terça-feira, 12 de dezembro de 2023

ACORDO ENTRE MERCOSUL E UNIÃO EUROPEIA PODE FRACASSAR

 

História por Aryel Fernandes  • IstoÉ Dinheiro

Por Paula Cristina

Havia grandes expectativas pela passagem do presidente Lula pela Alemanha. Às vésperas de o Brasil deixar o comando do Mercosul, o governo petista esperava fechar o ciclo firmando um acordo entre os países do cone sul das Américas com a União Europeia, um flerte que já dura mais de 20 anos e parecia estar mais próximo que nunca. Mas há um abismo entre parecer e ser.

Com a liderança da França na oposição ao acordo, os questionamentos sobre como trabalha o agronegócio brasileiros, além das exigências de compensação com agricultura sustentável tornaram o negócio inviável — pelo menos por enquanto. Interlocutores do presidente Lula disseram que o presidente ficou bastante frustrado com o andamento das negociações.

Para seguir em frente, agora, o governo pensa em estratégias. Uma delas é tentar fortalecer a aliança dos países emergentes por meio do Brics e pensar em acordos com a União Europeia através do bloco. Também há a perspectiva de seguir as negociações país por país que formam a União Europeia, mas Lula terá de fazer isso fora da cadeira de presidente do Mercosul.

O mandato de Lula à frente do bloco terminou quinta-feira (7), e seu sucessor será Santiago Peña, presidente do Paraguai. E ele já deixou claro que o acordo com o velho continente não estará entre suas prioridades. “Disse ao Lula para concluir as negociações porque, se ele não as concluir, não prosseguirei com elas nos próximos seis meses”, afirmou Peña em entrevista à TV pública paraguaia em 15 de setembro.

Ainda há a posse de Javier Milei na Argentina no caminho (domingo, 10), além da aberta pressão uruguaia sobre Lula. O ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Omar Paganini, foi um dos primeiros a falar sobre novas formas de viabilizar acordos comerciais. A sugestão dele é avançar o diálogo com a China, ou abrir caminho para um acordo bilateral na Ásia em que os membros do Mercosul possam participar.

“Passaram cinco anos desde a última reunião [do Conselho do Mercosul e União Europeia]. Cinco anos em que o mundo se tornou mais complexo e mais desafiador. Se não é possível seguir por aí, temos de abrir o diálogo com a China”, disse Paganini.

Emmanuel Macron, presidente da França© Fornecido por IstoÉ Dinheiro

“Os termos do tratado são contraditórios. Esse acordo, no fundo, não leva em conta a biodiversidade do clima.”Emmanuel Macron, presidente da França

ALTERNATIVAS

E essa pode ser a deixa de que Lula precisa para buscar novas alternativas de acordos. O Itamaraty já estuda, além de uma nova forma de aproximação com a China, uma maneira de fortalecer o bloco dos emergentes em busca de um acordo mais amplo e que o peso não resida apenas no agronegócio.

De fato é a condução do agro brasileiro um dos maiores entraves no andamento do acordo com os europeus. Liderados pelo presidente da França, Emmanuel Macron, eles colocaram em xeque o que chamaram de “práticas destrutivas ao meio ambiente para ter mais produtividade”.

A crítica forte aconteceu depois de o presidente Lula ter participado da COP28 e tentado vender um Brasil mais sustentável. Segundo Macron, os termos atuais do tratado são “completamente contraditórios com o que ele [Lula] está fazendo no Brasil e com o que nós estamos fazendo […] Esse acordo, no fundo, não leva em conta a biodiversidade do clima.”

O argumento de Macron ganhou força com parte dos líderes da União Europeia depois de uma decisão questionável do presidente Lula. Em outubro o Brasil aceitou ser um membro observador na Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep), entidade que reúne os maiores produtores de petróleo do mundo. Desde então, Macron tem sinalizado que tal ação mostra o comprometimento do Brasil com a energia fóssil.

Na defesa pelo acordo segue firme o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz. Em Berlim o presidente brasileiro externou sua frustração, mas disse ainda ter esperanças. “Depois de 23 anos, se a gente [os dois lados] não concluir o acordo é porque penso que nós estamos sendo irrazoáveis”, disse Lula.

Ao final de sua entrevista, o petista foi além. “Eu não vou desistir até falar com todos os presidentes da União Europeia e ouvir um ‘não’ de todos”. Uma postura que pode desgastar a imagem do Brasil, em especial se o verniz da sustentabilidade agrícola que queremos vender ao mundo começar a descascar.

O post Mercosul x União Europeia: o caldo azedou apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

A RECUSA DA UE NA ENTRADA DA UCRÂNIA PODE PROVOCAR CONSEQUÊNCIAS DESVASTADORAS

 

História por admin3  • IstoE

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitro Kuleba, advertiu nesta segunda-feira a comunidade internacional para as “consequências devastadoras” caso a União Europeia (UE) não alcance um consenso sobre a abertura de negociações para a adesão do país ao bloco, no âmbito de um processo de ampliação.

“Não quero nem falar sobre as consequências devastadoras que ocorrerão se o Conselho Europeu (a reunião de cúpula prevista para esta semana) não tomar uma decisão, não apenas para a Ucrânia, mas também para a ampliação”, afirmou Kuleba ao chegar a Bruxelas para uma reunião de seus homólogos da UE.

A UE concedeu, em junho de 2022, à Ucrânia o status formal de país aspirante à adesão e apresentou um plano inicial de reformas para permitir o avanço das negociações. Kiev afirma que cumpriu a maioria das demandas.

“Como já afirmamos, nós fizemos a nossa parte no trabalho. Esperamos que a UE faça a sua parte”, disse Kuleba, ao comentar as divisões entre os 27 países membros antes do encontro de cúpula do bloco, que acontecerá na quinta-feira e sexta-feira.

A reunião terá como principal tema a ampliação do bloco, em particular a resposta às pressões da Ucrânia para iniciar as negociações formais para a adesão.

O primeiro-ministro de Hungria, Viktor Orban, ameaça bloquear a discussão por considerar que a UE precisa, antes, iniciar um “debate estratégico” sobre as relações com a Ucrânia e somente depois tomar uma decisão sobre uma eventual adesão.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, fez um apelo e defendeu a unidade do bloco.

“Espero que a unidade da União Europeia não seja quebrada, porque não é o momento de enfraquecer nosso apoio à Ucrânia”, disse.

A ministra das Relações Exteriores da Finlândia, Elina Valtonen, afirmou que a postura da Hungria é “muito, muito deplorável (…) É crucial que mantenhamos a ajuda à Ucrânia enquanto for necessário”.

A diplomata reagiu desta maneira aos boatos de que a posição da Hungria era uma tentativa de forçar a UE a liberar recursos para o governo húngaro que foram congelados devido a uma disputa pela situação do Estado de Direito no país.

O chefe da diplomacia da Letônia, Kristjanis Karins, afirmou que “na Europa enfrentamos muitas vezes desafios internos e sempre os superamos”.

A hISTÓRIA DE NAPOLEON HILL FOI DOS MAIS ENVOLVENTES ROMANCES A INEVITÁVEL DOSE DE DESILUSÃO

Autor: Virgilio Marques dos Santos, sócio-fundador da FM2S Educação e Consultoria

Napoleon Hill é uma figura enigmática na história do desenvolvimento pessoal e profissional. Sua vida, tão fascinante quanto controversa, moldou um legado que persiste até hoje, embora muitas vezes envolto em mitos e meias-verdades. Ao mergulhar em sua história, encontramos uma narrativa digna dos mais envolventes romances, repleta de reviravoltas, revelações e, inevitavelmente, uma dose de desilusão.

Nascido em 1883, na Virgínia rural, Hill emergiu de um início de vida modesto. Seu caminho para a fama começou com a promessa audaciosa de revelar os “segredos do sucesso”, supostamente adquiridos por meio de conversas com figuras proeminentes da época, como Andrew Carnegie. Foi esta afirmação que plantou as sementes para seus trabalhos mais conhecidos, como “Think and grow rich” (Pense e Enriqueça), e “Mais esperto que o diabo” dois dos livros de autoajuda mais vendidos de todos os tempos.

