Nos últimos dias, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, prometeu aumentar os ataques à Ucrânia. E, agora, Kiev está percebendo o que ele realmente quis dizer.
Pelo menos 32 pessoas morreram em Kiev, capital da Ucrânia, nesse
período, 30 delas em um único ataque. Ele ocorreu em 29 de dezembro,
quando a Rússia lançou um dos maiores ataques aéreos da guerra iniciada
em 2022.
E o alvo não foi apenas a capital. Quase 60 pessoas foram mortas em todo o país.
As mortes ocorreram em Kharkiv, no nordeste; em Zaporizhzhia, no sul; em Odessa, na costa sul, e até Lviv, no extremo oeste.
Desde o início da invasão, a Rússia nunca parou de atacar a Ucrânia por via aérea, mas esta última série de ataques marca uma escalada mortal na guerra.
O que significa esta nova fase da guerra para a Ucrânia? E qual é o plano por trás do renovado ataque aéreo da Rússia?
Rússia muda de tática
A Ucrânia não viu ataques tão intensos como este desde o início da invasão em grande escala da Rússia.
E o que é diferente não é apenas o tamanho dos ataques – e sim a tática.
O ataque de 2 de janeiro durou seis horas em Kiev.
Os russos lançaram uma onda de drones. A Força Aérea da Ucrânia disse que foi capaz de abater todos os 35.
Mas essa primeira onda foi seguida de ataques com mísseis, utilizando
diferentes tipos de armas numa tentativa de subjugar e romper as
defesas da cidade.
Mísseis atingiram o coração de Kiev nestes últimos cinco dias, pela primeira vez em meses.
“Eles estão sempre tentando encontrar uma maneira melhor de quebrar
nossos sistemas de defesa aérea e tornar seus ataques mais eficientes”,
disse Oleksandr Musiyenko, do Centro de Pesquisa Legal Militar da
Ucrânia.
Isso significa usar diferentes tipos de mísseis – hipersônicos, de
cruzeiro e balísticos – mas também disparar esses mísseis ao longo de
diferentes rotas.
Estas armas podem mudar de direção no ar sobre a Ucrânia, causando ainda mais dores de cabeça à defesa aérea.
A Rússia também está variando seu foco. Em 29 de dezembro, apontou
suas armas para cidades de todo o país – em 2 de janeiro, apenas para
Kiev e Kharkiv.
“Os russos tentaram concentrar o seu poder de ataque e visar apenas uma ou duas cidades”, disse Musiyenko à BBC News.
A forma como a Rússia se prepara para esses ataques também está mudando.
O serviço de inteligência da Ucrânia, conhecido pela sigla SBU,
informou na terça-feira que encontrou e desativou “duas câmeras
robóticas de vigilância online” que afirma terem sido hackeadas pela
Rússia para espionar as defesas de Kiev e explorar alvos.
Não está claro por quanto tempo a Rússia pode continuar com ataques em grande escala.
Análises realizadas pelos meios de comunicação ucranianos sugerem que
o ataque de 29 de dezembro custou apenas U$ 1,2 mil bilhões (cerca de
R$ 5,9 bilhões) enquanto o ataque de 2 de Janeiro custou mais U$ 620
milhões (por volta de R$ 3 bilhões), segundo a revista Forbes.
A Ucrânia temia, antes do inverno na região, que a Rússia estava armazenando armas para ataques em grande escala.
Uma análise publicada pelo jornal francês Le Monde cita autoridades
ucranianas que disseram que a Rússia ainda tem em seu estoque cerca de
mil mísseis balísticos ou de cruzeiro, além de ser capaz de fabricar
cerca de 100 deles por mês – como Kalibrs e Kh-101s.
Já Oleksandr Musiyenko diz que a Ucrânia também está se preparando para a continuidade da guerra.
A Ucrânia utiliza armas antiaéreas Gepard de fabricação alemã para
combater drones que se aproximam do país, enquanto sistemas Buk da era
soviética são usados contra mísseis de cruzeiro, e Patriots, de
fabricação americana, contra foguetes hipersônicos Kinzhal.
“Dividimos nossos sistemas para diferentes tipos de ameaças”, diz Musiyenko.
Mas isso, claro, significa que a Ucrânia depende de países do
Ocidente para angariar munições e manutenção dos equipamentos. “Então é
claro que é muito importante para nós obter esse apoio”, diz.
Este é um ponto-chave agora para Kiev.
Com a ajuda dos Estados Unidos atolada em brigas políticas internas e
a União Europeia não conseguindo produzir nem metade do milhão de
granadas de artilharia que prometeu até ao final de 2023, a Rússia pode
muito bem empreender esses ataques em um momento em que o abastecimento
da Ucrânia pode estar secando.
Serão muito limitadas, para não dizer nulas, as chances de o Brasil
experimentar os benefícios de um crescimento econômico mais justo e
sustentável num futuro não tão distante enquanto milhões de jovens que
compõem a chamada geração nem-nem, isto é, aqueles que não estudam nem
trabalham, continuarem a ser negligenciados pelo Estado.
Um estudo realizado a pedido do Estadão/Broadcast pelo
economista Paulo Tafner, diretor-presidente do Instituto Mobilidade e
Desenvolvimento Social (IMDS), projeta que essa desatenção aos jovens de
25 a 29 anos que estão fora das salas de aula e do mercado de trabalho
pode implicar uma perda de até 10 pontos porcentuais no potencial de
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do País nos próximos 30 anos.
Segundo o IBGE, em 2022 havia cerca de 10,9 milhões de brasileiros
entre 15 e 29 anos (faixa etária usada pela instituição para classificar
os nem-nem) sem estudar nem trabalhar. Desse total, 36,45% tinham entre
25 e 29 anos, vale dizer, tinham idade suficiente para, em condições
normais, assumir o custeio, no todo ou em parte, do domicílio em que
viviam. “Eles (os nem-nem) são numerosos e jovens”, disse Tafner ao Estadão. “São pessoas que vão deixar de produzir por toda uma vida.”
O potencial de crescimento do PIB brasileiro ao longo dos próximos 30
anos é de 40%, de acordo com a projeção do IMDS. Como 22% dos
brasileiros na faixa etária entre 25 e 29 anos fazem parte do grupo dos
nem-nem, como aponta Tafner, o aumento da riqueza do País tende a ficar
limitado a 30% no período avaliado se nada for feito agora para reverter
o quadro de desalento entre esses jovens em idade produtiva.
A união entre Estado e sociedade para resgatar a esperança de milhões
de jovens que não encontram estímulo para estudar ou trabalhar já
seria, por si só, um imperativo moral, haja vista que muitas das causas
dessa mazela crônica do País decorrem de profundas injustiças sociais.
Mas, como indica o estudo do IMDS, reduzir expressivamente o número de
nem-nem se impõe, também, como uma agenda pragmática. Afinal, quanto
menos cidadãos fora das escolas ou do mercado de trabalho, mais o País
tem a ganhar com o crescimento potencial de sua riqueza, o que, em tese,
beneficiaria toda a sociedade.
Esse diagnóstico, porém, malgrado sua gritante obviedade, está longe
de gerar consensos que se traduzam em políticas públicas voltadas aos
nem-nem. Entre os países analisados pela OCDE, o Brasil segue estagnado
há uma década entre os dez piores no porcentual de nem-nem entre a
população, ocupando a sétima posição nesse ranking ignóbil. Em 2012, 20%
dos brasileiros entre 15 e 29 anos eram nem-nem; em 2022, o porcentual
se manteve inalterado.
O abandono desses jovens, evidentemente, perpassa governos de
diferentes matizes políticos. Mas, sendo o presidente Lula da Silva um
autodeclarado defensor dos interesses dos brasileiros mais vulneráveis, é
sua obrigação olhar com atenção para esses números, que não só travam o
crescimento nacional, como nos envergonham.
Autor: Virgilio Marques dos Santos, sócio-fundador da FM2S Educação e Consultoria
Todos nós já estivemos lá. No início de nossas carreiras, observando a
escada corporativa e imaginando como começar a subir. Lembro do meu
início. Um estágio de final de curso num grande banco de atacado. Ver a
liderança, ou quarto andar no elevador, me dava até medo. Aquela turma
vestindo roupas caríssimas e discutindo milhões como se fossem alguns
trocados. Enquanto parava meu velho carro no estacionamento dos
estagiários, a 1 km de distância do prédio, via o helicóptero da
presidência pousando. A barreira que existia entre nós, reles
estagiários, e o topo, era intransponível. Se não conseguia nem falar,
como conseguiria subir?
