História de ADRIANA FERNANDES E IDIANA TOMAZELLI • 10 h
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O governo de Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) editou uma norma para fechar brechas que poderiam servir de rota de
fuga para investidores super-ricos após a aprovação da nova tributação
dos chamados fundos exclusivos.
Uma resolução do CNSP (Conselho Nacional de Seguros Privados) proibiu
a criação de novos planos familiares exclusivos de Previdência com
saldos individuais acima de R$ 5 milhões.
A decisão foi tomada nesta segunda-feira (19) pelo órgão, responsável
por fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados, e
precisará passar por regulamentação da Susep (Superintendência de
Seguros Privados).
Segundo técnicos do governo, o objetivo é evitar que esses fundos
sejam usados de forma indevida para planejamento tributário e sucessório
dos investidores de alta renda.
As estimativas da equipe econômica indicam que os fundos exclusivos
de Previdência já contam com cerca de R$ 60 bilhões, um volume ainda
pequeno se comparado ao dos fundos exclusivos (mais de R$ 800 bilhões).
Mas a avaliação é de que era preciso fechar o cerco, uma vez que esse
produto conta com uma tributação mais favorável para incentivar a
poupança no longo prazo benefício que vinda sendo usado de maneira
crescente como uma forma de planejamento indevido.
Com as alterações da legislação dos fundos exclusivos, havia
possibilidade de um movimento de migração de recursos para fundos
previdenciários, o que tiraria potencial de arrecadação da nova medida.
Esse produto já estava inclusive sendo oferecido pelas seguradoras
para clientes de alta renda como substituição aos fundos exclusivos, que
passaram a ser tributados pelo chamado come-cotas recolhimento
semestral de imposto sobre os rendimentos.
Hoje, os fundos VGBL têm um regime de tributação favorecido para quem
poupa no longo prazo. A alíquota vai diminuindo quanto maior é o tempo
da aplicação. Se o investidor sacar depois de 10 anos, a alíquota é 10%.
Também não há a cobrança do chamado do come-cotas.
Segundo técnicos, o que estava acontecendo é que as seguradoras
montavam planos de fundos exclusivos para determinados clientes para
este produto. Com isso, os super-ricos conseguiam não só adiar o momento
da tributação, mas também reduzir a alíquota paga em vez de pagar 15%,
como nos fundos fechados, o recolhimento seria de 10%.
Segundo o Ministério da Fazenda, a nova regulamentação “veda de imediato” a constituição dos planos nessas características.
“O normativo inclui, ainda, dispositivos que têm por objetivo
preservar a higidez do segmento de produtos de acumulação e sua natureza
tipicamente de incentivo à formação de poupança longo prazo”, disse a
pasta em nota.
A lei que trata da tributação de recursos em offshores (com sede no
exterior) e fundos exclusivos, instrumentos usados pelos chamados
super-ricos, foi sancionada por Lula em dezembro do ano passado.
O empresário Abílio Diniz, um dos maiores líderes empresariais do Brasil, morreu neste domingo, 18,
aos 87 anos. Figura frequente no noticiário econômico, ele também
esteve nas páginas de polícia dos jornais quando foi alvo de um
sequestro de repercussão internacional.
Em 11 de dezembro de 1989, ele foi capturado perto da sua casa, no
Jardim Europa, em São Paulo, por um grupo de integrantes do Movimento de
Esquerda Revolucionária-Político (MIR-Político) e das Forças Populares
de Libertação (FPL).
Os dois grupos eram originários de El Salvador, país da América Central, mas os integrantes vinham de diferentes países. Ao todo, dez pessoas estavam envolvidas no sequestro: um brasileiro, o cearense Raimundo Rosélio Costa Freire, dois canadenses, dois argentinos e cinco chilenos.
Diniz ficou sete dias em cativeiro, sob o pedido de resgate de US$
30 milhões. Ele foi encontrado pela polícia em um sobrado no Jabaquara,
na zona sul da capital, e libertado após 35 horas de negociação e trocas
de tiros entre a polícia e os sequestradores. Cerca de 200 policiais estiveram envolvidos na operação.
“Os dias em cativeiro foram os piores da minha vida”, disse Diniz, à época. O Estadão reportou
todo o caso. A polícia conseguiu descobrir o paradeiro dele e desvendar
o caso após prender um primeiro envolvido, chileno, que havia deixado
seu número de telefone em uma oficina mecânica contratada para realizar
reparos no carro utilizado no sequestro. Preso, ele cedeu informações às
autoridades.
Os sequestradores afirmaram, à época, que a ação tinha fins políticos e que queriam dinheiro para financiar a guerrilha em El Salvador.
Todos foram condenados a cumprir penas que variavam de 26 a 28 anos de
prisão, que depois foram reduzidas pelo Tribunal de Justiça de São
Paulo.
Após a redução das penas pelo TJ-SP e a assinatura de tratados de
transferência de presos, o grupo de estrangeiros foi enviado aos países
de origem em 1998 e 1999, após fazerem uma greve de fome, e lá seguiram
cumprindo o restante de suas penas. Em 2012, todos os chilenos envolvidos já estavam livres.
O brasileiro Raimundo Rosélio Costa Freire ficou dez anos preso pelo crime, mas voltou à prisão em 2012 por tráfico de drogas.
Ele foi condenado a 28 anos pelo sequestro do empresário, mas teve a
pena reduzida para 17 anos e, em abril de 1999, passou para liberdade
condicional, morando em Fortaleza.
Após 13 anos longe do presídio, o brasileiro foi preso em flagrante
quase dez quilos de cocaína e 13 gramas de maconha em um sítio na Praia
de Barro Preto, no litoral leste do Ceará.
O fato de as guerrilhas envolvidas no sequestro serem de esquerda
motivou a associação do grupo criminoso ao Partido dos Trabalhadores
(PT). Na época, materiais da campanha de Lula à Presidência da República
chegaram a ser apresentados à imprensa como de posse dos
sequestradores, mas o envolvimento do PT com o crime nunca foi
comprovado.
Em 1989, Lula havia perdido a eleição para Fernando Collor. Ele se tornou presidente pela primeira vez apenas em 2003.
Não à toa o nosso cérebro tem horários e melhores condições para tomar decisões.
Entenda como isso funciona.
Quantas decisões você toma ao longo do dia? O quanto é difícil tomar algumas delas?
Certamente você já percebeu que o cérebro humano lida melhor com decisões nas primeiras horas do dia.
Acordar, tomar banho, escovar os dentes, ir para o trabalho, tomar
café, almoçar, tomar ou não água ao longo do dia… tudo é decisão e o
nosso cérebro precisa de energia para investir em boas escolhas ao longo
de todo o dia.
Por que o cérebro tem um limite de decisões para tomar ao longo do dia?