As ideias centrais de Hill – focadas na importância do pensamento positivo, da persistência e da visualização de objetivos – envolvem fundamentos que moldaram a indústria do coaching moderno. Ele defendia a noção de que a mente poderia ser treinada para alcançar sucesso e riqueza, mensagem que ressoou e ainda ressoa fortemente com muitos.

As reviravoltas

No entanto, ao desvendar as camadas dessa narrativa inspiradora, descobrimos falácias e inverdades. Hill alegava ter sido mentorado por Andrew Carnegie, o que nunca foi comprovado. Suas histórias sobre amizades com os poderosos da época e o acesso a segredos de sucesso não resistiram ao escrutínio crítico. A ciência e a experimentação modernas, com sua ênfase em evidências concretas e replicabilidade, não encontraram base sólida para nenhuma de suas afirmações.

Essas discrepâncias lançam uma sombra sobre o legado de Hill. Embora suas ideias sobre autoconfiança e a importância de objetivos claros permaneçam influentes, sua reputação como um “desvendador” dos segredos do sucesso é questionável. A realidade de sua própria vida, marcada por dificuldades financeiras e uma morte longe da riqueza que ele prometia em seus livros, contrasta fortemente com as promessas que fazia.

Apesar destas controvérsias, a popularidade de Napoleon Hill perdura. Seus livros continuam a ser lidos e suas ideias discutidas, muitas vezes sem o conhecimento das inconsistências e exageros que marcaram sua vida e obra. Hill, de certa forma, tornou-se um personagem de sua própria criação, um reflexo das narrativas que ele tão habilmente teceu.

O legado de Napoleon Hill é um lembrete da complexidade da natureza humana e da nossa busca incessante por fórmulas de sucesso. Ele personifica o eterno conflito entre aspiração e realidade, entre a promessa do sucesso e os desafios da vida real. Como em um romance, a história de Hill nos envolve, nos desafia e, em última análise, nos leva a questionar a veracidade do que parece ser extraordinário.

Por último, deixo minha dica: desconfie do que chega até você, se por meio de livros, grupos de zap e até artigos como esse. Como cidadãos na era da informação sem curadoria, precisamos, mais do que nunca, ser críticos com o que chega até nós. Exercite a sua metralhadora de porquês, porque no fundo é isso que importa.

20 coisas que eu gostaria de saber aos 20 anos (mas tive que aprender sozinho)

Karen Nimmo – Psicóloga

“Espírito primeiro. Porque isso é o mais importante. Não é o quão bem você pode executar ou quanto dinheiro você pode ganhar. Mas se você não é o ser humano que deveria ser, você não está fazendo isso corretamente.” — Gladys Knight.

Uma jovem cliente que estava terminando sua terapia tinha um pedido final.

Ela queria alguns conselhos genéricos de vida: que tal 20 coisas para 2020? ela disse, lançando um desafio.

Eu não tive que pensar sobre isso por muito tempo. Quanto mais velho você fica, mais você vê, mais você erra, mais você tem a dizer.

MAS…

Quanto mais medo você tem de dizer isso, porque sabe que não existe uma estratégia de tamanho único para a vida – que cada um de nós precisa seguir seu próprio caminho.

Ainda assim, eu estava pronto para o desafio. Aqui estão algumas coisas para ponderar.

20 coisas que eu gostaria de ter sabido nos meus vinte anos

1. Bons amigos valem ouro.

Ao longo da vida, apenas algumas pessoas realmente “pegarão” você. E alguns deles também não ficarão por aqui. Portanto, cuide de quem o faz. Mas também vale a pena saber que a amizade (e o amor) se desenvolve em lugares surpreendentes, em todas as idades e fases. Fique aberto a isso.

2. Ninguém se importa com o que você faz da sua vida.

Bem, alguns fazem um pouco – espero que isso inclua seus pais. Mas a maioria das pessoas está muito ocupada trilhando seus próprios caminhos para se preocupar com o que você está fazendo no seu. No final, até seus pais só querem que você seja feliz e autossuficiente. Aponte para isso.

3. A paixão por hambúrgueres com queijo e batatas fritas tem consequências.

Apenas dizendo.

4. A vida não dura para sempre.

Certa vez, tive um colega de apartamento cujo resumo da experiência humana era o seguinte: “você nasce, vive um pouco e depois morre”. Achei que ele era um Bisonho; Acontece que ele estava certo. Espero que você tenha um longo intervalo entre o começo e o fim. Mas nenhum de nós sabe o que está por vir. Use bem o seu tempo.

5. Nem o planeta.

Você não pode salvar tudo sozinho, mas pode fazer a sua parte.

6. A vida às vezes é entediante – precisa ser.

Tente viver em altas rotações 24 horas por dia, 7 dias por semana, e você saberá o que quero dizer. Tempo de inatividade, manchas planas, tédio – como você quiser chamar – é necessário para recuperar e recarregar, pensar e criar – e fazer mudanças.

O tédio crônico é um problema, portanto, se você se encontrar lá, faça tudo o que puder para mudá-lo.

7. Sua saúde mental é um trabalho em andamento.

Humores e emoções não são consistentes. É mais difícil do que você pensa ficar em um bom espaço mentalmente. Haverá altos e baixos, dias bons e ruins, então você precisa aprender ferramentas e estratégias para lidar com ambos. E você precisa continuar usando-os.

8. Assim como sua saúde física.

Os corpos também não se cuidam. Eles brincam, ficam doentes, precisam de remédios, exames de saúde e manutenção regular. Quanto mais velho você fica, mais alto “use-o ou perca-o” soa em seus ouvidos. Quanto mais cedo você prestar atenção nisso, melhor.

9. Mentiras são corredores rápidos.

Uma vez ouvi dizer: uma mentira pode dar meia volta ao mundo antes mesmo de a verdade calçar seus sapatos de salto alto. É verdade. As mentiras se espalham rapidamente – e machucam. Pense nisso por um tempo.

10. Você precisa usar tanto as mãos quanto a cabeça.

Passar muito tempo em sua cabeça o deixará louco – e fará de você um insone. Fazer coisas é a melhor maneira de combatê-lo – tira você da cabeça e o leva para o corpo. Isso é bom pra você.

11. A maioria das pessoas está fazendo o melhor que pode. Mas alguns não são.

Verdadeiramente, a maioria das pessoas está se esforçando com o que tem. A maioria das pessoas quer ser um ser humano bom, gentil e que contribui. Algumas pessoas são idiotas, e mesmo que tenham uma razão válida para isso, você precisa ficar longe delas.

12. Poder regular tudo é tudo.

Comida, álcool, substâncias, pornografia/sexo, humores, emoções, reações – ter propriedade sobre isso é possuir sua própria vida. NB: Não espere muito em breve, leva tempo e prática.

13. Tentar fazer os outros felizes é perda de tempo.

Você não pode. Você pode apoiá-los e estar lá para eles, mas criar uma vida boa é o trabalho deles. Assim como criar o seu é seu.

14. Ficar sozinho é legal. Estar sozinho é difícil.

Estar sozinho, para experimentar, pensar e sonhar, sustentará e até fortalecerá sua saúde mental. Mas sentir-se isolado o levará para o outro lado. Faça o possível para se manter conectado – com as pessoas, com os vizinhos, com os animais de estimação, com o caixa do supermercado. E se você não está sozinho, fique de olho nos que estão. Uma palavra gentil faz uma grande diferença.

15. O arrependimento é bom; pendurar no passado é ruim.

Ter arrependimentos mostra que você está ciente dos erros que cometeu, das maneiras não tão boas como tratou os outros ou a si mesmo. Apegar-se a coisas que você não pode mudar irá destruí-lo, então treine seus olhos na estrada à sua frente.