Ou talvez você já esteja no meio da jornada, perguntando-se o que é
necessário para dar o próximo grande salto. Seja qual for o seu caso, a
pergunta permanece: o que é preciso para ser promovido? Apesar de não
existir uma resposta única, hoje, à luz do caminho que segui, posso dar
algumas recomendações que me faltaram quando era um estagiário em início
de jornada.
A ascensão profissional é uma arte e uma ciência. Requer habilidades
certas, uma mentalidade focada e uma compreensão clara do que seus
líderes valorizam. A seguir, alguns pontos-chave:
1- Seja bom no que faz
Antes de se preocupar com o próximo passo, é importante se destacar
no papel que você já ocupa. Isso não significa apenas fazer o trabalho,
mas dominá-lo. Mostre que você é confiável, competente e capaz de
assumir novos desafios, entregando mais. Se você estiver no mindset de
não fazer aquilo pelo qual não é pago, acho difícil ser promovido. Para
me destacar, sempre utilizei a estratégia de entregar mais. Mesmo no
estágio, costumava encontrar formas para entregar mais valor do que os
demais, trazendo novas opções e conhecimentos para o processo.
2- Continue aprendendo e se desenvolvendo
A educação não termina quando você deixa a sala de aula. Aprender
novas habilidades e expandir seu conhecimento são essenciais para
avançar em sua carreira. Procure oportunidades de aprendizado contínuo e
invista tempo para se atualizar nas últimas tendências e inovações em
seu campo.
Opte sempre pela consistência no conhecimento que você está
adquirindo. Não é porque a maioria das pessoas não domina o assunto que
está aprendendo, que deve aprender de maneira rasa. Digo isso porque a
desonestidade intelectual é um pecado sem perdão para alguém que o
descobre. Já vi muito Black Belt que apenas frequentou as aulas ser
tratado como especialista na empresa, mas quando passou a responder para
um gerente tecnicamente preparado, estagnou sua carreira.
É melhor agregar conhecimento sólido e ter capacidade de aplicar o
que se sabe. Palavras da moda ou conhecimentos pouco sólidos não farão a
diferença em um cenário complexo.
3- Mostre liderança
Não é necessário ter um título de gerente para demonstrar liderança.
Mostrar iniciativa, proatividade, tomar a frente em projetos e ajudar
colegas são sinais claros de um futuro líder. Lembre-se, a liderança é
sobre influência, não autoridade.
Se você é Green Belt ou Black Belt, certamente já conduziu projetos
Lean Seis Sigma em que a sua liderança foi informal. Em projetos, você
tem que convencer o time a trabalhar sem utilizar a linha direta de
comando. E, como os membros respondem para outra pessoa, suas demandas
ficarão em segundo plano. Convencê-los é um baita exercício para o
sucesso. Quem lidera projetos de forma exitosa é um grande candidato à
líder.
4- Comunique-se eficazmente
A comunicação eficaz é uma habilidade crucial em qualquer nível. Seja
claro, conciso e, acima de tudo, respeitoso. Lembre-se de que a
comunicação também envolve escuta ativa. Mostre empatia e interesse
genuíno pelos outros, e você será valorizado como um grande comunicador.
Como a maioria das graduações não aborda o tema, é um assunto que
vale a pena estudar. Como engenheiro, enfrentei grande dificuldade nesse
quesito, mas é possível treiná-lo e aperfeiçoá-lo. Antes de fechar essa
lacuna de conhecimento, as oportunidades de promoção eram raras.
5- Esteja disposto a sair da zona de conforto
Crescimento e conforto raramente andam de mãos dadas. Esteja disposto
a aceitar novos desafios, mesmo que pareçam assustadores no início.
Mostre aos seus superiores que você é capaz de assumir riscos e aprender
com seus erros.
Seja implantar um novo sistema de gestão, estruturar os processos de
marketing, aprender a realizar vendas consultivas ou até mesmo organizar
um armazém, se você quer liderar, terá de ter capacidade de aprender.
6- Seja um bom colega de equipe
Um bom relacionamento com colegas de trabalho é fundamental. Seja
confiável, prestativo e positivo. Um funcionário que adiciona valor à
equipe é um candidato forte para promoção. Não seja um problema, que
reclama e faz fofoca dos colegas. Além de não pegar bem, isso gera
atritos para a liderança e para a equipe.
Acredite, seus colegas de trabalho não são seus amigos, apesar de
parecerem. Todos estão ali com um único objetivo: desenvolver a carreira
e ter condições de satisfazer seus anseios materiais. Na hora do
sucesso ou da pressão, é do colega justo e colaborativo que todos
lembrarão.
Por fim, lembro que a promoção não acontece da noite para o dia. É um
processo gradual que requer dedicação, paciência e trabalho árduo.
Lembre-se: seu crescimento profissional é uma jornada, não um destino.
Virgilio Marques dos Santos é um dos fundadores da FM2S, doutor,
mestre e graduado em Engenharia Mecânica pela Unicamp e Master Black
Belt pela mesma Universidade. Foi professor dos cursos de Black Belt,
Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da
Unicamp, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação.
Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi
um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.
20 coisas que eu gostaria de saber aos 20 anos (mas tive que aprender sozinho)
“Espírito primeiro. Porque isso é o mais importante. Não é o quão bem
você pode executar ou quanto dinheiro você pode ganhar. Mas se você não
é o ser humano que deveria ser, você não está fazendo isso
corretamente.” — Gladys Knight.
Uma jovem cliente que estava terminando sua terapia tinha um pedido final.
Ela queria alguns conselhos genéricos de vida: que tal 20 coisas para 2020? ela disse, lançando um desafio.
Eu não tive que pensar sobre isso por muito tempo. Quanto mais velho
você fica, mais você vê, mais você erra, mais você tem a dizer.
MAS…
Quanto mais medo você tem de dizer isso, porque sabe que não existe
uma estratégia de tamanho único para a vida – que cada um de nós precisa
seguir seu próprio caminho.
Ainda assim, eu estava pronto para o desafio. Aqui estão algumas coisas para ponderar.
20 coisas que eu gostaria de ter sabido nos meus vinte anos
1. Bons amigos valem ouro.
Ao longo da vida, apenas algumas pessoas realmente “pegarão” você. E
alguns deles também não ficarão por aqui. Portanto, cuide de quem o faz.
Mas também vale a pena saber que a amizade (e o amor) se desenvolve em
lugares surpreendentes, em todas as idades e fases. Fique aberto a isso.
2. Ninguém se importa com o que você faz da sua vida.
Bem, alguns fazem um pouco – espero que isso inclua seus pais. Mas a
maioria das pessoas está muito ocupada trilhando seus próprios caminhos
para se preocupar com o que você está fazendo no seu. No final, até seus
pais só querem que você seja feliz e autossuficiente. Aponte para isso.
3. A paixão por hambúrgueres com queijo e batatas fritas tem consequências.
Apenas dizendo.
4. A vida não dura para sempre.
Certa vez, tive um colega de apartamento cujo resumo da experiência
humana era o seguinte: “você nasce, vive um pouco e depois morre”. Achei
que ele era um Bisonho; Acontece que ele estava certo. Espero que você
tenha um longo intervalo entre o começo e o fim. Mas nenhum de nós sabe o
que está por vir. Use bem o seu tempo.
5. Nem o planeta.
Você não pode salvar tudo sozinho, mas pode fazer a sua parte.
6. A vida às vezes é entediante – precisa ser.
Tente viver em altas rotações 24 horas por dia, 7 dias por semana, e
você saberá o que quero dizer. Tempo de inatividade, manchas planas,
tédio – como você quiser chamar – é necessário para recuperar e
recarregar, pensar e criar – e fazer mudanças.
O tédio crônico é um problema, portanto, se você se encontrar lá, faça tudo o que puder para mudá-lo.
