas de civis nos primeiros quatro meses da guerra. Na semana passada, o Tribunal Internacional de Justiça recusou-se a opor-se à invasão de Rafah, mas reiterou a sua ordem para que Israel proteja os civis. O tribunal também ordenou que o Hamas libertasse os reféns.

Como poderão os civis de Rafah ser protegidos? Em muitas guerras, os civis encontram segurança num país vizinho, mas o Egipto recusou-se em grande parte a aceitar refugiados. Em vez disso, está construindo um muro perto de Rafah.

Alguns especialistas militares dizem que Israel já tomou medidas para proteger os civis, tais como a criação de corredores humanitários que permitem aos civis de Gaza fugir das zonas de batalha – embora militantes disfarçados do Hamas também possam escapar. “Israel ajustou quase tudo na sua abordagem para evacuar civis”, disse John Spencer, do Modern War Institute em West Point. Nos últimos dois meses, o número diário de mortos em Gaza diminuiu para cerca de 150 (incluindo combatentes e civis), segundo autoridades de Gaza, abaixo dos mais de 400 por dia em Outubro.

Mas 150 mortes diárias ainda é um número terrível, e muitos especialistas em direitos humanos dizem que Israel poderia reduzi-lo. Em Rafah, isso poderia envolver diversas ações: menos bombardeios aéreos; a criação de corredores humanitários para sair de Rafah e de zonas seguras temporárias dentro da cidade; e menos restrições à ajuda humanitária que Israel permite a entrada.

Os funcionários da administração Biden estão frustrados porque Netanyahu não tem um plano mais claro para proteger os civis em Rafah, de acordo com os meus colegas em Washington. Alguns congressistas democratas argumentam que os EUA deveriam interromper o seu fluxo de armas para Israel, a menos que Israel dê maior prioridade à protecção dos inocentes habitantes de Gaza.

Dentro de Rafah, muitas pessoas estão simplesmente assustadas. “Estamos tentando conviver com as condições de guerra, mas elas são muito difíceis”, disse Salem Baris, 55 anos, que fugiu para Rafah, à Al Jazeera . Dez crianças de sua família usam macacões hospitalares brancos – destinados a adultos – para se manterem aquecidos. “Espero que este pesadelo acabe e que eu possa voltar para casa.

 

CADEIA DE VALOR É UM MODELO QUE AJUDA AS EMPRESAS A DETERMINAR A SUA VANTAGEM COMPETITIVA

Veja como a cadeia de valor pode agregar mais qualidade aos produtos e serviços do seu negócio, gerando mais valor ao consumidor.

Tayrane – ploomes

Todo gestor pensa em como fazer seus produtos ou serviços se destacarem e ainda gerar lucro. Esse é o sonho de todas as empresas.

Embora seja fácil de pensar, não é tão fácil de realizar. Então, o que separa as empresas que chegam ao topo daquelas que quebram? 

As empresas são bem-sucedidas ou falham por vários motivos, mas um dos motivos mais poderosos é sua vantagem competitiva.

Nesse sentido, uma cadeia de valor é um modelo que ajuda as empresas a determinar sua vantagem competitiva e refinar suas práticas de negócios para operar com máxima eficiência e as maiores margens de lucro possíveis.

Continue a leitura para descobrir mais sobre a cadeia de valor, vantagens e como implantar na sua empresa.

O que é cadeia de valor?

A cadeia de valor é um modelo de negócios usado para analisar todas as atividades de uma empresa envolvidas no processo de criação de um produto ou serviço. Ou seja, desde a ideia inicial até chegar ao produto final a ser vendido. 

Sendo assim, as empresas podem usar o modelo de cadeia de valor para fortalecer sua proposta de valor e ampliar sua margem de lucro com mais eficiência e menos custos.

O conceito de cadeia de valor foi descrito pela primeira vez em 1985 pelo professor da Harvard Business School Michael Porter, em seu livro “Vantagem Competitiva: Criando e Sustentando um Desempenho Superior”.

Porter divide a análise da cadeia de valor em cinco atividades primárias e quatro atividades secundárias. Essas análises juntas criam um valor maior do que o custo de realizar essas atividades individualmente. 