16. O luto é uma merda.

As pessoas que você ama e se preocupam estarão perdidas para você, e você terá que encontrar maneiras de lidar com isso. Leva muito mais tempo do que você pensa, às vezes para sempre. Mas você precisa saber que pode viver uma vida boa, até ótima, ao lado dela.

17. As pessoas são criaturas de hábitos E incrivelmente imprevisíveis. Incluindo você.

Abandone suas elevadas expectativas em relação às pessoas. Até de si mesmo.

18. Você vai se machucar — mas não precisa se agarrar a isso.

Mágoa, rejeição e dor fazem parte do trato humano. Mas continue aprendendo a deixar ir, ou pelo menos afrouxar seu controle sobre isso.

19. Coisas ruins acontecem com pessoas boas.

Sim, eles fazem. E grandes coisas acontecem para significar pessoas. Vai saber.

20. A diversão também está em toda parte – mas às vezes está escondida.

Para citar os atemporais Desiderata de Max Ehrmann: “Apesar de toda a sua farsa, labuta e sonhos desfeitos, ainda é um mundo lindo.”

Nem sempre parece assim, eu sei. Às vezes parece que a beleza foi sugada dele. Mas há muita coisa boa no mundo. Faça da sua missão continuar procurando por ele.

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segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

MILEI TOMA POSSE NA ARGENTINA COM 9 MINISTÉRIOS

 

História por PODER360  

recém-empossado presidente da Argentina, Javier Milei, assinou neste domingo (10.dez.2023) seu 1º decreto como chefe de Estado. No texto, ele oficializou a redução dos ministérios do seu governo. Serão 9. A gestão de Alberto Fernández (2019-2023) tinha 18 pastas.

O enxugamento do 1º escalão havia sido uma promessa de campanha de Milei. Ele criticava o número de ministérios do governo anterior. Na ocasião, afirmou que seriam 8 ministros em seu mandato. Posteriormente, decidiu manter o da Saúde, elevando o total para 9.

Os nomes já eram conhecidos antes da posse deste domingo (10.dez). Foram anunciados progressivamente desde o fim do 2º turno, em 19 de novembro. O último nome oficializado foi o de Mario Russo, justamente para a Saúde.

Milei confirmou que, dos 9 ministérios, 2 serão caracterizados como “superministérios”. Os “superministros” combinarão as funções de vários órgãos: o da Infraestrutura unificará Transporte, Obras Públicas, Mineração, Energia e Comunicações. O de Capital Humano contemplará Desenvolvimento Social, Trabalho e Educação.

Conheça os ministros do governo de Javier Milei:

Luis Caputo – Economia

Luis Caputo é economista formado pela Universidade de Buenos Aires. Tem 58 anos e é conhecido como “Messi da economia”, por causa do retorno da Argentina aos mercados internacionais e financiamento externo.

Começou sua carreira política em 2015, quando ocupava o cargo de secretário de Finanças no governo de Mauricio Macri. Caputo foi nomeado ministro da Economia em 2017 e ficou até 2018, quando foi nomeado presidente do Banco Central da Argentina e ficou 3 meses no cargo.

Milei corta ministérios pela metade em 1º decreto como presidente© Fornecido por Poder360

Além da carreira política, Luis Caputo atuou em duas instituições financeiras do setor privado: o JP Morgan, onde foi chefe de operações no mercado financeiro, e no Deutsche Bank, onde comandou o braço argentino do banco alemão.

O economista, apelidado de “Toto”, estudou no colégio de elite Cardenal Newman, em Buenos Aires, e virou amigo de Mauricio Macri. É também primo de Nicolás Caputo, empresário de construção civil e um dos melhores amigos de Macri.

Patricia Bullrich – Segurança

Patricia Bullrich, de 67 anos, é formada em Humanidades e Ciências Sociais com foco em Comunicação pela Universidade de Palermo. Tem mestrado e doutorado em Ciência Política pela Universidade de San Martín.

Conhecida como a dama de ferro argentina, ela nasceu em 11 de junho de 1956 em Buenos Aires. Concorreu às eleições argentinas no 1º turno pela coalizão de direita Juntos por el Cambio (em português, Juntos pela Mudança), ficando em 3º lugar no pleito com 23,83% dos votos. Declarou apoio a Javier Milei no 2º turno.

Milei corta ministérios pela metade em 1º decreto como presidente© Fornecido por Poder360

Bullrich foi deputada pela cidade autônoma de Buenos Aires de 1993 a 1997 e de 2007 a 2015. Foi ministra da Segurança (2015-2019) do governo de Mauricio Macri. Também já atuou como ministra do Trabalho (2000- 2001) e ministra de Segurança Social (2001).

Embora suas raízes políticas estejam ligadas à esquerda, a candidata à Presidência se apresenta como uma política de centro-direita. Atualmente, ela é presidente do Propuesta Republicana, que integra a coligação Juntos por el Cambio.

Cúneo Libarona – Justiça

Mariano Cúneo Libarona faz parte do escritório jurídico Estudio Cúneo Libarona, juntamente com seus irmãos Rafael, Matías e Cristián. Tornou-se conhecido na década de 1990 ao representar Guillermo Coppola, ex-empresário de Diego Maradona, e em outros casos relevantes, incluindo a investigação do atentado à Amia (Associação Mutual Israelita Argentina) em 1994.

Milei corta ministérios pela metade em 1º decreto como presidente© Fornecido por Poder360

Graduou-se em Direito pela Faculdade de Ciências Políticas, Jurídicas e Econômicas da UMSA (Universidade do Museu Social Argentino). Obteve o Doutorado em Direito Penal na Universidade de Salvador, Argentina, em 1985, e posteriormente na Universidade de Salamanca, Espanha, em 2004. Atualmente, é decano na UMSA, onde também leciona Direito Penal.

Ingressou no Poder Judiciário Nacional em julho de 1981, no Juizado Nacional de Primeira Instância em Matéria Criminal, sendo promovido a auxiliar superior na Secretaria nº 139 do mesmo tribunal em novembro de 1982. Além disso, participou como conselheiro em programas criminais de televisão, como Kaos en la Ciudad (2003), Policía Bonaerense (2003) e Código Penal (2004), transmitidos semanalmente na América TV.

O advogado de 62 anos conheceu o presidente eleito na empresa Corporación América, em que Milei ocupou o cargo de economista-chefe até sua posse como deputado em 2021. Cúneo Libarona define o libertário como alguém com “uma cabeça diferente”.

Ele exerceu a função de advogado e conselheiro em diversos times de futebol, incluindo o San Lorenzo e o Newell’s Old Boys. Atualmente, mantém sua atuação como advogado e conselheiro em outros clubes, como o River Plate e o Racing.

Conforme anunciado por Milei, o novo ministro da Justiça contará com o apoio de Juan Manuel Berón, analista financeiro especializado em assuntos previdenciários.

Guillermo Ferraro – Infraestrutura

Nas eleições de 2023, Ferraro coordenou a fiscalização nacional da coalizão “La Libertad Avanza”, de Javier Milei. Anteriormente, em 2009, ele contribuiu nas equipes técnicas do Ministério da Fazenda do Governo da Cidade Autônoma de Buenos Aires. Seu currículo inclui também a direção do Banco Bisel de 2003 a 2007.

Milei corta ministérios pela metade em 1º decreto como presidente© Fornecido por Poder360

Além disso, o futuro ministro ocupou a posição de subsecretário de Indústria de 2002 a 2003, durante a presidência de Eduardo Duhalde, e foi vice-presidente da Nación Servicios de 2005 a 2007, sob a administração de Néstor Kirchner. Ele também foi chefe de assessores do peronista Antonio Cafiero, no Senado. Na década de 1990, participou da Convenção Constituinte responsável pela reforma constitucional de 1994, que permitiu a reeleição de Carlos Menem.

Nos últimos 13 anos, o doutor em ciências econômicas trabalhou como diretor na KPMG Argentina, uma empresa global especializada em fornecer serviços de auditoria e consultoria.

