As cobranças do seguro obrigatório do DPVAT (Danos Pessoais Causados
por Veículos Automotores de Via Terrestre) para proprietários de
veículos foi suspensa em 2020 e, desde então, a taxa não é recolhida,
mas isso pode mudar já em 2024.
No ano de 2020, o DPVAT deixou de ser uma cobrança compulsória, uma
vez que se descobriu que a administradora do seguro, a seguradora Líder,
havia efetuado cobranças excessivas à população brasileira.
Consequentemente, acumulou-se um excedente aproximado de R$ 4 bilhões
nos cofres da seguradora Líder. Diante deste cenário, a decisão
governamental foi de assegurar a cobertura do DPVAT para os brasileiros
utilizando os recursos excedentes existentes.
Deste modo, o governo proporcionou a dispensa desse seguro para a
população brasileira no período entre 2020 e 2023, com a previsão de
retomada da cobrança no ano de 2024.
Segundo a Caixa Econômica Federal, as indenizações solicitadas após
15 de novembro estão com pagamentos suspensos. Quem solicitou o seguro
para acidentes entre 1 de janeiro de 2021 e 14 de novembro de 2023 vai
receber a indenização.
Quem sofreu acidentes a partir de 15 de novembro também precisará ser
indenizado, no entanto, estes vão esperar o retorno do pagamento do
seguro.
O governo federal não confirma a
informação do retorno da cobrança, mas criou um grupo de trabalho, em
abril, que teria 90 dias para apresentar um relatório com estudos para
aprimorar a legislação que trata das indenizações decorrentes de
acidentes veiculares.
BRASÍLIA – O relógio marcava 0h39 da madrugada desta quinta-feira, 30, e já era feriado em Brasília quando a Câmara dos Deputados aprovou
um pacote de projetos que acelera o envio de verbas a redutos
eleitorais e diminui o controle sobre licitações de prefeituras. As
propostas são criticadas por especialistas, que apontam riscos de
desvios, falta de transparência e até formação de cartéis.
Um dos projetos, apresentado pelo deputado Otto Alencar Filho
(PSD-BA), permite que prefeituras embarquem em licitações de outros
municípios comprando os mesmos produtos dos mesmos fornecedores sem
abrir uma nova licitação.
O modelo é chamado de ata de registro de preços e serve apenas para
compras recorrentes de coisas comuns, como copos descartáveis, materiais
de limpeza e alimentos, mas já foi adotado em compras com suspeitas de
irregularidades, como asfalto do orçamento secreto, kits de robótica com indícios de superfaturamento e bistecas nunca entregues em aldeias indígenas.
De acordo com especialistas, a prática pode contaminar as licitações
nos municípios, ao estabelecer os mesmos produtos e os mesmos
fornecedores para cidades que possuem realidades diferentes. Além disso,
se for constatado algum problema na contratação, como superfaturamento
ou direcionamento para uma única empresa, todas são impactadas. A adesão
para contratações que não são recorrentes já causou desvios de dinheiro
público, como nos casos de asfalto do orçamento secreto, compra de kits
de robótica e gastos com bistecas que nunca foram entregues para
indígenas na Amazônia.
No total, foram aprovados quatro projetos apensados em uma única
proposta, o que acontece normalmente quando propostas sobre o mesmo tema
são apresentadas. O pacote foi aprovado com 307 votos favoráveis, 27
contrários e uma abstenção.
O relator, deputado Elmar Nascimento (União-BA), não estava mais na Câmara e quem leu o parecer foi o deputado Domingos Sávio (PL-MG). O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL),
também havia deixado o local antes da deliberação. A maioria dos
deputados votou remotamente, pelo celular. No momento da aprovação, a
quantidade de deputados presentes no plenário não passava de 50.
“Nós não sabemos o que estamos votando. Eu não posso nem ser contra, nem a favor, porque nós não sabemos”, disse a deputada Julia Zanatta (PL-SC),
que votou contra. O deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB) votou a favor e
admitiu que foi “convencido” por líderes partidários que o projeto era
bom, mas criticou a votação relâmpago na madrugada. “Precisamos ter
previsibilidade e saber o que estamos votando”, disse.
O bloco da Maioria, que reúne os partidos com o maior número de
parlamentares, não orientou a votação. “Vou seguir a maioria e vou
embora. A Maioria foi embora, presidente”, disse o deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), provocando risos entre os colegas. Ele votou contra.
Projeto cria repasse antecipado antes da realização de obras em municípios
O pacote deve facilitar o envio de verbas federais, incluindo as
emendas parlamentares, para prefeituras em 2024, ano de eleições
municipais. Prefeitos pressionam congressistas por envio mais rápido de
dinheiro e entregas antes da disputa.
Outro projeto do pacote aprovado, de autoria da senadora Tereza Cristina (PP-MS),
cria um regime simplificado para o envio de recursos federais a
municípios que assinam convênios para receber a verba e fazer as obras.
Com a proposta, se o projeto custar até R$ 1,5 milhão, o dinheiro vai
cair de uma só vez, de forma antecipada, e só depois a prefeitura vai
executar o serviço. Antes, o pagamento era feito em parcelas e dependia
do andamento da obra, o que gerava um controle maior, mas também
reclamações de prefeitos e parlamentares em função da demora.
Além disso, se a obra custar menos do que o repasse enviado pelo
governo federal, a prefeitura não terá mais que devolver o restante e
poderá usar a sobra para ampliar o projeto. Por exemplo, se planejou
pavimentar 20 ruas, poderá asfaltar mais cinco.
O modelo é uma resposta ao uso da Emenda Pix, revelada pelo Estadão,
que também envolve o repasse direto de recursos para prefeituras, mas
não é fiscalizada e tem provocado críticas de especialistas e órgãos de
controle.
O regime simplificado prevê transferência direta e antecipada, mas
ainda mantém a fiscalização federal com exigências técnicas como plano
de trabalho, licenciamento ambiental e relatórios de acompanhamento, o
que não acontece com a Emenda Pix.
A adesão à Emenda Pix cresceu
e pode atingir R$ 12 bilhões em 2024, ano de eleição municipal, mas o
uso tem incomodado alguns parlamentares, pois os prefeitos podem fazer o
que quiser com o dinheiro e muitos não gastam conforme a indicação do
congressista.
Proposta autoriza propostas sigilosas em licitações acima de R$ 1,5 milhão
O mesmo projeto abre uma brecha para diminuição da transparência em
licitações e até a formação de cartéis. Em licitações com valores acima
de R$ 1,5 milhão, empresas vão oferecer propostas de forma sigilosa para
obras de engenharia, assistência técnica e serviços de limpeza urbana.