Nosso cérebro é limitado pelos seus recursos disponíveis. Imagine que
você tem uma caixa d´água que permite a vazão de apenas 80 litros de
água por dia, e você precisa priorizar para onde vai cada litro. E mais,
desses 80 litros, 50 já estão comprometidos com as atividades
obrigatórias que tem que ser feitas todo dia. O cérebro trabalha mais ou
menos assim para gerenciar o seu consumo de energia.
“Toda tarefa cognitiva que exige pensamento focado, como ponderar
entre duas opções, avaliar o risco de uma decisão e tentar prever suas
consequências, ou até mesmo o esforço para resistir a uma tentação (como
um doce após o almoço), representa uma atividade com alta complexidade
e, também, alto custo energético. Ao longo de um dia, quanto mais alta a
carga cognitiva no seu cérebro, mais rápido ele esgota a energia que
tem disponível”, detalhou a neurocientista parceira do SUPERA –
Ginástica para o cérebro.
Decisões de manhã x decisões a noite
Partindo da premissa de que a noite de sono foi restauradora, o
cérebro inicia o dia com todo seu potencial disponível, mas o quanto de
disposição e energia ele ainda terá a noite vai depender da carga
cognitiva sofrida ao longo do dia.
Carga cognitiva significa a carga imposta ao sistema cognitivo das
pessoas, decorrente do esforço mental exigido na realização de tarefas,
como a aprendizagem de novos conhecimentos ou a tomada de decisões.
“Por exemplo, se uma pessoa começa o dia trabalhando em reuniões,
lidando com conflitos, depois vai à escola dos filhos resolver
problemas, em seguida precisa atender clientes e a noite vai para a
faculdade, com certeza ela chegará em casa esgotada. Diferente de alguém
que estudou de manhã, trabalhou em atividades mais mecânicas e depois
encontrou com os amigos. Essas duas pessoas terão diferentes níveis de
energia para tomar uma decisão à noite, mas nos dois casos, não custa
nada deixar para o outro dia”, explicou a neurocientista do SUPERA –
Ginástica para o cérebro, Livia Ciacci.
A capacidade de decidir pode diminuir ao longo do dia?
Não há um horário padrão para tomar decisões, porque, segundo a
especialista do SUPERA – Ginástica para o cérebro isso é algo que
depende tanto do estado de saúde geral do corpo (que reflete no quão
rápido a pessoa se cansa), quanto da intensidade do esforço cognitivo
das tarefas já realizadas no dia. Mas a lógica é que o poder de tomar
decisões conscientes vai diminuindo ao longo do dia.
“Alguns estudos já avaliaram as decisões tomadas por médicos e juízes
em diferentes momentos do dia, e todos constatam essa diminuição da
qualidade, mesmo que a pessoa não perceba”, explicou.
Como otimizar a energia ao longo do dia?
A única maneira de garantir energia disponível para aquilo que é
realmente importante, é tendo um olhar cuidadoso para a rotina e para a
sua agenda. Parece bobeira, mas acordar sabendo exatamente o que vai
comer, vestir e organizar em casa antes de sair pode poupar seu cérebro
de muitas decisões que são pequenas, mas geram esforço.
Para quem deseja ou precisa ter um alto desempenho cognitivo, a
rotina é a maior aliada. Ela precisa ser fluida, fácil e sem atritos. E
no quesito agenda, vale ter cautela ao se comprometer com muitas
atividades, ou com atividades complexas no final do dia. A dica aqui é
usar a inteligência para distribuir as tarefas e compromissos
estrategicamente ao longo da semana.
Agora, considerando o período de um dia, podemos melhorar o
desempenho do cérebro se hidratando, fazendo pausas e se alimentando nos
horários corretos.
Qual é o papel dos estimulantes neste processo?
Seria maravilhoso se o café e outros estimulantes não tivessem papel importante neste processo, mas tem.
Quando estamos usando os circuitos do cérebro para pensar, tomar
decisões, ler, estudar, e tantas outras tarefas, os neurônios consomem
ATP – que é o combustível ou a gasolina do cérebro. Quebrar muitas
moléculas de ATP gera um subproduto que é a Adenosina (como se fosse o
gás carbônico da queima da gasolina). A adenosina vai se acumulando e se
liga a receptores que causam a sensação de cansaço e sonolência.
“A cafeína se parece com a adenosina o suficiente para ocupar a
ligação com esses receptores, mas seu efeito é oposto, ela vai evitar
que se sinta o cansaço além de induzir a liberação de adrenalina, que
vai trazer a sensação de estar energizado. Mas tudo isso é temporário, e
quando passa o efeito, todo aquele cansaço está acumulado ali, e talvez
até pior”, explicou Livia Ciacci.
Sono, atividade física e estímulo cognitivo
Dentro deste contexto, o sono é o único recurso para ‘faxinar o
cérebro’ e prepará-lo para mais uma rodada de atividades. Levar a
qualidade do sono a sério é a estratégia mais eficaz e econômica para
melhorar a performance mental.
Os exercícios físicos e a alimentação são os responsáveis pela saúde
do corpo e do coração, essenciais para que o cérebro tenha equilíbrio
para se dedicar ao esforço mental. “Lembre-se sempre que o corpo
sinaliza para o cérebro como ele está, se está faltando água,
nutrientes, ou se o metabolismo está bagunçado, e isso vai diminuir a
disposição para se dedicar aos esforços cognitivos”, explicou.
Já os estímulos cognitivos de qualidade, ou ginástica para o cérebro,
tem a função de treinar o cérebro para diferentes tipos de
processamentos. Quando ensino para o cérebro maneiras diferentes de
lidar com problemas, cálculos ou outras habilidades cognitivas, ele
gastará menos energia quando tiver que usar esses recursos. É como um
atleta, que só consegue bater recordes de performance porque ele treina o
suficiente para que aquela atividade se torne fácil para ele.
Quais seriam os melhores ‘horários’ para tomar boas decisões?
São os horários que você está descansado, alimentado, bem hidratado e sem preocupações excessivas roubando a atenção.
“É muito comum nós negligenciarmos esse cuidado com o momento certo
para fazer certos tipos de atividades mentais, isso acontece porque nós
não percebemos a queda de desempenho gradual, e temos a tendência de
acreditar que estamos prestando atenção em tudo. Mas na verdade, à
medida que a fadiga vai aumentando, o cérebro vai automatizando as
decisões. Ou seja, ele liga o piloto automático, você acha que está em
pleno controle, mas no dia seguinte pode vir a pensar “onde eu estava
com a cabeça”?”, concluiu a especialista.
