História por Juliana Garçon e Gabriel Vasconcelos • Jornal Estadão
RIO – Um personagem inesperado chamou a atenção no leilão de concessão de blocos exploratórios da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizado nesta quarta-feira, 13. A Elysian Brasil
Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural, do empresário mineiro
Ernani Jardim de Miranda Machado, arrematou 122 blocos, quase todos com
ofertas de R$ 51 mil, somando cerca de R$ 12 milhões em bônus.
“Eu poderia dizer para vocês que fiz um super cálculo, mas a verdade é
que eu vi que o mínimo para se fazer ofertas era R$ 50 mil e coloquei
mais R$ 1 mil por lance”, explicou Machado a jornalistas na saída da
licitação.
Fundada em agosto, a poucos dias do prazo máximo para a inscrição no
leilão, e com capital social de R$ 50 mil, a Elysian agora vai ter de
investir R$ 400 milhões em sua centena de concessões nos próximos anos,
sendo R$ 80 milhões no curto prazo, prevê o empresário. Ele disse que o
valor baixo do capital social é natural e, uma vez que a empresa começar
a operar com os blocos arrematados, espera internalizar os valores.
Ernani Machado afirma que não buscará financiamento e fará os
pagamentos e aportes futuros com recursos próprios e de seus sócios na
empresa de tecnologia JMM Tech. “Já temos capital suficiente. Já
separamos (o recurso) para fazer o investimento, que iniciaremos em abril”, diz.
A maior parte dos blocos arrematados por Machado (99) está localizada
na Bacia Potiguar, mas o empresário também levou alguns blocos nas
bacias de Sergipe-Alagoas e Espírito Santo. A preferência por Potiguar
se deu porque a bacia era a que tinha maior número de blocos à
disposição, o que se encaixaria na estratégia elaborada por Machado.
Ele buscou fazer ofertas por muitas áreas — tendo em vista que parte
delas não era viável — e oferecendo valores pouco maiores que o exigido
em edital.
O empresário não tem expectativa de conseguir condições de operação e
óleo de boa qualidade em todos os blocos. “Muitas áreas não têm
petróleo. Temos de ter um leque abrangente para fazer estudos
preliminares e saber onde é possível encontrar (óleo). Pode ser também que a gente comece a extrair e não seja de boa qualidade”, diz.
A Elysian funciona num espaço de coworking em Belo Horizonte e ainda
não tem funcionários. Mas contratou sete consultores especializados no
setor de petróleo, que se apresentarão para trabalhar em regime de
dedicação exclusiva, contou Machado. “Eu não vou falar os nomes (dos consultores) não,
senão vão roubar o consultor de mim”, afirma. A partir da conquista dos
blocos no leilão, a ideia é ampliar e melhorar a estrutura da empresa.
De terno xadrez, gravata amarela e bom humor, o empresário foi até a
sala de imprensa para se apresentar aos jornalistas que cobriam o
leilão. Na conversa, ele destacou que vai usar “tecnologias diferentes”
para fazer uma extração de óleo e gás menos agressiva ao meio ambiente.
“Não agressiva é impossível”, reconhece.
Ele contou que sua empresa de tecnologia já ganhou “centenas de
prêmios em setores que não tem relação com petróleo”. “A maioria das
tecnologias hoje usadas para extrair petróleo são as mesmas de 80, 100
anos atrás.”
A Elysian, disse ele, vai usar equipamentos para verificar o volume e
a composição dos gases emitidos na operação. A partir daí, fará o
cálculo de quantas árvores deve plantar para neutralizar as emissões de
gases de efeito estufa.
Por fim, o empresário diz que foi atento para evitar áreas com
potencial risco ambiental e social — por exemplo, com a presença de
quilombolas. “Qualquer coisa desse gênero, nós descartamos
automaticamente”, promete.
A escolha da Elysian pelo setor de petróleo se deveu à oportunidade.
“Temos essa oportunidade e temos de agarrá-la. Estamos fazendo
tecnologias para petróleo e gás, percebemos que havia o leilão e que nós
tínhamos a condição financeira de fazer isso. Por que não fazer, né?”.
O diretor geral da ANP, Rodolfo Saboia, disse que a empresa
apresentou as garantia exigidas e atendeu as exigências do edital de
licitação. De qualquer forma, disse o executivo, haverá um
acompanhamento mais próximo agora nas etapas após leilão, de
desenvolvimento do programa de exploração mínimo.
O pagamento de emendas parlamentares atingiu um novo ápice nesta
semana. De acordo com o sistema Siga Brasil, o governo federal
desembolsou nos dias 11 e 12 de dezembro R$ 9,9 bilhões em emendas parlamentares.
A cifra confirma apuração do Poder360,
que mostrava no início da semana que o governo liberaria R$ 11 bilhões
de emendas para tentar aprovar nesta semana projetos prioritários, como a
MP (medida provisória) 1.185, da subvenção do ICMS (Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços), e o texto das apostas esportivas
on-line, que taxa empresas do setor das chamadas bets.
O 1º desses projetos pode arrecadar R$ 35 bilhões em 2024, mas deverá ser desidratado. Já o 2º deve arrecadar R$ 1,6 bilhão.
Há ainda a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma tributária, que foi votada pelo Senado e precisa da palavra final da Câmara dos Deputados para que a proposta seja promulgada ainda em 2023.
Lula dá mais cargos e verbas e eleva taxa de governismo na Câmara
Presidente acelerou uso de ferramentas da fisiologia e partidos menos
fieis acabaram dando mais votos a favor do Planalto Os partidos aliados
votaram de forma inconstante no 1º semestre do ano. No 2º semestre,
depois de liberações de emendas e de mais espaço a grupos do Centrão em
ministérios, as siglas mantiveram patamar de governismo mais alto Tiago
Mali 14.dez.2023 (quinta-feira) – 6h00 A relação do governo com a Câmara
dos deputados melhorou depois de o governo acelerar a liberação de
emendas e de entregar ministérios a governistas.
