terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

GOVERNO TAXA OS SUPER-RICOS E EVITA BRECHA PARA SONEGAÇÃO

 

História de ADRIANA FERNANDES E IDIANA TOMAZELLI • 10 h

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) editou uma norma para fechar brechas que poderiam servir de rota de fuga para investidores super-ricos após a aprovação da nova tributação dos chamados fundos exclusivos.

Uma resolução do CNSP (Conselho Nacional de Seguros Privados) proibiu a criação de novos planos familiares exclusivos de Previdência com saldos individuais acima de R$ 5 milhões.

A decisão foi tomada nesta segunda-feira (19) pelo órgão, responsável por fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados, e precisará passar por regulamentação da Susep (Superintendência de Seguros Privados).

Segundo técnicos do governo, o objetivo é evitar que esses fundos sejam usados de forma indevida para planejamento tributário e sucessório dos investidores de alta renda.

As estimativas da equipe econômica indicam que os fundos exclusivos de Previdência já contam com cerca de R$ 60 bilhões, um volume ainda pequeno se comparado ao dos fundos exclusivos (mais de R$ 800 bilhões).

Mas a avaliação é de que era preciso fechar o cerco, uma vez que esse produto conta com uma tributação mais favorável para incentivar a poupança no longo prazo —benefício que vinda sendo usado de maneira crescente como uma forma de planejamento indevido.

Com as alterações da legislação dos fundos exclusivos, havia possibilidade de um movimento de migração de recursos para fundos previdenciários, o que tiraria potencial de arrecadação da nova medida.

Esse produto já estava inclusive sendo oferecido pelas seguradoras para clientes de alta renda como substituição aos fundos exclusivos, que passaram a ser tributados pelo chamado come-cotas —recolhimento semestral de imposto sobre os rendimentos.

Hoje, os fundos VGBL têm um regime de tributação favorecido para quem poupa no longo prazo. A alíquota vai diminuindo quanto maior é o tempo da aplicação. Se o investidor sacar depois de 10 anos, a alíquota é 10%. Também não há a cobrança do chamado do come-cotas.

Segundo técnicos, o que estava acontecendo é que as seguradoras montavam planos de fundos exclusivos para determinados clientes para este produto. Com isso, os super-ricos conseguiam não só adiar o momento da tributação, mas também reduzir a alíquota paga —em vez de pagar 15%, como nos fundos fechados, o recolhimento seria de 10%.

Segundo o Ministério da Fazenda, a nova regulamentação “veda de imediato” a constituição dos planos nessas características.

“O normativo inclui, ainda, dispositivos que têm por objetivo preservar a higidez do segmento de produtos de acumulação e sua natureza tipicamente de incentivo à formação de poupança longo prazo”, disse a pasta em nota.

A lei que trata da tributação de recursos em offshores (com sede no exterior) e fundos exclusivos, instrumentos usados pelos chamados super-ricos, foi sancionada por Lula em dezembro do ano passado.

HISTÓRIA DO SEQUESTRO DE ABILIO DINIZ PELA ESQUERDA EM 1989

 

História de Giovanna Castro • Jornal Estadão

O empresário Abílio Diniz, um dos maiores líderes empresariais do Brasil, morreu neste domingo, 18, aos 87 anos. Figura frequente no noticiário econômico, ele também esteve nas páginas de polícia dos jornais quando foi alvo de um sequestro de repercussão internacional.

Abílio foi libertado após processo de negociação com a polícia Foto: Renato dos Anjos/Estadão - 17/12/1989

Abílio foi libertado após processo de negociação com a polícia Foto: Renato dos Anjos/Estadão – 17/12/1989© Fornecido por Estadão

  • Em 11 de dezembro de 1989, ele foi capturado perto da sua casa, no Jardim Europa, em São Paulo, por um grupo de integrantes do Movimento de Esquerda Revolucionária-Político (MIR-Político) e das Forças Populares de Libertação (FPL).

Os dois grupos eram originários de El Salvador, país da América Central, mas os integrantes vinham de diferentes países. Ao todo, dez pessoas estavam envolvidas no sequestro: um brasileiro, o cearense Raimundo Rosélio Costa Freire, dois canadenses, dois argentinos e cinco chilenos.

Reprodução da capa do jornal O Estado de S. Paulo do dia 17 de dezembro de 1989, que traz em uma de suas manchetes "Polícia cerca sequestradores de Diniz", reportagem sobre o sequestro do empresário Abílio Diniz. Foto: Acervo/Estadão

Reprodução da capa do jornal O Estado de S. Paulo do dia 17 de dezembro de 1989, que traz em uma de suas manchetes “Polícia cerca sequestradores de Diniz”, reportagem sobre o sequestro do empresário Abílio Diniz. Foto: Acervo/Estadão© Fornecido por Estadão

Sete dias em cativeiro

  • Diniz ficou sete dias em cativeiro, sob o pedido de resgate de US$ 30 milhões. Ele foi encontrado pela polícia em um sobrado no Jabaquara, na zona sul da capital, e libertado após 35 horas de negociação e trocas de tiros entre a polícia e os sequestradores. Cerca de 200 policiais estiveram envolvidos na operação.
Foto:

Foto:© Fornecido por Estadão

“Os dias em cativeiro foram os piores da minha vida”, disse Diniz, à época. O Estadão reportou todo o caso. A polícia conseguiu descobrir o paradeiro dele e desvendar o caso após prender um primeiro envolvido, chileno, que havia deixado seu número de telefone em uma oficina mecânica contratada para realizar reparos no carro utilizado no sequestro. Preso, ele cedeu informações às autoridades.

Capa do Estado de S. Paulo em 18/12/1989, noticiando a libertação do empresário Abílio Diniz após sete dias em cativeiro. Foto: Acervo Estadão

Capa do Estado de S. Paulo em 18/12/1989, noticiando a libertação do empresário Abílio Diniz após sete dias em cativeiro. Foto: Acervo Estadão© Fornecido por Estadão

Os sequestradores afirmaram, à época, que a ação tinha fins políticos e que queriam dinheiro para financiar a guerrilha em El Salvador. Todos foram condenados a cumprir penas que variavam de 26 a 28 anos de prisão, que depois foram reduzidas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

Após a redução das penas pelo TJ-SP e a assinatura de tratados de transferência de presos, o grupo de estrangeiros foi enviado aos países de origem em 1998 e 1999, após fazerem uma greve de fome, e lá seguiram cumprindo o restante de suas penasEm 2012, todos os chilenos envolvidos já estavam livres.

O brasileiro Raimundo Rosélio Costa Freire ficou dez anos preso pelo crime, mas voltou à prisão em 2012 por tráfico de drogas. Ele foi condenado a 28 anos pelo sequestro do empresário, mas teve a pena reduzida para 17 anos e, em abril de 1999, passou para liberdade condicional, morando em Fortaleza.

Após 13 anos longe do presídio, o brasileiro foi preso em flagrante quase dez quilos de cocaína e 13 gramas de maconha em um sítio na Praia de Barro Preto, no litoral leste do Ceará.

