“Os ventos da mudança chegaram!” foi o comentário do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, ao observar os recentes resultados das eleições na Holanda. Já o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump declarou que Javier Milei “fará a Argentina grande outra vez”.
Ambos são considerados “populistas” e seu sucesso está sendo
comemorado por políticos com pensamentos similares. Mas o que isso
significa?
O que significa o populismo?
Em Ciências Políticas, o populismo é a ideia de que a sociedade é dividida em dois grupos em conflito: “as pessoas puras” e “a elite corrupta”, segundo o cientista político Cas Mudde, autor do livro Populism: A Very Short Introduction (“Populismo:
uma introdução muito breve”, em tradução livre). Segundo ele, o
populismo defende que a política deve ser a expressão da vontade geral
das pessoas.
O professor de política Benjamin Moffitt, da Universidade Católica da Austrália, é o autor do livro Populism: Key Concepts in Political Theory (“Populismo: os principais conceitos da teoria política”, em tradução livre).
Para ele, este fenômeno pode se manifestar como uma ideologia, um
modo de organização, um estilo de apresentação, um discurso ou na forma
em que as pessoas falam, mas “todos esses debates diferentes caminham em
torno da divisão entre as pessoas e a elite”.
Segundo Moffitt, “o populista irá falar em nome das pessoas e identificar a elite como o problema essencial da sociedade”.
O populismo costuma ser associado à direita radical, mas existe
também o populismo de esquerda. Seu melhor exemplo, provavelmente, é o
ex-líder venezuelano Hugo Chávez (1954-2013). Certa vez, ele afirmou: “não sou um indivíduo – sou o povo”.
Mudde descreve o populismo como uma “ideologia de alcance limitado” –
ele aborda apenas parte da agenda política e não opina sobre qual seria
o melhor sistema político ou econômico.
“Os populistas mais bem sucedidos combinam o populismo com outra
ideologia, a chamada ideologia ‘hospedeira’, que aborda essas questões
fundamentais”, afirma ele. “De forma geral, a maior parte dos populistas
de direita combina o populismo com alguma forma de nativismo e a
maioria dos populistas de esquerda combina o populismo com alguma forma
de socialismo.”
Quais são as características de um líder populista?
No seu livro What is Populism? (“O que é o populismo?”, em
tradução livre), o professor de política Jan-Werner Müller, da
Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, destaca que os líderes
populistas afirmam representar a “vontade unificada do povo”.
Para ele, “o que faz os populistas se destacarem é sua alegação de
que são os únicos representantes do ‘povo real’ ou da ‘maioria
silenciosa’. Por isso, eles denunciam que todos os outros concorrentes
pelo poder são fundamentalmente ilegítimos. Eles insistem que os outros
são simplesmente ‘corruptos’ e ‘desonestos’.”
Neste particular, o ex-presidente americano Donald Trump é considerado um dos exemplos contemporâneos mais claros do populismo.
Pode-se observar na retórica de Trump como o populista se coloca em
oposição a um inimigo (frequentemente representado pelo sistema atual) e
pretende “drenar o pântano” ou enfrentar a “elite liberal”.
Os populistas também costumam se apresentar como “homens fortes”,
combinando uma posição autoritária, geralmente anti-imigração, e fazendo
promessas impraticáveis que os políticos mais tradicionais costumam
evitar.
Eles podem preferir referendos diretos, decretos presidenciais ou
ordens do Executivo como ferramentas para “que as coisas sejam feitas”,
em vez de depender de métodos democráticos mais complicados, que
envolveriam o Legislativo ou o Judiciário.
Benjamin Moffitt observa ainda outras características associadas aos
líderes populistas típicos. Entre elas, estão os “maus modos” –
comportar-se de uma forma que não é típica dos políticos.
Esta tática é empregada por Trump e, mais recentemente, pelo
presidente eleito da Argentina, Javier Milei. Ele ficou conhecido por
levar uma motosserra a um comício, para ilustrar sua promessa de cortes
orçamentários.
A outra, segundo ele, é “perpetuar o estado de crise”, sempre se
retratando na ofensiva. “Existe sempre alguma fatalidade iminente sendo
esperada e só eles sabem como resolver”, explica Moffitt.
Quem são os principais exemplos de líderes populistas?
O ex-presidente da Argentina Juan Domingo Perón (1895-1974) costuma ser citado como o arquétipo do populismo.
Ele morreu há quase 50 anos, mas seu nome define a política do seu
país até hoje – e é a principal divisão da sociedade argentina: “Você é
peronista ou antiperonista?”
Com seus cabelos despenteados, forte entusiasmo e maneirismos excêntricos, ele ganhou o apelido de “El Loco”.
Milei prometeu mudanças drásticas, que
incluem eliminar a moeda local, o peso, em favor do dólar americano,
“explodir” o banco central e cortar departamentos governamentais
inteiros.
“A América Latina é um farol do movimento populista”, afirma o
analista político Imdat Oner, do Centro Europeu de Estudos sobre o
Populismo. “O populista de esquerda Hugo Chávez foi um grande exemplo.
Ele chegou à política como outsider, mudou o sistema bipartidarista da
Venezuela e permaneceu no poder até morrer.”
Mas o populismo é um fenômeno global, segundo Moffitt. Ele cita Trump como “um exemplo fantástico de populista de direita”.
Moffitt acrescenta que, “provavelmente, o populista mais bem sucedido
do mundo no momento – pelo menos, eleitoralmente e em termos de
consolidação do poder – é o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi”.
“Toda a política indiana gira em torno de Modi. Ele conseguiu
construir uma divisão entre as pessoas e a elite que atingiu conotações
religiosas entre os hindus como as ‘pessoas reais’, de forma que existe
um sentimento nativista acontecendo ali.”
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, também é frequentemente indicado como político populista.
“Ele se apresentava como um azarão corajoso; ele seria para sempre o
lutador de rua do implacável bairro de Kasımpaşa na capital turca,
Istambul, enfrentando bravamente as velhas instituições kemalistas da
república turca”, escreve Jan-Werner Müller no seu livro The Rise and
Rise of Populism (“Ascensão e ascensão do populismo”, em tradução
livre).
Geert Wilders na Holanda, Viktor Orbán na Hungria, Marine Le Pen na
França, Nicolás Maduro na Venezuela e Boris Johnson no Reino Unido
também são frequentemente mencionados como populistas.
Mas Cas Mudde não considera Jair Bolsonaro populista porque o
ex-presidente brasileiro rejeitou apenas a esquerda no sistema político e
não a direita, segundo sua avaliação.
O populismo é uma ameaça à democracia?
Mudde destaca que, no sentido mais restrito (soberania popular e
governo da maioria), o populismo é democrático, pois ele quer que a
política reflita “a vontade das pessoas”.
“Mas ele confronta fundamentalmente a principal ideia da democracia
liberal: o pluralismo, a noção de que a sociedade consiste de um grupo
diverso de pessoas, com interesses e valores diferentes, todos eles
legítimos”, explica ele.
Müller defende que, se os populistas tiverem poder suficiente, eles
acabarão criando um Estado autoritário que irá excluir todos aqueles que
não sejam considerados parte das pessoas “adequadas”.
Esse ataque aos demais é parte das razões que fazem o populismo soar
um sinal de alerta pelo mundo, segundo Benjamin Moffitt – especialmente
nos tempos atuais, que muitos chamam de “tempo das policrises”.
“Crise ambiental, bolhas financeiras em crescimento… Ser capaz de
aparecer e falar em soluções simples, conseguir definir um inimigo em
uma época de imensas crises, é importante”, afirma ele.
“Os populistas tendem a ver os juízes e a imprensa, instituições
independentes como estas, como barreiras para a voz do povo. Neste
particular, é uma ameaça à democracia, mas caricaturizar o populismo
como a única ameaça não é produtivo”, acrescenta Moffitt. “Existe uma
razão por que ele atrai as pessoas.”
“É difícil negar que o populismo, agora, faz parte da política
convencional. Ele não irá desaparecer. Pessoalmente, acho que é o
fenômeno político que define o século 21.”
