domingo, 18 de fevereiro de 2024

STF SUSPEITA QUE A ONG TRANSPARÊNCIA INTERNACIONAL SE APROPRIOU INDEVIDAMENTE DE RECURSOS PÚBLICOS DA LENIÊNCIA

 

História de JOSÉ MARQUES • Folha de S.Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Agora em uma guerra aberta que chegou ao STF (Supremo Tribunal Federal), a J&F e a ONG Transparência Internacional acumularam uma série de encontros amistosos em 2017, antes de a relação degringolar em meio a desconfianças e insatisfações.

Em dezembro do ano passado, o ministro Dias Toffoli suspendeu o pagamento da multa da leniência da empresa dos irmãos Wesley e Joesley Batista, a partir de um pedido que, entre outras coisas, levantava suspeitas contra a Transparência. Não há prazo para o fim dessa suspensão.

No último dia 5, em mais um capítulo da sua jornada contra a Lava Jato, Toffoli autorizou que a ONG passe a ser investigada por supostamente se apropriar indevidamente de recursos públicos da leniência.

A Transparência Internacional já rebateu essas acusações no passado e mais uma vez agora, afirmando que não recebeu nem administrou recursos da multa da J&F, o que também é referendado pela PGR (Procuradoria-Geral da República).

Quando a relação começou, em 2017, o cenário era bem diferente. A J&F tinha firmado o acordo de leniência havia pouco tempo, com multa de R$ 10,3 bilhões. Desse total, R$ 2,3 bilhões deveriam ser destinados a projetos sociais.

Para cumprir esse acerto, a empresa elaborou um memorando de entendimento para a criação de um sistema de governança dos R$ 2,3 bilhões.

É nesse momento que a ONG aparece na vida dos Batista. Já parceira do Ministério Público desde 2014 e renomada fora do país, foi chamada para ser uma espécie de conselheira da parte de projetos sociais da colaboração da J&F. Há divergência de versões sobre como exatamente a entrada ocorreu.

O memorando de entendimento foi assinado com o Ministério Público Federal, com um comitê de supervisão independente do acordo de leniência (formado por três advogados) e com a Transparência Internacional, que teria a atribuição de opinar sobre os programas escolhidos, sem receber remuneração.

Acordos de leniência são uma espécie de delação premiada de empresas, na qual elas admitem irregularidades que praticaram e, aceitando colaborar com as investigações, ganham benefícios ou ficam isentas de punições.

No memorando assinado com a J&F, a Transparência Internacional tinha o papel de “aconselhar gratuitamente a estruturação de governança do desembolso de recursos destinados a projetos sociais” por parte da empresa.

A ONG é conhecida por ter uma boa reputação no exterior, inclusive em países como a França, na criação de soluções para destinação dos chamados recursos compensatórios -que reparam danos em casos de corrupção, por exemplo.

Mas com o passar do tempo a J&F passou a ter a impressão de que a participação da Transparência Internacional estava extrapolando o simples aconselhamento e se direcionando para uma imposição do modelo de governança que propôs para a empresa.

Do outro lado, Ministério Público e a Transparência viam indisposição e inércia da J&F em pôr seus compromissos em prática, e uma tentativa de conseguir rever o que foi pactuado no acordo.

O que era inicialmente um mal-estar evoluiu para acusações que se intensificaram após o vazamento de conversas de procuradores da Lava Jato -que incluíam trocas de palpites com a ONG.

Os ataques chegaram ao ponto de a Transparência Internacional afirmar que estava sendo alvo de campanha difamatória. Isso tudo antes da decisão de Toffoli.

Sob reserva, a Folha ouviu cinco pessoas que acompanharam as negociações para a elaboração do memorando e, posteriormente, a disputa entre as partes.

O acordo de leniência entre a J&F e o Ministério Público Federal foi fechado em junho de 2017, com o compromisso de colaborar em casos decorrentes das operações Greenfield, Sépsis, Cui Bono (oriunda da Lava Jato), Carne Fraca e Bullish.

Ficou definido que a multa a ser paga teria valor de R$ 10,3 bilhões. Desse montante, R$ 8 bilhões iriam para a União, a Caixa, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e outros.

O restante, os R$ 2,3 bilhões, iria para projetos sociais. Começaram então as discussões entre a J&F e o Ministério Público Federal, segundo testemunhas da discussão, sobre como seria aplicado esse dinheiro.

Uma opção levantada pela J&F era de talvez investir parte dos valores na Germinare, entidade sem fins lucrativos da própria empresa que oferece ensino integral gratuito. A aplicação desses recursos seria supervisionada pelo MPF.

A sugestão não foi bem recebida por procuradores. Outra opção era o Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, gerido por um conselho no âmbito do Ministério da Justiça e que tem por finalidade a reparação dos danos causados ao meio ambiente, a bens históricos, à ordem econômica e outros.

Mas os participantes entenderam que o Fundo é pouco transparente e que, talvez, fosse melhor uma solução mais moderna e eficaz de aplicação dos recursos, como o endowment (fundo patrimonial).

Foi então que se levantou a participação da Transparência Internacional no auxílio da elaboração dessas soluções. Há versões conflitantes sobre quem mencionou primeiro a ideia de convidar a entidade.

O fato é que desde 2014, no início da Lava Jato, havia um memorando firmado entre a Transparência e o Ministério Público Federal, para cooperação institucional e compartilhamento de conhecimento técnico sobre prevenção de corrupção e transparência pública.

Parte das pessoas que acompanharam as discussões diz que o Ministério Público foi quem mencionou primeiro a empresa, por causa dessa cooperação.

Mas foi a defesa da J&F quem convidou em 2017 a Transparência Internacional para conversar, em email.

Os diálogos entre todas as partes evoluíram bem até a assinatura do memorando em dezembro daquele mesmo ano –pela J&F, assinou o diretor jurídico Francisco de Assis e Silva, porque os Batista tinham sido presos em setembro.

Mas a J&F começou a se incomodar porque achava que a Transparência Internacional queria ser protagonista nas discussões sobre a aplicação dos fundos.

Algo que aborreceu a empresa foi a Transparência Internacional dizer que a própria ONG estava proibida de submeter projetos para financiamento no âmbito do acordo de leniência “enquanto mantiver qualquer tipo de influência sobre a governança dos recursos”.

Segundo as pessoas ouvidas pela reportagem, os Batista interpretaram que a ONG estava deixando assim aberta uma brecha para que pudesse se envolver nos projetos quando não estivesse mais participando da governança do dinheiro.

Um terceiro motivo de insatisfação foi que a ONG previa que depois da execução do recurso da leniência, em um período de 25 anos, o fundo patrimonial deveria ser transferido ao controle da sociedade civil.

Para a Transparência, todas essas sugestões seguem as melhores práticas internacionais, e seguia exemplos de fundações criadas por empresas multinacionais.

Além de tudo isso, a J&F entendeu que a estrutura de governança apresentada pela Transparência Internacional -que envolvia a criação de um órgão deliberativo composto por várias instituições, dois conselhos e uma série de diretorias- engessaria muito a aplicação desses recursos.

A essa altura, os termos previstos no memorando desandaram.

Ainda em 2019, o Ministério Público Federal expediu um ofício para a J&F. Dizia que, caso a empresa decidisse pela execução direta de projetos sociais, deveria “necessariamente atender às melhores práticas de governança e controle recomendadas pela TI [Transparência Internacional]”.

“Do contrário, se a execução dos projetos sociais não demonstrar alto nível de eficiência e ótimos resultados, os valores gastos pela colaboradora poderão ser total ou parcialmente glosados [retidos] pelo Ministério Público Federal”, dizia o órgão.