Nesse formato, chamado de modo de disputa fechado, as propostas de
quem está interessado em vencer a licitação só são conhecidas no momento
da divulgação e da abertura de todos os lances apresentados – o que
pode facilitar a formação de conluios entre empreiteiras. O modelo já
existe, mas o projeto diz que, nas compras acima de R$ 1,5 milhão, essa
vai ser a regra.
Para o procurador de Justiça e presidente do Instituto Não Aceito Corrupção, Roberto Livianu,
o pacote traz preocupações no momento em que o valor das emendas
parlamentares aumenta e a fiscalização diminui. “Os ingredientes do
projeto nos mostram que a situação é gravíssima e, se tiver problema em
uma licitação, o vício vai contaminar as licitações que embarcarem na
mesma contratação”, disse. “Não se elimina a burocracia desrespeitando o
patrimônio público. O projeto pode gerar uma concentração de mercado,
que é nociva e vai na contramão do próprio princípio da licitação.”
O relator do pacote, Elmar Nascimento (União-BA), afirmou no parecer
que a proposta gera maior rapidez e eficiência nas compras e
contratações por parte dos municípios. Agora, o texto dependerá de
sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Precisamos acabar com esse negócio de obra inacabada no Brasil e de
perder dinheiro público porque não se consegue concluir uma licitação
adequada”, disse o deputado Domingos Sávio (PL-MG).
História por CONSTANÇA REZENDE • Folha de S. Paulo
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente do STF (Supremo Tribunal
Federal), Luís Roberto Barroso, disse nesta quinta-feira (30) que a
corte não tomou nenhuma decisão cerceadora da liberdade de expressão.
A declaração foi feita um dia após o tribunal aprovar uma tese
prevendo a possibilidade de responsabilização civil de empresas
jornalísticas que publicarem entrevistas que imputem de forma falsa
crime a terceiros.
Isto, segundo o entendimento dos ministros, valeria quando são
considerados indícios concretos de que as declarações são mentirosas.
Entidades de imprensa manifestaram preocupação com a aprovação e
cobraram esclarecimentos ao STF.
Barroso disse que Supremo reafirma o seu compromisso com a liberdade
de expressão, “que no entanto não é o único valor que deve prevalecer em
uma sociedade civilizada”.
“Portanto, não existindo censura em qualquer hipótese, toda e
qualquer pessoa, inclusive pessoa jurídica, pode eventualmente ser
responsabilizada por comportamento doloso por má-fé ou por grave
negligência”, declarou.
O presidente do STF acrescentou que a corte considera que a liberdade
de expressão é essencial para a democracia e reiterou a vedação
expressa de qualquer tipo de censura prévia à imprensa.
“A imprensa é um dos alicerces da democracia e tem aqui no Supremo um
dos seus principais guardiões. Nós temos dezenas de reclamações
acolhidas para assegurar a liberdade de imprensa e a liberdade de
expressão”, afirmou.
O texto aprovado pelo Supremo diz que “a plena proteção
constitucional à liberdade de imprensa é consagrada pelo binômio
liberdade com responsabilidade, vedada qualquer espécie de censura
prévia, porém admitindo a possibilidade posterior de análise e
responsabilização”.
A tese foi elaborada pelo ministro Alexandre de Moraes, com mudanças
propostas por Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
Essa responsabilização, que pode incluir remoção de conteúdo, seria
por “informações comprovadamente injuriosas, difamantes, caluniosas,
mentirosas, e em relação a eventuais danos materiais e morais”.
“Na hipótese de publicação de entrevista em que o entrevistado imputa
falsamente prática de crime a terceiro, a empresa jornalística somente
poderá ser responsabilizada civilmente se: (i) à época da divulgação,
havia indícios concretos da falsidade da imputação; e (ii) o veículo
deixou de observar o dever de cuidado na verificação da veracidade dos
fatos e na divulgação da existência de tais indícios”, diz a tese
aprovada pelo Supremo.
História por STÉFANIE RIGAMONTI • Folha de S. Paulo
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O economista-chefe do banco Itaú e
ex-diretor do Banco Central, Mário Mesquita, afirmou nesta quarta-feira
(29) que o mercado financeiro parece ignorar o noticiário sobre as
contas públicas, mas que esse é um problema que ainda persiste, apesar
do empenho da equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), para
zerar o déficit fiscal no próximo ano.
“A gente tem um problema fiscal, de fato, bastante sério, até agora o
mercado não tem reagido, ou parece que perdeu a sensibilidade, mas ele
não deixa de ter suas consequências”, disse durante transmissão
organizada pela Kinea, gestora vinculada ao Itaú que tem sob gestão
cerca de R$ 120 bilhões em ativos.
Segundo Mesquita, parte da justificativa para o Itaú apostar em uma
taxa terminal para os juros básicos de 9,5% no atual ciclo de corte da
Selic, e não menos que isso, é justamente o reconhecimento da manutenção
de riscos fiscais no país.
Para o economista, o mercado reagiu melhor do que o esperado por ele à
proposta do novo arcabouço fiscal, dadas as críticas de analistas
fiscalistas ao texto enviado pelo governo ao Congresso.
Ainda assim, Mesquita ponderou que a equipe econômica mandou
mensagens positivas no início do ano ao elaborar rapidamente um
arcabouço fiscal que substituísse o já fracassado teto de gastos, e
também ao manter a meta da inflação em 3%, em vez de subir essa meta
como propôs algumas vezes o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Mas Mesquita ainda percebe discursos conflitantes pró-despesas por
parte de integrantes do governo. “Vejo tensão entre o arcabouço
[fiscal], que implica algum controle de gastos, e a preferência de parte
do governo por mais gastos”, disse durante a transmissão, acompanhada
presencialmente pela reportagem.
O economista vê como preocupante discussões sobre mudança da meta
fiscal para o ano que vem, além das manobras para gastar mais sem
contabilizar algumas despesas.
Sobre a meta fiscal, Mesquita acredita que, mesmo com o mercado já
ciente das baixas possibilidades de zerar o déficit no próximo ano, a
manutenção dessa meta serve como um importante sinal para o Congresso de
que as medidas de aumento de receita devem ser priorizadas e aprovadas.
Ele diz concordar que as medidas de incremento de arrecadação são
relevantes, mas afirmou que elas são limitadas, indicando que o governo
também deveria organizar as contas públicas por meio do corte de gastos.
CRESCIMENTO ECONÔMICO
Mesquita disse que o Itaú espera um crescimento do PIB (Produto
Interno Bruto) brasileiro deste ano entre 2,5% e 3%, muito acima das
projeções divulgadas no início do ano.
Segundo o economista, desde 2020 os analistas têm tido uma sequência
de surpresas entre as projeções para o PIB e a realidade do crescimento
econômico do país, o que sugere que os modelos não estão capturando
adequadamente o que acontece na economia.
