O Instituto Butantan divulgou na revista científica New England Journal of Medicine os resultados iniciais do ensaio clínico da fase 3 da vacina contra a dengue.
O imunizante, composto por quatro vírus atenuados e administrado em
dose única, demonstrou uma eficácia de 79,6%, prevenindo a doença ao
longo de dois anos.
A proteção estendeu-se tanto a indivíduos previamente infectados quanto àqueles sem histórico de infecção.
A publicação do estudo não apenas traz uma luz de esperança no
cenário epidemiológico, mas também fortalece as perspectivas de
aprovação da vacina pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa).
Os dados detalhados sobre a eficácia da vacina foram revelados no
final do ano passado, apresentando uma nova abordagem no enfrentamento
da dengue, que se intensifica no Brasil.
O ensaio abrangeu um período de dois anos, acompanhando 16.235
voluntários de todas as idades (de 2 a 59 anos) em 16 centros de
pesquisa em todo o Brasil. Iniciado em 2016, o estudo continuará até que
todos os participantes completem cinco anos de acompanhamento.
Os resultados indicam uma eficácia generalizada, com destaque para a
proteção de 90% em adultos de 18 a 59 anos, 77,8% dos 7 aos 17 anos e
80,1% em crianças de 2 a 6 anos.
Segundo divulgado pelo Portal do Governo,
para aqueles com anticorpos pré-existentes para a dengue, a proteção
alcançou 89,2%, enquanto a eficácia foi de 73,6% em indivíduos sem
exposição prévia ao vírus.
Importante ressaltar que o perfil de segurança da vacina foi
consistente em ambos os grupos, representando uma vantagem em relação às
opções disponíveis no mercado privado, indicadas preferencialmente para
pessoas com histórico de infecção.
Dengue no Brasil
Nas primeiras quatro semanas de 2024,
o país registrou 217.841 casos prováveis da doença, com 15 mortes
confirmadas e 149 em investigação. O ano de 2023 acumulou 1,6 milhão de
casos até novembro, conforme dados do Ministério da Saúde.
A dengue está entre as doenças virais transmitidas por mosquitos mais
comuns em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde
(OMS), é endêmica em mais de 100 países e causa cerca de 390 milhões de
infecções a cada ano.
Embora muitas infecções sejam assintomáticas ou produzam apenas
doenças leves, a dengue pode ocasionalmente causar doenças mais graves e
até morte.
Segundo o Índice de Percepção da Corrupção (IPC) da Transparência
Internacional, em 2023 o Brasil caiu 10 posições, ficando na 104.ª
colocação entre 180 países, com 36 pontos, abaixo da média global (43),
da das Américas (43) e da dos Brics (40), bem abaixo das do G-20 (53) e
da OCDE (66) e também da sua melhor pontuação na série histórica, 43, em
2012. Tais “pontos” e “colocações” devem ser tomados com ressalvas.
Afinal, trata-se de um índice de “percepção”, mensurado em enquetes com
especialistas, acadêmicos e empresários.
O resultado parece paradoxal. Após os dois grandes escândalos
recentes, o mensalão e o petrolão, não houve indícios de esquemas dessa
magnitude. O Supremo Tribunal Federal (STF) erradicou um dos grandes
canais de abastecimento desses esquemas, o financiamento de campanhas
por empresas, e o Congresso aprovou novos mecanismos de controle sobre a
interferência política em estatais ou autarquias.
Não obstante, a percepção registrada pela Transparência Internacional
talvez reflita uma sensação de insegurança sobre a governança da coisa
pública e da aplicação dos princípios de administração: legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Parte dessa sensação talvez decorra da ressaca pós-Lava Jato. Passada
a euforia, as arbitrariedades verificadas no devido processo legal e o
ingresso dos protagonistas da operação na política geraram em parte da
população um ceticismo sobre sua idoneidade. Após validarem a operação
no início, as instâncias judiciais ativaram um processo de desconstrução
generalizada, que culminou com decisões monocráticas no STF suspendendo
provas e multas a réus confessos, o que lançou as piores suspeitas
sobre a Corte, como se fosse órgão instável, imparcial e submisso a
ventos políticos e lobbies corporativos.
Apesar dos marcos legais recentes e de não se terem verificado
grandes escândalos, há uma sensação de que a corrupção, se não no
sentido estrito de desvio de dinheiro público para bolsos privados, no
sentido amplo da corrupção moral e cívica, nas formas do
patrimonialismo, do clientelismo, do corporativismo, está sendo
institucionalizada.
É um fenômeno curioso que, concomitantemente à percepção de aumento
da corrupção sugerida no IPC, haja uma profusão de libelos acalorados em
favor da ética nas instâncias do poder. Agitando a bandeira da “lei e
da ordem”, o governo de Jair Bolsonaro debilitou órgãos de controle,
ocultou dados públicos, disseminou desinformação. Sob a bandeira da
“justiça social”, o governo lulopetista também manobra para debilitar
mecanismos de controle e reeditar, sob o manto “desenvolvimentista”, o
aparelhamento do Estado que criou um ambiente fértil a desvios de
recursos e ao uso da máquina estatal para fins privados.
A cada ano aumenta a provisão de emendas parlamentares distribuídas
de maneira opaca, paroquiana e arbitrária, corrompendo a governabilidade
e o Orçamento público e criando condições para uma corrupção miúda e
pulverizada. Fundos partidários e eleitorais crescem exponencialmente,
desequilibrando a competição democrática em favor daqueles instalados no
poder.
Em nome da defesa do Estado Democrático de Direito, a Justiça lança
mão de heterodoxias processuais, como os inquéritos sigilosos e
intermináveis do STF. O fenômeno recente e agudo de um Judiciário
politizado se sobrepõe à doença crônica de uma magistratura habituada a
acumular escandalosos privilégios.
Some-se a tudo isso a profusão de indícios de infiltração do crime organizado no mercado legal e no Estado.
O IPC não mensura (e nem pretende mensurar) o estado objetivo e
quantitativo da corrupção, em sentido estrito, no Brasil. Talvez ela
tenha diminuído. Talvez tenha aumentado e esteja escamoteada sob
disfarces mais sofisticados. Mas é possível que a percepção registrada
no IPC reflita o desamparo do cidadão ante um estado de coisas ainda
mais grave, do qual a corrupção criminal é só uma consequência: a
corrupção (corrosão, erosão, degradação ou deterioração, como queiram)
dos pilares do Estado de Direito.
