sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

TUBARÃO DA GROELÂNDIA É CONSIDERADO O ANIMAL MAIS VELHO DO PLANETA

História por mari  • Go Outside

Um Tubarão-da-Groenlândia, considerado o animal mais velho do planeta, surpreendeu os cientistas ao ser avistado nas proximidades de Belize, no Caribe, aos incríveis 518 anos de idade. Esses tubarões, conhecidos por viverem em águas frias e profundas, têm uma expectativa de vida que ultrapassa os 400 anos, dobrando a longevidade da tartaruga-gigante, o animal terrestre mais longevo.

Apesar de sua lentidão e do apelido científico “somniosus microcephalus” que se traduz para “sonolento de cabeça pequena”, esses tubarões são impressionantes em tamanho, chegando a 6,4 metros e pesando até 1.000 quilos. Raramente estudados devido à dificuldade de acesso em suas águas geladas, esses gigantes dos mares atingem a maturidade reprodutiva por volta dos 150 anos.

Curiosamente, a toxicidade em sua carne, causada pelo óxido de trimetilamina (TMAO), pode induzir sintomas semelhantes à embriaguez em humanos. Essa adaptação os ajuda a resistir aos extremos de frio e pressão da água em seu habitat.

Apesar de antigas lendas inuítes sugerirem ataques a caiaques, não há registros documentados de encontros perigosos com humanos. Esses tubarões, geralmente pacíficos, prosperam em ambientes extremamente gelados, preferindo águas entre -1 e 10°C, tornando-os os únicos tubarões conhecidos por tolerar condições árticas o ano todo.

A filmagem desses tubarões só foi capturada pela primeira vez em 1995, e um vídeo em seu habitat natural levou mais 18 anos para ser obtido. Sua invisibilidade na natação, aliada à sua preferência por águas geladas, torna avistá-los uma experiência rara e surpreendente.

O post Tubarão-da-Groenlândia de 518 anos é visto no Caribe aparece primeiro no Go Outside.

 

WELLNESS É ENTENDIDO COMO VIDA SAUDÁVEL DE DENTRO PARA FORA E DE FORA PARA DENTRO

 

História por BRANDVOICE | Forbes Brasil

Ilustração: Katia Simões© Fornecido por Forbes Brasil

Termo relativamente novo, o “wellness” já consta oficialmente no dicionário para definir o conjunto de atividades que conduzem a um entendimento mais amplo e panorâmico de vida saudável, de dentro para fora e de fora para dentro, inclusive na escala dos empreendimentos, fundamentando casas e subindo pelos edifícios. Uma descoberta quase centenária que vem evoluindo recentemente graças aos serviços de inteligência de arquitetura e engenharia em 360 graus, como os certificados pelo Green Building Council. Finalizado em 1933, o Sanatório de Paimio, na Finlândia, era um “instrumento médico”, segundo seu autor, Alvar Aalto. Havia uma demanda urgente por hospitais na Europa, posto que a tuberculose era a doença que mais sobrecarregava o sistema de saúde à época.

Sua erradicação havia se tornado um compromisso nacional nas primeiras décadas do século 20. Paimio consolidou a Arquitetura Funcionalista com princípios Modernistas como integração com a natureza, luz do sol e circulação do ar, atingindo um elevado padrão de saúde e higiene que se tornou simplesmente o melhor tratamento para a pior epidemia daqueles tempos. Essas técnicas construtivas transbordariam da arquitetura hospitalar e alcançariam muitos outros braços em nome do bem coletivo nas urbes. No combo da evolução, viriam alguns efeitos colaterais – hoje, 40% das emissões de gases de efeito estufa, 50% da extração dos materiais naturais e 48% de toda energia elétrica são consumidas pelas edificações.

Minimizar esse impacto é a grande missão do Green Building Council Brasil, entidade sem fins lucrativos que abarca mais de 700 empresas pelo país, para emitir os certificados GBC Casa & Condomínio, LEED e o protocolo LIFE. “Não existem fronteiras residenciais ou corporativas. Saúde, bem-estar, conforto e sustentabilidade precisam caminhar juntos, já que passamos, em média, 90% do nosso tempo em espaços construídos. A arquitetura pode colaborar muito para essa qualidade, com elementos como integração com a natureza, ventilação e iluminação naturais, flexibilidade e otimização dos espaços, conforto acústico e térmico, além das técnicas de sustentabilidade social e ambiental aplicadas em todas as etapas”, conta Raul Penteado, Presidente do Conselho de Administração do GBC.

O Green Building Council analisa práticas nas áreas de energia e atmosfera, água, materiais e recursos, implantação, qualidade interna do ar, conforto, requisitos sociais e inovação. Com práticas e metas bastante acima do que determinam as normas técnicas que legislam o setor, o GBC já garante redução, em média, de 40% a 50% dos gastos com água, 25% do consumo de energia e 85% do total de resíduos de construção desviados de aterro, sem falar na otimização dos custos operacionais. Uma ação real e imediata para garantir o dia depois de amanhã. www.gbcbrasil.org.br | @gbcbrasil

Edifício IDEA Bagé*, Porto Alegre, arquitetura Flávio Lembert

GBC CONDOMÍNIO Platina, 40% de eficiência energética, conforto térmico, acústico e luminoso acima do nível superior da norma, geração de 100% de energia renovável da área comum e 1/3 para área privativa, 70% da demanda de água quente por painéis solares, reaproveitamento de recursos hídricos a ponto de não usar água potável para irrigação e limpeza, priorização de fornecedores com declaração ambiental de produto e redução de R$ 10 mil/ano na conta de condomínio de cada apartamento.

Casa FM136*, São Paulo, arquitetura Rafael Assis, JAA Arquitetura e Miguel Aflalo

GBC CASA Platina, redução de 75% mais eficiente em energia, geração de 94% da energia renovável, 70% da demanda de água quente por painéis solares, estudo de avaliação de ciclo de vida que evidencia a redução de 40,5% das emissões de CO2 . Uma casa sustentável, que prioriza os itens de conforto e saúde dos moradores, com custo de construção próximo do convencional mas que garante a redução de 50% dos custos de energia, água, gás e manutenção para os próximos 50 anos de operação.

*Projetos aprovados por meio de uma iniciativa durante as reuniões do G20 em 2023 na Índia, um “paper” que elencou os 100 projetos sustentáveis mais icônicos do mundo. 

*BrandVoice é de responsabilidade exclusiva dos autores e não reflete, necessariamente, a opinião da FORBES Brasil e de seus editores.

A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E O MARKETING DIGITAL ESTÃO LIGADOS E SE REFORÇAM MUTUAMENTE

 

*Angélica Rebello – Gestora de Projetos e Estrategista de Negócios

No contexto atual das empresas, a transformação digital e o marketing digital estão se tornando cada vez mais vitais. A integração da Transformação Digital em todos os aspectos de um negócio permite uma compreensão mais profunda dos clientes, suas preferências e hábitos.

Como resultado, as empresas podem oferecer experiências personalizadas e interações fluidas, melhorando a experiência global do cliente. Por outro lado, o Marketing Digital permite que as empresas projetem campanhas personalizadas que atinjam o público certo no momento certo. A combinação de ambos melhora a satisfação e a fidelidade do cliente, proporcionando uma vantagem competitiva para o negócio.