A Câmara aprovou o marco regulatório das usinas eólicas em alto-mar,
conhecidas como offshore. A proposta, que ainda precisa voltar ao
Senado, poderia ter sido um bom cartão de visitas para o País na
Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-28). Não
foi o caso.
Como se tornou tradição, parlamentares aproveitaram a proposta para
nela incluir um festival de jabutis. E, desta vez, perdeu-se todo o
pudor. Em um projeto que deveria criar condições para o desenvolvimento
de uma energia do futuro, houve espaço para beneficiar até usinas a
carvão, fonte-símbolo da Primeira Revolução Industrial.
Se depender dos deputados, o carvão terá sua sobrevivência garantida
no País até 2050 – algo que, se tratado em um projeto de lei específico,
dificilmente prosperaria. São poucas as usinas a carvão, poucas as
regiões produtoras e poucos os parlamentares dispostos a dar sua cara a
tapa em defesa de uma fonte tão estigmatizada.
Mas, na ótica do Legislativo, é para isso que existem projetos de lei
mais amplos, como o das eólicas offshore. Essas iniciativas acabam por
se converter em veículo de distribuição de bondades a todas as fontes e
regiões do País.
Muito se fala do carvão, e é fácil bater em uma fonte tão poluente.
Mas isso não deveria abafar uma discussão mais ampla: o fato de que
foram distribuídos, também, benefícios a eólicas em terra e solares,
pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e termoelétricas a gás e a
hidrogênio verde. Isso deve custar R$ 39 bilhões anuais, segundo a
Abrace, associação que reúne os maiores consumidores industriais de
energia do País.
Tantas benesses vão encarecer as faturas de energia e os itens
produzidos pela indústria nacional. E que fique claro: esses incentivos
não são necessários para viabilizar a operação dessa ampla gama de
usinas. Servirão, no entanto, para aumentar o lucro dos donos desses
empreendimentos à custa da renda do consumidor final.
Enquanto a Câmara dava aval a esse trem da alegria, a cúpula do
governo, entre eles o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira,
desfilava em Dubai. Como a proposta recebeu votos favoráveis de 403
deputados, das duas uma: ou a articulação política do governo falhou
miseravelmente ou apoiou a proposta nos bastidores.
Não foi a primeira vez que isso ocorreu e nada indica que será a
última. Sob Bolsonaro, o Executivo cedeu ao Congresso a prerrogativa de
coordenar o planejamento e a expansão do setor elétrico. No caso mais
escandaloso, o governo aceitou de bom grado todos os absurdos que o
Legislativo exigiu só para poder dizer que privatizou a Eletrobras.
A exemplo das emendas parlamentares, o avanço de cada jabuti
incentiva a aprovação do próximo, muitas vezes sem qualquer
transparência ou ao menos um debate prévio. É, no entanto, a falta de
liderança do Executivo e de uma agenda para o País que cria condições
férteis para a atuação fragmentada do Congresso, que, naturalmente,
busca atender aos interesses de cada setor e de sua região de olho na
próxima eleição. Ao consumidor, cabe apenas pagar a conta dessa festa.
A revisão da vida toda pelo INSS, atualmente em análise pelo Supremo
Tribunal Federal (STF), emerge como um potencial divisor de águas para
aposentados e pensionistas. Esse processo judicial, apresentado como
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), questiona os cálculos
utilizados pelo Instituto Nacional do Seguro Social e, se aprovado,
poderá resultar em significativos aumentos nos salários de milhões de
beneficiários.
O que é a revisão da vida toda?
A revisão da vida toda é um processo judicial que busca reavaliar o
cálculo utilizado pelo INSS para determinar o valor das aposentadorias e
pensões. Atualmente, o cálculo leva em consideração apenas as
contribuições realizadas a partir de 1994, excluindo períodos
anteriores. A ação questiona a constitucionalidade desse método e propõe
a inclusão de contribuições feitas antes desse ano, visando compensar
possíveis perdas financeiras.
Origens e motivações da ação
A ação surge como uma resposta à reforma da Previdência de 1999,
realizada durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Essa reforma
alterou as regras de cálculo das aposentadorias, considerando apenas os
salários em real a partir de 1999, excluindo outras moedas, como o
cruzeiro. Agora, o STF avalia se essa exclusão é constitucional e se as
contribuições antigas devem ser incluídas no cálculo dos benefícios.
O julgamento e a expectativa
Atualmente, o STF está analisando a revisão da vida toda, porém, o
julgamento foi pausado na última sexta-feira, deixando a decisão final
para um momento posterior. A expectativa é que a conclusão desse
julgamento traga importantes repercussões, podendo modificar o
entendimento sobre a inclusão de contribuições antigas nos cálculos do
INSS.
Quem pode ser beneficiado?
Caso a revisão da vida toda seja aprovada, alguns grupos de segurados do INSS podem se beneficiar. São eles:
Segurados que se aposentaram nos últimos dez Anos: Aqueles
que se aposentaram recentemente podem ter seus salários recalculados,
levando em conta as contribuições anteriores a 1994.
Quem se aposentou antes da Reforma da Previdência em 2019: A
revisão pode ser aplicada aos aposentados que já estavam recebendo seus
benefícios antes da implementação das mudanças previdenciárias de 2019.
Segurados concedidos pela Lei 9.876, de 1999: Aqueles que tiveram seus benefícios concedidos com base nas regras da lei 9.876 de 1999 podem ter direito à revisão.
Cuidados e Recomendações
Apesar da expectativa de benefícios para alguns grupos, é crucial que
os interessados consultem um advogado especializado antes de dar
entrada em um pedido judicial. Nem todos os aposentados serão
beneficiados, especialmente aqueles que não tinham salários elevados
antes de 1994, pois incluir esses valores no cálculo pode, em alguns
casos, resultar em prejuízos.
Conheça mais sobre o Dia do Engenheiro, sua
origem e algumas características que incentivaram a área ser o que é
hoje, além de sua empregabilidade!
Por: Nicoly Schermer – GrupoVoitto
Conheça o dia 11 de Dezembro, o Dia do Engenheiro! Essa data é
comemorada anualmente homenageando os profissionais da engenharia, sendo
uma área de exatas que abrange outras diversas áreas!
O setor da engenharia e construção é um aliado do impulsionamento e a
viabilização do desenvolvimento do país, pois fomenta o crescimento da
economia e principalmente do aquecimento do mercado interno.
Se pararmos para refletir, existe engenharia em praticamente todos os
setores da nossa vida, e a sua valorização vem aumentando com o passar
dos anos, pois ela oferece ampliação na infraestrutura e melhorias nos
serviços prestados.
Existem variados segmentos das engenharias, as áreas são divididas
em: planejamento, gestão de produtos e processos e desenvolvimento da
tecnologia, o engenheiro tem um amplo mercado de atuação em diversos
sub-segmentos.
Devemos as grandes obras e os grandes feitos da humanidade aos
engenheiros. Esta profissão não apenas alterou e projetou edifícios, mas
também, criou máquinas responsáveis pelas revoluções tecnológicas do
mundo.
Durante esse artigo falaremos mais sobre o exercício da profissão, e abordaremos os seguintes tópicos:
Como surgiu o Dia do Engenheiro?
Quais são as demais datas comemorativas para os diversos tipos de Engenharia?
O mercado de trabalho das engenharias é um mercado promissor?
Como é dividido a grade curricular dos cursos de engenharia?
Quais qualidades são necessárias para se tornar um engenheiro?
Como se destacar nesta área espetacular?
Então bora lá?
Como surgiu o Dia do Engenheiro?
O dia do Engenheiro foi determinado após o Decreto da lei nº
23.569, de 11 de Dezembro de 1933 na qual regulamenta e oficializa as
profissões de engenheiro, arquiteto e agrimensor em nosso país.
Após a criação deste decreto, houve também a necessidade de criação
de um sistema para fiscalizar e orientar a profissão, o sistema Confea
Crea, tudo isso durante o governo de Getúlio Vargas.
O Confea é o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, e o Crea é o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia.
Por isso então, foi determinado o dia 11 de Dezembro para comemorar o
Dia do Engenheiro, além disso, a data celebra também o aniversário do
Confea.