Os fungos são organismos pertencentes ao reino Fungi estudados pela micologia, uma especialidade da biologia. São mais de 144 mil espécies, entre elas, leveduras, bolores e cogumelos.
Apesar de alguns se parecerem com plantas, os fungos não são plantas. Enquanto as plantas produzem seu próprio alimento por meio da fotossíntese, os fungos precisam obter seu alimento de outras fontes, sejam elas vivas ou mortas.
Ainda que não preparem seu próprio alimento, os fungos também
não se movem, mas estão em quase todos lugares, incluindo o ar, os
alimentos, o solo, ambientes aquáticos e as plantas ao nosso redor. Além
disso, eles são muito importantes para o equilíbrio da natureza, pois
fazem parte do ciclo de nutrientes dos ecossistemas.
Características dos fungos
Há muitas espécies de fungos com hábitos e características amplamente diversos. Ainda assim, há alguns pontos em comum entre elas, como a parede celular.
Todos os fungos possuem células bem organizadas, ou
seja, são eucariotas, assim como plantas e animais. O DNA é encapsulado
em uma estrutura central chamada núcleo. E eles também possuem organelas
que executam várias funções dedicadas, como produzir energia e
transportar proteínas.
Os fungos podem ser constituídos por uma única célula. As leveduras são exemplos de fungos unicelulares.
Há algumas espécies que são multicelulares, com células que se unem em
fileiras se assemelhando a galhos de árvores. Cada estrutura ramificada
individual é chamada de hifa. Várias hifas se unem para formar o
micélio, que constitui o corpo do fungo.
Nutrição
Assim como outros seres vivos, eles só podem crescer se tiverem
comida, água e oxigênio. Em relação à alimentação, eles não realizam
fotossíntese, são seres heterótrofos e precisam procurar seu alimento.
Para isso, eles absorvem nutrientes de várias substâncias orgânicas ao
seu redor.
Quando encontram alimentos, eles despejam suas enzimas e a digestão
ocorre fora de seu corpo. Essas enzimas são secretadas das pontas das
hifas e são responsáveis pela capacidade dos fungos de se desenvolverem em diversos ambientes.
Reprodução dos fungos
Os fungos fazem reprodução sexuada ou assexuada. Nos dois processos
podem ser gerados esporos, células especiais que, quando liberadas em um
ambiente adequado, podem dar origem a um novo corpo fúngico.
Esses esporos podem ser transportados para novos ambientes por meio
do ar ou da água. Quando esses organismos apresentam reprodução
assexuada, ocorre a mitose, um processo em que a célula fúngica se
divide e produz cópias genéticas idênticas de si mesma.
Em fungos unicelulares, esse processo também é
chamado de brotamento, pois um pequeno ramo ou botão emerge da
célula-mãe, crescendo lentamente.
A reprodução sexual produz esporos por meiose. Nesse caso, esporos
são liberados, germinam em micélios semelhantes a árvores e estão
prontos para o “acasalamento”. Um micélio entra em contato com o outro
e, então, os dois formam um micélio secundário.
Classificação
Geralmente, eles são classificados em quatro grupos:
Basidiomycota (cogumelos comestíveis, como o champignon, e decompositores como os orelhas-de-pau).
Esses organismos também podem ser classificados de acordo com suas
fontes de alimentos. Aqueles que se alimentam da matéria orgânica de
organismos mortos, ajudando na decomposição, são chamados de saprófitos.
Os organismos que obtêm o sustento através de um hospedeiro vivo, mas
sem prejudicá-lo, são chamados de simbiontes ou mutualistas, por
exemplo, os liquens. Por outro lado, alguns fungos são parasitas, pois se alimentam de um hospedeiro e o prejudicam.
Quais são os principais tipos de fungos?
Leveduras
Leveduras são microorganismos que podem viver como unicelulares ou em
uma forma multicelular com hifas. Elas são encontradas em uma variedade
de ambientes, inclusive vivendo dentro e sobre plantas e animais.
As leveduras são capazes de metabolizar carboidratos em álcool e dióxido de carbono.
Por isso, são usadas na produção de bebidas e outros alimentos. A
fermentação de carboidratos por leveduras é utilizada, por exemplo, para
os pães, cerveja e vinho.
Bolores
Os bolores pertencem ao grupo de fungos chamados zigomicetos. Eles crescem rápido e são responsáveis pela deterioração de muitos alimentos, como pães, frutas e produtos lácteos. As hifas septadas se espalham por uma fonte de alimento e penetram na comida, absorvendo os nutrientes.
Líquens
Um líquen é formado por uma relação entre um fungo e muitos
organismos fotossintéticos, isto é, uma relação simbiótica,
caracterizada por acontecer entre indivíduos de diferentes espécies.
Micorrizas
As micorrizas são microorganismos que vivem em estreita associação com as raízes das plantas e as ajudam a absorver mais nutrientes. As hifas desses fungos crescem
até as raízes das plantas e se ramificam em uma rede extremamente fina
de hifas que são capazes de absorver mais nutrientes para seu volume.
Estima-se que mais de 90% das espécies de plantas tenham relação com micorrizas. Se houver falta dessas populações de fungos no solo, muitas plantas podem ter dificuldade de sobrevivência.
Doenças causadas por fungos
Alguns organismos podem causar doenças. Normalmente, ações como andar
descalço, compartilhar objetos pessoais e enxugar a pele
inadequadamente podem favorecer o desenvolvimento dos fungos na pele. Essas são algumas doenças fúngicas:
Micose
A micose é uma infecção fúngica da pele que pode afetar o couro
cabeludo, pés, virilha, barba, braços, costas e outras áreas. Ela pode
ser causada por três tipos de fungos chamados de trichophyton, microsporum e epidermophyton.
É possível que esses fungos possam viver por um
período prolongado como esporos no solo e humanos e animais podem
contrair micose após contato direto com esse solo. O tratamento pode
envolver medicamentos tópicos ou orais.
Fungo da candidíase
A candidíase é o caso de uma infecção causada pela proliferação exagerada do fungo Candida albicans. Esse fungo existe naturalmente no corpo humano em pequenas quantidades e auxilia na absorção de nutrientes e na digestão.