Em entrevista à rádio argentina Mitre, Ferraro afirmou que seu objetivo à frente do ministério será estimular a participação do setor privado e diminuir a interferência do Estado na área.

Diano Mondino – Relações Exteriores

A economista foi confirmada como a nova chanceler argentina a partir de 10 de dezembro, sucedendo a Santiago Cafiero. É formada em Economia pela Universidade Nacional de Córdoba e possui mestrado em Economia e Gestão de Empresas pela Universidade de Navarra. Além disso, completou cursos de finanças e gestão na Columbia Business School e na Universidade Yale.

Milei corta ministérios pela metade em 1º decreto como presidente© Fornecido por Poder360

Antes da campanha eleitoral de 2023, trabalhou no setor privado e ocupou, no início deste ano, o cargo de diretora de Relações Institucionais e professora de Finanças no programa de Mestrado em Administração de Empresas da Universidade Cema, ​​em Buenos Aires.

Também foi Diretora regional da América Latina na Standard & Poor’s, com base em Nova York, e trabalhou para empresas como a holding elétrica argentina Pampa Energía, o Banco Supervielle e a empresa de cimento Loma Negra.

A próxima chanceler argentina defendeu várias vezes a ideia de criar um “mercado de órgãos” e propôs alterações na Lei Justina. Essa lei considera doador qualquer pessoa maior de 18 anos, a menos que haja uma declaração expressa em contrário. A sugestão é implementar um sistema de doação cruzada, já respaldado na legislação argentina.

Mondino também já comparou o casamento homoafetivo a ter piolhos. Em uma entrevista no início de novembro, afirmou que “filosoficamente”, como liberal, está de acordo com o projeto de vida de cada um, mas que a questão é “muito mais ampla que o matrimônio igualitário”.

“Deixe-me exagerar: se você prefere não tomar banho e ficar cheio de piolhos, e essa é a sua escolha, pronto. Depois não reclame se há alguém que não gosta de você porque você tem piolhos”, afirmou.

Sandra Pettovello – Capital Humano

A jornalista de 55 anos assumirá o Ministério de Capital Humano, que possuirá o maior orçamento do governo de Milei. A pasta contemplará as áreas Desenvolvimento Social, Saúde, Trabalho e Educação.

Sandra Pettovello é formada em Jornalismo pela Universidade de Belgrano e em Ciências da Família pela Universidade Austral. Também possui pós-graduação em Políticas Familiares pela Universidade Internacional da Catalunha, na Espanha.

Milei corta ministérios pela metade em 1º decreto como presidente© Fornecido por Poder360

A jornalista não possui atuação na maioria das áreas em que chefiará. Em 2022, foi nomeada como vice-presidente da União do Centro Democrático (Ucede) de Buenos Aires. Nos últimos 10 anos, trabalhou em um escritório privado de psicologia como consultora laboral e vocacional.

Pettovello também foi colunista na Rádio El Mundo e produtora jornalística no La Cornisa de 2001 a 2004.

Guillermo Francos – Interior

Dentre os ministros escolhidos por Milei até o momento, Guillermo Francos é o que possui mais tempo na política. O advogado de 73 anos, que assumirá o Ministério do Interior em dezembro, foi representante da Argentina no BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) de 2019 a 2023, quando renunciou ao cargo para se juntar a equipe do libertário na campanha.

Milei corta ministérios pela metade em 1º decreto como presidente© Fornecido por Poder360

Formado em Direito pela Universidade de Salvador, Francos foi vereador de Buenos Aires de 1985 a 1993. Em 1997, tornou-se deputado nacional pela Cidade de Buenos Aires, cargo no qual permaneceu até 2000.

O advogado, que conheceu Milei nos anos 2000, também foi presidente do Banco da Província de Buenos Aires de 2007 a 2011.

Luis Petri – Defesa

O Ministério da Defesa foi o último definido por Javier Milei. O escolhido foi o advogado Luis Petri, de 46 anos. Ele nasceu em San Martín, cidade na província de Mendoza. É formado em direito pela Universidad Nacional del Litoral.

Ele foi deputado provincial de 2006 a 2013 e deputado nacional de 2013 a 2021. Nas eleições de 2023, concorreu nas primárias como pré-candidato para o governo de Mendoza, mas foi derrotado por Alfredo Cornejo. Depois, concorreu como vice de Bullrich à presidência. A chapa ficou em 3º lugar no 1º turno.

Milei corta ministérios pela metade em 1º decreto como presidente© Fornecido por Poder360

Segundo a mídia argentina, o nome de Petri foi sugerido por Bullrich. A nomeação de ambos para os ministérios de Defesa e Segurança da Argentina representou uma perda de influência de Victoria Villarruel, vice-presidente eleita. Isso porque, durante as eleições, Milei afirmou que sua companheira de chapa seria a responsável por indicar os nomes de quem comandaria os órgãos.

Mario Russo – Saúde

Russo é formado em medicina pela Universidade Nacional de Buenos Aires. Foi secretário de Saúde do município de San Miguel de 2009 a 2025. Assumiu a Secretaria de Governo em 2017.

Em 2021, tornou-se chefe da unidade coronária da Fleni, uma organização sem fins lucrativos criada para contribuir para a prevenção e combate contra doenças neurológicas infantis. Ele também atuou como subsecretário de Coordenação de Políticas e Planejamento de Saúde no ministério da Saúde da província de Buenos Aires.

Apesar de ter declarado que seu governo teria apenas 8 ministérios, a equipe de trabalho de Milei defende a criação do 9º ministério. Já o libertário quer cumprir sua promessa de campanha de ter apenas 8 ministérios, e transformar a Saúde em secretaria.

O STF NÃO DEVERIA SER POLÍTICO MAS SÃO NOMEADOS POR POLÍTICOS

 

História por Notas & Informações  • Jornal Estadão

Os últimos anos deram ao Supremo Tribunal Federal (STF) um papel inédito no arranjo institucional brasileiro, transformando a Corte numa arena essencialmente política. O tribunal expandiu gradualmente seus tentáculos políticos, ocupando o vácuo deixado pela fragilidade do sistema representativo para exercer simultaneamente os papéis de intérprete da Constituição e ator legislativo, não raro se impondo ao Congresso. Essa condição foi se aguçando passo a passo até a Corte adquirir, nos últimos dez anos, absoluta centralidade para o funcionamento do poder. O resultado disso aparece agora: do papel ora de moderador, ora de tensionador da República, o STF assumiu uma condição de fiador da governabilidade do País. O recente debate em torno da indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, para a vaga deixada pela ministra Rosa Weber é parte desse processo.

O chamado presidencialismo de coalizão, modelo político no qual se assentou a governabilidade brasileira depois da Constituição de 1988, entrou em crise justamente nesses últimos dez anos, algo admitido pelo próprio criador do termo, o cientista político Sérgio Abranches. O Brasil não mudou seu modelo político, afinal ainda é presidencialista e multipartidário, mas ocorreram mudanças estruturais e comportamentais que nos trouxeram a essa nova governabilidade. O número excessivo de partidos, a diminuição das bancadas, a onda bolsonarista que rompeu aquele bipartidarismo vigente entre 1994 e 2014, a radicalização da política e o fortalecimento do Congresso deixaram o Executivo fragilizado.

E assim o presidente Lula da Silva chegou à Presidência em 2023 com muito mais dificuldades na gestão de sua coalizão do que nos dois primeiros mandatos. Isso se deu não apenas porque cometeu o grave erro de ignorar, na formação do governo, a frente ampla que o apoiou no segundo turno para enfrentar Jair Bolsonaro. Também ocorreu por uma conjuntura desfavorável ao Executivo: um Congresso fortalecido pelos poderes orçamentários adquiridos nos últimos anos, presidentes da Câmara e do Senado politicamente fortes, uma maioria parlamentar hostil e indócil e um sistema partidário menos fragmentado, porém com bancadas médias, que se unem em blocos para aumentar o número de deputados e melhorar sua participação em comissões. Tudo isso transformou as maiorias parlamentares mais instáveis, variando de tamanho a depender do tema, exigindo mais tempo e mais recursos. A governabilidade tornou-se mais penosa.