CAIRO/GAZA/JERUSALÉM (Reuters) – Israel anunciou nesta quarta-feira
suas piores perdas em combate em mais de um mês, após uma emboscada em
Gaza, e enfrenta um crescente isolamento diplomático à medida em que as
mortes de civis aumentam e a catástrofe humanitária se agrava no
território palestino.
Combates intensos ocorriam a todo vapor no norte e no sul de Gaza, um
dia após a Organização das Nações Unidas cobrarem um cessar-fogo
humanitário imediato. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse
que o bombardeio “indiscriminado” de Israel contra civis está custando
apoio internacional.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que os
militares continuariam lutando apesar da pressão internacional por um
cessar-fogo.
“Continuaremos até o fim, até a vitória, até que o Hamas seja
aniquilado”, disse ele aos soldados em Gaza por rádio. “Digo isso diante
de uma grande dor, mas também diante de pressões internacionais. Nada
nos impedirá.”
Israel reportou que 10 de seus soldados morreram nas últimas 24
horas, incluindo um coronel que comandava uma base avançada e um
tenente-coronel no comando de um regimento. Foi a pior perda em um só
dia desde que 15 soldados foram mortos em 31 de outubro.
A maioria das mortes ocorreu no distrito de Shejaia, na cidade de
Gaza, no norte, onde tropas foram emboscadas tentando resgatar outro
grupo de soldados que havia atacado combatentes do Hamas em um prédio,
disse o Exército.
Uma autoridade militar israelense disse que Israel pagou “um preço muito alto” no incidente.
O Hamas disse que o episódio mostrou que as forças israelenses nunca
poderiam dominar Gaza: “Quanto mais tempo você permanecer lá, maior será
a conta de suas mortes e perdas, e você sairá de lá carregando o fardo
da decepção e da derrota, se Deus quiser.”
Em um discurso televisionado, o chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, disse
que qualquer acordo futuro em Gaza sem o Hamas era uma “ilusão”.
Israel contou com a simpatia global quando lançou uma campanha para
aniquilar o grupo militante Hamas, cujos combatentes atravessaram a
fronteira em 7 de outubro, matando 1.200 israelenses, a maioria deles
civis, e fazendo 240 reféns.
Mas desde então, Israel tem sitiado o enclave e devastado grande
parte de seu território. O Ministério da Saúde de Gaza disse nesta
quarta-feira que pelo menos 18.608 pessoas foram mortas e 50.594 ficaram
feridas em ataques israelenses em Gaza.
Aviões de guerra bombardearam novamente toda a extensão de Gaza e
autoridades humanitárias disseram que a chegada das chuvas de inverno
piorou as condições para as centenas de milhares de pessoas que dormem
em tendas improvisadas. A grande maioria dos 2,3 milhões de habitantes
de Gaza ficou sem abrigo.
Em Rafah, no sul de Gaza, os corpos de uma família morta em um ataque
aéreo durante a noite estavam expostos à chuva envolvidos em sudários
brancos ensanguentados, incluindo várias crianças pequenas. Um deles, do
tamanho de um recém-nascido, estava enrolado em um cobertor rosa.
(Reportagem de Bassam Massoud em Khan Younis, Gaza, Nidal al-Mughrabi
no Cairo, Dan Williams e Henriette Chacar em Jerusalém, Maggie Fick em
Londres e redações da Reuters)
O presidente Lula da Silva estava animado na última reunião do
Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, conhecido como
Conselhão. Em discurso, declarou que não vê nenhum problema em fazer
dívida para gerar crescimento econômico, tornou a questionar a meta de
déficit zero defendida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e
ainda incluiu a inflação entre os parâmetros que podem ser ignorados em
nome da necessidade de estimular a economia. Ou seja, Lula corroborou,
praticamente na íntegra, o documento irresponsável do PT que, dias
antes, defendeu que o governo dê uma banana para os limites fiscais em
nome da necessidade de ganhar eleições – a única coisa que realmente
importa para o lulopetismo.
“Se for necessário este país fazer um endividamento para crescer,
qual é o problema?”, questionou Lula. Em vez de fazer essa pergunta
retórica, o presidente poderia ter consultado seu ministro da Fazenda,
que certamente saberia lhe explicar que endividamento não gera
crescimento, mas inflação, juros altos e estagnação. Se gastança fosse
solução, o Brasil, cujo Estado é perdulário praticamente desde a
Independência, teria crescimento chinês.
Enquanto o pobre ministro da Fazenda tenta encontrar tostões nos
bolsos das calças para fechar as contas de um governo com cada vez menos
recursos, o presidente desmoraliza publicamente seu esforço: “Eu não
quero saber de onde a gente vai ter dinheiro”.
O flerte de Lula com a irresponsabilidade fiscal está se
transformando em relacionamento sério. A certa altura de sua arenga, o
chefão petista declarou que já conhece “o caminho das pedras” e que,
portanto, é preciso “decidir agora se vamos retirar essas pedras ou
não”, isto é, “se a gente vai chegar à conclusão que, olha, por um
problema da Lei de Responsabilidade Fiscal, de superávit primário, de
inflação, a gente não poder fazer”.
Ou seja, Lula considera que a Lei de Responsabilidade Fiscal é um
“problema” a ser ignorado, uma “pedra” a ser removida, em nome do
crescimento econômico. No mesmo fôlego, desestimou o caráter
inflacionário do endividamento. Esse é o receituário do desastre, como
já deveria ter ficado claro para um presidente que está em seu terceiro
mandato e que teve bastante tempo para aprender com seus próprios erros e
com os de sua inesquecível criatura, Dilma Rousseff, cujo mote “gasto é
vida” ornou a maior recessão da história recente do País.