A Transformação Digital melhora a eficiência operacional, automatiza processos e aumenta a agilidade organizacional, permitindo que as empresas respondam rapidamente às mudanças do mercado. Enquanto isso, táticas de Marketing Digital ajudam as empresas a sair na frente da concorrência, alcançando e envolvendo eficazmente seu público-alvo.

A tomada de decisões baseada em dados é outro fator crítico. A Transformação Digital fornece às empresas as ferramentas e a infraestrutura necessárias para coletar, analisar e obter insights dos dados. Isso permite decisões mais informadas, otimização operacional e a identificação de oportunidades de crescimento.

Insights baseados em dados são usados no marketing digital para analisar a eficácia das campanhas, compreender o comportamento do cliente e aprimorar a estratégia de marketing.

As organizações podem gerar crescimento e lucratividade aproveitando os dados. Outra vantagem da adoção dessas abordagens é a eficiência de custos. A Transformação Digital permite a automação de procedimentos manuais, a redução de papelada e a otimização de fluxos de trabalho.

O marketing digital elimina a necessidade de grandes e dispendiosos esforços de publicidade tradicional, permitindo soluções mais direcionadas e econômicas. Como resultado, as empresas podem aumentar seu retorno sobre o investimento e otimizar seu orçamento de marketing. Por fim, a Transformação Digital e o Marketing Digital promovem agilidade e criatividade. As empresas podem fomentar a inovação em produtos, serviços e modelos de negócios, bem como experimentar novas ideias e responder às mudanças nas necessidades dos clientes de forma eficaz.

Como reconhecer a Transformação Digital

Se está acontecendo a integração de tecnologias digitais em todas as partes de uma organização, redefinindo a forma como ela opera e oferece valor aos clientes, então você está diante da transformação digital. É um projeto estratégico que incorpora uma transformação completa nos processos, cultura e modelos de negócios, em vez de apenas a adoção tecnológica. O objetivo é melhorar a eficiência operacional de uma organização, otimizar as experiências do cliente e estimular a inovação.

A inteligência artificial (IA), a análise de big data, a computação em nuvem, a Internet das Coisas (IoT) e a automação são forças motrizes por trás da transformação digital. As empresas podem usar essas tecnologias para coletar e analisar grandes quantidades de dados, automatizar operações de rotina, melhorar a tomada de decisões e oferecer experiências personalizadas aos consumidores. Empresas que adotam a transformação digital podem otimizar operações, aumentar a agilidade e obter uma vantagem competitiva no cenário digital.

Como reconhecer o Marketing Digital

O marketing digital, por outro lado, preocupa-se com a promoção de produtos ou serviços por meio de meios digitais. Isso inclui uma variedade de métodos e táticas usados para alcançar e envolver o público-alvo por meio de plataformas online.

Para aumentar o reconhecimento e relevância da marca, gerar leads e converter vendas, o marketing digital emprega métodos como otimização de mecanismos de busca, marketing de mídia social, marketing de conteúdo, email marketing e marketing de influência.

Ele, ao contrário da transformação digital, que envolve uma transição organizacional mais ampla, está principalmente preocupado com tarefas de marketing e vendas. Seu principal objetivo é usar plataformas digitais para alcançar o público certo com a mensagem certa no momento certo.

Os especialistas em marketing digital usam análise de dados para avaliar a eficácia das campanhas, acompanhar o comportamento do cliente e melhorar as atividades de marketing para obter melhores resultados.

Se tornando uma só força

Embora a transformação digital e o marketing digital sejam facetas independentes da jornada digital de uma empresa, eles estão ligados e se reforçam mutuamente. Ao permitir que as empresas aproveitem a tecnologia moderna e insights baseados em dados, a transformação digital prepara o terreno para as atividades de marketing digital.

O marketing digital, por sua vez, é fundamental para aumentar o envolvimento do cliente e o crescimento da receita, impulsionando assim o sucesso das atividades de transformação digital.

A transformação digital melhora o marketing digital ao permitir análises de dados e otimizar operações. As empresas podem adquirir uma compreensão abrangente dos interesses, atividades e padrões de compra de seus clientes ao adotar tecnologias digitais. Esse conhecimento vital do cliente permite que os profissionais da área criem esforços direcionados e personalizados, o que leva a um aumento no envolvimento e nas taxas de conversão.

Além disso, ao fomentar a inovação centrada no cliente, o marketing digital contribui para o sucesso da transformação digital. Os comentários e dados coletados das atividades de marketing digital podem ser usados para aprimorar produtos e serviços, resultando em melhores experiências para o cliente.

A natureza iterativa do marketing digital permite que as empresas testem, aprendam e aprimorem continuamente suas estratégias digitais, alinhando-as com as necessidades e expectativas em constante evolução de seu público-alvo.

Por fim, empresas que adotam ambas as áreas para apoiar nas suas estratégias estão a vários passos à frente de sua concorrência e conquistando uma fatia maior do mercado.

Como está a evolução da sua empresa nesses dois cenários?

Marketplaces em alta: o sucesso no mercado

Tiago Sanches, gerente comercial da Total IP

Certas estratégias são cruciais para alavancar as vendas e isso começa com o primeiro contato

Marketplaces são uma tendência no e-commerce. Isso porque, os benefícios existem tanto para quem tem seu próprio ambiente, quanto para os sellers, os quais vendem nas plataformas de outros empreendedores. Entretanto, apesar dessa alta, é fundamental as organizações se prepararem da melhor forma para receberem seus grupos alvo, independentemente da época do ano. Isso inclui uma elaboração iniciada pelo atendimento.

O que são marketplaces e qual a sua realidade no mercado?

Esse conceito se remete a uma noção mais coletiva de vendas on-line. Nessa plataforma, diferentes lojas podem anunciar seus artigos, dando ao cliente um leque de opções. Desse jeito, trata-se de uma rede cujos vendedores podem fazer suas ofertas dentro da mesma página. Ou seja, é como um shopping center virtual cujos visitantes têm acesso a vários estabelecimentos. Sites como Mercado Livre, Magalu, Americanas, Amazon e a Valeon são ótimos exemplos, inclusive, de acordo com o último relatório Webshoppers, 84% dos empreendedores brasileiros possuem canais ativos em ambientes como esses.

Conforme a ChannelAdvisor, na China, esse tipo de comércio já representa 90% do faturamento do varejo on-line e, nos EUA, 33%. Já no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o crescimento do setor em 2021 foi de 19%.

Principalmente em temporadas de forte atividade, como o Natal, Dia dos Namorados, das Mães e dos Pais, as movimentações tendem a ser significativas. O Dia do Consumidor, por exemplo, em 2022, chegou a um faturamento de R$ 722 milhões, com elevação de 22% em comparação a 2021, de acordo com dados da Neotrust. Contudo, para, de fato, chamar a atenção dos fregueses, apenas preços atrativos e propagandas não são o suficiente, é preciso oferecer uma experiência completa. “Para deixar uma marca positiva é necessário garantir um primeiro contato excelente, indo até o pós-venda. Os responsáveis por esse tipo de negócio tendem a pensar só no produto final entregue, mas toda interação importa”, explica Tiago Sanches, gerente comercial da Total IP.