O outro elemento dessa conjuntura está fora da esfera legislativa: o Supremo Tribunal Federal. Empolgado com o papel de gabinete regulatório da crise política brasileira, o STF esticou excepcionalmente os limites de sua atuação para frear a ameaça real de ruptura prometida pelo bolsonarismo. Até aí era o que se esperava de um Poder cuja missão é zelar pelo cumprimento da Constituição. O problema é que, passada a ameaça, o Supremo parece ter se recusado a voltar para a casinha. No paralelo, como este jornal já sublinhou, ministros se deixaram influenciar pelo excesso de protagonismo, inspiraram-se nos voláteis humores da política (a ponto de influenciá-los), relativizaram direitos e atropelaram garantias em nome da salvação da democracia. As patologias já eram visíveis há algum tempo e demonstradas em pesquisas empíricas, mas o poder monocrático de ministros revelou sua força danosa sobre a credibilidade da instituição.

Uma Suprema Corte que é determinante para a política de um país é um daqueles desvios de rota que a democracia vai precisar corrigir, para evitar excessos e conter riscos presentes e futuros. Em princípio, teríamos aí simplesmente o funcionamento do sistema de pesos e contrapesos, no qual os Três Poderes se complementam e se controlam. Mas não deixa de ser perturbador ver o presidente indicar ao Supremo um ministro com notório saber político com o claro objetivo de buscar a governabilidade.

QUASE TODOS OS CANDIDATOS SÃO POPULISTAS E NO ENTANTO NÃO AMEAÇAM A DEMOCRACIA

 

História por Selin Girit – BBC World Service  • BBC News Brasil

Javier Milei, da Argentina, é conhecido por seu populismo, mas ele cumprirá as promessas feitas durante a campanha?© Getty Images

“Os ventos da mudança chegaram!” foi o comentário do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, ao observar os recentes resultados das eleições na Holanda. Já o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump declarou que Javier Milei “fará a Argentina grande outra vez”.

As vitórias eleitorais de Milei, o outsider de direta radical da Argentina, e do político anti-islâmico Geert Wilders, na Holanda, lançaram um sinal de alerta.

Ambos são considerados “populistas” e seu sucesso está sendo comemorado por políticos com pensamentos similares. Mas o que isso significa?

O que significa o populismo?

Em Ciências Políticas, o populismo é a ideia de que a sociedade é dividida em dois grupos em conflito: “as pessoas puras” e “a elite corrupta”, segundo o cientista político Cas Mudde, autor do livro Populism: A Very Short Introduction (“Populismo: uma introdução muito breve”, em tradução livre). Segundo ele, o populismo defende que a política deve ser a expressão da vontade geral das pessoas.

O professor de política Benjamin Moffitt, da Universidade Católica da Austrália, é o autor do livro Populism: Key Concepts in Political Theory (“Populismo: os principais conceitos da teoria política”, em tradução livre).

Para ele, este fenômeno pode se manifestar como uma ideologia, um modo de organização, um estilo de apresentação, um discurso ou na forma em que as pessoas falam, mas “todos esses debates diferentes caminham em torno da divisão entre as pessoas e a elite”.

Segundo Moffitt, “o populista irá falar em nome das pessoas e identificar a elite como o problema essencial da sociedade”.

Geert Wilders, o político anti-Islã que venceu eleições na Holanda© Getty Images

O populismo costuma ser associado à direita radical, mas existe também o populismo de esquerda. Seu melhor exemplo, provavelmente, é o ex-líder venezuelano Hugo Chávez (1954-2013). Certa vez, ele afirmou: “não sou um indivíduo – sou o povo”.

Mudde descreve o populismo como uma “ideologia de alcance limitado” – ele aborda apenas parte da agenda política e não opina sobre qual seria o melhor sistema político ou econômico.

“Os populistas mais bem sucedidos combinam o populismo com outra ideologia, a chamada ideologia ‘hospedeira’, que aborda essas questões fundamentais”, afirma ele. “De forma geral, a maior parte dos populistas de direita combina o populismo com alguma forma de nativismo e a maioria dos populistas de esquerda combina o populismo com alguma forma de socialismo.”

Quais são as características de um líder populista?

No seu livro What is Populism? (“O que é o populismo?”, em tradução livre), o professor de política Jan-Werner Müller, da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, destaca que os líderes populistas afirmam representar a “vontade unificada do povo”.

Para ele, “o que faz os populistas se destacarem é sua alegação de que são os únicos representantes do ‘povo real’ ou da ‘maioria silenciosa’. Por isso, eles denunciam que todos os outros concorrentes pelo poder são fundamentalmente ilegítimos. Eles insistem que os outros são simplesmente ‘corruptos’ e ‘desonestos’.”

Benjamin Moffit cita o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como exemplo de um populista de direita© Getty Images

Neste particular, o ex-presidente americano Donald Trump é considerado um dos exemplos contemporâneos mais claros do populismo.

Pode-se observar na retórica de Trump como o populista se coloca em oposição a um inimigo (frequentemente representado pelo sistema atual) e pretende “drenar o pântano” ou enfrentar a “elite liberal”.

Os populistas também costumam se apresentar como “homens fortes”, combinando uma posição autoritária, geralmente anti-imigração, e fazendo promessas impraticáveis que os políticos mais tradicionais costumam evitar.

Eles podem preferir referendos diretos, decretos presidenciais ou ordens do Executivo como ferramentas para “que as coisas sejam feitas”, em vez de depender de métodos democráticos mais complicados, que envolveriam o Legislativo ou o Judiciário.

Benjamin Moffitt observa ainda outras características associadas aos líderes populistas típicos. Entre elas, estão os “maus modos” – comportar-se de uma forma que não é típica dos políticos.

Esta tática é empregada por Trump e, mais recentemente, pelo presidente eleito da Argentina, Javier Milei. Ele ficou conhecido por levar uma motosserra a um comício, para ilustrar sua promessa de cortes orçamentários.

A outra, segundo ele, é “perpetuar o estado de crise”, sempre se retratando na ofensiva. “Existe sempre alguma fatalidade iminente sendo esperada e só eles sabem como resolver”, explica Moffitt.

Quem são os principais exemplos de líderes populistas?

O ex-presidente da Argentina Juan Domingo Perón (1895-1974) costuma ser citado como o arquétipo do populismo.

Ele morreu há quase 50 anos, mas seu nome define a política do seu país até hoje – e é a principal divisão da sociedade argentina: “Você é peronista ou antiperonista?”

O legado de Juan Perón e sua esposa Eva ainda define a política da Argentina e a principal divisão dentro da sociedade© Getty Images

Outro homem frequentemente descrito como populista – Javier Milei – foi eleitor presidente da Argentina neste ano.

Com seus cabelos despenteados, forte entusiasmo e maneirismos excêntricos, ele ganhou o apelido de “El Loco”.

Milei prometeu mudanças drásticas, que incluem eliminar a moeda local, o peso, em favor do dólar americano, “explodir” o banco central e cortar departamentos governamentais inteiros.

“A América Latina é um farol do movimento populista”, afirma o analista político Imdat Oner, do Centro Europeu de Estudos sobre o Populismo. “O populista de esquerda Hugo Chávez foi um grande exemplo. Ele chegou à política como outsider, mudou o sistema bipartidarista da Venezuela e permaneceu no poder até morrer.”

Mas o populismo é um fenômeno global, segundo Moffitt. Ele cita Trump como “um exemplo fantástico de populista de direita”.

Recep Tayyip Erdogan e Narendra Modi© Getty Images

Moffitt acrescenta que, “provavelmente, o populista mais bem sucedido do mundo no momento – pelo menos, eleitoralmente e em termos de consolidação do poder – é o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi”.