Quais são as demais datas comemorativas para os diversos tipos de Engenharia?
Além do dia do engenheiro, existem algumas datas que celebram
diversos tipos de engenharia. Existe uma Resolução que reconhece e
regulamenta a área, e estão estabelecidos na Resolução 473/2002.
Dia do Engenheiro Ambiental, 31 de Janeiro;
Dia do Engenheiro agrimensor, 4 de Junho;
Dia do Engenheiro Militar e dia da Engenharia 10 de Abril;
Essas são algumas das datas que celebram alguns temas das
Engenharias, existem outras diversas, visto que no Total contabilizam
mais de 50 cursos de engenharia.
Vamos agora conhecer como é o mercado de trabalho do setor da engenharia? Continue a leitura para descobrir!
O mercado de trabalho das engenharias é um mercado promissor?
O mercado de trabalho tem
grandes oportunidades para todas as áreas da engenharia, afinal ela é
uma das profissões mais valorizadas no país! Existe mercado tanto para
área universitária quanto indústrias e mercados no geral.
Além disso, como a crise econômica provocada pela pandemia do covid-
19, o mercado enfrentou diversas dificuldades, e precisou dar uma
freada para agir e tomar algumas decisões de retração do mercado.
No entanto, existem diversas graduações dentro do setor, e devido ao
crescimento da demanda especializada, há também uma grande oferta de
oportunidades para suprir essa necessidade.
A engenharia é um dos poucos setores que oferecem diversas possibilidades de atuação,
e apresenta alguns dos melhores salários, além de estar em constante
crescimento. Veja, então, alguns segmentos mais valorizados atualmente:
Engenharia Florestal, a valorização da
sustentabilidade nas empresas agrícolas e urbanas está crescente, nesta
área é possível realizar projetos de obras sanitárias, auditorias
ambientais, controle da poluição de água e mais;
Engenharia Elétrica, a evolução constante na
utilização de diversas fontes de energia foram grandes tópicos do ano de
2022 e continuará nos anos seguintes, tornando esse segmento muito
valioso no futuro e atualmente;
Engenharia de telecomunicações,
é a parte que realiza o projeto, a prática e também as constantes
manutenções dos sistemas eletrônicos e de telecomunicações do mercado,
sendo altamente requisitado pelo mundo globalizado de atualmente;
Engenharia de software, trazendo soluções para um
mundo dominado pela tecnologia digital, esta área impulsiona a
transformação das empresas e a gera valor para as mesmas;
Ela é uma área que faz parte de um segmento essencial para o
desenvolvimento e progresso da sociedade, por isso está no topo das
profissões do futuro, pois ela nos permite criar tecnologias, estruturas
e ambientes prósperos.
Além disso, a engenharia caminha lado a lado com os avanços
tecnológicos, e traz diversas ferramentas e metodologias para dinamizar
e facilitar o trabalho profissional, mudando os rumos do
desenvolvimento digital em todo mundo.
Como é dividido a grade curricular dos cursos de engenharia?
Grade curricular dos cursos de engenharia são divididos em matérias
exatas, como cálculos, estatísticas, física e geometria nos primeiros
dois anos, e nos três anos seguintes são divididas as matérias
específicas do curso.
Geralmente o curso tem duração de cinco anos, a duração dos ciclos
podem variar sendo semestrais ou anuais, fica a critério da instituição
que oferece o curso. Além disso, a diversidade dos cursos de engenharia é
bem grande!
Algumas áreas são:
Engenharia civil;
Engenharia agrônoma;
Engenharia da computação;
Engenharia elétrica;
Engenharia química;
Engenharia de produção;
Engenharia de alimentos;
Engenharia mecânica.
Apenas citando algumas, pois ao todo somam mais de 50 tipos de cursos
de engenharia, no qual todos possuem a base da área de exatas e tem
matérias com base em cálculos, mas cada uma possui um direcionamento
específico.
Quais qualidades são necessárias para se tornar um engenheiro?
Por trabalhar muito na área de exatas, ter aptidão com números pode
ser vantajoso, mas habilidades comportamentais são tão importantes
quanto, ser analítico, e equilíbrio emocional, é necessário devido às
altas pressões no trabalho, uma boa comunicação e adaptabilidade, também
é um forte a ser considerado
Não existe um limite específico, pois como dito anteriormente, a área
é extremamente abrangente e certamente se agregariam outras
habilidades.
E se pensarmos nas habilidades mais técnicas, temos o conhecimento de
idiomas, domínio de sistema de gestão integrada, tech e inovação com as
mais necessitadas em diversos sub-segmentos.
Como se destacar nesta área espetacular?
Está claro que a engenharia oferece muitos recursos e vantagens ao se
trabalhar na área, contudo também é uma profissão com excedente de
profissionais, isso dificulta conseguir um emprego rápido e com
melhorias de salário.
Por isso, este é seu momento de se especializar e entregar um
diferencial capaz de superar outros candidatos. Com o curso Voitto Transformação Digital para Engenheiros isso é alcançado devido à diversidade de temas abordados voltado às demandas atuais tecnológicas.
Não perca essa oportunidade e coloque esse diferencial em seu currículo!
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro Flávio Dino (PSB) e o
procurador Paulo Gonet, indicados respectivamente ao STF (Supremo
Tribunal Federal) e à PGR (Procuradoria-Geral da República), devem ser
sabatinados pelo Senado ao mesmo tempo, na próxima quarta-feira (13), em
um formato inédito para os cargos.
Sob o comando de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), a sabatina
conjunta tem sido comum na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), mas
nunca tinha sido usada para ministro do Supremo e procurador-geral da
República.
O modelo tem ajudado a agilizar o processo e a baixar a temperatura,
minimizando a possibilidade de embates diretos. Com isso, reforça uma
característica comum à maioria das sabatinas no Legislativo, a de
superficialidade e pouca inclinação dos parlamentares a fazerem
questionamentos mais duros aos indicados.
Nessa configuração, Dino e Gonet devem responder a mais de uma
pergunta de uma vez; os senadores, por outro lado, devem ter menos tempo
para falar.
Apesar do perfil político combativo de Dino —que levou a discussões
generalizadas quando compareceu a comissões da Câmara neste ano—,
parlamentares apostam na tradição de um clima respeitoso e sem maiores
hostilidades.
Aliados do ministro da Justiça também avaliam que ele fez questão de
se encontrar com nomes da oposição que já tinham anunciado votar contra
ele, como forma de quebrar o gelo e garantir que a sabatina ocorra sem
deboche ou ânimos exaltados.
A expectativa é que a votação no plenário do Senado ocorra na própria
quarta-feira ou no dia seguinte. Para serem aprovados, os candidatos
precisam do apoio de ao menos 41 dos 81 senadores, em votação secreta.
O presidente da CCJ foi questionado por colegas e assessores sobre a
sabatina simultânea de Dino e Gonet. Segundo relatos, respondeu que
gosta de fazer coisas que nunca foram feitas.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), chegou a dizer
reservadamente que iria ponderar o formato com Alcolumbre. Senadores da
base também levaram a ele a ideia de sabatinar Gonet em um dia e Dino no
outro, sem sucesso.
Até mesmo senadores de oposição minimizam a decisão de Alcolumbre com
o argumento de que o Senado tem pouco tempo até o recesso parlamentar
para sabatinar e votar todas as indicações pendentes.
O arranjo foi usado no final de novembro durante a sabatina dos dez
indicados ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e ao CNMP (Conselho
Nacional do Ministério Público). O mesmo ocorreu em outubro com três
indicados ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).
A sabatina simultânea entre indicados para o STF e a PGR, no entanto,
despertou críticas pontuais de senadores, como o líder do Republicanos,
Mecias de Jesus (RR): “Isso não é bom, reduz a atuação dos senadores na
sabatina. Mudaram pensando nessa estratégia”.
O senador Esperidião Amin (PP-SC) reforça a opinião. “Creio que vai
complicar e prolongar. [Isso] poderia ser contestado. Há um adágio
popular que se aplicaria: ‘confunda, mas não misture'”, diz.