Um destaque em meio à concorrência é fundamental

Ciente de como apenas qualidade final não é o suficiente, diversos quesitos tendem a ajudar uma empresa a se destacar em meio a tanta concorrência. Logo, diferentes fatores influenciam a posição ocupada nas buscas, seja preço, custo do frete, avaliações, etc. Além disso, é imprescindível identificar como chamar a atenção em detrimento de sellers ocupando o mesmo espaço. Nesse contexto, conhecimento nunca é demais para descobrir como planejar condições visando se sobressair.

Outra questão importante diz respeito aos parceiros mantidos por perto e a estrutura do negócio em geral. Para a quantidade de vendas alcançadas por um programa como esse, investir na atração de indivíduos para promover suas corporações lá dentro, diversificando e ampliando o portfólio torna tudo mais robusto. Além disso, deve haver uma atenção especial à otimização das operações.

Todavia, de nada adianta tomar cuidado com tudo isso e não promover uma boa gestão operacional. Dentre diversos benefícios, a transformação de um e-commerce em um marketplace proporciona ganho de escala das demandas. A partir desse ponto é crucial redobrar a cautela com estratégias adotadas no local omnichannel. Uma administração eficiente é o meio para a criação de modelos de vivência da persona para ela ter uma boa prática nessa aquisição. “Hoje em dia, uma pessoa transita por diferentes pontos de contato. É relevante, então, conseguir alcançar o preciso da melhor forma e naquele momento, assim, há grandes chances de fidelizar”, comenta o especialista.

Dicas para se sair bem no mercado

Antes de tudo é sempre interessante se colocar no lugar dos frequentadores, pois, somente conhecendo bem eles é viável proporcionar oportunidades e elementos favoráveis. Em circunstâncias assim, um bom levantamento de dados para analisar as dores e as necessidades é uma excelente alternativa, tendo em vista como, por meio dessas informações, é fácil identificar qual a busca e como agradar.

No entanto, o ditado é real e, de fato, a primeira impressão fica. Logo, a assistência inicial desse sujeito deve ser levada em consideração de forma primordial. Como anda o seu atendimento? Quais as abordagens utilizadas para lidar com esses interessados? Independentemente de qual seja, a Startup Valeon consegue auxiliar, incrementar e melhorar qualquer estratégia de forma inovadora.

A tecnologia de robôs tem sido cada vez mais utilizada em diversas esferas do cotidiano da população. No geral, essa indústria está em crescimento, de acordo com a VDMA (Associação Alemã de Fabricantes de Máquinas e Instalações Industriais), as vendas do setor aumentaram em 13% em 2022. Nos primeiros quatro meses, os pedidos recebidos foram elevados em 38%, também em relação ao ano anterior, na Alemanha.

Em todo o mundo, já existem mais de três milhões deles operando em fábricas e pelo menos US$ 13,2 bilhões foram gastos nos últimos anos em novas instalações utilizando esse tipo de modernização. Pelo menos 76% desses investimentos foram feitos por cinco países: China, Japão, Estados Unidos, Coreia do Sul e Alemanha. As indústrias automotiva, elétrica, eletrônica e metálica se destacam nesse uso em seus parques industriais. Porém, no caso do apoio ao consumidor esse artifício também não poderia ficar de fora. Com a Startup Valeon isso é possível para todos os âmbitos. “Nós enxergamos essa assistência como parte do processo de conquista e a colocamos como um pilar principal para os nossos usuários.

Dessa maneira, a firma oferece serviços baseados na aprimoração desse suporte para as companhias parceiras, seja com os tão comentados robôs, responsáveis por atender chamadas e responder mensagens automaticamente, ou com outras ferramentas. Ao todo, há uma flexibilidade sem igual para atender a todo tipo de instituição, com humanos, chat, voz, redes sociais e WhatsApp, o propósito é aumentar os resultados e promover atualização constante.

O que é marketplace e por que investir nessa plataforma

ÚnicaPropaganda e Moysés Peruhype Carlech

Milhares de internautas utilizam o marketplace diariamente para fazer compras virtuais. Mas muitos ainda desconhecem seu conceito e como ele funciona na compra e venda de produtos.

Afinal, o que é marketplace?

O marketplace é um modelo de negócio online que pode ter seu funcionamento comparado ao de um shopping center.

Ao entrar em um shopping com a intenção de comprar um produto específico, você encontra dezenas de lojas, o que lhe permite pesquisar as opções e os preços disponibilizados por cada uma delas. Além de comprar o que você planejou inicialmente, também é possível consumir outros produtos, de diferentes lojas, marcas e segmentos.

Leve isso ao mundo virtual e você entenderá o conceito de marketplace: um lugar que reúne produtos de diversas lojas, marcas e segmentos. A diferença é que no ambiente virtual é mais fácil buscar produtos, e existe a facilidade de comprar todos eles com um pagamento unificado.

Os principais marketplaces do Brasil

A Amazon foi a primeira a popularizar esse modelo de negócio pelo mundo, e até hoje é a maior referência no assunto

No Brasil, o marketplace teve início em 2012. Quem tornou a plataforma mais conhecida foi a CNova, responsável pelas operações digitais da Casas Bahia, Extra, Ponto Frio, entre outras lojas.

Hoje, alguns nomes conhecidos no marketplace B2C são: Americanas, Magazine Luiza, Netshoes, Shoptime, Submarino e Walmart. No modelo C2C, estão nomes como Mercado Livre e OLX. Conheça os resultados de algumas dessas e de outras lojas no comércio eletrônico brasileiro.

Aqui no Vale do Aço temos o marketplace da Startup Valeon que é uma Plataforma Comercial de divulgação de Empresas, Serviços e Profissionais Liberais que surgiu para revolucionar o comércio do Vale do Aço através de sua divulgação online.

Como escolher o marketplace ideal para sua loja

Para ingressar em um marketplace, é preciso cadastrar sua loja, definir os produtos que serão vendidos e iniciar a divulgação. Mas é fundamental levar em consideração alguns pontos importantes antes de decidir onde incluir sua marca:

Forma de cobrança: cada marketplace possui seu modelo de comissão sobre as vendas realizadas, que pode variar de 9,5% a 30%. O que determina isso é a menor ou maior visibilidade que o fornecedor atribuirá a seus produtos. Ou seja, o lojista que quer obter mais anúncios para seus produtos e as melhores posições em pesquisas pagará uma comissão maior.

Na Startup Valeon não cobramos comissão e sim uma pequena mensalidade para a divulgação de seus anúncios.

Público-alvo: ao definir onde cadastrar sua loja, é essencial identificar em quais marketplaces o seu público está mais presente.

Garantimos que na Valeon seu público alvo estará presente.

Concorrentes: avalie também quais são as lojas do mesmo segmento que já fazem parte da plataforma e se os seus produtos têm potencial para competir com os ofertados por elas.

Felizmente não temos concorrentes e disponibilizamos para você cliente e consumidores o melhor marketplace que possa existir.

