Negócio é estimado em R$ 8 bilhões e a expectativa é que saia este ano
Por Aline Bronzati, Altamiro Silva Junior e Luciana Collet
15/02/2024 | 22h00
Termelétrica de Aparecida, em Manaus (AM), é um das usinas da Eletrobras que estão à venda Foto: Divulgação/Eletrobras
A canadense Brookfield, a empresa de energia Âmbar, do grupo J&F,
a Eneva e a Diamante Energia estão entre os interessados que avançaram
para a nova fase do processo de venda dos ativos térmicos da Eletrobras,
um negócio estimado em R$ 8 bilhões. O grupo que passou para a segunda
etapa de disputa conta com ao menos cinco nomes, de acordo com fontes
que falaram na condição de anonimato.
Nesta etapa, os candidatos fazem uma nova análise dos dados para
lançarem as chamadas ofertas vinculantes, aquelas que atrelam um preço
firme pelo ativo e na qual também têm mais acesso a informações
financeiras e estratégicas.
Alguns destes interessados buscaram parceiros para desenhar uma
proposta. É o caso da Eneva, que estaria se associando à gestora Perfin
na iniciativa, e da Diamante Energia, que deve repetir a dobradinha com a
Qatar Electricity & Water Company (QWEC), com quem já tem joint
venture para investimentos em termelétricas a gás no Brasil.
Proposta é assessorada pelo Morgan Stanley
O prazo para a apresentação das ofertas vinculantes termina por volta
de 20 de março. As propostas podem ser apresentadas para o pacote
completo de ativos à venda, ou para termelétricas individuais. Mas,
segundo fontes, haveria preferência pela venda do conjunto inteiro. A
operação está sendo assessorada por um dos gigantes de Wall Street, o
Morgan Stanley.
O portfólio em questão reúne as termelétricas Mauá 3, Aparecida,
Santa Cruz, o conjunto do Complexo Interior (Anamã, Caapiranga, Codajás e
Anori), além dos direitos de reversão, em 2025, do Complexo PIEs
(Cristiano Rocha, Tambaqui, Manauara, Ponta Negra e Jaraqui) e o projeto
de Rio Negro, com capacidade total de 2.059 megawatts (MW).
Após a fase vinculante, tem início as conversas finais. A expectativa
é que o fechamento do negócio, que depende da aprovação de reguladores,
aconteça este ano. A base de dados disponibilizada recebeu bastante
visitas, o que foi um termômetro importante para o interesse no negócio.
Rumo à descarbonização
A Eletrobras anunciou o seu plano de se desfazer dos ativos térmicos a
gás em julho do ano passado. Ainda em 2023, a empresa informou que a
intenção era acertar a venda até o fim do primeiro semestre de 2024.
A venda de térmicas a gás é parte do foco da atual gestão da
Eletrobras, sob o comando de Ivan Monteiro, de desinvestir de ativos
considerados não estratégicos e se tornar uma empresa de energia 100%
limpa. O objetivo da companhia é avançar em seu plano de descarbonização
e alcançar o selo de zero emissões de CO2 até 2030.
Procuradas, Eletrobras, Brookfield, Âmbar e Eneva não comentaram. Diamante e Perfin também não se pronunciaram.
Você já ouviu falar sobre produtividade e eficiência no trabalho? Pelo próprio nome, entendemos que este conceito significa aumentar a produção, fazer mais com menos recursos ou menos tempo.
Na verdade compreender esse conceito é muito simples, essa variável
está relacionada ao bom uso dos recursos disponíveis (incluindo mão de
obra) dentro da empresa. Caso tenha um resultado favorável, podemos
dizer que o negócio é produtivo.
Toda empresa está procurando maneiras de alcançar melhores resultados. Portanto, controlar a produtividade dos funcionários é essencial para o crescimento.
Neste artigo, você aprenderá sobre a importância da produtividade e do controle sobre o que seus funcionários produzem. Confira!
Diferença entre eficiência, eficácia, efetividade e produtividade
Alguns conceitos são extremamente importantes para o dia a dia da
empresa, afinal, são a tradução das ações que a organização deve
realizar para ter sucesso. Eficiência, produtividade, eficácia e
eficácia são as quatro palavras da estratégia corporativa.
Compreender seus conceitos é essencial para que possam aplicá-los
corretamente no dia a dia. Afinal, a produtividade está
inextricavelmente ligada à produtividade, mas uma pessoa produtiva
também pode ser improdutiva. Então vamos!
Produtividade
Produtividade é fazer mais com menos. Uma pessoa eficiente pode não
ser produtiva, sabia? Portanto, se em todos os processos válidos (dentro
dos prazos estipulados), é impossível ir mais rápido do que o esperado,
o que significa que não há produtividade no trabalho.
Eficiência
No dicionário, podemos pensar em eficiência como “a virtude ou
característica de (alguém ou algo) ser capaz, produtivo e alcançar o
desempenho ideal com o menor número de erros”. Em outras palavras, a
eficiência está diretamente relacionada ao processo e seu tempo de
conclusão. O processo é eficiente se algo for feito da melhor maneira
possível dentro do tempo previsto, utilizando os recursos disponíveis e
sem incorrer em custos imprevistos.
Eficácia
Eficiência e produtividade nem sempre são suficientes em uma empresa,
as pessoas também precisam ser eficientes. Mas o que significa ser
eficaz? A eficácia está diretamente relacionada aos resultados, ou seja,
quando alguém faz algo e alcança o resultado certo, essa pessoa é
eficaz no trabalho.
Também existe a possibilidade que, além de eficaz, o colaborador
também seja eficiente e produtivo. Ou seja, o caminho que ela encontra
para esse resultado é aquele que é executado dentro do prazo esperado
(eficiência), de forma lucrativa (produtiva) e correta (eficiência).
Mas o contrário também pode acontecer. Temos pessoas que são muito
eficientes e produtivas, mas acabam trabalhando de forma ineficiente. Ou
seja, embora o processo tenha sido entregue antes do esperado
(eficiente e produtivo), o produto final não era o objetivo da empresa.
Conclusão: Você pode estar fazendo isso errado!
Efetividade
Então temos eficácia. Discutimos processo, quantidade e resultados.
Você deve estar pensando, há mais alguma coisa que possa melhorar a
eficiência? A resposta é sim. Assim como a eficácia, a efetividade se
concentra nos resultados, mas de uma maneira diferente.
Afinal, de que adianta bater um gol mas não ter um bom resultado
esperado? A efetividade, no fim das contas, tem a ver com o impacto real
dos resultados. Ser efetivo é ser eficiente, produtivo e eficaz ao
mesmo tempo.
Por que é importante investir na produtividade e eficiência no trabalho
A urgência de buscar produtividade e tirar o máximo proveito de todos é um motivador comum no ambiente de trabalho.
No entanto, não adianta produzir grandes quantidades se o nível de
qualidade for insatisfatório. Se isso acontecer, a diferenciação
competitiva cairá e a concorrência encontrará uma oportunidade de
avançar.
A produtividade oferece muitas vantagens às empresas, confira:
● Uso consciente dos recursos para atingir o nível de qualidade desejado;
● Reduzir custos operacionais;
● Expandir o mercado e aumentar o número de colaboradores;
● Diferenças competitivas.
É função de um bom gestor entender o que está acontecendo e monitorar
os resultados e o desempenho individual dos membros da equipe. No
entanto, é importante perceber que este trabalho não deve ser apenas
focado na redução do tempo.
Todo mundo tem seu próprio tempo para concluir uma atividade com
sucesso, por isso é importante entender e gerenciar comportamentos para
aumentar a produtividade e eficiência no trabalho sem desgaste da carreira.
Porque controlar a produtividade e eficiência no trabalho?
Crescer um negócio e aumentar a receita requer produtividade e eficiênciano trabalho. Para fazer mais e melhor, você precisa controlar as atividades da equipe e o fluxo de trabalho.
Os gestores que controlam a produtividade de suas equipes podem
identificar barreiras à eficiência e pontos positivos que podem ser
inspirados.
Com isso em mente, o primeiro passo para melhorar o desempenho do
negócio é acompanhas as tarefas de rotina do trabalho da sua equipe e
ter um controle realmente efetivo, e isso inclui também o monitoramento
da jornada de trabalho.
Implante ferramentas de controle de produtividade
Saber o que está sendo feito e por quanto tempo é uma forma de medir a produtividade e eficiência no
trabalho. Para fazer isso, você pode empregar um gerenciador de tarefas
para controlar as atividades e medir o tempo investido em cada
atividade.