A maturidade digital é um indicador de grande relevância para o
sucesso empresarial na era moderna. Ela refere-se à capacidade de uma
organização em utilizar efetivamente a tecnologia digital para atingir
seus objetivos. Medir esse grau de maturidade é essencial para
compreender onde a empresa se encontra na jornada da automação de
processos, produtos e serviços.
Nesse contexto, entenderemos os estágios e táticas para aprimorar
esse parâmetro, como inovação, metodologias específicas e parcerias
estratégicas. A busca por uma maturidade digital sólida é primordial
para enfrentar os desafios e destacar-se em um ambiente cada vez mais
informatizado.
Saiba mais a seguir!
O que é maturidade digital e como ela acontece?
A maturidade digital é um conceito essencial para o progresso e a
evolução dos negócios na era atual, caracterizada pela prevalência de
tecnologias digitais. Ela se refere à capacidade de uma empresa competir
efetivamente em um ambiente tecnológico, adotando práticas inovadoras e
se adaptando continuamente às demandas do mercado.
Essa evolução ocorre em estágios distintos, refletindo o grau de
integração e aproveitamento das tecnologias digitais pela organização.
No primeiro estágio, as empresas buscam implementar soluções digitais,
muitas vezes apenas para otimizar tarefas existentes. Conforme avançam
para níveis subsequentes, a tecnologia se torna uma parte fundamental da
estratégia, pois impulsiona a automação, a análise de dados e a
capacidade de inovar.
A importância da maturidade digital para os negócios é monumental. Em
um mundo onde a transformação digital é inevitável, as empresas que
atingem níveis mais elevados conseguem sobreviver e prosperar. A
capacidade de se adaptar rapidamente às mudanças tecnológicas oferece
vantagens competitivas que impulsionam a eficiência operacional e a
satisfação do cliente.
À medida que uma companhia avança em direção à maturidade digital,
ela adquire a capacidade de conectar dados de diversos canais, o que
favorece a absorção de insights valiosos para embasar decisões
estratégicas. Além disso, a cultura organizacional torna-se mais
propícia à inovação, criando um ambiente que estimula a criatividade e a
colaboração.
O progresso na maturidade digital é crucial para permanecer relevante
em um cenário de negócios dinâmico. Empresas que atingem estágios mais
avançados têm maior probabilidade de explorar oportunidades emergentes,
personalizar a experiência do público consumidor e se destacar em um
mercado saturado.
Como medir o grau de maturidade digital da empresa?
Medir o grau de maturidade digital é um processo estratégico
essencial para compreender seu posicionamento atual e identificar áreas
de melhoria. A análise é comumente baseada em 4 estágios específicos.
Nascente
A empresa geralmente utiliza dados de terceiros e realiza compras
diretas de mídia com uma conexão limitada aos resultados de vendas.
Estar no estágio nascente envolve avaliar a dependência de dados
externos e a eficácia das campanhas de marketing em gerar vendas
tangíveis. A ênfase recai na avaliação da eficácia das estratégias de
mídia.
Emergente
À medida que a empresa avança para o estágio emergente, suas
campanhas são baseadas em dados próprios e a compra de mídia torna-se
mais pontual, com otimização e testes independentes por canal de mídia.
Nessa fase, a medição do grau de maturidade digital inclui a análise da
autonomia em dados internos, a eficiência dos processos realizados e a
capacidade de ajustar estratégias com base em métricas específicas —
relacionadas ao ramo do negócio.
Conectado
No estágio conectado, os dados são integrados em vários canais de
mídia, permitindo a mensuração do impacto dos investimentos em cada ação
no retorno financeiro. A medição concentra-se na eficácia da integração
de dados e na capacidade de analisar o retorno sobre o investimento
(ROI) de maneira abrangente. O alinhamento entre investimentos e
resultados tangíveis é fundamental.
Multimomento
Finalmente, no estágio multimomento, as empresas aplicam o conceito
de consumidor omnichannel, executando ações de forma dinâmica e
otimizada, direcionadas para resultados individuais em diferentes canais
de mídia. Medir esse estágio implica avaliar a capacidade da empresa de
personalizar a experiência do cliente em vários pontos de contato,
garantindo eficácia e coesão.
A medição do grau de maturidade digital nessas fases não é apenas uma
análise superficial, mas sim uma avaliação aprofundada das práticas,
processos e resultados. Envolve métricas específicas alinhadas aos
objetivos de cada estágio, desde a dependência inicial até a autonomia
completa na gestão de estratégias digitais. A compreensão do estágio
atual é fundamental para desenvolver planos de ação direcionados,
promovendo o avanço contínuo na digitalização da empresa.
De que modo é possível melhorar esse parâmetro?
Aprimorar a maturidade digital requer estratégias cuidadosas e
inovadoras, que vão além da simples implementação de tecnologias. Vamos
explorar algumas dicas significativas para impulsioná-la.
Concentre-se na cultura da inovação
Fomentar uma cultura organizacional inovadora é crucial. Encoraje os
colaboradores a pensarem criativamente, experimentarem novas abordagens e
estarem abertos a mudanças. A inovação não se limita apenas às soluções
tecnológicas, mas também à forma como os processos são concebidos e
executados.
Utilize metodologias inovadoras
A adoção de metodologias inovadoras — como Design Thinking, Golden
Circle, Open Innovation, Scrum e Kanban — promove uma abordagem flexível
e adaptativa no desenvolvimento de projetos. Essa condição permite que
as equipes respondam rapidamente às mudanças, melhorem continuamente os
processos e entreguem valor de maneira mais eficiente.
Invista em tecnologias de ponta
Integrar tecnologias avançadas é fundamental. Ferramentas de
automação, inteligência artificial (IA) e análise de dados desempenham
papéis vitais na otimização de operações. Investir em abordagens que
alinhem soluções tecnológicas e estratégias de negócios impulsiona a
eficiência e a competitividade.
Promova a capacitação contínua
A velocidade das mudanças tecnológicas demanda uma equipe bem
treinada e atualizada. Promover treinamentos e incentivar a busca por
conhecimento cria uma cultura de aprendizado contínuo, preparando o time
para adotar prontamente novas tecnologias. Essa abordagem eleva o nível
de competência e fortalece a base para uma maturidade digital
sustentável e inovadora.
Realize uma transformação digital abrangente
A abordagem da transformação digital deve ser holística, incluindo
todos os aspectos da empresa. É essencial repensar desde a cultura
empresarial até os processos internos a fim de alinhar cada elemento aos
objetivos digitais. Essa abordagem gerencial cria uma base sólida para o
crescimento digital sustentável, garantindo que todas as áreas da
companhia estejam integradas e preparadas para enfrentar os desafios da
atualidade.
Faça parcerias estratégicas
Ter parceiros qualificados e especializados é essencial para acelerar
o avanço na maturidade digital. Colaborações com fornecedores de
tecnologia inovadora e consultorias especializadas proporcionam insights
valiosos e acesso a soluções avançadas. Tais condutas fortalecem a
posição da empresa no mercado, impulsionam a inovação conjunta e
garantem uma boa vantagem competitiva.