Reputação: para um marketplace obter tráfego e melhorar seus resultados em vendas precisa contar com parceiros que cumpram suas promessas e atendam aos compradores conforme o esperado. Atrasos na entrega, produtos com qualidade inferior à prometida e atendimento ineficiente são fatores que afastam os usuários que costumam comprar naquele ambiente virtual. Ao ingressar em um marketplace, certifique-se de que a sua loja irá contribuir com a boa reputação da plataforma e pesquise as opiniões de compradores referentes às outras lojas já cadastradas.

Temos uma ótima reputação junto ao mercado e consumidores devido a seriedade que conduzimos o nosso negócio.

Vantagens do marketplace

A plataforma da Valeon oferece vantagens para todos os envolvidos no comércio eletrônico. Confira abaixo algumas delas.

Para o consumidor

Encontrar produtos de diversos segmentos e preços competitivos em um único ambiente;

Efetuar o pagamento pelos produtos de diferentes lojistas em uma única transação.

Para o lojista

Ingressar em um comércio eletrônico bem visitado e com credibilidade, o que eleva a visibilidade de seus produtos;

Fazer parte de uma estrutura completa de atendimento e operação de vendas com um menor investimento, considerando que não será necessário pagar um custo fixo básico, como aconteceria no caso de investir na abertura de uma loja física ou online.

Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:

• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;

• Atraímos visualmente mais clientes;

• Somos mais dinâmicos;

• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;

• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;

• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.

• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as suas vendas.

Para o Marketplace

Dispor de uma ampla variedade de produtos em sua vitrine virtual, atraindo ainda mais visitantes;

Conquistar credibilidade ao ser reconhecido como um e-commerce que reúne os produtos que os consumidores buscam, o que contribui até mesmo para fidelizar clientes.

Temos nos dedicado com muito afinco em melhorar e proporcionar aos que visitam o Site uma boa avaliação do nosso canal procurando captar e entender o comportamento dos consumidores o que nos ajuda a incrementar as melhorias e campanhas de marketing que realizamos.

quinta-feira, 30 de novembro de 2023

HENRY KISSINGER UM JUDEU ALEMÃO TORNOU-SE O MAIS PODERO INTEGRANTE DO GOVERNO NIXON

 

História por CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA  • Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Morreu nesta quarta-feira aos 100 anos o ex-secretário de Estado dos EUA Henry Kissinger, um dos mais influentes nomes da diplomacia na segunda metade do século 20.

Dois fatos banais ajudam a dimensionar como a inteligência e habilidade de Kissinger foram grandes: nascido em outro país e com forte sotaque estrangeiro que nunca superou, ele conseguiu ser o principal representante dos EUA, uma sociedade com forte tendência ao chauvinismo; judeu, tornou-se o mais poderoso integrante do governo de Richard Nixon, um antissemita.

Heinz Alfred Kissinger, seu nome original, foi capaz de vencer muitos obstáculos aparentemente intransponíveis para uma pessoa com sua história, quase sempre pela admiração que seu talento causava aos interlocutores.

Ele nasceu em Furth, Alemanha, em 27 de maio de 1923. Sua família imigrou para os EUA em 1938, quando os rumos do Terceiro Reich de Adolf Hitler já estavam suficientemente claros.

Em 1943, naturalizou-se americano e lutou no Exército da nova nação contra a antiga na Segunda Guerra Mundial, sempre no setor de inteligência, onde sua fluência em alemão era apreciada.

Depois dos combates, deu início à extraordinária carreira acadêmica que lhe abriu as portas para os políticos: bacharelou-se em ciência política pela Universidade Harvard em 1950, onde também completou o mestrado (1952) e o doutorado (1954, com tese sobre ‘paz, legitimidade e equilíbrio”).

Sua proximidade com os principais círculos intelectuais de Nova York nos anos 1950, quando sua principal atividade era como professor em Harvard, o levou a prestar consultoria a diversas entidades de governo na administração Eisenhower e a colaborar com Nelson Rockefeller, principal líder da ala mais liberal do Partido Republicano.

Rockefeller foi pré-candidato à Presidência do país pelos republicanos em 1960, 1964 e 1968. Na primeira e na terceira tentativas, perdeu para Richard Nixon, seu arqui-inimigo, que não hesitou em chamá-lo como assessor logo que chegou à Casa Branca, em janeiro de 1969.

A comunidade política tinha tal fascínio por Kissinger que o candidato derrotado por Nixon em 1968, o democrata ultraliberal Hubert Humphrey, disse que também o teria chamado para trabalhar consigo se tivesse vencido.

De integrante do Conselho Nacional de Segurança, ele logo passou para a chefia desse órgão, de onde de fato liderava a política externa americana, por causa da fragilidade política e pessoal de William Rogers, secretário de Estado no primeiro mandato de Nixon.

Assumiu formalmente a condição de condutor dos EUA em relações internacionais quando Nixon o nomeou secretário de Estado em 1973 (o primeiro a ter nascido fora do país), cargo em que foi mantido pelo sucessor, Gerald Ford, depois de o caso Watergate levar o presidente à renúncia.

Nos oito anos em que ditou o modo como os EUA lidavam com o mundo, Kissinger estabeleceu o império da “realpolitik”, conceito genérico que contrasta com o do idealismo, e realizou operações diplomáticas inimagináveis para um governo conservador, como o de Nixon, num ambiente de plena Guerra Fria entre capitalismo e comunismo.

Entre os grandes feitos de seu “mandato”, a aproximação com a China e seu posterior reconhecimento por Washington sem dúvida é o mais sensacional.

Mas a assinatura de acordos de limitação de armas nucleares (o SALT) com a União Soviética, o processo de paz no Vietnã (que lhe rendeu um Prêmio Nobel dividido com o principal diplomata norte-vietnamita), a presença constante em negociações no Oriente Médio (apelidada de “diplomacia de ponte aérea”) e o apoio ao Paquistão contra a Índia na guerra que resultou na formação de Bangladesh foram outros pontos altos desse período.

A debacle do governo Nixon em consequência dos escândalos políticos fizeram de Kissinger um personagem cada vez mais importante para o país e para o mundo. Em 1975, pesquisa do Instituto Gallup o apontou como a pessoa mais admirada nos EUA.

Ele passou do status de poderoso assessor para o de celebridade global. Seu casamento com Nancy Maginess, em 1974, recebeu cobertura de imprensa similar à do de um astro de cinema ou um monarca britânico. Frases que lhe foram atribuídas nessa época (como “o poder é o melhor afrodisíaco”) ajudavam a ampliar sua fama.

Kissinger manteve relação especial com o Brasil, em parte por razões explicáveis pela “realpolitik” (ele sempre reconheceu a importância estratégica do Brasil para os EUA no hemisfério ocidental,) em parte, talvez pela conhecida paixão que teve pelo futebol.

No poder, deve ter influenciado Nixon a proferir a famosa frase em 1972 (“Para onde o Brasil se inclinar, toda a América Latina se inclinará”, ao saudar o então presidente Garrastazu Médici, em Washington) e forjou vínculos de amizade com o chanceler do governo Geisel, Antônio Francisco Azeredo da Silveira, “o mais substantivo interlocutor que tive na América Latina”.