Não perca tempo preenchendo planilhas desnecessárias, procure
soluções modernas, como o registro de eventos por meio de planilhas de
horas, integradas à própria ferramenta de controle de horas.
As reuniões também podem ser usadas para esclarecer preocupações e
ajustar expectativas. Adote essa prática no dia a dia da sua empresa
para melhorar a comunicação e tornar os processos mais eficientes.
COMO DEVEM SER OS PARCEIROS NOS NEGÓCIOS
“Parceiros chegam de várias formas. Se juntam por diferentes motivos”.
Eu sei, é clichê, rss. E se a frase fosse minha eu acrescentaria: “O que eles tem em comum é o fato de acreditarem no que nós acreditamos”.
Parceria é a arte de administrar conflitos de interesses e
conexões de interesses, visando resultados benéficos para ambas as
empresas”.
É por isso que eu costumo comparar parceria com casamento. Quem é
casado sabe que administrar conflitos é fundamental para ambos terem
resultados nessa aliança.
Assim como no casamento, o parceiro não precisa ser igual a nós, mas
tem que ter o nosso ‘jeitão’! Nas parcerias eu defendo que o parceiro
precisa ter o DNA de inovação, a inquietude pra sair da zona de conforto
e uma preocupação muito grande com o cliente, não apenas no discurso,
mas na prática. É claro que no processo de análise do possível parceiro,
nós avaliamos o potencial financeiro e de escala da aliança, a
estrutura e o tamanho da empresa. Mas, tem um fator humano que não pode
ser desconsiderado, já que empresas são, na sua essência, pessoas.
É por isso, que normalmente, os parceiros são empresas formadas por
pessoas do bem, pessoas com propósito, que tem tanto o caráter quanto a
lealdade de continuar de mãos dadas, mesmo nos momentos mais difíceis. É
como um casamento mesmo!
É importante também que os parceiros tenham know how e competênciascomplementares,
que potencializem nossas fragilidades e deem mais peso aos nossos
pontos fortes. E como eu acredito que o primeiro approach de
uma boa parceria acontece no plano humano (onde existe emoção), e não no
corporativo, eu gosto muito da histórica da parceria entre Steve Jobs e Steve Wozniak.
Os dois Steves tornaram-se amigos durante um emprego de verão em 1970.
Woz estava ocupado construindo um computador e Jobs viu o potencial para
vendê-lo. Em uma entrevista de 2006 ao Seattle Times, Woz, explicou:
“Eu só estava fazendo algo em que era muito bom, e a única coisa
que eu era bom acabou por ser a coisa que ia mudar o mundo… Steve (Jobs)
pensava muito além. Quando eu projetava coisas boas, às vezes ele
dizia: ‘Nós podemos vender isso’. E nós vendíamos mesmo. Ele estava
pensando em como criar uma empresa, mas talvez ele estivesse mesmo
pensando: ‘Como eu posso mudar o mundo?’”.
Por que essa parceria deu certo? Habilidades e competências complementares.
As habilidades técnicas de Woz juntamente com a visão de Jobs fizeram dos dois a parceria perfeita nos negócios.
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A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode
moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é
colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn
possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o
seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
O Partido Novo apresentou uma notícia-crime na Procuradoria-Geral da
República (PGR) contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por causa
de discurso em que ele prometeu que o governo brasileiro aumentaria as
doações para a Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente
Próximo (UNRWA). A representação foi protocolada na sexta-feira, pelo
diretório nacional do partido, e teve como base um discurso feito por
Lula durante visita à embaixada da Palestina, em Brasília, no dia 8 de
fevereiro.
Vários países haviam suspendido repasses para a agência da ONU após
denúncias de envolvimentos de funcionários da UNRWA no ataque do Hamas a
Israel, que desencadeou o conflito. O secretário-geral das Nações
Unidas, António Guterres, já pediu aos países que continuem a financiar a
principal agência que fornece ajuda em Gaza. Na ocasião, ele disse que
dos 12 funcionários acusados de envolvimento no ataque, nove foram
demitidos imediatamente, outro foi confirmado como morto e os outros
estavam sendo identificados, mas que todos seriam responsabilizados,
incluindo processos criminais.
O partido argumenta que, no discurso proferido na embaixada, Lula
criticou a decisão de mais de 16 países de cortar o financiamento da
UNRWA e afirmou que o governo faria um aporte adicional de recursos para
a agência.
“O Novo vê este ato do presidente Lula com preocupação, pois no
momento em que os maiores doadores da Agência retiram suas doações por
suspeita de apoio ao Hamas, o Brasil sinalizar um aumento mostra para
toda a comunidade internacional que somos cúmplices do terrorismo”,
declarou Carolina Sponza, advogada do Novo.
Na representação, o Novo alega que Lula incorreu na prática de
terrorismo ao tornar tal decisão pública. O partido também argumenta que
apesar de o Brasil não ter formalizado a declaração de que o Hamas é
uma organização terrorista, não há impedimento para o outros órgãos e o
próprio poder judiciário o considerar.
O
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e o
ministro do STF Alexandre de Moraes durante abertura do Seminario
Politicas Judiciarias e Seguranca Publica. (O presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e o mini
Nos últimos anos, o Supremo Tribunal Federal (STF) prestou
inestimáveis serviços: da punição aos corruptos do mensalão à
preservação das prerrogativas dos Estados na pandemia e a defesa do
processo eleitoral, além da responsabilização dos executores e artífices
do atentado do 8 de Janeiro. Em momentos críticos, o STF teve papel
crucial na defesa da soberania do povo, encarnada nas instituições
republicanas. E, no entanto, o sentimento desse mesmo povo em relação à
mais alta instância judicial do País é de desconfiança.
Segundo pesquisa AtlasIntel, mais da metade dos brasileiros diz não
confiar no STF. Entre 51% e 56% dos entrevistados consideram “péssima” a
atuação dos ministros em questões capitais, como a defesa da
democracia, o respeito ao Legislativo, reformas para melhorar o
Judiciário, correção de abusos de instâncias inferiores,
profissionalismo e competência dos ministros, defesa dos direitos
individuais, imparcialidade entre rivais políticos e combate à
corrupção. A trajetória é de deterioração. Em um ano, os que confiam no
STF caíram de 45% para 42%, e os que não confiam cresceram de 44% para
51%.
Justificado ou não, esse descrédito é ruim. O bom funcionamento do
Estado Democrático de Direito depende de um Judiciário que seja não só
autônomo e independente, mas também respeitado. A percepção ideal da
Justiça é de um quadro de servidores qualificados, que julgam conflitos
sobre os quais não têm parte, aplicando leis que não criaram. Mas o
sentimento predominante sobre o STF é o oposto: de uma Corte
incompetente, instável, politizada, conivente com a corrupção e até
autoritária.
Uma das razões estruturais e exógenas para essa desconfiança é uma
disfuncionalidade constitutiva. Constituições deveriam ser abstratas e
sucintas, consagrando direitos fundamentais e princípios basilares para o
funcionamento do Estado, e deixando o resto às composições políticas.
Mas os constituintes pecaram por excesso, confeccionaram uma Carta
abrangente e pormenorizada e atribuíram à Corte constitucional
competências excessivamente amplas, inclusive sobre matérias penais e
administrativas. Obrigado a arbitrar sobre controvérsias que em outras
partes do mundo são deixadas a outras instâncias judiciais ou,
sobretudo, à política, o STF é sobrecarregado e tragado por paixões
partidárias.
Essa disfuncionalidade incentiva o oportunismo político. As
esquerdas, com frequência minoritárias nas Casas Legislativas,
recorrentemente tentam reverter na Corte políticas que perderam no voto.
Populistas à direita, insatisfeitos com prerrogativas das minorias,
elegem a Corte como o “inimigo público número um” quando esta não se
dobra à “vontade do povo” – nome que eles dão ao alarido dos
reacionários.
Nada disso exime os ministros de fazer um exame de consciência. A
maior causa da deterioração da autoridade do STF não é a sua atuação em
defesa da democracia ou da Constituição, mas os abusos cometidos a
pretexto dessa defesa: invasões de competências legislativas,
protagonismo midiático, atropelamento do processo legal, relações
promíscuas com os poderosos de turno.
