terça-feira, 19 de dezembro de 2023

O POVO DA AMÉRICA LATINA ESTA DEMONSTRANDO DESINTERESSE PELA POLÍTICA

História por JÚLIA BARBON  • 10h

BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) – Um processo constitucional que durou quatro anos chega ao fim no Chile como um novo símbolo do cansaço da população em relação à classe política na América Latina. Mesmo após um longo debate impulsionado por um forte desejo de transformações, 56% dos chilenos preferiram sua Constituição atual a qualquer mudança em referendo neste domingo (17).

“A proposta de reforma constituinte acabou gerando frustração e desinteresse em boa parte da população”, admitiu o próprio presidente Gabriel Boric, grande impulsionador inicial do processo, após a divulgação dos resultados.

“Não é tanto sobre esquerda ou direita, mas sim sobre o cansaço, o tédio, o desinteresse em relação à política. Uma falta de relação entre a demanda da sociedade e a oferta da política”, diz o sociólogo Eugenio Guzmán, professor da Universidad del Desarrollo (UDD).

Sinal disso é como o eleitorado foi mudando de ideia ao longo desses últimos anos. Tudo começou com o “estallido social” de 2019 -protestos em massa que tiveram como gatilho o aumento do valor da passagem de metrô e culminaram em uma explosão violenta contra o elevado custo de vida, as falhas do Estado na educação e na saúde e a corrupção.

Corta a cena, e a conclusão de analistas é de que a classe política não conseguiu responder a essa raiva nem redirecioná-la, e a população reagiu se polarizando.

Primeiro, quando o pêndulo estava voltado à esquerda, uma grande maioria expressou sua vontade de rever a Carta Magna liberal herdada do regime do ditador Augusto Pinochet, escrita em 1980 e abrandada nos anos 2000.

Depois, viu-se envolta em um processo marcado por inexperiência e desordem na elaboração de uma primeira proposta de mudança, formulada por uma Assembleia Constituinte composta por 154 pessoas, em sua maioria cidadãos comuns. Rejeitou esse texto, considerado progressista demais e marcado por discussões identitárias.

Em seguida, deu uma guinada ao outro lado do espectro político e elegeu um novo conselho de maioria ultradireitista. Se num ano a Constituinte estava debatendo o direito das mulheres, da comunidade LGBTQIA+ e dos indígenas, no outro estava pensando em como limitar o direito ao aborto.

Já cansada, a população agora escolheu rejeitar também a mais nova Constituição. “Embora o eleitorado chileno tenha sido extremamente variável nestes anos, a verdade é que há uma constante: boa parte dos cidadãos não se identifica com os partidos e considera que as elites vivem em uma bolha alheia aos interesses da maioria”, diz o cientista político Gabriel Gaspar, para quem a vitória do “contra” neste domingo significou uma derrota para os extremistas.

O Chile também mudou muito nesse meio tempo. Se o primeiro processo eleitoral aconteceu numa época em que a população pedia mudanças profundas, na Previdência, na saúde, no reconhecimento de direitos das minorias, agora o chileno quer ordem e segurança.

“Votei a favor porque já estou aposentado e quero certezas. Quero manter meu sistema de aposentadoria e de seguro de saúde, que são bons e são privados. Também votei por causa da segurança e do controle migratório”, dizia Carlos Ronda, 72, ao votar no Estádio Nacional neste domingo.

Nos últimos anos, o país tem vivido uma retração econômica, com alta da inflação, da pobreza, da informalidade e da violência, com a expansão de um crime organizado que os chilenos desconheciam. Também passa por uma crise migratória, com a chegada de venezuelanos e peruanos.

Para um consultor político de um partido de direita que não quis ser identificado, a vitória do “contra” reflete a incapacidade das forças políticas de reconduzir a crise social de 2019 -e, consequentemente, todos os problemas sociais– pelas vias institucionais e políticas. Ele afirma que o resultado é uma grande crítica a uma forma de condução que não é só da esquerda, mas também da direita, para gerar acordos políticos e um produto como a Constituição.

O fenômeno não é exclusivo ao Chile, e repete um processo que o estudo Latinobarômetro chamou recentemente de “recessão democrática” na América Latina, com o colapso da avaliação dos governos e da imagem dos partidos políticos na última década.

Sete em cada dez latino-americanos dizem estar insatisfeitos com a democracia e, em alguns países, a indiferença ou a preferência por um regime autoritário são maiores que o desejo pela soberania popular. O Chile continua, porém, sendo o país com a maior defesa democrática da região.

Boric chamou a atenção para essa tradição em seus discursos neste domingo, dizendo que “isso é algo que não deve ser minimizado, porque nem todos os lugares são assim”, e optou por um chamado à união e aos consensos. “O fim do processo deve gerar um clima para um melhor entendimento”, declarou.

 

GOVERNO NÃO QUER ACEITAR AS ANOMALIAS FEITAS NO ORÇAMENTO PELO CONGRESSO

 

História por THAÍSA OLIVEIRA  • Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou nesta segunda-feira (18) que o avanço do Congresso sobre o Orçamento por meio de emendas é uma “anomalia do sistema”, e disse que a situação tende a “ficar impossível”.

Um dos auxiliares mais próximos de Lula (PT), o senador também afirmou que o presidente entende o novo funcionamento do Congresso, mas não gosta. Segundo ele, Lula é “muito mais da reciprocidade e do reconhecimento do que faca no pescoço”.

“Entender [o novo sistema] ele [Lula] entendeu, gostar ele não gosta. São duas coisas diferentes. Eu acho também que o Congresso ainda não entendeu que a Presidência está sob nova direção. Que é totalmente diferente da anterior”, disse.

O senador disse também: “Eu não vou chamar ninguém para a briga, mas na minha opinião vai chegar um momento que vai ficar impossível. Vai ter que ter um ponto de arrumação, senão vai ficando ingovernável”.

Wagner também afirmou que Lula não vai dividir o Ministério da Justiça e Segurança Pública em dois com a ida de Flávio Dino para o STF (Supremo Tribunal Federal). Wagner disse ainda que a questão de gênero não deve ser decisiva para o presidente na escolha do futuro ministro.

“Ele já me falou que não vai [dividir o ministério]. Ele só não me falou quem vai ser o ministro. Agora, repare, eu posso ser desmentido por ele. O que eu vou fazer? Nada. Porque a vida é assim. Eu estou falando que eu realmente conversei e perguntei objetivamente: o senhor pretende dividir? Ele falou: não”, disse o senador a jornalistas.

Na semana passada, o senador sinalizou que Lula ainda não decidiu quem vai indicar para o comando do ministério, mas disse saber quem não vai ser ministro: Ricardo Lewandowski, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, além dele próprio.

Em café com jornalistas nesta segunda, o senador afirmou que não “interditou” o nome de Lewandowski nem indicou o subchefe para Assuntos Jurídicos da Presidência, Wellington César Lima e Silva, para o cargo.

O senador afirmou que o ministro aposentado do STF “seguiu outros caminhos”, e que não tinha interesse na pasta.

LULA QUER A PRESENÇA DE PUTIN DE QUALQUER FORMA NA REUNIÃO DOS BRICS

 

História por CdB  • Correio do Brasil

No início deste ano, o TPI emitiu, em tempo recorde, mandados de prisão contra Putin e Maria Lvova-Belova, a autoridade russa no centro do suposto esquema para deportar à força milhares de crianças ucranianas para a Rússia. O organismo internacional fica sediado na cidade de Haia, na Holanda.

Assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assuntos internacionais, o diplomata Celso Amorim estuda uma fórmula para garantir a presença do presidente russo, Vladimir Putin, na cúpula do BRICS, grupo econômico que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, no ano que vem.

Vladimir Putin é alvo de uma ação no Tribunal Penal Internacional© Fornecido por Correio do Brasil

— Nós queremos que Putin venha. Uma conferência do G20 sem a Rússia é uma conferência incompleta. Se formos falar de temas como reforma da governança global, como vai ignorar a Rússia? A Rússia é um ator necessário. Sua ausência vai contra o interesse do G20 — afirmou Amorim, à mídia conservadora, nesta segunda-feira.

O Brasil firma esta posição apesar de denúncia do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o presidente russo. Amorim criticou a forma como o TPI evoluiu.

— O TPI foi criado na época em que eu era embaixador na ONU e foi visto como um progresso. Mas o fato é que as grandes potências ficaram de fora. Só vale para os outros? — questionou.

Tribunal seletivo

No início deste ano, o TPI emitiu, em tempo recorde, mandados de prisão contra Putin e Maria Lvova-Belova, a autoridade russa no centro do suposto esquema para deportar à força milhares de crianças ucranianas para a Rússia. O organismo internacional fica sediado na cidade de Haia, na Holanda.

É improvável, no entanto, que um julgamento em Haia vá adiante. A Rússia não é membro do TPI e o tribunal não realiza julgamentos à revelia, portanto, qualquer funcionário russo acusado teria que ser entregue por Moscou ou preso fora da Rússia.

A Rússia, por sua vez, caracterizou os relatos de realocação forçada como “absurdos” e disse que faz o “melhor” para manter os menores com suas famílias.

A Corte funciona desde julho de 2002 de maneira independente e suas decisões podem ser cumpridas em 123 países.

Criminosos

O Tribunal, no entanto, tem demonstrado certa seletividade em suas decisões, por exemplo, ao não se pronunciar sobre o pedido de prisão exigido contra o premiê de Israel, Benjamin Nethanyahu, por crimes contra a Humanidade, ao determinar o bombardeio aleatório de alvos na Faixa de Gaza. A ação já causou a morte de mais de 18 mil civis, segundo cálculos das Nações Unidas (ONU).

Formado por 18 juízes de diferentes países, a autarquia é uma das principais instituições ligadas ao Direito Internacional, sendo responsável pelo julgamento de quatro tipos específicos de crimes que violam os direitos humanos: contra a humanidade; de guerra; de genocídio e de agressão.

Desde 2018, o Tribunal de Haia é presidido pelo juiz nigeriano Chile Eboe-Osuji. Atualmente, a Corte não conta com membros brasileiros, e a única representante da América do Sul é a peruana Luz del Carmen Ibáñez Carranza. A juíza brasileira Sylvia Steiner integrou o primeiro corpo de magistrados do Tribunal e atuou em Haia de 2003 a 2016.

Bagrinhos

Até hoje, desde sua fundação em Roma, no dia 1º de julho de 2002, o TPI analisou apenas 30 casos, que contam com dez condenações e quatro absolvições. Além disso, os juízes do Tribunal já emitiram 35 mandados de prisão e 17 pessoas foram presas no Centro de Detenção de Haia.

O primeiro condenado foi Thomas Lubanga. Sua sentença foi proferida em 10 de julho de 2012 após oito anos de processo. Foi condenado a 14 anos de prisão por liderar um movimento rebelde na República Democrática do Congo e recrutar crianças menores de 15 anos para lutar em conflitos armados na região.

Além do líder africano, nenhum europeu, norte-americano ou asiático foi condenado pela Corte Internacional.

VEJA O QUE FICA MAIS BARATO E O QUE FICA MAIS CARO NA REFORMA TRIBUTÁRIA

História por Redação  • Catraca Livre

Reforma tributária: Veja o que fica mais barato e o que fica mais caro© Istock/Edson Souza

Aprovada na sexta-feira, 15, após 30 anos de discussão, a reforma tributária simplificará a tributação sobre o consumo e provocará mudança na vida dos brasileiros na hora de comprar produtos e serviços.

Créditos: Istock/Edson Souza

Cesta básica, remédios, combustíveis, serviços de internet em streaming, os produtos são diversos. Com uma longa lista de exceções e de alíquotas especiais, o novo sistema tributário terá impactos variados conforme o setor da economia.

Paralelamente, pela primeira vez na história, haverá medidas que garantam a progressividade na tributação de alguns tipos de patrimônio, como veículos, e na transmissão de heranças.

Ao longo do próximo ano, o Congresso terá de votar leis complementares para regulamentar a reforma tributária. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, os projetos serão enviados nas primeiras semanas de 2024.

Também no próximo ano, o governo poderá dar início à reforma do Imposto de Renda, com mudanças como a taxação de dividendos (parcela de lucros das empresas distribuídos aos acionistas). Nesse caso, porém, as mudanças ocorrerão por meio de projeto de lei, com quórum menor de votação.

Confira como a reforma tributária mudará o dia a dia do consumidor:

Cesta básica

Um dos itens que mais gerou polêmica na reforma foi a tributação da cesta básica. O Senado havia criado duas listas de produtos. A primeira com a cesta básica nacional, destinada ao enfrentamento da fome. Essa cesta terá alíquota zero e poderá ter os itens regionalizados por lei complementar.

Os senadores haviam criado uma segunda lista, chamada de cesta básica estendida, com alíquota reduzida para 40% da alíquota-padrão e mecanismo de cashback (devolução parcial de tributos) a famílias de baixa renda.

O relator da reforma na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), no entanto, retirou essa lista, sob o argumento de que boa parte dos alimentos é beneficiada pela alíquota reduzida para insumos agropecuários.

O impacto final sobre os preços, no entanto, ainda é desconhecido. No fim de junho, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) apresentou um relatório segundo o qual a cesta básica poderia subir 59,83% em média com a redação anterior da reforma tributária, que reduzia pela metade a alíquota do Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) dual.

O estudo, no entanto, foi contestado por economistas, parlamentares e membros do próprio governo. Na época, o secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, disse que o novo sistema baratearia a cesta básica.

O relator da reforma na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), apresentou um estudo do Banco Mundial, segundo o qual a carga tributária sobre a cesta básica cairia 1,7%, em média, com a alíquota de IVA dual reduzida em 50%.

A disparidade nas estimativas ocorre porque atualmente muitos produtos da cesta básica são tributados em cascata, com os tributos incidindo sobre o preço na etapa anterior da cadeia, antes de chegarem aos supermercados.

A isenção atual de tributos federais sobre os produtos da cesta barateia os produtos por um lado, mas por outro lado impede o aproveitamento de créditos tributários, devoluções de tributos pagos nas etapas anteriores da cadeia produtiva.

No sistema de IVA dual, a devolução dos créditos tributários, segundo o governo, compensaria a cobrança de impostos. A alíquota do IVA dual só será definida após a reforma tributária.

O relatório da Abras usou uma alíquota de IVA de 12,5%, pouco menos da metade da provável alíquota cheia de 27,5% estimada por economistas, para justificar um eventual encarecimento da cesta básica.

