segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

PROFESSOR TEM DIFICULDADE PARA ENTRAR NA PRISÃO FEDERAL DE MOSSORÓ POR QUE PRESOS TÊM FACILIDADE PARA FUGIR?

 

História de Redação • IstoÉ Dinheiro

O professor universitário Francisco Augusto da Cruz de Araújo deu aulas por dois anos na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, e em relato à Agência Brasil contou os rígidos protocolos de segurança pelos quais era obrigado a passar.

Ele relatou que “não imaginava existirem padrões de segurança tão altíssimos” e disse ter ficado descrente ao saber da hipótese de que os presos teriam conseguido sair de suas celas sozinhos, ante todos os procedimentos a que eram submetidos.

O relato do professor começou a chamar atenção na rede social X (antigo Twitter). Numa série de posts, ele descreveu, por exemplo, os procedimentos de entrada e saída na unidade. Uma das publicações se aproxima de 5 mil compartilhamentos.

Ela conta, por exemplo, que para entrar no presídio precisou ter sua vida investigada com ao menos 15 dias de antecedência, quando a direção requer o envio dos documentos pessoais. Quem não se submete ao procedimento “fica do lado de fora”, conta Araújo.

Ele deu aulas a nove internos que foram aprovados para ingressar em curso superior de gestão ambiental na Universidade Aberta do Brasil, no polo de Mossoró, que é gerido pelo Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN). Foi escolhido por ter feito mestrado em ciências sociais com foco em segurança pública e sistema prisional.

Como os presos não têm acesso a eletrônicos, para viabilizar os estudos à distância era preciso enviar todo o material por email para ser impresso na própria penitenciária. Ao menos uma vez por mês, Araújo e outros professores iam à unidade para dar aulas durante todo o dia, para tentar avançar o máximo possível no programa do curso.

Para entrar no presídio, é preciso utilizar roupas sem nada de metal, sejam botões, presilhas ou zíperes. “Eu ia com uma calça de academia, dessas de nylon, camiseta e tênis de corrida”. Nada de metal pode passar pelos diversos detectores espalhados pela unidade, relata o professor.

Primeiro, Araújo era encaminhado para a área administrativa e, depois, acompanhado de um policial penal, ia ao encontro dos alunos em diferentes alas do presídio. “Eu levava de 30 a 40 minutos para chegar até o preso”, disse o professor. “Eu brincava de contar quantos portões de ferro eu precisava atravessar pra chegar até o lugar das aulas, às vezes eram 17, às vezes 20”.

Nas aulas, os presos ficavam de um lado das grades enquanto Araújo ficava do outro, sempre acompanhado do agente penitenciário. “Éramos orientados a não revelar nada de nossa vida pessoal, para não haver risco de sequestros e coisas assim. Um dia levei uma cotovelada do agente porque, num ato falho, revelei a cidade e o bairro onde morava”, conta o professor.

Para estudar, os presos tinham acesso somente ao material impresso, com páginas unidas por cola branca, pois nem mesmo grampos ou clipes eram permitidos. As canetas disponibilizadas aos internos tinham apenas o tubinho de tinta com a ponta, sem o corpo de plástico. Tudo era recolhido ao final do dia.

Fuga

Nas duas oportunidades que teve de visitar celas da unidade, Araújo relatou ter visto apenas uma cama e uma mesinha de alvenaria, sem bancos ou cadeiras. Nem mesmo lençóis são disponibilizados aos presos, para quem não usem para se enforcar, por exemplo.

Na lembrança do professor, as aberturas para ventilação e iluminação da cela ficavam a cerca de cinco metros do chão. Isso fez ele estranhar a foto revelada pela imprensa que mostra o buraco por onde os presos supostamente escaparam.

“Eu achei muito estranho essa hipótese de que eles fugiram por ali, porque quebraram uma parede de concreto armado que fica a cinco metros de altura. É muito difícil”, disse ele à Agência Brasil.

O professor diz acreditar mais na hipótese de que os dois fugitivos receberam algum tipo de ajuda. “Conhecendo os critérios de segurança que o presídio federal de Mossoró tem, é praticamente impossível alguém sair de lá sem que alguém veja”.

O trabalho de Araújo na Penitenciária de Mossoró ocorreu entre os anos de 2017 e 2018. A rotatividade de presos fez com que todos os alunos acabassem transferidos, o que impossibilitou a continuidade do projeto. “Alguns, acho que três, que voltaram para presídios estaduais conseguiram terminar o curso em outras unidades de ensino”, disse.

“Lamento muito que isso tenha acontecido no presídio federal, porque conheço a seriedade das pessoas que trabalharam comigo nesses dois anos. São pessoas espetaculares, comprometidas com a segurança”, conclui o professor. 

Buscas

Neste domingo (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou o episódio e disse acreditar em algum tipo de facilitação. Algumas horas depois, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse ser necessário o fim das investigações para que se possa falar em qualquer tipo de conivência de agentes do presídio.

As buscas pelos fugitivos entraram no quinto dia neste domingo e se concentram em um raio de 15 quilômetros ao redor da penitenciária. Cerca de 500 agentes trabalham na recaptura, bem como três helicópteros, drones e detectores de calor.

Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram os primeiros detentos a escapar de um presídio federal, considerado de segurança máxima. O sistema foi criado em 2006. Eles fugiram na última quarta-feira (14) e são considerados de alta periculosidade.

O post Relato de professor sobre rigidez em penitenciária viraliza na web apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

LULA TEM COMPROMISSOS COM A DEMOCRACIA?

Fica a dúvida de quais são as intenções do presidente brasileiro: se é uma questão de assessoramento, de ideologia, ou pragmatismo

Por Fabiano Lana – Jornal Estadão

Depois das revelações que deixaram patentes certas intenções golpistas do ex-presidente Bolsonaro e sua turma, Lula estava, mais uma vez, com o caminho aberto para se consolidar como líder democrata tanto com a opinião pública interna quanto no cenário internacional. Mas, no lugar de confirmar essa tese, ofereceu três declarações que provocaram dúvidas sinceras. Lula de fato teria compromissos com a democracia?