Mesquita trouxe algumas hipóteses para essas surpresas: “Talvez os
modelos não estejam capturando adequadamente todo o impacto do
agro[negócio]. Talvez os modelos não estejam capturando adequadamente
também o impacto das transferências fiscais, das transferências
sociais”, ponderou.
“E, eu acho que também não dá para descartar a hipótese de que a
tendência de crescimento da economia brasileira seja um pouco maior do
que a gente tinha antes das reformas da agenda de 2016. Acho que é um
pouco de cada um desses fatores”, completou.
Por outro lado, Mesquita disse que o comportamento da inflação neste
ano tem estado bem alinhado às expectativas do mercado, apesar das
surpresas geopolíticas no exterior, como a guerra no Oriente Médio que
despontou recentemente.
O presidente Lula da Silva reverteu, por meio de decreto, a
liquidação do Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada
(Ceitec). A empresa foi incluída no ambicioso e fracassado programa de
desestatizações do governo Jair Bolsonaro, que previa privatizar, fundir
e fechar dezenas de empresas públicas federais. Como muitos outros, o
processo da Ceitec nunca foi concluído, o que permitiu à administração
petista ressuscitar a moribunda e deficitária estatal.
O caso da Ceitec é exemplar sob vários aspectos. Ela foi uma das mais
de 40 empresas públicas federais criadas durante as administrações
petistas. Nasceu com a promessa de se tornar uma grande produtora de
chips e inserir o País no disputado mapa mundial do setor de alta
tecnologia. Nada menos.
Desde 2006, a Ceitec recebeu bilhões em investimentos do Tesouro
Nacional, via subvenções e adiantamentos para futuro aumento de capital.
Esses recursos nunca colocaram a empresa em condições para competir com
as gigantes internacionais, tampouco a impediram de registrar prejuízos
durante toda a sua existência.
A Ceitec nasceu com maquinário ultrapassado, oriundo de doações. Ao
longo dos anos, a empresa não conseguiu nem mesmo viabilizar a venda de
chips para passaportes, cuja caderneta é produzida pela também estatal
Casa da Moeda. Fechar a companhia seria um caminho natural, respaldado
pela própria Constituição, que restringe a exploração direta de
atividade econômica pelo Estado aos imperativos de segurança nacional e
relevante interesse coletivo. Chips, por óbvio, nunca se encaixaram
nessa descrição.
Assim teria sido, não fossem as trapalhadas cometidas pelo próprio
governo Bolsonaro na condução desse processo. Diversas fragilidades,
como o atropelo de prazos e o menosprezo ao cumprimento de etapas
burocráticas inerentes ao setor público, entre as quais a apresentação
de estudos para subsidiar o fechamento da empresa, levaram o Tribunal de
Contas da União (TCU) a interromper a liquidação em setembro de 2021.
Focado unicamente na reeleição e sem qualquer compromisso real com a
agenda econômica, Bolsonaro nunca conseguiu destravar o processo na
Corte de Contas. Não se sabe se houve desinteresse ou incompetência por
parte de sua equipe, mas o certo é que essa inação garantiu as condições
necessárias para o atual governo reverter a liquidação assim que tomou
posse.
O que fez Lula acreditar que a Ceitec merecia receber uma segunda
chance? Isso é algo que o governo teria a obrigação de explicar. Afinal,
se a própria concepção da Ceitec não se justificou tecnicamente,
recriá-la depois de tantos anos de prejuízo não tem o menor cabimento, a
não ser para reforçar o discurso estatizante do governo Lula.
Não se pode utilizar a covid-19 como pretexto para reativá-la. A
pandemia desorganizou as cadeias produtivas e evidenciou uma crise
mundial na produção de chips, mas as recentes tensões geopolíticas entre
Estados Unidos e China no mercado de semicondutores deixam claro que a
disputa vai muito além da mera liderança mundial no campo da tecnologia.
Modernizar a Ceitec, por óbvio, requer investimentos bilionários, com
os quais o deficitário Estado brasileiro não tem a menor condição de
arcar. Além de recursos públicos, este é um setor que depende de capital
humano, algo que a Ceitec tampouco conseguiu preservar. Com o início da
liquidação, a maioria dos empregados migrou para a concorrência, seja
no Brasil ou no exterior.
Ressuscitar a Ceitec, portanto, é uma decisão com o potencial de
drenar bilhões em recursos públicos nos próximos anos, sem qualquer
garantia de retorno em receitas, inovação ou produtividade para o País.
São muitas as necessidades, as carências e as prioridades do Estado
brasileiro em educação, ciência e tecnologia, sem as quais o crescimento
e o desenvolvimento econômico continuarão a ser um sonho distante.
Recriar a Ceitec certamente não faz parte delas. Com a reativação da
estatal inútil e deficitária, Lula atesta ser incapaz de aprender com
seus próprios erros. Pior: movido pela inabalável fé em si mesmo,
insiste em repeti-los à espera de resultados diferentes.
Um Tubarão-da-Groenlândia, considerado o animal mais velho do
planeta, surpreendeu os cientistas ao ser avistado nas proximidades de
Belize, no Caribe, aos incríveis 518 anos de idade. Esses tubarões,
conhecidos por viverem em águas frias e profundas, têm uma expectativa
de vida que ultrapassa os 400 anos, dobrando a longevidade da
tartaruga-gigante, o animal terrestre mais longevo.
Apesar de sua lentidão e do apelido científico “somniosus
microcephalus” que se traduz para “sonolento de cabeça pequena”, esses
tubarões são impressionantes em tamanho, chegando a 6,4 metros e pesando
até 1.000 quilos. Raramente estudados devido à dificuldade de acesso em
suas águas geladas, esses gigantes dos mares atingem a maturidade
reprodutiva por volta dos 150 anos.
Curiosamente, a toxicidade em sua carne, causada pelo óxido de
trimetilamina (TMAO), pode induzir sintomas semelhantes à embriaguez em
humanos. Essa adaptação os ajuda a resistir aos extremos de frio e
pressão da água em seu habitat.
Apesar de antigas lendas inuítes sugerirem ataques a caiaques, não há
registros documentados de encontros perigosos com humanos. Esses
tubarões, geralmente pacíficos, prosperam em ambientes extremamente
gelados, preferindo águas entre -1 e 10°C, tornando-os os únicos
tubarões conhecidos por tolerar condições árticas o ano todo.
A filmagem desses tubarões só foi capturada pela primeira vez em
1995, e um vídeo em seu habitat natural levou mais 18 anos para ser
obtido. Sua invisibilidade na natação, aliada à sua preferência por
águas geladas, torna avistá-los uma experiência rara e surpreendente.