Não há milagre. Somente o aumento da produtividade da economia é
capaz de induzir períodos de crescimento perenes e estáveis. Não basta
ampliar de forma desmedida qualquer tipo de investimento sem considerar a
qualidade desses gastos nem a óbvia necessidade de encontrar as
receitas correspondentes – isso num país já sufocado por imensa carga
tributária. Não adianta escolher a dedo setores a serem estimulados nem
“campeões nacionais” a serem financiados sem considerar as condições da
economia brasileira e sua capacidade de competir e se integrar com as
cadeias globais.
Lula parece convencido de que ainda estamos na primeira década do
século, quando o mundo vivia o superciclo de commodities, que gerou o
vigoroso crescimento brasileiro registrado em alguns daqueles anos. Não
há nada parecido com isso no horizonte.
Não se trata de demonizar o papel da política fiscal para reativar a
economia durante turbulências, como a crise financeira mundial de 2008 e
a pandemia de covid-19. Mas é fundamental que todo governo minimamente
responsável saiba a hora de retirar os estímulos para deixar a economia
voltar a andar com as próprias pernas. Lula, ao contrário, acha que é
função dele guiá-la pelo melhor caminho.
Contrariando todas as expectativas, felizmente o País deve encerrar o
ano com um crescimento de 3%. É um crescimento robusto, muito puxado
pelo agronegócio. Seria o momento ideal de investir em uma política
fiscal anticíclica, que dialogue com a política monetária e crie um
espaço fiscal para que a sociedade possa enfrentar momentos de crise –
que sempre virão – de uma forma menos penosa.
É, contudo, o exato oposto do que Lula defende. Para ele, basta querer – e gastar – que os problemas acabam.
O Brasil foi aparelhado para o socialismo-comunista baseado em pilares sustentáveis, como seja:
1-doutrinação nas universidades;
2-distribuição de ajudas ao mais pobre, em vez de dar emprego/dignidade;
3-imprensa com verbas;
4-dinheiro da corrupção para eles e o Partido.
“Ganhamos, acabamos com o PT!” Não…
Tirem esse pensamento da cabeça agora!
O PT está caído, sim, mas está muito longe de deixar de ser uma ameaça.
Já se perguntou porque o pior candidato de um partido envolvido até o
pescoço em corrupção, cujos principais líderes estão todos na cadeia,
recebeu 44 milhões de votos?
A resposta é simples. Conquistamos a presidência, mas o PT e suas variáveis ainda dominam tudo que leva até lá.
A esquerda ainda detém enorme influência e poder. Jamais subestimem
um grupo que ganhou 4 eleições, passou 13 anos com acesso a reservas
quase infinitas de dinheiro e colocou seu pessoal em absolutamente TODAS
as engrenagens da máquina estatal.
A esquerda ainda domina: meio acadêmico, meio artístico, meio cultural, movimentos sociais a grande parte do meio político.
A influência deles é tão grande, que me fizeram, praticamente o culpado da facada que levei.
Fizeram de uma matéria esdrúxula de jornal, sem provas, uma acusação
que foi parar no TSE e ficou uma semana em destaque. Fizeram meus
apoiadores se passarem por bárbaros, descontrolados noticiando ataques
claramente forjados.
Acham mesmo que eles perderam esse poder só por que não chegaram à Presidência?
Se não tivessem esse poder, teríamos ganho com 80% dos votos.
O povo sabia que não queria o PT, mas a destruição da minha imagem foi colocada em prática por todo o sistema.
Perdeu-se milhões de votos por conta de calúnias divulgadas pela
esquerda com tamanha intensidade que faria Goebbels se sentir um
estagiário na xerox do DCE.
Ganhei a eleição para Presidente, mas a máquina está toda podre e
comprometida. Não irá deixar-me governar e fazer as reformas que o País
precisa, sem apoio de vocês.
Irão sabotar-me desde o primeiro dia.
Todas as mudanças na área econômica serão anunciadas pelo sistema
como uma tentativa de prejudicar os pobres e retirar direitos do
trabalhador.
Todas as mudanças na área social serão anunciadas como uma tentativa de assassinar LGBT’s/Mulheres/Negros/Pobres/Nordestinos.
É assim que a esquerda joga.
Estou recebendo o Brasil no pior estado que um Presidente já recebeu,
serei criticado pelos seus acertos e massacrado pelos seus erros.
Tentarei não errar.
O primeiro ano será bem difícil.
É preciso tomar o poder de influência da esquerda e devolvê-lo ao povo.
O povo tem que se informar por fatos e não por narrativas cuidadosamente construídas por intelectuais em universidades.
Voltarei ao assunto sobre onde estão instalados os inimigos e como desentocá-los.
Não há como acabar com a divisão no País, se não acabarmos com quem está nos dividindo.
Comemoremos, a vitória foi gigantesca. Mas não percamos a noção da realidade. Estamos só no começo.
As expressões “fisiologia”, “fisiológico” e “fisiologismo” são
jargões da política brasileira, de origem incerta. No jargão usado em
Brasília, essas palavras se referem a uma troca de favores: o Poder
Executivo oferece cargos e verbas para deputados e senadores em troca de
apoio no Congresso.
Em sentido literal, fisiologia é a “parte da biologia que investiga as funções orgânicas, processos ou atividades vitais, como o crescimento, a nutrição, a respiração” (conforme registra o dicionário “Aurélio”).
No jornalismo político e nos meios políticos em geral, o termo é
usado para mencionar como integrantes do Poder Executivo e do Poder
Legislativo obtêm favores –sem base ideológica– tendo como moeda de
troca cargos públicos e liberação de verbas de emendas ao Orçamento.
A relação da política com a conotação biológica refere-se ao fato de
que políticos precisariam de cargos e de verbas públicas para tentar
levar algum benefício até seus eleitores. Em suma, os cargos e os
recursos são necessários para que os políticos se mantenham vivos e com
suas funções vitais/eleitorais preservadas –daí a expressão “fisiologia”.