De maneira geral, existem duas maneiras de melhorar o valor em uma cadeia de valor. São eles: 

  • Aumentar o valor social de uma empresa e produtos por meio da qualidade e da credibilidade da marca para que os consumidores comprem mais;
  • Diminuir os custos de um produto e produção para incentivar os clientes a comprar mais e ampliar as margens de lucro.

Também é possível usar a análise da cadeia de valor para ajudar a aumentar o lucro, buscando melhorias em atividades específicas nas linhas de vendas e produção.

Ao aumentar o valor ou diminuir os custos com base na cadeia de valor de uma empresa, cria-se uma vantagem competitiva no mercado e aprimora as estratégias de vendas.

Levando em conta a rapidez com que as tendências mudam no mundo dos negócios, o fato do conceito da cadeia de valor criado por Porter há décadas atrás ainda ser usado, mostra como ele funciona e o quanto beneficiou as empresas ao longo dos anos.

Como a cadeia de valor funciona?

A estrutura da cadeia de valor ajuda as empresas a identificar e agrupar suas próprias funções em atividades primárias e secundárias.

Analisar essas atividades e subatividades, além dos relacionamentos entre elas, ajuda as organizações a entendê-las como um sistema de funções relacionadas. 

Também é possível analisar individualmente cada uma para avaliar se o resultado de cada atividade ou subatividade pode ser melhorado em relação ao custo, tempo e esforço exigidos.

Confira como funciona as atividades primárias e secundárias da cadeia de valor: 

Atividades primárias

As atividades primárias contribuem para a criação física, venda, manutenção e suporte de um produto ou serviço. Essas atividades incluem o seguinte:

  • Operações de entrada: é o gerenciamento interno de recursos que vem de fontes externas, como fornecedores externos e outras fontes da cadeia de suprimentos. Esses recursos externos que entram são chamados de “insumos” e podem incluir também matérias-primas;
  • Operações de saída: atividades e processos que transformam entradas em saídas, ou seja, o produto ou serviço vendido pela empresa que é entregue para os clientes;
  • Logística: é a entrega das saídas para os clientes. Esses processos podem envolver sistemas de armazenamento, coleta e distribuição aos clientes. Isso inclui o gerenciamento de sistemas internos, por exemplo;
  • Marketing e vendas: atividades como publicidade e construção de marca, que buscam aumentar a visibilidade, atingir um público maior e comunicar por que um consumidor deve comprar um produto ou serviço;
  • Serviço: atividades como atendimento ao cliente e suporte, que reforçam um relacionamento de longo prazo com os clientes.

Como os problemas de gerenciamento costumam ser relativamente fáceis de identificar aqui, as atividades primárias bem gerenciadas costumam ser a vantagem de custo de uma empresa. Isso significa que a empresa pode produzir um produto ou serviço a um custo menor do que seus concorrentes.

Atividades secundárias

As seguintes atividades secundárias contemplam as várias atividades primárias, sendo:

  • Aquisição e compras: encontrar novos fornecedores, manter relacionamentos com fornecedores, negociar preços e outras atividades relacionadas a trazer os materiais e recursos necessários para construir um produto ou serviço;
  • Gestão de Recursos Humanos: a gestão de pessoas inclui funções como contratação, treinamento, construção e manutenção de uma cultura organizacional, além de manter relacionamentos positivos com os funcionários;
  • Desenvolvimento de tecnologia: atividades como pesquisa e desenvolvimento, gerenciamento de TI e segurança que constroem e fomentam o uso da tecnologia por uma empresa;
  • Infraestrutura da empresa: atividades necessárias da empresa, como jurídico, gerenciamento geral, administrativo, contábil, financeiro, relações públicas e garantia de qualidade.

Quais os benefícios da cadeia de valor?

A estrutura da cadeia de valor permite que as empresas entendam e analisem onde a eficiência de custo é boa ou ruim dentro da organização. 

Embora possa parecer muito trabalhoso revisar todas as atividades da empresa para determinar sua vantagem competitiva, essa percepção faz a diferença. Assim como KPIs e relatórios informam suas operações e estratégias de vendas, uma análise mais abrangente da cadeia de valor traz muitos benefícios, sendo: 

  • Melhora a tomada de decisão para várias atividades do negócio;
  • Permite diagnosticar pontos de ineficácia para pensar em ações de correção;
  • Possibilita compreender as ligações e dependências entre as diferentes atividades e áreas do negócio;
  • Torna possível otimizar as atividades para maximizar a produção e minimizar as despesas organizacionais;
  • Potencialmente criar uma vantagem de custo sobre os concorrentes.