“Toda a política indiana gira em torno de Modi. Ele conseguiu construir uma divisão entre as pessoas e a elite que atingiu conotações religiosas entre os hindus como as ‘pessoas reais’, de forma que existe um sentimento nativista acontecendo ali.”

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, também é frequentemente indicado como político populista.

“Ele se apresentava como um azarão corajoso; ele seria para sempre o lutador de rua do implacável bairro de Kasımpaşa na capital turca, Istambul, enfrentando bravamente as velhas instituições kemalistas da república turca”, escreve Jan-Werner Müller no seu livro The Rise and Rise of Populism (“Ascensão e ascensão do populismo”, em tradução livre).

Geert Wilders na Holanda, Viktor Orbán na Hungria, Marine Le Pen na França, Nicolás Maduro na Venezuela e Boris Johnson no Reino Unido também são frequentemente mencionados como populistas.

Mas Cas Mudde não considera Jair Bolsonaro populista porque o ex-presidente brasileiro rejeitou apenas a esquerda no sistema político e não a direita, segundo sua avaliação.

O populismo é uma ameaça à democracia?

Mudde destaca que, no sentido mais restrito (soberania popular e governo da maioria), o populismo é democrático, pois ele quer que a política reflita “a vontade das pessoas”.

“Mas ele confronta fundamentalmente a principal ideia da democracia liberal: o pluralismo, a noção de que a sociedade consiste de um grupo diverso de pessoas, com interesses e valores diferentes, todos eles legítimos”, explica ele.

O falecido Hugo Chávez era amplamente visto como um arquétipo de populista latino-americano© Getty Images

Müller defende que, se os populistas tiverem poder suficiente, eles acabarão criando um Estado autoritário que irá excluir todos aqueles que não sejam considerados parte das pessoas “adequadas”.

Esse ataque aos demais é parte das razões que fazem o populismo soar um sinal de alerta pelo mundo, segundo Benjamin Moffitt – especialmente nos tempos atuais, que muitos chamam de “tempo das policrises”.

“Crise ambiental, bolhas financeiras em crescimento… Ser capaz de aparecer e falar em soluções simples, conseguir definir um inimigo em uma época de imensas crises, é importante”, afirma ele.

“Os populistas tendem a ver os juízes e a imprensa, instituições independentes como estas, como barreiras para a voz do povo. Neste particular, é uma ameaça à democracia, mas caricaturizar o populismo como a única ameaça não é produtivo”, acrescenta Moffitt. “Existe uma razão por que ele atrai as pessoas.”

“É difícil negar que o populismo, agora, faz parte da política convencional. Ele não irá desaparecer. Pessoalmente, acho que é o fenômeno político que define o século 21.”

FONTES POLUIDORAS FORAM INCLUÍDAS NO MARCO DAS OFFSHORES

 

História por Notas & Informações  • Jornal Estadão

A Câmara aprovou o marco regulatório das usinas eólicas em alto-mar, conhecidas como offshore. A proposta, que ainda precisa voltar ao Senado, poderia ter sido um bom cartão de visitas para o País na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-28). Não foi o caso.

Como se tornou tradição, parlamentares aproveitaram a proposta para nela incluir um festival de jabutis. E, desta vez, perdeu-se todo o pudor. Em um projeto que deveria criar condições para o desenvolvimento de uma energia do futuro, houve espaço para beneficiar até usinas a carvão, fonte-símbolo da Primeira Revolução Industrial.

Se depender dos deputados, o carvão terá sua sobrevivência garantida no País até 2050 – algo que, se tratado em um projeto de lei específico, dificilmente prosperaria. São poucas as usinas a carvão, poucas as regiões produtoras e poucos os parlamentares dispostos a dar sua cara a tapa em defesa de uma fonte tão estigmatizada.

Mas, na ótica do Legislativo, é para isso que existem projetos de lei mais amplos, como o das eólicas offshore. Essas iniciativas acabam por se converter em veículo de distribuição de bondades a todas as fontes e regiões do País.

Muito se fala do carvão, e é fácil bater em uma fonte tão poluente. Mas isso não deveria abafar uma discussão mais ampla: o fato de que foram distribuídos, também, benefícios a eólicas em terra e solares, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e termoelétricas a gás e a hidrogênio verde. Isso deve custar R$ 39 bilhões anuais, segundo a Abrace, associação que reúne os maiores consumidores industriais de energia do País.

Tantas benesses vão encarecer as faturas de energia e os itens produzidos pela indústria nacional. E que fique claro: esses incentivos não são necessários para viabilizar a operação dessa ampla gama de usinas. Servirão, no entanto, para aumentar o lucro dos donos desses empreendimentos à custa da renda do consumidor final.

Enquanto a Câmara dava aval a esse trem da alegria, a cúpula do governo, entre eles o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, desfilava em Dubai. Como a proposta recebeu votos favoráveis de 403 deputados, das duas uma: ou a articulação política do governo falhou miseravelmente ou apoiou a proposta nos bastidores.

Não foi a primeira vez que isso ocorreu e nada indica que será a última. Sob Bolsonaro, o Executivo cedeu ao Congresso a prerrogativa de coordenar o planejamento e a expansão do setor elétrico. No caso mais escandaloso, o governo aceitou de bom grado todos os absurdos que o Legislativo exigiu só para poder dizer que privatizou a Eletrobras.

A exemplo das emendas parlamentares, o avanço de cada jabuti incentiva a aprovação do próximo, muitas vezes sem qualquer transparência ou ao menos um debate prévio. É, no entanto, a falta de liderança do Executivo e de uma agenda para o País que cria condições férteis para a atuação fragmentada do Congresso, que, naturalmente, busca atender aos interesses de cada setor e de sua região de olho na próxima eleição. Ao consumidor, cabe apenas pagar a conta dessa festa.

REVISÃO DA VIDA TODA PODE MELHORAR A APOSENTADORIA DOS APOSENTADOS

História por Redação  • Catraca Livre

INSS divulga lista atualizada de serviços prestados nas agências© Agência Brasil

Créditos: Agência Brasil

A revisão da vida toda pelo INSS, atualmente em análise pelo Supremo Tribunal Federal (STF), emerge como um potencial divisor de águas para aposentados e pensionistas. Esse processo judicial, apresentado como Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), questiona os cálculos utilizados pelo Instituto Nacional do Seguro Social e, se aprovado, poderá resultar em significativos aumentos nos salários de milhões de beneficiários.

O que é a revisão da vida toda?

A revisão da vida toda é um processo judicial que busca reavaliar o cálculo utilizado pelo INSS para determinar o valor das aposentadorias e pensões. Atualmente, o cálculo leva em consideração apenas as contribuições realizadas a partir de 1994, excluindo períodos anteriores. A ação questiona a constitucionalidade desse método e propõe a inclusão de contribuições feitas antes desse ano, visando compensar possíveis perdas financeiras.

Origens e motivações da ação

A ação surge como uma resposta à reforma da Previdência de 1999, realizada durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Essa reforma alterou as regras de cálculo das aposentadorias, considerando apenas os salários em real a partir de 1999, excluindo outras moedas, como o cruzeiro. Agora, o STF avalia se essa exclusão é constitucional e se as contribuições antigas devem ser incluídas no cálculo dos benefícios.

O julgamento e a expectativa

Atualmente, o STF está analisando a revisão da vida toda, porém, o julgamento foi pausado na última sexta-feira, deixando a decisão final para um momento posterior. A expectativa é que a conclusão desse julgamento traga importantes repercussões, podendo modificar o entendimento sobre a inclusão de contribuições antigas nos cálculos do INSS.

Quem pode ser beneficiado?

Caso a revisão da vida toda seja aprovada, alguns grupos de segurados do INSS podem se beneficiar. São eles:

Segurados que se aposentaram nos últimos dez Anos: Aqueles que se aposentaram recentemente podem ter seus salários recalculados, levando em conta as contribuições anteriores a 1994.

Quem se aposentou antes da Reforma da Previdência em 2019: A revisão pode ser aplicada aos aposentados que já estavam recebendo seus benefícios antes da implementação das mudanças previdenciárias de 2019.