A intenção do Ministério Público com essa recomendação era para que a empresa não gastasse os recursos de forma displicente, de forma contrária ao que havia sido pactuado.

No entanto, a J&F entendeu que as propostas passaram a ser uma imposição, e não mais como um aconselhamento.

Em dezembro de 2020, a PGR apontava que a empresa “permaneceu inerte quanto à obrigação de execução dos projetos sociais”.

Nessa época, a empresa dos Batista já estava em outra frente. Ela tentava negociar um desconto na multa por meio de uma negociação com a cúpula da PGR, naquele momento comandada por Augusto Aras.

Questionada pela reportagem se, até a suspensão, fez algum investimento em projetos sociais oriundos da suspensão da multa, a J&F não se manifestou.

MÁQUINA PÚBLICA CUSTOSA E IMPRODUTIVA PRESSIONA AS CONTAS PÚBLICAS

 

História de Notas & Informações • 5 h

Nos últimos 25 anos, o salário dos servidores de elite do Executivo federal aumentou, em média, 40% acima da inflação. Mas os dados, levantados pelo Movimento Pessoas à Frente, mostram uma trajetória díspar. Carreiras com maior poder de pressão – seja porque estão mais próximas do centro do poder (como analistas de gestão, Orçamento e planejamento), ou porque têm a chave do cofre (auditores fiscais), ou porque estão associadas ao maior acumulador de privilégios, o Judiciário (advogados da União) – acumularam aumentos de até 60%. Inversamente, postos-chave de alta relevância política e complexidade técnica, mas que são comissionados, não concursados, sofreram depreciação de quase 40%. Um secretário nacional, o número dois dos ministérios, ganha hoje menos que um auditor fiscal em início de carreira.

Tais disparidades retratam um sistema disfuncional e arbitrário que se torna cada dia mais uma máquina de gerar desigualdades, pobreza, injustiça social e conflito civil. Desigualdade, porque, em média, os trabalhadores do setor público ganham acima de seus pares na iniciativa privada (até 50%), e a desigualdade entre as carreiras do topo e as da base no setor público é maior do que no privado (até sete vezes). Pobreza, porque uma máquina custosa e improdutiva pressiona as contas públicas – e, logo, a carga tributária e a dívida pública, o que corrói a renda pelos juros e inflação –, contrai os investimentos públicos e afugenta os privados. Injustiça social, porque os mais pobres (que, em razão de uma tributação regressiva, pagam proporcionalmente mais) são os que mais sofrem com a carência de serviços básicos como saúde, segurança ou educação. E conflito, porque estas distorções e perversões incitam a descrença do cidadão em relação ao Estado Democrático de Direito e desencadeiam um ciclo vicioso de vilanização dos servidores retroalimentada pela sua vitimização.

O Estado brasileiro é grande demais, porque é ineficiente, e gasta demais, porque gasta mal. Corrigir essa situação é não tanto uma questão de solucionar uma disputa abstrata entre o Estado “mínimo” (de certas vertentes liberais) e o Estado “máximo” (das vertentes socialistas), ou mesmo entre redução de gastos ou aumento de impostos, mas de encontrar mecanismos concretos para que o Estado seja eficaz e gaste bem conforme as prioridades da população. A sociedade brasileira optou, por exemplo, por um serviço universal de saúde. Isso tem um custo, que os cidadãos estão dispostos a pagar, mas desde que seja revertido em benefícios.

Há disfunções que exigem mudanças constitucionais. Em todo o mundo prevê-se o regime de estabilidade para resguardar a burocracia e políticas de Estado das alternâncias partidárias. Mas em países desenvolvidos essa condição é prerrogativa de poucas carreiras de Estado. A estabilidade universal cimentada pela Constituição não tem paralelo no mundo.

Mas mais urgente, relevante e factível que mudar o regime de estabilidade é regulamentar sistemas mais flexíveis de progressão e realocação de carreira com base em metas, necessidades e avaliações de desempenho que premiem os mais comprometidos. Isso implica reduzir os salários iniciais e eliminar progressões automáticas. São distorções que podem ser corrigidas com legislação ordinária, assim como uma perversão que tem impacto, sobretudo, moral: os privilégios, supersalários e penduricalhos acumulados por pequenas castas.

Uma agenda de reformas da administração pública seria uma oportunidade de reverter o atual ciclo de subdesenvolvimento excludente em uma trajetória de desenvolvimento inclusivo. A um tempo, ela promoveria um revigoramento cívico e político, incentivando a sociedade a se aproximar e participar da gestão da coisa pública; garantiria melhores serviços a todos, inclusive aos funcionários públicos e especialmente aos cidadãos mais vulneráveis; melhoraria as condições de produtividade e crescimento econômico; e promoveria mais distribuição de oportunidades e renda, inclusive entre os servidores públicos.

UMA EMPRESA CRESCE ADICIONANDO NOVOS RECURSOS E A RECEITO E A DESPESA AUMENTAM E ESCALA QUANDO A RECEITA AUMENTA SEM AUMENTO DE DESPESAS

 

Vitalpet – Plano de Súde Animal

No mundo moderno dos negócios, poucas idéias são mais importantes do que o crescimento. Até mesmo eventos de longa data no mercado de ações, como o McDonald’s e a General Motors, são avaliados por suas taxas de crescimento trimestrais. E deixar de crescer pode ser uma catástrofe. Mas para empresas mais jovens – e particularmente para iniciantes – há uma fixação igualmente forte em escala. Como pode uma empresa não apenas crescer, mas crescer exponencialmente? Em muitos casos, isso é colocar a carroça na frente dos bois. As startups jovens precisam construir um produto e estabelecer um mercado, e então podem pensar em hipercrescimento.Mas  falaremos mais sobre isso em breve. Neste artigo, exploraremos as diferenças entre crescimento e dimensionamento. Também abordaremos alguns dos principais desafios para empresas de escalonamento e o que as empresas precisam fazer para alcançar esse crescimento insano.

Crescimento vs escala

Vamos começar com a distinção mais comum entre esses dois termos. Em geral, pensamos no crescimento em termos lineares: uma empresa adiciona novos recursos (capital, pessoas ou tecnologia) e, como resultado, sua receita aumenta.

Em contraste, a escala é quando a receita aumenta sem um aumento substancial dos recursos. Processos “dessa escala” são aqueles que podem ser feitos em massa sem esforço extra – se eu enviar um e-mail para 10 pessoas ou 1 milhão, meu esforço é essencialmente o mesmo. É por isso que as empresas usam tanto o marketing por email. Ele é dimensionado de forma tão eficaz. Ou, para outro exemplo – uma seguradora que dimensionou as operações de negócios simplesmente mudando para um sistema de telefonia empresarial na nuvem.

Mas esta é apenas a distinção técnica entre as duas palavras. Vamos examinar um pouco mais de perto como cada um se parece na prática.

Crescer um negócio

Geralmente visto como a definição de uma empresa de sucesso, o crescimento se refere ao aumento da receita como resultado de estar no negócio. Também pode se referir a outros aspectos da empresa que estão crescendo, como o número de funcionários, a quantidade de escritórios e quantos clientes ela atende – essas coisas quase sempre estão ligadas ao crescimento da receita.

O maior problema, porém, é que são necessários muitos recursos para sustentar o crescimento constante.

Tomemos por exemplo uma agência de publicidade que atualmente tem cinco clientes, mas que está prestes a conquistar mais cinco clientes. Aumentar o número de empresas para as quais vende trará mais dinheiro, mas é provável que não consiga realizar o trabalho sem contratar mais pessoas.

Por causa disso, o crescimento financeiro só pode ser alcançado com perdas maiores também.