O fato de as guerrilhas envolvidas no sequestro serem de esquerda motivou a associação do grupo criminoso ao Partido dos Trabalhadores (PT). Na época, materiais da campanha de Lula à Presidência da República chegaram a ser apresentados à imprensa como de posse dos sequestradores, mas o envolvimento do PT com o crime nunca foi comprovado.

Em 1989, Lula havia perdido a eleição para Fernando Collor. Ele se tornou presidente pela primeira vez apenas em 2003.

O CÉREBRO HUMANO LIDA MELHOR COM DECISÕES NAS PRIMEIRAS HORAS DO DIA

Livia Ciacci – Neurocientista do SUPERA

Não à toa o nosso cérebro tem horários e melhores condições para tomar decisões.

Entenda como isso funciona.

Quantas decisões você toma ao longo do dia? O quanto é difícil tomar algumas delas? 

Certamente você já percebeu que o cérebro humano lida melhor com decisões nas primeiras horas do dia.

Acordar, tomar banho, escovar os dentes, ir para o trabalho, tomar café, almoçar, tomar ou não água ao longo do dia… tudo é decisão e o nosso cérebro precisa de energia para investir em boas escolhas ao longo de todo o dia.

Por que o cérebro tem um limite de decisões para tomar ao longo do dia?

Nosso cérebro é limitado pelos seus recursos disponíveis. Imagine que você tem uma caixa d´água que permite a vazão de apenas 80 litros de água por dia, e você precisa priorizar para onde vai cada litro. E mais, desses 80 litros, 50 já estão comprometidos com as atividades obrigatórias que tem que ser feitas todo dia. O cérebro trabalha mais ou menos assim para gerenciar o seu consumo de energia.

“Toda tarefa cognitiva que exige pensamento focado, como ponderar entre duas opções, avaliar o risco de uma decisão e tentar prever suas consequências, ou até mesmo o esforço para resistir a uma tentação (como um doce após o almoço), representa uma atividade com alta complexidade e, também, alto custo energético. Ao longo de um dia, quanto mais alta a carga cognitiva no seu cérebro, mais rápido ele esgota a energia que tem disponível”, detalhou a neurocientista parceira do SUPERA – Ginástica para o cérebro.

Decisões de manhã x decisões a noite

Partindo da premissa de que a noite de sono foi restauradora, o cérebro inicia o dia com todo seu potencial disponível, mas o quanto de disposição e energia ele ainda terá a noite vai depender da carga cognitiva sofrida ao longo do dia.

Carga cognitiva significa a carga imposta ao sistema cognitivo das pessoas, decorrente do esforço mental exigido na realização de tarefas, como a aprendizagem de novos conhecimentos ou a tomada de decisões.

“Por exemplo, se uma pessoa começa o dia trabalhando em reuniões, lidando com conflitos, depois vai à escola dos filhos resolver problemas, em seguida precisa atender clientes e a noite vai para a faculdade, com certeza ela chegará em casa esgotada. Diferente de alguém que estudou de manhã, trabalhou em atividades mais mecânicas e depois encontrou com os amigos. Essas duas pessoas terão diferentes níveis de energia para tomar uma decisão à noite, mas nos dois casos, não custa nada deixar para o outro dia”, explicou a neurocientista do SUPERA – Ginástica para o cérebro, Livia Ciacci.

A capacidade de decidir pode diminuir ao longo do dia?

Não há um horário padrão para tomar decisões, porque, segundo a especialista do SUPERA – Ginástica para o cérebro isso é algo que depende tanto do estado de saúde geral do corpo (que reflete no quão rápido a pessoa se cansa), quanto da intensidade do esforço cognitivo das tarefas já realizadas no dia. Mas a lógica é que o poder de tomar decisões conscientes vai diminuindo ao longo do dia.

“Alguns estudos já avaliaram as decisões tomadas por médicos e juízes em diferentes momentos do dia, e todos constatam essa diminuição da qualidade, mesmo que a pessoa não perceba”, explicou.

Como otimizar a energia ao longo do dia?

A única maneira de garantir energia disponível para aquilo que é realmente importante, é tendo um olhar cuidadoso para a rotina e para a sua agenda. Parece bobeira, mas acordar sabendo exatamente o que vai comer, vestir e organizar em casa antes de sair pode poupar seu cérebro de muitas decisões que são pequenas, mas geram esforço.

Para quem deseja ou precisa ter um alto desempenho cognitivo, a rotina é a maior aliada. Ela precisa ser fluida, fácil e sem atritos. E no quesito agenda, vale ter cautela ao se comprometer com muitas atividades, ou com atividades complexas no final do dia. A dica aqui é usar a inteligência para distribuir as tarefas e compromissos estrategicamente ao longo da semana.

Agora, considerando o período de um dia, podemos melhorar o desempenho do cérebro se hidratando, fazendo pausas e se alimentando nos horários corretos.

Qual é o papel dos estimulantes neste processo?

Seria maravilhoso se o café e outros estimulantes não tivessem papel importante neste processo, mas tem.

Quando estamos usando os circuitos do cérebro para pensar, tomar decisões, ler, estudar, e tantas outras tarefas, os neurônios consomem ATP – que é o combustível ou a gasolina do cérebro. Quebrar muitas moléculas de ATP gera um subproduto que é a Adenosina (como se fosse o gás carbônico da queima da gasolina). A adenosina vai se acumulando e se liga a receptores que causam a sensação de cansaço e sonolência.

“A cafeína se parece com a adenosina o suficiente para ocupar a ligação com esses receptores, mas seu efeito é oposto, ela vai evitar que se sinta o cansaço além de induzir a liberação de adrenalina, que vai trazer a sensação de estar energizado. Mas tudo isso é temporário, e quando passa o efeito, todo aquele cansaço está acumulado ali, e talvez até pior”, explicou Livia Ciacci.

Sono, atividade física e estímulo cognitivo

 Dentro deste contexto, o sono é o único recurso para ‘faxinar o cérebro’ e prepará-lo para mais uma rodada de atividades. Levar a qualidade do sono a sério é a estratégia mais eficaz e econômica para melhorar a performance mental.

Os exercícios físicos e a alimentação são os responsáveis pela saúde do corpo e do coração, essenciais para que o cérebro tenha equilíbrio para se dedicar ao esforço mental. “Lembre-se sempre que o corpo sinaliza para o cérebro como ele está, se está faltando água, nutrientes, ou se o metabolismo está bagunçado, e isso vai diminuir a disposição para se dedicar aos esforços cognitivos”, explicou.

Já os estímulos cognitivos de qualidade, ou ginástica para o cérebro, tem a função de treinar o cérebro para diferentes tipos de processamentos. Quando ensino para o cérebro maneiras diferentes de lidar com problemas, cálculos ou outras habilidades cognitivas, ele gastará menos energia quando tiver que usar esses recursos. É como um atleta, que só consegue bater recordes de performance porque ele treina o suficiente para que aquela atividade se torne fácil para ele.

Quais seriam os melhores ‘horários’ para tomar boas decisões?

São os horários que você está descansado, alimentado, bem hidratado e sem preocupações excessivas roubando a atenção.