Priorize o omnichannel
Boas práticas omnichannel na empresa asseguram uma experiência
consistente em todos os pontos de contato, fortalecendo a fidelidade do
cliente e impulsionando significativamente a eficácia das estratégias de
marketing e vendas. Essa integração é essencial para acompanhar as
expectativas do consumidor moderno.
Como visto, a maturidade digital é um caminho estratégico para o
sucesso empresarial na era moderna. Ao abraçar a inovação, metodologias
ágeis e tecnologias avançadas, as organizações podem alcançar níveis
mais elevados de eficiência e competitividade. Estabelecer parcerias
estratégicas e adotar uma abordagem com canais de contato integrados
fortalece ainda mais esse percurso.
Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda,
empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de
reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.
São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os
negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.
Os negócios certamente devem estar atentos ao comportamento
das pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de
consumo e, por consequência, apontam caminhos para que as empresas
possam se adaptar. Algumas tendências que já vinham impactando os
negócios foram aceleradas, como a presença da tecnologia como forma de vender e
se relacionar com clientes, a busca do cliente por comodidade,
personalização e canais diferenciados para acessar os produtos e
serviços.
Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do
comércio pela internet, a solução para retomar as vendas nos comércios
passa pelo digital.
Para ajudar as vendas nos comércios a migrar a operação mais
rapidamente para o digital, lançamos a Plataforma Comercial Valeon. Ela é
uma plataforma de vendas para centros comerciais que permite conectar
diretamente lojistas a consumidores por meio de um marketplace exclusivo
para o seu comércio.
Por um valor bastante acessível, é possível ter esse canal de
vendas on-line com até mais de 300 lojas virtuais, em que cada uma
poderá adicionar quantas ofertas e produtos quiser.
Nossa Plataforma Comercial é dividida basicamente em página
principal, páginas cidade e página empresas além de outras informações
importantes como: notícias, ofertas, propagandas de supermercados e
veículos e conexão com os sites das empresas, um mix de informações bem
completo para a nossa região do Vale do Aço.
Destacamos também, que o nosso site: https://valedoacoonline.com.br/ já foi visto até o momento por mais de 230.000 pessoas e o outro site Valeon notícias: https://valeonnoticias.com.br/
também tem sido visto por mais de 5.800.000 de pessoas, valores
significativos de audiência para uma iniciativa de apenas três anos.
Todos esses sites contêm propagandas e divulgações preferenciais para a
sua empresa.
Temos a plena certeza que o site da Startup Valeon, por ser
inédito, traz vantagens econômicas para a sua empresa e pode contar com a
Startup Valeon que tem uma grande penetração no mercado consumidor da
região capaz de alavancar as suas vendas.
As estatais voltaram a gerar prejuízo para os cofres públicos.
Segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC), as empresas públicas
contribuíram para elevar o déficit primário do setor público consolidado
em R$ 2,269 bilhões ao longo do ano passado, algo que não ocorria desde
2016, ano em que o saldo ficou negativo em R$ 1 bilhão. De acordo com o
BC, as estatais federais geraram um rombo de R$ 656 milhões; as
estaduais, de R$ 1,3 bilhão; e as municipais, de R$ 313 milhões.
Entre as estatais federais, o buraco diz respeito a 22 empresas que
dispõem de receitas próprias, como Correios, Infraero, Dataprev, Serpro e
PPSA. Embora não dependam do Tesouro para pagar despesas de custeio e
pessoal, seu desempenho é levado em conta na apuração do resultado
fiscal do setor público. Não fazem parte desse grupo a Petrobras, os
bancos públicos e as estatais dependentes do Tesouro, cujas despesas já
integram o Orçamento Geral da União (OGU), casos da Embrapa, da Codevasf
e outras.
O resultado dessas 22 empresas, por si só, é pouco significativo
perante o déficit do setor público consolidado, que atingiu R$ 249,12
bilhões, segundo o BC. O que preocupa é a tendência, que não é nada
positiva. Afinal, no intervalo de apenas um ano, as estatais saíram de
um superávit de R$ 6,1 bilhões em 2022 para um déficit de R$ 2,269
bilhões em 2023.
Não se sabe se uma estatal em específico teria sido a responsável por
puxar os resultados gerais para baixo ou se a piora foi generalizada.
Para isso, seria preciso consultar as demonstrações financeiras de cada
uma das empresas. O BC, a quem cabe reunir os dados, informou apenas que
as companhias precisaram de mais aportes governamentais para cumprir
suas atividades e não geraram receitas suficientes para cobrir suas
despesas.
Em novembro, a previsão do governo, segundo a ministra de Gestão e
Inovação, Esther Dweck, era a de que essas empresas gerariam um déficit
de R$ 4,5 bilhões – rombo que, segundo ela, seria bancado com recursos
do caixa das próprias companhias, dispensando um socorro por parte do
Tesouro.
À época, a ministra enfatizou que boa parte do resultado estaria
relacionada à ENBPar, empresa remanescente da privatização da
Eletrobras. A exemplo da Petrobras, o resultado da Eletrobras também era
excepcionalizado da meta. A explicação da ministra tem sentido, mas não
explica todo o quadro.
Somente os Correios, por exemplo, registraram prejuízo líquido de R$
824,7 milhões nos nove primeiros meses do ano passado. Tampouco se sabe
se as empresas que tiveram caixa para cobrir as despesas em 2023 ainda
têm fôlego para o caso de os resultados ruins se repetirem neste ano.
Qualquer avaliação mais profunda sobre a real situação dessas
empresas estatais demandaria ampla transparência sobre suas receitas,
despesas, investimentos e gastos com pessoal. O governo Lula da Silva,
no entanto, deixou de divulgar esses dados de forma segregada e
individualizada desde que tomou posse.
Tal política não permite mais diferenciar quais empresas têm sido bem
ou mal administradas ao longo dos anos, o que pode proteger os maus
administradores e penalizar aqueles que fazem um bom trabalho e são
julgados pelo resultado ruim do conjunto das estatais.
É bem possível que haja, entre essas empresas, quem possa justificar
resultados negativos ocasionados por investimentos – como as embarcações
produzidas pela Emgepron. Em outros casos, a própria natureza de sua
atividade não visa ao lucro, sobretudo em caso de segurança nacional ou
interesse coletivo. Mas, novamente, sem acesso a todas essas
informações, é impossível fazer tal avaliação.