7. Sua saúde mental é um trabalho em andamento.
Humores e emoções não são consistentes. É mais difícil do que você
pensa ficar em um bom espaço mentalmente. Haverá altos e baixos, dias
bons e ruins, então você precisa aprender ferramentas e estratégias para
lidar com ambos. E você precisa continuar usando-os.
8. Assim como sua saúde física.
Os corpos também não se cuidam. Eles brincam, ficam doentes, precisam
de remédios, exames de saúde e manutenção regular. Quanto mais velho
você fica, mais alto “use-o ou perca-o” soa em seus ouvidos. Quanto mais
cedo você prestar atenção nisso, melhor.
9. Mentiras são corredores rápidos.
Uma vez ouvi dizer: uma mentira pode dar meia volta ao mundo antes
mesmo de a verdade calçar seus sapatos de salto alto. É verdade. As
mentiras se espalham rapidamente – e machucam. Pense nisso por um tempo.
10. Você precisa usar tanto as mãos quanto a cabeça.
Passar muito tempo em sua cabeça o deixará louco – e fará de você um
insone. Fazer coisas é a melhor maneira de combatê-lo – tira você da
cabeça e o leva para o corpo. Isso é bom pra você.
11. A maioria das pessoas está fazendo o melhor que pode. Mas alguns não são.
Verdadeiramente, a maioria das pessoas está se esforçando com o que
tem. A maioria das pessoas quer ser um ser humano bom, gentil e que
contribui. Algumas pessoas são idiotas, e mesmo que tenham uma razão
válida para isso, você precisa ficar longe delas.
12. Poder regular tudo é tudo.
Comida, álcool, substâncias, pornografia/sexo, humores, emoções,
reações – ter propriedade sobre isso é possuir sua própria vida. NB: Não
espere muito em breve, leva tempo e prática.
13. Tentar fazer os outros felizes é perda de tempo.
Você não pode. Você pode apoiá-los e estar lá para eles, mas criar
uma vida boa é o trabalho deles. Assim como criar o seu é seu.
14. Ficar sozinho é legal. Estar sozinho é difícil.
Estar sozinho, para experimentar, pensar e sonhar, sustentará e até
fortalecerá sua saúde mental. Mas sentir-se isolado o levará para o
outro lado. Faça o possível para se manter conectado – com as pessoas,
com os vizinhos, com os animais de estimação, com o caixa do
supermercado. E se você não está sozinho, fique de olho nos que estão.
Uma palavra gentil faz uma grande diferença.
15. O arrependimento é bom; pendurar no passado é ruim.
Ter arrependimentos mostra que você está ciente dos erros que
cometeu, das maneiras não tão boas como tratou os outros ou a si mesmo.
Apegar-se a coisas que você não pode mudar irá destruí-lo, então treine
seus olhos na estrada à sua frente.
16. O luto é uma merda.
As pessoas que você ama e se preocupam estarão perdidas para você, e
você terá que encontrar maneiras de lidar com isso. Leva muito mais
tempo do que você pensa, às vezes para sempre. Mas você precisa saber
que pode viver uma vida boa, até ótima, ao lado dela.
17. As pessoas são criaturas de hábitos E incrivelmente imprevisíveis. Incluindo você.
Abandone suas elevadas expectativas em relação às pessoas. Até de si mesmo.
18. Você vai se machucar — mas não precisa se agarrar a isso.
Mágoa, rejeição e dor fazem parte do trato humano. Mas continue
aprendendo a deixar ir, ou pelo menos afrouxar seu controle sobre isso.
19. Coisas ruins acontecem com pessoas boas.
Sim, eles fazem. E grandes coisas acontecem para significar pessoas. Vai saber.
20. A diversão também está em toda parte – mas às vezes está escondida.
Para citar os atemporais Desiderata de Max Ehrmann: “Apesar de toda a
sua farsa, labuta e sonhos desfeitos, ainda é um mundo lindo.”
Nem sempre parece assim, eu sei. Às vezes parece que a beleza foi
sugada dele. Mas há muita coisa boa no mundo. Faça da sua missão
continuar procurando por ele.
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A Constituição de 1988 foi certeira ao conferir ao município um poder
político e administrativo compatível com a importância deste ente
federativo para toda a população. Afinal, como dizia Franco Montoro,
“ninguém vive na União ou no Estado, as pessoas vivem no município”.
Entretanto, ao longo desses 35 anos de vigência da “Constituição
Cidadã”, o espírito constitucional, eminentemente municipalista, foi
distorcido pela criação serial de municípios Brasil afora que não
apresentavam a menor condição de existir como entes autônomos, incapazes
que são de gerar receitas que, no mínimo, empatem com suas despesas.
Uma pesquisa feita pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM)
sobre o estado das finanças das prefeituras, com foco na capacidade de
pagamento do 13.º salário para os servidores, é o retrato mais recente
desse descompasso entre o desejo original da sociedade de alçar o
município à categoria de ente federativo e a realidade de muitas das
5.568 cidades brasileiras – 1.385 delas criadas pós-1988. De acordo com a
pesquisa, 1.969 municípios (44,2% dos respondentes) admitiram que têm
débitos em atraso com fornecedores; 26,2% informaram à CNM que fecharão
2023 com as contas no vermelho.
Muitas dessas prefeituras são incapazes não apenas de pagar o 13.º
salário de seus servidores nos prazos legais, como constatou a CNM, mas
até mesmo de custear a prestação de serviços básicos, como coleta de
lixo.
O problema não está circunscrito às Regiões Norte e Nordeste. Em São
Paulo, por exemplo, 213 das 582 prefeituras consultadas pela CNM (36,6%)
disseram estar com dificuldade para quitar suas obrigações com
fornecedores. Ainda que a maioria dos municípios paulistas (61,2%) tenha
informado estar com as contas em dia, é preocupante constatar que mais
de um terço das cidades do Estado mais rico da Federação não tenha suas
finanças equilibradas, o que se reflete, invariavelmente, na qualidade
dos serviços públicos prestados aos cidadãos.
Há poucos dias, o Estadão publicou uma reportagem
revelando que, entre abril de 2022 e abril de 2023, as cidades do
interior paulista gastaram R$ 3,4 bilhões apenas para manter as 664
Câmaras Municipais sob fiscalização do Tribunal de Contas do Estado.
Esse montante foi usado, exclusivamente, para pagar salários e
bonificações de 6.908 vereadores e cerca de 25 mil servidores, além de
contas de consumo, viagens, serviços de limpeza e acesso à internet. Em
muitos casos, esses gastos foram sustentados, no todo ou em parte, por
repasses estaduais, via arrecadação do ICMS, e federais, por meio do
Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Não se pode afirmar, é claro, que todos os municípios do País que
passam por crises financeiras não deveriam existir como tais. Ainda que
possa haver razões comuns para a baixa arrecadação das prefeituras em
diferentes regiões do País, como o populismo de Jair Bolsonaro e a
irresponsabilidade do Congresso ao chancelar a tentativa do
ex-presidente de controlar o preço dos combustíveis em ano eleitoral por
meio do corte forçado das alíquotas de ICMS, há muitas particularidades
locais que não podem ser ignoradas, como má gestão, e que não têm
ligação direta com a eventual incapacidade de geração de receitas. Ao
mesmo tempo, é inegável que houve municípios criados sob a nova égide
constitucional por razões estreitas, como resolução de disputas locais
ou acomodação de interesses políticos. A Constituição teria sido
respeitada se a criação desses entes federativos se prestasse a melhorar
a vida das pessoas.
Agora, é muito difícil reverter essa perversão do municipalismo que
inspirou os constituintes originários. A razão é simples: no Congresso
Nacional, instituição autorizada a promulgar emendas à Constituição, são
muitos os parlamentares que não têm qualquer interesse em abrir mão de
municípios que podem até ser inviáveis financeiramente, mas são
riquíssimos do ponto de vista político, servindo-lhes muito bem como
currais eleitorais e destino de emendas ao Orçamento para lá de
suspeitas.
História por Luiz Guilherme Gerbelli • Jornal Estadão
O economista Marcos Lisboa avalia
que a economia colheu boas notícias em 2023, mas pondera que a área
fiscal tem uma “série de desafios” que deixaram de ser um problema de
médio prazo e estão se transformando numa questão de curto prazo
“A conta está chegando”, diz Lisboa, ex-secretário de Política Econômica e ex-presidente do Insper.