Quando a Candida se reproduz de modo descontrolado, os
sintomas típicos da candidíase podem aparecer, especialmente em pessoas
com o sistema imunológico fraco, que são mais sensíveis a alterações no
organismo. Normalmente, o tratamento é feito com o uso de remédios,
pomadas ou solução e uma dieta adaptada.
Histoplasmose
Essa é uma doença fúngica que atinge principalmente o pulmão. Ela é causada pelo fungo Histoplasma capsulatum encontrado
nas fezes de morcegos e pássaros. Geralmente é transmitida por inalação
de esporos do fungo presentes no ar. Em casos graves, o tratamento
envolve medicamentos antifúngicos.
Fungo comestível
As espécies de fungos são amplamente variadas. Enquanto alguns fungos podem ser prejudiciais, há outros que são comestíveis e inclusive benéficos à saúde.
Alguns cogumelos são fungos comestíveis ricos em nutrientes, proteínas, vitaminas e minerais importantes, como vitamina C, vitamina B6, magnésio, fósforo, potássio, cobre, folato e zinco. Alguns deles são:
Assim como outros diversos seres vivos, os fungos são fundamentais para o equilíbrio de ecossistemas. Eles auxiliam no crescimento e saúde das árvores, atuam na decomposição, podem ser usados como biopesticidas, fazem parte do processo de compostagem, atuam como fonte de alimentos e dão origem a outros produtos alimentícios.
Presidente quer tirar articulador politico do Planalto da linha de tiro do líder do Centrão e escala Rui Costa para negociações
Por Vera Rosa – Jornal Estadão
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anda preocupado com as
votações e o clima de acirramento dos ânimos no Congresso, mas não vai
ceder à pressão para trocar o ministro das Relações Institucionais,
Alexandre Padilha. Lula está disposto a enfrentar o presidente da
Câmara, Arthur Lira (PL-AL), que ameaça segurar iniciativas de interesse
do Palácio do Planalto enquanto o governo não mudar o seu articulador
político.
O Congresso retoma os trabalhos legislativos nesta segunda-feira, 5,
na esteira do escândalo que revelou um esquema ilegal de espionagem da
Agência Brasileira de Inteligência (Abin), e o escalado por Lula para
ler a mensagem presidencial com as prioridades do Executivo para 2024 é o
ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.
Embora seja praxe que a Casa Civil execute essa tarefa, Lula quer dar
cada vez mais visibilidade a Costa e tirar Padilha da linha de tiro das
negociações com Lira. Os dois nem se falam mais.
Nos últimos dias, para deixar registrada a sua insatisfação, o
presidente da Câmara faltou à sessão de abertura do ano judiciário, à
posse do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e ao ato Democracia Inabalada, que marcou um ano da tentativa de golpe no País, em 8 de janeiro.
Centrão nunca desistiu da luta para ocupar cadeira de Nísia
O Planalto avalia que Lira, expoente do Centrão, nunca está
satisfeito com nada. Agora, na lista das cobranças consta a demora para a
liberação dos recursos de emendas parlamentares por parte do Ministério
da Saúde. Lira culpa Padilha, padrinho da titular da Saúde, Nísia
Trindade, por bloquear as verbas. Além disso, o Centrão nunca desistiu
de lutar para ocupar a cadeira de Nísia.
Lula quer que, a partir de agora, as conversas com Lira sejam
encaminhadas por Costa. Nesse arranjo, Padilha fica, ao menos por
enquanto, com o “varejo” das tratativas com os líderes dos partidos. Mas
o presidente e o deputado também devem se reunir ainda neste mês para
discutir a relação. No Senado, Lula tem se aproximado do presidente da
Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nome que pretende apoiar na disputa para
o governo de Minas, em 2026.
O problema do modelo planejado por Lula é que Rui Costa não tem jogo
de cintura política. A relação dele com o ministro da Fazenda, Fernando
Haddad, também não é boa. Padilha, ao contrário, compõe o time dos
defensores de Haddad no governo e no PT. De qualquer forma, o presidente
precisa de um interlocutor com Lira e, além do titular da Fazenda – que
conversa com ele e já teve alguns embates ali –, vai testar Costa nesse
jogo.
*Lucas Galvão – CEO da Trust Governance, especialista em Cibersegurança, Governança Corporativa e Desenvolvimento de Lideranças
A Inteligência Artificial (IA) tem se tornado uma parte integral de
nossas vidas, com aplicações que vão desde assistentes virtuais em
nossos smartphones até sistemas de reconhecimento facial e veículos
autônomos. À medida que a IA avança e se torna mais onipresente, a
questão da segurança e, em particular, da privacidade, surge como uma
preocupação para muitas pessoas.
A tendência é que as Inteligências Artificiais estejam cada vez mais
presentes em nosso cotidiano. Para se ter uma ideia, uma pesquisa feita
pela PWC este ano, aponta que o mercado de IAs deve contribuir em cerca
de 15.7 trilhões de dólares para a economia global em 2030. Com essa
presença constante, é natural que surjam preocupações relacionadas à
regulamentação e controle dessa tecnologia.
Navegando na complexidade da IA: privacidade na relação organizacional, humana e artificial
A IA tem transformado profundamente a maneira como coletamos,
processamos e compartilhamos informações. Com a capacidade de analisar
grandes volumes de dados, ela é usada para personalizar experiências de
usuário, melhorar a eficiência de processos e tomar decisões mais
precisas. No entanto, essa coleta e análise de dados também geram
preocupações significativas sobre a privacidade.
Algoritmos de IA podem rastrear nossos comportamentos online,
preferências de consumo e até mesmo prever nossas próximas ações com
base em dados coletados. Essa capacidade de previsão levanta questões
sobre até que ponto a IA pode invadir nossa esfera privada e moldar
nossas escolhas de maneira sutil.
Portanto, o equilíbrio entre a conveniência oferecida pela IA e a
necessidade de proteger a privacidade do indivíduo é um dos desafios
mais prementes quando se trata do impacto da IA na privacidade.
A Relação Organizacional
No ambiente empresarial, a IA desempenha um papel cada vez mais
importante na coleta e análise de dados. Organizações podem utilizar
sistemas de IA para otimizar processos, personalizar a experiência do
cliente e tomar decisões informadas. Isso pode incluir a análise de
dados de clientes que, muitas vezes, contêm informações pessoais
sensíveis.