Como implementar a cadeia de valor?

Implementar a análise da cadeia de valor ajuda a empresa a identificar os fatores que criam ou prejudicam a eficiência de custos em seu modelo de negócios.

Ao passar por uma análise da cadeia de valor, as empresas devem considerar a estrutura como um ponto de partida, e não como um processo completo do início ao fim.

Confira alguns dos passos que as empresas podem seguir para entender suas cadeias de valor:

1. Identifique as subatividades de cada uma de suas atividades primárias

Como vimos anteriormente, as atividades diretas são atividades que criam valor por conta própria. Por exemplo, observe a atividade principal da logística. Uma atividade direta pode ser buscar fornecedores de novas matérias-primas.

Já as atividades indiretas dão suporte às atividades diretas e permitem que elas funcionem sem problemas. 

Olhando novamente para a atividade direta  (buscar novos fornecedores de matérias-primas) a atividade indireta para apoiá-la pode ser manter um registro atualizado das informações de contato do fornecedor.

2. Identifique as subatividades de cada uma de suas atividades secundárias

Ao revisar as atividades secundárias, tente encontrar subatividades que também complementam as atividades principais.

Lembre-se: o objetivo das atividades secundárias é dar suporte às atividades primárias, portanto, quando estiver procurando por subatividades, elas devem se encaixar no suporte às primárias.

3. Encontre links entre todas as atividades

A maioria, senão todas, as ações que uma empresa realiza impactam outros setores. É preciso identificar esses links para que aproveitá-los.

Por exemplo, se uma empresa está escolhendo um fornecedor, vários fatores podem afetar o processo, então é preciso se fazer perguntas como:

  • Você já trabalhou com eles antes?
  • O que eles estão cobrando?
  • Onde eles estão localizados?
  • Quão rápido eles podem entregar as matérias-primas?

Responder a essas perguntas ajudará você a evitar ir com o fornecedor errado. Por exemplo, você não gostaria de escolher um fornecedor com uma distância de transporte ou trânsito mais longa. Isso impactaria negativamente a taxa de produção, o que influencia o preço do produto. Isso, por sua vez, afeta o público-alvo, o que impacta as vendas em geral.

4. Descubra oportunidades para aumentar o valor ou diminuir os custos

Depois de estabelecer uma lista abrangente de links e atividades, tente encontrar oportunidades para aumentar o valor para o cliente ou diminuir os custos da empresa. 

Este também é o momento de procurar atividades que não agregam valor significativo, como um software desatualizado que ainda está sendo pago.

Também avalie os relacionamentos e veja quais ainda fazem sentido. Nem todas as relações de negócios são feitas para durar, então use sua equipe de desenvolvimento de negócios para cortar os laços que já não trazem vantagem. 

Conclusão

Dicas de otimização podem ser úteis para colocar a estratégia em prática, mas o segredo para gerenciar sua cadeia de valor está em utilizar um CRM.

Embora as cadeias de valor sejam úteis, elas exigem a análise e o rastreamento de uma grande quantidade de dados em toda a empresa.

Por isso, com um software de CRM, é possível rastrear dados e comunicações automaticamente, o que torna o processo de cadeia de valor muito mais eficiente. 

CARACTERÍSTICAS DA VALEON

Perseverança

Ser perseverante envolve não desistir dos objetivos estipulados em razão das atividades, e assim manter consistência em suas ações. Requer determinação e coerência com valores pessoais, e está relacionado com a resiliência, pois em cada momento de dificuldade ao longo da vida é necessário conseguir retornar a estados emocionais saudáveis que permitem seguir perseverante.

Comunicação

Comunicação é a transferência de informação e significado de uma pessoa para outra pessoa. É o processo de passar informação e compreensão entre as pessoas. É a maneira de se relacionar com os outros por meio de ideias, fatos, pensamentos e valores. A comunicação é o ponto que liga os seres humanos para que eles possam compartilhar conhecimentos e sentimentos. Ela envolve transação entre pessoas. Aquela através da qual uma instituição comunica suas práticas, objetivos e políticas gerenciais, visando à formação ou manutenção de imagem positiva junto a seus públicos.