O diálogo do todo-poderoso da política externa americana de 1969 a 1977 com o Brasil está muito bem documentado no livro “Kissinger e o Brasil”, de Matias Spektor (Zahar, 2009).

Numa de suas viagens ao país, em 1976, quando grandes divergências econômicas atritavam a relação binacional, ele ajudou a lhes dar um viés político, em que soluções seriam mais facilmente encontráveis.

No campo do futebol, apesar de fascinado pelos brasileiros (dizia que a seleção de 1982 foi o melhor time da história, que só não foi campeão por azar), teve boicotada por anos a sua ambição de levar a Copa do Mundo para os EUA por João Havelange (então presidente da Fifa), que se ofendeu em 1974 por não ter recebido grande atenção do então secretário de Estado durante o jogo Brasil e Holanda.

Os elogios e expressões de confiança no Brasil se mantiveram mesmo depois de sua aposentadoria como diplomata. No livro “Diplomacy”, de 1995, Kissinger é pródigo em boas palavras sobre o país, em contraste com críticas que faz ao México.

Fora do governo, Kissinger continuou a ser autor profícuo, com livros volumosos sobre política externa publicados periodicamente e artigos frequentes sobre os grandes temas internacionais, sempre recebidos com atenção e nem sempre aceitos consensualmente.

Em 2001, apoiou a guerra ao terror declarada por George W. Bush após os atentados terroristas de 11 de setembro. Em 2005, insistiu em público e privado com Bush para não sair do Iraque, apesar de todos os sinais de que a situação se deteriorava como a do Vietnã no início dos anos 1970, um claro distanciamento das posições de “realpolitik” que ele executara no governo.

Houve várias tentativas de fazer com que Kissinger respondesse na Justiça por ações cometidas por agentes oficiais americanos durante seu período como secretário de Estado, principalmente no Chile na época do golpe contra Salvador Allende e no início da ditadura de Augusto Pinochet, mas eles nunca prosperaram.

Em 1982, ele criou empresa de consultoria em relações governamentais chamada Kissinger Associates com Brent Scowcroft, colega na administração Ford. Em 1999, ele se associou a Mack McLarty, que havia sido chefe da Casa Civil no governo de Bill Clinton, para criar a Kissinger McLarty Associates.

As atividades da consultoria e seus livros, artigos e entrevistas o mantiveram como personagem público de primeira grandeza.

Ocasionalmente, foi chamado para desempenhar algumas ações para governos estrangeiros, como o da Indonésia, ou dos EUA, como em 2001, quando o então presidente Bush o nomeou presidente da comissão para investigar os atentados terroristas de 11 de setembro, cargo do qual renunciou por não aceitar revelar os nomes dos clientes de sua consultoria, como lhe foi exigido para verificar eventuais conflitos de interesse.

DINO PEDE VOTO AOS SENADORES PARA A SUA NOMEAÇÃO AO STF

História por THAÍSA OLIVEIRA E CATIA SEABRA  • Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Indicado ao STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), disse a aliados que está à disposição para conversar com todos os senadores, sem restrições, seguindo um conselho dado pelo próprio presidente da República.

Segundo relatos, antes do anúncio oficial, nesta segunda (27), Lula (PT) e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), recomendaram que Dino se colocasse como candidato e buscasse, um por um, seus 81 potenciais eleitores.

Com o sinal verde de Dino, Wagner e o relator da indicação, senador Weverton Rocha (PDT-MA), começaram a fazer as pontes nesta terça (28). Tanto Wagner como Rocha procuraram o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para ensaiar uma aproximação.

O líder do governo também pediu votos ao líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN), que foi ministro no governo Jair Bolsonaro (PL). Flávio Bolsonaro e Marinho responderam, no entanto, que não gostam do estilo de Dino e sinalizaram que pretendem manter o voto contrário.

Apesar das ressalvas feitas pelo núcleo bolsonarista, o governo aposta em uma espécie de “efeito manada”. A avaliação política é de que, mesmo a votação sendo secreta, indecisos acabam aderindo ao candidato por medo de ficarem marcados pelo futuro ministro do STF.

Rocha disse que Dino tem hoje ao menos 50 votos, mas pode chegar a ter entre 58 e 62. Em junho, Cristiano Zanin foi aprovado pelo Senado para a vaga do ministro Ricardo Lewandowski por 58 votos a 18 –17 a mais que os 41 necessários.

“A construção é feita de baixo para cima. Primeiro você repactua [com aliados], pega na mão, olha nos olhos. Aí você vai avançando território. Tenho certeza que ele, com a experiência que ele tem, está fazendo essa construção”, disse Rocha.

O senador acrescentou: “Ele precisa conversar individualmente com todos. Repito: tem colega senador que não vai votar nele. Mas não tem por que ele não conversar com esse colega. Até porque tem que haver essa institucionalidade e esse respeito mútuo”.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que a base está “muito convicta” de que Dino será aprovado. Rodrigues ofereceu um jantar ao ministro e aliados em sua casa nesta terça.

Governistas têm tratado a indicação de forma descontraída, afastando as ameaças da oposição. Um dos senadores da base fez piada com os colegas dizendo que, se eles não gostam de Dino, devem votar a favor dele e manter no Senado sua suplente, Ana Paula Lobato (PSB-MA).

Já Wagner tem argumentado que a indicação ao STF é prerrogativa do presidente e que o PT não se opôs aos escolhidos no governo Bolsonaro, Kassio Nunes Marques e André Mendonça. Nesta segunda, o senador disse à Folha de S.Paulo que está à vontade para cobrar reciprocidade.

Wagner pretende conversar nesta quarta (29) com o procurador Paulo Gonet, indicado por Lula à PGR (Procuradoria-Geral da República). O líder do governo é relator da indicação de Gonet no Senado.

Dino e Gonet serão sabatinados no mesmo dia, 13 de dezembro. A data conjunta foi anunciada pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). A expectativa é que a votação no plenário ocorra entre os dias 13 e 14.

Além do calendário apertado até o final do ano, a data conjunta deve diminuir o tempo de sabatina de Dino e Gonet. Em outubro, Alcolumbre usou a mesma estratégia com os três indicados ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e fez com que fossem sabatinados ao mesmo tempo.

 

GOVERNO LULA CRIA FUNDO DO ENSIMO MÉDIO PARA BANCAR A PERMANÊNCIA DE ALUNOS NA ESCOLA

 

História por IDIANA TOMAZELLI  • Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) articula um acordo com membros do Congresso Nacional para limitar a R$ 6 bilhões o valor a ser aportado em 2023 no fundo privado criado para bancar o incentivo financeiro à permanência de alunos no ensino médio.

A trava está sendo negociada no âmbito do projeto de lei complementar que autoriza o repasse fora do limite de despesas vigente neste ano. O texto está na pauta do plenário do Senado desta quarta-feira (29).

A articulação se dá após críticas de técnicos do Executivo e economistas de fora do governo, que viram na iniciativa um risco de contabilidade criativa por meio da antecipação de gastos de anos futuros ou da exclusão de uma política pública do Orçamento.