“É muito comum nós negligenciarmos esse cuidado com o momento certo para fazer certos tipos de atividades mentais, isso acontece porque nós não percebemos a queda de desempenho gradual, e temos a tendência de acreditar que estamos prestando atenção em tudo. Mas na verdade, à medida que a fadiga vai aumentando, o cérebro vai automatizando as decisões. Ou seja, ele liga o piloto automático, você acha que está em pleno controle, mas no dia seguinte pode vir a pensar “onde eu estava com a cabeça”?”, concluiu a especialista.

 

MATURIDADE DIGITAL É A CAPACIDADE DE UMA EMPRESA COMPETIR EM UM AMBIENTE TECNOLÓGICO

PUBLICADO POR RANDONCORP

A maturidade digital é um indicador de grande relevância para o sucesso empresarial na era moderna. Ela refere-se à capacidade de uma organização em utilizar efetivamente a tecnologia digital para atingir seus objetivos. Medir esse grau de maturidade é essencial para compreender onde a empresa se encontra na jornada da automação de processos, produtos e serviços.

Nesse contexto, entenderemos os estágios e táticas para aprimorar esse parâmetro, como inovação, metodologias específicas e parcerias estratégicas. A busca por uma maturidade digital sólida é primordial para enfrentar os desafios e destacar-se em um ambiente cada vez mais informatizado.

Saiba mais a seguir!

O que é maturidade digital e como ela acontece?

A maturidade digital é um conceito essencial para o progresso e a evolução dos negócios na era atual, caracterizada pela prevalência de tecnologias digitais. Ela se refere à capacidade de uma empresa competir efetivamente em um ambiente tecnológico, adotando práticas inovadoras e se adaptando continuamente às demandas do mercado.

Essa evolução ocorre em estágios distintos, refletindo o grau de integração e aproveitamento das tecnologias digitais pela organização. No primeiro estágio, as empresas buscam implementar soluções digitais, muitas vezes apenas para otimizar tarefas existentes. Conforme avançam para níveis subsequentes, a tecnologia se torna uma parte fundamental da estratégia, pois impulsiona a automação, a análise de dados e a capacidade de inovar.

A importância da maturidade digital para os negócios é monumental. Em um mundo onde a transformação digital é inevitável, as empresas que atingem níveis mais elevados conseguem sobreviver e prosperar. A capacidade de se adaptar rapidamente às mudanças tecnológicas oferece vantagens competitivas que impulsionam a eficiência operacional e a satisfação do cliente.

À medida que uma companhia avança em direção à maturidade digital, ela adquire a capacidade de conectar dados de diversos canais, o que favorece a absorção de insights valiosos para embasar decisões estratégicas. Além disso, a cultura organizacional torna-se mais propícia à inovação, criando um ambiente que estimula a criatividade e a colaboração.

O progresso na maturidade digital é crucial para permanecer relevante em um cenário de negócios dinâmico. Empresas que atingem estágios mais avançados têm maior probabilidade de explorar oportunidades emergentes, personalizar a experiência do público consumidor e se destacar em um mercado saturado.

Como medir o grau de maturidade digital da empresa?

Medir o grau de maturidade digital é um processo estratégico essencial para compreender seu posicionamento atual e identificar áreas de melhoria. A análise é comumente baseada em 4 estágios específicos.

Nascente

A empresa geralmente utiliza dados de terceiros e realiza compras diretas de mídia com uma conexão limitada aos resultados de vendas. Estar no estágio nascente envolve avaliar a dependência de dados externos e a eficácia das campanhas de marketing em gerar vendas tangíveis. A ênfase recai na avaliação da eficácia das estratégias de mídia.

Emergente

À medida que a empresa avança para o estágio emergente, suas campanhas são baseadas em dados próprios e a compra de mídia torna-se mais pontual, com otimização e testes independentes por canal de mídia. Nessa fase, a medição do grau de maturidade digital inclui a análise da autonomia em dados internos, a eficiência dos processos realizados e a capacidade de ajustar estratégias com base em métricas específicas — relacionadas ao ramo do negócio.

Conectado

No estágio conectado, os dados são integrados em vários canais de mídia, permitindo a mensuração do impacto dos investimentos em cada ação no retorno financeiro. A medição concentra-se na eficácia da integração de dados e na capacidade de analisar o retorno sobre o investimento (ROI) de maneira abrangente. O alinhamento entre investimentos e resultados tangíveis é fundamental.

Multimomento

Finalmente, no estágio multimomento, as empresas aplicam o conceito de consumidor omnichannel, executando ações de forma dinâmica e otimizada, direcionadas para resultados individuais em diferentes canais de mídia. Medir esse estágio implica avaliar a capacidade da empresa de personalizar a experiência do cliente em vários pontos de contato, garantindo eficácia e coesão.

A medição do grau de maturidade digital nessas fases não é apenas uma análise superficial, mas sim uma avaliação aprofundada das práticas, processos e resultados. Envolve métricas específicas alinhadas aos objetivos de cada estágio, desde a dependência inicial até a autonomia completa na gestão de estratégias digitais. A compreensão do estágio atual é fundamental para desenvolver planos de ação direcionados, promovendo o avanço contínuo na digitalização da empresa.

De que modo é possível melhorar esse parâmetro?

Aprimorar a maturidade digital requer estratégias cuidadosas e inovadoras, que vão além da simples implementação de tecnologias. Vamos explorar algumas dicas significativas para impulsioná-la.

Concentre-se na cultura da inovação

Fomentar uma cultura organizacional inovadora é crucial. Encoraje os colaboradores a pensarem criativamente, experimentarem novas abordagens e estarem abertos a mudanças. A inovação não se limita apenas às soluções tecnológicas, mas também à forma como os processos são concebidos e executados.

Utilize metodologias inovadoras

A adoção de metodologias inovadoras — como Design Thinking, Golden Circle, Open Innovation, Scrum e Kanban — promove uma abordagem flexível e adaptativa no desenvolvimento de projetos. Essa condição permite que as equipes respondam rapidamente às mudanças, melhorem continuamente os processos e entreguem valor de maneira mais eficiente.

Invista em tecnologias de ponta

Integrar tecnologias avançadas é fundamental. Ferramentas de automação, inteligência artificial (IA) e análise de dados desempenham papéis vitais na otimização de operações. Investir em abordagens que alinhem soluções tecnológicas e estratégias de negócios impulsiona a eficiência e a competitividade.

Promova a capacitação contínua

A velocidade das mudanças tecnológicas demanda uma equipe bem treinada e atualizada. Promover treinamentos e incentivar a busca por conhecimento cria uma cultura de aprendizado contínuo, preparando o time para adotar prontamente novas tecnologias. Essa abordagem eleva o nível de competência e fortalece a base para uma maturidade digital sustentável e inovadora.

Realize uma transformação digital abrangente

A abordagem da transformação digital deve ser holística, incluindo todos os aspectos da empresa. É essencial repensar desde a cultura empresarial até os processos internos a fim de alinhar cada elemento aos objetivos digitais. Essa abordagem gerencial cria uma base sólida para o crescimento digital sustentável, garantindo que todas as áreas da companhia estejam integradas e preparadas para enfrentar os desafios da atualidade.

