A morte de Livia Gabriele da Silva Matos, de 19 anos, após um
encontro com o jogador de futebol Dimas Cândido de Oliveira Filho, de 18
anos, do sub-20 do Corinthians, segue sob investigação.
Segundo o atestado de óbito, divulgado na quinta-feira, 1º, a causa
da morte da jovem teria sido uma “ruptura de fundo de ‘saco de Douglas’
com extensão à parede vaginal esquerda”.
O que é o saco de Douglas?
Para entender um pouco mais sobre este caso, é preciso primeiro
esclarecer o que é o saco Douglas. O termo se refere a uma cavidade
presente tanto em homens quanto em mulheres.
Nas mulheres, este espaço está situado entre o útero e o reto. Já nos homens, a estrutura fica entre o reto e a bexiga.
A bolsa de Douglas desempenha um papel importante no diagnóstico e
tratamento de problemas ginecológicos e abdominais, como endometriose e
acúmulo de líquido na cavidade abdominal devido a doenças hepáticas.
A região é crucial para a detecção de várias condições de saúde como
endometriose, miomas e tumores pélvicos, doença inflamatória pélvica,
cistos ovarianos e presença de líquido na região abdominal.
Mas por que a região tem esse nome?
O saco de Douglas também é conhecido como “escavação retouterina”, “bolsa de Douglas” ou “espaço de Douglas”.
O nome é saco de Douglas porque faz referência ao anatomista escocês,
James Douglas. Ele foi o primeiro a descrever essa parte do corpo
humano, segundo o Dicionário Médico da Universidade de Navarra.
O que pode causar a ruptura do saco de Douglas?
Segundo especialistas, a área, que é composta por tecidos elásticos e
flexíveis, normalmente se distende durante a relação sexual, mas a
ruptura não é comum em uma relação sexual “normal”.
Quando a ruptura ocorre, pode causar sangramento vaginal e na
cavidade abdominal. Há situações específicas em que o rompimento pode
ocorrer, como:
Condições médicas, como uma cirurgia prévia no local;
Por traumas na área, como em situações de abuso sexual;
Penetração sexual agressiva ou com objetos também pode causar o rompimento;
No parto, com lacerações mais ou menos extensas.
Créditos: Reprodução
Sintomas da ruptura do saco de Douglas
A ruptura do saco de Douglas pode causar sintomas intensos como dor
intensa e hemorragia vaginal. Um sangramento volumoso pode levar a um
choque hemorrágico, condição que causa a queda abrupta da pressão
arterial.
O diagnóstico e tratamento devem ser imediatos para evitar riscos
como choque e complicações cardíacas, originadas pela perda de sangue.
Por exemplo, no caso da jovem Livia, ela teve quatro paradas cardíacas.
A morte da jovem está sendo investigada
A Polícia Civil de São Paulo segue investigando a morte da jovem
Livia Gabriele da Silva Matos, de 19 anos, que morreu no dia 30 de
janeiro.
A jovem estava no apartamento do jogador, localizado na zona leste de
São Paulo. Conforme as investigações, foi a primeira vez que os dois se
encontraram pessoalmente, sendo que mantinham contato através das redes
sociais.
Durante o ato sexual, Livia passou mal, desmaiou e começou a ter um
intenso sangramento vaginal. Dimas acionou o Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência (SAMU) e a jovem chegou a ser socorrida, mas sofreu
paradas cardíacas e morreu no Hospital Municipal do Tatuapé.
Segundo o jogador, o ato sexual foi consensual e ambos usavam
preservativo. Ele também afirmou que a jovem desmaiou durante a segunda
relação sexual, e que os dois não fizeram uso de bebidas alcoólicas ou
entorpecentes durante o encontro.
O caso foi registrado como morte suspeita no 30º Distrito Policial,
localizado no Tatuapé, e está agora sob a responsabilidade da 5ª
Delegacia de Defesa da Mulher.
Uma perícia realizada no apartamento do jogador encontrou manchas de sangue, uma camisinha e dois cigarros eletrônicos.
O corpo da jovem foi submetido a exames complementares – como
necroscópico, toxicológico e sexológico –, a fim de descobrir o que
causou a ruptura de fundo do saco de Douglas. Os resultados ainda não
foram divulgados.
Segundo Burrel, Charles está “ganhando tempo” e tem um “plano de 10
anos” antes de abdicar. “Acho que isso vai acontecer neste país. Acho
que o rei e a rainha deram 10 anos a este cargo, acho que este é um
plano de 10 anos. Não creio que ele queira continuar a ser rei quando os
chefes coroados da Europa descobrirem que podem entregar o poder aos
seus herdeiros e vê-los tornar-se monarcas e desfrutar disso”, disse,
acrescentando:
“A rainha nunca teria feito isso porque ela veio de uma geração
diferente, toda a sua vida foi moldada em torno de ser monarca. Mas o
rei saberá exatamente o que fazer e pegará uma página do livro do
príncipe Philip e dirá: ‘Já fiz o suficiente’ e desejará fazer as coisas
que deseja. Acho que o país abraçará um novo e jovem rei e uma qrainha e
completará o círculo de que o filho de Diana será rei”.
Abdicação ao trono aconteceu com a família real da Dinamarca
A previsão de Burrell ecoa a grande remodelação que a família real da Dinamarca teve este ano. A rainha Margarida II, de 83 anos, anunciou a sua abdicação abrupta no seu discurso de Ano Novo, em 31 de dezembro. A renuncia aconteceu oficialmente em 14 de janeiro para que o seu filho, o príncipe herdeiro Frederik, assumisse as rédeas.
Assim, Burrell acredita que o Reino Unido poderá ver uma remodelação
semelhante ocorrendo quando Charles atingir os 80 anos. Em outro lugar, o
ex-mordomo real disse que vê o príncipe e a princesa de Gales em uma
viagem no final do ano, o que provará que estão prontos para mais
responsabilidades reais.