Como resultado, surgem preocupações sobre como as empresas coletam e
usam esses dados. A falta de transparência e medidas de segurança
inadequadas podem levar a violações de privacidade, como vazamento de
dados e uso indevido.
Para construir uma relação organizacional segura e baseada na
confiança, as empresas devem adotar políticas claras de privacidade,
obter o consentimento informado dos clientes e investir em medidas de
segurança robustas para proteger os dados dos usuários.
A Relação Humana
Além do impacto nas organizações, a Inteligência Artificial também
afeta as relações interpessoais e a privacidade. A proliferação de
dispositivos equipados com IA em nossas casas, locais de trabalho e
vidas cotidianas levanta preocupações sobre a segurança de nossas
conversas e atividades pessoais.
Assistentes virtuais, como a Alexa ou o Google Assistant, muitas
vezes estão sempre ouvindo em busca de comandos ou solicitações, o que
gera receios sobre a privacidade de nossas conversas.
Além disso, sistemas de vigilância com reconhecimento facial podem
ser usados para monitorar nossas atividades públicas, levantando
preocupações sobre o potencial para vigilância em massa. Garantir a
privacidade na relação humana no contexto da IA envolve equilibrar a
conveniência dos dispositivos com a proteção dos direitos individuais,
exigindo regulamentações e práticas de segurança claras.
O Equilíbrio Entre Benefícios e Riscos
Embora a IA apresente desafios à privacidade, também oferece
oportunidades para protegê-la. Tecnologias de IA, como algoritmos de
criptografia e aprendizado federado, podem ajudar a manter os dados
privados, mesmo quando estão sendo processados por sistemas de IA.
Regulamentações de privacidade, como a Lei Geral de Proteção de Dados
(LGPD), estabelecem regras para o uso responsável dos dados pessoais.
É importante lembrar que a IA, por si só, não é boa nem má. Sua
segurança e privacidade dependem de como é projetada, implantada e
regulamentada. À medida que exploramos as complexidades da IA e sua
relação com a segurança e a privacidade, é crucial que avancemos com
responsabilidade, tomando medidas para equilibrar os benefícios da IA
com a necessidade de proteger nossos direitos individuais.
Podemos nos sentir seguros com a Inteligência Artificial, desde que
estejamos cientes dos riscos e tomemos medidas adequadas para
mitigá-los.
A privacidade na relação organizacional, humana e artificial é um
desafio em constante evolução, mas com a conscientização e ação
adequada, podemos colher os benefícios da IA sem comprometer nossos
valores e direitos fundamentais.
A segurança na era da IA é um compromisso que devemos continuar a perseguir.
Por que você está ignorando a ferramenta de vendas mais poderosa do mundo?
Guilherme Dias – Diretor de Comunicação e Marketing da Associação Comercial, Empresarial e Industrial de Ponta Grossa (ACIPG)
Eu vejo todos os dias o anunciante separando seus R$ 10.000,00 pra
fazer uma campanha no rádio, R$ 3.000,00 para sair em uma revista local,
pelo menos R$ 9.000,00 para fazer uns 3 pontos de mídia exterior, mas
na hora de tirar o escorpião do bolso pra comprar mídia online, qualquer
“milão” é “caro demais”.
Eu sinceramente não sei de onde veio este mito de que fazer anúncios
na internet merece menos atenção financeira do que outros meios. A
lógica deveria ser justamente a inversa.
Nenhum outro tipo de mídia retém tanta atenção do público comprador como na internet.
O Brasil é o terceiro país do mundo onde as pessoas mais ficam
conectadas, passando mais de 10 horas por dia online (DEZ HORAS POR
DIA!).
Ficamos atrás apenas de África do Sul e Filipinas.
Qual outra mídia prende a atenção das pessoas por DEZ HORAS?
Qual outra mídia pode colocar sua marca literalmente na mão do seu cliente ideal?
Qual outra mídia pode colocar sua marca na mão do seu cliente no EXATO momento que ele está propenso a fazer uma compra?
Qual outra mídia pode rastrear, seguir o seu cliente de acordo com os hábitos de consumo dele?
Qual outra mídia pode segmentar um anúncio de acordo com os interesses, medos, desejos, ações, intenções…
Qual outra mídia pode oferecer um contato com seu cliente ideal 24 horas por dia, 7 dias por semana?
Absolutamente nenhuma além da internet.
E agora, me conta…qual o motivo da internet receber menos investimento comparado à mídia tradicional?
Marketing Digital é barato, mas não é de graça.
Vamos fazer uma conta de padaria:
Quanto custa imprimir 1.000 flyers (folhetos) e distribuir no sinal?
Papel couchè brilho 90g 4×4 cores, em gráfica de internet (qualidade bem meia boca), com frete sai em torno de R$ 250,00.
Para a distribuição, você não vai encontrar quem faça por menos de R$ 70 a diária.
Você não tem a garantia de entrega. Já ví muito “panfleteiro” jogando
metade do material no bueiro, ou entregando 2 de uma vez só em cada
carro. Mas vamos tirar essa margem da conta.
Estamos falando de R$ 320 para 1 mil impactos.
Hoje estava otimizando uma campanha de Instagram, da minha conta
pessoal, e o meu CPM (custo por mil impressões) estava girando em torno
de R$ 5,51.
Ou seja cerca de 1,72% do valor de uma ação de rua com flyer.
Essa lógica pode ser aplicada a qualquer meio de comunicação tradicional, seja rádio, tv, outdoor, busdoor…
E a conta também deve ser levada em consideração além dos anúncios de Google, LinekedIN, Facebook, Instagram e TikTok.
Banners em portais e publieditoriais, este último ainda pouco
explorado por pequenos e médios anunciantes, também apresentam números
disparados na frente do marketing tradicional.
Então, quando você se perguntar se está tendo ou não resultados com mídia online, pense nessa continha.
Marketing digital, em comparação, é barato sim, mas será que você
deveria deixar a menor faixa de verba do seu orçamento de marketing para
o meio de vendas MAIS PODEROSO QUE EXISTE?
Deixo a reflexão.