O novo redutor de 60% e a futura alíquota zero deverão baratear os produtos da cesta básica, mas o cálculo sobre o impacto final só poderá ser feito quando a reforma tributária entrar em vigor.

Itens mais industrializados, com cadeia produtiva mais longa, deverão ter redução maior de preços. Alimentos in natura ou pouco processados deverão ter leve redução ou até leve aumento porque terão poucos créditos tributários.

Remédios

O texto aprovado prevê a alíquota reduzida em 60% para medicamentos e produtos de cuidados básicos à saúde menstrual. O Senado incluiu na lista de alíquota reduzida produtos de nutrição enteral e parenteral, que previnem ou tratam complicações da desnutrição.

Segundo especialistas, a reforma não deverá trazer grandes impactos sobre o preço dos medicamentos. Isso ocorre por dois motivos. Primeiramente, os medicamentos genéricos estão submetidos a uma legislação específica.

Além disso, a Lei 10.047, de 2000, estabelece um regime tributário especial a medicamentos listados pelo Ministério da Saúde.

O Senado também incluiu na isenção de IVA a compra de medicamentos e dispositivos médicos pela administração pública e por entidades de assistência social sem fins lucrativos.

A Câmara dos Deputados tinha zerado a alíquota para medicamentos usados para o tratamento de doenças graves, como câncer.

Combustíveis

A reforma tributária estabelece um regime de tratamento diferenciado para combustíveis e lubrificantes. O IVA dual, com alíquota única em todo o território nacional e variando conforme o tipo de produto, será cobrado apenas uma vez na cadeia produtiva, no refino ou na importação. A mudança segue uma reforma proposta em 1992.

Durante a tramitação no Senado, no entanto, foi incluída a possibilidade de cobrança do Imposto Seletivo, tributo sobre produtos que gerem danos à saúde e ao meio ambiente, sobre combustíveis e petróleo (para a extração de petróleo e de minérios, haveria alíquota de 1%).

Durante a votação na Câmara nesta sexta-feira, o PSOL tentou elevar essa alíquota, mas os deputados derrubaram o destaque.

Segundo o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), o imposto seletivo deve gerar R$ 9 bilhões em arrecadação, considerando apenas a exploração de petróleo, sem os demais minérios.

Segundo o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), o regime diferenciado levará a uma forte alta do preço final aos consumidores.

Especialistas, no entanto, afirmam que o impacto é incerto porque muitos pontos do regime diferenciado para os combustíveis serão definidos por lei complementar e a reforma prevê a possibilidade de concessão de créditos tributários. Além disso, o impacto só será conhecido após a definição da alíquota cheia do IVA dual.

Veículos

A cobrança de Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) passará a incidir sobre veículos aquáticos e aéreos, como jatos, helicópteros, iates e jet ski.

A reforma também estabelece que o imposto passará a ser progressivo conforme o impacto ambiental do veículo. Veículos movidos a combustíveis fósseis pagam mais. Veículos movidos a etanol, biodiesel e biogás e os carros elétricos pagarão menos IPVA.

O Senado acatou uma emenda da senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) e incluiu a compra de automóveis por taxistas e pessoas com deficiência e autismo entre os itens com alíquota zero. O benefício existe atualmente e seria extinto com a reforma tributária.

Em julho, durante a primeira votação na Câmara, os deputados criaram uma lista de exceção para evitar a cobrança sobre veículos usados para a agricultura e para serviços.

A relação abrange os seguintes tipos de veículos: aeronaves agrícolas e certificadas para prestar serviços aéreos a terceiros; embarcações de pessoa jurídica com outorga de serviços de transporte aquaviário; embarcações de pessoa física ou jurídica que pratique pesca industrial, artesanal, científica ou de subsistência; plataformas que se locomovam na água sem reboques (como navio-sonda ou navio-plataforma); e tratores e máquinas agrícolas.

No Senado, a prorrogação, até 2032, de um incentivo para montadoras das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste elevou as tensões. Na primeira votação, em julho, a Câmara havia derrubado a prorrogação desse incentivo.

Na primeira versão do relatório no Senado, o incentivo foi prorrogado apenas para a produção de carros elétricos, mas a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa estendeu o benefício a montadoras de veículos movidos a biodiesel e a veículos híbridos movidos a biodiesel e a gasolina.

Isso gerou mal-estar entre os governadores do Sul e do Sudeste, que alegaram desigualdade de condições com as montadoras instaladas nas duas regiões.

Na sexta-feira, o relator Aguinaldo Ribeiro concordou em manter o benefício no texto-base, mas destacar esse ponto. Diferentemente da primeira votação na Câmara, onde o incentivo obteve 307 votos, um a menos que os 308 necessários, os deputados mantiveram o benefício por 341 votos a favor, 153 contra e quatro abstenções.

 

OCDE RECOMENDA QUE O BRASIL EVITE ELEVADAS BARREIRAS COMERCIAIS E DESAMARRE O ORÇAMENTO

História por BERNARDO CARAM  • Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) recomendou nesta segunda-feira (18) que o Brasil busque ganhos de eficiência e produtividade por meio da correção de distorções como elevadas barreiras comerciais e um Orçamento excessivamente amarrado, além de estimular investimentos públicos e privados com foco na agenda verde.

A edição de 2023 do documento com diagnóstico da economia brasileira traz avaliações positivas sobre a retomada da atividade desde o arrefecimento da pandemia de Covid-19, destacando o recente processo de redução da inflação no país, e prega responsabilidade fiscal para apoiar a política monetária.

O relatório ainda projeta que a dívida pública do Brasil seguirá em alta mesmo com a aprovação do novo arcabouço fiscal e da reforma tributária. O cenário da OCDE aponta para uma dívida bruta de 80% do PIB em 2024, contra os atuais 74,7% do PIB.

As simulações da OCDE ainda sugerem que esse patamar alcançará 90% do PIB em 2047, em cenário que já “pressupõe que o novo marco fiscal adotado e a reforma tributária sejam implementados, elevando o crescimento potencial em cerca de 0,5 ponto percentual”.

Para melhorar esse cenário, o relatório recomenda que o governo avance com reformas estruturais, como uma nova rodada de mudanças em regras da Previdência e consolidação de programas sociais.

A OCDE pontuou que o novo arcabouço do governo para as contas públicas estabelece metas fiscais e limites de despesa, com mecanismos de correção de rota caso os objetivos não sejam alcançados, mas enfatizou a necessidade de retirar amarras do Orçamento.

“O processo orçamentário é limitado pela vinculação generalizada de receitas e pelos limites mínimos de despesas obrigatórias, juntamente com uma forte indexação automática”, disse.

Nessa área, o governo prometeu rediscutir a forma de calcular os gastos mínimos com saúde e educação, vinculados ao desempenho da receita, o que acaba comprimindo o Orçamento.

O relatório, produzido antes da aprovação final da reforma tributária sobre o consumo pelo Congresso, destacou que a aprovação da proposta e a vigência do novo marco fiscal impulsionarão a atividade econômica.

Com avaliação de que a atividade vem se recuperando e teve forte expansão no primeiro semestre deste ano, a OCDE afirmou que há agora uma convergência para o crescimento potencial da economia. O relatório estima que o Brasil crescerá 3% em 2023 e 1,8% em 2024.