“A preocupação era a médio prazo, mas agora está virando curto prazo.
Houve um impulso fiscal muito forte em 2023 e isso está deixando
desafios grandes daqui para frente.”
Uma das grandes preocupações apontadas por ele é que o espaço aberto pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição foi preenchido por gastos que se tornaram permanentes, como aumentos de salários.
“Invariavelmente no Brasil, quando se tem uma folga fiscal, por
alguma razão, isso acaba virando despesa permanente com salários e
aposentadorias. É um traço brasileiro”, afirma. “Os números que estão
saindo começam a preocupar bastante. Qual vai ser o tamanho do
crescimento do gasto em 2024 e como é que vai se fazer esse ajuste?”,
questiona.
A seguir os principais trechos da entrevista concedida ao Estadão.
Qual é a avaliação sobre o desempenho da economia em 2023?
Houve boas notícias. Houve um cenário internacional que não foi ruim
como se esperava. O mundo tem conseguido reduzir a inflação com muito
menos custo do que no passado. E tem índicos – eu vou usar a palavra
indícios com muita precisão – de que várias reformas feitas nos últimos
anos tiveram bons resultados, como a trabalhista, as mudanças no mercado de capitais, o fim da TJLP (Taxa de Juros de Longo prazo, substituída pela TLP), a reforma da Previdência. Houve uma série de mudanças importantes. Teve todo o saneamento das estatais no governo Temer. Eu acho que o governo Temer deixou um legado que está gerando resultado.
Por que são apenas indícios?
Eu uso o termo indícios porque a gente ainda não tem dados
suficientes para testar o peso relativo de cada uma dessas hipóteses.
Mas os indícios são de que essas reformas tiveram impacto positivo no
mercado de trabalho e na economia. E esse é um aspecto que, às vezes, é
pouco enfatizado. O que acontece na economia num determinado
ano, em geral, é resultado de muitos anos anteriores. Da mesma maneira
que o primeiro governo Lula colheu muito dos frutos que foi feito no
governo Fernando Henrique e muitos dos problemas do governo Dilma –
não todos -, mas uma parte importante deles, foram construídos no
segundo governo Lula. A gente está colhendo muita coisa dos últimos
anos. De novo, eu preciso de mais dados para poder testar exatamente o
peso de cada um.
E o que preocupa?
A preocupação era a médio prazo, mas agora está virando curto prazo. A
preocupação é que houve um impulso fiscal muito forte em 2023 e isso
está deixando desafios grandes daqui para frente. De novo, tem um uma
defasagem entre a decisão tomada e o seu impacto mais estrutural. A
política fiscal tem uma série de desafios grandes, porque, ao romper com
o teto de gastos, você reintroduziu uma série deindexações nas despesas.
Já deu problema este ano. Só adiaram. O Judiciário brasileiro falou
assim: ‘vamos deixar a Constituição para valer a partir de 2024. Não
precisa fazer o ajuste em 2023.’ Mas o problema está aí. Despesas que
estão indexadas a receitas correntes voltaram. Isso traz desafios para o
crescimento da despesa em 2024. E há um aspecto da política fiscal no
Brasil que é muito preocupante. Invariavelmente no Brasil, quando se tem
uma folga fiscal, por alguma razão, isso acaba virando despesa
permanente com salários e aposentadorias. É um traço brasileiro. E
depois, não consegue fazer o ajuste, porque não pode cortar essas
despesas.
Isso ocorreu novamente?
A gente está vendo toda a dificuldade que vários Estados e municípios
estão tendo agora. É uma encrenca contratada. Na hora que você teve
folga fiscal, não virou investimento, não virou melhora relevante em
saneamento, em indicadores de escolaridade, em estradas. Virou, em
grande medida, nos governos locais, aumento de salários e
aposentadorias. Agora, a conta está chegando. E aí os municípios viram
para o governo e dizem que não podem pagar essa conta. É um desafio
forte para 2024. As projeções de variação da dívida são preocupantes. O
Brasil está destoando de outros países, inclusive, dos da América
Latina. Esse é um segundo aspecto.
Tem uma visão de que tem um governo do PT,
mas um Congresso mais conservador e isso acaba criando um equilíbrio.
Qual é a avaliação do sr.?
Eu discordo. Eu acho que tem tanto um governo quanto um Congresso com
uma agenda de despesas, em muitos casos, com demandas paroquiais, e uma
disputa para onde vai o recurso. Não é que tem um contraponto. Estamos
vendo todo o problema das emendas parlamentares e uma série de gastos
que estão sendo feitos e que vão ficando permanentes. Essa agenda é
preocupante. Isso sinaliza um cenário mais difícil para a macroeconomia
em 2024. O Brasil não é um país de juros reais altos à toa. Tem um
desafio aí. Um outro ponto que me preocupa é que começou a ter, nos
últimos anos, uma volta dessa agenda de distorções microeconômicas. Uma
série de medidas foram aprovadas nos dois últimos anos do governo
anterior e agora elas vão criando distorções no ambiente de negócio.
Isso prejudica a produtividade e o crescimento. Houve a boa nova que
foi, finalmente, a aprovação da reforma tributária depois de tantos anos de atraso.
Ela não saiu tão boa quanto poderia. Está também repleta de
distorções. Ainda tem um longo périplo de regulamentação por lei
complementar. Mas foi um bom avanço. É uma coisa curiosa. Nos momentos
difíceis, a gente faz boas reformas. Vimos isso várias vezes na história
brasileira nos últimos 30 anos. Nos momentos difíceis, a gente faz
avanços importantes, como a Previdência e, agora, a tributária, assim
como as primeiras reformas fiscais na época do Fernando Henrique. E nos
momentos em que há uma folga fiscal, essa captura do Estado volta, tanto
direcionando os gastos para essas despesas obrigatórias ou
transferências para grupos privados quanto ampliando as distorções.
Parece que a gente continua nessa coisa meio ciclotímica. Nos momentos
difíceis, há avanços, como aconteceu no governo Temer e, nos momentos em
que as coisas saem melhor do que o esperado, volta a captura.
E como vê a pressão da ala política do
governo por mais gastos? O governo vai ser pragmático em 2024, num ano
que deve começar com a economia desacelerando e uma eleição pela frente?
Eu acho que teve uma agenda da equipe econômica de tentar limitar o
crescimento do gasto. Tem uma dúvida em que medida ela será bem
sucedida. Os números que estão saindo começam a preocupar bastante. Qual
vai ser o tamanho do crescimento do gasto em 2024 e como é que vai se
fazer esse ajuste? O que eu vi foi um Congresso que, junto com a equipe
econômica, quis aprovar algumas medidas emblemáticas no espírito de que
‘pediram e a gente está fazendo’, mas, por outro lado, em troca das
emendas e de um comprometimento dos gastos. Os problemas renascem com
uma facilidade muito grande. Você dá uma ajuda e o problema aumenta. Eu
acho que teve um alinhamento de interesses que permitiu avançar com
algumas agendas positivas, mas os temas de preocupação também avançaram.
Tem risco de alguma piora no curto prazo, então?
Essa é a dúvida. Como é que vai se reagir em se confirmando a
estagnação que os dados sugerem? A reação vai ser pragmática, para usar o
seu termo, e a gente vai enfrentar uma agenda mais responsável e
transitória? Ou a gente vai cair num velho hábito e falar que aqui é
diferente e a gente não aceita a dificuldade? Vamos deixar a dificuldade
para frente? Não deu muito certo no passado. Nesses momentos em que
você tem recursos e tem uma dificuldade vindo, a nossa tendência, muitas
vezes, é tentar dobrar a aposta. Mas essa é uma dúvida e isso cabe aos
formuladores da política pública sobre como isso vai ser conduzido. Essa
é a dúvida.
Há sempre essa discussão de curto prazo
sobre as contas públicas, mas qual é a agenda de consolidação fiscal
necessária para o País?