Faça parcerias estratégicas

Ter parceiros qualificados e especializados é essencial para acelerar o avanço na maturidade digital. Colaborações com fornecedores de tecnologia inovadora e consultorias especializadas proporcionam insights valiosos e acesso a soluções avançadas. Tais condutas fortalecem a posição da empresa no mercado, impulsionam a inovação conjunta e garantem uma boa vantagem competitiva.

Priorize o omnichannel

Boas práticas omnichannel na empresa asseguram uma experiência consistente em todos os pontos de contato, fortalecendo a fidelidade do cliente e impulsionando significativamente a eficácia das estratégias de marketing e vendas. Essa integração é essencial para acompanhar as expectativas do consumidor moderno.

Como visto, a maturidade digital é um caminho estratégico para o sucesso empresarial na era moderna. Ao abraçar a inovação, metodologias ágeis e tecnologias avançadas, as organizações podem alcançar níveis mais elevados de eficiência e competitividade. Estabelecer parcerias estratégicas e adotar uma abordagem com canais de contato integrados fortalece ainda mais esse percurso.

A Startup Valeon reinventa o seu negócio

Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda, empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.

São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.

Os negócios certamente devem estar atentos ao comportamento das pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de consumo e, por consequência, apontam caminhos para que as empresas possam se adaptar. Algumas tendências que já vinham impactando os negócios foram aceleradas, como a presença da tecnologia como forma de vender e se relacionar com clientes, a busca do cliente por comodidade, personalização e canais diferenciados para acessar os produtos e serviços.

Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do comércio pela internet, a solução para retomar as vendas nos comércios passa pelo digital.

Para ajudar as vendas nos comércios a migrar a operação mais rapidamente para o digital, lançamos a Plataforma Comercial Valeon. Ela é uma plataforma de vendas para centros comerciais que permite conectar diretamente lojistas a consumidores por meio de um marketplace exclusivo para o seu comércio.

Por um valor bastante acessível, é possível ter esse canal de vendas on-line com até mais de 300 lojas virtuais, em que cada uma poderá adicionar quantas ofertas e produtos quiser.

Nossa Plataforma Comercial é dividida basicamente em página principal, páginas cidade e página empresas além de outras informações importantes como: notícias, ofertas, propagandas de supermercados e veículos e conexão com os sites das empresas, um mix de informações bem completo para a nossa região do Vale do Aço.

Destacamos também, que o nosso site: https://valedoacoonline.com.br/ já foi visto até o momento por mais de 230.000 pessoas e o outro site Valeon notícias: https://valeonnoticias.com.br/ também tem sido visto por mais de 5.800.000 de pessoas, valores significativos de audiência para uma iniciativa de apenas três anos. Todos esses sites contêm propagandas e divulgações preferenciais para a sua empresa.

Temos a plena certeza que o site da Startup Valeon, por ser inédito, traz vantagens econômicas para a sua empresa e pode contar com a Startup Valeon que tem uma grande penetração no mercado consumidor da região capaz de alavancar as suas vendas.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

 

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

ESTATAIS DERAM DÉFICIT NO GOVERNO LULA EM 2023

 

História de Notas & Informações • 4 h

As estatais voltaram a gerar prejuízo para os cofres públicos. Segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC), as empresas públicas contribuíram para elevar o déficit primário do setor público consolidado em R$ 2,269 bilhões ao longo do ano passado, algo que não ocorria desde 2016, ano em que o saldo ficou negativo em R$ 1 bilhão. De acordo com o BC, as estatais federais geraram um rombo de R$ 656 milhões; as estaduais, de R$ 1,3 bilhão; e as municipais, de R$ 313 milhões.

Entre as estatais federais, o buraco diz respeito a 22 empresas que dispõem de receitas próprias, como Correios, Infraero, Dataprev, Serpro e PPSA. Embora não dependam do Tesouro para pagar despesas de custeio e pessoal, seu desempenho é levado em conta na apuração do resultado fiscal do setor público. Não fazem parte desse grupo a Petrobras, os bancos públicos e as estatais dependentes do Tesouro, cujas despesas já integram o Orçamento Geral da União (OGU), casos da Embrapa, da Codevasf e outras.

O resultado dessas 22 empresas, por si só, é pouco significativo perante o déficit do setor público consolidado, que atingiu R$ 249,12 bilhões, segundo o BC. O que preocupa é a tendência, que não é nada positiva. Afinal, no intervalo de apenas um ano, as estatais saíram de um superávit de R$ 6,1 bilhões em 2022 para um déficit de R$ 2,269 bilhões em 2023.

Não se sabe se uma estatal em específico teria sido a responsável por puxar os resultados gerais para baixo ou se a piora foi generalizada. Para isso, seria preciso consultar as demonstrações financeiras de cada uma das empresas. O BC, a quem cabe reunir os dados, informou apenas que as companhias precisaram de mais aportes governamentais para cumprir suas atividades e não geraram receitas suficientes para cobrir suas despesas.

Em novembro, a previsão do governo, segundo a ministra de Gestão e Inovação, Esther Dweck, era a de que essas empresas gerariam um déficit de R$ 4,5 bilhões – rombo que, segundo ela, seria bancado com recursos do caixa das próprias companhias, dispensando um socorro por parte do Tesouro.

À época, a ministra enfatizou que boa parte do resultado estaria relacionada à ENBPar, empresa remanescente da privatização da Eletrobras. A exemplo da Petrobras, o resultado da Eletrobras também era excepcionalizado da meta. A explicação da ministra tem sentido, mas não explica todo o quadro.

Somente os Correios, por exemplo, registraram prejuízo líquido de R$ 824,7 milhões nos nove primeiros meses do ano passado. Tampouco se sabe se as empresas que tiveram caixa para cobrir as despesas em 2023 ainda têm fôlego para o caso de os resultados ruins se repetirem neste ano.

Qualquer avaliação mais profunda sobre a real situação dessas empresas estatais demandaria ampla transparência sobre suas receitas, despesas, investimentos e gastos com pessoal. O governo Lula da Silva, no entanto, deixou de divulgar esses dados de forma segregada e individualizada desde que tomou posse.

Tal política não permite mais diferenciar quais empresas têm sido bem ou mal administradas ao longo dos anos, o que pode proteger os maus administradores e penalizar aqueles que fazem um bom trabalho e são julgados pelo resultado ruim do conjunto das estatais.

É bem possível que haja, entre essas empresas, quem possa justificar resultados negativos ocasionados por investimentos – como as embarcações produzidas pela Emgepron. Em outros casos, a própria natureza de sua atividade não visa ao lucro, sobretudo em caso de segurança nacional ou interesse coletivo. Mas, novamente, sem acesso a todas essas informações, é impossível fazer tal avaliação.

Até agora, a falta de dados sobre o déficit das estatais só serviu para alimentar o discurso de quem prega a privatização ou o fechamento de todas as empresas, sem considerar as especificidades ou a necessidade de cada uma delas. A oposição, por óbvio, aproveitou o ensejo para acusar o governo de retomar práticas de corrupção que marcaram a Petrobras no passado recente. Se esses argumentos não bastam, é bom lembrar que transparência não é favor, mas dever da administração pública.