O documento afirmou que a inflação no país está caindo, enfatizando que um aumento da credibilidade fiscal de longo prazo pode ajudar no trabalho do Banco Central e permitir que as taxas de juros caiam mais.

“Preservar a credibilidade da política monetária é essencial para manter as expectativas de inflação firmemente ancoradas”, disse.

BARREIRAS COMERCIAIS

Em uma das recomendações, a OCDE afirmou que o acesso do Brasil a mercados estrangeiros e uma integração mais profunda nas cadeias globais de valor poderiam ser facilitados pela redução das barreiras comerciais, em meio a algumas discussões no governo Luiz Inácio Lula da Silva que caminham em sentido contrário.

A instituição multilateral apontou que as tarifas médias de importação do Brasil são cerca de oito vezes mais altas do que as do México, por exemplo.

“As barreiras não tarifárias também são relativamente elevadas, incluindo requisitos generalizados de conteúdo local”, disse.

Recentemente, com a justificativa de que busca estimular a produção doméstica, o governo anunciou que a isenção de Imposto de Importação para veículos elétricos será extinta. Em outra área, está em debate uma possível proibição da importação de biodiesel para uso na mistura obrigatória do diesel fóssil para beneficiar a produção local.

Na área de sustentabilidade, o documento sugere que o Brasil fortaleça suas políticas ambientais e invista em infraestrutura resistente ao clima, ressaltando que os gastos em obras são baixos e ineficientes, sendo necessário também estimular a participação do setor privado.

“A criação de condições adequadas para o investimento privado exigirá repensar os atuais mecanismos de partilha de riscos”, afirmou, em meio aos debates no governo para lançar um instrumento de proteção cambial para investimentos sustentáveis de longo prazo.

 

NOVO ENSINO MÉDIO NÃO AGRADA PROFESSORES E ESTUDANTES

História por admin3  • IstoÉ Dinheiro

A maioria dos estudantes, professores e gestores de escolas que começaram a implementar o Novo Ensino Médio disse estar insatisfeita com o novo modelo. Os jovens também reclamam que o que é ofertado pelas redes de ensino não tem correspondido ao que é demandado. Os resultados fazem parte de pesquisa que está sendo realizada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

A pesquisa entrevistou 2,4 mil professores, gestores e estudantes que atuaram ou estudaram em escolas públicas estaduais que implementaram o Novo Ensino Médio na 1ª série no ano de 2022. As entrevistas foram feitas de forma presencial ou por telefone, entre 23 de junho e 6 de outubro de 2023.

Os dados divulgados são apenas uma parte da pesquisa cujo relatório final deverá ser concluído em janeiro de 2024.

Os resultados mostram que 56% dos estudantes, 76% dos docentes e 66% dos gestores estão insatisfeitos com as mudanças promovidas pelo Novo Ensino Médio. Na outra ponta, 40% dos estudantes, 17% dos docentes e 26% dos gestores disseram estar satisfeitos. Os demais estavam ausentes, não sabem ou não responderam.

O novo modelo, aprovado em 2017, começou a ser implementado em 2022 e causou uma série de polêmicas. Após uma consulta pública, o modelo está sendo novamente discutido no Congresso Nacional e poderá ser votado pela Câmara dos Deputados esta semana.

Pelo Novo Ensino Médio, parte das aulas passa a ser comum a todos os estudantes do país, direcionada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Na outra parte da formação, os próprios alunos poderão escolher um itinerário para aprofundar o aprendizado. Entre as opções, está em dar ênfase às áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ao ensino técnico. A oferta de itinerários, no entanto, depende da capacidade das redes de ensino e das escolas.

A pesquisa mostra que 86% dos estudantes elegeram a Formação Técnica e Profissional como uma das áreas de seu interesse, mas apenas 27% dos gestores informaram ofertar disciplinas ou cursos deste tipo em suas escolas.

Desafios

Para os gestores, o maior desafio para a implementação, apontado por 74% dos entrevistados, é a formação continuada para docentes e gestores. Dois a cada três gestores (67%) apontaram também como desafio a adequação da infraestrutura. A mesma porcentagem considera um desafio a obtenção de apoio técnico e aquisição e elaboração de material didático.

Os professores também consideram a formação que receberam inadequada. Para 59% deles, a formação para implementar a BNCC foi inadequada e para 64% a formação para implementar os itinerários formativos deixou a desejar.

Segundo a coordenadora do setor de Educação da Unesco no Brasil, Rebeca Otero, a pesquisa foi feita para subsidiar as tomadas de decisão do Ministério da Educação (MEC) e os estados.

“Eu acho que essa pesquisa traz justamente isso, subsídios para melhorar. Não é porque implementou e se gastou muitos recursos para implementar dessa forma que não se pode mudar. Tem que ir avaliando e ir melhorando”, defende.

Rebeca Otero ressalta que é preciso levar em consideração esse descompasso entre o que está sendo possível ofertar e o que está sendo demandado para que sejam criadas condições para melhor atender tanto estudantes quanto os professores e gestores.

“Para além da disputa política que a gente vê em cima do tema, temos que ver que são estudantes, são os nossos jovens, e é a vida deles que está em jogo, e a dos profissionais, dos docentes e gestores. É importante trazer a voz deles nesse momento”, ressalta Rebeca Otero.

O post Novo Ensino Médio não agrada a estudantes, professores e gestores apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

 

BIG DATA É UMA FORMA DE TRABALHAR COM GRANDES CONJUNTOS DE DADOS QUE OS SISTEMA TRADICIONAIS NÃO COMPORTAM

João Vitor de Miranda – Bacharel em Matemática e pós-graduado em Data Science e Analytics

Uma breve introdução sobre o que é Big Data

Com o advento da internet, o volume de dados gerados ao redor do mundo cresceu de forma inesperada conforme os anos foram se passando. A utilização em larga escala de dispositivos móveis ampliou ainda mais a quantidade de dados gerados diariamente.

Os métodos tradicionais para armazenamento e processamento de dados em grandes empresas começaram a não ser suficientes, gerando problemas e gastos cada vez maiores para suprir suas necessidades.

Devido a esses acontecimentos, surgiu o conceito de Big Data, uma área do conhecimento com o intuito de estudar maneiras de tratar, analisar e gerar conhecimento através de grandes conjuntos de dados que não conseguem ser trabalhados em sistemas tradicionais.

Big Data: Conceito

Para entender melhor o que é o Big Data, podemos pensar na forma como esse sistema tradicional de armazenamento e processamento de dados é realizado. Perceba que falamos no presente, porque os processos de trabalho com o Big Data não excluem a forma de trabalhar no sistema tradicional, em grande parte dos casos.

Isso porque muitas empresas não necessitam da utilização de ferramentas do Big Data para manipular os dados, e mesmo as grandes empresas utilizam um sistema híbrido. Dessa forma, as duas maneiras de trabalhar com os dados coexistem.

O sistema tradicional utiliza os famosos SGBDs, ou sistemas gerenciais de banco de dados, que guardam informações de forma estruturada, no formato de tabelas, com linhas e colunas. Utilizam máquinas com grande capacidade de armazenamento e processamento. Quando há a necessidade de expandir a capacidade dessas máquinas, é necessário introduzir novos componentes de hardware, para que tenham mais memória e processamento.