“No outono, se a saúde de Kate estiver boa o suficiente,
prevejo uma viagem real porque o rei e a rainha não gostam de viagens
de longa distância, então vejo uma viagem ao Canadá ou à Austrália para
William e Kate”, disse Burrell .
“Kate é um trunfo muito grande para a realeza perder, ela é o futuro
da família. Eles estão muito juntos e consolidados. Acho que o rei tem
um plano para os próximos oito anos, mas acredito que ele seguirá o
exemplo da rainha da Dinamarca, gostaria de ver o seu filho
coroado. Quem não gostaria de ver seu filho alcançar o auge da
carreira? Acho que o rei Carlos tem uma abordagem diferente em relação à
sua mãe: acho que ele trabalhará duro durante 10 anos e depois dirá que
é hora de se aposentar e ver seu filho florescer”, acrescentou.
Autor: Virgilio Marques dos Santos, sócio-fundador da FM2S Educação e Consultoria
Imagine-se na linha de partida de uma maratona chamada “carreira”.
Como em qualquer grande jornada, os primeiros passos podem definir o
ritmo para todo o percurso. Na minha experiência, observando e
interagindo em empresas de consultoria, multinacionais e até nas
universidades, percebi que certas práticas iniciais podem fazer toda a
diferença. Vou compartilhar aqui 5 desses passos essenciais que têm um
valor inestimável para um início promissor na sua carreira.
1- Conheça a cultura e as pessoas
A primeira coisa na sua lista deve ser absorver a cultura da empresa e
conhecer seus novos colegas. Participe de reuniões de equipe, almoços
informais e outras atividades sociais. Entender a cultura organizacional
é essencial, pois, como observado por Edgar Henry Schein, no livro
“Cultura organizacional e liderança”, a cultura influencia todos os
aspectos do comportamento dos funcionários. Portanto, observe, ouça
atentamente e faça perguntas pertinentes para se integrar de maneira
eficaz.
Além disso, lembre-se de uma história de um jovem Warren Buffett, que
passava horas lendo relatórios anuais não apenas para entender os
números, mas para absorver a cultura das empresas em que investia. Em
minha carreira de consultor, tinha que começar em uma empresa várias
vezes ao ano e, por isso, criei métodos para essa busca, como ler o que
os colaboradores falavam da empresa no Glassdoor. Quanto do “jeitão” do
negócio nós pegamos ali…
2- Entenda suas responsabilidades
Busque tornar claro seu papel e responsabilidades. Converse com seu
gestor para entender suas expectativas e objetivos a curto e médio
prazo. Como aponta o estudo de Peter Drucker em “The Effective
Executive”, compreender suas entregas é fundamental para contribuir
significativamente para a organização. Defina metas claras e realistas
para seus primeiros 90 dias, com marcos mensuráveis, o que pode ser um
excelente indicador de seu comprometimento e capacidade de planejamento.
Eu sei, você pode pensar: será que o gestor terá tempo para isso? Não
sei. Em meu caso, já tive gestores que tiveram e outros que não. Mas só
de mostrar que estava preocupado com os resultados que deveria gerar
para a companhia, larguei na frente. Portanto, tente. No pior dos
cenários, você deixará alguém reflexivo por não ter se dedicado a
preparar seu time.
3- Domine as ferramentas e processos
Familiarize-se com as ferramentas e sistemas internos. Seja proativo
em solicitar treinamentos e acessos necessários. Segundo a Teoria da
Aprendizagem Social, de Albert Bandura, a observação e a modelagem são
formas poderosas de aprender em um novo ambiente. Portanto, não hesite
em pedir ajuda ou buscar um mentor que possa orientá-lo durante esse
período de adaptação.
Leia aquela lista de termos utilizados na empresa. Se não tiver,
anote todas as siglas que ouvir em seu caderno e pergunte ao seu mentor
ou gestor, quando puder. Me lembro até hoje de algumas: O/T, Siebel 7,
Personas, RPS, APO, e por aí segue.
4- Estabeleça uma comunicação eficiente
A comunicação é a chave para o sucesso em qualquer função. Faça
questão de se apresentar a todos os membros-chave da organização e
busque entender como sua função se interconecta com os diferentes
departamentos. Como apontado por Stephen Robbins, Timothy Judge e Filipe
Sobral, em “Comportamento organizacional: teoria e prática no contexto
brasileiro”, a comunicação eficaz pode aumentar significativamente a
produtividade e a satisfação no trabalho. Portanto, mantenha suas
interações profissionais claras e concisas.
Veja também quais os “fóruns” corretos para cada tipo de assunto. Há
organizações que costumam discutir projetos no almoço. Outras preferem
reuniões formais, com o uso de Power Point. Algumas, mais informais:
basta se levantar e ir até a sala da liderança que tudo se resolverá num
bate-papo. Estude como funciona na sua e se prepare.
5- Solicite feedback e seja proativo
Ao final da primeira semana, solicite um feedback do seu gestor. Isso
demonstra sua disposição para aprender e melhorar. Como sugerido por
Marcus Buckingham e Curt Coffman, em “Primeiro quebre todas as regras”,
feedbacks regulares são cruciais para o desenvolvimento profissional
contínuo. Além disso, seja proativo na identificação e na solução de
pequenos problemas. Isso mostra a sua capacidade de iniciativa e desejo
de contribuir para o sucesso da equipe desde o início.
Cometi esse erro em minha experiência como gestor. Não solicitei o
feedback ao final da primeira semana. Esse só veio mais de um mês depois
e, ainda, puxado pela liderança. Na reunião, identifiquei várias
práticas que havia trazido do meu último trabalho e que lá não eram
apreciadas. Se soubesse na primeira semana, teria evitado aborrecimento e
gafes
Sua primeira semana de emprego é uma oportunidade única para
estabelecer um forte alicerce para o seu futuro na empresa. Seguindo
esses 5 passos, você não apenas sobreviverá, mas certamente prosperará,
construindo uma carreira sólida e respeitada. Bem-vindo a bordo e boa
sorte!