Um exemplo cristalino são as arbitrariedades nos inquéritos
conduzidos por Alexandre de Moraes contra atos antidemocráticos, as
chamadas “milícias digitais” e as fake news. Outro são as
revisões monocráticas de Dias Toffoli de acordos fechados no âmbito da
Operação Lava Jato. É fato que, em nome do combate à corrupção, a Lava
Jato se permitiu toda sorte de abusos, mas, ao invés de corrigi-los,
Toffoli, com a conivência de seus pares, incorre nos mesmos abusos, com o
sinal trocado. De instância saneadora do lavajatismo, o STF se
converteu em antilavajatista, instaurando um neolavajatismo. É o mesmo
voluntarismo messiânico. Só que dessa vez a população está escolada:
segundo a AtlasIntel, nada menos que 80% discordam da suspensão das
multas impostas aos criminosos confessos.
De guardiães do Estado de Direito, alguns ministros se autoatribuíram
a missão de vigilantes da política. Mas a população começa a se
perguntar quem, afinal, vigia os vigilantes. Outros se mostram
impacientes com a ordem jurídica e, ao invés de serem seus operadores,
querem ser seus reformadores para curar “injustiças sociais”. Mas a
população parece esperar deles algo mais modesto: que apenas cumpram a
lei e respeitem o Estado Democrático de Direito.
Cientistas da Universidade Charitée,
na Alemanha, e também da Universidade de Cincinnati, nos Estados
Unidos, descobriram o que acontece no cérebro nos momentos finais de
vida.
Para isso, o estudo lançou mão de um monitoramento neural em
pacientes, que permitiu aos especialistas compreender que, conforme a
morte se aproxima, os neurôniostêm dificuldade de manter seus íons carregados para gerarem os choques (ou sinapses) entre eles.
Assim, conforme o sangue deixa de circular levando mais oxigênio ao
cérebro, as sinapses entre neurônios param, para que eles tentem poupar
energia e manter os íons carregados.
De acordo com os especialistas, é nesse momento que acontece uma onda
final de atividade elétrica chamada “depressão alastrante”, marcada
pela desativação da atividade cerebral na sequência.
As descobertas indicadas no experimento mostram que seria possível
reiniciar o cérebro em até cinco minutos depois que o coração parasse de
bater ou deixasse de mostrar sinais de vida.
É possível reiniciar o cérebro após a morte?
Outro estudo sobre o tema realizado por cientistas da Universidade de
Southampton, do Reino Unido, revelou existir evidências de que a
consciência continua por pelo menos alguns minutos após a morte clínica,
o que antes era considerado impossível.
De acordo com o Dr. Sam Parnia, um dos autores do estudo, pessoas que
foram ressuscitadas após uma parada cardíaca descreveram com precisão o
que estava acontecendo ao seu redor depois que seus corações pararam de
bater.
Mais surpreendente ainda é que há evidências obtidas por meio de
relatos que sugerem que os mortos podem até mesmo se ouvir a declaração
de suas mortes feita pelos médicos.
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Aprovado para o STF (Supremo Tribunal
Federal) em 13 de dezembro do ano passado, Flávio Dino tomará posse na
corte na próxima quinta-feira (22) e, até lá, terá somado 69 dias em
atividade política antes de assumir o assento no órgão de cúpula do
Judiciário.
Enquanto trabalhava para ter o nome chancelado pelo Senado e diante
da resistência que enfrentou de parte do Legislativo, Dino fez gestos
para se desvincular das disputas ideológicas e se comprometeu em mudar
sua forma de atuação devido à escolha do presidente Lula (PT).
“No momento em que o presidente da República faz a indicação,
evidentemente que eu mudo a roupa que eu visto”, disse em visita ao
Senado logo após ser escolhido pelo mandatário.
Apesar da metáfora de que mudaria a indumentária política, o futuro
integrante do Supremo seguiu atuando como político, dando entrevistas e
comentando operações policiais que, no futuro, poderá ser obrigado a
julgar.
Questionado pela reportagem se sua permanência na política e em
partido político -ele é filiado ao PSB- após a aprovação pode
comprometer sua imagem de independência em futuros julgamentos, o
ministro não respondeu. Dino também não enviou resposta à pergunta sobre
eventual declaração de suspeição em possíveis julgamentos sobre
investigações das quais já fez comentários públicos.
Sua assessoria afirmou que ele se desfiliará do PSB na próxima terça
(20) ou quarta (21), no mesmo momento em que renunciará ao mandato de
senador -para ingressar no STF ele não pode ser filiado a partido.
O maranhense foi indicado por Lula em 27 de novembro. Pouco mais de
duas semanas depois, teve o nome aprovado pelo Senado. Em 11 de janeiro,
Lula definiu o ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski para substituí-lo
à frente do Ministério da Justiça. E só em 1º de fevereiro Dino passou
para o ex-magistrado o comando do órgão. Até a posse na corte, atua como
senador.
Nos 49 dias em que seguiu como chefe da pasta, o agora membro do
Legislativo comentou investigações sensíveis em curso na Polícia
Federal, que é vinculado ao ministério, como o assassinato de Marielle
Franco e o caso da “Abin paralela”, que apura se o governo de Jair
Bolsonaro (PL) usou a agência de inteligência do governo federal para
monitorar adversários.
Ele disse que a apuração sobre a suposta arapongagem sob a gestão federal “parece ser de altíssima importância”.
“O Brasil vive a plenitude democrática e por isso mesmo não pode ser
banalizada uma invasão de privacidade, uma espionagem política como se
fosse algo próprio da política. Não, não é”, afirmou.
Ele disse ainda que, “observado o devido processo legal”, é algo que “merece reprovação”.
“É importante considerar que é uma modalidade de corrupção quando uma
instituição comete uma ilegalidade ou quando membros dessa instituição
se apropriam indevidamente dela para praticar ilegalidades”, afirmou.
Em entrevista coletiva de despedida do governo, rebateu Bolsonaro, sem citá-lo nominalmente.
“O que me parece é que indevidamente há pessoas que querem uma espécie de imunidade de jurisdição.”
O ministro disse que a PF não “inventa” investigações e que o órgão
não poderia ignorar indícios de irregularidades na Abin. “O que a PF vai
fazer? Fingir que não viu? Há denúncias de três anos atrás sobre o uso
de equipamentos [na agência]”, declarou.
O futuro ministro pode se ver obrigado a julgar essa apuração, caso
não se declare suspeito para fazer juízo de valor sobre investigação da
qual já fez comentário.
O relator do inquérito é o ministro Alexandre de Moraes. Caso a PGR
(Procuradoria-Geral da República), que tem endossado as operações,
apresente uma denúncia e, depois, um pedido de condenação, pela regra
atual, os 11 ministros da corte serão obrigados a decidir se os
envolvidos devem ser presos ou absolvidos.
Dino também afirmou, no fim de dezembro, que não poderia “cravar dia e
hora”, mas que o assassinato de Marielle Franco seria solucionado.
“É claro que eu não controlo o inquérito, não tenho a honra de ser
policial. Mas o doutor Andrei Rodrigues [diretor-geral da Polícia
Federal] está aqui. Eu quero reiterar e cravar. Não tenham dúvida, o
caso Marielle em breve será integralmente elucidado”, disse.
Após deixar de vez o Ministério da Justiça, Dino assumiu um assento
no Senado, para o qual foi eleito em 2022 após oito anos como governador
do Maranhão.
Em entrevista coletiva antes de deixar o cargo em que exaltou os
números obtidos na segurança enquanto esteve à frente da área no governo
federal, ele afirmou que iria apresentar cinco projetos de lei no
Senado.
Caso alguma proposta seja aprovada e, depois, contestada por alguma
entidade ou partido político, o STF pode ser chamado a avaliar a
constitucionalidade dessas matérias.
O agora senador disse que um dos textos tem como objetivo “impedir o acampamento em porta de quartel”.
No discurso de quase uma hora que fez após reassumir o mandato de
senador, o futuro ministro do STF defendeu Alexandre de Moraes e apontou
contradições na proposta de parte do Congresso de estabelecer mandato
para os integrantes do STF.
“Pergunto: as decisões do ministro Alexandre são irrecorríveis? Não.
Qual a decisão do Ministro Alexandre de Moraes que foi revista pelo
Plenário do Supremo? Nenhuma. Então, por que fazer ataque pessoal a um
ministro, se as decisões estão respaldadas pelo colegiado?”, questionou.
“Ouvi aqui desta tribuna a ideia de que os inquéritos não acabam.