Isso, infelizmente, é parte do nosso atraso. Na hora que tem uma
folga fiscal, ela é capturada para transferências, para grupos
organizados ou de benefícios tributários – como a gente viu na reforma –
ou de subsídios ou de aumento de salários. Aí o País tem dificuldade no
front fiscal, precisa, de alguma maneira, aumentar receita e você vai
atrás da criatividade para aumentar. É esse um processo disfuncional,
porque não se aumenta a receita de uma maneira organizada, clara e
sustentável. E o resultado disso é um País que tem essa ciclotimia. Se
pegar os 40 anos, entre 1980 e 2019, a gente teve 26 anos de crescimento
da renda por habitante. Cresceu, na média, 2,8% de renda por habitante.
Então, houve anos bons. Foram espetaculares, não. Mas o problema, nessa
ciclotimia, é que temos muitos anos ruins. Nesses 40 anos, tivemos 14
anos de queda da renda por habitante.
Isso é muito…
Quando se compara com outros países ricos, na média, foram três,
alguns tiveram quatro, cinco, seis anos de queda da renda por habitante.
Com os demais emergentes, é a mesma coisa. Em 40 anos, é muita coisa
ter 14 anos de queda da renda. É uma queda de país pobre. E as quedas no
Brasil tendem a ser relevantes. Isso dá essa ciclotimia, de um País de
que uma hora estar otimista, de que agora vai, mudou o voo e, de
repente, quando vem o problema, fala assim: ‘não tem jeito’. A gente não
consegue criar uma agenda estrutural de longo prazo. Qual é a agenda
econômica? A pergunta é essa. Cadê a agenda do País? Como a gente vai
lidar com os problemas de educação, de infraestrutura? E até acho que na
infraestrutura tem alguns sinais positivos nesse governo, mas vamos ver
se se concretizam.
O que o sr. enxerga de positivo na infraestrutura?
O ministro Renan Filho (dos Transportes) tem feito alguns anúncios
numa tentativa de organizar investimento em infraestrutura. O Brasil
está muito atrasado. Vamos ver se a coisa decola. A gente tem todo esse
embate se vai ou não vai em saneamento. O Brasil tem dificuldades em
temas muito básicos da infraestrutura e não consegue avançar. Toda a
parte da política pública é ausente no debate, como é que a gente
melhora os indicadores de aprendizado dos alunos e das alunas? Como é
que o governo federal pode colaborar com os governos locais para
melhorar o aprendizado das crianças? O Brasil tem um potencial imenso de
investimento em infraestrutura em várias áreas. A gente tem muita
deficiência. Isso atrapalha o crescimento econômico, dificulta a vida
dos negócios e aumentar a renda.
Por que ainda falta preocupação com a qualidade de política pública?
Esse é um tema que envolve governança. É uma palavra um pouco
desgastada, mas é um tema muito relevante. É naturalmente difícil para
um gestor avaliar criticamente a política que ele ou ela implementou.
Você precisa ter uma governança muito bem desenvolvida para que tenha
avaliação independente de resultados. E uma das dificuldades é que esse
processo de avaliação não é independente do Executivo. Eu acho que
deveria ser. Defendi isso há 20 anos. Deveria ter um órgão independente
com mandato como tem outros países. Na Austrália, por exemplo , a
comissão de produtividade avalia de forma independente as políticas
públicas e pública os resultados. Isso ajuda a criar pressão pela
melhora da política pública. Mas no Brasil, os recursos são muito
facilmente capturados por esses interesses do velho patrimonialismo.
O lítio continua a ser a tecnologia mais popular em automóveis
elétricos, mas a demanda por materiais mais eficientes e alternativas
mais sustentáveis para baterias está a aumentar. E o sódio, um dos
elementos mais comuns na Terra, pode afirmar-se como uma alternativa
viável, como solução de baixo custo complementar às baterias LFP.
Sobretudo para veículos compactos ou nas versões de acesso às gamas,
devido à sua menor densidade energética.
As baterias de iões de sódio têm características semelhantes, mas
capacidade inferior às de lítio. Mas, sendo o sexto material mais
abundante no planeta, é obtido a um preço inferior, não requer metais
raros, é mais fácil de reciclar, e funcionam melhor no frio.
Conjunto de vantagens que torna a tecnologia apetecível para os
construtores, com os chineses da JAC Motors na linha frente. A empresa
que é detida em 75% pela Volkswagen, arrancou com a produção do primeiro
automóvel elétrico equipado com bateria de iões de sódio, o Yiwei EV.
Yiwei EV faz 252 km com uma carga
De acordo com o CarNewsChina, o modelo está disponível com um pack de
baterias cilíndricas de íões de sódio da empresa HiNa Battery, num
módulo UE (Encapsulamento Unitário), com um design de “colmeia” e 25 kWh
de capacidade, o suficiente para percorrer até 252 quilómetros entre
carregamentos.
A JAC Motors, empresa fundada na China na década de 1960, e cuja
divisão de veículos elétricos é detida em 75% pelo Grupo Volkswagen, já
está presente em Portugal através da JAC Motors Iberia, com uma gama de
camiões elétricos de 7,5 toneladas.
A Boeing Defense entregou o primeiro submarino de longo alcance totalmente autônomo Orca (XLUUV) para a Marinha dos EUA.
A Boeing Defense alcançou um marco significativo com a entrega do primeiro submarino Orca Extra Large Uncrewed Undersea Vehicle (XLUUV)
para a Marinha dos Estados Unidos. Este evento marca a conclusão
bem-sucedida dos testes de aprovação do submarino inovador.
Designado pela Marinha dos EUA como ‘Orca’, este XLUUV representa uma
nova classe de submarinos autônomos. Sua capacidade de realizar missões
críticas de longa duração o torna uma ferramenta vital para alcançar o
domínio submarino em ambientes marítimos em constante mudança e em águas
contestadas.
Ann Stevens, vice-presidente de Sistemas Marítimos e de Inteligência da Boeing,
destacou a importância deste avanço tecnológico. “Este é o resultado de
mais de uma década de trabalho pioneiro, desenvolvendo um veículo submarino de longo alcance,
totalmente autônomo, com grande capacidade de carga útil, capaz de
operar de forma completamente independente”, afirmou Stevens.
Stevens também expressou orgulho pela equipe da Boeing, enfatizando a
inovação, perseverança e comprometimento que levaram à criação do UUV
(Unmanned Underwater Vehicle) mais avançado e capaz do mundo. Ela espera
que, com a parceria da Marinha, a Boeing continue entregando este
veículo revolucionário para a frota.
O Orca passou por uma série de testes no mar, incluindo manobras
acima e abaixo da superfície, para demonstrar suas capacidades únicas. O
projeto começou em 2012 com o desenvolvimento do Echo Voyager, um XLUUV
de prova de conceito. Testado no mar desde 2017, o Echo Voyager serviu
como precursor do Orca XLUUV e desempenhou um papel crítico no sucesso
do projeto, acumulando mais de 10.000 horas de operação no mar e
percorrendo centenas de milhas náuticas de forma autônoma.
Você já se perguntou como será o futuro? Bem, talvez você não precisa
esperar muito, porque 2024 será um ano cheio de inovações incríveis que
vão te surpreender.
O The NY Post apresentou tendências e novidades tecnológicas que cada
vez mais estarão em nosso dia a dia. Aqui estão sete destas tendências e
inovações que sem dúvida transformarão nossas vidas já neste ano.
1) A Inteligência Artificial continua a revolucionar as nossas vidas
A IA está em toda parte, desde nossos dispositivos diários, como
smartphones e alto-falantes inteligentes, até nossas casas inteligentes
que podem ajustar a temperatura, a iluminação e a segurança de acordo
com nossas preferências.
Mas a IA não está apenas tornando as nossas vidas mais convenientes e
confortáveis, mas também revolucionará os cuidados de saúde e outras
indústrias com algumas inovações revolucionárias.
O revolucionário dispositivo sem fio da Neuralink
Um dos projetos mais esperados e ambiciosos neste campo da IA é a
Neuralink , uma empresa de interface cérebro-computador fundada por Elon
Musk, o empreendedor visionário por trás da Tesla e da SpaceX.
Neuralink pretende criar um dispositivo sem fio que pode ser
implantado no cérebro e conectá-lo a um computador ou smartphone,
permitindo aos usuários controlar dispositivos, acessar informações e se
comunicar com outras pessoas apenas pensando. Imagine controlar membros
protéticos ou melhorar habilidades cognitivas apenas pensando.