MORRE O EMPRESÁRIO ABILIO DINIZ

 

História de Wesley Gonsalves • Jornal Estadão

Representantes do governo e dos diferentes poderes do País lamentaram a morte do empresário Abilio Diniz, que não resistiu a uma pneumonite neste domingo, 18, em São Paulo. Nomes como o do vice-presidente Geraldo Alckmin, o do presidente da Câmara, Arthur Lira, e o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, divulgaram notas prestando solidariedade à família de Diniz.

O vice-presidente da república, Geraldo Alckmin, usou as redes sociais para lamentar a morte do empresário. Em sua conta oficial do Twitter, Alckmin classificou Diniz como “um dos maiores empresários brasileiros”. “Recebi com grande pesar a notícia do falecimento de Abílio Diniz”, publicou. “Sua vitalidade, dedição ao trabalho e fé no Brasil formaram grandes lições de vida. Que seu exemplo continue a inspirar as próximas gerações de empresários no Brasil. Transmito meus sentimentos a seus familiares e amigos”, escreveu o vice-presidente.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, destacou a capacidade de empreender de Diniz que o fez se destacar nos negócios no Brasil, “Perdi um amigo. O país perdeu um exemplo de empreendedor, de competência. Sempre viu o Brasil com otimismo, com esperança e fé inquebrantável no nosso futuro. Meus sentimentos à família e aos amigos”, afirmou, em nota, Lira.

O empresário faleceu neste domingo, 18, em São Paulo, aos 87 anos Foto: Tiago Queiroz

O empresário faleceu neste domingo, 18, em São Paulo, aos 87 anos Foto: Tiago Queiroz© Fornecido por Estadão

Assim como Lira, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, destacou a a atuação do empresário no desenvolvimento da economia brasileira. “Lamento profundamente a morte do empresário Abilio Diniz, aos 87 anos, ocorrida na noite deste domingo, em São Paulo. Um dos principais empresários brasileiros, participou ativamente das transformações do setor produtivo e teve papel fundamental no desenvolvimento econômico e social do país”, disse, em nota.

“Levou recentemente para seu programa na TV, do qual tive a honra de participar, toda a sua experiência na discussão de temas relevantes para os brasileiros. Homem inteligente, atencioso e exemplar, por quem eu nutria profunda admiração. “Deixo aqui meus sentimentos à Geyze Diniz, aos filhos, demais familiares, amigos e admiradores”, complementou Pacheco.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, classificou o empresário como “um exemplo de empreendedorismo e aposta no Brasil”.“Levou os alimentos brasileiros para o mundo todo”, enfatizou, acrescentando que o empresário compartilhou sua trajetória de sucesso e dividiu conhecimento e exemplos. “Que sua lição de empreendedorismo possa sempre se perpetuar”, desejou o ministro em um post publicado nas redes sociais.

Responsável pelo Ministério do Planejamento, Simone Tebet escreveu há pouco nas redes sociais que recebeu com tristeza a notícia do falecimento do empresário Abilio Diniz. Segundo ela, Abilio foi uma liderança empresarial brasileira, um homem determinado e com grande contribuição ao País.

“Lembro a oportunidade que tive de ser entrevistada por ele em seu programa ‘Caminhos com Abilio Diniz’, na CNN, onde conversamos sobre o assunto que tínhamos em comum: o amor ao Brasil e as medidas necessárias para colocá-lo no eixo, na direção de um desenvolvimento sustentável”, disse, deixando carinho à família e amigos do empresário.

Em uma publicação no X (antigo Twitter), o empresário e ex-governador de São Paulo, João Doria, se despediu do empresário enaltecendo o legado de empreendedorismo de Diniz no País. “Lamento profundamente o falecimento de Abílio Diniz. Um amigo querido cuja contribuição para o empreendedorismo e desenvolvimento econômico do Brasil, deixa um grande legado. Meus sentimentos à Geyze Diniz, aos filhos, familiares e amigos neste momento de grande tristeza”, escreveu Dória.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, lamentou há pouco a morte do empresário Abilio Diniz, neste domingo, na capital paulista. “Com enorme pesar, acabo de receber a notícia do falecimento de Abílio Diniz, por quem sempre tive uma grande admiração”, afirmou o governador em sua conta no X, antigo Twitter. “Via nele alguém sempre torcendo para ver o Brasil dar certo, e trabalhou toda sua vida para isso, gerando emprego pra muita gente, sem deixar de olhar para o próximo”, acrescentou.

Tarcísio ressaltou que o empresário “teve uma trajetória brilhante”: “Não só pelo seu empreendedorismo, mas também pelo estilo de vida que inspirava muita gente a aspirar sua longevidade e energia”, declarou. “Que Deus o receba em sua infinita graça e conforte o coração de toda a sua família.”

prefeito de São PauloRicardo Nunnes, publicou nas redes sociais uma homenagem ao empresário fundador do Grupo Pão de Açúcar. “Abílio Diniz nos deixa, e deixa um legado de exemplo a ser seguido. Empresário bem-sucedido, gerador de emprego e de renda, ele também era pessoa admirável; um apaixonado por seu País e um sobrevivente aos infortúnios. Não baixou a guarda nem quando perdeu precocemente um filho, quando foi vítima da criminalidade, ou quando enfrentou históricas crises econômicas. Foi um grande brasileiro, paulista e paulistano. Fica a minha homenagem e o meu reconhecimento por tudo o que construiu e por tudo o continuará representando para todos nós. Fará muita falta. Aos familiares e amigos, minhas condolências. Que Deus lhes conforte neste momento difícil”, escreveu em sua conta de X.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também prestou sua homenagem ao empresário Abilio Diniz,“Lamento profundamente o falecimento de Abilio Diniz, um dos maiores líderes empresariais do país. Seu trabalho foi muito importante para o desenvolvimento do Brasil, gerando milhares de empregos e melhorando a vida das pessoas. Que Deus conforte o coração de familiares e amigos”, escreveu Silveira na rede social X

O ex-presidente da Câmara dos Deputados e atual presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), Rodrigo Maia, lamentou a morte fundador do Grupo Pão de Açúcar, aos 87 anos. Em publicação na rede social X, Maia disse que Abilio “teve grande importância para a economia do País, indo muito além da sua liderança à frente do grupo Pão de Açúcar”.

“Foi um dos maiores empresários do Brasil, um grande incentivador do empreendedorismo e teve papel relevante no desenvolvimento econômico do Brasil nas últimas décadas”, declarou o ex-deputado. “Deixo aqui a minha homenagem a esse grande brasileiro e minha solidariedade aos seus familiares e amigos.”