Senhoras, senhores, os inquéritos e os processos relativos à invasão do
Capitólio, nos Estados Unidos, tampouco acabaram. E será que os Estados
Unidos se converteram agora, aos olhos de alguns, em modelo de
ditadura?”, completou.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um dos principais estudiosos do lulismo,
termo que ele cunhou, o cientista político André Singer, 65, diz que o
primeiro ano do terceiro mandato do petista foi marcado por um
“reformismo fraco em câmera lenta”.
Na visão dele, nos dois mandatos anteriores do atual presidente
(2003-10), houve um processo gradual de distribuição de renda sem
provocar perdas radicais para o capital. Agora, diz, esse fenômeno está
sofrendo os efeitos do arcabouço fiscal.
“O arcabouço é muito restritivo. Ele impõe uma contenção grande de
gastos”, diz Singer, que é filiado ao PT e exerceu os cargos de
porta-voz e secretário de Imprensa no primeiro governo Lula.
Em entrevista à Folha, ele diz que o cenário de redução no
crescimento pode inverter a sensação de bem-estar da população em 2024,
gerando prejuízos para o governo nas eleições municipais de outubro, que
podem se estender até 2026. O risco, aponta, é revitalizar a oposição
de direita.
“Em anos eleitorais, os governos têm que pôr a balança para cima, no sentido de que as coisas estejam melhorando”, afirma.
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*Folha – A ideia de um “reformismo fraco”, que o sr. usou para definir os governos anteriores de Lula, se aplica ao atual?*
*André Singer -* O reformismo fraco são mudanças muito graduais,
praticamente homeopáticas, que você tem dificuldade às vezes para
perceber. Porém, à medida que elas se acumulam, resultam numa mudança
mais expressiva. Por exemplo, [nos governos anteriores de Lula] foi
ocorrendo um aumento paulatino do salário mínimo real. Cada um era
pequeno, às vezes 2%, 3%, mas, no total, acabou dando 70%, o que é
bastante coisa.
Essa ideia de lulismo em câmera lenta é minha com o professor
Fernando Rugistky [da Universidade of the West of England]. Entendemos
que o principal item da política econômica do primeiro ano foi o
arcabouço fiscal, que é, na nossa análise, muito restritivo. Ele impõe
uma contenção grande de gastos. Segundo cálculos do Centro de Pesquisa
em Macroeconomia das Desigualdades da USP, se houvesse arcabouço fiscal
entre 2003 e 2010, não teria sido possível fazer o que foi feito.
*Folha – O arcabouço pode matar esse reformismo, ainda que fraco?*
*André Singer -* O presidente Lula, assim como fez nos dois primeiros
mandatos, continua procurando brechas. O arcabouço pode anular as
tentativas de reformismo? A rigor, pode. Nós não estamos dizendo que
isso vai acontecer. Antes mesmo de tomar posse, o presidente negociou
com o presidente da Câmara a chamada PEC da Transição. Ela assegurou os
R$ 600 de Bolsa Família e acrescentou R$ 150 a mais por criança. Além
disso, conseguiu recursos para dar continuidade a programas que são
típicos do reformismo fraco, como o Farmácia Popular.
*Folha – Há no Brasil condições para um reformismo mais intenso?*
*André Singer -* É a pergunta de US$ 1 milhão. Nem nos primeiros
mandatos [de Lula] haveria correlação de forças para ir muito mais
longe. Por outro lado, do ponto de vista do que o país precisa, é
necessário ir mais longe. Se a gente pensar que o Brasil é um país cuja
construção foi interrompida, para usar a formulação do Celso Furtado,
parece claro que não atingirá o patamar da integração da metade que
nunca foi integrada se não houver um reformismo mais forte. A política
age dentro do que é possível, mas ela cria possibilidades à medida que
convence as pessoas de determinadas coisas. E, ao fazer isso, muda a
correlação de forças.
*Folha – A nova política industrial é uma dessas brechas que Lula tem buscado?*
*André Singer -* Sem dúvida é uma tentativa. A minha primeira
impressão é que ainda não encontrou os seus pontos de sustentação
materiais. Parece um plano um pouco teórico. Há uma situação nova no
mundo, em função do que vem acontecendo de 2008 para cá. Aquilo que vem
sendo chamado de novo Consenso de Washington colocou a
reindustrialização no centro da pauta. E isso é uma transformação
importante, porque o velho consenso era muito fortemente contra
políticas industriais.
*Folha – Como o sr. vê hoje a relação hoje do Executivo com o Congresso?*
*André Singer -* O que está acontecendo no Congresso é difícil de
entender. Possivelmente haja uma transformação que vem do [ex-presidente
da Câmara] Eduardo Cunha para cá. A Câmara ganhou uma autonomia e uma
força que não tinha antes. Parece que estamos diante de um processo que
não dá sinal de retroceder. Junto com isso tem outra coisa que é a
constituição de uma bancada de extrema direita. Isso não havia. Eu diria
que hoje, a extrema direita na Câmara é um bloco importante, mas está
isolada. Não é capaz de virar o jogo.
*Folha – O primeiro ano de governo foi dedicado a desfazer medidas do
bolsonarismo. Faltou ousadia para dar um passo além e não apenas zerar o
jogo?*
*André Singer -* Eu não falaria de falta de ousadia, mas o que seria o
programa que nós deveríamos desejar? É o que o [Joe] Biden está fazendo
nos EUA. As situações são parecidas, o Biden assumiu depois de quatro
anos do [Donald] Trump, que de certa forma tentou demolir o Estado
norte-americano e, em parte, conseguiu. O governo Biden hoje representa
um investimento na reconstrução da infraestrutura, na proteção social,
que já vinha da época da Covid. E na reindustrialização limpa do país,
com transição energética, da ordem de US$ 3 trilhões. No Brasil há uma
imensa pressão daquilo que eu chamo de fração cosmopolita da burguesia,
que, no último momento, decidiu apoiar o presidente Lula, e foi decisiva
para que ele ganhasse. Há uma enorme pressão desse setor no sentido da
austeridade. Não no sentido de não aumentar gastos do Estado, mas de
diminuir.
*Folha – O presidente é refém dessa burguesia cosmopolita?*
*André Singer -* Ele tem que levar em consideração essa realidade. Em
países capitalistas, é muito difícil governar contra o capital. Agora,
levar em consideração é uma coisa, outra é tentar pensar como se lida
com isso.
*Folha – O sr. vê a possibilidade de essa pressão por austeridade,
representada sobretudo pelo arcabouço, gerar efeitos eleitorais
negativos para Lula e a esquerda neste ano?*
*André Singer -* Vejo risco. Não estou dizendo que vai acontecer. Já
existe previsão de que o crescimento este ano será metade do ano
passado. Isso não é um bom sinal, porque a queda de 3% de crescimento
para 1,5% representa para a população perdas. Tende a diminuir o “feel
good factor” [sentimento de bem-estar]: as coisas estão melhorando e dão
a esperança de que vão melhorar mais. Quando as coisas estão piorando, a
pessoa tem a sensação de que vai piorar mais. Em anos eleitorais, os
governos têm que pôr a balança para cima, no sentido de que as coisas
estejam melhorando.
*Folha – Como o sr. vê esse debate dentro do PT?*
*André Singer -* Hoje me parece que há uma certa unidade expressa
pela presidente [Gleisi Hoffmann] na direção de pressionar por mais
investimento público, fazer a economia crescer e dar um horizonte de
reformismo, que eu chamaria de fraco, mas reformismo. O PT está fazendo o
seu papel.
*Folha – Isolar o ministro Fernando Haddad não é problemático para o governo?*
*André Singer -* Possivelmente tenha acontecido uma divisão de
trabalho entre o presidente e o ministro da Fazenda, em que o ministro
ficou encarregado de fazer as concessões que a burguesia estava exigindo
e o presidente ficou encarregado de continuar buscando brechas para que
mudanças a favor das camadas populares pudessem ser feitas.
*Folha – Qual seria a consequência política para o ministro Haddad da mudança na meta fiscal?*
*André Singer -* Aí o problema está em analisar algo que, a meu ver, é
um dos tópicos mais interessantes deste momento, o que eu chamo de
fração cosmopolita do capital. Esse possível enfraquecimento do ministro
da Fazenda, caso a meta seja alterada, decorreria de uma retirada da
confiança da burguesia.
*Folha – A burguesia é a fiadora do Haddad?*
*André Singer -* Eu não sei se ela é a fiadora do Haddad, mas o arcabouço fiscal foi feito para ela.