Chefes do Poder Executivo (prefeitos, governadores de Estado e
presidente da República) nomeiam aliados para cargos e liberam dinheiro
de maneira discricionária para integrantes do Poder Legislativo. Os
governantes em algumas situações se aproveitam da necessidade de
legisladores de atender às demandas de eleitores nas regiões em que
atuam. Em casos específicos, os benefícios são concedidos quando algum
projeto relevante vai ser votado e o governante precisa garantir o voto
de quem recebe os cargos ou as verbas para emendas.
Ao citar casos de fisiologia é necessário registrar que nomear
políticos para cargos públicos e liberar verbas propostas por meio de
emendas ao Orçamento são instrumentos legais e legítimos, usados em
várias democracias do mundo quando um governante monta sua base de apoio
no Legislativo.
Nos anos 1970, os jornais brasileiros já traziam referências à expressão “fisiologismo”.
Um texto de 1979 de Alberto Dines (1932-2018), já na fase final da
ditadura militar (1964-1985), faz uma predição (depois não confirmada)
de como a democracia poderia extirpar a prática da política brasileira: “Os
15 anos de autoritarismo e os 10 de ditadura criaram a ambientação
propícia para salutar apodrecimento das velhas estruturas e o surgimento
de partidos realmente políticos e ideológicos. A fisiologia e o
pragmatismo, tão decantados pelos profissionais de todas as áreas, são
coisas de uma situação prestes a desaparecer” (Folha de S.Paulo, 7.jan.1979).
Há outros exemplos, nos anos 1980: “É o caso de perguntar de que vale substituir a fisiologia do governo por uma fisiologia híbrida de oposição e dissidência” (Folha de S.Paulo, 2.dez.1980). “O presidente cometeu um erro grave ao tentar obter maioria através do fisiologismo” (Jornal de Brasília, 16.mai.1987); “Sarney repele fisiologia na luta pelos 5 anos” (Jornal de Brasília, 30.jan.1988).
Robótica, 5G e Internet das Coisas estão entre as apostas de
especialistas para que as empresas cresçam aliadas ao que há de mais
inovador no mercado
Sempre que se fala em indústria, a imagem que vem à mente ainda é
aquele clássico “chão de fábrica”, com equipamentos fazendo processos
ainda básicos e muitos operadores? É claro que não, afinal, é um fato
que as indústrias evoluíram tecnologicamente e caminham a passos largos
para o futuro. Ainda assim, a tecnologia caminha com tanta velocidade
que é possível demonstrar inovações que são tendências para a indústria
no próximo ano.
Conceitualmente, a indústria já vive a sua “era tecnológica” há pouco
mais de uma década, quando o termo Indústria 4.0 foi usado pela
primeira vez. Ele define o que se pode chamar de “digitalização das
atividades industriais” com o objetivo de melhorar processos, aumentar a
produtividade e integrar diferentes tecnologias na indústria por meio
da automação. E a cada ano que passa, a inovação ganha mais espaço não
apenas no chão, mas em todos os setores das fábricas.
O desenvolvedor de sistemas da Mouts TI, Leonel Gregio Auler, afirma
que todos os segmentos da indústria se beneficiam de equipamentos e
novas tecnologias. “Sempre existe alguma forma de utilização, mesmo que
seja de maneiras diferentes entre os diversos tipos de indústria. Por
exemplo, uma empresa que fabrica peças de carros vai se beneficiar muito
da robótica, com a utilização de robôs autônomos e colaborativos,
enquanto uma outra, de tecidos, vai encontrar uma melhor aplicação para a
‘manufatura inteligente’, com máquinas que operam de maneira
independente e Internet das Coisas com sensores inteligentes. Além
disso, as empresas também integram diferentes tecnologias em busca do
melhor resultado, então, penso que não exista um segmento que não possa
utilizar todas as ferramentas de inovação que temos disponíveis”,
aponta.
Tendências para a indústria
Com 2023 chegando ao fim, as empresas já trabalham nos planejamentos
para os próximos anos e meses e, entre números e cálculos é preciso
pensar em crescimento, o que também exige investimento. Pensando nisso,
listamos algumas tendências em tecnologias e sistemas para indústrias
que podem demonstrar os rumos que o mercado deve tomar – e a importância
de não parar de evoluir.
– Robótica Colaborativa: a robótica não é mais um projeto ou uma
“visão de futuro”, mas uma realidade e, neste ponto, a ideia é ter robôs
trabalhando em integração com humanos, desenvolvendo tarefas que
demandem muito esforço físico contínuo, para prevenir lesões por esforço
repetitivo, ou ainda em atividades que ofereçam algum nível de risco à
saúde humana. “A intenção não é eliminar o trabalho humano, mas torná-lo
mais prático e inteligente, direcionando a mão de obra humana para
atividades mais relevantes e menos repetitivas”, afirma Auler.
– Sustentabilidade e Eficiência Energética: a chamada “Agenda ESG”
(Governança Ambiental e Social, em tradução livre) é uma realidade para
as empresas e a tecnologia tem muito a colaborar para a implantação e a
manutenção de práticas sustentáveis e de eficiência energética na
automação industrial. “A implementação de tecnologias que reduzem o
desperdício de recursos e otimizam o consumo de energia não é apenas uma
tendência, mas uma necessidade para as empresas que pretendem ter um
futuro a longo prazo”, alerta.
– 5G na manufatura: A implantação de redes 5G proporciona uma
melhoria significativa em termos de velocidade de conexão, o que promove
um aumento determinante na agilidade de tarefas que necessitam da
coleta, processamento e análise de dados, acelerando processos comuns à
indústria, como monitoramento de estoque e automação de processos, por
exemplo. “A adoção crescente de redes 5G para melhorar a conectividade e
comunicação em tempo real é outro ponto crucial para as empresas
evoluírem na digitalização”, pontua o especialista.