Até agora, a falta de dados sobre o déficit das estatais só serviu
para alimentar o discurso de quem prega a privatização ou o fechamento
de todas as empresas, sem considerar as especificidades ou a necessidade
de cada uma delas. A oposição, por óbvio, aproveitou o ensejo para
acusar o governo de retomar práticas de corrupção que marcaram a
Petrobras no passado recente. Se esses argumentos não bastam, é bom
lembrar que transparência não é favor, mas dever da administração
pública.
Representantes do governo e dos diferentes poderes do País lamentaram a morte do empresário Abilio Diniz,
que não resistiu a uma pneumonite neste domingo, 18, em São Paulo.
Nomes como o do vice-presidente Geraldo Alckmin, o do presidente da
Câmara, Arthur Lira, e o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo
Pacheco, divulgaram notas prestando solidariedade à família de Diniz.
O vice-presidente da república, Geraldo Alckmin,
usou as redes sociais para lamentar a morte do empresário. Em sua conta
oficial do Twitter, Alckmin classificou Diniz como “um dos maiores
empresários brasileiros”. “Recebi com grande pesar a notícia do
falecimento de Abílio Diniz”, publicou. “Sua vitalidade, dedição ao
trabalho e fé no Brasil formaram grandes lições de vida. Que seu exemplo
continue a inspirar as próximas gerações de empresários no Brasil.
Transmito meus sentimentos a seus familiares e amigos”, escreveu o
vice-presidente.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira,
destacou a capacidade de empreender de Diniz que o fez se destacar nos
negócios no Brasil, “Perdi um amigo. O país perdeu um exemplo de
empreendedor, de competência. Sempre viu o Brasil com otimismo, com
esperança e fé inquebrantável no nosso futuro. Meus sentimentos à
família e aos amigos”, afirmou, em nota, Lira.
Assim como Lira, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco,
destacou a a atuação do empresário no desenvolvimento da economia
brasileira. “Lamento profundamente a morte do empresário Abilio Diniz,
aos 87 anos, ocorrida na noite deste domingo, em São Paulo. Um dos
principais empresários brasileiros, participou ativamente das
transformações do setor produtivo e teve papel fundamental no
desenvolvimento econômico e social do país”, disse, em nota.
“Levou recentemente para seu programa na TV, do qual tive a honra de
participar, toda a sua experiência na discussão de temas relevantes para
os brasileiros. Homem inteligente, atencioso e exemplar, por quem eu
nutria profunda admiração. “Deixo aqui meus sentimentos à Geyze Diniz,
aos filhos, demais familiares, amigos e admiradores”, complementou
Pacheco.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, classificou
o empresário como “um exemplo de empreendedorismo e aposta no
Brasil”.“Levou os alimentos brasileiros para o mundo todo”, enfatizou,
acrescentando que o empresário compartilhou sua trajetória de sucesso e
dividiu conhecimento e exemplos. “Que sua lição de empreendedorismo
possa sempre se perpetuar”, desejou o ministro em um post publicado nas
redes sociais.
Responsável pelo Ministério do Planejamento, Simone Tebet escreveu há
pouco nas redes sociais que recebeu com tristeza a notícia do
falecimento do empresário Abilio Diniz. Segundo ela, Abilio foi uma
liderança empresarial brasileira, um homem determinado e com grande
contribuição ao País.
“Lembro a oportunidade que tive de ser entrevistada por ele em seu
programa ‘Caminhos com Abilio Diniz’, na CNN, onde conversamos sobre o
assunto que tínhamos em comum: o amor ao Brasil e as medidas necessárias
para colocá-lo no eixo, na direção de um desenvolvimento sustentável”,
disse, deixando carinho à família e amigos do empresário.
Em uma publicação no X (antigo Twitter), o empresário e ex-governador de São Paulo, João Doria,
se despediu do empresário enaltecendo o legado de empreendedorismo de
Diniz no País. “Lamento profundamente o falecimento de Abílio Diniz. Um
amigo querido cuja contribuição para o empreendedorismo e
desenvolvimento econômico do Brasil, deixa um grande legado. Meus
sentimentos à Geyze Diniz, aos filhos, familiares e amigos neste momento
de grande tristeza”, escreveu Dória.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, lamentou há pouco a
morte do empresário Abilio Diniz, neste domingo, na capital paulista.
“Com enorme pesar, acabo de receber a notícia do falecimento de Abílio
Diniz, por quem sempre tive uma grande admiração”, afirmou o governador
em sua conta no X, antigo Twitter. “Via nele alguém sempre torcendo para
ver o Brasil dar certo, e trabalhou toda sua vida para isso, gerando
emprego pra muita gente, sem deixar de olhar para o próximo”,
acrescentou.
Tarcísio ressaltou que o empresário “teve uma trajetória brilhante”:
“Não só pelo seu empreendedorismo, mas também pelo estilo de vida que
inspirava muita gente a aspirar sua longevidade e energia”, declarou.
“Que Deus o receba em sua infinita graça e conforte o coração de toda a
sua família.”
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunnes, publicou
nas redes sociais uma homenagem ao empresário fundador do Grupo Pão de
Açúcar. “Abílio Diniz nos deixa, e deixa um legado de exemplo a ser
seguido. Empresário bem-sucedido, gerador de emprego e de renda, ele
também era pessoa admirável; um apaixonado por seu País e um
sobrevivente aos infortúnios. Não baixou a guarda nem quando perdeu
precocemente um filho, quando foi vítima da criminalidade, ou quando
enfrentou históricas crises econômicas. Foi um grande brasileiro,
paulista e paulistano. Fica a minha homenagem e o meu reconhecimento por
tudo o que construiu e por tudo o continuará representando para todos
nós. Fará muita falta. Aos familiares e amigos, minhas condolências. Que
Deus lhes conforte neste momento difícil”, escreveu em sua conta de X.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também
prestou sua homenagem ao empresário Abilio Diniz,“Lamento profundamente
o falecimento de Abilio Diniz, um dos maiores líderes empresariais do
país. Seu trabalho foi muito importante para o desenvolvimento do
Brasil, gerando milhares de empregos e melhorando a vida das pessoas.
Que Deus conforte o coração de familiares e amigos”, escreveu Silveira
na rede social X
O ex-presidente da Câmara dos Deputados e atual presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), Rodrigo Maia,
lamentou a morte fundador do Grupo Pão de Açúcar, aos 87 anos. Em
publicação na rede social X, Maia disse que Abilio “teve grande
importância para a economia do País, indo muito além da sua liderança à
frente do grupo Pão de Açúcar”.
“Foi um dos maiores empresários do Brasil, um grande incentivador do
empreendedorismo e teve papel relevante no desenvolvimento econômico do
Brasil nas últimas décadas”, declarou o ex-deputado. “Deixo aqui a minha
homenagem a esse grande brasileiro e minha solidariedade aos seus
familiares e amigos.”