Termo relativamente novo, o “wellness” já consta oficialmente no
dicionário para definir o conjunto de atividades que conduzem a um
entendimento mais amplo e panorâmico de vida saudável, de dentro para
fora e de fora para dentro, inclusive na escala dos empreendimentos,
fundamentando casas e subindo pelos edifícios. Uma descoberta quase
centenária que vem evoluindo recentemente graças aos serviços de
inteligência de arquitetura e engenharia em 360 graus, como os
certificados pelo Green Building Council.
Finalizado em 1933, o Sanatório de Paimio, na Finlândia, era um
“instrumento médico”, segundo seu autor, Alvar Aalto. Havia uma demanda
urgente por hospitais na Europa, posto que a tuberculose era a doença
que mais sobrecarregava o sistema de saúde à época.
Sua erradicação havia se tornado um compromisso nacional nas
primeiras décadas do século 20. Paimio consolidou a Arquitetura
Funcionalista com princípios Modernistas como integração com a natureza,
luz do sol e circulação do ar, atingindo um elevado padrão de saúde e
higiene que se tornou simplesmente o melhor tratamento para a pior
epidemia daqueles tempos. Essas técnicas construtivas transbordariam da
arquitetura hospitalar e alcançariam muitos outros braços em nome do bem
coletivo nas urbes. No combo da evolução, viriam alguns efeitos
colaterais – hoje, 40% das emissões de gases de efeito estufa, 50% da
extração dos materiais naturais e 48% de toda energia elétrica são
consumidas pelas edificações.
Minimizar esse impacto é a grande missão do Green Building Council
Brasil, entidade sem fins lucrativos que abarca mais de 700 empresas
pelo país, para emitir os certificados GBC Casa & Condomínio, LEED e
o protocolo LIFE. “Não existem fronteiras residenciais ou corporativas.
Saúde, bem-estar, conforto e sustentabilidade precisam caminhar juntos,
já que passamos, em média, 90% do nosso tempo em espaços construídos. A
arquitetura pode colaborar muito para essa qualidade, com elementos
como integração com a natureza, ventilação e iluminação naturais,
flexibilidade e otimização dos espaços, conforto acústico e térmico,
além das técnicas de sustentabilidade social e ambiental aplicadas em
todas as etapas”, conta Raul Penteado, Presidente do Conselho de
Administração do GBC.
O Green Building Council analisa práticas nas áreas de energia e
atmosfera, água, materiais e recursos, implantação, qualidade interna do
ar, conforto, requisitos sociais e inovação. Com práticas e metas
bastante acima do que determinam as normas técnicas que legislam o
setor, o GBC já garante redução, em média, de 40% a 50% dos gastos com
água, 25% do consumo de energia e 85% do total de resíduos de construção
desviados de aterro, sem falar na otimização dos custos operacionais.
Uma ação real e imediata para garantir o dia depois de amanhã. www.gbcbrasil.org.br | @gbcbrasil
Edifício IDEA Bagé*, Porto Alegre, arquitetura Flávio Lembert
GBC CONDOMÍNIO Platina, 40% de eficiência energética, conforto
térmico, acústico e luminoso acima do nível superior da norma, geração
de 100% de energia renovável da área comum e 1/3 para área privativa,
70% da demanda de água quente por painéis solares, reaproveitamento de
recursos hídricos a ponto de não usar água potável para irrigação e
limpeza, priorização de fornecedores com declaração ambiental de produto
e redução de R$ 10 mil/ano na conta de condomínio de cada apartamento.
Casa FM136*, São Paulo, arquitetura Rafael Assis, JAA Arquitetura e Miguel Aflalo
GBC CASA Platina, redução de 75% mais eficiente em energia, geração
de 94% da energia renovável, 70% da demanda de água quente por painéis
solares, estudo de avaliação de ciclo de vida que evidencia a redução de
40,5% das emissões de CO2 . Uma casa sustentável, que prioriza os itens
de conforto e saúde dos moradores, com custo de construção próximo do
convencional mas que garante a redução de 50% dos custos de energia,
água, gás e manutenção para os próximos 50 anos de operação.
*Projetos aprovados por meio de uma iniciativa durante as
reuniões do G20 em 2023 na Índia, um “paper” que elencou os 100 projetos
sustentáveis mais icônicos do mundo.
*BrandVoice é de responsabilidade exclusiva dos autores e não reflete, necessariamente, a opinião da FORBES Brasil e de seus editores.
*Angélica Rebello – Gestora de Projetos e Estrategista de Negócios
No contexto atual das empresas, a transformação digital e o marketing
digital estão se tornando cada vez mais vitais. A integração da
Transformação Digital em todos os aspectos de um negócio permite uma
compreensão mais profunda dos clientes, suas preferências e hábitos.
Como resultado, as empresas podem oferecer experiências
personalizadas e interações fluidas, melhorando a experiência global do
cliente. Por outro lado, o Marketing Digital permite que as empresas
projetem campanhas personalizadas que atinjam o público certo no momento
certo. A combinação de ambos melhora a satisfação e a fidelidade do
cliente, proporcionando uma vantagem competitiva para o negócio.
A Transformação Digital melhora a eficiência operacional, automatiza
processos e aumenta a agilidade organizacional, permitindo que as
empresas respondam rapidamente às mudanças do mercado. Enquanto isso,
táticas de Marketing Digital ajudam as empresas a sair na frente da
concorrência, alcançando e envolvendo eficazmente seu público-alvo.
A tomada de decisões baseada em dados é outro fator crítico. A
Transformação Digital fornece às empresas as ferramentas e a
infraestrutura necessárias para coletar, analisar e obter insights dos
dados. Isso permite decisões mais informadas, otimização operacional e a
identificação de oportunidades de crescimento.
Insights baseados em dados são usados no marketing digital para
analisar a eficácia das campanhas, compreender o comportamento do
cliente e aprimorar a estratégia de marketing.
As organizações podem gerar crescimento e lucratividade aproveitando
os dados. Outra vantagem da adoção dessas abordagens é a eficiência de
custos. A Transformação Digital permite a automação de procedimentos
manuais, a redução de papelada e a otimização de fluxos de trabalho.
O marketing digital elimina a necessidade de grandes e dispendiosos
esforços de publicidade tradicional, permitindo soluções mais
direcionadas e econômicas. Como resultado, as empresas podem aumentar
seu retorno sobre o investimento e otimizar seu orçamento de marketing.
Por fim, a Transformação Digital e o Marketing Digital promovem
agilidade e criatividade. As empresas podem fomentar a inovação em
produtos, serviços e modelos de negócios, bem como experimentar novas
ideias e responder às mudanças nas necessidades dos clientes de forma
eficaz.