Professor e diretor da FGV Direito SP, Oscar Vilhena afirma que a
sabatina conjunta agrava limitações de um modelo que já poderia ter sido
aperfeiçoado. Ele defende que outros setores, como da academia,
participem dos questionamentos às autoridades.
“Com o aumento da polarização, as sabatinas se tornaram ainda mais
políticas, tanto que o grau de consenso reduziu nos últimos anos”,
afirma o professor, que também é colunista da Folha.
Para Vilhena, a sabatina simultânea foi a forma encontrada para
garantir a aprovação de Gonet e Dino. Ele aponta que os dois nomes têm
maior aprovação em lados distintos do espectro político, pois o
candidato à PGR é tido como conservador, enquanto Dino fez carreira
política em partidos de esquerda.
“Isso demonstra que o Supremo se tornou mais político. A indicação a
ministro tem de ser mais estratégica, e a aferição pelo Senado é
igualmente política e estratégica. Então a sabatina conjunta é uma
consequência da própria ampliação da importância do Supremo no sistema
político brasileiro”, diz ainda.
Com isso, afirma Vilhena, a aferição sobre as condições de assumir o
cargo, que são notório saber jurídico e a ilibada reputação, “passa
algumas vezes longe daquilo que o Senado deveria estar fazendo”.
Na composição atual do Supremo, o ministro Edson Fachin, indicado
pela então presidente Dilma Rousseff em 2015, foi quem enfrentou a
sabatina mais longa: 12 horas. Escolhido por Michel Temer em 2017,
Alexandre de Moraes vem na sequência, com 11 horas na CCJ.
Fachin enfrentou resistência pela proximidade com movimentos de esquerda e por ter declarado voto em Dilma nas eleições de 2010.
A última vez que o Senado rejeitou nomes ao STF foi em 1894, quando
barrou cinco escolhidos pelo então presidente, o marechal Floriano
Peixoto. A Casa avalia os nomes à PGR desde 1988 e nunca barrou um
indicado ao cargo.
O Senado definiu que haverá esforço concentrado entre os próximos
dias 11 e 15 para avaliar não só o nome de Dino e Gonet, mas também
medidas importantes para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT),
como o projeto que regulamenta as apostas esportivas.
O presidente Lula fez uma costura com a cúpula do Senado e ministros do STF antes de indicar Dino e Gonet.
O petista conversou com o presidente do Senado e Alcolumbre, além de Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado.
A ideia era medir a temperatura sobre a aceitação dos dois nomes no
Senado, além de definir um cronograma para que os indicados sejam
sabatinados na CCJ e aprovados no plenário da Casa até o fim do ano.
Se for aprovado pelos senadores, Dino irá substituir na corte a
ministra Rosa Weber, que se aposentou no fim de setembro, dias antes de
completar 75 anos, a idade máxima para ocupar o cargo.
Já Gonet foi indicado ao posto aberto com o fim do mandato de Augusto Aras, também no fim de setembro.
A gestão do último chefe da PGR é criticada por suposta leniência com
abusos de Jair Bolsonaro (PL) e com a resposta errática do
ex-presidente à pandemia da Covid-19. Desde a saída de Aras, o órgão é
comandado interinamente pela subprocuradora-geral Elizeta Ramos.
ENTENDA O PROCESSO DE ANÁLISE
– Sabatina: Dino e Gonet precisam ser sabatinados pela CCJ (Comissão
de Constituição e Justiça) do Senado, formada por 27 senadores. A sessão
será realizada na próxima quarta-feira (13).
– Votação na CCJ: após a sabatina, os 27 senadores votam para decidir
se aprovam o nome de Dino para o STF e de Gonet para a PGR. Para ser
aprovado, o indicado precisa de maioria simples dos votos (metade dos
presentes mais um).
– Recomendação: a decisão da CCJ é apenas consultiva; ou seja, o nome
de um candidato pode ser avaliado pelo plenário do Senado mesmo se
tiver sido rejeitado pela comissão.
– Votação no plenário: o parecer da CCJ é encaminhado ao plenário,
onde Dino e Gonet precisarão de maioria absoluta (41 de 81 senadores)
para serem aprovados. A expectativa é a de que isso ocorra no próprio
dia 13 ou no dia seguinte.
– Nomeação: se as indicações forem aprovadas pelo plenário do Senado,
caberá ao presidente da República nomeá-los, por meio de decreto.
Cropped shot of a team of colleagues holding a plant growing out of soil
Você sabe o que é growth marketing e como pode funcionar para a sua empresa crescer cada vez mais?
Se você já está no mercado há algum tempo, provavelmente já ouviu
falar do termo Growth Marketing. Como o crescimento parece ótimo, você
já deve ter tentado aplicar essa forma de marketing ao seu negócio.
Entretanto, para atingir seu potencial máximo, é importante destrinchar esse termo e entender totalmente como ele funciona.
Em nosso guia, você encontrará:
O que é Growth Marketing?
Quais são as diferenças entre Growth Marketing e Growth Hacking?
Como uma estratégia de Growth Marketing deve ser implementada?
Como diferentes empresas podem usar o Growth Marketing?
Como as empresas estabelecidas podem usar o Growth Marketing?
O que é Growth Marketing?
O Growth Marketing pode ser definido de diversas maneiras. Entre elas:
Crescer seu negócio de forma consistente para atingir suas metas comerciais;
Crescer seu negócio além das métricas de topo do funil. Em termos
simples, isto significa não apenas receber cliques, likes, gerar ações e
estimular compras, mas construir relacionamentos de longo prazo para
gerar vendas recorrentes;
Conduzir constantemente novos clientes à sua marca para aumentar a receita;
Encontrar maneiras inovadoras de manter os clientes engajados e incentivá-los a promover sua marca.
Em termos simples, Growth Marketing é um método de marketing
holístico que traz novos clientes, os envolve de forma consistente e
depois os transforma em consumidores de longo prazo e até mesmo
promotores de seu negócio.
Quais são as diferenças entre Growth Marketing e Growth Hacking?
O Growth Hacking é um aspecto importante do Growth Marketing. Mas não se trata da estratégia como um todo.
É o marketing orientado à experiência, e envolve testar continuamente
seu conteúdo, sua mensagem e o design do site, ou anúncio, para
aumentar seu ROI.
Growth Hacking desempenha um papel importante no Growth Marketing
porque é necessário tentar novas ofertas e mensagens regularmente para
atrair novos clientes e mantê-los envolvidos.
Entretanto, existem algumas diferenças importantes entre o Growth Hacking e o Growth Marketing.
Resultados rápidos vs. resultados de longo prazo
O Growth Hacking se concentra nos resultados imediatos. Enquanto
isso, o Growth Marketing aposta no longo prazo. Os profissionais de
Growth Marketing sabem que pode levar tempo para que alguns de seus
esforços tragam resultados.
Tecnologia vs. relacionamentos pessoais
Os profissionais de Growth Marketing se concentram no reconhecimento
da marca. Eles sabem que custa cinco vezes mais trazer um novo cliente
do que manter um já existente.
Eles também sabem que 10% de seus principais clientes gastam três
vezes mais do que o cliente médio, além do fato de que a conexão
emocional aumenta o valor de um cliente quatro vezes mais.
O Growth Marketing, por outro lado, concentra-se unicamente em
atingir determinadas metas de vendas, em vez de focar como elas são
feitas.
Growth Hacking privilegia o uso da tecnologia para gerar vendas e
lucros. Já o Growth Marketing prioriza o desenvolvimento de relações
pessoais. A tecnologia é utilizada para este fim, mas apenas como um
meio para atingir um objetivo.
Simplificando, você precisa tanto de Growth Hacking quanto de Growth Marketing para ter sucesso.
Como uma estratégia de Growth Marketing deve ser implementada?
Aqui está um passo a passo que pode ajudar você a implementar uma estratégia de Growth Marketing vencedora!
Identifique o seu público-alvo
Você provavelmente tem pessoas de todas as idades e estilos de vida vindo à sua loja para comprar.