Virgilio Marques dos Santos é um dos fundadores da FM2S, doutor,
mestre e graduado em Engenharia Mecânica pela Unicamp e Master Black
Belt pela mesma Universidade. Foi professor dos cursos de Black Belt,
Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da
Unicamp, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação.
Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi
um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.
Os 50 pensamentos que vão fazer você conquistar o que quiser
StartSE
Use o poder do mindset para alcançar os seus objetivos.
Mindset. Essa palavra é importante. Anote.
Bastante popular no mundo do empreendedorismo,
esse é um conceito utilizado para descrever as diferentes mentalidades
de um indivíduo e como elas influenciam nas escolhas pessoais e
profissionais de cada um.
Em tradução livre do inglês, a palavra significa “configuração da mente” e isso nos dá uma boa pista sobre o seu significado.
De fato, quando falamos de mindset, nos referimos a características da mente humana que vão determinar os nossos pensamentos, comportamentos e atitudes.
Mas há um aspecto importante a destacar.
Ainda que essa configuração da mente seja determinante para a sua
visão de mundo e comportamentos, o mindset não precisa ser imutável.
Ou seja, faz sentido quando você ouve falar em “mudar o mindset”, pois essa é uma habilidade que pode ser desenvolvida, adaptando o indivíduo, suas ações e reações ao contexto.
A seguir, vamos compreender melhor o conceito, suas variações, a importância e os impactos na vida profissional e pessoal.
Ter o Mindset apropriado é importantíssimo para que você alcance
qualquer coisa que você quiser alcançar: somente os mais determinados
chegam no topo.
Por isso, é importante você ter os pensamentos corretos na cabeça.
Eles são fundamentais para que você comece sua jornada empreendedora com
o pé direito, de maneira acelerada – como mostra Pedro Waengertner, da
ACE Startups.
Dá uma olhada nesta lista de pensamentos que você deve ter na cabeça.
1. Eu posso fazer qualquer coisa. É uma frase simples, mas te ajuda a
lembrar que você realmente pode fazer qualquer coisa que quiser.
2. É por isso que eu posso. Em vez de dar-se razões pelas quais você
não consegue fazer algo, dar-se razões pelas quais você consegue vai te
fortalecer.
3. Eu mereço mais. Você merece uma vida melhor, seja isso um trabalho melhor, um corpo mais saudável ou mais dinheiro.
4. Nunca é tarde demais. Não importa quantos anos você tem ou por
quantas oportunidades você passou antes, nunca é tarde demais para tomar
uma decisão e obter um novo começo.
5. Sempre haverá desafios. Não importa o que você faz na vida, sempre
haverá desafios – não deixe que um conjunto tirar o melhor de você.
6. Não há tempo “perfeito”. Se você está esperando o momento perfeito, esqueça: não existe tal coisa.
7. Não há um plano perfeito. Existem algumas falhas definidas em seu plano – mas em todos planos existem.
8. Todo mundo começa de algum lugar. Ninguém nasce com sucesso.
9. Um passo de cada vez. Não tente fazer tudo de uma vez.
10. Só pode ficar melhor. Se é difícil no começo, ele só pode ficar mais fácil.
11. O fracasso é temporário. Se você falhar, você está em boa
companhia – a maioria das pessoas que tiveram sucesso vir somente após
várias rodadas de fracasso.
12. Os erros são oportunidades de aprendizagem. Se você fracassar, leve alguma coisa com isso.
13. Hoje é tudo que eu posso controlar. Esqueça o que você fez ontem. Hoje é o que importa.
14. Se fosse fácil, todo mundo faria isso. Nada que vale a pena fazer é fácil.
15. “Algum dia” é hoje. Se você é como a maioria das pessoas, você
projeta seus objetivos e desejos para o futuro através do “algum dia”.
Ele chegou.
16. Os pensamentos negativos não podem me parar. Não os deixe paralisar você.
17. Eu fiz coisas mais difíceis. Lembre-se de um momento em que você
teve sucesso em que todos (inclusive você) acharam que ia fracassar.
18. Tudo tem de ser conquistado. Você não pode conseguir nada na vida a menos que você trabalhe duro para isso.
19. Melhor pecar pela ação que pela inação. Tomar a decisão errada é sempre preferível a lamentar nunca ter feito nada.
20. Eu não preciso de permissão de ninguém. Se as pessoas pensam que você é louco, que assim seja.
21. Eu estou no controle do meu próprio destino. Você pode decidir quem você quer se tornar.
22. Não há aprovação ou reprovação. Ninguém pode te julgar.
23. As decisões chatas possuem resultados chatos. Tome decisões emocionantes.
24. O risco vale a pena. Sabe que os riscos são reais, mas os benefícios potenciais são dignos deles.
25. Disciplina é melhor que arrependimento. Disciplina é difícil, mas é mais fácil de lidar do que pesar.
26. Muitas idéias boas parecem loucura ou impossível em primeiro lugar. A sua não é diferente.
27. Eu tenho apoio. Amigos, família, colegas – mesmo se eles acham
que você é louco, você sempre pode encontrar apoio em outros grupos.
Alguém vai te apoiar.
28. A experiência é sempre valiosa. Mesmo que a sua missão não saia do jeito que você esperava, você vai ficar com experiência.
29. O trabalho duro é a sua própria recompensa. Você deve se sentir bem apenas por tentar.
30. Cada dia conta. Hoje, amanhã e no dia seguinte são todos passos em direção a seu objetivo final.
31. O que eu vejo é mais importante do que os outros vêem. Esqueça o que os outros pensam – priorize o que você pensa.
32. Não há problema que não possa ser superado. Tudo pode ser resolvido ou superado.
33. Ações comuns fazem uma vida normal. Ninguém quer ser normal. Não se deixe ser.
34. Tudo pode ser melhorado. Mesmo se você começar áspero, você pode sempre fazer melhorias para a sua abordagem.
35. Eu posso aprender o que eu preciso saber. Você pode aprender muita coisa.
36. Eu posso dominar tudo o que eu preciso fazer. Prática pode torná-lo bom em qualquer coisa.
37. A força de vontade é tudo na minha cabeça. Você pode ter toda a
força de vontade que você quiser – você apenas tem que querer isso.