Os problemas que começam a aparecer quando se alcança um grande volume de dados usando esse sistema tradicional são relacionados à escalabilidade, disponibilidade e flexibilidade. Como exemplos, podemos mencionar que é muito custoso o aprimoramento dessas máquinas de maneira vertical a cada vez que é necessário realizar um upgrade, corriqueiramente nesse momento o sistema fica indisponível, já que a máquina está em processo de manutenção.

De forma a compreender a definição de Big Data, é necessário introduzir os conceitos dos V’s do Big Data. Inicialmente, a definição era composta por 3 V’s, mas hoje podemos encontrar definições expandidas com 5, 7 ou mais V’s. Os 7 V’s são: volume, variedade, velocidade, valor, veracidade, variabilidade e visualização.

Mas, vamos concentrar aqui os principais dentre os 7 mencionados anteriormente, conhecidos como os três Vs do big data:

Volume;

Variedade;

Velocidade;

Volume

O volume é a principal característica quando pensamos a respeito de Big Data. Ele diz respeito a uma grande quantidade de dados para serem armazenados e processados, na casa de terabytes, petabytes ou mesmo zettabytes.

Há afirmações de que a quantidade de dados dobra a cada dois anos. Além disso, a quantidade de dados gerada por dia e acumulada ao longo dos anos é tão grande, que não seria interessante a colocação de valores aqui, uma vez que no momento em que você estiver lendo esse artigo esses valores já terão se alterado.

No Worldometers, é possível ter uma ideia da quantidade de dados gerados diariamente e a rapidez com que esses números estão crescendo a cada segundo. Alguns dados impactam bastante por se tratarem de valores em um intervalo de apenas 24 horas.

Já nesse vídeo denominado “Size of internet: bytes perspective”, são comparados os dados com uma escala física, mostrando a diferença entre a quantidade de dados existente na internet em 2001 e 2020.

Variedade

Quais os três tipos de dados em Big Data? Outra característica importante no Big Data é a variedade dos dados que são armazenados e processados. Além dos famosos dados estruturados, o conceito de Big Data trabalha com dados semi-estruturados e não estruturados.

Os dados estruturados são os dados com estrutura rígida em formato tabular, com linhas e colunas.

Os dados semi-estruturados possuem certo tipo de estrutura, mas são mais flexíveis. Os arquivos do tipo XML e JSON são exemplos de dados semi-estruturados.

Já os dados não estruturados são dados sem nenhuma estrutura pré-definida, correspondendo à maior parcela dos dados circulantes no mundo atualmente, em uma proporção bem maior do que os demais tipos. Arquivos de texto, de áudio, vídeo e imagens, são exemplos de dados não estruturados.

Velocidade

A velocidade se refere à rapidez com que os dados são gerados. A todo instante, e-mails, mensagens de texto e áudio são enviados, tweets são publicados, registros em bancos de dados são inseridos e atualizados. Tudo isso em uma escala global.

Não podemos nos esquecer dos dados gerados por máquinas a cada instante, através de sensores e de serviços de streaming que enviam e recebem dados em uma velocidade surpreendente.

A solução encontrada: como o Big Data é aplicado

Para que fosse possível resolver os problemas que surgiram, foi necessário criar novas ferramentas para suprir todas as necessidades. A escalabilidade vertical, no qual aprimoramos uma máquina adicionando mais recursos, como memória e processamento, não garante uma efetividade quando se trata de Big Data.

Para contornar os problemas, grandes empresas pesquisaram um novo sistema que fosse escalável, surgindo então o Hadoop, uma forma de armazenamento e processamento distribuído. A ideia é utilizar cluster de máquinas ou agrupamento de computadores. De forma isolada, um único computador nesse cluster não tem um poder de processamento muito poderoso, mas, em conjunto, conseguem fornecer poder de processamento e armazenamento capazes de suprir as necessidades.

Nesse cluster, existe uma máquina principal conhecida como Name Node que é responsável por gerenciar o restante das outras máquinas, conhecidas como Data Nodes. Os dados possuem réplicas em Data Nodes diferentes para que, caso uma máquina venha a falhar, os dados não serão perdidos e estarão sempre disponíveis. Esse conceito é conhecido em Big Data como disponibilidade.

O mais interessante é que no momento em que necessite ampliar as capacidades, novas máquinas podem ser integradas ao cluster, crescendo de maneira indefinida. Essa é a escalabilidade horizontal, a solução encontrada para os problemas de Big Data.

Comparação entre escalabilidade vertical e escalabilidade horizontal

A partir do surgimento do Hadoop, diversas outras tecnologias foram sendo desenvolvidas em paralelo, criando assim um ecossistema de ferramentas que se expande a cada dia. Dando destaque para a utilização de bancos de dados NoSQL para trabalhar com dados não estruturados.

Ecossistema hadoop com algumas ferramentas

Quais são as 6 fases que compõem o ciclo de vida de um Big Data?

O ciclo de vida em problemas com grandes volumes de dados é um processo que pode ser cíclico. O processo envolve diferentes etapas para gerenciar e extrair valor dos dados. A nomenclatura das fases pode variar, mas, geralmente, são adotadas as etapas de:

Coleta;

Armazenamento;

Processamento;

Análise;

Visualização;

Ação.

Além disso, ao final do processo pode ser necessária a exclusão dos dados com a finalidade de manter questões como a privacidade das informações.

Quais as 4 análises possíveis no Big Data?

O objetivo na coleta e manutenção de uma grande quantidade de dados é a geração de valor. Por isso, são realizadas análises com objetivos específicos.

Análise descritiva: nesse tipo de análise os dados são usados para descrever o que aconteceu no passado. Assim, podem ser identificados padrões, tendências e anomalias nos dados.

Análise diagnóstica: aqui, a análise é usada para entender por que algo aconteceu. Neste caso, estamos interessados em identificar as causas de problemas que já foram notados.

Análise preditiva: na análise preditiva estamos fazendo uma projeção do que irá acontecer no futuro com base em experiências passadas.

Análise prescritiva: nesse caso, o foco é recomendar ações específicas a serem tomadas. Podemos usar os resultados da análise para melhorar a eficiência, a eficácia e a produtividade das empresas.

É importante observar que a escolha do tipo de análise a ser aplicada depende tanto do problema quanto dos dados disponíveis. Diferentes cenários podem exigir mais de um tipo de análise.

O que é preciso para trabalhar com Big Data?

Assim como na Ciência de Dados, são necessárias desde habilidades técnicas até habilidades de comunicação e pensamento crítico. No quesito técnico, as ferramentas de Big Data são muitas e podem deixar dúvidas de por onde a pessoa deve começar a estudar. Confira a seguir, alguns elementos indispensáveis:

O/a profissional terá que aprender pelo menos uma linguagem de programação como Python, R, Java ou Scala. Além disso, terá que estar familiarizado com frameworks como o Apache Hadoop e Spark.

Em se tratando de Bancos de Dados, são necessários conhecimentos tanto de bancos relacionais quanto de NoSQL. Nesse caso, se torna necessário também o conhecimento de sistemas de armazenamento distribuído.

O Hadoop é um dos principais frameworks para processamento de Big Data. Assim, torna-se vantajoso conhecer o ecossistema do Hadoop com as ferramentas MapReduce, Hive, Pig e HBase.