Preferências de Publicidade e Propaganda
Moysés Peruhype Carlech – Fábio Maciel – Mercado Pago
Você empresário, quando pensa e necessita de fazer algum anúncio para
divulgar a sua empresa, um produto ou fazer uma promoção, qual ou quais
veículos de propaganda você tem preferência?
Na minha região do Vale do Aço, percebo que a grande preferência das
empresas para as suas propagandas é preferencialmente o rádio e outros
meios como outdoors, jornais e revistas de pouca procura.
Vantagens da Propaganda no Rádio Offline
Em tempos de internet é normal se perguntar se propaganda em rádio
funciona, mas por mais curioso que isso possa parecer para você, essa
ainda é uma ferramenta de publicidade eficaz para alguns públicos.
É claro que não se escuta rádio como há alguns anos atrás, mas ainda
existe sim um grande público fiel a esse setor. Se o seu serviço ou
produto tiver como alvo essas pessoas, fazer uma propaganda em rádio
funciona bem demais!
De nada adianta fazer um comercial e esperar que no dia seguinte suas
vendas tripliquem. Você precisa ter um objetivo bem definido e entender
que este é um processo de médio e longo prazo. Ou seja, você precisará
entrar na mente das pessoas de forma positiva para, depois sim,
concretizar suas vendas.
Desvantagens da Propaganda no Rádio Offline
Ao contrário da televisão, não há elementos visuais no rádio, o que
costuma ser considerado uma das maiores desvantagens da propaganda no
rádio. Frequentemente, os rádios também são usados como ruído de
fundo, e os ouvintes nem sempre prestam atenção aos anúncios. Eles
também podem mudar de estação quando houver anúncios. Além disso, o
ouvinte geralmente não consegue voltar a um anúncio de rádio e ouvi-lo
quando quiser. Certos intervalos de tempo também são mais eficazes ao
usar publicidade de rádio, mas normalmente há um número limitado,
A propaganda na rádio pode variar muito de rádio para rádio e cidade
para cidade. Na minha cidade de Ipatinga por exemplo uma campanha de
marketing que dure o mês todo pode custar em média 3-4 mil reais por
mês.
Vantagens da Propaganda Online
Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e
a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos
smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia
digital.
Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é
claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco
dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é
mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda
mais barato.
Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar
uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em
uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança,
voltando para o original quando for conveniente.
Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo
o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é
colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e
de comentários que a ela recebeu.
A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o
material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é
possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver
se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.
Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio
publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não
permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio
digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que
ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a
empresa.
Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o
seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela
esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.
Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma
permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão
interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não
estão.
Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.
A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar
potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos:
computadores, portáteis, tablets e smartphones.
Vantagens do Marketplace Valeon
Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com
publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as
marcas exporem seus produtos e receberem acessos.
Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes
segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de
público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos
consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro
contato por meio dessa vitrine virtual.
Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes
queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência
pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente.
Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas
compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos
diferentes.
Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa
abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das
pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua
presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as
chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma,
proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.
Quando o assunto é e-commerce,
os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles
funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os
consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo
ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas
encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus
produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa
que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em
2020.
Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que
são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e
escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é
possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua
marca.
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em
torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o
consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita
que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu
consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
Com gestos simbólicos, afagos mútuos e celebração entusiasmada da
democracia, a abertura dos trabalhos do Poder Judiciário e a posse de
Ricardo Lewandowski como ministro da Justiça, na última quinta-feira,
reafirmaram a aliança entre o governo do presidente Lula da Silva e o
Supremo Tribunal Federal (STF), com a chancela do presidente do Senado,
Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Houve um notável esforço para caracterizar
esse movimento político articulado por Lula como “harmonia entre os
Poderes”. Na prática, até as poltronas reformadas do Supremo sabem que
Lula busca nos ministros togados o apoio que lhe falta no Congresso –
sobretudo na Câmara, cujo presidente, Arthur Lira, sintomaticamente
faltou à pajelança de Lula, Pacheco e ministros do STF.
É compreensível que, oficialmente, Lula, Pacheco e o presidente do
Supremo, ministro Luís Roberto Barroso, se regozijem de uma convivência
civilizada e respeitosa e da ausência de uma crise institucional.
“Felizmente, não preciso gastar muito tempo nem energia falando de
democracia, porque as instituições funcionam na mais plena normalidade,
com convivência harmoniosa e pacífica de todos”, afirmou Barroso no
primeiro discurso do ano no plenário do STF. Ao presidente do Senado,
emendou: “Somos imunes a intrigas”. Pacheco, por sua vez, afirmou que
nenhuma instituição tem o “monopólio da defesa da democracia no Brasil”.
Depois, na posse de Lewandowski no Ministério da Justiça, Lula
qualificou como “demonstração de afeto” a presença ali de quase todos os
ministros do Supremo – gesto natural depois que o petista demonstrou
todo o seu afeto pelo Supremo ao nomear um de seus ex-integrantes para a
Justiça, ao mesmo tempo que colocou no Supremo seu ex-ministro da
Justiça, Flávio Dino.
A estratégia de Lula, portanto, parece funcionar, mas está claro que a
insatisfação por parte de Arthur Lira tem todos os elementos de algo
mais grave em curso. Não foi a sua primeira ausência num grande ato em
que se aproveita para celebrar a aliança e a harmonia entre os Poderes.
Na solenidade que marcou o primeiro aniversário do 8 de Janeiro – aquela
que acabou se transformando num festejo petista, liderado por Lula –,
Lira foi também a ausência mais sentida, juntamente com alguns
governadores oposicionistas. Sua queixa ganhou eco em muitos
parlamentares e vem de longe: tem origem nas tensas disputas com o
Executivo pela captura do Orçamento federal, na insatisfação com os
vetos às emendas de comissão e na medida provisória de reoneração da
folha de pagamento. Ademais, os ruídos gerados com a excessiva
politização do Supremo também provocaram nos últimos meses diversas
tentativas de desfazer decisões da Corte – e vice-versa.