38. Eu sei o que eu quero. Saiba quais são seus objetivos finais, e visualizá-los.
39. Os sentimentos são o produto de pensamentos. Se você está com
medo ou inseguro, saiba que estes são sentimentos gerados por seus
pensamentos; então você pode controlá-los.
40. Tentar e fracassar é melhor do que não fazer nada. Esta é uma verdade universal.
41. Eu sou quem eu quero ser. Seja seu próprio exemplo.
42. Eu não posso ganhar a menos que eu tente. O esforço é a única maneira de obter resultados.
43. Minha vida é um produto das minhas decisões. Faça o que te importa.
44. Eu sou melhor do que eu era ontem. Você é mais velho, mais sábio e mais experiente do que você já esteve antes.
45. Nada de grande acontece do dia para a noite. Trabalho e paciência são seus amigos.
46. Uma vez que eu começar, será mais fácil. Você vai se sentir mais motivado quando você cmeçar.
47. Vou me recompensar quando eu terminar. Mesmo pequenas recompensas podem ser grandes motivações.
48. Eu estou fazendo isso por mais do que apenas eu. Talvez seja para
a sua família ou comunidade – o que quer que seja, motivação externa
pode ser poderosa.
49. Há sempre mais chances. Se você fracassar, você sempre pode tentar novamente.
50. Se nada mais, isso vai ser legal para contar. Você vai ficar com grandes memórias e histórias interessantes.
Na véspera da abertura do ano legislativo, o presidente do Senado
Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou na quarta-feira, 31, que
algumas mudanças nas regras das eleições são prioridades da Casa. Entre
os projetos de lei que deverão ser apreciados pelos parlamentares está a
Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que acaba com o direito de
reeleição para cargos do Executivo no País.
“Meu propósito, particularmente, é colocar fim à reeleição no Brasil com a coincidência de mandatos de cinco anos”, disse.
De autoria do senador Jorge Kajuru (PSB-GO), esta PEC aguarda
relatoria na comissão de Constituição e Justiça (CCJ). “A sociedade
brasileira, em sua maioria, apoia esta minha propositura. Este mês, já
vamos enviar a avaliação da CCJ, e, depois, para a votação em plenário”,
informou o autor. “Queremos acompanhar, também, o debate da opinião
pública sobre o fim da reeleição no Executivo a partir das eleições de
2030.”
O direito à reeleição foi instituído em 1997 por meio da promulgação
de uma PEC na época. Nas eleições deste mesmo ano, o então presidente da
República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) se beneficiou da mudança, e
obteve um segundo mandato que começou em 1998. Os dois presidentes
seguintes, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT), também
conseguiram se reeleger. Michel Temer, que substituiu Dilma no meio do
mandato, não concorreu à reeleição. Já Jair Bolsonaro (PL) não conseguiu
o feito.
Outras mudanças
Além do fim do da reeleição para cargos do Executivo, o presidente do
Senado prevê ainda a votação de outras duas propostas que alteram a
legislação eleitoral. A primeira pretende proibir as chamadas
“candidaturas coletivas” ou “mandatos coletivos”, a divisão de um
mandato parlamentar entre várias pessoas.
Esta projeto de lei também prevê a alteração no cálculo das chamadas
“sobras eleitorais”, que são assentos não preenchidos na distribuição de
vagas nas eleições proporcionais. Pela atual legislação, podem
participar da divisão das “sobras” as siglas que tiveram 80% do
quociente eleitoral. A proposta pretende limitar a participação apenas
para as legendas que alcançarem 100% desse desempenho.
Já a segunda proposta almeja ser uma minirreforma eleitoral, pois
consolida em um só texto toda a legislação eleitoral e todas as
resoluções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O relator deste projeto
na CCJ é o senador Marcelo Castro (MDB-PI).
Entre outros temas, este projeto estabelece uma quarentena de quatro
anos para que juízes e policiais possam disputar eleições. O texto
também prevê a contagem em dobro dos votos em mulheres ou em negros para
a distribuição de recursos do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral.
Fachada da Agencia Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e da ANEEL Foto: Sérgio Lima/PODER 360
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Não é o preço da energia em si, mas a
distribuição desornada de subsídios e custos adicionais que está
elevando exponencialmente a conta de luz, mostra diagnóstico sobre itens
que compõem a tarifa ao longo dos anos.
De 2013 a 2023, por exemplo, o preço da energia em si cresceu 9%, já
descontado a inflação. Os encargos, no entanto, nome dado a subsídios
para operação de empresas, como desconto no fio para projetos de energia
renovável, e custos excepcionais, como a ajuda a distribuidoras durante
a Covid, avançaram 326,5%. Passaram de R$ 32,8 bilhões para R$ 139
bilhões. A disparidade fez com que a conta de luz para famílias e a
maioria das empesas do país, de médio e pequeno porte, aumentasse, na
média nacional, 35% período —quatro vezes mais que o valor da energia em
si.
“A CDE [que reúne encargos criticados pelo setor] se tornou impagável
e causa uma espiral da morte: incentiva o consumidor a sair do ambiente
regulado, como quem fica paga uma conta maior, também tenta fugir e, se
consegue, deixa a conta maior ainda para quem fica, num movimento
sucessivo”, afirma Mario Menel, presidente do Fase (Fórum das
Associações do Setor Elétrico).
O fórum, que reúne 20 entidades de todos os segmentos do setor
—geração, transmissão e distribuição, seja hídrica, solar, eólica e até
biogás e nuclear—, realizou um levantamento que inclui o diagnóstico
sobre desarranjos no setor de energia elétrica e sugestões para reverter
os problemas.