Por outro lado, existem diversas plataformas na nuvem como o Google Cloud, Azure e AWS que tendem a facilitar esse processo, além de permitir o armazenamento e processamento veloz de grandes volumes de dados. A plataforma DataBricks abstrai muito do trabalho com Big Data e com as plataformas de nuvem, sendo um ótimo caminho para um primeiro contato de quem está iniciando no Big Data e já conhece alguma das linguagens de programação citadas.

Qual o grande desafio do Big Data?

O Big Data apresenta diversos desafios, mas o maior deles está relacionado ao gerenciamento do problema. Além disso, o processamento e análise de grandes volumes de dados faz com que seja necessário escolher plataformas ideais. Só assim, é possível assegurar questões como a escalabilidade e integração de informações.

O custo e infraestrutura devem ser bem analisados, pois lidar com Big Data pode ser caro, tanto em termos de infraestrutura quanto de recursos humanos. Investir em tecnologias avançadas e profissionais qualificados também é necessário para obter sucesso nessa área.

Superar esses desafios exige uma combinação de habilidades técnicas e abordagens inovadoras. Além disso, as soluções para esses desafios continuam a evoluir à medida que a tecnologia e as práticas relacionadas ao Big Data avançam.

Como aplicar o Big Data na sua empresa?

O processo de aplicação do Big Data pode variar de caso a caso. Isso porque ele envolve um processo cuidadoso e estratégico para aproveitar o potencial dos dados para impulsionar a tomada de decisões e otimizar processos. Confira abaixo algumas etapas importantes para a aplicação do Big Data na sua empresa:

De forma geral, no primeiro passo devemos definir objetivos e metas. Isso envolve identificar se o objetivo final envolve melhorar a eficiência operacional, aumentar a satisfação dos clientes ou mesmo se o foco será desenvolver produtos ou serviços mais personalizados.

Posteriormente, deve ser avaliada a infraestrutura existente, se a empresa possui um banco de dados local ou na nuvem. Além disso, é necessário avaliar se a capacidade computacional disponível irá comportar o processamento dos dados. Na análise dos dados o processamento envolve muito mais do que o exigido por simples requisições a um banco de dados.

Após a avaliação da capacidade de infraestrutura deve-se criar uma estratégia de dados. Verificar se a empresa já possui os dados necessários ou se será necessário adquirir informações para a solução do problema proposto. Com a conclusão dessa etapa já é possível aplicar as análises adequadas.

Durante todo o processo é necessário garantir a segurança e privacidade dos dados. 

Além disso, em problemas de Big Data os dados não costumam ser estáticos, eles mudam com o tempo. Imagine que os seus dados envolvam a interação de clientes com uma plataforma de vendas. Os clientes irão continuar interagindo mesmo depois da data que os dados foram coletados. Por isso, é necessário monitorar e iterar sobre o mesmo problema conforme necessário.

Conclusão

Diante de tudo que foi apresentado, foi possível compreender a importância e os conceitos iniciais, além da definição de Big Data. As soluções e ferramentas criadas foram essenciais para que o mundo atual esteja em constante evolução. Por se tratar de uma área muito ampla, muitos conceitos ficaram de fora desse artigo. Caso queira expandir ainda mais os conhecimentos, a internet tem um volume muito grande de conteúdos, você pode encontrá-los em uma variedade de formatos e você vai encontrar em uma velocidade muito rápida.

ESCALANDO NEGÓCIOS DA VALEON

1 – Qual é o seu mercado? Qual é o tamanho dele?

O nosso mercado será atingir os 766 mil habitantes do Vale do Aço e poder divulgar os produtos / serviços para vocês clientes, lojistas, prestadores de serviços e profissionais autônomos e obter dos consumidores e usuários a sua audiência.

A ValeOn atenderá a todos os nichos de mercado da região e especialmente aos pequenos e microempresários da região que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona. Pretendemos cadastrar todas as empresas locais com CNPJ ou não e coloca-las na internet.

2 – Qual problema a sua empresa está tentando resolver? O mercado já expressou a necessidade dessa solução?

A nossa Plataforma de Compras e Vendas que ora disponibilizamos para utilização das Empresas, Prestadores de Serviços e Profissionais Autônomos e para a audiência é um produto inovador sem concorrentes na região e foi projetada para atender às necessidades locais e oferecemos condições de adesão muito mais em conta que qualquer outro meio de comunicação.

Viemos para suprir as demandas da região no que tange a divulgação de produtos/serviços cuja finalidade é a prestação de serviços diferenciados para a conquista cada vez maior de mais clientes e públicos.

O nosso diferencial está focado nas empresas da região ao resolvermos a dor da falta de comunicação entre as empresas e seus clientes. Essa dor é resolvida através de uma tecnologia eficiente que permite que cada empresa / serviços tenha o seu próprio site e possa expor os seus produtos e promoções para os seus clientes / usuários ao utilizar a plataforma da ValeOn.

3 – Quais métodos você usará para o crescimento? O seu mercado está propício para esse tipo de crescimento?

Estratégias para o crescimento da nossa empresa

  1. Investimento na satisfação do cliente. Fidelizar é mais barato do que atrair novos clientes.
  2. Equilíbrio financeiro e rentabilidade. Capital de giro, controle de fluxo de caixa e análises de rentabilidade são termos que devem fazer parte da rotina de uma empresa que tenha o objetivo de crescer.
  3. Desenvolvimento de um planejamento estratégico. Planejar-se estrategicamente é como definir com antecedência um roteiro de viagem ao destino final.
  4. Investimento em marketing. Sem marketing, nem gigantes como a Coca-Cola sobreviveriam em um mercado feroz e competitivo ao extremo.
  5. Recrutamento e gestão de pessoas. Pessoas são sempre o maior patrimônio de uma empresa.

O mercado é um ambiente altamente volátil e competitivo. Para conquistar o sucesso, os gestores precisam estar conectados às demandas de consumo e preparados para respondê-las com eficiência.

Para isso, é essencial que os líderes procurem conhecer (e entender) as preferências do cliente e as tendências em vigor. Em um cenário em que tudo muda o tempo todo, ignorar as movimentações externas é um equívoco geralmente fatal.

Planeje-se, portanto, para reservar um tempo dedicado ao estudo do consumidor e (por que não?) da concorrência. Ao observar as melhores práticas e conhecer quais têm sido os retornos, assim podemos identificar oportunidades para melhorar nossa operação e, assim, desenvolver a bossa empresa.

4 – Quem são seus principais concorrentes e há quanto tempo eles estão no mercado? Quão grandes eles são comparados à sua empresa? Descreva suas marcas.

Nossos concorrentes indiretos costumam ser sites da área, sites de diretório e sites de mídia social. Nós não estamos apenas competindo com outras marcas – estamos competindo com todos os sites que desejam nos desconectar do nosso potencial comprador.

Nosso concorrente maior ainda é a comunicação offline que é formada por meios de comunicação de massa como rádios, propagandas de TV, revistas, outdoors, panfletos e outras mídias impressas e estão no mercado há muito tempo, bem antes da nossa Startup Valeon.

5 – Sua empresa está bem estabelecida? Quais práticas e procedimentos são considerados parte da identidade do setor?

A nossa empresa Startup Valeon é bem estabelecida e concentramos em objetivos financeiros e comerciais de curto prazo, desconsideramos a concorrência recém chegada no mercado até que deixem de ser calouros, e ignoramos as pequenas tendências de mercado até que representem mudanças catastróficas.