A fala foi feita durante uma entrevista Adis Abeba (Etiópia), onde o
presidente participou neste fim de semana de uma reunião da cúpula da
União Africana.
Lula já havia falado sobre a situação dos palestinos em
seu discurso, mas a fala durante a entrevista gerou uma forte reação de
Netanyahu, que convocou o embaixador brasileiro em Israel para prestar
explicações.
Mais de 28,8 mil palestinos, incluindo civis, mulheres e crianças, morreram durante os mais recentes ataques de Israel à Faixa de Gaza.
O país iniciou uma guerra contra o Hamas em outubro após a morte de
1.200 pessoas e o sequestro de 253 reféns em um ataque do grupo em
Israel.
Entenda a fala de Lula sobre o conflito e a reação de Israel.
O que Lula disse
Lula havia questionado a decisão de alguns países de suspender verbas
à agência da ONU que dá assistência aos palestinos, a UNRWA.
A suspensão havia acontecido porque Israel acusou funcionários da agência de envolvimento com o Hamas.
Lula afirmou que a ajuda humanitária aos palestinos não pode ser
suspensa e disse que, se confirmado que houve erros na UNRWA, deve haver
responsabilização.
“Quando eu vejo o mundo rico anunciar que está parando de dar a
contribuição para a questão humanitária aos palestinos, eu fico
imaginando qual é o tamanho da consciência política dessa gente?”, disse
o presidente.
“E qual é o tamanho do coração solidário dessa gente que não está
vendo que na Faixa de Gaza não está acontecendo uma guerra, mas um
genocídio?”, afirmou.
“O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não
existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o
Hitler resolveu matar os judeus.”
“Não é uma guerra entre soldados e soldados. É uma guerra entre um
Exército altamente preparado e mulheres e crianças. Se teve algum erro
nessa instituição que recolhe o dinheiro, apura-se quem errou. Mas não
suspenda a ajuda humanitária para o povo que tá há quantas décadas
tentando construir o seu Estado”, disse o presidente.
Lula também reiterou que condena o Hamas e os ataques realizados por eles.
“O Brasil condena o Hamas, mas o Brasil não pode deixar de condenar o que Israel está fazendo na Faixa de Gaza”, disse.
No sábado (17), Lula havia se encontrado com o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammad Shtayyeh.
O Palácio do Planalto afirmou que o presidente brasileiro condenou
ataques do Hamas durante a reunião e reiterou a necessidade de paz no
Oriente Médio e necessidade da criação de um Estado Palestino. Shtayyeh
agradeceu a Lula pela solidariedade com o povo palestino, segundo o
governo brasileiro.
Por que a fala causou tanta controvérsia?
O genocídio de mais de 6 milhões de judeus e outros milhões pessoas
(entre gays, comunistas, ciganos e outros grupos perseguidos pelo
nazismo) durante a Segunda Guerra Mundial é um tema bastante sensível.
A fala de Lula gerou uma forte reação de instituições judaicas, que
afirmam que comparar a situação dos palestinos afetados pelos ataques de
Israel com o genocídio de judeus feito pelos nazista é uma forma de
“banalizar o Holocausto”.
A Conib (Confederação Israelita do Brasil) emitiu uma nota de repúdio à fala de Lula, na qual defendeu as ações de Israel.
“Os nazistas exterminaram 6 milhões de judeus indefesos na Europa
somente por serem judeus. Já Israel está se defendendo de um grupo
terrorista que invadiu o país, matou mais de mil pessoas, promoveu
estupros em massa, queimou pessoas vivas e defende em sua carta de
fundação a eliminação do Estado judeu”, diz o comunicado da entidade.
“Essa distorção perversa da realidade ofende a memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes”, afirmou.
O presidente do Museu do Holocausto em Jerusalém, Dani Dayan, afirmou
que a fala de Lula é “vergonhosa” e uma “combinação de ódio e
ignorância”.
Ministros do governo defenderam Lula nas redes sociais.
“Todo meu apoio às preocupações do presidente Lula em relação ao
conflito que vem cruelmente atingindo civis na Faixa de Gaza, vítimas do
governo de extrema-direita de Israel”, escreveu Paulo Teixeira
(Desenvolvimento Agrário) na rede social X.
“A fala do presidente Lula sobre o que está acontecendo em Gaza é
corajosa e necessária. Já são mais de 20 mil mortos palestinos através
de ataques promovidos por Israel. Que esse posicionamento incentive
outros países a condenarem a desumanidade que estamos vendo dia após
dia”, disse Sônia Guajajara (Povos Indígenas), também no X.
Qual foi a resposta de Israel?
O atual presidente de Israel, Benjamin Netanyahu, emitiu um
comunicado criticando a fala de Lula e convocou o embaixador brasileiro
em Israel para uma reunião na segunda-feira.
“A comparação entre Israel e o Holocausto dos nazistas e de Hitler
está ultrapassando a linha vermelha”, afirmou Netanyahu em um
comunicado. “Israel luta por sua defesa e garantia do seu futuro até a
vitória completa.”
Ele disse ainda que a “banalização do Holocausto é a uma tentativa de
prejudicar o povo judeu e o direito de Israel de se defender”.
Como fica a relação diplomática entre Brasil e Israel?
O Brasil sempre teve relações diplomáticas amigáveis tanto com Israel
quanto com autoridades palestinas, sendo defensor da solução do
conflito através da convivência de dois Estados: Israel e um Estado
palestino.
Após os ataques do Hamas em Israel, o Brasil condenou as ações do grupo, que deixaram 1.200 mortos e 253 reféns.
Desde então, o Brasil vem criticando também a contraofensiva israelense, que já deixou 28,8 mortos na Faixa de Gaza.
A posição oficial brasileira é em favor de um cessar-fogo na região.
O Brasil também apoiou o caso da África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça no passado.
A África do Sul acusou Israel de genocídio contra os palestinos na ação, que autorizada a continuar pela Corte em janeiro.
O tribunal instruiu Israel a impedir os seus militares de cometerem
atos que possam ser considerados genocidas, a prevenir e punir o
incitamento ao genocídio e a permitir a assistência humanitária ao povo
de Gaza.
Mas o tribunal não chegou a apelar a Israel para que suspenda
imediatamente as suas operações militares em Gaza, como era desejo do
país africano.
A convocação do embaixador brasileiro em Israel para reunião após a
fala de Lula é vista por analistas como uma “medida drástica”. Espera-se
que o “desconforto” gerado pela fala de Lula seja resolvido na reunião.
O ex-embaixador do Brasil em Londres e diplomata Rubens Barbosa
afirmou à GloboNews que a fala de Lula foi “improvisada” e que o
Itamaraty não compartilha dessa visão.