Entretanto, se você analisar cuidadosamente sua base de clientes,
você identificará alguns grupos de pessoas que têm mais probabilidade de
fazer negócios em relação a outros.
Talvez a maioria de seus clientes viva em uma área específica, sejam
em sua maioria homens ou mulheres, estejam dentro de uma certa idade ou
renda, ou tenham um determinado nível de escolaridade.
Uma vez definido seu público-alvo, é hora de identificar nichos de audiência nesse público-alvo.
Por exemplo, talvez a maioria de seus clientes sejam mulheres. Entre
essas mulheres, pode haver mulheres mais velhas, mulheres de meia-idade e
mulheres jovens. Cada grupo terá suas próprias necessidades e desejos.
Conheça os clientes em potencial
Uma vez que você tenha um público-alvo, é hora de conhecê-los
individualmente. Você poderia fazer isso pesquisando tendências para
determinadas características demográficas, mas a melhor maneira de
conhecer as pessoas é chegar até elas.
Se você ainda não tem uma grande presença on-line, comece com os
clientes em sua loja. Ofereça um desconto ou um brinde em troca de
responder a algumas perguntas.
Se você tiver uma presença on-line, continue lendo para saber como
encontrar e se comunicar com clientes potenciais de uma forma que
provavelmente vá gerar a resposta certa.
Selecione suas plataformas com cuidado
De acordo com estimativas recentes, existem mais de duzentas redes sociais online.
Felizmente, você não precisa de uma plataforma em cada uma delas para
atingir seu objetivo demográfico. Você só precisa escolher as que seu
público-alvo tem maior probabilidade de usar.
Confira a lista a seguir para determinar quais plataformas são as mais adequadas para seu negócio.
Facebook
O Facebook é, de longe, a maior rede social do mundo.
A maioria de seus usuários acessa a plataforma usando um dispositivo
móvel, o que significa que qualquer conteúdo que você carrega no site
precisa ser mobile friendly. Quase um terço de seus usuários tem entre
25 e 34 anos de idade.
Twitter
O Twitter tende a ser mais popular entre as pessoas que vivem em cidades, em oposição às áreas rurais.
A maioria dos usuários tem entre 18 e 49 anos de idade. Os homens tendem a usar a plataforma mais do que as mulheres.
YouTube
Adolescentes, adultos e idosos assistem amplamente a vídeos no
YouTube. Mais da metade dos espectadores são mulheres, mas o site é
muito popular também entre os homens.
Além disso, o YouTube, ao contrário de outras plataformas de mídia
social, pode aumentar sua visibilidade no Google e exibir de forma
destacada os resultados de vídeo relevantes no mecanismo de busca do
Google.
LinkedIn
Como uma rede social profissional, o LinkedIn é a plataforma de
escolha para as empresas B2B. As estimativas mostram que 57% dos
usuários são homens e 43% são mulheres.
Pinterest
No Pinterest, 71% dos usuários são mulheres. Quase 70% dos usuários têm entre 18 e 49 anos de idade.
A maior parte deles tem um diploma universitário. Além disso, a
grande maioria das mães que usam a Internet também usam o Pinterest.
Instagram
O Instagram é semelhante ao Pinterest por natureza, mas tem um
público-alvo diferente. A maioria dos usuários tem entre 18 e 34 anos de
idade.
Os homens nessa faixa etária tendem a usar o Instagram mais do que as
mulheres. Quase um em cada três usuários do Instagram é estudante
universitário.
Não podemos abranger todas as redes populares aqui, mas você entendeu
a ideia. É importante ter certeza que as plataformas sociais que
utiliza são as mesmas utilizadas pelo seu público-alvo.
É preciso muito tempo e esforço para construir uma plataforma de
redes sociais de sucesso. Portanto, escolha seus sites com sabedoria
para obter o melhor retorno sobre seu investimento.
Além disso, existem duas plataformas não mencionadas acima que
recomendamos altamente a todos os proprietários de negócios. Estas são o
E-mail Marketing e um blog da empresa.
A diferença entre essas plataformas e as redes sociais é que você tem
o controle total sobre elas. É possível colocar o conteúdo que quiser.
Além disso, com o E-mail Marketing, você pode criar conteúdo direcionado
para diferentes públicos.
Crie o conteúdo certo
Uma vez que você tenha selecionado seu meio de comunicação, é hora de criar conteúdo vencedor.
Como diz um velho ditado americano, “a variedade é o tempero da
vida”. Experimente diferentes tipos de conteúdo para ver o que funciona
melhor. Blog posts longos e curtos, artigos, infográficos, white papers,
e-books, conteúdo de áudio e vídeo, enfim, todos têm seu lugar.
Analise suas estatísticas para ver qual conteúdo está impulsionando
as vendas. Depois de identificar um tema vencedor, aborde-o em vários
formatos. Use-o em um vídeo do YouTube, publique blog posts sobre ele,
compile os blog posts em um eBook, além de muitas outras possibilidades.
Há também diversas formas de conteúdo que não são tipicamente
consideradas “conteúdo”, mas que são igualmente importantes. Elas
incluem:
Cupons de desconto — Todos adoram um desconto. Use cupons de vez em
quando em seu email marketing, em sua página de mídia social, ou em
sites como o Groupon.
Concursos — Hospedar um concurso em seu blog é uma boa maneira de
coletar endereços de e-mail. Como alternativa, você pode colocar um na
rede social em que você quer ter seguidores. Quase todos adoram
competição, mas não deixe de pesquisar opções de prêmios para oferecer
algo que seu público-alvo adoraria ganhar.
Pesquisas — As pesquisas são uma boa maneira de conhecer seu
público-alvo. Torne a sua fácil de preencher para incentivar o número
máximo de respostas.
Teste regularmente os resultados para mensurar e melhorar o ROI
O Growth Marketing, como o Growth Hacking, valoriza a análise de
dados. É preciso ter informações que você possa medir para ver se sua
estratégia de Marketing está funcionando.
Ao mesmo tempo, você também tem que perceber que nem todas as ações de Marketing bem-sucedidas geram vendas e lucros imediatos.
Você precisará de ajuda profissional para testar os resultados e
avaliar o que está funcionando e o que não está. Abordaremos isso abaixo
ao discutir o Growth Marketing para empresas de vários tamanhos.
Como diferentes empresas podem usar o Growth Marketing?
O Growth Marketing parecerá diferente para os diversos tamanhos e
tipos de empresas. Aqui, mostraremos como você pode utilizar essa
estratégia em startups e negócios estabelecidos.
Como as startups podem usar o Growth Marketing?
Os novos empresários fariam bem em seguir as dicas citadas até aqui. O
caminho deve ser identificar seu público-alvo, selecionar os canais
certos e depois criar conteúdos que tragam clientes.
Se você não tiver dados para mostrar o que seu público-alvo deseja,
há uma solução fácil para o problema: analise os dados do seu
concorrente.
Verifique quais páginas eles rankeiam bem, quais plataformas eles
usam e como eles se comunicam com clientes potenciais e atuais. Não as
copie, mas colete ideias para dar o pontapé inicial em sua campanha de
Marketing.
Além disso, você precisará de uma equipe que entenda como funciona o
Growth Marketing e que seja capaz de utilizá-lo em seu potencial máximo.
Entretanto, isso não significa que você precisará contratar uma sala
cheia de especialistas. Terceirize elementos de seu Growth Marketing,
como:
criação de conteúdo;
marketing de mídia social;
análise de dados;
SEO.
A terceirização permite que você se concentre na comunicação pessoal
com clientes atuais e potenciais. Ela também dá a você tempo para pensar
na direção e estratégia geral do seu negócio.
Growth: o que profissionais de Marketing precisam saber em 2023
Planilha de Growth Hacking
O que é Inbound Marketing? Conheça tudo sobre o Marketing de Atração e desenvolva estratégias para atrair e conquistar clientes
Como as empresas estabelecidas podem usar o Growth Marketing?
As empresas estabelecidas que têm o orçamento para trazer os
profissionais de Growth Marketing em tempo integral devem fazer isso. A
seguir, apresentamos alguns membros inestimáveis da equipe que você pode
querer ter a bordo.