Empresas que oferecem serviços profissionais, como a agência de publicidade acima, sempre terão que lidar com esse problema. Aceitar mais clientes leva à contratação de mais pessoas para apoiá-los – ao mesmo tempo que aumenta a receita ao adicionar clientes, ao mesmo tempo, tem que aumentar os custos.

Dimensionando uma empresa

Por causa dos custos associados ao crescimento, os fundadores modernos tornaram-se obcecados com a ideia de escala.

A principal diferença com o crescimento é que a escala é alcançada aumentando a receita sem incorrer em custos significativos. Embora adicionando clientes e receitas de forma exponencial, os custos devem aumentar apenas de forma incremental, se é que aumentam.

Um ótimo exemplo de empresa que descobriu com sucesso como escalar é o Google, que nos últimos anos tem agregado clientes (clientes empresariais pagantes ou usuários gratuitos com anúncios), enquanto consegue manter os custos no mínimo. Em 2017, tinha sete produtos com mais de um bilhão de usuários ativos cada, enquanto empregava apenas cerca de 88.000 pessoas.

A diferença entre crescimento e escala fica mais clara quando uma empresa não é mais uma startup, mas também não é uma grande corporação. Nesse estágio crítico, a empresa terá que decidir entre crescer em uma taxa regular ou mudar para um escalonamento mais rápido da empresa.

Se quiser ter uma chance de causar um impacto duradouro na indústria e talvez até na sociedade como um todo, isso deve ser feito sem acumular uma grande quantidade de despesas gerais.

Infelizmente, não há um caminho definido para um dimensionamento bem-sucedido – se houvesse, seria muito menos impressionante construir uma empresa de um milhão de dólares. No entanto, há algumas coisas a serem lembradas.

Startups vs scaleups

Aqui temos mais dois termos que são frequentemente confundidos. Você provavelmente já tem um bom domínio do que é uma startup, mas como isso se compara a um aumento de escala?

Um aumento de escala é um empreendimento empresarial que alcançou o ajuste produto-mercado e agora enfrenta o “segundo vale da morte” ou o crescimento exponencial.

Colocando de outra forma, uma vez que uma startup provou que tem um produto que as pessoas desejam, é hora de levar esse produto às massas. Isso geralmente requer um grande investimento em novas pessoas, escritórios em diferentes mercados e muita publicidade na forma de hospedagem de webinars educacionais, participação em feiras de negócios, prospecção e fechamento de leads e outras táticas.

O que na verdade parece meio contrário à nossa definição anterior de “escala” – aumentar a receita sem aumentar o investimento. Mas, se for bem-sucedido, um aumento de escala adicionará crescimento exponencial apenas com investimento linear ou marginal. Essencialmente, se eles puderem desbloquear novos mercados e atingir novos públicos, o aumento de escala crescerá mais rápido do que antes.

Principais desafios para scaleups

Para fins de argumentação, vamos imaginar uma empresa passando do início ao aumento da escala da noite para o dia. O que antes era uma empresa local com cerca de 50 pessoas em um escritório aconchegante, agora está se tornando internacional.

Se fosse simples, todas as empresas o fariam. Então, quais são as dificuldades enfrentadas pela maioria dos scaleups?

Eles precisam de investimento

Este é o pré-requisito mais óbvio: hoje, a maioria das empresas jovens precisa de um investimento significativo (geralmente de capitalistas de risco) para crescer. Isso geralmente ocorre na forma de financiamento da série B ou C.

As rodadas anteriores de financiamento são usadas para construir um produto mínimo viável (MVP) e estabelecer o ajuste ao mercado e, se conseguirem garantir mais financiamento, ele se expandirá rapidamente.

Eles precisam de processos escaláveis

Aumentos de escala típicos têm um produto que tem um bom escalonamento – ele atrai compradores muito mais do que o mercado atual servido. Mas, como eles se moveram rapidamente como uma startup, muitos processos internos não foram projetados para escalar.

A mais óbvia delas são as políticas de despesas da empresa. Como uma pequena empresa, você realmente não precisa de uma política de despesas. Se alguém precisar viajar ou comprar algo, eles podem resolver o problema diretamente com os fundadores. Mas, uma vez que você tem vários escritórios e um punhado de pessoas viajando ao mesmo tempo, isso simplesmente não é mais uma opção.

Descubra se sua política de despesas é escalonável.

Eles têm que incorporar uma cultura empresarial

A cultura da empresa start-up tende a surgir naturalmente. Novamente, todos se sentam na mesma sala, você contrata com cuidado e a maior parte de sua equipe tem os mesmos objetivos e paixões.

Mas uma vez que você se move internacionalmente, isso é muito mais difícil de controlar. Você não tem a mesma intimidade com os novos membros da equipe e eles não podem se alimentar da energia e dos valores da equipe atual com tanta facilidade.

Por esse motivo, os scaleups precisam pensar com muito cuidado sobre a estratégia de integração de seus funcionários. Esta é a melhor oportunidade de compartilhar a visão da empresa, incorporar os valores essenciais e garantir que as novas contratações se encaixem perfeitamente.

Os funcionários precisam de autonomia; gerentes precisam de controle

Este deve ser um tema orientador para todas as empresas, mas é especialmente verdadeiro na fase de aumento de escala do adolescente estranho. Os gerentes e as equipes de RH de repente têm muito menos visibilidade sobre os membros da equipe e precisam confiar que estão conduzindo os negócios de maneira adequada.

E os membros da equipe acham mais difícil do que nunca obter ajuda da gerência e do RH, com tantos novos contratados com que se preocupar. E, novamente, eles podem nem estar no mesmo continente!

Esta dinâmica é complicada sem um bom software de escalonamento. Ferramentas online de folha de pagamento, gerenciamento de gastos e sistemas de produtividade podem ajudar a descentralizar as informações, ao mesmo tempo que centraliza o controle.

Como escalar em vez de crescer

É impossível fornecer esse “segredo” para fazer sua empresa crescer exponencialmente em vez de crescer. Mas para quem procura pistas e dicas, aqui vão algumas boas orientações.

Invista na cultura da empresa

Com a escala vem um influxo de novos talentos. O que é ótimo! Mas a maioria dos líderes de startups passa anos construindo cuidadosamente uma cultura corporativa coesa, e você precisa ter certeza de não deixar isso escapar.

Quando você está escalando, os valores essenciais podem se perder ou confundir. Renovar sua dedicação a esses valores atrairá os melhores talentos, ajudará você a obter a melhor tecnologia para analisar e gerenciar seus dados financeiros e definir claramente como continuar a escalar.

Liberte-se das pequenas coisas

Se o plano for escalar, você terá que abrir mão da maioria das pequenas coisas que consomem seu tempo. Fundadores, CFOs e outros líderes precisam parar de pensar em economizar cada centavo e focar no panorama geral.

Chame alguém! Você provavelmente descobrirá que essa pessoa é melhor e mais eficiente do que você nessas tarefas.

Adivinha? Agora você pode gastar seu tempo na parte do negócio que requer o seu conjunto de habilidades apropriado – as coisas nas quais você é realmente bom!

Concentre-se nos principais pontos fortes

É tentador acreditar que a diversificação será o catalisador para você crescer. Apresente uma nova gama de produtos ou adicione serviços extras e isso irá desbloquear uma enxurrada de novas receitas.

Mas se uma empresa está crescendo por meio de uma série ad hoc de ações e decisões, elas começam a se desintegrar à medida que você cresce. Pequenas lacunas se tornarão abismos. A confusão e a inconsistência se tornarão o caos. não há como entregar um produto ou experiência consistente.‍

Alcançar escala requer um nível de sistemas repetíveis e previsíveis. Refinar e desenvolver esses sistemas é a forma como as empresas conseguem passar de milhares de clientes para milhões.