O estudo avalia impactos nos diferentes segmentos de consumo.
Considera o mercado regulado ou cativo, onde famílias e a maioria das
empresas estão “presas”, ou seja, recebem um conta de luz fechada.
Avalia também o mercado livre, ambiente em que estão empresas maiores e é
possível negociar o valor e o prazo para a concessão de energia. Inclui
ainda a autoprodução, caso em que uma empresa investe em geração
própria, direta ou indiretamente.
Intitulado Agenda Fase, o trabalho técnico ficou a cargo da
consultoria Volt Robotics, que atualizou dados e realizou entrevistas
com todos os associados para consolidar uma visão setorial ampla.
O estudo trata de transição energética e alternativas para elevar
investimentos. Defende com propostas detalhadas o aprimoramento da
gestão e do planejamento setorial, com órgãos públicos adotando metas
mais consistentes e claras.
Uma grande preocupação da Agenda Fase é com o destino dos encargos e
seus efeitos especialmente sobre o mercado regulado, onde estão mais de
90% dos consumidores brasileiros.
“O ambiente regulado assumiu riscos insuportáveis”, afirma o diretor geral da Volt Robotics, Donato da Silva Filho.
“O risco de chover e o de não chover, o risco de dólar, o risco de
preço de combustíveis. Esse modelo já quebrou três vezes. Quebrou entre
2013 e 2014, com um seca, em 2020 com a Covid, e outra vez com nova seca
em 2021. Não se sustenta.”
A título de comparação, a tarifa média no mercado cativo no ano
passado encostou em R$ 740 pelo MWh (megawatt-hora). No mercado livre,
no entanto, ficou na faixa de R$ 120. Atualmente, o PLD (Preço de
Liquidação de Diferença), que serve como balizador para negociações à
vista de energia está em R$ 61.
Uma das maiores preocupações do setor, reforçada pelo estudo do Fase,
é o encarecimento da tarifa provocado pela CDE (Conta de
Desenvolvimento Energético), onde se consolida boa parte dos encargos
criados por esses riscos imprevisíveis ou a poder de lobbies em que cada
setor puxa para o seu lado sem pensar no todo.
A projeção é que vai custar R$ 37 bilhões neste ano.
Os encargos não são pagos por quem tem autoprodução e micro e mini
geração distribuída, normalmente de painéis solares. O consumidor de
baixa renda também é isento.
“Precisamos de uma ação estruturante para de reduzir esses encargos porque eles vão levar a insolvência do setor elétrico.”
Normalmente, um subsídio pode vir na forma de benefício social, para
ajudar os mais pobres, ou como um incentivo para, provisoriamente,
ajudar algum setor considerado prioritário ou estratégico, mas que ainda
não consegue avançar sem apoio. Nas melhores gestões, o governo usa o
subsídio como ferramenta para direcionar prioridades da política
pública.
Nos últimos anos, no entanto, a distribuição de benefícios ocorre sem um norte coeso.
Encargos são liberados pelo Congresso Nacional para atender lobbies
aleatórios, sem relação com uma política coesa na área de energia,
muitas vezes, mediante o silêncio ou até apoio meramente político, sem
análise técnica, do MME (Ministério de Minas e Energia). Não raro,
também, atropelando a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que
vem perdendo força no contexto de enfraquecimento geral das agências
reguladoras.
Os dois itens que mais pesam na CDE, por exemplo, demonstram a falta de rumo.
O custo mais elevado, projetado em R$ 10,7 para este ano, vem do
combustível fóssil para térmicas em áreas isoladas, a maioria na
Amazônia Legal, que estão dentro da chamada CCC (Conta de Consumo de
Combustíveis). O segundo item é o desconto na conexão dos projetos de
energia renovável no sistema, também chamado de desconto da
distribuição, estimado em R$ 10,2 bilhões neste ano.
“São sinais trocados: subsidiamos, ao mesmo tempo, combustível fóssil e energia renovável”, afirma Donato.
“Cada hora alguém elege um vilão diferente para os aumentos da tarifa
de energia, mas dados de diferentes setores mostram que os problemas
estão disseminados, por isso, propondo no relatório do Fase uma faxina
no sistema regulado.”
No caso das térmicas com combustível poluente, Donato destaca que já
existe tecnologia para gerenciar o uso de um volume menor de combustível
fóssil, intercalando com a geração de energia renovável, especialmente
solar e biomassa.
Ele também afirma que é preciso colocar prazo em todos os subsídios, e dá exemplo.
“Estamos subsidiando carvão mineral na transição energética. É
preciso colocar em lei um limite para acabar, sugerimos cinco anos, e
fazer um plano para revitalizar as cidades que dependem dele, gerando
emprego verde”, afirma ele.
“As pessoas dessa região não precisam ficara dependentes de uma economia da época da Princesa Isabel.”
O terceiro encargo que mais pesa na conta de luz é a tarifa social,
projetada em R$ 6,2 bilhões neste ano. Donato defende que aí também é
preciso uma análise mais cautelosa, apesar de o gasto ser defensável em
todos os sentidos.
“A gente não enxergava com clareza, mas o subsídio para baixa renda
dobrou depois da pandemia, e não está garantido que todos os
beneficiados são elegíveis”, afirma Donato.
Antes da Covid-19, o benefício abrangia o montante de 1.500 MW médios, depois, mais de de 3.000.
“Houve um pente fino no Bolsa Família, talvez valesse a pena também
fazer uma análise detalhada, a partir dos cadastros de programas
sociais, desse benefício sobre a conta de luz.”
Os dados coletados também apontam, destaca Donato, que vai surgir uma espécie de nova CDE até 2030.