*Folha – Como o sr. projeta o cenário eleitoral para 2026?*
*André Singer -* A inelegibilidade do Bolsonaro é o fator mais
relevante dos acontecimentos políticos de 2023. Os EUA não conseguiram
fazer isso e estão às voltas com o possível retorno do Trump. Essa
decisão desorganizou o campo liderado pela extrema direita, criou uma
espécie de vácuo. Procurar alguém no lugar dele não é simples, em parte
porque ele construiu um carisma. Para certos setores de classe média ele
é repulsivo, mas o Bolsonaro dialoga com as camadas populares, o que é
difícil fazer. Acho provável que a oposição ao atual governo tenha
condição de competitividade. Mas no regime presidencialista e num
sistema político em que os partidos, com exceção do PT, são fracos, a
figura do candidato é central. Então quem poderá articular um bloco
competitivo?
*Folha – E no centro, o sr. vê alguma possibilidade?*
*André Singer -* O caso do PSDB é do maior interesse. Houve um
deslocamento da base do partido para a extrema direita. As pessoas
queriam uma oposição mais radicalizada. A pergunta que eu faço é se essa
base voltou mais para o centro. Não sei.
*Folha – Há alguma possibilidade de o Lula entrar em parte desse eleitorado que hoje está com a direita?*
*André Singer -* Vai depender muito da economia. Há um eleitorado em
disputa nas grandes regiões metropolitanas, que é o de 2 a 5 salários
mínimos de renda familiar mensal. Está dividido, foi majoritariamente
para o Bolsonaro na eleição de 2022, mas não era uma diferença enorme. O
que esse eleitorado quer? Bons empregos e renda. Uma parte desses
trabalhadores está precarizada. Digamos que o Brasil entrasse num
período de crescimento forte. Provavelmente o presidente Lula atrairia
uma parte desses eleitores, e a própria gravidade eleitoral faria com
que determinadas organizações, por exemplo, setores evangélicos, viessem
[para ele].
*Folha – A economia ainda é o que define eleições? Não os valores, como muitos defendem atualmente?*
*André Singer -* No caso brasileiro, sim. Eu reconheço que muita
coisa mudou, não há dúvida que o tipo de aliança que o Bolsonaro fez com
os evangélicos a partir de 2018 tem um peso. A questão de valores e a
questão identitária são componentes que têm que ser levados em
consideração. Mas eu continuo achando que no caso brasileiro a economia é
mais central.
*Folha – O sr. vê possibilidade de mudança de rota pelo governo em 2024?*
*André Singer -* Não vejo sinais de uma inflexão do presidente Lula
com relação a 2023. Não quero me comprometer com uma avaliação
pessimista, porque tem muitos elementos em jogo. Mas há um risco, que é
dado pela natureza do arcabouço. Eu sinto que o presidente, por ora,
prefere correr esse risco e talvez esteja apostando em outros elementos,
como possíveis aberturas internacionais. Ele abriu essa janela ao dizer
que o déficit não precisa ser zero. Ou seja, está dizendo: “se as
apostas que eu estou fazendo não derem certo e houver um enxugamento de
tal ordem que vai inviabilizar o meu governo, eu não posso aceitar”.
*RAIO-X | ANDRÉ SINGER, 65*
Professor titular do Departamento de Ciência Política da USP, é
graduado em jornalismo e ciências sociais pela USP, tem mestrado,
doutorado e livre-docência em ciência política pela mesma universidade.
Foi secretário de Redação da Folha, porta-voz da campanha de Lula em
2002, secretário de Imprensa e porta-voz no primeiro governo Lula. É
autor de “Esquerda e Direita no Eleitorado Brasileiro” (2002), “Os
Sentidos do Lulismo” (2012), “As Contradições do Lulismo” (2015), “O
Lulismo em Crise” (2018).
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Agora em uma guerra aberta que chegou ao
STF (Supremo Tribunal Federal), a J&F e a ONG Transparência
Internacional acumularam uma série de encontros amistosos em 2017, antes
de a relação degringolar em meio a desconfianças e insatisfações.
Em dezembro do ano passado, o ministro Dias Toffoli suspendeu o
pagamento da multa da leniência da empresa dos irmãos Wesley e Joesley
Batista, a partir de um pedido que, entre outras coisas, levantava
suspeitas contra a Transparência. Não há prazo para o fim dessa
suspensão.
No último dia 5, em mais um capítulo da sua jornada contra a Lava
Jato, Toffoli autorizou que a ONG passe a ser investigada por
supostamente se apropriar indevidamente de recursos públicos da
leniência.
A Transparência Internacional já rebateu essas acusações no passado e
mais uma vez agora, afirmando que não recebeu nem administrou recursos
da multa da J&F, o que também é referendado pela PGR
(Procuradoria-Geral da República).
Quando a relação começou, em 2017, o cenário era bem diferente. A
J&F tinha firmado o acordo de leniência havia pouco tempo, com multa
de R$ 10,3 bilhões. Desse total, R$ 2,3 bilhões deveriam ser destinados
a projetos sociais.
Para cumprir esse acerto, a empresa elaborou um memorando de
entendimento para a criação de um sistema de governança dos R$ 2,3
bilhões.
É nesse momento que a ONG aparece na vida dos Batista. Já parceira do
Ministério Público desde 2014 e renomada fora do país, foi chamada para
ser uma espécie de conselheira da parte de projetos sociais da
colaboração da J&F. Há divergência de versões sobre como exatamente a
entrada ocorreu.
O memorando de entendimento foi assinado com o Ministério Público
Federal, com um comitê de supervisão independente do acordo de leniência
(formado por três advogados) e com a Transparência Internacional, que
teria a atribuição de opinar sobre os programas escolhidos, sem receber
remuneração.
Acordos de leniência são uma espécie de delação premiada de empresas,
na qual elas admitem irregularidades que praticaram e, aceitando
colaborar com as investigações, ganham benefícios ou ficam isentas de
punições.
No memorando assinado com a J&F, a Transparência Internacional
tinha o papel de “aconselhar gratuitamente a estruturação de governança
do desembolso de recursos destinados a projetos sociais” por parte da
empresa.
A ONG é conhecida por ter uma boa reputação no exterior, inclusive em
países como a França, na criação de soluções para destinação dos
chamados recursos compensatórios -que reparam danos em casos de
corrupção, por exemplo.
Mas com o passar do tempo a J&F passou a ter a impressão de que a
participação da Transparência Internacional estava extrapolando o
simples aconselhamento e se direcionando para uma imposição do modelo de
governança que propôs para a empresa.
Do outro lado, Ministério Público e a Transparência viam indisposição
e inércia da J&F em pôr seus compromissos em prática, e uma
tentativa de conseguir rever o que foi pactuado no acordo.
O que era inicialmente um mal-estar evoluiu para acusações que se
intensificaram após o vazamento de conversas de procuradores da Lava
Jato -que incluíam trocas de palpites com a ONG.
Os ataques chegaram ao ponto de a Transparência Internacional afirmar
que estava sendo alvo de campanha difamatória. Isso tudo antes da
decisão de Toffoli.
Sob reserva, a Folha ouviu cinco pessoas que acompanharam as
negociações para a elaboração do memorando e, posteriormente, a disputa
entre as partes.
O acordo de leniência entre a J&F e o Ministério Público Federal
foi fechado em junho de 2017, com o compromisso de colaborar em casos
decorrentes das operações Greenfield, Sépsis, Cui Bono (oriunda da Lava
Jato), Carne Fraca e Bullish.
Ficou definido que a multa a ser paga teria valor de R$ 10,3 bilhões.
Desse montante, R$ 8 bilhões iriam para a União, a Caixa, o BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o FGTS (Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço) e outros.
O restante, os R$ 2,3 bilhões, iria para projetos sociais. Começaram
então as discussões entre a J&F e o Ministério Público Federal,
segundo testemunhas da discussão, sobre como seria aplicado esse
dinheiro.
Uma opção levantada pela J&F era de talvez investir parte dos
valores na Germinare, entidade sem fins lucrativos da própria empresa
que oferece ensino integral gratuito. A aplicação desses recursos seria
supervisionada pelo MPF.
A sugestão não foi bem recebida por procuradores. Outra opção era o
Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, gerido por um conselho no âmbito
do Ministério da Justiça e que tem por finalidade a reparação dos danos
causados ao meio ambiente, a bens históricos, à ordem econômica e
outros.