LULA COMPARA SITUAÇÃO EM GAZA AO HOLOCAUSTO E ESTREMECE AS RELAÇÕES COM ISRAEL

BBC News Brasil

Fala de Lula foi feita durante uma entrevista após a cúpula

Fala de Lula foi feita durante uma entrevista após a cúpula© Reuters

presidente Luiz Inácio Lula da Silvaa situação dos palestinos na Faixa de Gaza ao Holocausto, o genocídio de judeus promovido pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

A fala foi feita durante uma entrevista Adis Abeba (Etiópia), onde o presidente participou neste fim de semana de uma reunião da cúpula da União Africana.

Lula já havia falado sobre a situação dos palestinos em seu discurso, mas a fala durante a entrevista gerou uma forte reação de Netanyahu, que convocou o embaixador brasileiro em Israel para prestar explicações.

Mais de 28,8 mil palestinos, incluindo civis, mulheres e crianças, morreram durante os mais recentes ataques de Israel à Faixa de Gaza. O país iniciou uma guerra contra o Hamas em outubro após a morte de 1.200 pessoas e o sequestro de 253 reféns em um ataque do grupo em Israel.

Entenda a fala de Lula sobre o conflito e a reação de Israel.

O que Lula disse

Lula havia questionado a decisão de alguns países de suspender verbas à agência da ONU que dá assistência aos palestinos, a UNRWA.

A suspensão havia acontecido porque Israel acusou funcionários da agência de envolvimento com o Hamas.

Lula afirmou que a ajuda humanitária aos palestinos não pode ser suspensa e disse que, se confirmado que houve erros na UNRWA, deve haver responsabilização.

“Quando eu vejo o mundo rico anunciar que está parando de dar a contribuição para a questão humanitária aos palestinos, eu fico imaginando qual é o tamanho da consciência política dessa gente?”, disse o presidente.

“E qual é o tamanho do coração solidário dessa gente que não está vendo que na Faixa de Gaza não está acontecendo uma guerra, mas um genocídio?”, afirmou.

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus.”

“Não é uma guerra entre soldados e soldados. É uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças. Se teve algum erro nessa instituição que recolhe o dinheiro, apura-se quem errou. Mas não suspenda a ajuda humanitária para o povo que tá há quantas décadas tentando construir o seu Estado”, disse o presidente.

Lula também reiterou que condena o Hamas e os ataques realizados por eles.

“O Brasil condena o Hamas, mas o Brasil não pode deixar de condenar o que Israel está fazendo na Faixa de Gaza”, disse.

No sábado (17), Lula havia se encontrado com o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammad Shtayyeh.

O Palácio do Planalto afirmou que o presidente brasileiro condenou ataques do Hamas durante a reunião e reiterou a necessidade de paz no Oriente Médio e necessidade da criação de um Estado Palestino. Shtayyeh agradeceu a Lula pela solidariedade com o povo palestino, segundo o governo brasileiro.

Por que a fala causou tanta controvérsia?

O genocídio de mais de 6 milhões de judeus e outros milhões pessoas (entre gays, comunistas, ciganos e outros grupos perseguidos pelo nazismo) durante a Segunda Guerra Mundial é um tema bastante sensível.

A fala de Lula gerou uma forte reação de instituições judaicas, que afirmam que comparar a situação dos palestinos afetados pelos ataques de Israel com o genocídio de judeus feito pelos nazista é uma forma de “banalizar o Holocausto”.

A Conib (Confederação Israelita do Brasil) emitiu uma nota de repúdio à fala de Lula, na qual defendeu as ações de Israel.

“Os nazistas exterminaram 6 milhões de judeus indefesos na Europa somente por serem judeus. Já Israel está se defendendo de um grupo terrorista que invadiu o país, matou mais de mil pessoas, promoveu estupros em massa, queimou pessoas vivas e defende em sua carta de fundação a eliminação do Estado judeu”, diz o comunicado da entidade.

“Essa distorção perversa da realidade ofende a memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes”, afirmou.

O presidente do Museu do Holocausto em Jerusalém, Dani Dayan, afirmou que a fala de Lula é “vergonhosa” e uma “combinação de ódio e ignorância”.

Ministros do governo defenderam Lula nas redes sociais.

“Todo meu apoio às preocupações do presidente Lula em relação ao conflito que vem cruelmente atingindo civis na Faixa de Gaza, vítimas do governo de extrema-direita de Israel”, escreveu Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) na rede social X.

“A fala do presidente Lula sobre o que está acontecendo em Gaza é corajosa e necessária. Já são mais de 20 mil mortos palestinos através de ataques promovidos por Israel. Que esse posicionamento incentive outros países a condenarem a desumanidade que estamos vendo dia após dia”, disse Sônia Guajajara (Povos Indígenas), também no X.

Qual foi a resposta de Israel?

O atual presidente de Israel, Benjamin Netanyahu, emitiu um comunicado criticando a fala de Lula e convocou o embaixador brasileiro em Israel para uma reunião na segunda-feira.

“A comparação entre Israel e o Holocausto dos nazistas e de Hitler está ultrapassando a linha vermelha”, afirmou Netanyahu em um comunicado. “Israel luta por sua defesa e garantia do seu futuro até a vitória completa.”

Ele disse ainda que a “banalização do Holocausto é a uma tentativa de prejudicar o povo judeu e o direito de Israel de se defender”.

28,8 mil pessoas morreram após ataques israelenses em Gaza

28,8 mil pessoas morreram após ataques israelenses em Gaza© Getty Images

Como fica a relação diplomática entre Brasil e Israel?

O Brasil sempre teve relações diplomáticas amigáveis tanto com Israel quanto com autoridades palestinas, sendo defensor da solução do conflito através da convivência de dois Estados: Israel e um Estado palestino.

Após os ataques do Hamas em Israel, o Brasil condenou as ações do grupo, que deixaram 1.200 mortos e 253 reféns.

Desde então, o Brasil vem criticando também a contraofensiva israelense, que já deixou 28,8 mortos na Faixa de Gaza.

A posição oficial brasileira é em favor de um cessar-fogo na região.

O Brasil também apoiou o caso da África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça no passado.

A África do Sul acusou Israel de genocídio contra os palestinos na ação, que autorizada a continuar pela Corte em janeiro.

O tribunal instruiu Israel a impedir os seus militares de cometerem atos que possam ser considerados genocidas, a prevenir e punir o incitamento ao genocídio e a permitir a assistência humanitária ao povo de Gaza.

Mas o tribunal não chegou a apelar a Israel para que suspenda imediatamente as suas operações militares em Gaza, como era desejo do país africano.

A convocação do embaixador brasileiro em Israel para reunião após a fala de Lula é vista por analistas como uma “medida drástica”. Espera-se que o “desconforto” gerado pela fala de Lula seja resolvido na reunião.

O ex-embaixador do Brasil em Londres e diplomata Rubens Barbosa afirmou à GloboNews que a fala de Lula foi “improvisada” e que o Itamaraty não compartilha dessa visão.

“É uma situação delicada. Eu não creio que esse incidente possa afetar as relações entre o Estado de Israel e o Estado brasileiro, porque há muitos interesses em jogo, inclusive na área de Defesa”, disse Barbosa à GloboNews.

Enquanto isso, a situação em Gaza continua dramática. A Organização Mundial de Saúde disse que o hospital Nasser deixou de funcionar após um ataque israelita. As Forças de Defesa Israelense disseram que sua operação era “precisa e limitada” e acusou o Hamas de “usar cinicamente hospitais para o terror”.