Segundo os relatos, o governo calcula precisar de cerca de R$ 7 bilhões anuais para custear a poupança dos alunos de ensino médio que estão em famílias contempladas pelo Bolsa Família. Como a dotação do MEC (Ministério da Educação) para 2024 já reserva R$ 1 bilhão, a necessidade adicional para a largada do programa seria de R$ 6 bilhões.

Membros do governo reconhecem a conveniência de usar o espaço disponível de R$ 10 bilhões dentro da meta fiscal de 2023 para antecipar um gasto que, mantido em 2024, colocaria pressão sobre o alvo de déficit zero fixado pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda). Mas a trava seria um compromisso de que não haverá interferência na despesa dos anos seguintes.

Os aportes de 2025 e 2026, também na casa dos R$ 7 bilhões em cada ano, constarão nos respectivos Orçamentos, de acordo com interlocutores do governo. A soma alcançaria o limite de até R$ 20 bilhões previsto na MP (medida provisória) assinada por Lula.

O texto, antecipado pela Folha de S.Paulo, diz que a integralização dos valores pode ser feita com recursos do Orçamento, ações de empresas estatais federais ou empresas nas quais a União tenha participação minoritária.

A reportagem apurou, no entanto, que o Executivo não tem a intenção de usar ações de empresas para integralizar cotas no fundo de apoio aos alunos do ensino médio. O expediente já foi usado no passado para abastecer o fundo garantidor do Fies, gerando problemas posteriores devido à baixa liquidez de alguns desses ativos.

Segundo um técnico, não há “nenhuma expectativa” dentro do governo de fazer o aporte com ações, justamente pelas características do programa. Um depósito em poupanças direcionadas a estudantes de baixa renda demandará liquidez de recursos.

A avaliação nos bastidores é que o dispositivo que autoriza o uso das ações de empresas foi incluído por “questão de praxe”, uma vez que ele é comum em leis que tratam da criação de fundos de governo. Dado o ruído gerado pela iniciativa, membros do governo não veem prejuízos na exclusão desse dispositivo, caso o Congresso julgue mais adequado.

A edição da MP gerou desconforto entre técnicos da área econômica, para quem o formato pode ter impactos negativos na gestão fiscal. A visão é compartilhada por agentes do mercado, que temem uma fragilização de regras —inclusive do novo arcabouço fiscal, recém-aprovado e que começará a vigorar no ano que vem.

O ex-secretário do Tesouro Nacional Carlos Kawall, sócio-fundador da Oriz Partners, vê uma série de pontos questionáveis na proposta. “Acho que, infelizmente, tem aqui um cheiro do uso da contabilidade criativa, e preocupa o fato de se estar criando algo que possa estar em desacordo com a Constituição”, afirma.

O primeiro problema, segundo ele, é a tentativa de tirar uma política pública do alcance do novo arcabouço fiscal, aprovado este ano e que começará a valer a partir de 2024. Embora não haja exclusão formal da ação, a antecipação de uma parte do aporte para o ano de 2023 tem efeito semelhante na prática.

“Há uma clara intenção de postergar receitas que poderiam ocorrer este ano para o ano que vem e antecipar despesas. É o subterfúgio da pedalada”, critica Kawall. “Se quero melhorar hoje, jogo pra amanhã. Se quero melhorar amanhã, jogo para hoje. É girar o pedal da bicicleta para trás em vez de para frente, mas não é uma boa coisa.”

Outro alvo de críticas é a possibilidade de fazer aportes no fundo por meio de ações de empresas, operação que sequer seria registrada no Orçamento. Kawall questiona se a manobra poderia se enquadrar na vedação do artigo 167 da Constituição Federal, que proíbe o início de programas ou projetos fora da Lei Orçamentária.

“Como vai fazer um programa que é por meio de um fundo, com aporte de ações, e não aparece na despesa? Deixo registrada essa dúvida”, diz.

Técnicos da área econômica também manifestam discordâncias em relação ao texto, diante da avaliação de que o Orçamento deve registrar todas as receitas e despesas, para evitar uma erosão das regras fiscais.

Segundo relatos colhidos pela reportagem, a criação do fundo privado foi discutida inicialmente pela Casa Civil e pelo Ministério da Fazenda. Posteriormente, o MEC (Ministério da Educação) ingressou nos debates desse ponto específico. O Ministério do Planejamento e Orçamento foi ouvido apenas informalmente, de acordo com pessoas a par das tratativas.

O principal argumento para optar pelo modelo de fundo, segundo interlocutores, é o princípio do programa de oferecer uma poupança aos alunos de baixa renda —ainda que haja alguma periodicidade de saques. O modelo seria diferente de um benefício social, pago mensalmente e cuja folha poderia ser rodada dentro do próprio Orçamento.

Manter o programa sob a gestão direta do governo poderia ser visto como um precedente de descentralização de benefícios sociais, o que essa ala vê como contraproducente após o esforço feito pela unificação de programas no Bolsa Família.

Na visão do governo, o cenário ideal é constituir o fundo ainda em 2023, para que o próximo ano letivo já comece com a garantia do incentivo aos alunos.

DEBATE SOBRE MANDATOS DOS JUÍZES DO STF É LEGÍTIMO E PODE OCORRER COM PL EM ANDAMENTO NO SENADO

 

História por admin3  • IstoÉ Dinheiro

O debate sobre se ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) devem ter mandato para exercer o cargo é legítima e pode ocorrer, mas é preciso se chegar a uma conclusão se a mudança será positiva para a mais alta corte do País e resolver os problemas atribuídos atualmente a ela.

Essa foi a conclusão da segunda mesa de debates do 8ª Seminário Caminhos contra a Corrupção, realizado pelo Instituto Não Aceito Corrupção em parceria com o Estadão. O encontro foi mediado pela jornalista Paula Litaiff, fundadora da revista Cenarium Amazônia. A íntegra pode ser conferida aqui.

O tema voltou ao noticiário após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), declarar que pretende colocar em discussão no ano que vem a proposta de emenda à Constituição que cria os mandatos. A declaração ocorreu na esteira da aprovação da PEC que limitou o poder dos ministros concederem decisões monocráticas. A medida teve como consequência reação de ministros do Supremo. Gilmar Mendes disse que a Corte “não admite intimidações”.

Guilherme Casarões, cientista político da FGV, não vê problema na discussão, mas considera que a sociedade ainda não tem informações suficientes para determinar se a redução do mandato vitalício para um prazo de 10 anos, por exemplo, resolverá os problemas do dia a dia do STF.

“A pergunta que quase nunca é feita é: vai melhorar?”, questionou ele, acrescentando que não tem uma resposta para a questão. “Eu sinto que a posição pública é defender a mudança porque você não gosta do Supremo ou criticá-la porque você gosta”, avaliou.

Na mesma linha, Maria Tereza Sadek, cientista política da USP e da FGV, lembrou que há diversas experiências institucionais, desde a Europa, onde é comum que os ministros da corte constitucional tenham mandato, até o Estados Unidos, onde o cargo é vitalício e frequentemente os ministros morrem durante seu exercício.

“É razoável que alguém fique no Supremo durante 30 anos? É uma pergunta, não tenho uma resposta. Não seria mais produtivo que houvesse uma renovação? Toda e qualquer instituição pode ser aprimorada”, declarou.