Como reconhecer a Transformação Digital
Se está acontecendo a integração de tecnologias digitais em todas as
partes de uma organização, redefinindo a forma como ela opera e oferece
valor aos clientes, então você está diante da transformação digital. É
um projeto estratégico que incorpora uma transformação completa nos
processos, cultura e modelos de negócios, em vez de apenas a adoção
tecnológica. O objetivo é melhorar a eficiência operacional de uma
organização, otimizar as experiências do cliente e estimular a inovação.
A inteligência artificial (IA), a análise de big data, a computação
em nuvem, a Internet das Coisas (IoT) e a automação são forças motrizes
por trás da transformação digital. As empresas podem usar essas
tecnologias para coletar e analisar grandes quantidades de dados,
automatizar operações de rotina, melhorar a tomada de decisões e
oferecer experiências personalizadas aos consumidores. Empresas que
adotam a transformação digital podem otimizar operações, aumentar a
agilidade e obter uma vantagem competitiva no cenário digital.
Como reconhecer o Marketing Digital
O marketing digital, por outro lado, preocupa-se com a promoção de
produtos ou serviços por meio de meios digitais. Isso inclui uma
variedade de métodos e táticas usados para alcançar e envolver o
público-alvo por meio de plataformas online.
Para aumentar o reconhecimento e relevância da marca, gerar leads e
converter vendas, o marketing digital emprega métodos como otimização de
mecanismos de busca, marketing de mídia social, marketing de conteúdo,
email marketing e marketing de influência.
Ele, ao contrário da transformação digital, que envolve uma transição
organizacional mais ampla, está principalmente preocupado com tarefas
de marketing e vendas. Seu principal objetivo é usar plataformas
digitais para alcançar o público certo com a mensagem certa no momento
certo.
Os especialistas em marketing digital usam análise de dados para
avaliar a eficácia das campanhas, acompanhar o comportamento do cliente e
melhorar as atividades de marketing para obter melhores resultados.
Se tornando uma só força
Embora a transformação digital e o marketing digital sejam facetas
independentes da jornada digital de uma empresa, eles estão ligados e se
reforçam mutuamente. Ao permitir que as empresas aproveitem a
tecnologia moderna e insights baseados em dados, a transformação digital
prepara o terreno para as atividades de marketing digital.
O marketing digital, por sua vez, é fundamental para aumentar o
envolvimento do cliente e o crescimento da receita, impulsionando assim o
sucesso das atividades de transformação digital.
A transformação digital melhora o marketing digital ao permitir
análises de dados e otimizar operações. As empresas podem adquirir uma
compreensão abrangente dos interesses, atividades e padrões de compra de
seus clientes ao adotar tecnologias digitais. Esse conhecimento vital
do cliente permite que os profissionais da área criem esforços
direcionados e personalizados, o que leva a um aumento no envolvimento e
nas taxas de conversão.
Além disso, ao fomentar a inovação centrada no cliente, o marketing
digital contribui para o sucesso da transformação digital. Os
comentários e dados coletados das atividades de marketing digital podem
ser usados para aprimorar produtos e serviços, resultando em melhores
experiências para o cliente.
A natureza iterativa do marketing digital permite que as empresas
testem, aprendam e aprimorem continuamente suas estratégias digitais,
alinhando-as com as necessidades e expectativas em constante evolução de
seu público-alvo.
Por fim, empresas que adotam ambas as áreas para apoiar nas suas
estratégias estão a vários passos à frente de sua concorrência e
conquistando uma fatia maior do mercado.
Como está a evolução da sua empresa nesses dois cenários?
Marketplaces em alta: o sucesso no mercado
Tiago Sanches, gerente comercial da Total IP
Certas estratégias são cruciais para alavancar as vendas e isso começa com o primeiro contato
Marketplaces são uma tendência no e-commerce. Isso porque, os
benefícios existem tanto para quem tem seu próprio ambiente, quanto para
os sellers, os quais vendem nas plataformas de outros empreendedores.
Entretanto, apesar dessa alta, é fundamental as organizações se
prepararem da melhor forma para receberem seus grupos alvo,
independentemente da época do ano. Isso inclui uma elaboração iniciada
pelo atendimento.
O que são marketplaces e qual a sua realidade no mercado?
Esse conceito se remete a uma noção mais coletiva de vendas on-line.
Nessa plataforma, diferentes lojas podem anunciar seus artigos, dando ao
cliente um leque de opções. Desse jeito, trata-se de uma rede cujos
vendedores podem fazer suas ofertas dentro da mesma página. Ou seja, é
como um shopping center virtual cujos visitantes têm acesso a vários
estabelecimentos. Sites como Mercado Livre, Magalu, Americanas, Amazon e
a Valeon são ótimos exemplos, inclusive, de acordo com o último
relatório Webshoppers, 84% dos empreendedores brasileiros possuem canais
ativos em ambientes como esses.
Conforme a ChannelAdvisor, na China, esse tipo de comércio já
representa 90% do faturamento do varejo on-line e, nos EUA, 33%. Já no
Brasil, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm),
o crescimento do setor em 2021 foi de 19%.
Principalmente em temporadas de forte atividade, como o Natal, Dia
dos Namorados, das Mães e dos Pais, as movimentações tendem a ser
significativas. O Dia do Consumidor, por exemplo, em 2022, chegou a um
faturamento de R$ 722 milhões, com elevação de 22% em comparação a 2021,
de acordo com dados da Neotrust. Contudo, para, de fato, chamar a
atenção dos fregueses, apenas preços atrativos e propagandas não são o
suficiente, é preciso oferecer uma experiência completa. “Para deixar
uma marca positiva é necessário garantir um primeiro contato excelente,
indo até o pós-venda. Os responsáveis por esse tipo de negócio tendem a
pensar só no produto final entregue, mas toda interação importa”,
explica Tiago Sanches, gerente comercial da Total IP.
Um destaque em meio à concorrência é fundamental
Ciente de como apenas qualidade final não é o suficiente, diversos
quesitos tendem a ajudar uma empresa a se destacar em meio a tanta
concorrência. Logo, diferentes fatores influenciam a posição ocupada nas
buscas, seja preço, custo do frete, avaliações, etc. Além disso, é
imprescindível identificar como chamar a atenção em detrimento de
sellers ocupando o mesmo espaço. Nesse contexto, conhecimento nunca é
demais para descobrir como planejar condições visando se sobressair.
Outra questão importante diz respeito aos parceiros mantidos por
perto e a estrutura do negócio em geral. Para a quantidade de vendas
alcançadas por um programa como esse, investir na atração de indivíduos
para promover suas corporações lá dentro, diversificando e ampliando o
portfólio torna tudo mais robusto. Além disso, deve haver uma atenção
especial à otimização das operações.