Fique de olho no Kernel
A Neuralink não é a única empresa que trabalha com interfaces cérebro-computador.
Outros para ficar de olho são a Kernel, uma empresa de
neurotecnologia, que está criando um capacete de “leitura de mentes” que
usa sensores e lasers para obter informações sobre a atividade do
cérebro, níveis de oxigênio no sangue e muito mais.
Ao coletar dados detalhados sobre como o cérebro funciona e se
comporta, espera-se que isso possa levar a novos insights e avanços na
saúde mental, no envelhecimento, na cognição e em outros aspectos da
saúde do cérebro.
Meta aposta na IA e no Metaverso
Meta, a empresa anteriormente conhecida como Facebook, está na
vanguarda com suas duas apostas de longo prazo no futuro: IA e o
metaverso. Estas duas tecnologias não só estão a avançar rapidamente,
mas também vão convergir para criar novas possibilidades de interação
humana e criatividade.
A IA está se tornando mais acessível e poderosa do que nunca, graças
aos modelos de código aberto da Meta, como Llama e Llama 2, que foram
adotados e aprimorados por milhões de desenvolvedores em todo o mundo. A
IA também está cada vez mais integrada aos produtos que usamos todos os
dias, como Instagram, WhatsApp e Messenger, onde você pode gerar
imagens, conversar com assistentes, escrever melhor e editar fotos com
facilidade.
O metaverso também está tomando forma, com os Reality Labs da Meta
desenvolvendo novos dispositivos e plataformas que permitem experiências
imersivas e sociais em realidade virtual e aumentada. Os óculos Ray-Ban
Meta foram o primeiro passo em direção a um futuro onde a IA pode ver o
mundo da nossa perspectiva e nos ajudar a navegar nele.
O assistente Meta AI é um novo tipo de companheiro que será lançado
em 2024. Ele pode compreender e responder à sua voz, visão e gestos.
Como a Meta está tentando acompanhar o ChatGPT, ela contratou algumas
dezenas de celebridades renomadas para serem a aparência e a voz do novo
assistente de voz de IA da Meta. As celebridades irão incorporar a IA e
interpretá-la.
2) A realidade aumentada está nos levando a novas dimensões
A realidade aumentada, ou AR (sigla em inglês), é a tecnologia que
sobrepõe informações e imagens digitais ao mundo real, criando uma
experiência de realidade mista.
A AR está nos levando a novas dimensões, à medida que empresas como
Apple, Meta, Snapchat e Niantic criam experiências imersivas e
envolventes que melhoram nossa percepção e interação com o mundo. Mas
não pense que a AR serve apenas para jogos e entretenimento, mas também
para educação e aprendizagem. A AR pode tornar o aprendizado mais
divertido e interativo, pois pode dar vida a assuntos e conceitos.
A realidade aumentada está trazendo as compras até você
Outro domínio onde a AR está causando um grande impacto são as
compras. A AR pode ajudá-lo a tomar decisões melhores e mais informadas,
pois permite experimentar produtos, ver sua aparência ou ajuste e
comparar diferentes opções.
Amazon e Walmart já estão aproveitando a AR para fornecer
experiências de compra envolventes com seu recurso de teste virtual. A
AR está remodelando o nosso mundo e podemos esperar ver mais inovação e
adoção em 2024 e além.
3) Espere avanços na bioimpressão de tecidos e órgãos artificiais
Outra inovação interessante na área da saúde é a bioimpressão, que é o
uso da impressão 3D para criar tecidos e órgãos artificiais.
A bioimpressão poderia potencialmente resolver o problema da escassez
de órgãos e da rejeição de transplantes, bem como permitir medicamentos
personalizados e testes de drogas. A bioimpressão ainda está em seus
estágios iniciais, mas algumas empresas e pesquisadores como os do MIT
já fizeram progressos impressionantes. A IA está realmente mudando a
medicina como a conhecemos, e podemos esperar ver mais avanços e
aplicações em 2024 e além.
4) Serviço de táxi elétrico autônomo se torna disponível
Uma das tecnologias mais esperadas em 2024 é o serviço de táxi
elétrico autônomo da Zoox, subsidiária da Amazon. O slogan deles é:
“Construído para ciclistas – não para motoristas”. A Zoox vem
desenvolvendo e testando seus veículos autônomos em diversas cidades
desde 2020 e planeja lançar seu serviço em 2024.
Os veículos da Zoox são projetados para navegar em ambientes urbanos
complexos com direção nas quatro rodas, direção bidirecional e uma
cabine espaçosa que pode acomodar quatro passageiros. Os táxis da Zoox
podem ser reservados por meio de um aplicativo ou quiosque e oferecem
uma tarifa fixa por quilômetro. A Zoox pretende fornecer uma alternativa
mais segura, eficiente e confortável aos táxis convencionais e reduzir o
tráfego e a poluição.
5) Mais serviços de entrega de drones no céu
Espera-se que o ano de 2024 testemunhe um crescimento significativo
na utilização de serviços de entrega de drones, especialmente em áreas
urbanas onde o congestionamento do tráfego e a poluição são grandes
desafios. Os serviços de entrega de drones oferecem uma forma rápida,
conveniente e ecológica de transportar bens e serviços aos clientes,
reduzindo a necessidade de veículos rodoviários e de mão de obra humana.
Uma das empresas líderes neste campo é a Amazon, que adicionou uma
terceira cidade nos EUA que em breve terá a opção de receber seus
pacotes por drone a partir do final de 2024.
A Prime Air da empresa tem usado drones para entregar com segurança
pacotes pesando até cinco quilos em uma hora ou menos, há quase um ano. A
Prime Air também está apresentando o novo design do drone MK30, que a
empresa afirma ser mais silencioso, menor e mais leve que os modelos
anteriores.
6) Mais casas impressas em 3D serão erguidas
Esqueça contratar um empreiteiro antiquado para construir sua próxima
casa. Imagine ter uma casa construída por uma impressora 3D. Cada vez
mais destas casas serão construídas em 2024 como uma forma econômica e
ecológica de construir casas.
Uma empresa chamada ICON é líder em tecnologia de impressão 3D para
construção, com a missão de revolucionar a forma como construímos e
vivemos. Eles desenvolveram um sistema robótico que pode imprimir uma
casa inteira, camada por camada, usando um material durável chamado
Lavacrete, que é um tipo de concreto que pode resistir a condições
climáticas extremas e desastres naturais, ao mesmo tempo que reduz
resíduos e emissões. A ICON já imprimiu diversas casas ao redor do
mundo, incluindo a primeira comunidade impressa em 3D em Austin, Texas. A
visão da ICON é tornar a impressão 3D acessível a todos e criar casas
bonitas, funcionais e resilientes.
7) Aumento dos carros elétricos e do carro compartilhado
2024 será emocionante para os veículos elétricos. De acordo com
alguns especialistas, os veículos elétricos (VE) representarão mais de
40% das vendas de automóveis novos nos EUA até 2024, graças à crescente
acessibilidade, desempenho e benefícios ambientais dos VE.
O compartilhamento de carros também deverá crescer significativamente
em 2024, à medida que mais pessoas optarem por soluções de transporte
convenientes e econômicas. Algumas das principais plataformas de
compartilhamento de carros, como Zipcar, Turo e Getaround, oferecerão
mais opções de aluguel de veículos elétricos, bem como recursos
inovadores, como compartilhamento ponto a ponto, direção autônoma e
carregamento inteligente. Com carros elétricos e compartilhamento de
carros, o futuro dos transportes parece brilhante e verde em 2024.
Com a chegada de mais um novo ano, você talvez esteja refletindo
sobre o que gostaria de alcançar e que tipo de pessoa deseja ser nos
próximos 12 meses.
Mas embora cerca de um terço de nós planeje definir metas para nós mesmos em 2024, cumpri-las é outra questão.
Nos últimos anos, pesquisas revelaram que entre 17% e 45% de nós abandonamos essas tentativas já no primeiro mês.
E a maioria das pessoas desiste de suas resoluções no meio do ano, de
acordo com um estudo. (Ainda que, se considerarmos uma sondagem recente
do YouGov, os americanos foram um pouco melhores no cumprimento de suas
resoluções no ano passado, com apenas 16% das pessoas desistindo antes
do final do ano.)