Mas os participantes entenderam que o Fundo é pouco transparente e
que, talvez, fosse melhor uma solução mais moderna e eficaz de aplicação
dos recursos, como o endowment (fundo patrimonial).
Foi então que se levantou a participação da Transparência
Internacional no auxílio da elaboração dessas soluções. Há versões
conflitantes sobre quem mencionou primeiro a ideia de convidar a
entidade.
O fato é que desde 2014, no início da Lava Jato, havia um memorando
firmado entre a Transparência e o Ministério Público Federal, para
cooperação institucional e compartilhamento de conhecimento técnico
sobre prevenção de corrupção e transparência pública.
Parte das pessoas que acompanharam as discussões diz que o Ministério
Público foi quem mencionou primeiro a empresa, por causa dessa
cooperação.
Mas foi a defesa da J&F quem convidou em 2017 a Transparência Internacional para conversar, em email.
Os diálogos entre todas as partes evoluíram bem até a assinatura do
memorando em dezembro daquele mesmo ano –pela J&F, assinou o diretor
jurídico Francisco de Assis e Silva, porque os Batista tinham sido
presos em setembro.
Mas a J&F começou a se incomodar porque achava que a
Transparência Internacional queria ser protagonista nas discussões sobre
a aplicação dos fundos.
Algo que aborreceu a empresa foi a Transparência Internacional dizer
que a própria ONG estava proibida de submeter projetos para
financiamento no âmbito do acordo de leniência “enquanto mantiver
qualquer tipo de influência sobre a governança dos recursos”.
Segundo as pessoas ouvidas pela reportagem, os Batista interpretaram
que a ONG estava deixando assim aberta uma brecha para que pudesse se
envolver nos projetos quando não estivesse mais participando da
governança do dinheiro.
Um terceiro motivo de insatisfação foi que a ONG previa que depois da
execução do recurso da leniência, em um período de 25 anos, o fundo
patrimonial deveria ser transferido ao controle da sociedade civil.
Para a Transparência, todas essas sugestões seguem as melhores
práticas internacionais, e seguia exemplos de fundações criadas por
empresas multinacionais.
Além de tudo isso, a J&F entendeu que a estrutura de governança
apresentada pela Transparência Internacional -que envolvia a criação de
um órgão deliberativo composto por várias instituições, dois conselhos e
uma série de diretorias- engessaria muito a aplicação desses recursos.
A essa altura, os termos previstos no memorando desandaram.
Ainda em 2019, o Ministério Público Federal expediu um ofício para a
J&F. Dizia que, caso a empresa decidisse pela execução direta de
projetos sociais, deveria “necessariamente atender às melhores práticas
de governança e controle recomendadas pela TI [Transparência
Internacional]”.
“Do contrário, se a execução dos projetos sociais não demonstrar alto
nível de eficiência e ótimos resultados, os valores gastos pela
colaboradora poderão ser total ou parcialmente glosados [retidos] pelo
Ministério Público Federal”, dizia o órgão.
A intenção do Ministério Público com essa recomendação era para que a
empresa não gastasse os recursos de forma displicente, de forma
contrária ao que havia sido pactuado.
No entanto, a J&F entendeu que as propostas passaram a ser uma imposição, e não mais como um aconselhamento.
Em dezembro de 2020, a PGR apontava que a empresa “permaneceu inerte quanto à obrigação de execução dos projetos sociais”.
Nessa época, a empresa dos Batista já estava em outra frente. Ela
tentava negociar um desconto na multa por meio de uma negociação com a
cúpula da PGR, naquele momento comandada por Augusto Aras.
Questionada pela reportagem se, até a suspensão, fez algum
investimento em projetos sociais oriundos da suspensão da multa, a
J&F não se manifestou.
Nos últimos 25 anos, o salário dos servidores de elite do Executivo
federal aumentou, em média, 40% acima da inflação. Mas os dados,
levantados pelo Movimento Pessoas à Frente, mostram uma trajetória
díspar. Carreiras com maior poder de pressão – seja porque estão mais
próximas do centro do poder (como analistas de gestão, Orçamento e
planejamento), ou porque têm a chave do cofre (auditores fiscais), ou
porque estão associadas ao maior acumulador de privilégios, o Judiciário
(advogados da União) – acumularam aumentos de até 60%. Inversamente,
postos-chave de alta relevância política e complexidade técnica, mas que
são comissionados, não concursados, sofreram depreciação de quase 40%.
Um secretário nacional, o número dois dos ministérios, ganha hoje menos
que um auditor fiscal em início de carreira.
Tais disparidades retratam um sistema disfuncional e arbitrário que
se torna cada dia mais uma máquina de gerar desigualdades, pobreza,
injustiça social e conflito civil. Desigualdade, porque, em média, os
trabalhadores do setor público ganham acima de seus pares na iniciativa
privada (até 50%), e a desigualdade entre as carreiras do topo e as da
base no setor público é maior do que no privado (até sete vezes).
Pobreza, porque uma máquina custosa e improdutiva pressiona as contas
públicas – e, logo, a carga tributária e a dívida pública, o que corrói a
renda pelos juros e inflação –, contrai os investimentos públicos e
afugenta os privados. Injustiça social, porque os mais pobres (que, em
razão de uma tributação regressiva, pagam proporcionalmente mais) são os
que mais sofrem com a carência de serviços básicos como saúde,
segurança ou educação. E conflito, porque estas distorções e perversões
incitam a descrença do cidadão em relação ao Estado Democrático de
Direito e desencadeiam um ciclo vicioso de vilanização dos servidores
retroalimentada pela sua vitimização.
O Estado brasileiro é grande demais, porque é ineficiente, e gasta
demais, porque gasta mal. Corrigir essa situação é não tanto uma questão
de solucionar uma disputa abstrata entre o Estado “mínimo” (de certas
vertentes liberais) e o Estado “máximo” (das vertentes socialistas), ou
mesmo entre redução de gastos ou aumento de impostos, mas de encontrar
mecanismos concretos para que o Estado seja eficaz e gaste bem conforme
as prioridades da população. A sociedade brasileira optou, por exemplo,
por um serviço universal de saúde. Isso tem um custo, que os cidadãos
estão dispostos a pagar, mas desde que seja revertido em benefícios.
Há disfunções que exigem mudanças constitucionais. Em todo o mundo
prevê-se o regime de estabilidade para resguardar a burocracia e
políticas de Estado das alternâncias partidárias. Mas em países
desenvolvidos essa condição é prerrogativa de poucas carreiras de
Estado. A estabilidade universal cimentada pela Constituição não tem
paralelo no mundo.
Mas mais urgente, relevante e factível que mudar o regime de
estabilidade é regulamentar sistemas mais flexíveis de progressão e
realocação de carreira com base em metas, necessidades e avaliações de
desempenho que premiem os mais comprometidos. Isso implica reduzir os
salários iniciais e eliminar progressões automáticas. São distorções que
podem ser corrigidas com legislação ordinária, assim como uma perversão
que tem impacto, sobretudo, moral: os privilégios, supersalários e
penduricalhos acumulados por pequenas castas.
Uma agenda de reformas da administração pública seria uma
oportunidade de reverter o atual ciclo de subdesenvolvimento excludente
em uma trajetória de desenvolvimento inclusivo. A um tempo, ela
promoveria um revigoramento cívico e político, incentivando a sociedade a
se aproximar e participar da gestão da coisa pública; garantiria
melhores serviços a todos, inclusive aos funcionários públicos e
especialmente aos cidadãos mais vulneráveis; melhoraria as condições de
produtividade e crescimento econômico; e promoveria mais distribuição de
oportunidades e renda, inclusive entre os servidores públicos.
No mundo moderno dos negócios, poucas idéias são mais importantes do
que o crescimento. Até mesmo eventos de longa data no mercado de ações,
como o McDonald’s e a General Motors, são avaliados por suas taxas de
crescimento trimestrais. E deixar de crescer pode ser uma catástrofe.
Mas para empresas mais jovens – e particularmente para iniciantes – há
uma fixação igualmente forte em escala. Como pode uma empresa não apenas
crescer, mas crescer exponencialmente? Em muitos casos, isso é colocar a
carroça na frente dos bois. As startups jovens precisam construir um
produto e estabelecer um mercado, e então podem pensar em
hipercrescimento.Mas falaremos mais sobre isso em breve. Neste artigo,
exploraremos as diferenças entre crescimento e dimensionamento. Também
abordaremos alguns dos principais desafios para empresas de
escalonamento e o que as empresas precisam fazer para alcançar esse
crescimento insano.