Todavia, de nada adianta tomar cuidado com tudo isso e não promover
uma boa gestão operacional. Dentre diversos benefícios, a transformação
de um e-commerce em um marketplace proporciona ganho de escala das
demandas. A partir desse ponto é crucial redobrar a cautela com
estratégias adotadas no local omnichannel. Uma administração eficiente é
o meio para a criação de modelos de vivência da persona para ela ter
uma boa prática nessa aquisição. “Hoje em dia, uma pessoa transita por
diferentes pontos de contato. É relevante, então, conseguir alcançar o
preciso da melhor forma e naquele momento, assim, há grandes chances de
fidelizar”, comenta o especialista.
Dicas para se sair bem no mercado
Antes de tudo é sempre interessante se colocar no lugar dos
frequentadores, pois, somente conhecendo bem eles é viável proporcionar
oportunidades e elementos favoráveis. Em circunstâncias assim, um bom
levantamento de dados para analisar as dores e as necessidades é uma
excelente alternativa, tendo em vista como, por meio dessas informações,
é fácil identificar qual a busca e como agradar.
No entanto, o ditado é real e, de fato, a primeira impressão fica.
Logo, a assistência inicial desse sujeito deve ser levada em
consideração de forma primordial. Como anda o seu atendimento? Quais as
abordagens utilizadas para lidar com esses interessados?
Independentemente de qual seja, a Startup Valeon consegue auxiliar, incrementar e melhorar qualquer estratégia de forma inovadora.
A tecnologia de robôs tem sido cada vez mais utilizada em diversas
esferas do cotidiano da população. No geral, essa indústria está em
crescimento, de acordo com a VDMA (Associação Alemã de Fabricantes de
Máquinas e Instalações Industriais), as vendas do setor aumentaram em
13% em 2022. Nos primeiros quatro meses, os pedidos recebidos foram
elevados em 38%, também em relação ao ano anterior, na Alemanha.
Em todo o mundo, já existem mais de três milhões deles operando em
fábricas e pelo menos US$ 13,2 bilhões foram gastos nos últimos anos em
novas instalações utilizando esse tipo de modernização. Pelo menos 76%
desses investimentos foram feitos por cinco países: China, Japão,
Estados Unidos, Coreia do Sul e Alemanha. As indústrias automotiva,
elétrica, eletrônica e metálica se destacam nesse uso em seus parques
industriais. Porém, no caso do apoio ao consumidor esse artifício também
não poderia ficar de fora. Com a Startup Valeon isso é possível para
todos os âmbitos. “Nós enxergamos essa assistência como parte do
processo de conquista e a colocamos como um pilar principal para os
nossos usuários.
Dessa maneira, a firma oferece serviços baseados na aprimoração desse
suporte para as companhias parceiras, seja com os tão comentados robôs,
responsáveis por atender chamadas e responder mensagens
automaticamente, ou com outras ferramentas. Ao todo, há uma
flexibilidade sem igual para atender a todo tipo de instituição, com
humanos, chat, voz, redes sociais e WhatsApp, o propósito é aumentar os
resultados e promover atualização constante.
O que é marketplace e por que investir nessa plataforma
ÚnicaPropaganda e Moysés Peruhype Carlech
Milhares de internautas utilizam o marketplace diariamente para fazer
compras virtuais. Mas muitos ainda desconhecem seu conceito e como ele
funciona na compra e venda de produtos.
Afinal, o que é marketplace?
O marketplace é um modelo de negócio online que pode ter seu funcionamento comparado ao de um shopping center.
Ao entrar em um shopping com a intenção de comprar um produto
específico, você encontra dezenas de lojas, o que lhe permite pesquisar
as opções e os preços disponibilizados por cada uma delas. Além de
comprar o que você planejou inicialmente, também é possível consumir
outros produtos, de diferentes lojas, marcas e segmentos.
Leve isso ao mundo virtual e você entenderá o conceito de
marketplace: um lugar que reúne produtos de diversas lojas, marcas e
segmentos. A diferença é que no ambiente virtual é mais fácil buscar
produtos, e existe a facilidade de comprar todos eles com um pagamento
unificado.
Os principais marketplaces do Brasil
A Amazon foi a primeira a popularizar esse modelo de negócio pelo mundo, e até hoje é a maior referência no assunto
No Brasil, o marketplace teve início em 2012. Quem tornou a
plataforma mais conhecida foi a CNova, responsável pelas operações
digitais da Casas Bahia, Extra, Ponto Frio, entre outras lojas.
Hoje, alguns nomes conhecidos no marketplace B2C são: Americanas,
Magazine Luiza, Netshoes, Shoptime, Submarino e Walmart. No modelo C2C,
estão nomes como Mercado Livre e OLX. Conheça os resultados de algumas
dessas e de outras lojas no comércio eletrônico brasileiro.
Aqui no Vale do Aço temos o marketplace da Startup Valeon que é uma
Plataforma Comercial de divulgação de Empresas, Serviços e Profissionais
Liberais que surgiu para revolucionar o comércio do Vale do Aço através
de sua divulgação online.
Como escolher o marketplace ideal para sua loja
Para ingressar em um marketplace, é preciso cadastrar sua loja,
definir os produtos que serão vendidos e iniciar a divulgação. Mas é
fundamental levar em consideração alguns pontos importantes antes de
decidir onde incluir sua marca:
Forma de cobrança: cada marketplace possui seu modelo de comissão
sobre as vendas realizadas, que pode variar de 9,5% a 30%. O que
determina isso é a menor ou maior visibilidade que o fornecedor
atribuirá a seus produtos. Ou seja, o lojista que quer obter mais
anúncios para seus produtos e as melhores posições em pesquisas pagará
uma comissão maior.
Na Startup Valeon não cobramos comissão e sim uma pequena mensalidade para a divulgação de seus anúncios.
Público-alvo: ao definir onde cadastrar sua loja, é essencial
identificar em quais marketplaces o seu público está mais presente.
Garantimos que na Valeon seu público alvo estará presente.
Concorrentes: avalie também quais são as lojas do mesmo segmento que
já fazem parte da plataforma e se os seus produtos têm potencial para
competir com os ofertados por elas.
Felizmente não temos concorrentes e disponibilizamos para você cliente e consumidores o melhor marketplace que possa existir.
Reputação: para um marketplace obter tráfego e melhorar seus
resultados em vendas precisa contar com parceiros que cumpram suas
promessas e atendam aos compradores conforme o esperado. Atrasos na
entrega, produtos com qualidade inferior à prometida e atendimento
ineficiente são fatores que afastam os usuários que costumam comprar
naquele ambiente virtual. Ao ingressar em um marketplace, certifique-se
de que a sua loja irá contribuir com a boa reputação da plataforma e
pesquise as opiniões de compradores referentes às outras lojas já
cadastradas.