Os últimos anos deram ao STF um papel inédito no arranjo
institucional brasileiro, transformando a Corte numa arena política e,
na prática, fiadora da governabilidade. O Supremo expandiu gradualmente
suas prerrogativas para exercer simultaneamente os papéis de intérprete
da Constituição e ator legislativo. Na prática e nos discursos,
mergulhou sistematicamente em querelas políticas, das quais deveria
manter prudente distanciamento. O círculo se completou com a estratégia
lulopetista de recorrer à Corte como braço zeloso de sua própria
sustentação política, devido a uma coalizão desarrumada e descontente,
às dificuldades nada triviais de articulação política com o Congresso e à
vocação presidencial para repetir um dos vícios do bolsonarismo que os
petistas tanto criticaram: enxergar as instituições como extensão do
presidente e de suas ideias e exercer o poder com base em relações de
amizade e proximidade.
Tudo somado, convém perguntar se, afinal, as instituições estão
funcionando de fato tão bem como Lula, Barroso e Pacheco destacaram com
tanta ênfase. A celebração, repita-se, pode até ser justificável na cena
pública. Mas no mundo real as tensões existentes deveriam receber
atenção especial. As ausências do presidente da Câmara podem unir
argumentos aceitáveis e outros questionáveis, mas objetivamente revelam
uma crise. Na tal harmonia entre os Poderes, há quem esteja tocando em
outro diapasão.
Ao mesmo tempo em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se
vangloria de liderar a luta ambiental com uma redução drástica do
desmatamento na Amazônia, a extração de petróleo no Brasil, nono
produtor mundial, não para de aumentar.
Ambientalistas condenam este paradoxo, à margem do que a comunidade
internacional acordou na COP28, a conferência climática da ONU, em
dezembro: um chamado a abandonar progressivamente os combustíveis
fósseis, principal causa das emissões de gases de efeito estufa.
Além disso, durante esta cúpula em Dubai, o Brasil anunciou que vai
entrar na Organização de Países Exportadores de Petróleo ampliada
(OPEP+), formada por 23 países produtores da commodity.
Na ocasião, a rede Climate Action Network International concedeu ao
Brasil o prêmio irônico “Fóssil do dia”, por ter “confundido produção de
petróleo com liderança climática”.
“O Brasil não pode ser, ao mesmo tempo, um líder climático e um
petro-Estado. São condições incompatíveis”, criticou, em declarações à
AFP, Suely Araújo, coordenadora de políticas públicas da rede de
organizações ambientalistas Observatório do Clima.
– Recordes petroleiros –
Ao voltar ao poder há três meses, Lula prometeu acabar com o desmatamento ilegal no Brasil até 2030.
Em seu primeiro ano de mandato, a derrubada de árvores diminuiu 50%
na Amazônia, maior floresta tropical do planeta e considerada
estratégica na luta contra o aquecimento global por sua capacidade de
absorver CO2.
O Brasil também se ofereceu para sediar a cúpula climática COP30, em
2025, que será realizada simbolicamente em Belém do Pará, em plena
Amazônia.
Mas, ao mesmo tempo, o país, que é o primeiro produtor
latino-americano de petróleo, pisou no acelerador e registrou vários
recordes mensais no ano passado.
O último, em novembro, quando produziu 3,678 milhões de barris
diários (mbd), e espera alcançar 5,4 mbd em 2029, segundo o ministério
de Minas e Energia.
Este número poderia tornar o Brasil o quarto produtor mundial em cinco anos, segundo as expectativas do governo.
“O mundo deveria estar agradecido ao Brasil por ser um provedor
confiável” de petróleo, disse esta semana, durante visita ao país o
diretor da Agência Internacional de Energia, Fatih Birol.
O Brasil injeta no mercado cerca de 3% da oferta mundial de petróleo cru, segundo Birol.
O país tem reservas comprovadas de 14,856 bilhões de barris e um
total de 26,922 bilhões de barris, incluindo as possíveis e prováveis,
segundo o último boletim anual da Agência Nacional de Petróleo.
Lula defende, ainda, a exploração pela Petrobras de petróleo perto da
foz do rio Amazonas, um projeto polêmico ao qual se opõe a ministra do
Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, por seu impacto
ambiental.
– Transição energética –
O peso da indústria petroleira no PIB da economia brasileira, a maior
da América Latina, é inquestionável, representando cerca de 13% do
Produto Interno Bruto (PIB), segundo o economista Igor Barenboim,
ex-secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Economia
(2015-2016).
“Particularmente os recursos da exportação”, cerca de um terço da
produção petroleira, “são chave para impulsionar o crescimento”, afirma.
As vendas de petróleo e derivados somaram 42,5 bilhões de dólares em 2023 (cerca de R$ 205 bilhões, em cotação da época).
O petróleo garante recursos ao Estado para financiar, por exemplo, políticas sociais, atenuando o impacto nas metas fiscais.
O governo se comprometeu a alcançar o déficit zero em 2024.
Lula, que em seus primeiros dois mandatos (2003-2010) financiou
programas em benefício das classes populares apoiado no ‘boom’ de
matérias-primas, defende que os recursos do petróleo são necessários
para financiar a transição energética.
Preparar-se para abandonar os combustíveis fósseis significa
“aproveitar o dinheiro” que os países “lucram [com o petróleo] para
fazer investimento para que os continentes como o africano e a América
Latina possam produzir os combustíveis renováveis que precisam”, disse o
presidente em dezembro ao defender a entrada do Brasil na OPEP+.
– Olhar para o passado é um “erro” –
Para os ambientalistas, apostar no petróleo é coisa do passado.
“O erro está na opção de querer gerar renda com exportação [de
petróleo], tendo o olhar para o passado e desconsiderando a gravidade da
crise climática”, diz Araújo.
Enrico Marone, porta-voz de Oceanos do Greenpeace Brasil, critica os
projetos de novas explorações: “Os campos petrolíferos do pré-sal em
atividade ainda têm uma vida útil de 11 ou 12 anos e garantem os
recursos de produção para apoiar essa transição energética”.
A matriz energética no Brasil provém em 47,4% de energias renováveis –
mais que o triplo da média mundial, que é de 15% -, segundo a Empresa
de Pesquisa Energética, vinculada ao Ministério de Minas e Energia.
História de LUCAS BORGES TEIXEIRA • Folha de S. Paulo
BRASÍLIA, DF (UOL/FOLHAPRESS) – A AGU (Advocacia-Geral da União)
recomendou ao Ministério das Comunicações negar o pedido do PT para ter
canais de TV e rádio para “evitar desequilíbrio nas disputas
eleitorais”.