– Automação de Processos Administrativos: engana-se quem pensa que
apenas os processos produtivos podem contabilizar ganhos com a adoção de
soluções tecnológicas. Uma tendência crescente é a automação dos
processos administrativos. Com a adoção de sistemas específicos e
integrados que criam plataformas unificadas de trabalho, procedimentos
gerenciais também ganham em otimização e qualidade, o que faz diferença
no resultado final. “Demanda como gerenciamento da cadeia de
suprimentos, finanças e recursos humanos com a utilização de RPA
(Automação de Processos Robóticos) vão melhorar a eficiência da empresa
de modo geral”, afirma.
– Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial (IA): outro
item que fala em “tendência”, mas que já deve ser considerada uma
realidade pelas empresas que estão de olho no futuro. A popularização do
acesso a ferramentas de IA e a variedade de funcionalidades torna a
tecnologia um trunfo na indústria, do escritório ao chão da fábrica. Já
no caso da Internet das Coisas – e principalmente na variação IIoT, a
Internet das Coisas Industrial – é outra tecnologia que, administrada
por um ERP moderno, inclusive com recursos de IA e Machine Learning,
pode analisar e utilizar dados diretamente dos equipamentos das fábricas
(as “coisas”!) para melhorar a produtividade e a eficiência do
trabalho.
Estas são algumas das tendências em tecnologia que devem começar a
tomar conta das indústrias brasileiras já nos próximos meses. São
apostas que caminham lado a lado com o que há de mais inovador em termos
de tecnologia e, assim, podem apresentar as soluções que muitas
empresas buscam para questões do dia a dia. Afinal, a Indústria 4.0,
como falamos lá no começo deste texto, já é uma realidade.
Marketplaces em alta: o sucesso no mercado
Tiago Sanches, gerente comercial da Total IP
Certas estratégias são cruciais para alavancar as vendas e isso começa com o primeiro contato
Marketplaces são uma tendência no e-commerce. Isso porque, os
benefícios existem tanto para quem tem seu próprio ambiente, quanto para
os sellers, os quais vendem nas plataformas de outros empreendedores.
Entretanto, apesar dessa alta, é fundamental as organizações se
prepararem da melhor forma para receberem seus grupos alvo,
independentemente da época do ano. Isso inclui uma elaboração iniciada
pelo atendimento.
O que são marketplaces e qual a sua realidade no mercado?
Esse conceito se remete a uma noção mais coletiva de vendas on-line.
Nessa plataforma, diferentes lojas podem anunciar seus artigos, dando ao
cliente um leque de opções. Desse jeito, trata-se de uma rede cujos
vendedores podem fazer suas ofertas dentro da mesma página. Ou seja, é
como um shopping center virtual cujos visitantes têm acesso a vários
estabelecimentos. Sites como Mercado Livre, Magalu, Americanas, Amazon e
a Valeon são ótimos exemplos, inclusive, de acordo com o último
relatório Webshoppers, 84% dos empreendedores brasileiros possuem canais
ativos em ambientes como esses.
Conforme a ChannelAdvisor, na China, esse tipo de comércio já
representa 90% do faturamento do varejo on-line e, nos EUA, 33%. Já no
Brasil, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm),
o crescimento do setor em 2021 foi de 19%.
Principalmente em temporadas de forte atividade, como o Natal, Dia
dos Namorados, das Mães e dos Pais, as movimentações tendem a ser
significativas. O Dia do Consumidor, por exemplo, em 2022, chegou a um
faturamento de R$ 722 milhões, com elevação de 22% em comparação a 2021,
de acordo com dados da Neotrust. Contudo, para, de fato, chamar a
atenção dos fregueses, apenas preços atrativos e propagandas não são o
suficiente, é preciso oferecer uma experiência completa. “Para deixar
uma marca positiva é necessário garantir um primeiro contato excelente,
indo até o pós-venda. Os responsáveis por esse tipo de negócio tendem a
pensar só no produto final entregue, mas toda interação importa”,
explica Tiago Sanches, gerente comercial da Total IP.
Um destaque em meio à concorrência é fundamental
Ciente de como apenas qualidade final não é o suficiente, diversos
quesitos tendem a ajudar uma empresa a se destacar em meio a tanta
concorrência. Logo, diferentes fatores influenciam a posição ocupada nas
buscas, seja preço, custo do frete, avaliações, etc. Além disso, é
imprescindível identificar como chamar a atenção em detrimento de
sellers ocupando o mesmo espaço. Nesse contexto, conhecimento nunca é
demais para descobrir como planejar condições visando se sobressair.
Outra questão importante diz respeito aos parceiros mantidos por
perto e a estrutura do negócio em geral. Para a quantidade de vendas
alcançadas por um programa como esse, investir na atração de indivíduos
para promover suas corporações lá dentro, diversificando e ampliando o
portfólio torna tudo mais robusto. Além disso, deve haver uma atenção
especial à otimização das operações.
Todavia, de nada adianta tomar cuidado com tudo isso e não promover
uma boa gestão operacional. Dentre diversos benefícios, a transformação
de um e-commerce em um marketplace proporciona ganho de escala das
demandas. A partir desse ponto é crucial redobrar a cautela com
estratégias adotadas no local omnichannel. Uma administração eficiente é
o meio para a criação de modelos de vivência da persona para ela ter
uma boa prática nessa aquisição. “Hoje em dia, uma pessoa transita por
diferentes pontos de contato. É relevante, então, conseguir alcançar o
preciso da melhor forma e naquele momento, assim, há grandes chances de
fidelizar”, comenta o especialista.
Dicas para se sair bem no mercado
Antes de tudo é sempre interessante se colocar no lugar dos
frequentadores, pois, somente conhecendo bem eles é viável proporcionar
oportunidades e elementos favoráveis. Em circunstâncias assim, um bom
levantamento de dados para analisar as dores e as necessidades é uma
excelente alternativa, tendo em vista como, por meio dessas informações,
é fácil identificar qual a busca e como agradar.