Especialista em marcas
Um especialista em marcas ajuda a definir sua marca e garantir que
seu nome e logotipo sejam facilmente reconhecíveis em um grande número
de canais.
Equipe de criação de conteúdo
Uma equipe para criar conteúdo envolvente em uma ampla gama de plataformas.
Especialistas em aquisições
Especialistas em aquisições que sabem o que seu público está procurando e que podem trazer novos clientes regularmente.
Profissionais Socia Media
Profissionais Social Media estão familiarizados com as plataformas
que você utiliza e podem criar conteúdo de áudio, vídeo, imagem e texto
que trarão clientes.
Especialista em SEO
Um especialista em SEO ajudará a impulsionar e depois manter um alto
posicionamento no Google e em outros motores de busca líderes.
Especialistas em atendimento ao cliente
Esses profissionais ajudarão a desenvolver o relacionamento com o
cliente. Sua equipe de atendimento também será encarregada de lidar com
questões de RP, tais como reviews negativos online ou reclamações sobre
seus produtos e serviços.
Analistas de dados
Uma equipe de análise de dados ajuda a coletar dados continuamente,
analisá-los e fazer recomendações com base no que as informações
mostram.
CIO (Chief Information Officer)
Um CIO para determinar a direção geral de sua campanha de Marketing e garantir que tudo esteja funcionando sem problemas.
Como um negócio estabelecido, você já tem uma experiência inestimável
para ajudá-lo a criar campanhas de marketing direcionadas e
personalizadas. No entanto, isso não significa que você possa relaxar.
Muitas grandes corporações saíram do mercado porque não conseguiram acompanhar os tempos.
Analise regularmente seus dados e fique em contato com os clientes
para manter-se a par das tendências de mercado que poderiam impactar
seus negócios.
Lembre-se, Growth Marketing não é algo que você pode deixar no piloto automático. É um modo de vida.
Você gostaria de ver um crescimento comercial exponencial e a longo
prazo? Se sim, o Growth Marketing é o seu melhor caminho para o sucesso.
Use as dicas acima como um trampolim para encontrar o que funciona
melhor para sua empresa, faça parcerias com especialistas internos e
externos, e aproveite o processo de tornar seus sonhos profissionais
realidade.
COMO DEVEM SER OS PARCEIROS NOS NEGÓCIOS
“Parceiros chegam de várias formas. Se juntam por diferentes motivos”.
Eu sei, é clichê, rss. E se a frase fosse minha eu acrescentaria: “O que eles tem em comum é o fato de acreditarem no que nós acreditamos”.
Parceria é a arte de administrar conflitos de interesses e
conexões de interesses, visando resultados benéficos para ambas as
empresas”.
É por isso que eu costumo comparar parceria com casamento. Quem é
casado sabe que administrar conflitos é fundamental para ambos terem
resultados nessa aliança.
Assim como no casamento, o parceiro não precisa ser igual a nós, mas
tem que ter o nosso ‘jeitão’! Nas parcerias eu defendo que o parceiro
precisa ter o DNA de inovação, a inquietude pra sair da zona de conforto
e uma preocupação muito grande com o cliente, não apenas no discurso,
mas na prática. É claro que no processo de análise do possível parceiro,
nós avaliamos o potencial financeiro e de escala da aliança, a
estrutura e o tamanho da empresa. Mas, tem um fator humano que não pode
ser desconsiderado, já que empresas são, na sua essência, pessoas.
É por isso, que normalmente, os parceiros são empresas formadas por
pessoas do bem, pessoas com propósito, que tem tanto o caráter quanto a
lealdade de continuar de mãos dadas, mesmo nos momentos mais difíceis. É
como um casamento mesmo!
É importante também que os parceiros tenham know how e competênciascomplementares,
que potencializem nossas fragilidades e deem mais peso aos nossos
pontos fortes. E como eu acredito que o primeiro approach de
uma boa parceria acontece no plano humano (onde existe emoção), e não no
corporativo, eu gosto muito da histórica da parceria entre Steve Jobs e Steve Wozniak.
Os dois Steves tornaram-se amigos durante um emprego de verão em 1970.
Woz estava ocupado construindo um computador e Jobs viu o potencial para
vendê-lo. Em uma entrevista de 2006 ao Seattle Times, Woz, explicou:
“Eu só estava fazendo algo em que era muito bom, e a única coisa
que eu era bom acabou por ser a coisa que ia mudar o mundo… Steve (Jobs)
pensava muito além. Quando eu projetava coisas boas, às vezes ele
dizia: ‘Nós podemos vender isso’. E nós vendíamos mesmo. Ele estava
pensando em como criar uma empresa, mas talvez ele estivesse mesmo
pensando: ‘Como eu posso mudar o mundo?’”.
Por que essa parceria deu certo? Habilidades e competências complementares.
As habilidades técnicas de Woz juntamente com a visão de Jobs fizeram dos dois a parceria perfeita nos negócios.
VOCÊ CONHECE A ValeOn?
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TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode
moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é
colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn
possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o
seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
O ministro indicado para a Fazenda, Fernando Haddad, durante coletiva no CCBB
BRASÍLIA – A meta de déficit zero para 2024 continua gerando
divergências dentro do PT. Neste sábado, na conferência eleitoral do
partido, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann,
discordaram sobre a relação entre o resultado primário e crescimento da
economia. Enquanto Haddad diz que não existe correspondência entre
déficit e avanço do PIB, Gleisi criticou a meta zero e defendeu sua flexibilização.
Haddad explicou a uma plateia de filiados ao partido que essa relação
não é automática e citou como exemplo as gestões anteriores de Lula, em
que houve superávit primário de 2% e a economia cresceu, em média, 4%.
Ele lembrou que Gleisi havia falado, mais cedo, que o déficit de 2023 se
aproximava de 2%.
“Não é verdade que déficit faz crescer. De dez anos para cá, a gente
fez R$ 1,7 trilhão de déficit e a economia não cresceu. Não existe essa
correspondência, não é assim que funciona a economia. Depende,
dependendo da situação econômica você tem que ampliar os investimentos”,
disse, e citou a expansão de gastos de 2009, na esteira da crise
econômica global de 2008.
Pouco antes, Gleisi havia destacado medidas tomadas anteriormente por
Lula, como a ampliação das reservas cambiais, e o aumento do
investimento estrangeiro no País para dizer que confiança “não tem nada a
ver com o fiscal”. “Esse ano faremos déficit de quase 2% do PIB”,
disse.
O Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 5º bimestre
ampliou a estimativa de déficit primário total de 2023 para R$ 177,4
bilhões (1,7% do PIB). No relatório bimestral de setembro, a estimativa
de rombo total era de R$ 141,4 bilhões (1,3% do PIB). A meta de
resultado primário do Governo Central deste ano é de saldo negativo de
até R$ 213,6 bilhões (2% do PIB), no valor ajustado divulgado neste
documento, mas a Fazenda chegou a prometer no começo do ano um rombo bem
menor, de 1,0% do PIB ou cerca de R$ 100 bilhões.
Gleisi disse que este governo fez campanha política com discurso
expansionista, e que o mercado já sabia o que seria feito. Ela voltou a
dizer que a política monetária está fora do alcance de gestão do
governo, mas a política fiscal está. “Por que vamos nos impor um
autolimite quando não precisamos disso? Vamos sair de um déficit de
quase 2% para um déficit zero, temos de colocar isso”, disse a Haddad.
Haddad disse que apesar de terem pontos de vista diferentes, o foco
do debate não era a discordância entre ele e Gleisi. O ministro da
Fazenda defendeu uma pactuação do Orçamento, privilegiando a qualidade
do gasto, e reconheceu que a política monetária tem uma gordura maior
para cortar do que a fiscal.
“Graças a nossa política, o BC ficou constrangido a baixar os juros;
Fez isso pelas circunstâncias. Com o dólar caindo, a inflação
acomodando, qual é a justificativa para manter a taxa de juros?”, disse.