O PT pediu ao governo autorização para concessão para de canais de TV
e rádio abertos em junho do ano passado. O pedido foi negado no último
dia 26 pelo Ministério das Comunicações, comandado por Juscelino Filho.
A pasta se baseou em um parecer da AGU que recomenda a vedação. O
documento, ao qual a reportagem do UOL teve acesso, cita decisões do STF
(Supremo Tribunal Federal) contrárias à liberação e pontua que uma rede
de comunicação desnivelaria a disputa eleitoral.
O propósito da proibição parece ser o de evitar um desequilíbrio nas
disputas eleitorais ou ainda o de garantir mais pluralidade de visões
políticas na programação das emissoras de rádio ou televisão. Esses dois
objetivos restariam frustrados caso se permitisse o deferimento de
outorga de radiodifusão a uma fundação vinculada a um partido político.
Em nota técnica, o ministério argumenta que “o serviço [de
comunicação] só pode ser executado por fundações e associações
comunitárias, sem fins lucrativos”.
“É expressamente vedado que a entidade prestadora do serviço de
Radcom [radiodifusão comunitária] se subordine ou se sujeite à gerência,
à administração, ao domínio, ao comando ou à orientação de qualquer
outra entidade, mediante compromissos ou relações político partidários”,
diz o texto.
O PT diz querer um canal de comunicação para “difundir ideias e
propostas de militância”. No pedido, o partido mencionava a intenção de
construir conteúdos com “pedagogia de participação político-partidária”
que iriam “para além do ato de votar” e argumentava que havia 49 canais
vagos pelo país com possibilidade de concessão.
À imprensa a pasta afirmou que “não houve nenhum tipo de pressão
política”. “A decisão foi estritamente técnica, com base nos critérios
da legislação vigente”, disse o ministério, por meio de nota.
O partido deve recorrer. Em declaração à CNN Brasil, o secretário de
Comunicação do PT, deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP), criticou a
decisão e o ministro Juscelino Filho: “É o que dá colocar bolsonarista
como diretor do Ministério das Comunicações”, afirmou.
Como mostrou a Folha na época, o pedido dos espaços de radiodifusão
foi assinado pela presidente do partido, Gleisi Hoffmann, e por Tatto.
No documento, a legenda solicita que lhe sejam alocadas concessões que
estejam vagas, ou seja, já existentes, mas não utilizadas no momento.
Caso o ministério atenda ao pedido, o PT será o primeiro partido brasileiro a contar com seus próprios canais de rádio e TV.
O partido argumentou, em ofício enviado a Juscelino Filho, que as
razões principais para fazer a reivindicação são aumentar a prestação de
contas de suas atividades para a população e ajudar na difusão da
participação política.
“Um canal de comunicação próprio do Partido dos Trabalhadores
possibilitaria o cumprimento de um dever constitucional, legal e
estatutário, oportunizando uma participação política para além do
simples ato de votar, adotando-se uma verdadeira pedagogia de
participação político-partidária”, afirmou o pedido.
O documento lista 49 canais em diversos estados que estavam vagos e poderiam ser disponibilizados pelo ministério.
Concessões de canais de rádio e TV são atos da Presidência da
República, segundo a Constituição, mediante uma série de critérios, como
publicação de edital e ter 70% do capital nas mãos de brasileiros.
O PT argumenta que não há nada na legislação que impeça um partido
político de pleitear um canal. “Observa-se que a concessão de serviços
de telecomunicações de rádio/TV a partidos políticos não encontra óbice
legislativo expresso”, diz.
O PT tem já uma estrutura expressiva de comunicação baseada em meios
digitais, que cresceu nos últimos anos, além de ter direito a propaganda
na TV, de acordo com a lei. O partido diz, no entanto, que esses meios
são insuficientes.
“A comunicação por canal partidário específico possibilitaria a justa
prestação de informação uma vez que os partidos políticos são
indissociavelmente vinculados à educação política, ao incentivo da
participação política e à contínua comunicação com os cidadãos”, afirma.
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
chamou os inquéritos que tramitam no STF (Supremo Tribunal Federal) sob a
relatoria do ministro Alexandre de Moraes de “brinquedinhos” que o
magistrado usa para “perseguir quem bem entender”.
A declaração ocorre poucos dias depois de a PF (Polícia Federal)
realizar uma operação contra seu filho Carlos Bolsonaro, por suspeita de
existência de uma “Abin paralela” durante o seu governo.
À reportagem o ex-chefe do Executivo disse que Carlos está chateado,
mas que busca e apreensão não é novidade para sua família e afirmou que
não está preocupado.
Além do inquérito sobre a Abin, o segundo filho do ex-presidente é
alvo de outras duas investigações no STF: das fake news e das milícias
digitais. O próprio Bolsonaro, seus filhos e aliados também estão na
mira de diferentes apurações na corte que estão sob relatoria de Moraes.
“Chateado todo mundo fica, né, mas está tranquilo. Para nós, isso não
é novidade, uma busca e apreensão como fizeram comigo ano passado. Não é
novidade isso aí, chegar PF aqui com papel na mão, ‘por ordem do senhor
excelentíssimo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito tal’.
Inquérito dele, né, brinquedinho dele lá é os inquéritos que ele tem
para perseguir quem bem entender”, disse Bolsonaro.
Durante a conversa, o ex-presidente relembrou da operação desta
semana, repetiu que é vítima de perseguição e que estão fazendo pescaria
probatória, como disse à coluna Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
Bolsonaro falou ainda ter havido abuso de autoridade por parte do órgão
executor, no caso, a PF (Polícia Federal), mas questionado, disse que
não daria mais detalhes.
Ele se queixou de terem revirado sua casa em Angra (RJ) —o mandado
era para busca e apreensão de itens do vereador que estava na casa de
veraneio do pai.
Bolsonaro chamou o episódio de “operação esculacho” e não mencionou o
adversário presidente Lula (PT) diretamente, mas se queixou de
tratamento diferenciado aos filhos do petista, a quem chama de “ladrão”.
“Por que vem para cima da minha família o tempo todo? Não é de hoje,
né”, afirmou.
A investigação busca averiguar se havia um sistema paralelo de
inteligência na Abin com intuito de espionar adversários políticos. A
agência, à época, estava sob o comando de Alexandre Ramagem, hoje
deputado federal e pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro.