“Estamos fazendo leilões e contratando térmicas do jeito menos
econômico, e isso precisa ser revisto para comprometer o futuro da
tarifa”, afirma
Uma das medidas importantes para deter a pressão do custos, destaca, é
o cancelamento de todas as térmicas previstas na Lei de Privatização da
Eletrobras. O texto estabelece a construção de 8 GW (gigawatts) de
térmicas a gás onde não há gás, exigindo a construção de gasodutos, nem
mercado consumidor, o que também vai demandar a construção de novas
linhas de transmissão. Tudo isso, elevando ainda mais os encargos na
conta de luz.
A Agenda Fase já foi enviada ao Congresso, MME, e outras pastas que
estão envolvidas na agenda de energia, como Fazenda, Mdic, Ambiente e
Aneel.
O
secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, fala no
Seminário “A Nova Economia Liberal”, na Fundação Getúlio Vargas (FGV),
zona sul do Rio de Janeiro.
O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), apresentou ao
presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), um conjunto de propostas
que teriam o alegado objetivo de “reafirmar as prerrogativas do
Parlamento” a fim de “resguardá-lo e reequilibrar o processo
democrático”. Até o momento, não são conhecidos os detalhes dessas
propostas. Porém, com o pouco que já se sabe, a começar pela motivação
dos proponentes, não se pode condenar quem veja má-fé na movimentação
política liderada pelo senador potiguar. Tudo indica que se trata de uma
tentativa de blindagem de parlamentares que eventualmente se vejam às
voltas com investigações policiais. Ademais, se o processo democrático
está desequilibrado no País, como argumentou Marinho, decerto não é em
desfavor do Poder Legislativo.
Essas propostas – que não se confundem com a PEC que limita as
decisões individuais de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF),
medida republicana aprovada recentemente pelo Senado – serviriam como
“resposta” do Congresso às operações da Polícia Federal e às decisões do
STF que possam ser interpretadas pelos próprios parlamentares, ora
vejam, como violações de suas prerrogativas. Uma PEC de autoria do
deputado Rodrigo Valadares (União-SE), com o fito de impedir o
cumprimento de decisões judiciais contra parlamentares sem a anuência
das Mesas Diretoras de ambas as Casas Legislativas, nada menos, ilustra
bem o espírito que anima essa turma.
Para justificar as propostas, Rogério Marinho disse que “não se
entende uma democracia em que a inviolabilidade do mandato dos
parlamentares e suas respectivas atuações estejam em risco”. O senador
fazia referências às recentes operações da PF para cumprir mandados de
busca e apreensão nos gabinetes e em endereços ligados aos deputados
bolsonaristas Carlos Jordy (PL-RJ) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). Convém
pôr ordem nessa bagunça retórica.
As operações policiais em questão não violaram mandato algum. A PF
agiu autorizada pelo STF, ouvida a Procuradoria-Geral da República,
porque sobre Jordy e Ramagem recaem suspeitas de crimes muito graves,
sobejamente conhecidos. Ou seja, a investigação de suas condutas fora da
Câmara dos Deputados em nada tisnam o livre exercício do mandato
parlamentar. Basta dizer que o ministro Alexandre de Moraes negou um
pedido da PF para que Ramagem fosse afastado do exercício do mandato.
Vale relembrar que as imunidades e prerrogativas parlamentares são
garantias constitucionais conferidas a deputados e senadores a fim de
assegurar o livre exercício do mandato, pedra fundamental da democracia
representativa. Estão amparadas pelo princípio de que os legisladores
devem desfrutar de certas liberdades e proteções legais para desempenhar
com total independência suas funções de representação política,
fiscalização dos atos do Poder Executivo e a função legiferante
propriamente dita. Portanto, quando a Constituição impede que
parlamentares sejam responsabilizados civil ou penalmente por suas
opiniões, palavras e votos, salvo em flagrante de crime inafiançável,
está-se tratando de instrumentos de defesa do mandato, e não da pessoa
do parlamentar.
Da mesma forma, o foro por prerrogativa de função não se presta a
outra coisa senão à defesa do mandato, evitando que deputados e
senadores, entre outras autoridades, sejam impedidos de exercer o múnus
público por terem de responder a ações judiciais nos mais remotos
rincões do País. Nesse sentido, é curioso que uma das medidas defendidas
pelo senador Rogério Marinho seja justamente uma PEC para acabar com o
chamado foro privilegiado, o que autoriza a suspeita de que interessa
aos parlamentares responder por seus atos na primeira instância, tanto
para ter à disposição um leque virtualmente infinito de recursos como
para exercer pressão sobre magistrados em âmbito local.
Todo cuidado é pouco quando se trata de preservar o mandato
parlamentar. Disso depende a higidez da democracia representativa. Mas
uma coisa é a defesa das prerrogativas parlamentares. Outra é o espírito
de corpo, pura e simplesmente.
AME7648.
RÍO DE JANEIRO (BRASIL), 30/03/2022.- El expresidente brasileño Luiz
Inácio Lula da Silva participa hoy en la conferencia “Igualdad y el
Futuro de América Latina”, durante la clausura del encuentro
internacional Democracia e Igualdad, en la Universidad Estatal de Río de
Janeiro (Brasil). EFE/André Coelho
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O pesquisador Sérgio Lazzarini publicou
dois livros destrinchando equívocos das relações entre Estado e empresas
nos governos anteriores do PT: “Capitalismo de Laços” e “Reinventando o
Capitalismo de Estado”.
Nesta segunda-feira (22), ele sentiu um certo “déjà vu” ao acompanhar
o anúncio de que o terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
diz que vai incentivar R$ 300 bilhões na reindustrialização do Brasil,
com apoio do BNDES.
“Estamos vendo coisas que já foram feitas e não deram certo, e assusta não considerarem a experiência do passado”, afirmou.
Pesquisador sênior da Cátedra Chafi Haddad de Administração do Insper
e professor da Ivey Business School, da Western University, no Canadá,
Lazzarini afirma que o governo perde a oportunidade de estabelecer
critérios e governança para os investimentos públicos.