“Empresas bem estabelecidas igual à Startp Valeon devemos começar a pensar como disruptores”, diz Paul Earle, professor leitor adjunto de inovação e empreendedorismo na Kellogg School. “Não é uma escolha. Toda a nossa existência está em risco”.

6 – Se você quiser superar seus concorrentes, será necessário escalar o seu negócio?

A escalabilidade é um conceito administrativo usado para identificar as oportunidades de que um negócio aumente o faturamento, sem que precise alavancar seus custos operacionais em igual medida. Ou seja: a arte de fazer mais, com menos!

Então, podemos resumir que um empreendimento escalável é aquele que consegue aumentar sua produtividade, alcance e receita sem aumentar os gastos. Na maioria dos casos, a escalabilidade é atingida por conta de boas redes de relacionamento e decisões gerenciais bem acertadas.

Além disso, vale lembrar que um negócio escalável também passa por uma fase de otimização, que é o conceito focado em enxugar o funcionamento de uma empresa, examinando gastos, cortando desperdícios e eliminando a ociosidade.

Sendo assim, a otimização acaba sendo uma etapa inevitável até a conquista da escalabilidade. Afinal de contas, é disso que se trata esse conceito: atingir o máximo de eficiência, aumentando clientes, vendas, projetos e afins, sem expandir os gastos da operação de maneira expressiva.

Pretendemos escalar o nosso negócio que é o site marketplace da Startup Valeon da seguinte forma:

  • objetivo final em alguma métrica clara, como crescimento percentual em vendas, projetos, clientes e afins;
  • etapas e práticas que serão tomadas ao longo do ano para alcançar a meta;
  • decisões acertadas na contratação de novos colaboradores;
  • gerenciamento de recursos focado em otimização.

 

segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

TODO SITE, BLOG, URNA ELETRÔNICA OU REDE SOCIAL POSSUI O CÓDIGO FONTE

 

Douglas Vieira – tecmundo

Imagem de: O que é código-fonte e como encontrá-lo?

Todo site, blog ou rede social possui uma coisa em comum: o código-fonte. Criado em HTML, esse amontado de textos serve para indicar o que será exibido em uma página, do seu topo até o rodapé, onde geralmente temos diversas informações.

Porém, você já parou para se perguntar sobre como um código-fonte funciona em uma página e como descobrir essa informação e um site ou imagem disponível na rede? Caso tenha essa curiosidade, basta prosseguir com a sua leitura.

O que é código-fonte?

Pensar sobre o que é código-fonte é importante para qualquer profissional do ramo da programação. (Fonte> TGC/Maria)” src=”https://tm.ibxk.com.br/2023/12/13/13013113999002.jpg?ims=328x” srcset=”https://tm.ibxk.com.br/2023/12/13/13013113999002.jpg?ims=328x 328w, https://tm.ibxk.com.br/2023/12/13/13013113999002.jpg?ims=380x 380w, https://tm.ibxk.com.br/2023/12/13/13013113999002.jpg?ims=528x 528w, https://tm.ibxk.com.br/2023/12/13/13013113999002.jpg?ims=704x 704w”>Pensar sobre o que é código-fonte é importante para qualquer profissional do ramo da programação. (Fonte> TGC/Maria)Fonte: <a target= 

Conforme mencionamos um pouco mais acima, o código-fonte é o código HTML usado para criar um site. Ele é composto por diversas letras, números e sinais que, quando convertidos, exibem o que vemos na tela de nossos computadores ou smartphones.

Por ser a origem de um programa de computador, ele pode ter um ou mais arquivos em sua composição, e todos eles passam por um processamento para ser lido. Além disso, ficam armazenados em disco rígidos, servidores e até mesmo serviços de armazenamento na nuvem.

Dessa forma, podemos definir o código-fonte como uma grande lista de informações escritas por um programador, sempre utilizando uma linguagem de programação específica para sua composição.

Como descobrir o código-fonte de uma imagem ou site?

É possível acessar as informações do código-fonte de um site usando o atalho Ctrl + U. (Fonte: Eu/Reprodução)É possível acessar as informações do código-fonte de um site usando o atalho Ctrl + U. (Fonte: Eu/Reprodução)Fonte:  

Se a essa altura você já está se perguntando sobre a possibilidade de descobrir o código-fonte de um site, saiba que isso é algo totalmente possível.

O caminho para descobrir o código-fonte de uma página vai depender do navegador que você está usando, já que cada um apresenta um atalho diferente para isso. Vamos passar pelos principais nas linhas a seguir.

Firefox

Caso use o navegador da raposinha, você pode acessar o código-fonte de um site apertando Ctrl + U. Também existe a possibilidade de acessar Configurações, Desenvolvedor e depois clicar em Fonte da Página para ter acesso a essas informações.

Chrome

O software desenvolvido pela Gigante das Buscas apresenta algumas opções para checar o código-fonte de uma página. Além do atalho Ctrl + U, também é possível apertar F12 ou Ctrl + Shift + I para abrir as Ferramentas de Desenvolvedor.

Outra possibilidade é clicar nos três pontos horizontais que aparecem no canto superior direito, Mais Ferramentas e depois em Ferramentas de Desenvolvedor.

Edge

Descobrir o código-fonte de um site é mais fácil se comparado ao mesmo procedimento com atraso. (Fonte: TecMundo/ProgramiamosDescobrir o código-fonte de um site é mais fácil se comparado ao mesmo procedimento com atraso. (Fonte: TecMundo/ProgramiamosFonte:  TecMundo/Reprodução 

O código-fonte é analisado de maneira bem simples no Microsoft Edge: você pode pressionar Ctrl + U ou clicar com o botão direito do mouse em qualquer ponto da tela do navegador e depois escolher a opção Inspecionar.

Safari

É possível checar as informações de desenvolvimento de uma página pelo Safari acessando o Menu, opção Desenvolvedor e depois clicar em Mostrar fonte da página. Outra possibilidade é apertar as teclas Option + Command + U.

Opera

Além do atalho Ctrl + U, também existe a possibilidade de clicar em um espaço vazio da página e depois clicar em Ver Fonte da Página.

Como encontrar o código-fonte de um programa?

Descobrir o código-fonte de um programa é um pouco mais complicado se comparado com um site. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Descobrir o código-fonte de um programa é um pouco mais complicado se comparado com um site. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Fonte:  

Se por um lado encontrar o código-fonte de um site é fácil, o mesmo não pode ser dito caso esteja de olho nas informações de desenvolvimento de um programa.

Caso decida se arriscar nessa busca, é importante ter algum conhecimento em programação. Se o próprio desenvolvedor não disponibilizou essa informação em algum site, dá para arriscar o uso de ferramentas de engenharia reversa para obter esses dados.

Porém, é importante salientar que, em alguns casos, fazer algo do gênero pode ser considerado ilegal. Dessa forma, antes de partir para essa aventura, vale a pena avaliar se a lei e o proprietário permite que qualquer pessoa acesse para não ter problemas com a justiça.

Tem como copiar o código-fonte de um site?

De maneira direta, é totalmente possível copiar o código-fonte de um site caso esteja interessado em replicar parte dele em algum projeto.

Após usar um dos atalhos descritos acima no seu navegador de preferência, basta selecionar com o mouse o trecho que deseja copiar e depois colocá-lo no bloco de nota ou qualquer outro editor de texto.

Qual a importância do código-fonte?