“É uma situação delicada. Eu não creio que esse incidente possa
afetar as relações entre o Estado de Israel e o Estado brasileiro,
porque há muitos interesses em jogo, inclusive na área de Defesa”, disse
Barbosa à GloboNews.
Enquanto isso, a situação em Gaza continua dramática. A Organização
Mundial de Saúde disse que o hospital Nasser deixou de funcionar após um
ataque israelita. As Forças de Defesa Israelense disseram que sua
operação era “precisa e limitada” e acusou o Hamas de “usar cinicamente
hospitais para o terror”.
O esforços para mediar um cessar-fogo entre Israel e o Hamas têm
acontecido no Cairo, mas os mediadores do Qatar disseram que o progresso
recente “não é muito promissor”.
O professor universitário Francisco Augusto da Cruz de Araújo deu
aulas por dois anos na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande
do Norte, e em relato à Agência Brasil contou os rígidos protocolos de segurança pelos quais era obrigado a passar.
Ele relatou que “não imaginava existirem padrões de segurança tão
altíssimos” e disse ter ficado descrente ao saber da hipótese de que os
presos teriam conseguido sair de suas celas sozinhos, ante todos os
procedimentos a que eram submetidos.
O relato do professor começou a chamar atenção na rede social X
(antigo Twitter). Numa série de posts, ele descreveu, por exemplo, os
procedimentos de entrada e saída na unidade. Uma das publicações se
aproxima de 5 mil compartilhamentos.
Ela conta, por exemplo, que para entrar no presídio precisou ter sua
vida investigada com ao menos 15 dias de antecedência, quando a direção
requer o envio dos documentos pessoais. Quem não se submete ao
procedimento “fica do lado de fora”, conta Araújo.
Ele deu aulas a nove internos que foram aprovados para ingressar em
curso superior de gestão ambiental na Universidade Aberta do Brasil, no
polo de Mossoró, que é gerido pelo Instituto Federal do Rio Grande do
Norte (IFRN). Foi escolhido por ter feito mestrado em ciências sociais
com foco em segurança pública e sistema prisional.
Como os presos não têm acesso a eletrônicos, para viabilizar os
estudos à distância era preciso enviar todo o material por email para
ser impresso na própria penitenciária. Ao menos uma vez por mês, Araújo e
outros professores iam à unidade para dar aulas durante todo o dia,
para tentar avançar o máximo possível no programa do curso.
Para entrar no presídio, é preciso utilizar roupas sem nada de metal,
sejam botões, presilhas ou zíperes. “Eu ia com uma calça de academia,
dessas de nylon, camiseta e tênis de corrida”. Nada de metal pode passar
pelos diversos detectores espalhados pela unidade, relata o professor.
Primeiro, Araújo era encaminhado para a área administrativa e,
depois, acompanhado de um policial penal, ia ao encontro dos alunos em
diferentes alas do presídio. “Eu levava de 30 a 40 minutos para chegar
até o preso”, disse o professor. “Eu brincava de contar quantos portões
de ferro eu precisava atravessar pra chegar até o lugar das aulas, às
vezes eram 17, às vezes 20”.
Nas aulas, os presos ficavam de um lado das grades enquanto Araújo
ficava do outro, sempre acompanhado do agente penitenciário. “Éramos
orientados a não revelar nada de nossa vida pessoal, para não haver
risco de sequestros e coisas assim. Um dia levei uma cotovelada do
agente porque, num ato falho, revelei a cidade e o bairro onde morava”,
conta o professor.
Para estudar, os presos tinham acesso somente ao material impresso,
com páginas unidas por cola branca, pois nem mesmo grampos ou clipes
eram permitidos. As canetas disponibilizadas aos internos tinham apenas o
tubinho de tinta com a ponta, sem o corpo de plástico. Tudo era
recolhido ao final do dia.
Fuga
Nas duas oportunidades que teve de visitar celas da unidade, Araújo
relatou ter visto apenas uma cama e uma mesinha de alvenaria, sem bancos
ou cadeiras. Nem mesmo lençóis são disponibilizados aos presos, para
quem não usem para se enforcar, por exemplo.
Na lembrança do professor, as aberturas para ventilação e iluminação
da cela ficavam a cerca de cinco metros do chão. Isso fez ele estranhar a
foto revelada pela imprensa que mostra o buraco por onde os presos
supostamente escaparam.
“Eu achei muito estranho essa hipótese de que eles fugiram por ali,
porque quebraram uma parede de concreto armado que fica a cinco metros
de altura. É muito difícil”, disse ele à Agência Brasil.
O professor diz acreditar mais na hipótese de que os dois fugitivos
receberam algum tipo de ajuda. “Conhecendo os critérios de segurança que
o presídio federal de Mossoró tem, é praticamente impossível alguém
sair de lá sem que alguém veja”.
O trabalho de Araújo na Penitenciária de Mossoró ocorreu entre os
anos de 2017 e 2018. A rotatividade de presos fez com que todos os
alunos acabassem transferidos, o que impossibilitou a continuidade do
projeto. “Alguns, acho que três, que voltaram para presídios estaduais
conseguiram terminar o curso em outras unidades de ensino”, disse.
“Lamento muito que isso tenha acontecido no presídio federal, porque
conheço a seriedade das pessoas que trabalharam comigo nesses dois anos.
São pessoas espetaculares, comprometidas com a segurança”, conclui o
professor.
Buscas
Neste domingo (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou o
episódio e disse acreditar em algum tipo de facilitação. Algumas horas
depois, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski,
disse ser necessário o fim das investigações para que se possa falar em
qualquer tipo de conivência de agentes do presídio.
As buscas pelos fugitivos entraram no quinto dia neste domingo e se
concentram em um raio de 15 quilômetros ao redor da penitenciária. Cerca
de 500 agentes trabalham na recaptura, bem como três helicópteros,
drones e detectores de calor.
Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram os
primeiros detentos a escapar de um presídio federal, considerado de
segurança máxima. O sistema foi criado em 2006. Eles fugiram na última
quarta-feira (14) e são considerados de alta periculosidade.
Depois das revelações que deixaram patentes certas intenções golpistas do ex-presidente Bolsonaro e sua turma, Lula estava,
mais uma vez, com o caminho aberto para se consolidar como líder
democrata tanto com a opinião pública interna quanto no cenário
internacional. Mas, no lugar de confirmar essa tese, ofereceu três
declarações que provocaram dúvidas sinceras. Lula de fato teria
compromissos com a democracia?