PERGUNTA – O governo anunciou nesta segunda um pacote de R$ 300
bilhões, até 2026, a maior parte em financiamentos, para reerguer a
indústria. Qual a sua avaliação?
SÉRGIO LAZZARINI – Tem várias coisas complicadas nesse anúncio.
Estamos vendo outra vez coisas que já foram feitas e não deram certo, e
assusta não considerarem a experiência do passado.
A indústria brasileira é muito acostumada a ter linha de
financiamento, mas estamos vendo mais um daqueles pacotes que, de novo,
não tem métricas. Tem metas. Mas não está claro, outra vez, o que
acontece se essas metas não foram atingidas.
La atrás, não bateram as metas de política industrial. Nós vimos isso principalmente no Lula 2 e no Dilma 1.
Parece que estamos perdendo a oportunidade de ter uma governança mais
clara para o investimento público. Vamos lembrar que o ministério da
Simone Tebet [Planejamento e Orçamento] tem uma área de monitoramento e
avaliação, que está com o colega Sérgio Firpo [secretário de
Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas e Assuntos Econômicos e
professor do Insper]. Onde entrou esse pessoal no bojo desse debate?
Onde está o histórico de avaliação de créditos similares no passado?
P. – Também foram reservados R$ 8 bilhões para o BNDES voltar a ter
participação acionária em empresas. O que lhe parece esse movimento?
SL – Precisam explicar melhor. Para que comprar ação de empresa outra vez? É grande empresa de novo?
Há vários estudos sobre esse tipo de aquisições, inclusive os meus, mostrando que grande empresa não precisa disso.
No caso do BNDES, tem outra coisa ocorrendo.
Ainda não explicaram todos os mecanismos de financiamento, mas já dá
para ver que estão flexibilizando outra vez as formas de financiamento
do BNDES. Vai poder emitir títulos e vai poder mudar a taxa de juros,
mas com uma governança ainda frágil. Sinceramente, não sei como isso
pode dar certo.
Então, o que parece é que ignoram a evidência do passado, não engatam
a estrutura de monitoramento e avaliação que o próprio governo tem hoje
e falta credibilidade para o cumprimento das metas.
P. – Também foi dito no anúncio que a transição energética precisa dos recursos do Estado. Isso é uma verdade?
SL – Na transição energética, alguém precisa pagar mais por um
período, para gerar ganho de longo prazo. Os governos, de forma geral,
estão apoiando a transição e muitos estão atrelando uma nova
industrialização à economia verde.
Mas num país como o Brasil, com o histórico que tem, fazer algo assim
sem metas claras, com flexibilização nos financiamentos e afrouxamento
fiscal, é complicadíssimo.
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, criticou, nesta
quinta-feira (1º), um projeto de lei dos Estados Unidos que autorizaria o
governo a fechar a fronteira binacional se a situação migratória
estiver em colapso.
“É mais do mesmo, não querem ir ao fundo” da questão, disse López
Obrador em sua entrevista coletiva habitual, ressaltando que a
“manipulação” em torno dos temas migratório e do tráfico de drogas é uma
constante nos Estados Unidos em tempos eleitorais.
O projeto de lei está sendo negociado entre um grupo de congressistas
republicanos e funcionários governamentais, no momento em que a crise
migratória está no centro da agenda eleitoral e quando se vislumbra uma
revanche pela Casa Branca entre o atual presidente Joe Biden e seu
antecessor Donald Trump em novembro.
As negociações partidárias têm como objetivo salvar o pacote de ajuda
à Ucrânia solicitado por Biden ao Congresso, mas que os conservadores
condicionam a um endurecimento da política migratória diante dos números
recorde de imigrantes e solicitantes de asilo interceptados na
fronteira de 3.200 km.
“Por que se ajuda com gasto bélico, com bilhões de dólares nas
guerras, e não podem destinar recursos para o progresso, para o
bem-estar das populações pobres?”, questionou o presidente mexicano, ao
reiterar que a migração ilegal somente pode ser contida se suas causas
forem resolvidas.
Fechar fronteiras é ‘postura demagógica’, diz presidente do México
“Imaginem o que é fechar a fronteira! Quanto tempo pode durar
fechada? Prejudica os dois países. Não é uma opção, uma alternativa”,
apontou o governante mexicano, que mantém boas relações tanto com Biden
quanto com Trump, a quem chama de “amigos”.
Biden apoia o acordo bipartidário, assinalando que se trata do
“conjunto de reformas mais duras e justas para garantir a segurança” do
território limítrofe que “já” foram adotadas nos Estados Unidos.
Em contrapartida, Trump, que chegou a afirmar que os migrantes
“envenenam o sangue” dos Estados Unidos, se opõe ao plano alegando que
não vai apoiar nada que beneficie a “traição de fronteiras abertas” que
ele atribui a Biden.
Níveis elevados de colesterol muitas
vezes não mostram sinais e sintomas nos estágios iniciais. Essa
natureza complicada rendeu à condição o apelido de assassino silencioso.
Altos níveis da substância gordurosa podem aumentar o risco de ataques cardíacos e derrames sem a pessoa se dar conta. No entanto, há alguns sinais de alerta de colesterol obstruindo as artérias.
O primeiro sintoma perceptível dessa condição clinicamente conhecida
como aterosclerose, muitas vezes não aparece até que haja um bloqueio
significativo.
No entanto, quando ocorrem sintomas, eles podem variar dependendo da artéria afetada.
Por exemplo, se for uma artéria coronária, a pessoa pode sentir sintomas como dor no peito (angina) ou falta de ar, geralmente durante atividades físicas.
Se estiver nas artérias que levam ao cérebro, pode resultar em dormência repentina ou fraqueza nos braços ou pernas,dificuldade para falar ou fala arrastada, ou músculos caídos no rosto. Estes são sintomas de um acidente vascular cerebral e requerem atenção médica imediata.