Em entrevista na Etiópia, o presidente brasileiro comparou a ação de Israel em Gaza ao regime nazista; poupou o presidente russo, Vladimir Putin, das suspeitas da morte do ativista Alexey Navalny e; também cinicamente, não condenou a expulsão dos funcionários da agência da ONU ligada aos direitos humanos na Venezuela, por condenar a prisão de uma integrante da oposição, Rocío San Miguel, que acusou o governo de praticar tortura contra presos políticos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante entrevista em Adis Abeba, Etiópia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante entrevista em Adis Abeba, Etiópia Foto: Ricardo Stuckert / PR

Nos três casos, em que se posicionou, na prática, a favor de governos ou movimento antidemocráticos, é possível uma linha mínima de defesa do presidente Lula que tem sido bastante utilizada por seus apoiadores nas redes. Israel, ao que tudo indica, tem cometido crimes de guerra na sua sanha vingativa contra o Hamas, deixa dezenas de milhares de mortos, inclusive crianças inocentes, e o exagero retórico teria uma base factual na violência desmedida. Mas, em uma situação tão antiga, complexa e nuançada como a da Palestina, estar assertivamente de um lado ou de outro é estar errado e cometer injustiças.

No caso de Navalny, é acusado de xenofobia e do onipresente “fascismo”. De fato, o ativista russo participou de uma marcha contra o governo em que estavam neonazistas ao seu lado e deu declarações contra imigrantes de etnias não russas. Mas a morte do ativista não diminui o fato de que ele não é o primeiro, e talvez não seja o último, opositor russo envenenado em circunstâncias misteriosas. Nem o que aparece morto. Há uma lista de gente que morreu dessa maneira, inclusive uma repórter, Anna Politkovskaya, crítica de Vladimir Putin. O autocrata russo, inclusive, também é responsável por morte de crianças inocentes em bombardeios na Ucrânia, mas nesse caso recebe o beneplácito do colega sul-americano.

Já com relação à Venezuela, um líder tão boquirroto como nosso presidente, rápido em condenar inimigos políticos internos e externos, alegar desconhecimento tergiversa o cinismo. Lula segue na sua campanha de reabilitar o presidente venezuelano Nicolás Maduro. Pelo jeito, pode ser a pior pessoa do mundo, mas basta ser antiamericano ou mesmo antiocidental que contará com a boa-vontade lulista.

Fica a dúvida de quais são as intenções do presidente. Se é uma questão de assessoramento, de ideologia, ou pragmatismo. No último caso, entretanto, cada vez faz menos sentido. Porque além do apoio de seu rebanho mais fiel, que irá consentir e defender qualquer coisa que faça, Lula não agrega ninguém com suas declarações. No máximo perde apoios. De aplausos inesperados, até agora, só do grupo terrorista Hamas.

Por causa de suas posições internacionais, Lula agora está distante dos Estados Unidos do Partido Democrata e estará ainda mais longe dos Republicanos, em caso de vitória de Donald Trump. Está em rota de colisão com os países europeus que se posicionam contra a Rússia. E, mesmo no seu quintal, Lula não tem apoio da Argentina de Javier Milei, por óbvios motivos. Líderes esquerdistas do continente têm se distanciado da posição do petista, caso de Gabriel Boric, mandatário do Chile, e José Mujica, ex-presidente do Uruguai – ambos têm condenado ações autoritárias cometidas por Nicolas Maduro. Na verdade, hoje, que país ou grupos de países relevantes que o Brasil lidera? Neste momento, nenhum.

Lula então se distancia dos moderados e se isola no panorama internacional. O que ganha o Brasil em ser severo contra as posições das democracias ocidentais e estar no lado contrário de Joe Biden, dos EUA, Emmanuel Macron, da França, e Olaf Scholz, primeiro-ministro alemão? A necessidade da compra de fertilizantes da Rússia parece ser um argumento insuficiente no apoio velado a Putin (nesse caso, paradoxalmente, Lula tem a companhia algo desairosa tanto de Jair Bolsonaro como de Donald Trump).

Ao sair do governo em 2010, Lula tinha altíssimos índices de popularidade e certa relevância internacional. Agora enfrenta um país dividido, calcificado, e não conseguiu encontrar ainda seu papel na arena internacional. Há década e meia atrás ele era “o cara”, segundo o ex-presidente Barack Obama. Hoje não mais. Segundo Obama, em suas memórias, “Lula tinha os escrúpulos de um chefão do Tammany Hall e circulavam boatos de clientelismo governamental, negócios por debaixo do pano e propinas na casa dos milhões”. Está na Página 353 de Uma Terra Prometida, para quem quiser conferir. Tammany Hall, não por acaso, é uma quadrilha política que agiu por décadas no estado de Nova York.

Após a glória e o ocaso na prisão, e até mesmo com perda de prestígio internacional, Lula se reinventou politicamente como o salvador da democracia brasileira, líder de uma frente ampla que unia esquerda, centristas, moderados, empresários e muita gente que apertou o 13 para evitar os riscos e as bizarrices do governo Bolsonaro. Do ponto de vista internacional coloca tudo a perder ao apoiar, velada ou abertamente, ditadores e terroristas em diferentes locais do mundo.

 

OPOSIÇÃO VAI PEDIR O IMPEACHMENT DE LULA POR FALA SOBRE HOLOCAUSTO

 

Grupo diz que declaração é ‘injustificável, leviana e absurda’; documento já tem a assinatura de 40 parlamentares

Por Levy Teles – Jornal Estadão

BRASÍLIA — Um grupo de mais de 40 deputados federais apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai protocolar pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pela fala do chefe do Poder Executivo neste domingo, 18. Lula comparou a guerra de Israel contra a Palestina ao Holocausto.

Os deputados citam um trecho da lei que fundamenta os crimes de responsabilidade para justificar o pedido. O texto diz que é crime “cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”.

Os parlamentares dizem que a afirmação de Lula é “injustificável, leviana e absurda”. “É uma afronta aos judeus, aos descendentes do horror do nazismo e algo que só fomenta o crescimento do antissemitismo no Brasil”, diz o texto.

Declaração de Lula foi feita em Adis Abeba, Etiópia.
Declaração de Lula foi feita em Adis Abeba, Etiópia. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Em Adis Abeba, na Etiópia, Lula disse que não há outro paralelo ao que está ocorrendo em Gaza a não ser o que foi feito durante a Alemanha Nazista, durante a Segunda Guerra Mundial. “O que está acontecendo em Gaza não aconteceu em nenhum outro momento histórico, só quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula.

“Não se pode comparar o incomparável. Nada se compara à maior tragédia da humanidade, que foi o Holocausto e que vitimou 6 milhões de judeus, além de diversas minorias”, disse Carla Zambelli (PL-SP), uma das signatárias.

Para o especialista em Direito Eleitoral Alberto Rollo, é preciso algo além do discurso de Lula para configurar o crime de responsabilidade. “Entendo que para caracterizar o tipo da lei tem que ter mais do que discurso ou opinião. Teria que ter envio de armas, soldados, ajuda para a manutenção do conflito”, afirma. “Entendo que comprometer a neutralidade é efetivamente se engajar por um dos lados. Por enquanto foi só discurso.”.