Ex-ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro foi mais enfático e defendeu a criação dos mandatos para o STF, mas com algumas condições. Para ele, é preciso vetar a possibilidade que um único presidente indique todos os ministros e que a renovação do STF seja escalonada. “Também teria que ser impossível a recondução, porque isso colocaria o ministro à mercê do presidente da República e do Senado, a quem ele teria que agradar para ser reconduzido”, avaliou Ribeiro.

Orçamento secreto: consequência do enfraquecimento do Executivo

Outro ponto debatido no seminário foi o orçamento secreto, prática criada no governo Bolsonaro e revelada pelo Estadão, e suas consequências no combate à corrupção. Na visão dos especialistas, o mecanismo representa o ápice de um processo de enfraquecimento do Poder Executivo no Brasil e o fortalecimento do Legislativo.

No início dos anos 90, o cientista político Sérgio Abranches cunhou o termo presidencialismo de coalizão para definir o sistema político brasileiro. Mesmo com a concentração de poder no Executivo, o presidente da República era obrigado a negociar com os partidos políticos para ter governabilidade no Congresso.

Segundo Casarões, da FGV, inicialmente o presidencialismo de coalizão era encarado como positivo por forçar o presidente a compartilhar poder com os parlamentares. Porém, desde o governo Dilma Rousseff, que não demonstrou disposição em negociar com o Parlamento, esse processo se aprofundou.

“O Congresso entendeu em algum momento que diante da fraqueza de certos presidentes que não estavam dispostos a negociar, ele poderia ampliar sua tentativa de influir sobre o orçamento e as políticas públicas”, afirmou o cientista político.

O principal problema do orçamento secreto é a falta de transparência. Deputados e senadores indicam recursos para suas bases eleitorais, mas não é possível saber exatamente quem são os autores daquelas indicações. No final do governo Bolsonaro, o STF proibiu o mecanismo, mas o Congresso, juntamente com o governo Lula, criou outra forma para as indicações continuarem ocorrendo.

Agora, os parlamentares influenciam na destinação do dinheiro que, formalmente, está no orçamento de ministérios e órgãos públicos. Recentemente, Lula mudou a destinação de recursos que estavam sob controle dos ministérios para formar um “caixa” com verbas que poderão ser indicadas por deputados e senadores durante votações importantes para o governo no Congresso neste final de ano.

“Nós temos um Legislativo muito empoderado em função da baixa transparência”, avalia Maria Tereza Sadek. “Tudo isso fortalece a corrupção. Não sabemos para onde vão essas verbas, se elas de fato atendem interesses públicos ou meramente interesses locais para garantir a sobrevivência de determinados políticos”, acrescentou a cientista política, sem citar casos específicos. Em um dos casos revelados pelo Estadão, o ministro de Comunicações, Juscelino Filho, usou verbas do orçamento secreto para asfaltar uma estrada de terra que passa em frente à sua fazenda, em Vitorino Freire (MA).

Para o ex-ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, o sistema brasileiro obriga os presidentes a atuarem como “acrobatas” e serem os responsáveis por dar racionalidade ao sistema político. “O Legislativo e o Judiciário fazem o que lhes dá na telha. Com o fortalecimento deles nos últimos 10 anos, a situação ficou quase ingovernável”, opinou.

O post Debate sobre mandatos no STF é legítimo, mas é preciso aprofundamento, afirmam especialistas apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

LULA, JANJA E COMITIVA JÁ VISITARAM MAIS E 20 PAÍSES NESSE ANO E GASTARAM MUITO NESSAS VIAGENS

 

História por Clarissa Pacheco  • Jornal Estadão

O que estão compartilhando: que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva gastou R$ 164 milhões em 2023 com diárias, reservas de passagens e outros gastos em viagens internacionais, e que outros R$ 800 milhões foram gastos por servidores, também em viagens internacionais.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. De acordo com uma reportagem da revista Veja, o valor de R$ 800 milhões se refere a despesas de servidores do governo federal em viagens nacionais, dentro do Brasil. O gasto em viagens internacionais foi de R$ 164 milhões — mas, diferentemente do que diz o vídeo, o texto da revista não afirma que essa cifra é referente apenas a despesas de Lula. A notícia menciona gastos do governo.

Lula e Janja embarcam em viagem para Havana em setembro de 2023. Foto: Ricardo Stuckert/Presidência© Fornecido por Estadão

Saiba mais: Quem aparece no vídeo é a jornalista Carla Cecato. Ela critica gastos do governo em viagens internacionais com base em uma nota da coluna Radar, da revista Veja, mas engana ao detalhar os números. O texto usado como fonte pela jornalista foi publicado em 18 de novembro deste ano. Nele, o colunista Robson Bonin afirma que, no primeiro ano do atual mandato de Lula, o governo federal gastou cerca de R$ 1 bilhão em viagens.

Deste valor de quase R$ 1 bilhão, diz o texto, R$ 164 milhões foram gastos em “giros internacionais”, para pagamento de diárias e compras de passagens e outras despesas. Não há menção a este montante ter sido usado para pagar apenas despesas de Lula nas viagens. Apesar de fazer essa afirmação, Cecato usa em seu vídeo um imagem do texto, que é o mesmo que está no ar na manhã desta quarta-feira, 29.

A publicação da Veja aponta que R$ 800 milhões foram usados em “viagens de servidores da máquina dentro do Brasil”. A alegação é diferente da feita por Carla Cecato, que diz que o valor foi usado por servidores em viagens internacionais.

Entrada de dinheiro estrangeiro caiu

Após citar os valores, a jornalista questiona qual a justificativa para o uso do dinheiro público em viagens internacionais. Segundo ela, Lula afirma que o objetivo das viagens é trazer investimentos para o Brasil, mas a entrada de dinheiro estrangeiro no País caiu 40% em relação ao mesmo período do ano passado.

O comentário é opinativo e, neste caso, o número está correto. As estatísticas do setor externo divulgadas pelo Banco Central em 6 de novembro, com dados até o mês de setembro, mostram que, nos nove primeiros meses deste ano, os investimentos diretos no País (IDP) somaram US$ 41,6 bilhões, valor 39,5% menor do que os US$ 68,8 bilhões de IDP acumulados de janeiro a setembro de 2022.

Lula vem falando em buscar investimentos estrangeiros por meio das viagens ao exterior. Em setembro, durante viagem a Nova York para participar da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Lula disse em um encontro com executivos do mercado financeiro que “o Brasil não oferece riscos, oferece oportunidades”, e que vale a pena investir aqui.

Nesta terça, 28, o presidente desembarcou em Riad, na Arábia Saudita, para uma série de compromissos no Oriente Médio com o objetivo, segundo o governo, de atrair investidores para obras do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

LULA E DILMA NOMEARAM 7 DOS ONZE MINISTROS ATUAIS DO STF

 

O radicalismo cada vez maior do Supremo, seus ataques ao Senado e a sua cólera ruidosa contra quem discorda de qualquer decisão tomada pelos ministros, compõem um ambiente ideal para Dino.