Invista na gestão de processos

Semelhante à terceirização, o gerenciamento de processos exige que você deixe as pequenas coisas para outras pessoas. Os fatores importantes aqui são garantir que os processos sejam documentados e que outras pessoas possam identificá-los sem ter que ser mostrado passo a passo.

Como proprietário de uma pequena empresa, você provavelmente tem linhas diretas de comunicação com todos os seus funcionários. Mas, à medida que sua empresa se desenvolve, você deve voltar sua atenção para as questões estratégicas e deixar as operações do dia-a-dia de sua empresa para outras pessoas.

Crescer, escalar, ter sucesso

Esperançosamente, este artigo ajudou a desmistificar as nuances em torno do crescimento e da escala. Na verdade, ambos são importantes e a diferença para as empresas costuma ser uma questão de tempo.

Mas, como vimos, existem etapas claras que as empresas podem seguir para se prepararem para a fase de expansão. Estabeleça processos claros (digitalizados), torne as informações prontamente disponíveis de qualquer lugar e tente não depender da comunicação individual para qualquer coisa importante.

A partir daí, o dimensionamento bem-sucedido é parte planejamento, parte esforço e muita sorte!

ESCALANDO NEGÓCIOS DA VALEON

1 – Qual é o seu mercado? Qual é o tamanho dele?

O nosso mercado será atingir os 766 mil habitantes do Vale do Aço e poder divulgar os produtos / serviços para vocês clientes, lojistas, prestadores de serviços e profissionais autônomos e obter dos consumidores e usuários a sua audiência.

A ValeOn atenderá a todos os nichos de mercado da região e especialmente aos pequenos e microempresários da região que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona. Pretendemos cadastrar todas as empresas locais com CNPJ ou não e coloca-las na internet.

2 – Qual problema a sua empresa está tentando resolver? O mercado já expressou a necessidade dessa solução?

A nossa Plataforma de Compras e Vendas que ora disponibilizamos para utilização das Empresas, Prestadores de Serviços e Profissionais Autônomos e para a audiência é um produto inovador sem concorrentes na região e foi projetada para atender às necessidades locais e oferecemos condições de adesão muito mais em conta que qualquer outro meio de comunicação.

Viemos para suprir as demandas da região no que tange a divulgação de produtos/serviços cuja finalidade é a prestação de serviços diferenciados para a conquista cada vez maior de mais clientes e públicos.

O nosso diferencial está focado nas empresas da região ao resolvermos a dor da falta de comunicação entre as empresas e seus clientes. Essa dor é resolvida através de uma tecnologia eficiente que permite que cada empresa / serviços tenha o seu próprio site e possa expor os seus produtos e promoções para os seus clientes / usuários ao utilizar a plataforma da ValeOn.

3 – Quais métodos você usará para o crescimento? O seu mercado está propício para esse tipo de crescimento?

Estratégias para o crescimento da nossa empresa

  1. Investimento na satisfação do cliente. Fidelizar é mais barato do que atrair novos clientes.
  2. Equilíbrio financeiro e rentabilidade. Capital de giro, controle de fluxo de caixa e análises de rentabilidade são termos que devem fazer parte da rotina de uma empresa que tenha o objetivo de crescer.
  3. Desenvolvimento de um planejamento estratégico. Planejar-se estrategicamente é como definir com antecedência um roteiro de viagem ao destino final.
  4. Investimento em marketing. Sem marketing, nem gigantes como a Coca-Cola sobreviveriam em um mercado feroz e competitivo ao extremo.
  5. Recrutamento e gestão de pessoas. Pessoas são sempre o maior patrimônio de uma empresa.

O mercado é um ambiente altamente volátil e competitivo. Para conquistar o sucesso, os gestores precisam estar conectados às demandas de consumo e preparados para respondê-las com eficiência.

Para isso, é essencial que os líderes procurem conhecer (e entender) as preferências do cliente e as tendências em vigor. Em um cenário em que tudo muda o tempo todo, ignorar as movimentações externas é um equívoco geralmente fatal.

Planeje-se, portanto, para reservar um tempo dedicado ao estudo do consumidor e (por que não?) da concorrência. Ao observar as melhores práticas e conhecer quais têm sido os retornos, assim podemos identificar oportunidades para melhorar nossa operação e, assim, desenvolver a bossa empresa.

4 – Quem são seus principais concorrentes e há quanto tempo eles estão no mercado? Quão grandes eles são comparados à sua empresa? Descreva suas marcas.

Nossos concorrentes indiretos costumam ser sites da área, sites de diretório e sites de mídia social. Nós não estamos apenas competindo com outras marcas – estamos competindo com todos os sites que desejam nos desconectar do nosso potencial comprador.

Nosso concorrente maior ainda é a comunicação offline que é formada por meios de comunicação de massa como rádios, propagandas de TV, revistas, outdoors, panfletos e outras mídias impressas e estão no mercado há muito tempo, bem antes da nossa Startup Valeon.

5 – Sua empresa está bem estabelecida? Quais práticas e procedimentos são considerados parte da identidade do setor?

A nossa empresa Startup Valeon é bem estabelecida e concentramos em objetivos financeiros e comerciais de curto prazo, desconsideramos a concorrência recém chegada no mercado até que deixem de ser calouros, e ignoramos as pequenas tendências de mercado até que representem mudanças catastróficas.

“Empresas bem estabelecidas igual à Startp Valeon devemos começar a pensar como disruptores”, diz Paul Earle, professor leitor adjunto de inovação e empreendedorismo na Kellogg School. “Não é uma escolha. Toda a nossa existência está em risco”.

6 – Se você quiser superar seus concorrentes, será necessário escalar o seu negócio?

A escalabilidade é um conceito administrativo usado para identificar as oportunidades de que um negócio aumente o faturamento, sem que precise alavancar seus custos operacionais em igual medida. Ou seja: a arte de fazer mais, com menos!

Então, podemos resumir que um empreendimento escalável é aquele que consegue aumentar sua produtividade, alcance e receita sem aumentar os gastos. Na maioria dos casos, a escalabilidade é atingida por conta de boas redes de relacionamento e decisões gerenciais bem acertadas.

Além disso, vale lembrar que um negócio escalável também passa por uma fase de otimização, que é o conceito focado em enxugar o funcionamento de uma empresa, examinando gastos, cortando desperdícios e eliminando a ociosidade.

Sendo assim, a otimização acaba sendo uma etapa inevitável até a conquista da escalabilidade. Afinal de contas, é disso que se trata esse conceito: atingir o máximo de eficiência, aumentando clientes, vendas, projetos e afins, sem expandir os gastos da operação de maneira expressiva.

Pretendemos escalar o nosso negócio que é o site marketplace da Startup Valeon da seguinte forma:

  • objetivo final em alguma métrica clara, como crescimento percentual em vendas, projetos, clientes e afins;
  • etapas e práticas que serão tomadas ao longo do ano para alcançar a meta;
  • decisões acertadas na contratação de novos colaboradores;
  • gerenciamento de recursos focado em otimização.

sábado, 17 de fevereiro de 2024

NOTA DO CLUBE MILITAR SOBRE PRISÕES DE MILITARES

 

História de Gabriel de Sousa • Jornal Estadão

BRASÍLIA – Uma semana após a operação da Polícia Federal (PF) que prendeu militares e teve como alvo generais aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) suspeitos de planejar um golpe de Estado, os Clubes Militares da Marinha, Exército e Aeronáutica publicaram nota conjunta afirmando que há uma “apreensão” com a “exposição de distintos chefes” das Forças Armadas.