Essa não foi a única reação que partiu do Congresso. No Senado, o grupo parlamentar Brasil-Israel da Casa condenou e classificou como “tendenciosa e desonesta” o pronunciamento de Lula.

Também condenaram a fala o presidente de Israel, Binyamin Netanyahu, e entidades judaicas no Brasil, como a Confederação Israelita do Brasil (Conib).

“As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e sérias. São sobre banalizar o Holocausto e tentar ferir o povo judeu e o direito Israelense de se defender”, afirmou Netanyahu em seu perfil no X, novo nome do Twitter.

ELETROBRAS VAI VENDER TERMELÉTRICAS PARA ALCANÇAR O SELO DE ZERO EMISSÕES DE CO2 ATÉ 2030

Negócio é estimado em R$ 8 bilhões e a expectativa é que saia este ano

Por Aline BronzatiAltamiro Silva Junior e Luciana Collet

15/02/2024 | 22h00

Termelétrica de Aparecida, em Manaus (AM), é um das usinas da Eletrobras que estão à venda
Termelétrica de Aparecida, em Manaus (AM), é um das usinas da Eletrobras que estão à venda Foto: Divulgação/Eletrobras

A canadense Brookfield, a empresa de energia Âmbar, do grupo J&F, a Eneva e a Diamante Energia estão entre os interessados que avançaram para a nova fase do processo de venda dos ativos térmicos da Eletrobras, um negócio estimado em R$ 8 bilhões. O grupo que passou para a segunda etapa de disputa conta com ao menos cinco nomes, de acordo com fontes que falaram na condição de anonimato.

Nesta etapa, os candidatos fazem uma nova análise dos dados para lançarem as chamadas ofertas vinculantes, aquelas que atrelam um preço firme pelo ativo e na qual também têm mais acesso a informações financeiras e estratégicas.

Alguns destes interessados buscaram parceiros para desenhar uma proposta. É o caso da Eneva, que estaria se associando à gestora Perfin na iniciativa, e da Diamante Energia, que deve repetir a dobradinha com a Qatar Electricity & Water Company (QWEC), com quem já tem joint venture para investimentos em termelétricas a gás no Brasil.

Proposta é assessorada pelo Morgan Stanley

O prazo para a apresentação das ofertas vinculantes termina por volta de 20 de março. As propostas podem ser apresentadas para o pacote completo de ativos à venda, ou para termelétricas individuais. Mas, segundo fontes, haveria preferência pela venda do conjunto inteiro. A operação está sendo assessorada por um dos gigantes de Wall Street, o Morgan Stanley.

O portfólio em questão reúne as termelétricas Mauá 3, Aparecida, Santa Cruz, o conjunto do Complexo Interior (Anamã, Caapiranga, Codajás e Anori), além dos direitos de reversão, em 2025, do Complexo PIEs (Cristiano Rocha, Tambaqui, Manauara, Ponta Negra e Jaraqui) e o projeto de Rio Negro, com capacidade total de 2.059 megawatts (MW).

Após a fase vinculante, tem início as conversas finais. A expectativa é que o fechamento do negócio, que depende da aprovação de reguladores, aconteça este ano. A base de dados disponibilizada recebeu bastante visitas, o que foi um termômetro importante para o interesse no negócio.

Rumo à descarbonização

A Eletrobras anunciou o seu plano de se desfazer dos ativos térmicos a gás em julho do ano passado. Ainda em 2023, a empresa informou que a intenção era acertar a venda até o fim do primeiro semestre de 2024.

A venda de térmicas a gás é parte do foco da atual gestão da Eletrobras, sob o comando de Ivan Monteiro, de desinvestir de ativos considerados não estratégicos e se tornar uma empresa de energia 100% limpa. O objetivo da companhia é avançar em seu plano de descarbonização e alcançar o selo de zero emissões de CO2 até 2030.

Procuradas, Eletrobras, Brookfield, Âmbar e Eneva não comentaram. Diamante e Perfin também não se pronunciaram.

 

PRODUTIVIDADE E EFICIÊNCIA NO TRABALHO É FAZER MAIS COM MENOS RECURSOS OU MENOS TEMPO

By JonathanZoho Workplace

Você já ouviu falar sobre produtividade e eficiência no trabalho? Pelo próprio nome, entendemos que este conceito significa aumentar a produção, fazer mais com menos recursos ou menos tempo.

Na verdade compreender esse conceito é muito simples, essa variável está relacionada ao bom uso dos recursos disponíveis (incluindo mão de obra) dentro da empresa. Caso tenha um resultado favorável, podemos dizer que o negócio é produtivo.

Toda empresa está procurando maneiras de alcançar melhores resultados. Portanto, controlar a produtividade dos funcionários é essencial para o crescimento.

Neste artigo, você aprenderá sobre a importância da produtividade e do controle sobre o que seus funcionários produzem. Confira!

Diferença entre eficiência, eficácia, efetividade e produtividade

Alguns conceitos são extremamente importantes para o dia a dia da empresa, afinal, são a tradução das ações que a organização deve realizar para ter sucesso. Eficiência, produtividade, eficácia e eficácia são as quatro palavras da estratégia corporativa.

Compreender seus conceitos é essencial para que possam aplicá-los corretamente no dia a dia. Afinal, a produtividade está inextricavelmente ligada à produtividade, mas uma pessoa produtiva também pode ser improdutiva. Então vamos!

Produtividade

Produtividade é fazer mais com menos. Uma pessoa eficiente pode não ser produtiva, sabia? Portanto, se em todos os processos válidos (dentro dos prazos estipulados), é impossível ir mais rápido do que o esperado, o que significa que não há produtividade no trabalho.

Eficiência

No dicionário, podemos pensar em eficiência como “a virtude ou característica de (alguém ou algo) ser capaz, produtivo e alcançar o desempenho ideal com o menor número de erros”. Em outras palavras, a eficiência está diretamente relacionada ao processo e seu tempo de conclusão. O processo é eficiente se algo for feito da melhor maneira possível dentro do tempo previsto, utilizando os recursos disponíveis e sem incorrer em custos imprevistos.

Eficácia

Eficiência e produtividade nem sempre são suficientes em uma empresa, as pessoas também precisam ser eficientes. Mas o que significa ser eficaz? A eficácia está diretamente relacionada aos resultados, ou seja, quando alguém faz algo e alcança o resultado certo, essa pessoa é eficaz no trabalho.