Segurados concedidos pela Lei 9.876, de 1999: Aqueles que tiveram seus benefícios concedidos com base nas regras da lei 9.876 de 1999 podem ter direito à revisão.

Cuidados e Recomendações

Apesar da expectativa de benefícios para alguns grupos, é crucial que os interessados consultem um advogado especializado antes de dar entrada em um pedido judicial. Nem todos os aposentados serão beneficiados, especialmente aqueles que não tinham salários elevados antes de 1994, pois incluir esses valores no cálculo pode, em alguns casos, resultar em prejuízos.

 

DIA DO ENGENHEIRO HOJE 11/12

 

Conheça mais sobre o Dia do Engenheiro, sua origem e algumas características que incentivaram a área ser o que é hoje, além de sua empregabilidade!

Nicoly Schermer

Por: Nicoly Schermer – GrupoVoitto

Você sabia que no dia 11 de dezembro se comemora o Dia do Engenheiro?

Conheça o dia 11 de Dezembro,  o Dia do Engenheiro! Essa data é comemorada anualmente homenageando os profissionais da engenharia, sendo uma área de exatas que abrange outras diversas áreas!

O setor da engenharia e construção é um aliado do impulsionamento e a viabilização do desenvolvimento do país,  pois fomenta o crescimento da economia e principalmente do aquecimento do mercado interno.

Se pararmos para refletir, existe engenharia em praticamente todos os setores da nossa vida, e a sua valorização vem aumentando com o passar dos anos, pois ela oferece ampliação na infraestrutura e melhorias nos serviços prestados.

Existem variados segmentos das engenharias, as áreas são divididas em: planejamento, gestão de produtos e processos e desenvolvimento da tecnologia, o engenheiro tem um amplo mercado de atuação em diversos sub-segmentos.

Devemos as grandes obras e os grandes feitos da humanidade aos engenheiros. Esta profissão não apenas alterou e projetou edifícios, mas também, criou máquinas responsáveis pelas revoluções tecnológicas do mundo.

Durante esse artigo falaremos mais sobre o exercício da profissão, e abordaremos os seguintes tópicos:

  • Como surgiu o Dia do Engenheiro?
  • Quais são as demais datas comemorativas para os diversos tipos de Engenharia?
  • O mercado de trabalho das engenharias é um mercado promissor?
  • Como é dividido a grade curricular dos cursos de engenharia?
  • Quais qualidades são necessárias para se tornar um engenheiro?
  • Como se destacar nesta área espetacular?

Então bora lá?

Como surgiu o Dia do Engenheiro?

O dia do Engenheiro foi determinado após o Decreto da lei nº  23.569,  de 11 de Dezembro de 1933 na qual regulamenta e oficializa as profissões de engenheiro, arquiteto e agrimensor em nosso país.

Após a criação deste decreto, houve também a necessidade de criação de um sistema para fiscalizar e orientar a profissão, o sistema Confea Crea, tudo isso durante o governo de Getúlio Vargas.

O Confea é o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, e o Crea  é o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia.

Por isso então, foi determinado o dia 11 de Dezembro para comemorar o Dia do Engenheiro, além disso, a data celebra também o aniversário do Confea.

Quais são as demais datas comemorativas para os diversos tipos de Engenharia?

Além do dia do engenheiro, existem algumas datas que celebram diversos tipos de engenharia. Existe uma Resolução que reconhece e regulamenta a área, e estão estabelecidos na Resolução 473/2002.

  • Dia do Engenheiro Ambiental, 31 de Janeiro;
  • Dia do Engenheiro agrimensor, 4 de Junho; 
  • Dia do Engenheiro Militar e dia da Engenharia 10 de Abril; 
  • Dia do Engenheiro Civil, 25 de Outubro;
  • Dia do Engenheiro de Produção, 17 de Dezembro;
  • Dia do Engenheiro Mecânico,  5 de Junho;
  • Dia do Engenheiro Agrícola,  27 de Outubro;
  • Dia do Engenheiro de Alimentos, 16 de Outubro.

Essas são algumas das datas que celebram alguns temas das Engenharias,  existem outras diversas, visto que no Total contabilizam mais de 50 cursos de engenharia.

Vamos agora conhecer como é o mercado de trabalho do setor da engenharia? Continue a leitura para descobrir!

O mercado de trabalho das engenharias é um mercado promissor?

O mercado de trabalho tem grandes oportunidades para todas as áreas da engenharia, afinal ela é uma das profissões mais valorizadas no país! Existe  mercado tanto para área universitária quanto indústrias e mercados no geral.

Além disso, como a crise econômica provocada pela pandemia do covid- 19,  o mercado enfrentou diversas dificuldades, e precisou  dar uma freada para agir e tomar algumas decisões de retração do mercado.

No entanto, existem diversas graduações dentro do setor,  e devido ao crescimento da demanda especializada, há também uma grande oferta de oportunidades para suprir essa necessidade.

A engenharia é um dos poucos setores que oferecem diversas possibilidades de atuação, e apresenta alguns dos melhores salários, além de estar em constante crescimento. Veja, então, alguns segmentos mais valorizados atualmente:

  • Engenharia Florestal, a valorização da sustentabilidade nas empresas agrícolas e urbanas está crescente, nesta área é possível realizar projetos de obras sanitárias, auditorias ambientais, controle da poluição de água e mais;
  • Engenharia Elétrica, a evolução constante na utilização de diversas fontes de energia foram grandes tópicos do ano de 2022 e continuará nos anos seguintes, tornando esse segmento muito valioso no futuro e atualmente;
  • Engenharia de telecomunicações, é a parte que realiza o projeto, a prática e também as constantes manutenções dos sistemas eletrônicos e de telecomunicações do mercado, sendo altamente requisitado pelo mundo globalizado de atualmente;
  • Engenharia de software, trazendo soluções para um mundo dominado pela tecnologia digital, esta área impulsiona a transformação das empresas e a gera valor para as mesmas;

Ela é uma área que faz parte de um segmento essencial para o desenvolvimento e progresso da sociedade,  por isso está no topo das profissões do futuro, pois ela nos permite criar tecnologias, estruturas e ambientes prósperos.

Além disso, a engenharia caminha lado a lado com os avanços  tecnológicos,  e traz diversas ferramentas e metodologias para dinamizar e facilitar o trabalho  profissional,  mudando os rumos do desenvolvimento digital em todo mundo.

Como é dividido a grade curricular dos cursos de engenharia?

Grade curricular dos cursos de engenharia são divididos  em matérias exatas,  como cálculos,  estatísticas,  física e geometria nos primeiros dois anos,  e nos três anos seguintes são divididas as matérias específicas do curso.

Geralmente o curso tem duração de cinco anos, a duração dos ciclos podem variar sendo semestrais ou anuais, fica a critério da instituição que oferece o curso. Além disso, a diversidade dos cursos de engenharia é bem grande!

Algumas áreas são:

  • Engenharia civil;
  • Engenharia agrônoma;
  • Engenharia da computação;
  • Engenharia elétrica;
  • Engenharia química;
  • Engenharia de produção;
  • Engenharia de alimentos;
  • Engenharia mecânica.

Apenas citando algumas, pois ao todo somam mais de 50 tipos de cursos de engenharia,  no qual todos possuem a base da área de exatas e tem matérias com base em cálculos, mas cada uma possui um direcionamento específico.

Quais qualidades são necessárias para se tornar um engenheiro?

Por trabalhar muito na área de exatas, ter aptidão com números pode ser vantajoso, mas habilidades comportamentais são tão importantes quanto,  ser analítico, e equilíbrio emocional, é necessário devido às altas pressões no trabalho, uma boa comunicação e adaptabilidade, também é um forte a ser considerado

Não existe um limite específico, pois como dito anteriormente, a área é extremamente abrangente e certamente se agregariam outras habilidades.