Autocuidado

Como o próprio nome diz, o autocuidado se refere ao conjunto de ações que cada indivíduo exerce para cuidar de si e promover melhor qualidade de vida para si mesmo. A forma de fazer isso deve estar em consonância com os objetivos, desejos, prazeres e interesses de cada um e cada pessoa deve buscar maneiras próprias de se cuidar.

Autonomia

Autonomia é um conceito que determina a liberdade de indivíduo em gerir livremente a sua vida, efetuando racionalmente as suas próprias escolhas. Neste caso, a autonomia indica uma realidade que é dirigida por uma lei própria, que apesar de ser diferente das outras, não é incompatível com elas.

A autonomia no trabalho é um dos fatores que impulsionam resultados dentro das empresas. Segundo uma pesquisa da Page Talent, divulgada em um portal especializado, 58% dos profissionais no Brasil têm mais facilidade para desenvolver suas tarefas quando agem de maneira independente. Contudo, nem todas as empresas oferecem esse atributo aos colaboradores, o que acaba afastando profissionais de gerações mais jovens e impede a inovação dentro da companhia.

Inovação

Inovar profissionalmente envolve explorar novas oportunidades, exercer a criatividade, buscar novas soluções. É importante que a inovação ocorra dentro da área de atuação de um profissional, evitando que soluções se tornem defasadas. Mas também é saudável conectar a curiosidade com outras áreas, pois mesmo que não represente uma nova competência usada no dia a dia, descobrir novos assuntos é uma forma importante de ter um repertório de soluções diversificadas e atuais.

Busca por Conhecimento Tecnológico

A tecnologia tornou-se um conhecimento transversal. Compreender aspectos tecnológicos é uma necessidade crescente para profissionais de todas as áreas. Ressaltamos repetidamente a importância da tecnologia, uma ideia apoiada por diversos especialistas em carreira.

Capacidade de Análise

Analisar significa observar, investigar, discernir. É uma competência que diferencia pessoas e profissionais, muito importante para contextos de liderança, mas também em contextos gerais. Na atualidade, em um mundo com abundância de informações no qual o discernimento, seletividade e foco também se tornam grandes diferenciais, a capacidade de analisar ganha importância ainda maior.

Resiliência

É lidar com adversidades, críticas, situações de crise, pressões (inclusive de si mesmo), e ter capacidade de retornar ao estado emocional saudável, ou seja, retornar às condições naturais após momentos de dificuldade. Essa é uma das qualidades mais visíveis em líderes. O líder, mesmo colocando a sua vida em perigo, deve ter a capacidade de manter-se fiel e com serenidade em seus objetivos.

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terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

IMPLANTE CEREBRAL OBTEM OS PRIMEIROS RESULTADOS POSITIVOS

 

História de Notícias ao Minuto Brasil 

O implante, do tamanho de uma moeda, foi previamente testado no cérebro de um macaco, que conseguiu jogar o videogame "Pong" sem a necessidade de controle ou teclado

O implante, do tamanho de uma moeda, foi previamente testado no cérebro de um macaco, que conseguiu jogar o videogame “Pong” sem a necessidade de controle ou teclado© Getty Images

Elon Musk anunciou que o implante cerebral recentemente instalado por sua empresa, a Neuralink, permitiu que um paciente movimentasse o cursor na tela de um computador apenas com o poder da mente.

“Os avanços têm sido significativos, e o paciente parece ter se recuperado completamente, sem efeitos neurológicos adversos de que tenhamos conhecimento”, compartilhou em um grupo na rede social X [antigo Twitter], conforme citado pelo Metro UK. Ele então fez uma revelação que pode transformar a maneira como interagimos usando nossa mente.

“O paciente foi capaz de controlar um cursor na tela apenas com a mente”, revelou.

Em janeiro, o empresário já havia anunciado que a Neuralink, da qual é cofundador, havia realizado com sucesso o primeiro implante cerebral em um paciente, uma operação que também foi conduzida por outras empresas e pesquisadores.

O implante, do tamanho de uma moeda, foi previamente testado no cérebro de um macaco, que conseguiu jogar o videogame “Pong” sem a necessidade de controle ou teclado.

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AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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