Também existe a possibilidade que, além de eficaz, o colaborador também seja eficiente e produtivo. Ou seja, o caminho que ela encontra para esse resultado é aquele que é executado dentro do prazo esperado (eficiência), de forma lucrativa (produtiva) e correta (eficiência).

Mas o contrário também pode acontecer. Temos pessoas que são muito eficientes e produtivas, mas acabam trabalhando de forma ineficiente. Ou seja, embora o processo tenha sido entregue antes do esperado (eficiente e produtivo), o produto final não era o objetivo da empresa. Conclusão: Você pode estar fazendo isso errado!

Efetividade

Então temos eficácia. Discutimos processo, quantidade e resultados. Você deve estar pensando, há mais alguma coisa que possa melhorar a eficiência? A resposta é sim. Assim como a eficácia, a efetividade se concentra nos resultados, mas de uma maneira diferente.

Afinal, de que adianta bater um gol mas não ter um bom resultado esperado? A efetividade, no fim das contas, tem a ver com o impacto real dos resultados. Ser efetivo é ser eficiente, produtivo e eficaz ao mesmo tempo.

Por que é importante investir na produtividade e eficiência no trabalho

A urgência de buscar produtividade e tirar o máximo proveito de todos é um motivador comum no ambiente de trabalho.

No entanto, não adianta produzir grandes quantidades se o nível de qualidade for insatisfatório. Se isso acontecer, a diferenciação competitiva cairá e a concorrência encontrará uma oportunidade de avançar.

A produtividade oferece muitas vantagens às empresas, confira:

● Uso consciente dos recursos para atingir o nível de qualidade desejado;

● Reduzir custos operacionais;

● Expandir o mercado e aumentar o número de colaboradores;

● Diferenças competitivas.

É função de um bom gestor entender o que está acontecendo e monitorar os resultados e o desempenho individual dos membros da equipe. No entanto, é importante perceber que este trabalho não deve ser apenas focado na redução do tempo.

Todo mundo tem seu próprio tempo para concluir uma atividade com sucesso, por isso é importante entender e gerenciar comportamentos para aumentar a produtividade e eficiência no trabalho sem desgaste da carreira.

Porque controlar a produtividade e eficiência no trabalho?

Crescer um negócio e aumentar a receita requer produtividade e eficiênciano trabalho. Para fazer mais e melhor, você precisa controlar as atividades da equipe e o fluxo de trabalho.

Os gestores que controlam a produtividade de suas equipes podem identificar barreiras à eficiência e pontos positivos que podem ser inspirados.

Com isso em mente, o primeiro passo para melhorar o desempenho do negócio é acompanhas as tarefas de rotina do trabalho da sua equipe e ter um controle realmente efetivo, e isso inclui também o monitoramento da jornada de trabalho.

Implante ferramentas de controle de produtividade

Saber o que está sendo feito e por quanto tempo é uma forma de medir a produtividade e eficiência no trabalho. Para fazer isso, você pode empregar um gerenciador de tarefas para controlar as atividades e medir o tempo investido em cada atividade.

Não perca tempo preenchendo planilhas desnecessárias, procure soluções modernas, como o registro de eventos por meio de planilhas de horas, integradas à própria ferramenta de controle de horas.

As reuniões também podem ser usadas para esclarecer preocupações e ajustar expectativas. Adote essa prática no dia a dia da sua empresa para melhorar a comunicação e tornar os processos mais eficientes.

COMO DEVEM SER OS PARCEIROS NOS NEGÓCIOS

“Parceiros chegam de várias formas. Se juntam por diferentes motivos”.

Eu sei, é clichê, rss. E se a frase fosse minha eu acrescentaria: “O que eles tem em comum é o fato de acreditarem no que nós acreditamos”.

Parceria é a arte de administrar conflitos de interesses e conexões de interesses, visando resultados benéficos para ambas as empresas”.

É por isso que eu costumo comparar parceria com casamento. Quem é casado sabe que administrar conflitos é fundamental para ambos terem resultados nessa aliança.

Assim como no casamento, o parceiro não precisa ser igual a nós, mas tem que ter o nosso ‘jeitão’! Nas parcerias eu defendo que o parceiro precisa ter o DNA de inovação, a inquietude pra sair da zona de conforto e uma preocupação muito grande com o cliente, não apenas no discurso, mas na prática. É claro que no processo de análise do possível parceiro, nós avaliamos o potencial financeiro e de escala da aliança, a estrutura e o tamanho da empresa. Mas, tem um fator humano que não pode ser desconsiderado, já que empresas são, na sua essência, pessoas. É por isso, que normalmente, os parceiros   são empresas formadas por pessoas do bem, pessoas com propósito, que tem tanto o caráter quanto a lealdade de continuar de mãos dadas, mesmo nos momentos mais difíceis. É como um casamento mesmo!

É importante também que os parceiros tenham know how e competências complementares, que potencializem nossas fragilidades e deem mais peso aos nossos pontos fortes. E como eu acredito que o primeiro approach de uma boa parceria acontece no plano humano (onde existe emoção), e não no corporativo, eu gosto muito da histórica da parceria entre Steve Jobs Steve Wozniak. Os dois Steves tornaram-se amigos durante um emprego de verão em 1970. Woz estava ocupado construindo um computador e Jobs viu o potencial para vendê-lo. Em uma entrevista de 2006 ao Seattle Times, Woz, explicou:

“Eu só estava fazendo algo em que era muito bom, e a única coisa que eu era bom acabou por ser a coisa que ia mudar o mundo… Steve (Jobs) pensava muito além. Quando eu projetava coisas boas, às vezes ele dizia: ‘Nós podemos vender isso’. E nós vendíamos mesmo. Ele estava pensando em como criar uma empresa, mas talvez ele estivesse mesmo pensando: ‘Como eu posso mudar o mundo?’”.

Por que essa parceria deu certo? Habilidades e competências complementares.

As habilidades técnicas de Woz juntamente com a visão de Jobs fizeram dos dois a parceria perfeita nos negócios.

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

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A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

Apresentamos o nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace que tem um Product Market Fit adequado ao mercado do Vale do Aço, agregando o mercado e seus consumidores em torno de uma proposta diferenciada de fazer Publicidade e Propaganda online, de forma atrativa e lúdica a inclusão de informações úteis e necessárias aos consumidores como:

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domingo, 18 de fevereiro de 2024

NOTÍCIA-CRIME DO PARTIDONOVO CONTRA LULA NA PGR POR PROMETER MAIS DOAÇÕES À UNRWA DA ONU EM GAZA

História de Redação • IstoÉ Dinheiro

O Partido Novo apresentou uma notícia-crime na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por causa de discurso em que ele prometeu que o governo brasileiro aumentaria as doações para a Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA). A representação foi protocolada na sexta-feira, pelo diretório nacional do partido, e teve como base um discurso feito por Lula durante visita à embaixada da Palestina, em Brasília, no dia 8 de fevereiro.