E se pensarmos nas habilidades mais técnicas, temos o conhecimento de idiomas, domínio de sistema de gestão integrada, tech e inovação com as mais necessitadas em diversos sub-segmentos.

Como se destacar nesta área espetacular?

Está claro que a engenharia oferece muitos recursos e vantagens ao se trabalhar na área, contudo também é uma profissão com excedente de profissionais, isso dificulta conseguir um emprego rápido e com melhorias de salário.

Por isso, este é seu momento de se especializar e entregar um diferencial capaz de superar outros candidatos. Com o curso Voitto Transformação Digital para Engenheiros isso é alcançado devido à diversidade de temas abordados voltado às demandas atuais tecnológicas.

Não perca essa oportunidade e coloque esse diferencial em seu currículo!

OS VOTOS JÁ ESTÃO DECIDOS MESMOS E A SABATINA É MAIS UMA PRÓ-FORMA DE APROVAÇÃO

 

História por THAÍSA OLIVEIRA  • Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro Flávio Dino (PSB) e o procurador Paulo Gonet, indicados respectivamente ao STF (Supremo Tribunal Federal) e à PGR (Procuradoria-Geral da República), devem ser sabatinados pelo Senado ao mesmo tempo, na próxima quarta-feira (13), em um formato inédito para os cargos.

Sob o comando de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), a sabatina conjunta tem sido comum na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), mas nunca tinha sido usada para ministro do Supremo e procurador-geral da República.

O modelo tem ajudado a agilizar o processo e a baixar a temperatura, minimizando a possibilidade de embates diretos. Com isso, reforça uma característica comum à maioria das sabatinas no Legislativo, a de superficialidade e pouca inclinação dos parlamentares a fazerem questionamentos mais duros aos indicados.

Nessa configuração, Dino e Gonet devem responder a mais de uma pergunta de uma vez; os senadores, por outro lado, devem ter menos tempo para falar.

Apesar do perfil político combativo de Dino —que levou a discussões generalizadas quando compareceu a comissões da Câmara neste ano—, parlamentares apostam na tradição de um clima respeitoso e sem maiores hostilidades.

Aliados do ministro da Justiça também avaliam que ele fez questão de se encontrar com nomes da oposição que já tinham anunciado votar contra ele, como forma de quebrar o gelo e garantir que a sabatina ocorra sem deboche ou ânimos exaltados.

A expectativa é que a votação no plenário do Senado ocorra na própria quarta-feira ou no dia seguinte. Para serem aprovados, os candidatos precisam do apoio de ao menos 41 dos 81 senadores, em votação secreta.

O presidente da CCJ foi questionado por colegas e assessores sobre a sabatina simultânea de Dino e Gonet. Segundo relatos, respondeu que gosta de fazer coisas que nunca foram feitas.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), chegou a dizer reservadamente que iria ponderar o formato com Alcolumbre. Senadores da base também levaram a ele a ideia de sabatinar Gonet em um dia e Dino no outro, sem sucesso.

Até mesmo senadores de oposição minimizam a decisão de Alcolumbre com o argumento de que o Senado tem pouco tempo até o recesso parlamentar para sabatinar e votar todas as indicações pendentes.

O arranjo foi usado no final de novembro durante a sabatina dos dez indicados ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e ao CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público). O mesmo ocorreu em outubro com três indicados ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).

A sabatina simultânea entre indicados para o STF e a PGR, no entanto, despertou críticas pontuais de senadores, como o líder do Republicanos, Mecias de Jesus (RR): “Isso não é bom, reduz a atuação dos senadores na sabatina. Mudaram pensando nessa estratégia”.

O senador Esperidião Amin (PP-SC) reforça a opinião. “Creio que vai complicar e prolongar. [Isso] poderia ser contestado. Há um adágio popular que se aplicaria: ‘confunda, mas não misture'”, diz.

Professor e diretor da FGV Direito SP, Oscar Vilhena afirma que a sabatina conjunta agrava limitações de um modelo que já poderia ter sido aperfeiçoado. Ele defende que outros setores, como da academia, participem dos questionamentos às autoridades.

“Com o aumento da polarização, as sabatinas se tornaram ainda mais políticas, tanto que o grau de consenso reduziu nos últimos anos”, afirma o professor, que também é colunista da Folha.

Para Vilhena, a sabatina simultânea foi a forma encontrada para garantir a aprovação de Gonet e Dino. Ele aponta que os dois nomes têm maior aprovação em lados distintos do espectro político, pois o candidato à PGR é tido como conservador, enquanto Dino fez carreira política em partidos de esquerda.

“Isso demonstra que o Supremo se tornou mais político. A indicação a ministro tem de ser mais estratégica, e a aferição pelo Senado é igualmente política e estratégica. Então a sabatina conjunta é uma consequência da própria ampliação da importância do Supremo no sistema político brasileiro”, diz ainda.

Com isso, afirma Vilhena, a aferição sobre as condições de assumir o cargo, que são notório saber jurídico e a ilibada reputação, “passa algumas vezes longe daquilo que o Senado deveria estar fazendo”.

Na composição atual do Supremo, o ministro Edson Fachin, indicado pela então presidente Dilma Rousseff em 2015, foi quem enfrentou a sabatina mais longa: 12 horas. Escolhido por Michel Temer em 2017, Alexandre de Moraes vem na sequência, com 11 horas na CCJ.

Fachin enfrentou resistência pela proximidade com movimentos de esquerda e por ter declarado voto em Dilma nas eleições de 2010.

A última vez que o Senado rejeitou nomes ao STF foi em 1894, quando barrou cinco escolhidos pelo então presidente, o marechal Floriano Peixoto. A Casa avalia os nomes à PGR desde 1988 e nunca barrou um indicado ao cargo.

O Senado definiu que haverá esforço concentrado entre os próximos dias 11 e 15 para avaliar não só o nome de Dino e Gonet, mas também medidas importantes para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), como o projeto que regulamenta as apostas esportivas.

O presidente Lula fez uma costura com a cúpula do Senado e ministros do STF antes de indicar Dino e Gonet.

O petista conversou com o presidente do Senado e Alcolumbre, além de Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado.

A ideia era medir a temperatura sobre a aceitação dos dois nomes no Senado, além de definir um cronograma para que os indicados sejam sabatinados na CCJ e aprovados no plenário da Casa até o fim do ano.

Se for aprovado pelos senadores, Dino irá substituir na corte a ministra Rosa Weber, que se aposentou no fim de setembro, dias antes de completar 75 anos, a idade máxima para ocupar o cargo.

Já Gonet foi indicado ao posto aberto com o fim do mandato de Augusto Aras, também no fim de setembro.

A gestão do último chefe da PGR é criticada por suposta leniência com abusos de Jair Bolsonaro (PL) e com a resposta errática do ex-presidente à pandemia da Covid-19. Desde a saída de Aras, o órgão é comandado interinamente pela subprocuradora-geral Elizeta Ramos.

ENTENDA O PROCESSO DE ANÁLISE

– Sabatina: Dino e Gonet precisam ser sabatinados pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, formada por 27 senadores. A sessão será realizada na próxima quarta-feira (13).

– Votação na CCJ: após a sabatina, os 27 senadores votam para decidir se aprovam o nome de Dino para o STF e de Gonet para a PGR. Para ser aprovado, o indicado precisa de maioria simples dos votos (metade dos presentes mais um).

– Recomendação: a decisão da CCJ é apenas consultiva; ou seja, o nome de um candidato pode ser avaliado pelo plenário do Senado mesmo se tiver sido rejeitado pela comissão.

– Votação no plenário: o parecer da CCJ é encaminhado ao plenário, onde Dino e Gonet precisarão de maioria absoluta (41 de 81 senadores) para serem aprovados. A expectativa é a de que isso ocorra no próprio dia 13 ou no dia seguinte.

– Nomeação: se as indicações forem aprovadas pelo plenário do Senado, caberá ao presidente da República nomeá-los, por meio de decreto.

LULA JÁ NÃO GOVERNA. É GOVERNADO PELAS REDES SOCIAIS

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