Temos uma ótima reputação junto ao mercado e consumidores devido a seriedade que conduzimos o nosso negócio.
Vantagens do marketplace
A plataforma da Valeon oferece vantagens para todos os envolvidos no comércio eletrônico. Confira abaixo algumas delas.
Para o consumidor
Encontrar produtos de diversos segmentos e preços competitivos em um único ambiente;
Efetuar o pagamento pelos produtos de diferentes lojistas em uma única transação.
Para o lojista
Ingressar em um comércio eletrônico bem visitado e com credibilidade, o que eleva a visibilidade de seus produtos;
Fazer parte de uma estrutura completa de atendimento e operação de
vendas com um menor investimento, considerando que não será necessário
pagar um custo fixo básico, como aconteceria no caso de investir na
abertura de uma loja física ou online.
Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:
• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;
• Atraímos visualmente mais clientes;
• Somos mais dinâmicos;
• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;
• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;
• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.
• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em
buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para
impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as
suas vendas.
Para o Marketplace
Dispor de uma ampla variedade de produtos em sua vitrine virtual, atraindo ainda mais visitantes;
Conquistar credibilidade ao ser reconhecido como um e-commerce que
reúne os produtos que os consumidores buscam, o que contribui até mesmo
para fidelizar clientes.
Temos nos dedicado com muito afinco em melhorar e
proporcionar aos que visitam o Site uma boa avaliação do nosso canal
procurando captar e entender o comportamento dos consumidores o que nos
ajuda a incrementar as melhorias e campanhas de marketing que
realizamos.
Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (App)
História por CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA • Folha de S. Paulo
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Morreu nesta quarta-feira aos 100 anos o
ex-secretário de Estado dos EUA Henry Kissinger, um dos mais influentes
nomes da diplomacia na segunda metade do século 20.
Dois fatos banais ajudam a dimensionar como a inteligência e
habilidade de Kissinger foram grandes: nascido em outro país e com forte
sotaque estrangeiro que nunca superou, ele conseguiu ser o principal
representante dos EUA, uma sociedade com forte tendência ao chauvinismo;
judeu, tornou-se o mais poderoso integrante do governo de Richard
Nixon, um antissemita.
Heinz Alfred Kissinger, seu nome original, foi capaz de vencer muitos
obstáculos aparentemente intransponíveis para uma pessoa com sua
história, quase sempre pela admiração que seu talento causava aos
interlocutores.
Ele nasceu em Furth, Alemanha, em 27 de maio de 1923. Sua família
imigrou para os EUA em 1938, quando os rumos do Terceiro Reich de Adolf
Hitler já estavam suficientemente claros.
Em 1943, naturalizou-se americano e lutou no Exército da nova nação
contra a antiga na Segunda Guerra Mundial, sempre no setor de
inteligência, onde sua fluência em alemão era apreciada.
Depois dos combates, deu início à extraordinária carreira acadêmica
que lhe abriu as portas para os políticos: bacharelou-se em ciência
política pela Universidade Harvard em 1950, onde também completou o
mestrado (1952) e o doutorado (1954, com tese sobre ‘paz, legitimidade e
equilíbrio”).
Sua proximidade com os principais círculos intelectuais de Nova York
nos anos 1950, quando sua principal atividade era como professor em
Harvard, o levou a prestar consultoria a diversas entidades de governo
na administração Eisenhower e a colaborar com Nelson Rockefeller,
principal líder da ala mais liberal do Partido Republicano.
Rockefeller foi pré-candidato à Presidência do país pelos
republicanos em 1960, 1964 e 1968. Na primeira e na terceira tentativas,
perdeu para Richard Nixon, seu arqui-inimigo, que não hesitou em
chamá-lo como assessor logo que chegou à Casa Branca, em janeiro de
1969.
A comunidade política tinha tal fascínio por Kissinger que o
candidato derrotado por Nixon em 1968, o democrata ultraliberal Hubert
Humphrey, disse que também o teria chamado para trabalhar consigo se
tivesse vencido.
De integrante do Conselho Nacional de Segurança, ele logo passou para
a chefia desse órgão, de onde de fato liderava a política externa
americana, por causa da fragilidade política e pessoal de William
Rogers, secretário de Estado no primeiro mandato de Nixon.
Assumiu formalmente a condição de condutor dos EUA em relações
internacionais quando Nixon o nomeou secretário de Estado em 1973 (o
primeiro a ter nascido fora do país), cargo em que foi mantido pelo
sucessor, Gerald Ford, depois de o caso Watergate levar o presidente à
renúncia.
Nos oito anos em que ditou o modo como os EUA lidavam com o mundo,
Kissinger estabeleceu o império da “realpolitik”, conceito genérico que
contrasta com o do idealismo, e realizou operações diplomáticas
inimagináveis para um governo conservador, como o de Nixon, num ambiente
de plena Guerra Fria entre capitalismo e comunismo.
Entre os grandes feitos de seu “mandato”, a aproximação com a China e
seu posterior reconhecimento por Washington sem dúvida é o mais
sensacional.
Mas a assinatura de acordos de limitação de armas nucleares (o SALT)
com a União Soviética, o processo de paz no Vietnã (que lhe rendeu um
Prêmio Nobel dividido com o principal diplomata norte-vietnamita), a
presença constante em negociações no Oriente Médio (apelidada de
“diplomacia de ponte aérea”) e o apoio ao Paquistão contra a Índia na
guerra que resultou na formação de Bangladesh foram outros pontos altos
desse período.
A debacle do governo Nixon em consequência dos escândalos políticos
fizeram de Kissinger um personagem cada vez mais importante para o país e
para o mundo. Em 1975, pesquisa do Instituto Gallup o apontou como a
pessoa mais admirada nos EUA.
Ele passou do status de poderoso assessor para o de celebridade
global. Seu casamento com Nancy Maginess, em 1974, recebeu cobertura de
imprensa similar à do de um astro de cinema ou um monarca britânico.
Frases que lhe foram atribuídas nessa época (como “o poder é o melhor
afrodisíaco”) ajudavam a ampliar sua fama.
Kissinger manteve relação especial com o Brasil, em parte por razões
explicáveis pela “realpolitik” (ele sempre reconheceu a importância
estratégica do Brasil para os EUA no hemisfério ocidental,) em parte,
talvez pela conhecida paixão que teve pelo futebol.
No poder, deve ter influenciado Nixon a proferir a famosa frase em
1972 (“Para onde o Brasil se inclinar, toda a América Latina se
inclinará”, ao saudar o então presidente Garrastazu Médici, em
Washington) e forjou vínculos de amizade com o chanceler do governo
Geisel, Antônio Francisco Azeredo da Silveira, “o mais substantivo
interlocutor que tive na América Latina”.