O colesterol desencadeia esses sinais ao se acumular nas paredes
internas das artérias, formando uma substância dura e espessa conhecida
como placa. Esse processo pode ocorrer ao longo do tempo e é
influenciado por diversos fatores.
As etapas principais do desenvolvimento da aterosclerose:
Lesão endotelial
O processo geralmente começa com a lesão do endotélio, a camada
interna das artérias. Essa lesão pode ser causada por fatores como
tabagismo, hipertensão, diabetes, altos níveis de colesterol, entre
outros.
Acúmulo de lipídios:
Uma vez que o endotélio está lesionado, o colesterol e outras
substâncias lipídicas podem começar a se acumular na área afetada. Esses
lipídios, especialmente o colesterol de baixa densidade (LDL), entram
nas células do endotélio.
Formação de placa:
Os lipídios acumulados são oxidados, desencadeando uma resposta
inflamatória. Isso atrai células inflamatórias, como macrófagos, para o
local da lesão. Os macrófagos engolem os lipídios, transformando-se em
células espumosas. Essas células espumosas, junto com o colesterol e
outros materiais, formam as placas ateroscleróticas.
Calcificação e fibrose:
Com o tempo, as placas podem acumular cálcio e se tornar mais
endurecidas. A fibrose também pode ocorrer, resultando em uma placa mais
densa e rígida.
Estreitamento da artéria:
À medida que as placas crescem, elas podem se deslocar, estreitando a
artéria. Isso reduz o fluxo sanguíneo e pode levar a complicações.
Ruptura da placa:
Em estágios avançados, as placas ateroscleróticas podem se romper,
liberando seu conteúdo na corrente sanguínea. Isso pode desencadear a
formação de coágulos sanguíneos, que podem obstruir ainda mais o vaso
sanguíneo ou se deslocar para áreas críticas, causando um evento
cardiovascular agudo, como um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral.
Altos níveis da substância gordurosa podem aumentar o risco de ataques cardíacos e derrames
Vejam bem: nem as duas empresas pediram, nem Toffoli concedeu a
anulação, mas apenas a suspensão das multas do acordo de leniência de
ambas. Com a anulação, as duas empresas deixariam de pagar as multas,
mas também perderiam as mamatas negociadas nos acordos. Com a suspensão,
elas se livram das multas (ônus) e mantêm as mamatas (bônus).
Assim, a J&F e a Novonor/Odebrecht ficam no melhor dos mundos,
porque mantêm os belos benefícios, ou privilégios, obtidos com a
leniência, como autorização de participar novamente de licitações e
retomar empréstimos e contratos públicos, além do fim de processos
contra seus executivos enquanto pessoas físicas. Bacana, não é?
Ministro Dias Toffoli decidiu livrar empresas de multas em casos relacionados à Lava Jato Foto: Fellipe Sampaio/STF
Também no dia 1º de fevereiro estava prevista uma dança de cadeiras
no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), que está para julgar o
futuro político do ex-líder da Lava Jato, ex-juiz e ex-ministro da
Justiça Sérgio Moro,
que corre o sério risco de perder o mandato de senador, seguindo a
mesma trilha do seu braço-direito na Lava Jato, o ex-procurador Deltan Dallagnol, que perdeu o de deputado.
Na gangorra, quem comandou a maior operação de combate à corrupção do
País afunda, e quem foi alvo emerge firme, forte e fora de risco.
Depois da volta dos processos do próprio Lula à estaca zero,
governadores, dirigentes do PT e partidos aliados e executivos
condenados pela Lava Jato foram sendo reabilitados, um a um, jurídica e
politicamente.
Enquanto
investigados conseguem reverter decisões, o ex-juiz Sérgio Moro corre o
risco de perder o mandato no Senado em julgamento no TRE-PR Foto: Felipe Rau/Estadão
Chegou a vez de as maiores empresas envolvidas. O abre-alas foi da
J&F dos irmãos Joesley e Wesley Batista, depois veio a
Odebrecht/Novonor e a fila, senhores e senhoras, vai andar. E quem
assume os ônus na imagem e no currículo é Dias Toffoli, que foi advogado
do PT, advogado-geral da União no início dos governos Lula e, como
ministro do STF, votou na Lava Jato contra o partido e até contra Lula –
a quem impediu de sair da prisão para ir ao enterro do irmão. Estaria o
ministro pagando seus “pecados”?
Suas decisões suspendem o pagamento de R$ 10 bilhões de multas pela
J&F e de R$ 7 bilhões a R$ 8,5 bilhões de multas da
Odebrecht/Novonor, cujo valor é o estimado a partir do acordo fechado em
2016, com pagamento em vinte anos. Um acordo foi fechado com o
Ministério Público Federal e, o outro, com a Controladoria Geral da
União e a Advocacia Geral da União. E ninguém esquece dos irmãos Batista
comemorando o acordo, já tão camarada, em seus jatinhos, lanchas e
apartamentos mundo afora.
Um detalhe importante é que os pedidos das defesas das duas empresas e
a decisão de Toffoli são com base na “Vaza Jato”, ou seja, nas trocas
de mensagens entre Moro e os procuradores da Lava Jato, que, segundo
Toffoli, criam, “no mínimo, uma dúvida razoável” sobre os processos
contra elas.
E as provas? Bem… O que passou a valer é a “Vaza Jato”, não a Lava
Jato; as mensagens, não as confissões e as provas. A Odebrecht, por
exemplo, confessou crimes em 49 contratos de obras e serviços públicos
entre 2006 e 2014, e as provas são contundentes, como o “Setor de
Operações Estruturadas” (exclusivo para corrupção) e sua extensa e
detalhada lista de quem recebia propina – e quanto.
O que vale mais, trocas de mensagens da Vaza Jato ou confissões e
provas da Lava Jato? Com a palavra, o novo procurador geral da
República, Paulo Gonet, que já avisou que vai recorrer da suspensão da
multa da J&F e, supõe-se, tende a fazer o mesmo com a da
Novonor/Odebrecht. A ver.