Crescimento vs escala
Vamos começar com a distinção mais comum entre esses dois termos. Em
geral, pensamos no crescimento em termos lineares: uma empresa adiciona
novos recursos (capital, pessoas ou tecnologia) e, como resultado, sua
receita aumenta.
Em contraste, a escala é quando a receita aumenta sem um aumento
substancial dos recursos. Processos “dessa escala” são aqueles que podem
ser feitos em massa sem esforço extra – se eu enviar um e-mail para 10
pessoas ou 1 milhão, meu esforço é essencialmente o mesmo. É por isso
que as empresas usam tanto o marketing por email. Ele é dimensionado de
forma tão eficaz. Ou, para outro exemplo – uma seguradora que
dimensionou as operações de negócios simplesmente mudando para um
sistema de telefonia empresarial na nuvem.
Mas esta é apenas a distinção técnica entre as duas palavras. Vamos
examinar um pouco mais de perto como cada um se parece na prática.
Crescer um negócio
Geralmente visto como a definição de uma empresa de sucesso, o
crescimento se refere ao aumento da receita como resultado de estar no
negócio. Também pode se referir a outros aspectos da empresa que estão
crescendo, como o número de funcionários, a quantidade de escritórios e
quantos clientes ela atende – essas coisas quase sempre estão ligadas ao
crescimento da receita.
O maior problema, porém, é que são necessários muitos recursos para sustentar o crescimento constante.
Tomemos por exemplo uma agência de publicidade que atualmente tem
cinco clientes, mas que está prestes a conquistar mais cinco clientes.
Aumentar o número de empresas para as quais vende trará mais dinheiro,
mas é provável que não consiga realizar o trabalho sem contratar mais
pessoas.
Por causa disso, o crescimento financeiro só pode ser alcançado com perdas maiores também.
Empresas que oferecem serviços profissionais, como a agência de
publicidade acima, sempre terão que lidar com esse problema. Aceitar
mais clientes leva à contratação de mais pessoas para apoiá-los – ao
mesmo tempo que aumenta a receita ao adicionar clientes, ao mesmo tempo,
tem que aumentar os custos.
Dimensionando uma empresa
Por causa dos custos associados ao crescimento, os fundadores modernos tornaram-se obcecados com a ideia de escala.
A principal diferença com o crescimento é que a escala é alcançada
aumentando a receita sem incorrer em custos significativos. Embora
adicionando clientes e receitas de forma exponencial, os custos devem
aumentar apenas de forma incremental, se é que aumentam.
Um ótimo exemplo de empresa que descobriu com sucesso como escalar é o
Google, que nos últimos anos tem agregado clientes (clientes
empresariais pagantes ou usuários gratuitos com anúncios), enquanto
consegue manter os custos no mínimo. Em 2017, tinha sete produtos com
mais de um bilhão de usuários ativos cada, enquanto empregava apenas
cerca de 88.000 pessoas.
A diferença entre crescimento e escala fica mais clara quando uma
empresa não é mais uma startup, mas também não é uma grande corporação.
Nesse estágio crítico, a empresa terá que decidir entre crescer em uma
taxa regular ou mudar para um escalonamento mais rápido da empresa.
Se quiser ter uma chance de causar um impacto duradouro na indústria e
talvez até na sociedade como um todo, isso deve ser feito sem acumular
uma grande quantidade de despesas gerais.
Infelizmente, não há um caminho definido para um dimensionamento
bem-sucedido – se houvesse, seria muito menos impressionante construir
uma empresa de um milhão de dólares. No entanto, há algumas coisas a
serem lembradas.
Startups vs scaleups
Aqui temos mais dois termos que são frequentemente confundidos. Você
provavelmente já tem um bom domínio do que é uma startup, mas como isso
se compara a um aumento de escala?
Um aumento de escala é um empreendimento empresarial que alcançou o
ajuste produto-mercado e agora enfrenta o “segundo vale da morte” ou o
crescimento exponencial.
Colocando de outra forma, uma vez que uma startup provou que
tem um produto que as pessoas desejam, é hora de levar esse produto às
massas. Isso geralmente requer um grande investimento em novas pessoas,
escritórios em diferentes mercados e muita publicidade na forma de
hospedagem de webinars educacionais, participação em feiras de negócios,
prospecção e fechamento de leads e outras táticas.
O que na verdade parece meio contrário à nossa definição anterior de
“escala” – aumentar a receita sem aumentar o investimento. Mas, se for
bem-sucedido, um aumento de escala adicionará crescimento exponencial
apenas com investimento linear ou marginal. Essencialmente, se eles
puderem desbloquear novos mercados e atingir novos públicos, o aumento
de escala crescerá mais rápido do que antes.
Principais desafios para scaleups
Para fins de argumentação, vamos imaginar uma empresa passando do
início ao aumento da escala da noite para o dia. O que antes era uma
empresa local com cerca de 50 pessoas em um escritório aconchegante,
agora está se tornando internacional.
Se fosse simples, todas as empresas o fariam. Então, quais são as dificuldades enfrentadas pela maioria dos scaleups?
Eles precisam de investimento
Este é o pré-requisito mais óbvio: hoje, a maioria das empresas
jovens precisa de um investimento significativo (geralmente de
capitalistas de risco) para crescer. Isso geralmente ocorre na forma de
financiamento da série B ou C.
As rodadas anteriores de financiamento são usadas para construir um
produto mínimo viável (MVP) e estabelecer o ajuste ao mercado e, se
conseguirem garantir mais financiamento, ele se expandirá rapidamente.
Eles precisam de processos escaláveis
Aumentos de escala típicos têm um produto que tem um bom
escalonamento – ele atrai compradores muito mais do que o mercado atual
servido. Mas, como eles se moveram rapidamente como uma startup, muitos
processos internos não foram projetados para escalar.
A mais óbvia delas são as políticas de despesas da empresa. Como uma
pequena empresa, você realmente não precisa de uma política de despesas.
Se alguém precisar viajar ou comprar algo, eles podem resolver o
problema diretamente com os fundadores. Mas, uma vez que você tem vários
escritórios e um punhado de pessoas viajando ao mesmo tempo, isso
simplesmente não é mais uma opção.
Descubra se sua política de despesas é escalonável.
Eles têm que incorporar uma cultura empresarial
A cultura da empresa start-up tende a surgir naturalmente. Novamente,
todos se sentam na mesma sala, você contrata com cuidado e a maior
parte de sua equipe tem os mesmos objetivos e paixões.
Mas uma vez que você se move internacionalmente, isso é muito mais
difícil de controlar. Você não tem a mesma intimidade com os novos
membros da equipe e eles não podem se alimentar da energia e dos valores
da equipe atual com tanta facilidade.
Por esse motivo, os scaleups precisam pensar com muito cuidado sobre a
estratégia de integração de seus funcionários. Esta é a melhor
oportunidade de compartilhar a visão da empresa, incorporar os valores
essenciais e garantir que as novas contratações se encaixem
perfeitamente.
Os funcionários precisam de autonomia; gerentes precisam de controle
Este deve ser um tema orientador para todas as empresas, mas é
especialmente verdadeiro na fase de aumento de escala do adolescente
estranho. Os gerentes e as equipes de RH de repente têm muito menos
visibilidade sobre os membros da equipe e precisam confiar que estão
conduzindo os negócios de maneira adequada.
E os membros da equipe acham mais difícil do que nunca obter ajuda da
gerência e do RH, com tantos novos contratados com que se preocupar. E,
novamente, eles podem nem estar no mesmo continente!
Esta dinâmica é complicada sem um bom software de escalonamento.
Ferramentas online de folha de pagamento, gerenciamento de gastos e
sistemas de produtividade podem ajudar a descentralizar as informações,
ao mesmo tempo que centraliza o controle.
Como escalar em vez de crescer
É impossível fornecer esse “segredo” para fazer sua empresa crescer
exponencialmente em vez de crescer. Mas para quem procura pistas e
dicas, aqui vão algumas boas orientações.
Invista na cultura da empresa
Com a escala vem um influxo de novos talentos. O que é ótimo! Mas a
maioria dos líderes de startups passa anos construindo cuidadosamente
uma cultura corporativa coesa, e você precisa ter certeza de não deixar
isso escapar.
Quando você está escalando, os valores essenciais podem se perder ou
confundir. Renovar sua dedicação a esses valores atrairá os melhores
talentos, ajudará você a obter a melhor tecnologia para analisar e
gerenciar seus dados financeiros e definir claramente como continuar a
escalar.