Vários países haviam suspendido repasses para a agência da ONU após denúncias de envolvimentos de funcionários da UNRWA no ataque do Hamas a Israel, que desencadeou o conflito. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, já pediu aos países que continuem a financiar a principal agência que fornece ajuda em Gaza. Na ocasião, ele disse que dos 12 funcionários acusados de envolvimento no ataque, nove foram demitidos imediatamente, outro foi confirmado como morto e os outros estavam sendo identificados, mas que todos seriam responsabilizados, incluindo processos criminais.

O partido argumenta que, no discurso proferido na embaixada, Lula criticou a decisão de mais de 16 países de cortar o financiamento da UNRWA e afirmou que o governo faria um aporte adicional de recursos para a agência.

“O Novo vê este ato do presidente Lula com preocupação, pois no momento em que os maiores doadores da Agência retiram suas doações por suspeita de apoio ao Hamas, o Brasil sinalizar um aumento mostra para toda a comunidade internacional que somos cúmplices do terrorismo”, declarou Carolina Sponza, advogada do Novo.

Na representação, o Novo alega que Lula incorreu na prática de terrorismo ao tornar tal decisão pública. O partido também argumenta que apesar de o Brasil não ter formalizado a declaração de que o Hamas é uma organização terrorista, não há impedimento para o outros órgãos e o próprio poder judiciário o considerar.

O post Novo apresenta notícia-crime contra Lula na PGR por discurso que prometeu mais doações à UNRWA apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

 

A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA FOI AUTORGADA ATRIBUINDO AO STF COMPETÊNCIAS EXCESSIVAMENTE AMPLAS

 

História de Notas & Informações • Jornal Estadão

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e o ministro do STF Alexandre de Moraes durante abertura do Seminario Politicas Judiciarias e Seguranca Publica. (O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e o mini

Nos últimos anos, o Supremo Tribunal Federal (STF) prestou inestimáveis serviços: da punição aos corruptos do mensalão à preservação das prerrogativas dos Estados na pandemia e a defesa do processo eleitoral, além da responsabilização dos executores e artífices do atentado do 8 de Janeiro. Em momentos críticos, o STF teve papel crucial na defesa da soberania do povo, encarnada nas instituições republicanas. E, no entanto, o sentimento desse mesmo povo em relação à mais alta instância judicial do País é de desconfiança.

Segundo pesquisa AtlasIntel, mais da metade dos brasileiros diz não confiar no STF. Entre 51% e 56% dos entrevistados consideram “péssima” a atuação dos ministros em questões capitais, como a defesa da democracia, o respeito ao Legislativo, reformas para melhorar o Judiciário, correção de abusos de instâncias inferiores, profissionalismo e competência dos ministros, defesa dos direitos individuais, imparcialidade entre rivais políticos e combate à corrupção. A trajetória é de deterioração. Em um ano, os que confiam no STF caíram de 45% para 42%, e os que não confiam cresceram de 44% para 51%.

Justificado ou não, esse descrédito é ruim. O bom funcionamento do Estado Democrático de Direito depende de um Judiciário que seja não só autônomo e independente, mas também respeitado. A percepção ideal da Justiça é de um quadro de servidores qualificados, que julgam conflitos sobre os quais não têm parte, aplicando leis que não criaram. Mas o sentimento predominante sobre o STF é o oposto: de uma Corte incompetente, instável, politizada, conivente com a corrupção e até autoritária.

Uma das razões estruturais e exógenas para essa desconfiança é uma disfuncionalidade constitutiva. Constituições deveriam ser abstratas e sucintas, consagrando direitos fundamentais e princípios basilares para o funcionamento do Estado, e deixando o resto às composições políticas. Mas os constituintes pecaram por excesso, confeccionaram uma Carta abrangente e pormenorizada e atribuíram à Corte constitucional competências excessivamente amplas, inclusive sobre matérias penais e administrativas. Obrigado a arbitrar sobre controvérsias que em outras partes do mundo são deixadas a outras instâncias judiciais ou, sobretudo, à política, o STF é sobrecarregado e tragado por paixões partidárias.

Essa disfuncionalidade incentiva o oportunismo político. As esquerdas, com frequência minoritárias nas Casas Legislativas, recorrentemente tentam reverter na Corte políticas que perderam no voto. Populistas à direita, insatisfeitos com prerrogativas das minorias, elegem a Corte como o “inimigo público número um” quando esta não se dobra à “vontade do povo” – nome que eles dão ao alarido dos reacionários.

Nada disso exime os ministros de fazer um exame de consciência. A maior causa da deterioração da autoridade do STF não é a sua atuação em defesa da democracia ou da Constituição, mas os abusos cometidos a pretexto dessa defesa: invasões de competências legislativas, protagonismo midiático, atropelamento do processo legal, relações promíscuas com os poderosos de turno.

Um exemplo cristalino são as arbitrariedades nos inquéritos conduzidos por Alexandre de Moraes contra atos antidemocráticos, as chamadas “milícias digitais” e as fake news. Outro são as revisões monocráticas de Dias Toffoli de acordos fechados no âmbito da Operação Lava Jato. É fato que, em nome do combate à corrupção, a Lava Jato se permitiu toda sorte de abusos, mas, ao invés de corrigi-los, Toffoli, com a conivência de seus pares, incorre nos mesmos abusos, com o sinal trocado. De instância saneadora do lavajatismo, o STF se converteu em antilavajatista, instaurando um neolavajatismo. É o mesmo voluntarismo messiânico. Só que dessa vez a população está escolada: segundo a AtlasIntel, nada menos que 80% discordam da suspensão das multas impostas aos criminosos confessos.

De guardiães do Estado de Direito, alguns ministros se autoatribuíram a missão de vigilantes da política. Mas a população começa a se perguntar quem, afinal, vigia os vigilantes. Outros se mostram impacientes com a ordem jurídica e, ao invés de serem seus operadores, querem ser seus reformadores para curar “injustiças sociais”. Mas a população parece esperar deles algo mais modesto: que apenas cumpram a lei e respeitem o Estado Democrático de Direito.