O esforços para mediar um cessar-fogo entre Israel e o Hamas têm acontecido no Cairo, mas os mediadores do Qatar disseram que o progresso recente “não é muito promissor”.

 

PROFESSOR TEM DIFICULDADE PARA ENTRAR NA PRISÃO FEDERAL DE MOSSORÓ POR QUE PRESOS TÊM FACILIDADE PARA FUGIR?

 

História de Redação • IstoÉ Dinheiro

O professor universitário Francisco Augusto da Cruz de Araújo deu aulas por dois anos na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, e em relato à Agência Brasil contou os rígidos protocolos de segurança pelos quais era obrigado a passar.

Ele relatou que “não imaginava existirem padrões de segurança tão altíssimos” e disse ter ficado descrente ao saber da hipótese de que os presos teriam conseguido sair de suas celas sozinhos, ante todos os procedimentos a que eram submetidos.

O relato do professor começou a chamar atenção na rede social X (antigo Twitter). Numa série de posts, ele descreveu, por exemplo, os procedimentos de entrada e saída na unidade. Uma das publicações se aproxima de 5 mil compartilhamentos.

Ela conta, por exemplo, que para entrar no presídio precisou ter sua vida investigada com ao menos 15 dias de antecedência, quando a direção requer o envio dos documentos pessoais. Quem não se submete ao procedimento “fica do lado de fora”, conta Araújo.

Ele deu aulas a nove internos que foram aprovados para ingressar em curso superior de gestão ambiental na Universidade Aberta do Brasil, no polo de Mossoró, que é gerido pelo Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN). Foi escolhido por ter feito mestrado em ciências sociais com foco em segurança pública e sistema prisional.

Como os presos não têm acesso a eletrônicos, para viabilizar os estudos à distância era preciso enviar todo o material por email para ser impresso na própria penitenciária. Ao menos uma vez por mês, Araújo e outros professores iam à unidade para dar aulas durante todo o dia, para tentar avançar o máximo possível no programa do curso.

Para entrar no presídio, é preciso utilizar roupas sem nada de metal, sejam botões, presilhas ou zíperes. “Eu ia com uma calça de academia, dessas de nylon, camiseta e tênis de corrida”. Nada de metal pode passar pelos diversos detectores espalhados pela unidade, relata o professor.

Primeiro, Araújo era encaminhado para a área administrativa e, depois, acompanhado de um policial penal, ia ao encontro dos alunos em diferentes alas do presídio. “Eu levava de 30 a 40 minutos para chegar até o preso”, disse o professor. “Eu brincava de contar quantos portões de ferro eu precisava atravessar pra chegar até o lugar das aulas, às vezes eram 17, às vezes 20”.

Nas aulas, os presos ficavam de um lado das grades enquanto Araújo ficava do outro, sempre acompanhado do agente penitenciário. “Éramos orientados a não revelar nada de nossa vida pessoal, para não haver risco de sequestros e coisas assim. Um dia levei uma cotovelada do agente porque, num ato falho, revelei a cidade e o bairro onde morava”, conta o professor.

Para estudar, os presos tinham acesso somente ao material impresso, com páginas unidas por cola branca, pois nem mesmo grampos ou clipes eram permitidos. As canetas disponibilizadas aos internos tinham apenas o tubinho de tinta com a ponta, sem o corpo de plástico. Tudo era recolhido ao final do dia.

Fuga

Nas duas oportunidades que teve de visitar celas da unidade, Araújo relatou ter visto apenas uma cama e uma mesinha de alvenaria, sem bancos ou cadeiras. Nem mesmo lençóis são disponibilizados aos presos, para quem não usem para se enforcar, por exemplo.

Na lembrança do professor, as aberturas para ventilação e iluminação da cela ficavam a cerca de cinco metros do chão. Isso fez ele estranhar a foto revelada pela imprensa que mostra o buraco por onde os presos supostamente escaparam.

“Eu achei muito estranho essa hipótese de que eles fugiram por ali, porque quebraram uma parede de concreto armado que fica a cinco metros de altura. É muito difícil”, disse ele à Agência Brasil.

O professor diz acreditar mais na hipótese de que os dois fugitivos receberam algum tipo de ajuda. “Conhecendo os critérios de segurança que o presídio federal de Mossoró tem, é praticamente impossível alguém sair de lá sem que alguém veja”.

O trabalho de Araújo na Penitenciária de Mossoró ocorreu entre os anos de 2017 e 2018. A rotatividade de presos fez com que todos os alunos acabassem transferidos, o que impossibilitou a continuidade do projeto. “Alguns, acho que três, que voltaram para presídios estaduais conseguiram terminar o curso em outras unidades de ensino”, disse.

“Lamento muito que isso tenha acontecido no presídio federal, porque conheço a seriedade das pessoas que trabalharam comigo nesses dois anos. São pessoas espetaculares, comprometidas com a segurança”, conclui o professor. 

Buscas

Neste domingo (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou o episódio e disse acreditar em algum tipo de facilitação. Algumas horas depois, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse ser necessário o fim das investigações para que se possa falar em qualquer tipo de conivência de agentes do presídio.

As buscas pelos fugitivos entraram no quinto dia neste domingo e se concentram em um raio de 15 quilômetros ao redor da penitenciária. Cerca de 500 agentes trabalham na recaptura, bem como três helicópteros, drones e detectores de calor.

Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram os primeiros detentos a escapar de um presídio federal, considerado de segurança máxima. O sistema foi criado em 2006. Eles fugiram na última quarta-feira (14) e são considerados de alta periculosidade.

O post Relato de professor sobre rigidez em penitenciária viraliza na web apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

LULA TEM COMPROMISSOS COM A DEMOCRACIA?

Fica a dúvida de quais são as intenções do presidente brasileiro: se é uma questão de assessoramento, de ideologia, ou pragmatismo

Por Fabiano Lana – Jornal Estadão

Depois das revelações que deixaram patentes certas intenções golpistas do ex-presidente Bolsonaro e sua turma, Lula estava, mais uma vez, com o caminho aberto para se consolidar como líder democrata tanto com a opinião pública interna quanto no cenário internacional. Mas, no lugar de confirmar essa tese, ofereceu três declarações que provocaram dúvidas sinceras. Lula de fato teria compromissos com a democracia?

Em entrevista na Etiópia, o presidente brasileiro comparou a ação de Israel em Gaza ao regime nazista; poupou o presidente russo, Vladimir Putin, das suspeitas da morte do ativista Alexey Navalny e; também cinicamente, não condenou a expulsão dos funcionários da agência da ONU ligada aos direitos humanos na Venezuela, por condenar a prisão de uma integrante da oposição, Rocío San Miguel, que acusou o governo de praticar tortura contra presos políticos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante entrevista em Adis Abeba, Etiópia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante entrevista em Adis Abeba, Etiópia Foto: Ricardo Stuckert / PR

Nos três casos, em que se posicionou, na prática, a favor de governos ou movimento antidemocráticos, é possível uma linha mínima de defesa do presidente Lula que tem sido bastante utilizada por seus apoiadores nas redes. Israel, ao que tudo indica, tem cometido crimes de guerra na sua sanha vingativa contra o Hamas, deixa dezenas de milhares de mortos, inclusive crianças inocentes, e o exagero retórico teria uma base factual na violência desmedida. Mas, em uma situação tão antiga, complexa e nuançada como a da Palestina, estar assertivamente de um lado ou de outro é estar errado e cometer injustiças.