Nota do Clube Militar foi publicada uma semana após operação da PF que mirou generais suspeitos de planejar golpe de Estado Foto: Pedro Kirilos / Estadão

Nota do Clube Militar foi publicada uma semana após operação da PF que mirou generais suspeitos de planejar golpe de Estado Foto: Pedro Kirilos / Estadão© Fornecido por Estadão

De acordo com o texto, publicado nesta sexta-feira, 16, as suspeitas de envolvimento em atos golpes são insustentáveis se forem consideradas as histórias de vida dos oficiais. Os clubes reúnem militares da reserva.

“Em um momento em que nossa sociedade enfrenta perigosa polarização, surge a preocupação com antagonismos entre diferentes setores. Observamos, com apreensão, a exposição de distintos chefes militares, associados a atos que supostamente atentaram o Estado Democrático de Direito – algo que, cumpre registrar, consideradas as suas trajetórias de vida, avaliamos ser pouco sustentável”, diz a nota do Clube Militar.

O texto também faz uma referência a pessoas que pressionaram as Forças Armadas por uma posição “mais extremada” após a operação policial. O clube declarou que não irá promover “o dissenso no seio das Forças Armadas” e que o desejo de uma ação radical é um “objetivo permanente daqueles que não comungam de nossos ideais, valores e amor à pátria”.

A nota foi assinada pelo general Sérgio Carneiro, presidente do Clube Militar do Exército, o almirante João Prado Maia, chefe do Clube Naval, e pelo major brigadeiro Marco Antonio Carballo Perez, que comanda o Clube de Aeronáutica. O texto na íntegra está disponível no final desta reportagem.

Operação prendeu coronéis e tornou alvo generais do Exército

A Tempus Veritatis foi deflagrada após ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e busca investigar a ação de uma organização criminosa, supostamente formada por Bolsonaro, ex-ministros e militares de alta patente que atuavam em uma tentativa de golpe de Estado.

A decisão de Moraes mostrou que os alvos da operação estavam planejando a execução de um golpe de Estado em uma organização formada por, pelo menos, seis diferentes tipos de atuação. As tarefas das frentes tinham três objetivos: desacreditar o processo eleitoral, planejar e executar o golpe e abolir o Estado Democrático de Direito, para manter a permanência de seu grupo no poder.

Entre os alvos da operação, estão os ex-ministros militares de Bolsonaro Walter Braga Netto (Casa Civil) e Augusto Heleno (GSI) e os ex-comandantes das Forças Armadas Paulo Sérgio Nogueira (Exército) e Almir Garnier Santos (Marinha). Também estão entre a lista outros 13 integrantes das Forças, alocados na ativa e na reserva.

Moraes ordenou a prisão de Bernardo Romão Correa Neto e Marcelo Câmara, dois coronéis do Exército. Correa Neto é investigado por ter sido o intermediador de uma reunião militar que planejou o golpe após as eleições de 2022. Já Câmara é suspeito de ter intermediado o encontro entre Walter Delgatti Neto, o hacker da Vaza Jato, com autoridades do Ministério da DefesaO propósito seria invadir o sistema das urnas eletrônicas para descredibilizar o resultado eleitoral.

Leia a nota do Clube Militar na íntegra:

“Os Clubes Naval, Militar e de Aeronáutica reconhecem a imperativa necessidade de preservar os valores fundamentais do Estado Democrático de Direito, como cidadania, pluralismo político, garantia dos direitos individuais e liberdade de expressão. Além disso, é crucial manter o equilíbrio e a separação dos três Poderes da República.

Em um momento em que nossa sociedade enfrenta perigosa polarização,surge a preocupação com antagonismos entre diferentes setores. Observamos, com apreensão, a exposição de distintos chefes militares, associados a atos que supostamente atentaram o Estado Democrático de Direito – algo que, cumpre registrar, consideradas as suas trajetórias de vida, avaliamos ser pouco sustentável.

É imprescindível que os processos em andamento sejam conduzidos com responsabilidade e imparcialidade, respeitando os limites legais, o devido processo legal, a igualdade perante a Lei, o contraditório e a ampla defesa. A acuidade dessa abordagem é vital para contribuir que se evite a deterioração das relações no âmbito militar.

Que todos, sem exceção, cumpram seus deveres de acordo com o previsto na Constituição, sem casuísmos, visando restaurar a paz, harmonia e coexistência da diversidade de opiniões em nossa sociedade. Isso é essencial para o progresso do nosso País e para prevenir aventuras desestabilizadoras em todos os espectros políticos e sociais.

Àqueles que nos demandam posições extremadas, reiteramos que não promoveremos o dissenso no seio das Forças Armadas, objetivo permanente daqueles que não comungam de nossos ideais, valores e amor à Pátria, ignorando o nosso juramento de defendê-la, se necessário, com o sacrifício de nossas próprias vidas”

POR VINGANÇA QUEREM IMPLICAR ARAS EM 8/1

 

História de Redação • IstoÉ Dinheiro

O ex-procurador-geral da República Augusto Aras disse que a manifestação da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão que sugeriu que ele contribuiu para o avanço de atos antidemocráticos enquanto estava no cargo “não passa de uma opinião ressentida”. Segundo Aras, as acusações “já foram encaminhadas à Corregedoria do Ministério Público para as providências cabíveis”. O ofício assinado pelo procurador da República Anselmo Henrique Cordeiro Lopes cita decisões de Aras que teriam atrapalhado o combate às articulações antidemocráticas.

Aras alega que a manifestação do procurador se deu por ele estar “ainda inconformado” com suas decisões “contrárias ao repasse de R$ 2,3 bilhões de um acordo de leniência para a Transparência Internacional, uma ONG alemã”. Aras faz menção ao acordo de leniência do grupo J&F e à intenção de criação de uma fundação para gerenciar parte do valor, que teria como destino a execução de projetos sociais nas áreas da educação, da saúde, do meio ambiente, do fomento a pesquisa e da cultura. A reportagem busca contato com o procurador, mas ainda não obteve resposta. O espaço permanece aberto.

Como mostrado pelo Estadão, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou em decisão do dia 5 de fevereiro deste ano que a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigue a atuação da ONG Transparência Internacional no Brasil. De acordo com a decisão, a ONG chegou a ser designada como responsável por administrar a aplicação desses R$ 2,3 bilhões em investimentos sociais previstos no acordo de leniência da J&F no âmbito da Lava Jato.

Consta ainda da decisão de Toffoli uma manifestação da PGR que indica que, ainda em 2019, a própria procuradoria-geral (à época sob a então procuradora-geral Raquel Dodge) questionou a legalidade da criação de uma fundação nesses moldes. A manifestação foi acatada por decisão monocrática do ministro Alexandre de Moraes. A Transparência Internacional informou, por nota, que não recebeu ou gerenciou valores do acordo.

Em 2020, Aras emitiu um ofício em que pede o bloqueio do repasse de R$ 270 milhões do acordo de leniência da J&F para a Transparência Internacional. A ONG, à época, negou que recebeu ou receberia o valor.

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LÍDER SÓ DEVE EMITIR OPINIÃO BASEADA EM FATOS

História de editora3 • IstoÉ Dinheiro

“Todos têm direito à sua própria opinião, mas não aos seus próprios fatos”. A frase do economista e ex-Secretário de Defesa dos Estados Unidos James Schlesinger é extremamente atual e pertinente, embora date da década de 1970. Vivemos em um mundo onde a opinião tende a ser muito mais importante do que a realidade, do que os fatos em si. É disso que trata o livro Factfulness, de Hans Rosling, um tratado em defesa da importância de analisarmos fatos e a realidade antes de formarmos a nossa opinião. Segundo o autor, de uma forma generalizada, mesmo entre as pessoas mais bem informadas do mundo todo, existe um profundo desconhecimento sobre os principais fatos e dados relacionados às principais questões que formam a nossa sociedade. Segundo Rosling, “nossos cérebros frequentemente se apressam em chegar a conclusões sem muita ponderação”. Isso ocorre tanto por nossos vieses inconscientes quanto por uma reação atávica que trazemos de nosso passado como caçadores-coletores, quando a velocidade da reação muitas vezes era mais importante para nossa sobrevivência do que a análise da situação em si.