Essas falhas podem levar ao que alguns psicólogos descrevem como um ciclo anual de “síndrome da falsa esperança”
Em vez disso, há algumas evidências de que talvez seja melhor definir
metas que mais alcançáveis. Uma pesquisa sugere que objetivos
realistas, específicos e onde o sucesso pode ser facilmente medido
tendem a ser mais fáceis de cumprir do que aqueles abstratos ou focados
em evitar algo, como deixar de fumar ou de beber.
Decidir em que focar, entretanto, pode ser difícil. Então, para
ajudá-lo a se decidir, aqui estão sete aspectos de sua vida nos quais
você pode se concentrar na primeira semana do ano novo, usando algumas
dicas baseadas na ciência.
Dia 1: Concentre-se no seu sono
Evite luzes fortes duas horas antes de dormir ou olhar para o
telefone antes de dormir. Uma pesquisa recente também descobriu que ter
uma hora de dormir consistente pode nos ajudar a manter um intestino
saudável.
E, enquanto você passa mais tempo na cama, você também pode tentar o
sonho lúcido, um estado de consciência de sonhar enquanto ainda dorme.
Muitas pessoas usam os sonhos lúcidos para ajudar a controlar pesadelos, resolver problemas e explorar ideias criativas.
Se você é inquieto, é hora de abraçar essa característica: aqueles
movimentos distraídos, como bater o pé, balançar o joelho ou mexer os
dedos, podem queimar uma quantidade surpreendente de calorias e ajudar a
reduzir o estresse.
Também este é um bom momento para sair e fazer algum exercício, o que
tem sido associado a uma melhor saúde cardíaca, um sistema imunológico
mais forte e uma maior perda de peso.
Enquanto estiver fazendo isso, você pode até tentar virar-se durante a próxima caminhada e andar de costas.
Descobriu-se que andar para trás queima mais calorias do que andar
para frente, ao mesmo tempo que fortalece os músculos das costas. É
particularmente recomendado para pessoas com problemas nos joelhos, pois
reduz a tensão na articulação do joelho e aumenta a flexibilidade dos
isquiotibiais. Também pode dar um impulso ao seu cérebro.
E não tenha medo de ficar enlameado nessas caminhadas para trás;
sujar-se pode ajudar a aumentar a diversidade de microrganismos
benéficos que vivem em nosso corpo. Pessoas com doenças de pele como
psoríase e dermatite atópica tendem a ter uma comunidade empobrecida de
micróbios na pele.
Sendo o maior órgão do corpo, a pele é surpreendentemente influente – e desempenha um papel curioso na formação da nossa saúde.
A pele seca ou danificada pode liberar substâncias bioquímicas que
contribuem para a inflamação em todo o corpo, afetando eventualmente
outros órgãos, como o coração e o cérebro.
Cuidar melhor deste órgão delicado, como usar protetor solar e
hidratante, pode não apenas ajudá-lo a manter uma aparência mais jovem,
mas também a melhorar sua idade biológica.
Dia 3: Concentre-se em sua mente
Converse com um estranho, aproveite um bom susto, abrace o caos da
vida. Todas essas coisas podem ajudá-lo a se sentir mais feliz, mais
resiliente e menos estressado, segundo a ciência.
Você também pode tentar algo novo. Desafiando-se, aprendendo uma nova
habilidade para aumentar a plasticidade cerebral, o que ajuda a mente a
se adaptar e se reconectar.
Se você estiver se sentindo particularmente enérgico, também pode tentar alguns agachamentos.
Ao trabalhar com e contra a gravidade, esses exercícios aparentemente
simples podem dar ao seu cérebro um impulso surpreendente no fluxo
sanguíneo, o que, por sua vez, pode melhorar as nossas capacidades
cognitivas e de resolução de problemas.
Se isso parece muito difícil, você pode tentar pensar que é jovem. A
pesquisa mostra que se você se considerar jovem, poderá viver mais.
Também pode valer a pena abraçar o poder da contemplação, seja
escalando uma montanha, observando o oceano ou maravilhando-se com um
céu estrelado. A contemplação pode reduzir o estresse, aumentar a
memória e proporcionar uma maior sensação de conexão com os outros e com
o mundo ao seu redor.
Ou por que não cantar um pouco – talvez o analgésico mais acessível
do mundo – e fazer um exercício aeróbico que liberta endorfinas, as
substâncias químicas que fazem o cérebro “sentir-se bem”?
Outra opção é simplesmente respirar. A pesquisa indica que os
exercícios respiratórios podem reduzir o estresse, a ansiedade e
diminuir a pressão arterial. Eles também podem ajudá-lo a dormir.
Ter amigos faz bem – eles podem estimular seu sistema imunológico,
melhorar sua saúde cardiovascular e fazer você se sentir mais feliz. Se
você incluir um pouco de ritmo no tempo que passa com seus amigos, isso
também pode ajudar a fazer você se sentir mais próximo.
Caminhantes que sincronizam seus passos tendem a se comunicar melhor,
enquanto batucar um ritmo com um amigo pode fazer com que ambos gostem
mais um do outro.
E os amigos que temos podem mudar nossos hábitos, para melhor e para
pior. Gostamos de captar dicas das pessoas ao nosso redor, e essas podem
ter um impacto poderoso em nosso comportamento.
Se você está procurando algo além de uma amizade, você deve aceitar
suas peculiaridades. Pequenas mudanças nas roupas que vestimos e ter
gostos e opiniões diferentes das convenções podem nos tornar mais
atraentes.
Adotar uma atitude diferente em relação ao perdão também pode ser um
passo simples que pode trazer múltiplos benefícios para nossas vidas.
Embora possa ser difícil, dizer “eu te perdôo” – e realmente querer
dizer isso – pode reduzir nossos níveis de estresse, ajudar-nos a ganhar
mais dinheiro e até mesmo a nos manter mais saudáveis à medida que
envelhecemos.
Dia 5: Concentre-se no que você come
Dezembro raramente é um momento para contagem de calorias ou
moderação, e com razão. Com mesas repletas de guloseimas salgadas e
doces, muitos de nós exageramos. Não é de surpreender que tantos de nós
comecemos o novo ano com esse tema na cabeça.
Se ainda tiver sobras das festas, comê-las em vez de jogá-las fora é
melhor para o clima. E embora colocá-las no micro-ondas possa ser mal
visto em certos círculos, essa é a melhor maneira de reter os nutrientes
dos alimentos.
Além disso, não há nenhum efeito negativo em usar micro-ondas (embora você possa evitar o uso de recipientes de plástico nele).
Ter uma dieta balanceada é obviamente bom em qualquer época do ano,
mas provavelmente ainda melhor depois de toda essa comilança. Pesquisas
sugerem que junk food – e sim, isso inclui os chocolates saboreados na
poltrona após o almoço – pode ser tão ruim para a mente quanto para o
corpo.
Estudos demonstraram que frutas e vegetais de cores variadas podem
melhorar a saúde do cérebro e reduzir as chances de desenvolvermos
doenças cardíacas.
E embora em certos países muitas pessoas optem por passar janeiro sem
beber, não é necessário fazer o mesmo com o café: pesquisas sugerem que
quem bebe café tem menor risco de morrer de acidente vascular cerebral,
doença cardíaca ou câncer. Embora, claro, seja importante consumir café
– como a maioria das coisas – com moderação.
Dia 6 – Concentre-se no seu condicionamento físico
Embora o exercício físico possa ajudar a aumentar a força, queimar
gordura e melhorar a saúde mental, ele também pode dar um impulso à
saúde dos micróbios do seu intestino.
Provavelmente não vale a pena ficar muito obcecado em atingir a meta
de 10 mil passos por dia – alguns estudos sugerem que um número menor
(menos de 5 mil por dia em alguns casos) pode ser suficiente para
melhorar a saúde.
Se você deseja entrar em forma rapidamente, apenas seis sessões de
treinamento intervalado podem aumentar o consumo máximo de oxigênio, uma
medida do condicionamento físico geral e da eficiência da capacidade do
nosso corpo de queimar o combustível armazenado em nossas células.