No caso de Navalny, é acusado de xenofobia e do onipresente “fascismo”. De fato, o ativista russo participou de uma marcha contra o governo em que estavam neonazistas ao seu lado e deu declarações contra imigrantes de etnias não russas. Mas a morte do ativista não diminui o fato de que ele não é o primeiro, e talvez não seja o último, opositor russo envenenado em circunstâncias misteriosas. Nem o que aparece morto. Há uma lista de gente que morreu dessa maneira, inclusive uma repórter, Anna Politkovskaya, crítica de Vladimir Putin. O autocrata russo, inclusive, também é responsável por morte de crianças inocentes em bombardeios na Ucrânia, mas nesse caso recebe o beneplácito do colega sul-americano.

Já com relação à Venezuela, um líder tão boquirroto como nosso presidente, rápido em condenar inimigos políticos internos e externos, alegar desconhecimento tergiversa o cinismo. Lula segue na sua campanha de reabilitar o presidente venezuelano Nicolás Maduro. Pelo jeito, pode ser a pior pessoa do mundo, mas basta ser antiamericano ou mesmo antiocidental que contará com a boa-vontade lulista.

Fica a dúvida de quais são as intenções do presidente. Se é uma questão de assessoramento, de ideologia, ou pragmatismo. No último caso, entretanto, cada vez faz menos sentido. Porque além do apoio de seu rebanho mais fiel, que irá consentir e defender qualquer coisa que faça, Lula não agrega ninguém com suas declarações. No máximo perde apoios. De aplausos inesperados, até agora, só do grupo terrorista Hamas.

Por causa de suas posições internacionais, Lula agora está distante dos Estados Unidos do Partido Democrata e estará ainda mais longe dos Republicanos, em caso de vitória de Donald Trump. Está em rota de colisão com os países europeus que se posicionam contra a Rússia. E, mesmo no seu quintal, Lula não tem apoio da Argentina de Javier Milei, por óbvios motivos. Líderes esquerdistas do continente têm se distanciado da posição do petista, caso de Gabriel Boric, mandatário do Chile, e José Mujica, ex-presidente do Uruguai – ambos têm condenado ações autoritárias cometidas por Nicolas Maduro. Na verdade, hoje, que país ou grupos de países relevantes que o Brasil lidera? Neste momento, nenhum.

Lula então se distancia dos moderados e se isola no panorama internacional. O que ganha o Brasil em ser severo contra as posições das democracias ocidentais e estar no lado contrário de Joe Biden, dos EUA, Emmanuel Macron, da França, e Olaf Scholz, primeiro-ministro alemão? A necessidade da compra de fertilizantes da Rússia parece ser um argumento insuficiente no apoio velado a Putin (nesse caso, paradoxalmente, Lula tem a companhia algo desairosa tanto de Jair Bolsonaro como de Donald Trump).

Ao sair do governo em 2010, Lula tinha altíssimos índices de popularidade e certa relevância internacional. Agora enfrenta um país dividido, calcificado, e não conseguiu encontrar ainda seu papel na arena internacional. Há década e meia atrás ele era “o cara”, segundo o ex-presidente Barack Obama. Hoje não mais. Segundo Obama, em suas memórias, “Lula tinha os escrúpulos de um chefão do Tammany Hall e circulavam boatos de clientelismo governamental, negócios por debaixo do pano e propinas na casa dos milhões”. Está na Página 353 de Uma Terra Prometida, para quem quiser conferir. Tammany Hall, não por acaso, é uma quadrilha política que agiu por décadas no estado de Nova York.

Após a glória e o ocaso na prisão, e até mesmo com perda de prestígio internacional, Lula se reinventou politicamente como o salvador da democracia brasileira, líder de uma frente ampla que unia esquerda, centristas, moderados, empresários e muita gente que apertou o 13 para evitar os riscos e as bizarrices do governo Bolsonaro. Do ponto de vista internacional coloca tudo a perder ao apoiar, velada ou abertamente, ditadores e terroristas em diferentes locais do mundo.

 

OPOSIÇÃO VAI PEDIR O IMPEACHMENT DE LULA POR FALA SOBRE HOLOCAUSTO

 

Grupo diz que declaração é ‘injustificável, leviana e absurda’; documento já tem a assinatura de 40 parlamentares

Por Levy Teles – Jornal Estadão

BRASÍLIA — Um grupo de mais de 40 deputados federais apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai protocolar pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pela fala do chefe do Poder Executivo neste domingo, 18. Lula comparou a guerra de Israel contra a Palestina ao Holocausto.

Os deputados citam um trecho da lei que fundamenta os crimes de responsabilidade para justificar o pedido. O texto diz que é crime “cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”.

Os parlamentares dizem que a afirmação de Lula é “injustificável, leviana e absurda”. “É uma afronta aos judeus, aos descendentes do horror do nazismo e algo que só fomenta o crescimento do antissemitismo no Brasil”, diz o texto.

Declaração de Lula foi feita em Adis Abeba, Etiópia.
Declaração de Lula foi feita em Adis Abeba, Etiópia. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Em Adis Abeba, na Etiópia, Lula disse que não há outro paralelo ao que está ocorrendo em Gaza a não ser o que foi feito durante a Alemanha Nazista, durante a Segunda Guerra Mundial. “O que está acontecendo em Gaza não aconteceu em nenhum outro momento histórico, só quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula.

“Não se pode comparar o incomparável. Nada se compara à maior tragédia da humanidade, que foi o Holocausto e que vitimou 6 milhões de judeus, além de diversas minorias”, disse Carla Zambelli (PL-SP), uma das signatárias.

Para o especialista em Direito Eleitoral Alberto Rollo, é preciso algo além do discurso de Lula para configurar o crime de responsabilidade. “Entendo que para caracterizar o tipo da lei tem que ter mais do que discurso ou opinião. Teria que ter envio de armas, soldados, ajuda para a manutenção do conflito”, afirma. “Entendo que comprometer a neutralidade é efetivamente se engajar por um dos lados. Por enquanto foi só discurso.”.

Essa não foi a única reação que partiu do Congresso. No Senado, o grupo parlamentar Brasil-Israel da Casa condenou e classificou como “tendenciosa e desonesta” o pronunciamento de Lula.

Também condenaram a fala o presidente de Israel, Binyamin Netanyahu, e entidades judaicas no Brasil, como a Confederação Israelita do Brasil (Conib).

“As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e sérias. São sobre banalizar o Holocausto e tentar ferir o povo judeu e o direito Israelense de se defender”, afirmou Netanyahu em seu perfil no X, novo nome do Twitter.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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