O CÉREBRO NA HORA DA MORTE SOFRE UMA DEPRESSÃO ALASTRANTE QUE MARCA A DESATIVAÇÃO DA ATIVIDADE CEREBRAL

 

Estudo revela o que acontece no cérebro momentos antes da morte

Byvaleon

Fev 18, 2024

História de Redação • Catraca Livre

Monitors Show EEG Reading and Graphical Brain Model. In the Background Laboratory Man Wearing Brainwave Scanning Headset Sits in a Chair with Closed Eyes. In the Modern Brain Study Research Laboratory

Monitors Show EEG Reading and Graphical Brain Model. In the Background Laboratory Man Wearing Brainwave Scanning Headset Sits in a Chair with Closed Eyes. In the Modern Brain Study Research Laboratory© Fornecido por Catraca Livre

Créditos: Getty Images/iStockphoto

Cientistas da Universidade Charitée, na Alemanha, e também da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos, descobriram o que acontece no cérebro nos momentos finais de vida.

Para isso, o estudo lançou mão de um monitoramento neural em pacientes, que permitiu aos especialistas compreender que, conforme a morte se aproxima, os neurônios têm dificuldade de manter seus íons carregados para gerarem os choques (ou sinapses) entre eles.

Assim, conforme o sangue deixa de circular levando mais oxigênio ao cérebro, as sinapses entre neurônios param, para que eles tentem poupar energia e manter os íons carregados.

De acordo com os especialistas, é nesse momento que acontece uma onda final de atividade elétrica chamada “depressão alastrante”, marcada pela desativação da atividade cerebral na sequência.

As descobertas indicadas no experimento mostram que seria possível reiniciar o cérebro em até cinco minutos depois que o coração parasse de bater ou deixasse de mostrar sinais de vida.

É possível reiniciar o cérebro após a morte?

Outro estudo sobre o tema realizado por cientistas da Universidade de Southampton,  do Reino Unido, revelou existir evidências de que a consciência continua por pelo menos alguns minutos após a morte clínica, o que antes era considerado impossível.

De acordo com o Dr. Sam Parnia, um dos autores do estudo, pessoas que foram ressuscitadas após uma parada cardíaca descreveram com precisão o que estava acontecendo ao seu redor depois que seus corações pararam de bater.

Mais surpreendente ainda é que há evidências obtidas por meio de relatos que sugerem que os mortos podem até mesmo se ouvir a declaração de suas mortes feita pelos médicos.

FLAVIO DINO SERÁ MAIS UM MINISTRO POLÍTICO NO STF?

 

História de MATHEUS TEIXEIRA • Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Aprovado para o STF (Supremo Tribunal Federal) em 13 de dezembro do ano passado, Flávio Dino tomará posse na corte na próxima quinta-feira (22) e, até lá, terá somado 69 dias em atividade política antes de assumir o assento no órgão de cúpula do Judiciário.

Enquanto trabalhava para ter o nome chancelado pelo Senado e diante da resistência que enfrentou de parte do Legislativo, Dino fez gestos para se desvincular das disputas ideológicas e se comprometeu em mudar sua forma de atuação devido à escolha do presidente Lula (PT).

“No momento em que o presidente da República faz a indicação, evidentemente que eu mudo a roupa que eu visto”, disse em visita ao Senado logo após ser escolhido pelo mandatário.

Apesar da metáfora de que mudaria a indumentária política, o futuro integrante do Supremo seguiu atuando como político, dando entrevistas e comentando operações policiais que, no futuro, poderá ser obrigado a julgar.

Questionado pela reportagem se sua permanência na política e em partido político -ele é filiado ao PSB- após a aprovação pode comprometer sua imagem de independência em futuros julgamentos, o ministro não respondeu. Dino também não enviou resposta à pergunta sobre eventual declaração de suspeição em possíveis julgamentos sobre investigações das quais já fez comentários públicos.

Sua assessoria afirmou que ele se desfiliará do PSB na próxima terça (20) ou quarta (21), no mesmo momento em que renunciará ao mandato de senador -para ingressar no STF ele não pode ser filiado a partido.

O maranhense foi indicado por Lula em 27 de novembro. Pouco mais de duas semanas depois, teve o nome aprovado pelo Senado. Em 11 de janeiro, Lula definiu o ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski para substituí-lo à frente do Ministério da Justiça. E só em 1º de fevereiro Dino passou para o ex-magistrado o comando do órgão. Até a posse na corte, atua como senador.

Nos 49 dias em que seguiu como chefe da pasta, o agora membro do Legislativo comentou investigações sensíveis em curso na Polícia Federal, que é vinculado ao ministério, como o assassinato de Marielle Franco e o caso da “Abin paralela”, que apura se o governo de Jair Bolsonaro (PL) usou a agência de inteligência do governo federal para monitorar adversários.

Ele disse que a apuração sobre a suposta arapongagem sob a gestão federal “parece ser de altíssima importância”.

“O Brasil vive a plenitude democrática e por isso mesmo não pode ser banalizada uma invasão de privacidade, uma espionagem política como se fosse algo próprio da política. Não, não é”, afirmou.

Ele disse ainda que, “observado o devido processo legal”, é algo que “merece reprovação”.

“É importante considerar que é uma modalidade de corrupção quando uma instituição comete uma ilegalidade ou quando membros dessa instituição se apropriam indevidamente dela para praticar ilegalidades”, afirmou.

Em entrevista coletiva de despedida do governo, rebateu Bolsonaro, sem citá-lo nominalmente.

“O que me parece é que indevidamente há pessoas que querem uma espécie de imunidade de jurisdição.”

O ministro disse que a PF não “inventa” investigações e que o órgão não poderia ignorar indícios de irregularidades na Abin. “O que a PF vai fazer? Fingir que não viu? Há denúncias de três anos atrás sobre o uso de equipamentos [na agência]”, declarou.

O futuro ministro pode se ver obrigado a julgar essa apuração, caso não se declare suspeito para fazer juízo de valor sobre investigação da qual já fez comentário.

O relator do inquérito é o ministro Alexandre de Moraes. Caso a PGR (Procuradoria-Geral da República), que tem endossado as operações, apresente uma denúncia e, depois, um pedido de condenação, pela regra atual, os 11 ministros da corte serão obrigados a decidir se os envolvidos devem ser presos ou absolvidos.

Dino também afirmou, no fim de dezembro, que não poderia “cravar dia e hora”, mas que o assassinato de Marielle Franco seria solucionado.

“É claro que eu não controlo o inquérito, não tenho a honra de ser policial. Mas o doutor Andrei Rodrigues [diretor-geral da Polícia Federal] está aqui. Eu quero reiterar e cravar. Não tenham dúvida, o caso Marielle em breve será integralmente elucidado”, disse.

Após deixar de vez o Ministério da Justiça, Dino assumiu um assento no Senado, para o qual foi eleito em 2022 após oito anos como governador do Maranhão.