O diálogo do todo-poderoso da política externa americana de 1969 a
1977 com o Brasil está muito bem documentado no livro “Kissinger e o
Brasil”, de Matias Spektor (Zahar, 2009).
Numa de suas viagens ao país, em 1976, quando grandes divergências
econômicas atritavam a relação binacional, ele ajudou a lhes dar um viés
político, em que soluções seriam mais facilmente encontráveis.
No campo do futebol, apesar de fascinado pelos brasileiros (dizia que
a seleção de 1982 foi o melhor time da história, que só não foi campeão
por azar), teve boicotada por anos a sua ambição de levar a Copa do
Mundo para os EUA por João Havelange (então presidente da Fifa), que se
ofendeu em 1974 por não ter recebido grande atenção do então secretário
de Estado durante o jogo Brasil e Holanda.
Os elogios e expressões de confiança no Brasil se mantiveram mesmo
depois de sua aposentadoria como diplomata. No livro “Diplomacy”, de
1995, Kissinger é pródigo em boas palavras sobre o país, em contraste
com críticas que faz ao México.
Fora do governo, Kissinger continuou a ser autor profícuo, com livros
volumosos sobre política externa publicados periodicamente e artigos
frequentes sobre os grandes temas internacionais, sempre recebidos com
atenção e nem sempre aceitos consensualmente.
Em 2001, apoiou a guerra ao terror declarada por George W. Bush após
os atentados terroristas de 11 de setembro. Em 2005, insistiu em público
e privado com Bush para não sair do Iraque, apesar de todos os sinais
de que a situação se deteriorava como a do Vietnã no início dos anos
1970, um claro distanciamento das posições de “realpolitik” que ele
executara no governo.
Houve várias tentativas de fazer com que Kissinger respondesse na
Justiça por ações cometidas por agentes oficiais americanos durante seu
período como secretário de Estado, principalmente no Chile na época do
golpe contra Salvador Allende e no início da ditadura de Augusto
Pinochet, mas eles nunca prosperaram.
Em 1982, ele criou empresa de consultoria em relações governamentais
chamada Kissinger Associates com Brent Scowcroft, colega na
administração Ford. Em 1999, ele se associou a Mack McLarty, que havia
sido chefe da Casa Civil no governo de Bill Clinton, para criar a
Kissinger McLarty Associates.
As atividades da consultoria e seus livros, artigos e entrevistas o mantiveram como personagem público de primeira grandeza.
Ocasionalmente, foi chamado para desempenhar algumas ações para
governos estrangeiros, como o da Indonésia, ou dos EUA, como em 2001,
quando o então presidente Bush o nomeou presidente da comissão para
investigar os atentados terroristas de 11 de setembro, cargo do qual
renunciou por não aceitar revelar os nomes dos clientes de sua
consultoria, como lhe foi exigido para verificar eventuais conflitos de
interesse.
História por THAÍSA OLIVEIRA E CATIA SEABRA • Folha de S. Paulo
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Indicado ao STF (Supremo Tribunal
Federal), o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), disse a aliados que
está à disposição para conversar com todos os senadores, sem restrições,
seguindo um conselho dado pelo próprio presidente da República.
Segundo relatos, antes do anúncio oficial, nesta segunda (27), Lula
(PT) e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), recomendaram
que Dino se colocasse como candidato e buscasse, um por um, seus 81
potenciais eleitores.
Com o sinal verde de Dino, Wagner e o relator da indicação, senador
Weverton Rocha (PDT-MA), começaram a fazer as pontes nesta terça (28).
Tanto Wagner como Rocha procuraram o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
para ensaiar uma aproximação.
O líder do governo também pediu votos ao líder da oposição, Rogério
Marinho (PL-RN), que foi ministro no governo Jair Bolsonaro (PL). Flávio
Bolsonaro e Marinho responderam, no entanto, que não gostam do estilo
de Dino e sinalizaram que pretendem manter o voto contrário.
Apesar das ressalvas feitas pelo núcleo bolsonarista, o governo
aposta em uma espécie de “efeito manada”. A avaliação política é de que,
mesmo a votação sendo secreta, indecisos acabam aderindo ao candidato
por medo de ficarem marcados pelo futuro ministro do STF.
Rocha disse que Dino tem hoje ao menos 50 votos, mas pode chegar a
ter entre 58 e 62. Em junho, Cristiano Zanin foi aprovado pelo Senado
para a vaga do ministro Ricardo Lewandowski por 58 votos a 18 –17 a mais
que os 41 necessários.
“A construção é feita de baixo para cima. Primeiro você repactua [com
aliados], pega na mão, olha nos olhos. Aí você vai avançando
território. Tenho certeza que ele, com a experiência que ele tem, está
fazendo essa construção”, disse Rocha.
O senador acrescentou: “Ele precisa conversar individualmente com
todos. Repito: tem colega senador que não vai votar nele. Mas não tem
por que ele não conversar com esse colega. Até porque tem que haver essa
institucionalidade e esse respeito mútuo”.
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues
(Rede-AP), disse que a base está “muito convicta” de que Dino será
aprovado. Rodrigues ofereceu um jantar ao ministro e aliados em sua casa
nesta terça.
Governistas têm tratado a indicação de forma descontraída, afastando
as ameaças da oposição. Um dos senadores da base fez piada com os
colegas dizendo que, se eles não gostam de Dino, devem votar a favor
dele e manter no Senado sua suplente, Ana Paula Lobato (PSB-MA).
Já Wagner tem argumentado que a indicação ao STF é prerrogativa do
presidente e que o PT não se opôs aos escolhidos no governo Bolsonaro,
Kassio Nunes Marques e André Mendonça. Nesta segunda, o senador disse à
Folha de S.Paulo que está à vontade para cobrar reciprocidade.
Wagner pretende conversar nesta quarta (29) com o procurador Paulo
Gonet, indicado por Lula à PGR (Procuradoria-Geral da República). O
líder do governo é relator da indicação de Gonet no Senado.
Dino e Gonet serão sabatinados no mesmo dia, 13 de dezembro. A data
conjunta foi anunciada pelo presidente da Comissão de Constituição e
Justiça, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). A expectativa é que a
votação no plenário ocorra entre os dias 13 e 14.
Além do calendário apertado até o final do ano, a data conjunta deve
diminuir o tempo de sabatina de Dino e Gonet. Em outubro, Alcolumbre
usou a mesma estratégia com os três indicados ao STJ (Superior Tribunal
de Justiça) e fez com que fossem sabatinados ao mesmo tempo.