A hora do dia em que você se exercita também pode fazer a diferença –
pelo menos no que diz respeito ao seu desempenho. Pesquisas com
nadadores e ciclistas olímpicos, por exemplo, sugerem que eles tendem a
ser mais rápidos à noite. Mas isso também pode depender dos seus ritmos
circadianos.
Para aqueles que procuram fazer algumas sessões extras na academia, pode valer a pena abraçar o poder do placebo.
Foi provado que os atletas que tomam pílulas inertes apresentam
melhor desempenho do que aqueles que não tomam, um efeito que reflete o
que os médicos observam com os placebos médicos.
Mas o efeito também funciona com “placebos sociais” – treinar com
outras pessoas de uma forma que aumente o vínculo e forneça apoio pode
reduzir a sensação de fadiga e dor.
Dia 7 – Concentre-se nos seus hobbies
Embora ter alguns momentos ociosos para deixar sua mente vagar possa
trazer benefícios surpreendentes, algumas pessoas fazem de tudo para se
livrar do tédio.
Pessoas que ficam facilmente entediadas podem ser sugadas por
comportamentos viciantes, como o uso compulsivo de celulares, e essa
característica tem sido associada a uma maior suscetibilidade a uma
série de problemas de saúde mental.
Adotar um novo hobby pode ajudar a manter seu cérebro mais jovem,
ajudar a estimular a criatividade – e evitar o tédio. Os cientistas
vencedores do Nobel, por exemplo, listam cerca de três vezes mais
passatempos pessoais do que uma pessoa comum – e são particularmente
propensos a envolver-se em atividades criativas, como música, pintura ou
escrita de poesia.
Há boas notícias também se o seu passatempo preferido é ler um bom
livro: as pessoas que leem ficção são melhores em descobrir o que os
outros estão pensando e sentindo.
E se você gosta de ler em voz alta para outras pessoas, isso pode não
apenas melhorar sua memória do que você está lendo, mas também
facilitar a compreensão de textos complicados.
Bônus: concentre-se em sua vida sexual
Nossos ancestrais pré-históricos amavam tanto sexo que faziam até com
os Neandertais. Até a rainha Vitória da Grã-Bretanha praticava a
atividade com entusiasmo. Mas, apesar dessa paixão pelo sexo, seus
muitos mistérios ainda estão sendo investigados.
Por um lado, adotar uma “mentalidade de crescimento sexual”,
reconhecendo que os relacionamentos íntimos devem ser cuidados, em vez
de esperar que funcionem automaticamente, pode ajudar as pessoas a lidar
com os problemas no quarto.
Hoje também há uma abundância de aplicativos que permitem às pessoas
monitorar seus orgasmos. Isso inclui vibradores de “biofeedback”, por
exemplo, que usam dados de sensores internos para ajudar as pessoas a
visualizar seus orgasmos.
Para aqueles que temem uma conversa estranha com os filhos neste ano,
a pesquisa sugere que responder às perguntas de forma honesta e aberta
desde a tenra idade pode estabelecer um padrão positivo que torna mais
fácil falar sobre questões mais complexas mais tarde.
E banir os mitos em torno do sexo de forma mais geral pode ser um
passo positivo. Para algumas mulheres, perder a virgindade é algo
repleto de ansiedade, julgamento e exames dolorosos, em parte devido a
ideias antigas sobre o hímen.
Aprender como esse pequeno pedaço de tecido realmente funciona e
mudar a linguagem que usamos para descrevê-lo pode ajudar a melhorar o
sexo para todos.
Há fotos de velhas casas de madeira em Ishikawa que foram destruídas
pelo mais recente terremoto. Um edifício moderno tombou, embora os
canais de notícias tenham sido rápidos em apontar que ele foi construído
em 1971.
Segundo as informações divulgadas até o momento, houve cerca de 50 mortes e muitas pessoas ficaram feridas.
Mas é difícil pensar em qualquer outro país da Terra que pudesse ter
sofrido um terremoto como este sem ser afetado de forma muito pior.
Quando me mudei para lá, eu pulava da cama ao menor tremor em nosso prédio.
Mas, em poucos meses, eu dormia apesar dos tremores. No Japão, os
terremotos rapidamente se tornam parte da vida. Você se acostuma com
eles, até certo ponto.
Ainda há sempre aquela sensação incômoda no fundo da sua mente.
Quando será o próximo grande tremor? Nosso prédio é firme o suficiente?
Para a atual geração de japoneses, todos esses medos se concretizaram no dia 11 de março de 2011.
Durante dois minutos, a terra tremeu de uma forma que ninguém havia experimentado. Os abalos pareciam não acabar.
Qualquer pessoa que tenha passado por isso pode contar exatamente
onde estava e como se sentiu aterrorizada. Mas o pior ainda estava por
vir.
Em 40 minutos, os primeiros tsunamis começaram a chegar à costa. As
ondas destruíram paredes marítimas e varreram cidades e aldeias por
centenas de quilômetros ao longo do litoral japonês.
Tudo foi transmitido ao vivo pela televisão, por um helicóptero que sobrevoava a cidade de Sendai.
O dia seguinte trouxe notícias ainda mais terríveis: uma central
nuclear estava em crise. Os colapsos de Fukushima haviam começado.
Centenas de milhares de pessoas foram obrigadas a deixar suas casas. Mesmo Tóquio não estava segura.
A marca daquele dia deixou um profundo trauma coletivo. Nos meses que
se seguiram, procurei um novo lugar para morar na capital japonesa.
Minha esposa estudou mapas geológicos para ver onde estava a rocha mais
forte, em terrenos elevados, longe de quaisquer rios. Ela era obcecada
pela idade dos edifícios.
Ela foi clara: “Não vamos alugar nenhuma casa que foi construída antes de 1981.”
Assim que nos mudamos para nosso prédio (de 1985), começamos a
acumular comida e água. As reservas ficavam guardadas embaixo da pia do
banheiro, onde mantínhamos caixas com prazo de validade de até cinco
anos.
O pavor e o horror de 2011 retornaram na segunda-feira (1/1).
E, no entanto, este terremoto mais recente representa também uma história notável de sucesso do Japão.
O país não estima o impacto dos terremotos por magnitude. Ele relata o
quanto o chão treme, numa escala que vai de um a sete. E, na
segunda-feira, o tremor em Ishikawa atingiu o máximo, sete.
Houve destruição generalizada de estradas e pontes, com enormes
deslizamentos de terra. Mas a grande maioria dos edifícios continua de
pé.
Nas grandes cidades de Toyama e Kanazawa, a vida já volta a uma espécie de normalidade.
Falei com um amigo na cidade vizinha de Kashiwazaki. “Foi realmente assustador”, contou ele.
“Esse terremoto foi de longe o maior que já experimentei aqui. E
tivemos que evacuar para longe da costa. Mas agora estamos de volta em
casa e está tudo bem.”
Isso é um resumo de uma história notável do triunfo da engenharia que
começou há um século, em 1923, quando um enorme terremoto atingiu
Tóquio.
O Grande Terremoto de Kanto, como é conhecido, arrasou grandes áreas
da cidade. Os edifícios modernos de tijolos, construídos segundo os
padrões europeus, desmoronaram.
O desastre levou à elaboração do primeiro código de construção
resistente a terremotos do Japão. A partir de então, os novos edifícios
precisariam ser reforçados com aço e concreto. Os edifícios de madeira
teriam vigas mais grossas.
Cada vez que o país foi atingido por um grande abalo sísmico, os danos foram estudados e os regulamentos atualizados.
O maior salto ocorreu em 1981, quando todos os novos edifícios passaram a exigir medidas de isolamento sísmico.
Mais uma vez, após o terremoto de Kobe em 1995, foram aprendidas novas lições.
Uma medida do sucesso é que, quando ocorreu o enorme terremoto de 9.0
graus em 2011, o nível de tremor em Tóquio atingiu 5. Trata-se do mesmo
nível de abalo que a capital do Japão sofreu em 1923.
Em 1923, porém, a cidade foi arrasada e 140 mil pessoas morreram.
Em 2011, os enormes arranha-céus balançaram, as janelas se quebraram,
mas nenhum edifício importante caiu. Mas foi o tsunami que matou
milhares de pessoas — e não os tremores no solo.