O ministro pontuou, no entanto, que a conjuntura é complexa e o
governo não ganhará por nocaute ou bala de prata, defendendo que o
governo está colocando as coisas nos devidos lugares. Ele também
defendeu o papel da Fazenda na negociação e disse que com os assuntos
muito técnicos, qualquer vírgula pode significar bilhões.
“Eu acho que a gente consegue apertar os parafusos de um jeito que o
juro cai, economia cresce, resolve algum nó tributário, de quem não paga
funcionário, traz para dentro do sistema. Mas não tem bala de prata,
não existe. É um conjunto de medidas que tem de ser tomadas para
organizar uma saída para fazer a economia crescer com consistência”,
defendeu.
História por Julia Affonso e Iander Porcella • Jonal Estadão
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE),
afirmou neste sábado, 9, que deve haver déficit orçamentário ano que
vem se for preciso. O deputado avaliou que a busca pela meta de zerar o
rombo das contas públicas pode fazer com que a sigla perca as eleições
municipais. Ele defendeu ainda que é necessário “mobilizar bem” a
militância para que a legenda saia vitoriosa na disputa pelas
prefeituras em 2024.
Guimarães falou por cerca de 15 minutos durante uma mesa na Conferência Eleitoral do PT, em Brasília. “Eu estava agora ali conversando com a presidenta Gleisi (Hoffmann). Se tiver que fazer déficit, nós vamos ter que fazer. Porque senão, a gente não ganha eleição em 2024?, afirmou.
A fala de Guimarães reflete uma avaliação no PT de que o governo pode
ter de contingenciar (bloquear preventivamente) recursos de emendas
parlamentares e de investimentos do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC) para cumprir a meta fiscal ano que vem, o que
prejudicaria o envio de verba para aliados dos petistas nos municípios.
A disputa no governo em torno da meta fiscal esquentou no final de
outubro, quando Lula disse que “dificilmente” o governo conseguiria
zerar o rombo das contas públicas em 2024. Diante dessa declaração, o
ministro da Casa Civil, Rui Costa, aumentou a pressão para uma mudança na meta para um déficit de 0,50% no ano que vem.
No entanto, Haddad conseguiu convencer o presidente da República a
manter a meta zero pelo menos até março, enquanto ele tenta aprovar no
Congresso projetos que aumentem a arrecadação.
José Guimarães afirmou que o partido precisa “mobilizar bem”. “É
claro que o Governo Lula tem uma responsabilidade fiscal muito grande.
Todo mundo sabe disso. Agora, nós temos um problema”, declarou
Guimarães, na conferência eleitoral do PT.
No mesmo evento, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha,
responsável pela articulação política do governo com o Congresso,
defendeu que uma vitória expressiva do PT nas eleições municipais de
2024 é “decisiva” para tentar mudar a correlação de forças no
Legislativo na disputa de 2026.
“Hoje, do jeito que é feita a disputa política, a organização
orçamentária, não tenho dúvida que a extrema-direita olha eleição
municipal buscando projetar lideranças para disputar o governo federal
daqui a três anos, para disputar eleição estadual, consolidar a relação
deles com prefeitos”, disse o ministro.
“Não tenho dúvida nenhuma que se a gente quiser mudar a realidade do
Congresso Nacional, ajudar a vida do Guimarães na Câmara dos Deputados, a
gente precisa pensar essas eleições dessa forma, fazer uma vitória
política-eleitoral”, emendou Padilha.
Guimarães foi na mesma linha do ministro. “Temos que vincular 2024 a
2026, para chegar em 2026 com a reeleição de Lula e a gente alterar a
correlação de forças do Senado e da Câmara federal”, declarou.
O deputado avaliou como “vitorioso” o primeiro ano do governo Lula.
“Nós estamos terminando o ano com o governo de pé, o Brasil de pé”,
disse. “Nem sei como, (Alexandre) Padilha, a gente aprovou tantas coisas
na Câmara. Quando eu via uma derrota à minha vista, lá dentro, quando
eu conversava com o Padilha, com o presidente Lula, a gente se
fortalecia.”
Ao longo deste primeiro de governo, Lula enfrentou uma série de
insatisfações políticas de partidos do Centrão, grupo político de
centro-direita que domina o Congresso. Os deputados e senadores exigiram
mais agilidade na liberação de emendas parlamentares e cobraram
nomeações de aliados para cargos no Executivo. Em maio, o governo foi
derrotado na tentativa de mudar o Marco do Saneamento e também no
projeto de lei das Fake News.
Como mostrou o Estadão/Broadcast, o Congresso exige do governo R$ 6
bilhões – R$ 4 bilhões em recursos extras para os deputados e R$ 2
bilhões para os senadores ainda este ano – em recursos extras para
destravar a agenda econômica.
O relatório da medida provisória que trata das subvenções do ICMS
seria apresentado e lido nesta quarta-feira, 6, mas acabou adiado para a
semana que vem. O projeto de lei das apostas esportivas também foi
postergado para a próxima semana no Senado, enquanto a reforma
tributária aguarda um desfecho na Câmara dos Deputados.
Nesta sexta-feira, 8, o PT aprovou a versão preliminar de uma resolução política que faz críticas ao Centrão.
“As forças conservadoras e fisiológicas do chamado Centrão, fortalecido
pela absurda norma do orçamento impositivo num regime presidencialista,
exercem influência desmedida sobre o Legislativo e o Executivo,
atrasando, constrangendo e até tentando deformar a agenda política
vitoriosa na eleição presidencial”, diz um trecho do documento.
Para aprovar sua agenda no Congresso, Lula fez uma série de mudanças
ministeriais ao longo do ano para incluir na Esplanada partidos do
Centrão. A aliança do governo com esse grupo político incluiu a ida de André Fufuca (PP) para o Ministério do Esporte e a de Silvio Costa Filho (Republicanos) para Portos e Aeroportos.
A estratificação dos dados do IBGE sobre a chamada “geração nem-nem”,
jovens entre 15 e 29 anos que não estudam nem trabalham, confirmou o
que já se esperava: quanto mais pobre o segmento, maior é a parcela de
jovens nesta condição, fato agravado quando incluídos os critérios de
cor/raça e gênero. Os nem-nem são, ao todo, 10,9 milhões de brasileiros
(22,3% da população dessa faixa etária), sendo 6,7 milhões deles pobres
e, destes, quase metade (48%) mulheres pretas e pardas. A cada
fracionamento, mais nítido se torna o triste retrato da desigualdade
brasileira.
Triste e inquietante – afinal, adolescentes e jovens adultos deveriam
ter garantido o direito à formação intelectual, técnica e profissional.
Pela fragmentação dos dados estatísticos, é possível inferir que, para a
grande maioria dessa população, fazer parte da classificação “nem-nem”
não é uma escolha, ao contrário do que provavelmente acontece entre os
“nem-nem” que pertencem à fatia dos 10% mais ricos. Nesse topo da
pirâmide, 7,1% dos adolescentes e jovens estavam fora dos bancos
escolares e do mercado de trabalho em 2022, índice que cai ano a ano –
em 2012 eram 8,4%.
Já para os 10% mais pobres, o porcentual se aproxima velozmente da
marca de 50%. Eram 41,9% em 2012 e, dez anos depois, chegaram a 49,3%.
Principalmente para as jovens mais pobres, grande parte delas mães
adolescentes, o caminho mais adotado tem sido o da porta da escola para
fora, em direção aos cuidados da casa, dos filhos e dos pais, como
constatou o IBGE na Síntese dos Indicadores Sociais da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (Pnad).
O Brasil caminha para três décadas de levantamento sistemático de
dados da população “nem-nem”. O caso brasileiro não é isolado. O termo,
por exemplo, surgiu na década de 1990 na Inglaterra, sob a sigla NEET´s
(not in employment, education, or training – sem emprego, educação ou
treinamento, em tradução livre). O problema é que, por aqui, as
estatísticas permanecem em patamar perigosamente alto, sem um sinal
claro de reversão.
Embora o resultado de 2022 tenha sido o terceiro menor da série (em
2012, o melhor resultado foi de 21,8% e em 2013, de 22%) a proporção
ainda é altíssima. É inaceitável verificar que um em cada cinco jovens
não estuda nem trabalha. Assim como não há justificativa plausível para o
fato de o Brasil não ter constatado qualquer avanço na meta de
universalização da educação infantil entre 2019 e 2022.