Muitas das inovações com as quais convivemos hoje em nossa vida cotidiana foram originadas de uma visão absolutamente inusitada de fatos há muito conhecidos

A doença da opinião desinformada ganha tons de epidemia quando o Império da Dopamina (as mídias sociais) se transforma em seu principal vetor de disseminação. Esse processo, que inicialmente se estabeleceu nas camadas sociais com menor acesso à informação, hoje está presente entre executivos, acadêmicos e até mesmos entre líderes de organizações importantes. Imaginem se Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista de Adolf Hitler, pudesse se utilizar das mídias sociais atuais para concretizar sua famosa estratégia: “Uma mentira contada mil vezes torna-se uma verdade.”

No mundo empresarial, essa epidemia age na contramão da inovação, que se dá através de nossa capacidade de associar informações e conhecimento, muitas vezes absolutamente desconexos, armazenados em nosso cérebro. Esse conhecimento é adquirido através de nossa capacidade de observar, questionar, socializar e experimentar. Não se trata de adivinharmos a melhor experiência do cliente e sim de mergulhar na realidade e buscar o verdadeiro entendimento das necessidades de nosso público.

O ato da inovação, aquele famoso insight estratégico, emerge de uma percepção diferenciada de fatos, sempre fatos. É quando se rompe a ligação entre a memória de longo prazo e a percepção do presente. Em outras palavras, conseguimos ver para além do que todos estão acostumados a observar em determinado fato ou conjunto de fatos. Muitas das inovações com as quais convivemos hoje em nossa vida cotidiana foram originadas de uma visão absolutamente inusitada de fatos há muito conhecidos. Na visão de René Descartes, um dos filósofos mais inovadores da história: “É necessário que ao menos uma vez na vida você duvide, tanto quanto possível, de todas as coisas”. Essa é a essência da inovação. Ao duvidar, baseie-se em fatos, observação e experimentação — e nunca na adivinhação e opinião vazia.

Se você de alguma forma sente que contraiu a Síndrome da Opinião Vazia, atenção. Principalmente se você ocupa uma posição de liderança. Não aceite opiniões sem consistência, seja crítico sem ser deselegante, se informe através de veículos sérios, pense muito antes de tomar decisão baseada em opiniões seja lá de onde elas possam vir. Não confunda opinião com intuição. A intuição é um processo ainda muito controverso e pouco conhecido, mas que deve servir como input para pesquisa. Use sua racionalidade como vacina para a essa síndrome que pode acabar com sua carreira.

*Jorge Sant’Anna é diretor-presidente e cofundador da BMG Seguros e membro do conselho de administração da Associação Brasileira de Bancos

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CUBA DIZ QUE NÃO TEM COMO PAGAR DÍVIDA E PROPÕE O PERDÃO

 

História de Redação • IstoÉ Dinheiro

O regime cubano manifestou ao governo Lula a intenção de quitar a dívida que tem com o Brasil, mas também apontou “limitações” para realizar os pagamentos no curto prazo. Já contabilizados os juros de mora, o débito de Cuba com o País alcançou US$ 671,7 milhões ( cerca de R$ 3,36 bi) no fim do ano, enquanto as parcelas a vencer somam US$ 525 milhões (aproximadamente R$ 2,6 bi). Os valores ainda estão em fase de conciliação entre as equipes técnicas dos dois países, informou o Ministério da Fazenda ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado).

Integrantes da pasta e autoridades de Cuba se reuniram no início do mês em encontro que marcou a retomada das discussões sobre a dívida que Havana mantém com Brasília, cujo atraso nos pagamentos se agravou em 2018.

Questionada pelo Broadcast sobre os avanços registrados nesta primeira agenda, a Fazenda afirmou que representantes do país caribenho reconheceram a dívida, com intenção de pagá-la, mas também aproveitaram a reunião para ressaltar as dificuldades financeiras enfrentadas pela ilha nos últimos anos, “decorrentes de choques externos diversos”, como a pandemia, os embargos americanos e as mudanças climáticas.

Aliado histórico de Cuba, o governo petista, contudo, não pode simplesmente fazer uma reestruturação da dívida por decisão própria. Qualquer renegociação que não envolva o pagamento integral dos débitos atrasados e a retomada dos pagamentos das parcelas que estão para vencer teria de ser aprovada pelo Legislativo. No ano passado, antes da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao país, autoridades cubanas já haviam sinalizado informalmente sobre as dificuldades em quitar sua dívida com o Brasil, pedindo flexibilidade do governo brasileiro sobre a obrigação.

A maior parte dos recursos que foram emprestados ao regime cubano pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiou o projeto do porto de Mariel, a cerca de 40 km de Havana. O ativo foi inaugurado em 2014 com a presença da então presidente Dilma Rousseff (PT), mas, depois, junto de outros empreendimentos no exterior financiados pelo Brasil, virou alvo de polêmica em razão dos calotes – situação que também foi registrada entre o País e os governos de Venezuela e Moçambique.

O governo, contudo, não teria um caminho fácil no Congresso para aprovar condições benéficas à dívida do regime cubano, se depender da oposição. Hoje a ilha caribenha não pode acessar novos financiamentos justamente por estar devendo ao Brasil. Lula, por sua vez, quer voltar a financiar obras no exterior e no ano passado enviou um projeto de lei ao Parlamento que busca criar um novo marco para a retomada desses serviços.

Para se blindar de críticas, a proposta reforça que países inadimplentes com o BNDES (Moçambique, Cuba e Venezuela) não poderão ser incluídos em projetos com empréstimo do banco. A única possibilidade de retomar essas operações com inadimplentes seria justamente a partir da formalização da renegociação da dívida desses países. Mesmo assim, os opositores ao governo não reagiram bem ao texto e, também no ano passado, articularam um projeto na contramão dos interesses do Planalto, para obrigar que financiamentos de bancos oficiais ao exterior sejam antes aprovados pelos parlamentares.

Sob o comando de Lula, as equipes do Executivo têm tentado resolver a situação dos passivos que países tradicionalmente aliados ao petismo mantêm com o Brasil. Em 2023, por exemplo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a pasta buscaria consolidar os dados da dívida da Venezuela com Brasília. No caso de Cuba, cuja primeira reunião da Fazenda com representantes do país aconteceu no início do mês, o trabalho no momento é de promover uma conciliação sobre os números do calote. Depois, haverá uma nova reunião bilateral para tratar dos termos da reestruturação, explicou o ministério ao Broadcast. “No momento, as equipes técnicas trabalham na conciliação dos números da dívida”.

A reportagem questionou também a pasta se havia expectativa de que a retomada do fluxo de pagamentos ao Brasil pudesse acontecer ainda neste ano. A Fazenda não cravou uma data, mas indicou baixas expectativas de uma resolução no curto prazo. “Quanto às possibilidades de quitação e de retomada dos pagamentos a vencer, os representantes cubanos apontaram que, dada a dificuldade de geração de divisas, há limitações para o pagamento no curto prazo”, afirmou o ministério.

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PT INSISTE EM TV PRÓPRIA E VAI CONSEGUIR

História de Redação • IstoÉ Dinheiro

O Partido dos Trabalhadores (PT) recorreu ao Ministério das Comunicações contra a decisão que negou pedido de concessão de rádio e TV feito pela sigla do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Como antecipou o Estadão, a decisão da pasta do ministro Juscelino Filho é do fim de janeiro e contou com um parecer técnico da Advocacia-Geral da União (AGU), chefiada pelo ministro Jorge Messias, próximo a Lula.