O código-fonte é o elemento essencial de qualquer site e o responsável por fazer com que ele exista com todas as suas configurações na rede. Sem ele, seria impossível interagir com uma página, fosse na parte de códigos ou qualquer outro elemento presente nesse projeto web.

POPULAÇÃO CHILENA REJEITA UMA NOVA CONSTITUIÇÃO

 

História por admin3  • IstoÉ

Os chilenos rejeitaram no domingo, em um plebiscito, a proposta de Constituição redigida por um conselho dominado pela extrema direita, mantendo em vigor o texto imposto pela ditadura de Augusto Pinochet.

Após a apuração dos votos de 99% das mesas, a opção “contra” a mudança constitucional recebeu 55,75% dos votos, segundo o Serviço Eleitoral (Servel). Outros 44,25% dos eleitores votaram “a favor” da iniciativa.

Quatro anos após o início do processo de reforma constitucional, em resposta aos grandes protestos sociais de 2019, e pela segunda vez em dois anos, os chilenos rejeitaram nas urnas uma proposta para substituir a atual Constituição, herdada da ditadura (1973-1990) e reformada diversas vezes durante o período democrático.

“Pela segunda vez, foi ratificada a Constituição em vigor no Chile, e é importante sermos coerentes com esta resposta democrática”, disse Javier Macaya, presidente do partido de direita União Democrata Independente (UDI), que promoveu o texto rejeitado nas urnas.

O texto reduzia o peso do Estado, podia limitar alguns direitos, como o aborto terapêutico, e endurecia o tratamento aos migrantes.

O presidente Gabriel Boric afirmou que seu governo não pretende promover uma nova constituinte. “Durante este mandato, encerra-se o processo constitucional. Nosso país continuará com a Constituição vigente, porque, após duas propostas constitucionais, nenhuma delas conseguiu representar nem unir o Chile em sua bela diversidade”, declarou o líder esquerdista, na sede do governo.

Em uma votação que despertou pouco interesse, mas que registrou taxa de participação de 83% devido ao voto obrigatório, os resultados foram pouco celebrados.

Um pequeno grupo de manifestantes de extrema direita contrários à nova proposta comemorou a permanência da Constituição de Pinochet diante do palácio de Governo.

– Proposta ainda mais conservadora –

A proposta rejeitada no domingo foi elaborada por um conselho dominado pelo Partido Republicano e era ainda mais conservadora que a Carta Magna herdada da ditadura.

“Fracassamos no esforço para convencer os chilenos de que essa era uma Constituição melhor do que a atual e que era o caminho mais seguro para acabar com a incerteza política, econômica e social e encerrar o processo constitucional”, disse José Antonio Kast, líder do Partido Republicano e ex-candidato presidencial derrotado por Boric em dezembro de 2021.

“Não há nada a comemorar. Não apenas não podemos comemorar, mas o governo e a esquerda tampouco podem fazê-lo, porque o dano que o Chile sofreu nos últimos quatro anos é gigantesco e serão necessárias muitas décadas para repará-lo”, acrescentou Kast.

Em setembro de 2022, 62% dos chilenos reprovaram um projeto de Constituição elaborado por uma Assembleia Constituinte dominada pela esquerda, que propunha um texto com transformações profundas, apoiado pelo governo de Gabriel Boric.

– Outro Chile –

O Chile mergulhou há quatro anos em um processo para mudar a Constituição do país, após a explosão de manifestações por mais igualdade social, em outubro de 2019.

A votação foi encerrada sem maiores problemas, mas longe da efervescência com que o processo começou, em 2019, devido ao cansaço da população.

Quatro anos depois de saírem às ruas para exigir maior justiça social, os chilenos querem agora mais policiais nas ruas, ordem e segurança.

“É outro Chile. O país mudou de maneira drástica (…) e de certa forma virou um país mais latino-americano. Os chilenos sempre se consideraram uma exceção, um país mais europeu e não como os seus vizinhos, e agora se parecem um pouco mais com eles”, disse Michael Shifter, ex-presidente do Centro de Estudos Diálogo Interamericano e professor da Universidade de Georgetown.

Embora tenha passado por reformas, mudar a Constituição de Pinochet era uma aspiração antiga da esquerda chilena, que denuncia a sua origem ilegítima e a fraca proteção aos direitos sociais, como saúde, habitação, aposentadorias e educação.

No entanto, confrontados com uma proposta ainda mais conservadora, os partidos de esquerda chilenos fizeram um apelo pelo voto contrário.

“Eu sempre prefiro algo ruim a algo péssimo”, disse neste domingo a ex-presidente socialista Michelle Bachelet (2006-2010/2014-2018).

“Prefiro voltar ao ponto de partida, que não é 100% a Constituição da ditadura, a ter um texto ruim, que prejudica todos os chilenos e que nos divide profundamente”, disse Carolina Leitão, porta-voz da campanha contra o novo texto conservador.

PRESIDENTE DO PT DISCORDA DE PACHECO QUE QUER ACABAR COM A REELEIÇÃO

 

Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do partido e deputada federal, criticou neste domingo (17) a ideia de extinguir a reeleição para presidente da República, defendida pelo presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Gleisi afirmou que a reeleição foi uma iniciativa oportunista do PSDB -o dispositivo foi criado pelo então presidente tucano Fernando Henrique Cardoso em 1997-, mas que é benéfica para a democracia. O próprio FHC fez um mea-culpa em 2020 e disse que a medida “historicamente foi um erro”.

“Mesmo que seja para valer só a partir de 2030, a proposta para acabar com a reeleição de presidentes é oportunista e representa um retrocesso na representação democrática da maioria da população”, disse ela, nas redes sociais.

Recentemente, Pacheco disse que deve colocar em pauta o fim da possibilidade de recondução para a Presidência.

Na visão de Gleisi, a reeleição “virou um problema” só a partir dos governos petistas –a primeira gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) veio logo na sequência de FHC.

“Desde o golpe contra Dilma [Rousseff], os poderes da Presidência vêm sendo reduzidos e até usurpados pelo Congresso, especialmente na execução do Orçamento, que favorece a reeleição da maioria conservadora, em detrimento dos interesses do país”, completou, em referência ao processo de impeachment e em mais uma crítica ao centrão.

Recentemente, Pacheco, que já afirmou que pretende debater a instituição de mandato para ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), disse que outra pauta possível na Casa é a de reeleição para presidente da República.

“Vamos discutir a instituição da reeleição no Brasil, a coincidência de eleições, eventualmente passar mandatos de 4 para 5 anos sem reeleição. São ideias postas que atingem o Poder Executivo, mas que também não são uma afronta. São reflexões e deliberações, que é papel do Congresso fazer”, afirmou.

O Congresso vem avançado em pautas que se chocam com posicionamentos do STF, como, por exemplo, nas discussões sobre aborto e marco temporal para demarcação das terras indígenas.

Além disso, parlamentares tentaram deliberar em 2023 um projeto de minirreforma eleitoral para desidratar as cotas feminina e para negros, mas a proposta acabou travando justamente no Senado.

Em 2007, já em seu segundo mandato, o próprio Lula defendeu o fim da reeleição, enquanto o Congresso discutia uma PEC (proposta de emenda à Constituição) sobre o tema.

Na última campanha eleitoral, em 2022, o petista chegou a indicar que não se candidataria para um quarto mandato –ponto que ainda está em aberto, atualmente.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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