Os caminhos para reverter essa triste realidade não são
desconhecidos, e o fortalecimento do ensino técnico é certamente um
deles. O Ministério da Educação diz que essa é uma prioridade. Pois
então que acelere essa marcha. Não há desculpa para protelações.
Capacitar os jovens não é favor do poder público. Disso depende não
apenas o futuro de cada um deles, mas o aumento da produtividade de um
país que há muitos anos também é “nem-nem”: nem cresce nem se
desenvolve.
No sábado (9/12), os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da
Guiana, Irfaan Ali, concordaram em realizar uma reunião sobre a disputa
territorial.
No entanto, os olhos do mundo,
em especial da América Latina, não estão pregados só nos dois países;
os Estados Unidos, assim como o Brasil, é outro protagonista desta crise
diplomática.
O governo americano é um aliado político e econômico poderoso
da Guiana, enquanto a Venezuela segue em frágeis negociações pelo
alívio das sanções econômicas dos Estados Unidos em troca de concessões
eleitorais e garantias de direitos humanos.
No entanto, apesar da movimentação militar anunciada pela embaixada
americana em Georgetown na quinta-feira, especialistas ouvidos pela BBC
News Brasil ainda não acreditam que o presidente Joe Biden tenha entre
suas prioridades intervir na região, caso a crise escale para um
conflito armado.
Muito menos instalar uma base militar na Guiana, como receia o governo brasileiro.
“Washington declarou seu apoio à Guiana e acredito que eles querem
dar à Venezuela a impressão de que haveria uma resposta rápida e
decisiva a qualquer movimentação militar [da Venezuela]” afirmou à BBC
Brasil Philip Gunson, analista sênior para os Andes do International
Crisis Group em Caracas.
“Mas como isso se desenvolveria de fato no Congresso americano e se
haveria uma intervenção direta e rápida, não estou bem certo.”
Para o professor e pesquisador da Boston University Jorge Heine, os
sobrevoos do Comando Sul do Exército americano foram um recado curto,
mas claro.
“Os Estados Unidos estão mostrando seu arsenal e que não vão tolerar
essas medidas do governo venezuelano. É um pouco como enviar
porta-aviões ao Oriente Médio.”
Mas Heine disse não acreditar que o Exército americano iria muito além do que já demonstrou.
Jeff Colgan, professor de Ciência Política da Brown University, disse
à BBC que o governo Biden não tem disposição para entrar no confronto.
“Os Estados Unidos já estão lidando com uma guerra na Ucrânia e a
crise em Gaza. Não estão em busca de outro conflito militar para
administrar”, afirmou.
“O governo Biden e a população americana não querem outra briga. E é
bastante possível que esta questão se resolva pacificamente.”
Os rumores da instalação de uma base militar americana na Guiana foram encarados com ceticismo por Gunson.
“Os Estados Unidos negaram qualquer intenção neste sentido e no
momento parece ser uma alegação da Venezuela, que tem interesse em
tornar a contenda uma ‘luta anti-imperialista’.”
Já Heine não é tão taxativo e acredita que, para a base existir, basta a Guiana querer.
“Acredito que se a Guiana pedir, os Estados Unidos podem considerar a
possibilidade. O problema é o custo. Se for algo fora do orçamento
normal do Pentágono, teria que ser aprovado pelo Congresso americano.
Mas acredito que passaria porque atualmente existe um sentimento
anti-Venezuela, especialmente anti-Maduro, muito forte no Legislativo.”
Outros aspectos da questão também fazem com que a simpatia americana penda para a Guiana.
A Corte Internacional de Justiça, em Haia, havia decidido que a
Venezuela não poderia tomar nenhuma medida em relação ao Essequibo
enquanto não chegasse a seu veredito.
Há ainda a desproporcionalidade de seus exércitos: 120.000 do lado venezuelano para cerca de 4.000 do outro lado da fronteira.
Desde 2015, a Guiana descobriu reservas de 11 bilhões de barris de
petróleo, inclusive na região de Essequibo, que contribuíram para tornar
o país uma das economias que mais cresce no mundo. E a uma das empresas
que está explorando as reservas guianenses é a americana Exxon.
Durante a COP28 em Dubai, o CEO Darren Woods disse estar acompanhando
a situação de perto, mas que a empresa não estava ajudando o governo
guianês financeiramente, segundo a Bloomberg.
Apesar de ver paralelos com a invasão do Kuwait pelo Iraque em 1990
na atual tensão entre os dois países sul-americanos, Colgan não acredita
que a Exxon seja um fator de consideração no apoio do governo americano
à Guiana.
“O governo americano não quer ser visto como motivado a se envolver
militarmente para proteger os interesses da Exxon ou de outra empresa
petrolífera,” afirmou à BBC Brasil.
Enquanto o Essequibo era só mato, foi fácil para Hugo Chávez deixar a
questão fronteiriça para lá, em uma manobra diplomática para azeitar
suas relações como os países do bloco caribenho, segundo Jorge Heine,
que também serviu como embaixador do Chile na China durante o governo de
Michele Bachelet. Mas as reservas de petróleo atiçaram o interessem de
Nicolás Maduro.
Outra maneira dos Estados Unidos de interferir na questão sem ter que
se valer de seu exército é voltar com sanções econômicas que havia
relaxado e mandar outras, apertando ainda mais a economia venezuelana.
Teste para a diplomacia brasileira
De maneira geral, o entendimento é que, para o presidente
venezuelano, novas reservas de petróleo não eram a prioridade quando ele
resolveu convocar o referendo para anexar Essequibo, e sim sua própria
sobrevivência política, ainda que isso cause mais problemas econômicos a
longo prazo.
Com a popularidade em baixa, Maduro usou a questão histórica da
fronteira e a “anexação” de Essequibo como uma jogada política para
reviver sentimentos nacionalistas entre os venezuelanos e pavimentar seu
caminho para as eleições presidenciais do ano que vem, segundo
analistas.
“Eu acho improvável que aconteça uma invasão venezuelana em larga
escala,” disse Heine à BBC News Brasil. “Para começar, o terreno lá é
bastante árduo, e em parte, o caminho passa pelo território brasileiro
para chegar a Essequibo. Então isso complica bastante,” explicou.
Por isso, o ex-diplomata disse que Maduro vai se limitar a truques
para chamar a atenção da opinião pública, como o mapa, ou exigir
licenças venezuelanas para empresas em Essequibo, em vez de ações
militares. “Mas isso não quer dizer que a questão não seja séria.”
Outro consenso é que o Brasil pode e deve intermediar as negociações
entre Guiana e Venezuela, dado seu papel como líder regional na América
do Sul e país fronteiriço entre os dois.
Em conversa pelo telefone com Maduro neste fim de semana, o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que é importante “evitar
medidas unilaterais que levem a uma escalada da situação”, segundo o
governo brasileiro.
Para Heine, a briga pelo território de Essequibo é a possibilidade da
diplomacia brasileira mostrar que pode exercer influência e manter o
controle.
“É um verdadeiro desafio para o governo Lula. E o fato dos Estados
Unidos terem já mostrado algo com os exercícios militares é um pouco
problemático. A mim me parece que [Essequibo] deveria ser algo que o
Brasil deveria ser capaz de resolver. O país tradicionalmente tem boas
relações com a Venezuela, deveria ser capaz de influenciar o governo
venezuelano a não fazer nada imprudente.”
Uma alternativa poderia ser os Estados Unidos e o Brasil trabalharem
juntos nessa via diplomática, segundo o professor da Boston University.
“O que não seria bom é se o Brasil fosse deixado de lado e isso se
resolvesse entre Venezuela, Guiana e Estados Unidos. O Brasil deveria
ser um parceiro natural em qualquer solução para este problema.”
Colgan concorda. “O Brasil é absolutamente um parceiro vital nesta
situação, por causa de sua importância econômica e diplomática na
América do Sul. As escolhas brasileiras impactarão significativamente as
opções disponíveis para a Venezuela.”