No entanto, o ditado é real e, de fato, a primeira impressão fica.
Logo, a assistência inicial desse sujeito deve ser levada em
consideração de forma primordial. Como anda o seu atendimento? Quais as
abordagens utilizadas para lidar com esses interessados?
Independentemente de qual seja, a Startup Valeon consegue auxiliar, incrementar e melhorar qualquer estratégia de forma inovadora.
A tecnologia de robôs tem sido cada vez mais utilizada em diversas
esferas do cotidiano da população. No geral, essa indústria está em
crescimento, de acordo com a VDMA (Associação Alemã de Fabricantes de
Máquinas e Instalações Industriais), as vendas do setor aumentaram em
13% em 2022. Nos primeiros quatro meses, os pedidos recebidos foram
elevados em 38%, também em relação ao ano anterior, na Alemanha.
Em todo o mundo, já existem mais de três milhões deles operando em
fábricas e pelo menos US$ 13,2 bilhões foram gastos nos últimos anos em
novas instalações utilizando esse tipo de modernização. Pelo menos 76%
desses investimentos foram feitos por cinco países: China, Japão,
Estados Unidos, Coreia do Sul e Alemanha. As indústrias automotiva,
elétrica, eletrônica e metálica se destacam nesse uso em seus parques
industriais. Porém, no caso do apoio ao consumidor esse artifício também
não poderia ficar de fora. Com a Startup Valeon isso é possível para
todos os âmbitos. “Nós enxergamos essa assistência como parte do
processo de conquista e a colocamos como um pilar principal para os
nossos usuários.
Dessa maneira, a firma oferece serviços baseados na aprimoração desse
suporte para as companhias parceiras, seja com os tão comentados robôs,
responsáveis por atender chamadas e responder mensagens
automaticamente, ou com outras ferramentas. Ao todo, há uma
flexibilidade sem igual para atender a todo tipo de instituição, com
humanos, chat, voz, redes sociais e WhatsApp, o propósito é aumentar os
resultados e promover atualização constante.
O que é marketplace e por que investir nessa plataforma
ÚnicaPropaganda e Moysés Peruhype Carlech
Milhares de internautas utilizam o marketplace diariamente para fazer
compras virtuais. Mas muitos ainda desconhecem seu conceito e como ele
funciona na compra e venda de produtos.
Afinal, o que é marketplace?
O marketplace é um modelo de negócio online que pode ter seu funcionamento comparado ao de um shopping center.
Ao entrar em um shopping com a intenção de comprar um produto
específico, você encontra dezenas de lojas, o que lhe permite pesquisar
as opções e os preços disponibilizados por cada uma delas. Além de
comprar o que você planejou inicialmente, também é possível consumir
outros produtos, de diferentes lojas, marcas e segmentos.
Leve isso ao mundo virtual e você entenderá o conceito de
marketplace: um lugar que reúne produtos de diversas lojas, marcas e
segmentos. A diferença é que no ambiente virtual é mais fácil buscar
produtos, e existe a facilidade de comprar todos eles com um pagamento
unificado.
Os principais marketplaces do Brasil
A Amazon foi a primeira a popularizar esse modelo de negócio pelo mundo, e até hoje é a maior referência no assunto
No Brasil, o marketplace teve início em 2012. Quem tornou a
plataforma mais conhecida foi a CNova, responsável pelas operações
digitais da Casas Bahia, Extra, Ponto Frio, entre outras lojas.
Hoje, alguns nomes conhecidos no marketplace B2C são: Americanas,
Magazine Luiza, Netshoes, Shoptime, Submarino e Walmart. No modelo C2C,
estão nomes como Mercado Livre e OLX. Conheça os resultados de algumas
dessas e de outras lojas no comércio eletrônico brasileiro.
Aqui no Vale do Aço temos o marketplace da Startup Valeon que é uma
Plataforma Comercial de divulgação de Empresas, Serviços e Profissionais
Liberais que surgiu para revolucionar o comércio do Vale do Aço através
de sua divulgação online.
Como escolher o marketplace ideal para sua loja
Para ingressar em um marketplace, é preciso cadastrar sua loja,
definir os produtos que serão vendidos e iniciar a divulgação. Mas é
fundamental levar em consideração alguns pontos importantes antes de
decidir onde incluir sua marca:
Forma de cobrança: cada marketplace possui seu modelo de comissão
sobre as vendas realizadas, que pode variar de 9,5% a 30%. O que
determina isso é a menor ou maior visibilidade que o fornecedor
atribuirá a seus produtos. Ou seja, o lojista que quer obter mais
anúncios para seus produtos e as melhores posições em pesquisas pagará
uma comissão maior.
Na Startup Valeon não cobramos comissão e sim uma pequena mensalidade para a divulgação de seus anúncios.
Público-alvo: ao definir onde cadastrar sua loja, é essencial
identificar em quais marketplaces o seu público está mais presente.
Garantimos que na Valeon seu público alvo estará presente.
Concorrentes: avalie também quais são as lojas do mesmo segmento que
já fazem parte da plataforma e se os seus produtos têm potencial para
competir com os ofertados por elas.
Felizmente não temos concorrentes e disponibilizamos para você cliente e consumidores o melhor marketplace que possa existir.
Reputação: para um marketplace obter tráfego e melhorar seus
resultados em vendas precisa contar com parceiros que cumpram suas
promessas e atendam aos compradores conforme o esperado. Atrasos na
entrega, produtos com qualidade inferior à prometida e atendimento
ineficiente são fatores que afastam os usuários que costumam comprar
naquele ambiente virtual. Ao ingressar em um marketplace, certifique-se
de que a sua loja irá contribuir com a boa reputação da plataforma e
pesquise as opiniões de compradores referentes às outras lojas já
cadastradas.