Na decisão em que autorizou as buscas, o ministro Alexandre de Moraes
relata que o objetivo da PF foi “avançar no núcleo político,
identificando os principais destinatários e beneficiários das
informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin [Agência Brasileira
de Inteligência]”.
À Folha de S.Paulo Bolsonaro negou saber da existência do software
israelense FirstMile, que faz rastreio por geolocalização de telefones
celulares. Ele ainda desdenhou da tecnologia: “De que vale? Não
grampeia, não fotografa, não faz nada. Gastaram dinheiro com algo
inútil”.
A Abin adquiriu sem licitação um software de monitoramento de
localização de celulares em 2018, no fim da gestão de Michel Temer, por
R$ 5,7 milhões. Mas o sistema só foi usado por servidores da agência nos
três primeiros anos do governo Bolsonaro.
O FirstMile permite realizar consultas de até 10 mil celulares a cada
12 meses. Era possível, ainda, criar alertas em tempo real, para
informar quando um dos alvos se movia para outros locais.
Bolsonaro disse ainda que não confiava em informações de inteligência
da Abin e das Forças Armadas e que sequer via relatórios de
inteligência, desde o segundo mês de governo, num argumento que deve ser
explorado pela sua defesa.
“No segundo mês de governo, já falei para o general [Augusto] Heleno
que não queria mais relatório da Abin. Desde o segundo mês de governo,
eu não tive na minha frente nenhum relatório da Abin, nenhum”, afirmou.
Heleno vai depor na próxima semana na PF a respeito da suspeita da “Abin
paralela”.
Ele voltou a dizer que seu sistema de inteligência “particular” era seus “amigos pelo Brasil”.
Questionado se estaria preocupado com eventuais desdobramentos da
operação, Bolsonaro negou. “Eu tinha que ficar preocupado se eu tivesse
roubado alguma coisa, se tem algo fora da lei. Não tive nada de errado.
Qual problema deles? É minha popularidade”, disse.
“Acabei de decidir que, apesar de não ter mais depoimento dia 7 [no
caso da importunação à baleia], vamos fazer um ato para a população.
Você está convidada a comparecer para ver se o povo gosta de mim ou
não”, completou.
(Reuters) – O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU),
Vinicius Carvalho, disse nesta sexta-feira que não há perspectiva de
suspensão dos acordos firmados pelo órgão com empresas no âmbito da Lava
Jato, após o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF),
suspender os pagamentos no âmbito do acordo de leniência firmado entre a
Novonor, antiga Odebrecht com o Ministério Público Federal (MPF).
Em entrevista à GloboNews, Carvalho afirmou que o acordo firmado pela
Novonor com a CGU, que prevê o pagamento de 2,7 bilhões de reais pela
empresa aos cofres públicos, segue valendo e que a companhia precisa
continuar mantendo seus pagamentos no âmbito do acordo.
“Não há nenhuma decisão hoje sobre revisão ou anulação, qualquer
coisa desse tipo, ou suspensão de pagamentos dos acordos celebrados com a
CGU”, disse Carvalho à emissora.
“Da nossa perspectiva, nossos acordos são hígidos e estão sob
vigência, estão valendo. Não tem nenhuma perspectiva nossa de suspender
os acordos, porque de fato não há nenhuma decisão sobre os nossos
acordos”, acrescentou ele.
O chefe da CGU assegurou que os acordos de leniência firmados pelo
órgão com empresas que admitiram irregularidades na operação Lava Jato
não contaram com a participação do Ministério Público. Ele também
garantiu que, nesses acordos, não houve coação por parte da CGU junto a
essas companhias para firmar tais acordos.
“Esses acordos das empresas com a CGU não têm a participação do
Ministério Público, o Ministério Público não assina o acordo, e foram
negociados diretamente pela CGU e pelas empresas com base naquilo que as
empresas trouxeram para a CGU dentro da sua sacola de provas e de
evidências”, afirmou.
Em nota, a Novonor rebateu as declarações do ministro. De acordo com o
advogado da empresa, Rodrigo Mudrovitsch, a decisão de Toffoli abrange
tanto os pagamentos estipulados no acordo com a então Força Tarefa da
Lava Jato, no MP, quanto os feitos com a CGU e com a Advocacia Geral da
União (AGU).
“Os acordos tratam rigorosamente dos mesmos fatos. São claramente
coligados, sendo que um deriva e está inserido no outro, de modo que as
suspeitas de vício que pairam sobre um alcançam, por decorrência lógica,
o outro”, disse o advogado na nota enviada pela empresa.
Mudrovitsch alega ainda que os valores estipulados nos acordos com
CGU e AGU são parte do valor global firmado com o MP e que há cláusulas
de compensação entre eles, e que a decisão do STF determinou a suspensão
de todas as obrigações financeiras.
Segundo ainda a Novonor, a decisão de Toffoli autorizou a revisão de todos os acordos.
Na decisão em que suspendeu os pagamentos da Novonor no âmbito do
acordo de leniência com o MPF, Toffoli disse haver “no mínimo, dúvida
razoável sobre o requisito da voluntariedade da requerente ao firmar o
acordo de leniência com o Ministério Público Federal”.
Dados do Painel de Acordos de Leniência da CGU indicam que dos 2,7
bilhões de reais acordados pela Novonor com o órgão, 6,3%, ou 172,7
milhões já foram pagos pela companhia a diversas empresas públicas e
entes federais, incluindo 71,4 milhões à Petrobras.
Em sua decisão, Toffoli também permitiu a renegociação pela empresa
do acordo de leniência. Na entrevista à GloboNews nesta sexta, o
ministro-chefe da CGU disse que qualquer empresa pode, se quiser, buscar
uma renegociação, mas que não há decisão neste momento que obrigue o
órgão a acatar uma repactuação do acordo.
“A empresa pode tentar fazer isso (renegociar acordo) a qualquer
momento. Qualquer empresa pode fazer isso. Aí a gente vai ter que
discutir se há pressupostos ou não para renegociação do acordo”, disse o
ministro.
“Agora, a CGU não está obrigada a renegociar o acordo dela, CGU, se
não há uma decisão judicial dizendo que o meu acordo é ilícito ou partes
do meu acordo são ilícitos.”