Em entrevista coletiva antes de deixar o cargo em que exaltou os números obtidos na segurança enquanto esteve à frente da área no governo federal, ele afirmou que iria apresentar cinco projetos de lei no Senado.

Caso alguma proposta seja aprovada e, depois, contestada por alguma entidade ou partido político, o STF pode ser chamado a avaliar a constitucionalidade dessas matérias.

O agora senador disse que um dos textos tem como objetivo “impedir o acampamento em porta de quartel”.

No discurso de quase uma hora que fez após reassumir o mandato de senador, o futuro ministro do STF defendeu Alexandre de Moraes e apontou contradições na proposta de parte do Congresso de estabelecer mandato para os integrantes do STF.

“Pergunto: as decisões do ministro Alexandre são irrecorríveis? Não. Qual a decisão do Ministro Alexandre de Moraes que foi revista pelo Plenário do Supremo? Nenhuma. Então, por que fazer ataque pessoal a um ministro, se as decisões estão respaldadas pelo colegiado?”, questionou.

“Ouvi aqui desta tribuna a ideia de que os inquéritos não acabam. Senhoras, senhores, os inquéritos e os processos relativos à invasão do Capitólio, nos Estados Unidos, tampouco acabaram. E será que os Estados Unidos se converteram agora, aos olhos de alguns, em modelo de ditadura?”, completou.

O ARCABOUÇO FISCAL É MUITO RESTRITIVO ELE IMPÕE UMA CONTENÇÃO GRANDE DE GASTOS AO GOVERNO

História de FÁBIO ZANINI • Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um dos principais estudiosos do lulismo, termo que ele cunhou, o cientista político André Singer, 65, diz que o primeiro ano do terceiro mandato do petista foi marcado por um “reformismo fraco em câmera lenta”.

Na visão dele, nos dois mandatos anteriores do atual presidente (2003-10), houve um processo gradual de distribuição de renda sem provocar perdas radicais para o capital. Agora, diz, esse fenômeno está sofrendo os efeitos do arcabouço fiscal.

“O arcabouço é muito restritivo. Ele impõe uma contenção grande de gastos”, diz Singer, que é filiado ao PT e exerceu os cargos de porta-voz e secretário de Imprensa no primeiro governo Lula.

Em entrevista à Folha, ele diz que o cenário de redução no crescimento pode inverter a sensação de bem-estar da população em 2024, gerando prejuízos para o governo nas eleições municipais de outubro, que podem se estender até 2026. O risco, aponta, é revitalizar a oposição de direita.

“Em anos eleitorais, os governos têm que pôr a balança para cima, no sentido de que as coisas estejam melhorando”, afirma.

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*Folha – A ideia de um “reformismo fraco”, que o sr. usou para definir os governos anteriores de Lula, se aplica ao atual?*

*André Singer -* O reformismo fraco são mudanças muito graduais, praticamente homeopáticas, que você tem dificuldade às vezes para perceber. Porém, à medida que elas se acumulam, resultam numa mudança mais expressiva. Por exemplo, [nos governos anteriores de Lula] foi ocorrendo um aumento paulatino do salário mínimo real. Cada um era pequeno, às vezes 2%, 3%, mas, no total, acabou dando 70%, o que é bastante coisa.

Essa ideia de lulismo em câmera lenta é minha com o professor Fernando Rugistky [da Universidade of the West of England]. Entendemos que o principal item da política econômica do primeiro ano foi o arcabouço fiscal, que é, na nossa análise, muito restritivo. Ele impõe uma contenção grande de gastos. Segundo cálculos do Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades da USP, se houvesse arcabouço fiscal entre 2003 e 2010, não teria sido possível fazer o que foi feito.

*Folha – O arcabouço pode matar esse reformismo, ainda que fraco?*

*André Singer -* O presidente Lula, assim como fez nos dois primeiros mandatos, continua procurando brechas. O arcabouço pode anular as tentativas de reformismo? A rigor, pode. Nós não estamos dizendo que isso vai acontecer. Antes mesmo de tomar posse, o presidente negociou com o presidente da Câmara a chamada PEC da Transição. Ela assegurou os R$ 600 de Bolsa Família e acrescentou R$ 150 a mais por criança. Além disso, conseguiu recursos para dar continuidade a programas que são típicos do reformismo fraco, como o Farmácia Popular.

*Folha – Há no Brasil condições para um reformismo mais intenso?*

*André Singer -* É a pergunta de US$ 1 milhão. Nem nos primeiros mandatos [de Lula] haveria correlação de forças para ir muito mais longe. Por outro lado, do ponto de vista do que o país precisa, é necessário ir mais longe. Se a gente pensar que o Brasil é um país cuja construção foi interrompida, para usar a formulação do Celso Furtado, parece claro que não atingirá o patamar da integração da metade que nunca foi integrada se não houver um reformismo mais forte. A política age dentro do que é possível, mas ela cria possibilidades à medida que convence as pessoas de determinadas coisas. E, ao fazer isso, muda a correlação de forças.

*Folha – A nova política industrial é uma dessas brechas que Lula tem buscado?*

*André Singer -* Sem dúvida é uma tentativa. A minha primeira impressão é que ainda não encontrou os seus pontos de sustentação materiais. Parece um plano um pouco teórico. Há uma situação nova no mundo, em função do que vem acontecendo de 2008 para cá. Aquilo que vem sendo chamado de novo Consenso de Washington colocou a reindustrialização no centro da pauta. E isso é uma transformação importante, porque o velho consenso era muito fortemente contra políticas industriais.

*Folha – Como o sr. vê hoje a relação hoje do Executivo com o Congresso?*

*André Singer -* O que está acontecendo no Congresso é difícil de entender. Possivelmente haja uma transformação que vem do [ex-presidente da Câmara] Eduardo Cunha para cá. A Câmara ganhou uma autonomia e uma força que não tinha antes. Parece que estamos diante de um processo que não dá sinal de retroceder. Junto com isso tem outra coisa que é a constituição de uma bancada de extrema direita. Isso não havia. Eu diria que hoje, a extrema direita na Câmara é um bloco importante, mas está isolada. Não é capaz de virar o jogo.