Temos uma ótima reputação junto ao mercado e consumidores devido a seriedade que conduzimos o nosso negócio.
Vantagens do marketplace
A plataforma da Valeon oferece vantagens para todos os envolvidos no comércio eletrônico. Confira abaixo algumas delas.
Para o consumidor
Encontrar produtos de diversos segmentos e preços competitivos em um único ambiente;
Efetuar o pagamento pelos produtos de diferentes lojistas em uma única transação.
Para o lojista
Ingressar em um comércio eletrônico bem visitado e com credibilidade, o que eleva a visibilidade de seus produtos;
Fazer parte de uma estrutura completa de atendimento e operação de
vendas com um menor investimento, considerando que não será necessário
pagar um custo fixo básico, como aconteceria no caso de investir na
abertura de uma loja física ou online.
Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:
• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;
• Atraímos visualmente mais clientes;
• Somos mais dinâmicos;
• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;
• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;
• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.
• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em
buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para
impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as
suas vendas.
Para o Marketplace
Dispor de uma ampla variedade de produtos em sua vitrine virtual, atraindo ainda mais visitantes;
Conquistar credibilidade ao ser reconhecido como um e-commerce que
reúne os produtos que os consumidores buscam, o que contribui até mesmo
para fidelizar clientes.
Temos nos dedicado com muito afinco em melhorar e
proporcionar aos que visitam o Site uma boa avaliação do nosso canal
procurando captar e entender o comportamento dos consumidores o que nos
ajuda a incrementar as melhorias e campanhas de marketing que
realizamos.
Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (App)
As divergências na articulação do governo com o Legislativo podem
comprometer o avanço da pauta econômica. Congressistas criticam o atraso
na análise de vetos presidenciais e afirmam que parte dos trechos
rejeitados pelo Planalto não havia sido acordada. Para integrantes da
cúpula do Congresso, o governo tem adiado as sessões para a análise de
vetos para ganhar tempo e renegociar acordos já fechados.
O Poder360 apurou que o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha,
é o maior alvo de críticas pelas falhas nas negociações com deputados e
senadores. Congressistas cobram mais organização e o cumprimento dos
acordos feitos como condição para avançar na pauta econômica prioritária
do Ministério da Fazenda.
Como o Poder360 mostrou, a Câmara dos Deputados deve aguardar a votação dos vetos antes
de analisar a medida provisória que altera regras da subvenção do ICMS
(Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), mesmo se a
proposta for aprovada na comissão mista. A MP é considerada a maior prioridade até o final do ano. Se aprovada, o governo estima ter arrecadação de R$ 35 bilhões em 2024.
Aliados do governo avaliam que o governo deve sofrer derrotas na
sessão do Congresso de 5ª feira (14.dez.2023). A reunião conjunta de
deputados e senadores foi marcada depois de 3 adiamentos. Há 39 vetos na
pauta.
Apesar de Lula planejar liberar R$ 11 bilhões em emendas nas próximas semanas, partidos do Centrão e “independentes” resistem
a ceder nas votações. A articulação política do governo negocia para
que o veto à desoneração da folha de pagamentos fique de fora da pauta
da sessão desta semana. O governo quer ganhar tempo para evitar uma
derrota que pode custar R$ 18,4 bilhões.
Em reunião de líderes da base de apoio ao governo na Câmara nesta 3ª (12.dez), Randolfe pediu “paciência”
aos chefes de bancada para aguardarem a apresentação da proposta
alternativa da equipe econômica sobre a desoneração. Segundo ele, o
texto deve ser anunciado via medida provisória até 5ª feira (14.dez), quando está marcada a sessão do Congresso.
Às vésperas do recesso de fim de ano em Brasília, poucas coisas têm
perturbado tanto o sono dos parlamentares quanto a busca frenética de
meios para encaixar no Orçamento um aumento recorde do Fundo Especial de
Financiamento de Campanha, o chamado fundo eleitoral, com vista às
eleições municipais de 2024. A desfaçatez das tratativas revela que
simulacros de republicanismo – como a falácia segundo a qual a
democracia, ora vejam, “tem um custo” – já foram deixados para trás. A
barreira da suposta preocupação com a opinião pública também já foi
superada. A coisa começa a descambar para o escárnio.
O governo do presidente Lula da Silva propôs na Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) um fundo de R$ 939,4 milhões para cobrir as despesas
dos partidos com as eleições municipais de 2024. Já é muito dinheiro
público para um fundo que nem sequer deveria existir, a bem da
democracia representativa no Brasil. Mas, insaciáveis que são, os
parlamentares ainda acham pouco, inclusive os do PT, partido de Lula. A
revelar que a caradura não conhece limites, as bancadas da maioria dos
partidos no Congresso se articulam para aprovar um fundo eleitoral de
inacreditáveis R$ 5 bilhões em 2024.
Ignorando olimpicamente o fato de que o País está caçando moedas nos
bolsos da calça para equilibrar as contas sem prejuízo de políticas
públicas essenciais para a esmagadora maioria da população, os
parlamentares seguem orientados por seus interesses particulares quando
estes colidem com o interesse público. Como dinheiro não brota do chão, o
aumento de mais de R$ 4 bilhões do fundo eleitoral, considerando o
valor proposto na LDO e o desejo da maioria dos parlamentares, haverá de
sair de alguma alínea do Orçamento. É quase certo que privilégios que
fazem desta uma “República inacabada”, para usar a expressão de Faoro,
seguirão intocados.
Uma das alternativas à mesa é abater aquela diferença bilionária do
total de recursos destinados às emendas de bancada, que somam R$ 12,6
bilhões em 2024. Ou seja, para aumentar o fundo eleitoral, deputados e
senadores teriam de abrir mão de recursos dos quais pode dispor o
conjunto de parlamentares de cada Estado e do Distrito Federal. Eis o
impasse. Se bem feitas, as emendas podem custear políticas públicas que
têm impacto direto na vida dos cidadãos e lançam luz sobre seus
patrocinadores. O fundo eleitoral, por sua vez, fortalece as
candidaturas de aliados políticos ou dos próprios parlamentares que
concorrerão a prefeito no ano que vem.