O recurso, protocolado na última quinta-feira, 8, é endereçado ao diretor de radiodifusão privada, Antonio Malva Neto. Ele é ligado ao grupo do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e atuou favoravelmente a interesses de um ex-sócio dono de rede de emissoras de TV no Maranhão, base eleitoral do ministro Juscelino Filho.

O PT alega que a legislação não veda concessões de TV e rádio para partidos políticos e rebate o argumento da AGU segundo o qual a solicitação petista geraria “desequilíbrio eleitoral”.

“Não se sustenta a alegação de ‘desequilíbrio eleitoral’. Um direito, quando exercido em seus exatos limites por quem é legítimo, não desequilibra o campo de direitos dos demais. Portanto, a pretensão do Partido dos Trabalhadores em nada afeta disputas eleitorais, pois apenas se ampara em uma possibilidade que a lei lhe consagra. Ademais, se convier a demais agremiações, que busquem iguais direitos”, afirma o documento ao qual a reportagem teve acesso.

Segundo a argumentação dos advogados do PT, o fato de não haver uma menção expressa a partidos políticos na lista de entidades jurídicas aptas a serem contempladas no Regulamento de Serviços de Radiodifusão (RSD) não é algo taxativo, ou seja, determinante.

Ademais, a sigla considera que o pedido está coberto pela Constituição Federal, que abre a radiodifusão a “pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País”.

“O art. 7º do RSD aborda, de forma expressa, apenas algumas das hipóteses dos legitimados à concessão de serviços de radiodifusão. Por hierarquia normativa, não compete ao RSD restringir a amplitude de um direito estabelecida pela própria Constituição Federal. Além disso, os partidos políticos, na qualidade de pessoas jurídicas de direito privado, gozam de autorização legal para atividades de ‘propaganda doutrinária e política’”, frisou.

O pedido por uma concessão foi apresentado pela presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), e pelo secretário de Comunicação da legenda, deputado Jilmar Tatto (SP). O recurso é assinado por cinco advogados e foi encaminhado pelo ministério, na última sexta-feira, 9, para a Coordenação-Geral de Licitação e Outorga de Radiodifusão Privada. Caberá ao setor a primeira análise dos requisitos de admissibilidade do requerimento do partido.

Os motivos justificados pelo ministério para barrar o pedido

O Ministério das Comunicações barrou a solicitação do PT por entender que partidos políticos não têm direito a nenhuma das modalidades de outorgas existentes – comercial, educativa ou comunitária. “Sugere-se o indeferimento do pleito apresentado pelo Partido dos Trabalhadores, com fundamento na legislação aplicável aos serviços de radiodifusão”, dizia o parecer técnico.

As rádios e as TVs comerciais, aquelas autorizadas a explorar espaços publicitários, podem ser concedidas pelo Ministério das Comunicações por meio de licitação. Não há no Departamento de Radiodifusão Privada, neste momento, “qualquer processo licitatório com prazo para habilitação aberto”, sustentou a pasta.

Na avaliação do ministério, partidos políticos também não estão na lista de entidades que podem explorar rádios e TVs educativas. A pasta também analisou se o PT teria direito a rádio comunitária. A conclusão foi a de que o partido não se encaixaria nesta modalidade, pois este tipo de serviço “só pode ser executado por fundações e associações comunitárias, sem fins lucrativos”.

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O Partido dos Trabalhadores (PT) recorreu ao Ministério das Comunicações contra a decisão que negou pedido de concessão de rádio e TV feito pela sigla do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Como antecipou o Estadão, a decisão da pasta do ministro Juscelino Filho é do fim de janeiro e contou com um parecer técnico da Advocacia-Geral da União (AGU), chefiada pelo ministro Jorge Messias, próximo a Lula.

O recurso, protocolado na última quinta-feira, 8, é endereçado ao diretor de radiodifusão privada, Antonio Malva Neto. Ele é ligado ao grupo do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e atuou favoravelmente a interesses de um ex-sócio dono de rede de emissoras de TV no Maranhão, base eleitoral do ministro Juscelino Filho.

O PT alega que a legislação não veda concessões de TV e rádio para partidos políticos e rebate o argumento da AGU segundo o qual a solicitação petista geraria “desequilíbrio eleitoral”.

“Não se sustenta a alegação de ‘desequilíbrio eleitoral’. Um direito, quando exercido em seus exatos limites por quem é legítimo, não desequilibra o campo de direitos dos demais. Portanto, a pretensão do Partido dos Trabalhadores em nada afeta disputas eleitorais, pois apenas se ampara em uma possibilidade que a lei lhe consagra. Ademais, se convier a demais agremiações, que busquem iguais direitos”, afirma o documento ao qual a reportagem teve acesso.

Segundo a argumentação dos advogados do PT, o fato de não haver uma menção expressa a partidos políticos na lista de entidades jurídicas aptas a serem contempladas no Regulamento de Serviços de Radiodifusão (RSD) não é algo taxativo, ou seja, determinante.

Ademais, a sigla considera que o pedido está coberto pela Constituição Federal, que abre a radiodifusão a “pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País”.

“O art. 7º do RSD aborda, de forma expressa, apenas algumas das hipóteses dos legitimados à concessão de serviços de radiodifusão. Por hierarquia normativa, não compete ao RSD restringir a amplitude de um direito estabelecida pela própria Constituição Federal. Além disso, os partidos políticos, na qualidade de pessoas jurídicas de direito privado, gozam de autorização legal para atividades de ‘propaganda doutrinária e política’”, frisou.

O pedido por uma concessão foi apresentado pela presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), e pelo secretário de Comunicação da legenda, deputado Jilmar Tatto (SP). O recurso é assinado por cinco advogados e foi encaminhado pelo ministério, na última sexta-feira, 9, para a Coordenação-Geral de Licitação e Outorga de Radiodifusão Privada. Caberá ao setor a primeira análise dos requisitos de admissibilidade do requerimento do partido.

Os motivos justificados pelo ministério para barrar o pedido

O Ministério das Comunicações barrou a solicitação do PT por entender que partidos políticos não têm direito a nenhuma das modalidades de outorgas existentes – comercial, educativa ou comunitária. “Sugere-se o indeferimento do pleito apresentado pelo Partido dos Trabalhadores, com fundamento na legislação aplicável aos serviços de radiodifusão”, dizia o parecer técnico.

As rádios e as TVs comerciais, aquelas autorizadas a explorar espaços publicitários, podem ser concedidas pelo Ministério das Comunicações por meio de licitação. Não há no Departamento de Radiodifusão Privada, neste momento, “qualquer processo licitatório com prazo para habilitação aberto”, sustentou a pasta.

Na avaliação do ministério, partidos políticos também não estão na lista de entidades que podem explorar rádios e TVs educativas. A pasta também analisou se o PT teria direito a rádio comunitária. A conclusão foi a de que o partido não se encaixaria nesta modalidade, pois este tipo de serviço “só pode ser executado por fundações e associações comunitárias, sem fins lucrativos”.

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BOLSONARO DISPENSA VAQUINHA PARA O ATO DE 25/02

 

História de VICTORIA AZEVEDO • Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou a parlamentares que o ato em seu apoio na Avenida Paulista, em São Paulo, no próximo dia 25, já tem recursos suficientes e pediu que aliados não contribuam com eventuais “vaquinhas” que tenham como justificativa custear o evento.