*Folha – O primeiro ano de governo foi dedicado a desfazer medidas do bolsonarismo. Faltou ousadia para dar um passo além e não apenas zerar o jogo?*

*André Singer -* Eu não falaria de falta de ousadia, mas o que seria o programa que nós deveríamos desejar? É o que o [Joe] Biden está fazendo nos EUA. As situações são parecidas, o Biden assumiu depois de quatro anos do [Donald] Trump, que de certa forma tentou demolir o Estado norte-americano e, em parte, conseguiu. O governo Biden hoje representa um investimento na reconstrução da infraestrutura, na proteção social, que já vinha da época da Covid. E na reindustrialização limpa do país, com transição energética, da ordem de US$ 3 trilhões. No Brasil há uma imensa pressão daquilo que eu chamo de fração cosmopolita da burguesia, que, no último momento, decidiu apoiar o presidente Lula, e foi decisiva para que ele ganhasse. Há uma enorme pressão desse setor no sentido da austeridade. Não no sentido de não aumentar gastos do Estado, mas de diminuir.

*Folha – O presidente é refém dessa burguesia cosmopolita?*

*André Singer -* Ele tem que levar em consideração essa realidade. Em países capitalistas, é muito difícil governar contra o capital. Agora, levar em consideração é uma coisa, outra é tentar pensar como se lida com isso.

*Folha – O sr. vê a possibilidade de essa pressão por austeridade, representada sobretudo pelo arcabouço, gerar efeitos eleitorais negativos para Lula e a esquerda neste ano?*

*André Singer -* Vejo risco. Não estou dizendo que vai acontecer. Já existe previsão de que o crescimento este ano será metade do ano passado. Isso não é um bom sinal, porque a queda de 3% de crescimento para 1,5% representa para a população perdas. Tende a diminuir o “feel good factor” [sentimento de bem-estar]: as coisas estão melhorando e dão a esperança de que vão melhorar mais. Quando as coisas estão piorando, a pessoa tem a sensação de que vai piorar mais. Em anos eleitorais, os governos têm que pôr a balança para cima, no sentido de que as coisas estejam melhorando.

*Folha – Como o sr. vê esse debate dentro do PT?*

*André Singer -* Hoje me parece que há uma certa unidade expressa pela presidente [Gleisi Hoffmann] na direção de pressionar por mais investimento público, fazer a economia crescer e dar um horizonte de reformismo, que eu chamaria de fraco, mas reformismo. O PT está fazendo o seu papel.

*Folha – Isolar o ministro Fernando Haddad não é problemático para o governo?*

*André Singer -* Possivelmente tenha acontecido uma divisão de trabalho entre o presidente e o ministro da Fazenda, em que o ministro ficou encarregado de fazer as concessões que a burguesia estava exigindo e o presidente ficou encarregado de continuar buscando brechas para que mudanças a favor das camadas populares pudessem ser feitas.

*Folha – Qual seria a consequência política para o ministro Haddad da mudança na meta fiscal?*

*André Singer -* Aí o problema está em analisar algo que, a meu ver, é um dos tópicos mais interessantes deste momento, o que eu chamo de fração cosmopolita do capital. Esse possível enfraquecimento do ministro da Fazenda, caso a meta seja alterada, decorreria de uma retirada da confiança da burguesia.

*Folha – A burguesia é a fiadora do Haddad?*

*André Singer -* Eu não sei se ela é a fiadora do Haddad, mas o arcabouço fiscal foi feito para ela.

*Folha – Como o sr. projeta o cenário eleitoral para 2026?*

*André Singer -* A inelegibilidade do Bolsonaro é o fator mais relevante dos acontecimentos políticos de 2023. Os EUA não conseguiram fazer isso e estão às voltas com o possível retorno do Trump. Essa decisão desorganizou o campo liderado pela extrema direita, criou uma espécie de vácuo. Procurar alguém no lugar dele não é simples, em parte porque ele construiu um carisma. Para certos setores de classe média ele é repulsivo, mas o Bolsonaro dialoga com as camadas populares, o que é difícil fazer. Acho provável que a oposição ao atual governo tenha condição de competitividade. Mas no regime presidencialista e num sistema político em que os partidos, com exceção do PT, são fracos, a figura do candidato é central. Então quem poderá articular um bloco competitivo?

*Folha – E no centro, o sr. vê alguma possibilidade?*

*André Singer -* O caso do PSDB é do maior interesse. Houve um deslocamento da base do partido para a extrema direita. As pessoas queriam uma oposição mais radicalizada. A pergunta que eu faço é se essa base voltou mais para o centro. Não sei.

*Folha – Há alguma possibilidade de o Lula entrar em parte desse eleitorado que hoje está com a direita?*

*André Singer -* Vai depender muito da economia. Há um eleitorado em disputa nas grandes regiões metropolitanas, que é o de 2 a 5 salários mínimos de renda familiar mensal. Está dividido, foi majoritariamente para o Bolsonaro na eleição de 2022, mas não era uma diferença enorme. O que esse eleitorado quer? Bons empregos e renda. Uma parte desses trabalhadores está precarizada. Digamos que o Brasil entrasse num período de crescimento forte. Provavelmente o presidente Lula atrairia uma parte desses eleitores, e a própria gravidade eleitoral faria com que determinadas organizações, por exemplo, setores evangélicos, viessem [para ele].

*Folha – A economia ainda é o que define eleições? Não os valores, como muitos defendem atualmente?*

*André Singer -* No caso brasileiro, sim. Eu reconheço que muita coisa mudou, não há dúvida que o tipo de aliança que o Bolsonaro fez com os evangélicos a partir de 2018 tem um peso. A questão de valores e a questão identitária são componentes que têm que ser levados em consideração. Mas eu continuo achando que no caso brasileiro a economia é mais central.

*Folha – O sr. vê possibilidade de mudança de rota pelo governo em 2024?*

*André Singer -* Não vejo sinais de uma inflexão do presidente Lula com relação a 2023. Não quero me comprometer com uma avaliação pessimista, porque tem muitos elementos em jogo. Mas há um risco, que é dado pela natureza do arcabouço. Eu sinto que o presidente, por ora, prefere correr esse risco e talvez esteja apostando em outros elementos, como possíveis aberturas internacionais. Ele abriu essa janela ao dizer que o déficit não precisa ser zero. Ou seja, está dizendo: “se as apostas que eu estou fazendo não derem certo e houver um enxugamento de tal ordem que vai inviabilizar o meu governo, eu não posso aceitar”.

*RAIO-X | ANDRÉ SINGER, 65*

Professor titular do Departamento de Ciência Política da USP, é graduado em jornalismo e ciências sociais pela USP, tem mestrado, doutorado e livre-docência em ciência política pela mesma universidade. Foi secretário de Redação da Folha, porta-voz da campanha de Lula em 2002, secretário de Imprensa e porta-voz no primeiro governo Lula. É autor de “Esquerda e Direita no Eleitorado Brasileiro” (2002), “Os Sentidos do Lulismo” (2012), “As Contradições do Lulismo” (2015), “O Lulismo em Crise” (2018).

 

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