Conhecendo-se o histórico do Congresso em deliberações sobre temas
que tocam diretamente os interesses dos parlamentares e dos partidos,
não é improvável que esse impasse seja resolvido da pior forma possível
para o País, qual seja: ao fim e ao cabo, as emendas de bancada, entre
outras, serão preservadas e outras alíneas do Orçamento é que acabarão
sacrificadas para que o fundo eleitoral atinja o patamar recorde de R$ 5
bilhões no ano que vem.
Desde 2015, quando o Supremo julgou, acertadamente, que as doações de
empresas para financiamento de campanhas eleitorais eram
inconstitucionais – pela óbvia razão de que pessoas jurídicas não são
titulares de direitos políticos –, parlamentares de todos os matizes
político-ideológicos têm feito de tudo para, eleição após eleição,
aumentar cada vez mais o quinhão do Orçamento que abastece o fundo
eleitoral. Só não têm feito o que deveriam fazer: aproximar-se da
sociedade e angariar o apoio de eleitores dispostos a contribuir, por
meio de doações, para o custeio tanto das atividades dos partidos com os
quais têm afinidade como para suas campanhas eleitorais.
Porém, mal acostumados, aboletados no conforto do dinheiro público
farto, fácil e seguro que abastece os cofres dos partidos, os
parlamentares têm percorrido o caminho diametralmente oposto,
fechando-se cada vez mais em seus próprios interesses, como se o
Congresso fosse um mundo à parte.
Se, como apregoam os defensores dos fundos públicos, a democracia “tem um custo”, a brasileira tem se revelado cara demais.
BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) – O novo presidente Javier Milei
vai suspender a propaganda oficial em meios de comunicação da Argentina
por um ano, seguindo o que prometeu durante sua campanha. O anúncio foi
feito nesta terça-feira (12) pelo porta-voz da Casa Rosada, Manuel
Adorni, em entrevista coletiva, que agora ocorrerá diariamente.
Então candidato, Milei se referiu a veículos de mídia públicos, os
quais quer privatizar, como “ministério da propaganda encoberto”.
Seu porta-voz afirmou ainda que a redução de cargos federais será de
34%, mas não soube dizer com precisão quanto será economizado, já que os
contratos e nomeações acabam de começar a ser revisados. A conta se
refere ao corte de 18 para 9 ministérios, de 106 para 54 secretarias e
de 182 para 140 subsecretarias.
“O objetivo é fazer o impossível no curtíssimo prazo para evitar a
catástrofe”, declarou Adorni, dizendo que os funcionários que não
queiram fornecer informações sofrerão as “sanções correspondentes”, sem
detalhar quais. A intenção é também verificar eventuais “contratações
irregulares” feitas no último ano pela gestão de Alberto Fernández.
Na segunda (11), o porta-voz já havia informado que o governo
começará a exigir 100% de presença desses empregados no escritório e que
“o emprego militante acabará”, expressão pela qual foi questionado. “É o
emprego que todos sabemos que nasce por questões políticas, de caixa e
de campanha. […] É preciso acabar com essa lógica de ver como normal
coisas que não são”, respondeu.
Ele também repetiu a frase “dentro da lei tudo, fora da lei nada” ao
ser indagado sobre como serão tratadas manifestações maciças contra os
cortes, já agendadas para os dias 19 e 20 por sindicatos e “piqueteiros”
um conjunto de organizações de esquerda que usa o fechamento de ruas
como forma de protesto desde a década de 1990.
Esses dias marcam 22 anos da renúncia do ex-presidente Fernando de la
Rúa, após protestos violentos que tomaram o país na crise econômica,
política e social de 2001.
“A liberdade de expressão não se negocia. A liberdade de expressão
está garantida dentro da República Argentina”, disse Adorni. Sobre os
programas sociais, afirmou que “ninguém vai deixar de ajudar quem
precisa”. “Isso não vai ocorrer nesta etapa na Argentina porque
entendemos a gravidade da situação.”
O novo pacote de reformas econômicas de Milei é o anúncio mais
esperado pelo país no momento. A divulgação ocorreria nesta segunda, mas
foi adiada para esta terça, feita por meio de um vídeo gravado pelo
ministro da Economia, Luis Caputo.
Sindicatos reagiram às falas de Adorni. “Quando falam em emprego
militante, são palavras que já ouvimos antes. Tentam fazer um
disciplinamento que facilite os cortes. Se pretendem espalhar medo e
temor, queremos dizer que não conseguirão”, afirmou Rodolfo Aguiar,
secretário-geral da ATE Nacional (Associação de Trabalhadores do
Estado), um dos maiores e mais antigos do país.
Ele disse ainda que “a maioria dos governos, ao assumir o poder,
afirma que revisará os contratos” e que “todos os trabalhadores que
conhece desempenham funções na administração pública nacional há anos”,
citando que os funcionários federais totalizam cerca de 200 mil pessoas.
“Se não for uma desculpa para promover a demissão de milhares de
trabalhadores, e se for verdade que vão procurar pessoas que recebam
salários sem trabalhar, nós os acompanharemos nessa busca e seremos os
primeiros a denunciá-los”, completou. À espera dos anúncios econômicos, o
sindicato convocou uma reunião na quinta (14) para definir seu “plano
de luta”.
No domingo, horas depois de tomar posse, Milei assinou uma série de
decretos, entre eles o que prevê a redução de ministérios e outro que
altera a regra sobre nepotismo definida pelo ex-presidente Mauricio
Macri, agora seu aliado político. Isso permitiu que ele nomeasse sua
irmã caçula Karina como secretária-geral da Presidência.