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante entrevista em Adis Abeba, Etiópia Foto: Ricardo Stuckert / PR
Nos três casos, em que se posicionou, na prática, a favor de governos
ou movimento antidemocráticos, é possível uma linha mínima de defesa do
presidente Lula que tem sido bastante utilizada por seus apoiadores nas
redes. Israel, ao que tudo indica, tem cometido crimes de guerra na sua
sanha vingativa contra o Hamas, deixa dezenas de milhares de mortos,
inclusive crianças inocentes, e o exagero retórico teria uma base
factual na violência desmedida. Mas, em uma situação tão antiga,
complexa e nuançada como a da Palestina, estar assertivamente de um lado
ou de outro é estar errado e cometer injustiças.
No caso de Navalny, é acusado de xenofobia e do onipresente
“fascismo”. De fato, o ativista russo participou de uma marcha contra o
governo em que estavam neonazistas ao seu lado e deu declarações contra
imigrantes de etnias não russas. Mas a morte do ativista não diminui o
fato de que ele não é o primeiro, e talvez não seja o último, opositor
russo envenenado em circunstâncias misteriosas. Nem o que aparece morto.
Há uma lista de gente que morreu dessa maneira, inclusive uma repórter,
Anna Politkovskaya, crítica de Vladimir Putin. O autocrata russo,
inclusive, também é responsável por morte de crianças inocentes em
bombardeios na Ucrânia, mas nesse caso recebe o beneplácito do colega
sul-americano.
Já com relação à Venezuela, um líder tão boquirroto como nosso
presidente, rápido em condenar inimigos políticos internos e externos,
alegar desconhecimento tergiversa o cinismo. Lula segue na sua campanha
de reabilitar o presidente venezuelano Nicolás Maduro. Pelo jeito, pode
ser a pior pessoa do mundo, mas basta ser antiamericano ou mesmo
antiocidental que contará com a boa-vontade lulista.
Fica a dúvida de quais são as intenções do presidente. Se é uma
questão de assessoramento, de ideologia, ou pragmatismo. No último caso,
entretanto, cada vez faz menos sentido. Porque além do apoio de seu
rebanho mais fiel, que irá consentir e defender qualquer coisa que faça,
Lula não agrega ninguém com suas declarações. No máximo perde apoios.
De aplausos inesperados, até agora, só do grupo terrorista Hamas.
Por causa de suas posições internacionais, Lula agora está distante
dos Estados Unidos do Partido Democrata e estará ainda mais longe dos
Republicanos, em caso de vitória de Donald Trump. Está em rota de
colisão com os países europeus que se posicionam contra a Rússia. E,
mesmo no seu quintal, Lula não tem apoio da Argentina de Javier Milei,
por óbvios motivos. Líderes esquerdistas do continente têm se
distanciado da posição do petista, caso de Gabriel Boric, mandatário do
Chile, e José Mujica, ex-presidente do Uruguai – ambos têm condenado
ações autoritárias cometidas por Nicolas Maduro. Na verdade, hoje, que
país ou grupos de países relevantes que o Brasil lidera? Neste momento,
nenhum.
Lula então se distancia dos moderados e se isola no panorama
internacional. O que ganha o Brasil em ser severo contra as posições das
democracias ocidentais e estar no lado contrário de Joe Biden, dos EUA,
Emmanuel Macron, da França, e Olaf Scholz, primeiro-ministro alemão? A
necessidade da compra de fertilizantes da Rússia parece ser um argumento
insuficiente no apoio velado a Putin (nesse caso, paradoxalmente, Lula
tem a companhia algo desairosa tanto de Jair Bolsonaro como de Donald
Trump).
Ao sair do governo em 2010, Lula tinha altíssimos índices de
popularidade e certa relevância internacional. Agora enfrenta um país
dividido, calcificado, e não conseguiu encontrar ainda seu papel na
arena internacional. Há década e meia atrás ele era “o cara”, segundo o
ex-presidente Barack Obama. Hoje não mais. Segundo Obama, em suas
memórias, “Lula tinha os escrúpulos de um chefão do Tammany Hall e
circulavam boatos de clientelismo governamental, negócios por debaixo do
pano e propinas na casa dos milhões”. Está na Página 353 de Uma Terra
Prometida, para quem quiser conferir. Tammany Hall, não por acaso, é uma
quadrilha política que agiu por décadas no estado de Nova York.
Após a glória e o ocaso na prisão, e até mesmo com perda de prestígio
internacional, Lula se reinventou politicamente como o salvador da
democracia brasileira, líder de uma frente ampla que unia esquerda,
centristas, moderados, empresários e muita gente que apertou o 13 para
evitar os riscos e as bizarrices do governo Bolsonaro. Do ponto de vista
internacional coloca tudo a perder ao apoiar, velada ou abertamente,
ditadores e terroristas em diferentes locais do mundo.
Grupo diz que declaração é ‘injustificável, leviana e absurda’; documento já tem a assinatura de 40 parlamentares
Por Levy Teles – Jornal Estadão
BRASÍLIA — Um grupo de mais de 40 deputados federais apoiadores do
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai protocolar pedido de impeachment
contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pela fala do chefe do
Poder Executivo neste domingo, 18. Lula comparou a guerra de Israel
contra a Palestina ao Holocausto.
Os deputados citam um trecho da lei que fundamenta os crimes de
responsabilidade para justificar o pedido. O texto diz que é crime
“cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a
República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”.
Os parlamentares dizem que a afirmação de Lula é “injustificável,
leviana e absurda”. “É uma afronta aos judeus, aos descendentes do
horror do nazismo e algo que só fomenta o crescimento do antissemitismo
no Brasil”, diz o texto.
Declaração de Lula foi feita em Adis Abeba, Etiópia. Foto: Ricardo Stuckert/PR
Em Adis Abeba, na Etiópia, Lula disse que não há outro paralelo ao
que está ocorrendo em Gaza a não ser o que foi feito durante a Alemanha
Nazista, durante a Segunda Guerra Mundial. “O que está acontecendo em
Gaza não aconteceu em nenhum outro momento histórico, só quando Hitler
resolveu matar os judeus”, disse Lula.
“Não se pode comparar o incomparável. Nada se compara à maior
tragédia da humanidade, que foi o Holocausto e que vitimou 6 milhões de
judeus, além de diversas minorias”, disse Carla Zambelli (PL-SP), uma
das signatárias.
Para o especialista em Direito Eleitoral Alberto Rollo, é preciso
algo além do discurso de Lula para configurar o crime de
responsabilidade. “Entendo que para caracterizar o tipo da lei tem que
ter mais do que discurso ou opinião. Teria que ter envio de armas,
soldados, ajuda para a manutenção do conflito”, afirma. “Entendo que
comprometer a neutralidade é efetivamente se engajar por um dos lados.
Por enquanto foi só discurso.”.
“As palavras do presidente do Brasil são
vergonhosas e sérias. São sobre banalizar o Holocausto e tentar ferir o
povo judeu e o direito Israelense de se defender”, afirmou Netanyahu em
seu perfil no X, novo nome do Twitter.