Liberte-se das pequenas coisas
Se o plano for escalar, você terá que abrir mão da maioria das
pequenas coisas que consomem seu tempo. Fundadores, CFOs e outros
líderes precisam parar de pensar em economizar cada centavo e focar no
panorama geral.
Chame alguém! Você provavelmente descobrirá que essa pessoa é melhor e mais eficiente do que você nessas tarefas.
Adivinha? Agora você pode gastar seu tempo na parte do negócio que
requer o seu conjunto de habilidades apropriado – as coisas nas quais
você é realmente bom!
Concentre-se nos principais pontos fortes
É tentador acreditar que a diversificação será o catalisador para
você crescer. Apresente uma nova gama de produtos ou adicione serviços
extras e isso irá desbloquear uma enxurrada de novas receitas.
Mas se uma empresa está crescendo por meio de uma série ad hoc de
ações e decisões, elas começam a se desintegrar à medida que você
cresce. Pequenas lacunas se tornarão abismos. A confusão e a
inconsistência se tornarão o caos. não há como entregar um produto ou
experiência consistente.
Alcançar escala requer um nível de sistemas repetíveis e previsíveis.
Refinar e desenvolver esses sistemas é a forma como as empresas
conseguem passar de milhares de clientes para milhões.
Invista na gestão de processos
Semelhante à terceirização, o gerenciamento de processos exige que
você deixe as pequenas coisas para outras pessoas. Os fatores
importantes aqui são garantir que os processos sejam documentados e que
outras pessoas possam identificá-los sem ter que ser mostrado passo a
passo.
Como proprietário de uma pequena empresa, você provavelmente tem
linhas diretas de comunicação com todos os seus funcionários. Mas, à
medida que sua empresa se desenvolve, você deve voltar sua atenção para
as questões estratégicas e deixar as operações do dia-a-dia de sua
empresa para outras pessoas.
Crescer, escalar, ter sucesso
Esperançosamente, este artigo ajudou a desmistificar as nuances em
torno do crescimento e da escala. Na verdade, ambos são importantes e a
diferença para as empresas costuma ser uma questão de tempo.
Mas, como vimos, existem etapas claras que as empresas podem seguir
para se prepararem para a fase de expansão. Estabeleça processos claros
(digitalizados), torne as informações prontamente disponíveis de
qualquer lugar e tente não depender da comunicação individual para
qualquer coisa importante.
A partir daí, o dimensionamento bem-sucedido é parte planejamento, parte esforço e muita sorte!
ESCALANDO NEGÓCIOS DA VALEON
1 – Qual é o seu mercado? Qual é o tamanho dele?
O nosso mercado será atingir os 766 mil habitantes do Vale do
Aço e poder divulgar os produtos / serviços para vocês clientes,
lojistas, prestadores de serviços e profissionais autônomos e obter dos
consumidores e usuários a sua audiência.
A ValeOn atenderá a todos os nichos de mercado da região e
especialmente aos pequenos e microempresários da região que não
conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que
ele proporciona. Pretendemos cadastrar todas as empresas locais com
CNPJ ou não e coloca-las na internet.
2 – Qual problema a sua empresa está tentando resolver? O mercado já expressou a necessidade dessa solução?
A nossa Plataforma de Compras e Vendas que ora
disponibilizamos para utilização das Empresas, Prestadores de Serviços e
Profissionais Autônomos e para a audiência é um produto inovador sem
concorrentes na região e foi projetada para atender às necessidades
locais e oferecemos condições de adesão muito mais em conta que qualquer
outro meio de comunicação.
Viemos para suprir as demandas da região no que tange a
divulgação de produtos/serviços cuja finalidade é a prestação de
serviços diferenciados para a conquista cada vez maior de mais clientes e
públicos.
O nosso diferencial está focado nas empresas da região ao
resolvermos a dor da falta de comunicação entre as empresas e seus
clientes. Essa dor é resolvida através de uma tecnologia eficiente que
permite que cada empresa / serviços tenha o seu próprio site e possa
expor os seus produtos e promoções para os seus clientes / usuários ao
utilizar a plataforma da ValeOn.
3 – Quais métodos você usará para o crescimento? O seu mercado está propício para esse tipo de crescimento?
Estratégias para o crescimento da nossa empresa
Investimento na satisfação do cliente. Fidelizar é mais barato do que atrair novos clientes.
Equilíbrio financeiro e rentabilidade.
Capital de giro, controle de fluxo de caixa e análises de rentabilidade
são termos que devem fazer parte da rotina de uma empresa que tenha o
objetivo de crescer.
Desenvolvimento de um planejamento
estratégico. Planejar-se estrategicamente é como definir com
antecedência um roteiro de viagem ao destino final.
Investimento em marketing. Sem marketing,
nem gigantes como a Coca-Cola sobreviveriam em um mercado feroz e
competitivo ao extremo.
Recrutamento e gestão de pessoas. Pessoas são sempre o maior patrimônio de uma empresa.
O mercado é um ambiente altamente volátil e competitivo. Para
conquistar o sucesso, os gestores precisam estar conectados às demandas
de consumo e preparados para respondê-las com eficiência.
Para isso, é essencial que os líderes procurem conhecer (e
entender) as preferências do cliente e as tendências em vigor. Em um
cenário em que tudo muda o tempo todo, ignorar as movimentações externas
é um equívoco geralmente fatal.
Planeje-se, portanto, para reservar um tempo dedicado ao
estudo do consumidor e (por que não?) da concorrência. Ao observar as
melhores práticas e conhecer quais têm sido os retornos, assim podemos
identificar oportunidades para melhorar nossa operação e, assim,
desenvolver a bossa empresa.
4 – Quem são seus principais concorrentes e há quanto tempo
eles estão no mercado? Quão grandes eles são comparados à sua empresa?
Descreva suas marcas.
Nossos concorrentes indiretos costumam ser sites da área,
sites de diretório e sites de mídia social. Nós não estamos apenas
competindo com outras marcas – estamos competindo com todos os sites que
desejam nos desconectar do nosso potencial comprador.
Nosso concorrente maior ainda é a comunicação offline que é
formada por meios de comunicação de massa como rádios, propagandas de
TV, revistas, outdoors, panfletos e outras mídias impressas e estão no
mercado há muito tempo, bem antes da nossa Startup Valeon.
5 – Sua empresa está bem estabelecida? Quais práticas e procedimentos são considerados parte da identidade do setor?
A nossa empresa Startup Valeon é bem estabelecida e
concentramos em objetivos financeiros e comerciais de curto prazo,
desconsideramos a concorrência recém chegada no mercado até que deixem
de ser calouros, e ignoramos as pequenas tendências de mercado até que
representem mudanças catastróficas.
“Empresas bem estabelecidas igual à Startp Valeon devemos começar a pensar como disruptores”, diz Paul Earle,
professor leitor adjunto de inovação e empreendedorismo na Kellogg
School. “Não é uma escolha. Toda a nossa existência está em risco”.
6 – Se você quiser superar seus concorrentes, será necessário escalar o seu negócio?
A escalabilidade é um conceito administrativo usado para
identificar as oportunidades de que um negócio aumente o faturamento,
sem que precise alavancar seus custos operacionais em igual medida. Ou
seja: a arte de fazer mais, com menos!
Então, podemos resumir que um empreendimento escalável é
aquele que consegue aumentar sua produtividade, alcance e receita sem
aumentar os gastos. Na maioria dos casos, a escalabilidade é atingida
por conta de boas redes de relacionamento e decisões gerenciais bem
acertadas.
Além disso, vale lembrar que um negócio escalável também
passa por uma fase de otimização, que é o conceito focado em enxugar o
funcionamento de uma empresa, examinando gastos, cortando desperdícios e
eliminando a ociosidade.
Sendo assim, a otimização acaba sendo uma etapa inevitável
até a conquista da escalabilidade. Afinal de contas, é disso que se
trata esse conceito: atingir o máximo de eficiência, aumentando clientes, vendas, projetos e afins, sem expandir os gastos da operação de maneira expressiva.
Pretendemos escalar o nosso negócio que é o site marketplace da Startup Valeon da seguinte forma:
objetivo final em alguma métrica clara, como crescimento percentual em vendas, projetos, clientes e afins;
etapas e práticas que serão tomadas ao longo do ano para alcançar a meta;
decisões acertadas na contratação de novos colaboradores;
gerenciamento de recursos focado em otimização.
Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (App)