Bolsonaro enviou a mensagem a aliados nesta quinta-feira (15). “Comunicado que o evento de 25/fevereiro tem uma coordenação. NÃO PRECISAMOS DE RECURSOS. Quem porventura esteja pedindo dinheiro (vaquinha) para o evento, não conta com nosso apoio. NÃO CONTRIBUA”, escreveu o ex-presidente.

Já em vídeo divulgado em suas redes nesta sexta (16), Bolsonaro pediu que apoiadores não marquem eventos paralelos em outras cidades do país. “Não marquem, repito, e não compareçam em nenhum movimento fora da capital de São Paulo.”

O pedido para evitar eventos paralelos e para que apoiadores não levem faixas e cartazes no ato de 25 de fevereiro é uma estratégia para evitar a ampliação do acirramento com o STF e o ministro Alexandre de Moraes, que deve ser o principal alvo do ato e que preside inquéritos que podem levar Bolsonaro a novas condenações.

O STF foi alvo preferencial de Bolsonaro ao longo de seu mandato. Ele usou termos como “politicalha”, “acabou, porra”, ligação com PT, ativismo e militância, em ataques que se intensificaram a partir de 2020, com a pandemia da Covid-19.

Em atos anteriores, além de atacar STF e Congresso, os apoiadores bolsonaristas também levaram faixas e cartazes de apoio à implantação de um golpe no país, além de enaltecer a ditadura militar (1964-1985).

Sobre vaquinha, o pedido de agora vai em linha contrária da observada durante um episódio em 2023, quando apoiadores de Bolsonaro criaram uma arrecadação online para pagar multas do ex-chefe do Executivo com a Justiça.

Na época, relatório do Coaf (órgão federal de inteligência financeira) revelado pela Folha de S.Paulo mostrou o recebimento de 769 mil transações via Pix por Bolsonaro nos seis primeiros meses daquele ano —totalizando R$ 17,2 milhões.

Na última segunda (12), Bolsonaro gravou um vídeo chamando apoiadores para a manifestação deste mês, em meio às investigações da Polícia Federal que apontam a atuação do ex-mandatário em frentes de golpe de Estado para se manter no poder.

Membros da oposição ao governo Lula (PT) no Congresso Nacional têm expectativa de que o evento reúna ao menos 50 parlamentares, além de prefeitos e governadores. Aliados de peso do ex-presidente, no entanto, já afirmaram que não deverão comparecer, como as senadoras e ex-ministras Damares Alves (Republicanos-DF) e Tereza Cristina (PP-MS).

Líder do PL na Câmara, o deputado Altineu Côrtes (RJ) enviou uma carta na quinta (15) a deputados federais e estaduais da legenda convidando para participar do ato, afirmando que ele é “de extrema relevância para a nossa nação”.

Na carta, ele diz que por se tratar de um ato “não partidário”, é “proibida a realização de qualquer despesa que envolva recursos do partido para esse evento”.

Os custos do ato ficarão a cargo da Associação Vitória em Cristo, entidade fundada pelo pastor Silas Malafaia, aliado de primeira hora de Bolsonaro. À imprensa nesta quinta Malafaia afirmou que o estatuto da entidade prevê que ela possa fazer manifestações públicas.

“Os recursos são exclusivos da associação, não tem recurso de políticos, não tem recurso de caixa 2 ou de sei lá de onde quer que seja. Nós estamos amparados legalmente para fazer esse tipo de manifestação”, disse.

Advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten também disse que, por determinação de Malafaia e do ex-presidente, somente um único trio elétrico estará na Avenida Paulista, alugado pela entidade. “Não tem nenhum recurso público”, completou.

De acordo com relatos, estruturas como caixas de som e telões poderão ser instaladas na via para ampliar o alcance dos discursos, caso necessário. Elas também seriam bancadas com recursos da entidade.

Wajngarten e Malafaia participaram de reunião com Bolsonaro para tratar da preparação do ato nesta quinta. O deputado federal Zucco (PL-RS) também esteve presente.

“A ideia é um evento pacífico, ordeiro, com a presença de dezenas de parlamentares, deputados estaduais, vereadores, governadores, prefeitos, cidadãos comuns que estão lá de forma ordeira e pacífica se posicionando”, afirmou Zucco à imprensa.

A ideia do ato na avenida Paulista partiu do próprio Malafaia.

No último dia 9, ele publicou um vídeo intitulado “o ditador Alexandre de Moraes destrói a democracia”, no qual comenta as investigações da PF e se dirige a Bolsonaro, dizendo que o ex-presidente tem “autoridade política e moral para convocar o povo”.

“Convoque o povo para depois do Carnaval para manifestações pacíficas, para dar um basta nisso (…) imagina, Bolsonaro, se você convocar o povo, eles se borram de medo do povo. Não é possível continuar esse estado de coisas e esse ditador agindo de maneira imoral e ilegal”, diz Malafaia no vídeo.

Segundo o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), ex-presidente da bancada evangélica no Congresso, depois dessa gravação, Bolsonaro entrou em contato com Malafaia e daí surgiu a ideia do ato.

“A ideia partiu do pastor Silas, ele foi o autor. Ele fez o vídeo e aí [Bolsonaro] fez contato com o pastor. O pastor Silas está bancando o trio, como sempre fez nas outras manifestações, como a de Copacabana [no Rio de Janeiro] no [feriado do] 7 de Setembro. Ele sempre ajudou”, diz Cavalcante.

TRANSPORTE GRATUITO EM ELEIÇÕES SENADO RECORRE AO STF

 

História de Redação • IstoÉ Dinheiro

O Senado recorreu da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determina que estados e municípios forneçam transporte público gratuito em dias de eleições. Segundo o recurso, esse tipo de decisão deve passar pelo Congresso e, caso a corte mantenha a decisão, a Justiça Eleitoral deve arcar com os custos.

De acordo com o recurso, o prazo de um ano dado pelo Supremo para que o Congresso legisle sobre o assunto é apertado para que alguma lei seja aprovada. Caso não seja aprovada lei neste período, valerá automaticamente a gratuidade no transporte municipal e interestadual nos dias de votações.

A medida parlamentar, feita em forma de embargo de declaração, é assinada pela coordenadora do Núcleo de Assessoramento e Estudos Técnicos do Senado, Gabrielle Tatith Pereira; pelo advogado-geral adjunto de Contencioso; Fernando Cesar Cunha; e pelo advogado-geral do Senado, Thomaz Gomma de Azevedo. Por meio desse instrumento, uma das partes de um processo pode tirar dúvidas e apontar omissões, contradições ou obscuridade em decisões judiciais.

No documento, os advogados do Senado apontam que a decisão do Supremo põe em risco as finanças dos governos locais, ocasionando aumento da dívida de prefeituras e de governos estaduais e afetando a capacidade de investimento público em outras áreas. Eles também advertem que a gratuidade no transporte pode resultar em desequilíbrios nos contratos entre os governos locais e as empresas de transporte e em alta no preço das passagens.

Julgada pelo STF em outubro do ano passado, a decisão teve o acórdão publicado no último dia 5. Por unanimidade, o Supremo validou a gratuidade no transporte público em dias de votações, em Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) de autoria do partido Rede Sustentabilidade.

Omissão constitucional

Segundo o relator do caso, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, o transporte público gratuito permite que toda a população possa participar do pleito. “Numa democracia, as eleições devem contar com a participação do maior número de eleitores e transcorrer de forma íntegra, proba e republicana”, afirmou durante o julgamento.

Barroso havia acolhido pedido de liminar da Rede Sustentabilidade nas eleições de 2022, determinando que o transporte público gratuito fosse oferecido nos dois turnos de votação. No ano passado, o plenário do Supremo referendou a medida, entendendo que a falta de aprovação da gratuidade representa uma omissão constitucional.

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AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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