Por J.R. Guzzo – Jornal Estadão

Os presidentes Lula Dilma Rousseff, somados, destruíram ao longo dos últimos vinte anos o Supremo Tribunal Federal. Lula, como ficou mais tempo na presidência, e está de volta a ela, é autor da maior parte da obra. Dos onze ministros atuais, contando aí a última indicação, sete foram colocados no STF por eles; dos outros quatro, dois são Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, o que dá uma ideia de como a coisa acabou ficando. Dilma e Lula nomearam tanto ministro que dois deles já se aposentaram, por terem batido nos 75 anos de idade; um outro morreu. O traço de união entre todos os nomeados é a sua notável falta de saber jurídico, ao contrário do que a Constituição manda fazer. O resultado é que o Brasil não tem mais uma corte suprema de justiça, exigência básica de qualquer democracia séria. Tem uma penca de agentes políticos do governo – que agem unicamente em favor dos seus interesses e deram a si próprios o direito de mudar, eliminar e fazer as leis que realmente valem no país.

O ministro da Justiça Flávio Dino foi a indicação de Lula para ocupar a vaga deixada pela ministra Rosa Weber
O ministro da Justiça Flávio Dino foi a indicação de Lula para ocupar a vaga deixada pela ministra Rosa Weber Foto: Wilton Junior/Estadão.

nomeação do ministro da Justiça, Flavio Dino, para a última vaga que foi aberta no STF, é um momento de superação neste processo degenerativo – ele é o mais extremista dos militantes políticos de Lula, foi o pior dos seus ministros até agora e, em oito anos seguidos como governador de Estado, deixou o Maranhão com o pior índice de IDH do Brasil. É um currículo e tanto. Mas o seu pior problema não é a incompetência. Nisso ele segue o padrão Lula de governo, um sistema pelo qual o sujeito sobe na vida através do fracasso – quanto mais prejuízo dá, mais alto chega. O que torna Flavio Dino um dos políticos mais tóxicos do Brasil de hoje é a sua intransigência no combate à liberdade. Ninguém no governo Lula atacou com tanto rancor os direitos individuais e coletivos quanto o ministro da Justiça. Quer a censura na internet. Quer a polícia fazendo repressão política. Quer que os parlamentares da oposição fiquem em silêncio. Diz o tempo todo que a liberdade “tem de ter limites” – o que, em português claro, significa que a liberdade é um vício a ser combatido. Qual a esperança de que o novo ministro do Supremo tome uma decisão a favor da livre expressão do pensamento, ou de qualquer princípio da democracia?

O radicalismo cada vez maior do STF, seus ataques ao Senado e a sua cólera ruidosa contra quem discorda de qualquer decisão tomada pelos ministros, compõem um ambiente ideal para Dino. O STF e seus apêndices absolvem automaticamente traficantes de drogas; inclusive, devolvem os iates, jatinhos e casas de praia que ganharam com o tráfico. Que lugar poderia ser mais adequado para o novo indicado de Lula? Em seu Ministério a mulher de um dos chefes mais perigosos do crime organizado foi recebida duas vezes este ano; a culpa foi jogada pelo governo Lula nos jornalistas do Estadão que revelaram a história. Dino debocha do Congresso, ignora as suas convocações e não entrega fitas gravadas pelas câmeras de segurança do Ministério. Foi ele que forneceu ao ministro Dias Toffoli a desculpa apresentada para anular todas as provas materiais de corrupção contra a construtora Odebrecht. Que suprema corte do planeta tem um ministro assim?

COP 28 É UMA CONFERÊNCIA DO CLIMA OU UM BALCÃO DE NEGÓCIOS

Possíveis conflitos de interesse entre a organização do evento e o setor de petróleo e gás levantam dúvidas se, ao fim, da Cúpula, existirá uma decisão política concreta sobre metas de redução de consumo e desestímulo gradual de subsídios para os combustíveis fósseis

Por Celso Ming

Algumas das principais autoridades do planeta estão reunidas nos Emirados Árabes Unidos, para a Conferência do Clima (COP-28). Mas sobram dúvidas se, na prática, o objetivo é mesmo o combate ao aquecimento global e a definição de prazos para a transição energética ou se acabará por ser apenas uma oportunidade para fechar negócios.

Mais do que desafiador, o cenário é concentrador de questionamentos, a começar pelo local escolhido para o evento. No início da semana, documentos obtidos pela imprensa internacional revelaram os planos do governo dos Emirados Árabes para aproveitar a presença de lideranças mundiais para discutir investimentos em combustíveis fósseis.

O anfitrião e líder das negociações, o presidente-executivo da empresa petrolífera estatal Adnoc, Sultan al-Jaber, se defendeu das acusações de conflito de interesses, mas não colocou em dúvida a autenticidade dos documentos.

Além do esperado freio aos fósseis, outros temas devem protagonizar as rodadas de negociação. Entre eles, a avaliação sobre o progresso dos países-membros na implementação do Acordo de Paris; a formulação de estratégias de adaptação climática e mitigação dos impactos climáticos, sobretudo em países em desenvolvimento ou em territórios que devem desaparecer em consequência da elevação do nível do mar. E, mais uma vez, entra no foco a questão dos financiamentos destinados a enfrentar esses e outros problemas que pedem soluções urgentes.

Segundo especialistas ouvidos pelo Estadão, setor de petróleo e gás precisa ser pressionado com metas de redução de consumo e desestímulo de investimentos.
Segundo especialistas ouvidos pelo Estadão, setor de petróleo e gás precisa ser pressionado com metas de redução de consumo e desestímulo de investimentos.  Foto: Marcos Müller/Estadão

O governo do Brasil levou para a COP-28 a maior delegação da história. Pretende mostrar que sua pauta ambiental voltou para o centro de seu interesse, mas a falta de políticas ambiciosas no processo de tomada de decisões climáticas e a dubiedade com que o presidente Lula vem tratando a exploração de petróleo em ecossistemas sensíveis para a vida no planeta, como na Foz do Amazonas levanta suspeitas sobre suas verdadeiras intenções. Embora o desmatamento na Amazônia venha sendo reduzido, a boiada continua a passar em outros biomas, como pelo Cerrado.

Guilherme Syrkis, diretor-executivo do Centro Brasil no Clima, avalia que o governo tem adotado discurso raso sobre a utilização de combustíveis fósseis na transição energética. Ou limita-se a tentar convencer o mundo de que a extração do petróleo brasileiro é menos poluente quando comparada com a de outros países.

No entanto, a questão central versa sobre um cronograma crível de cortes no consumo de combustíveis fósseis. E, nesse cenário, a Petrobras ainda vem trabalhando para manter artificialmente achatados os preços dos combustíveis.

“Quando chega aos assuntos mais sensíveis, como o do uso dos recursos energéticos, o Brasil não tem mostrado que leva a pauta ambiental a sério. O setor de petróleo e gás precisará passar por reformulação de financiamentos, pela derrubada de subsídios e pela definição de metas objetivas de redução de consumo. Não há sinal disso.”, reforça Syrkis. / COM PABLO SANTANA

 

GOVERNO LULA ESCOLHEU SEU INIMIGO NÚMERO UM AS BIG TECHS

  Big Techs ...