Um Tubarão-da-Groenlândia, considerado o animal mais velho do
planeta, surpreendeu os cientistas ao ser avistado nas proximidades de
Belize, no Caribe, aos incríveis 518 anos de idade. Esses tubarões,
conhecidos por viverem em águas frias e profundas, têm uma expectativa
de vida que ultrapassa os 400 anos, dobrando a longevidade da
tartaruga-gigante, o animal terrestre mais longevo.
Apesar de sua lentidão e do apelido científico “somniosus
microcephalus” que se traduz para “sonolento de cabeça pequena”, esses
tubarões são impressionantes em tamanho, chegando a 6,4 metros e pesando
até 1.000 quilos. Raramente estudados devido à dificuldade de acesso em
suas águas geladas, esses gigantes dos mares atingem a maturidade
reprodutiva por volta dos 150 anos.
Curiosamente, a toxicidade em sua carne, causada pelo óxido de
trimetilamina (TMAO), pode induzir sintomas semelhantes à embriaguez em
humanos. Essa adaptação os ajuda a resistir aos extremos de frio e
pressão da água em seu habitat.
Apesar de antigas lendas inuítes sugerirem ataques a caiaques, não há
registros documentados de encontros perigosos com humanos. Esses
tubarões, geralmente pacíficos, prosperam em ambientes extremamente
gelados, preferindo águas entre -1 e 10°C, tornando-os os únicos
tubarões conhecidos por tolerar condições árticas o ano todo.
A filmagem desses tubarões só foi capturada pela primeira vez em
1995, e um vídeo em seu habitat natural levou mais 18 anos para ser
obtido. Sua invisibilidade na natação, aliada à sua preferência por
águas geladas, torna avistá-los uma experiência rara e surpreendente.
Termo relativamente novo, o “wellness” já consta oficialmente no
dicionário para definir o conjunto de atividades que conduzem a um
entendimento mais amplo e panorâmico de vida saudável, de dentro para
fora e de fora para dentro, inclusive na escala dos empreendimentos,
fundamentando casas e subindo pelos edifícios. Uma descoberta quase
centenária que vem evoluindo recentemente graças aos serviços de
inteligência de arquitetura e engenharia em 360 graus, como os
certificados pelo Green Building Council.
Finalizado em 1933, o Sanatório de Paimio, na Finlândia, era um
“instrumento médico”, segundo seu autor, Alvar Aalto. Havia uma demanda
urgente por hospitais na Europa, posto que a tuberculose era a doença
que mais sobrecarregava o sistema de saúde à época.
Sua erradicação havia se tornado um compromisso nacional nas
primeiras décadas do século 20. Paimio consolidou a Arquitetura
Funcionalista com princípios Modernistas como integração com a natureza,
luz do sol e circulação do ar, atingindo um elevado padrão de saúde e
higiene que se tornou simplesmente o melhor tratamento para a pior
epidemia daqueles tempos. Essas técnicas construtivas transbordariam da
arquitetura hospitalar e alcançariam muitos outros braços em nome do bem
coletivo nas urbes. No combo da evolução, viriam alguns efeitos
colaterais – hoje, 40% das emissões de gases de efeito estufa, 50% da
extração dos materiais naturais e 48% de toda energia elétrica são
consumidas pelas edificações.
Minimizar esse impacto é a grande missão do Green Building Council
Brasil, entidade sem fins lucrativos que abarca mais de 700 empresas
pelo país, para emitir os certificados GBC Casa & Condomínio, LEED e
o protocolo LIFE. “Não existem fronteiras residenciais ou corporativas.
Saúde, bem-estar, conforto e sustentabilidade precisam caminhar juntos,
já que passamos, em média, 90% do nosso tempo em espaços construídos. A
arquitetura pode colaborar muito para essa qualidade, com elementos
como integração com a natureza, ventilação e iluminação naturais,
flexibilidade e otimização dos espaços, conforto acústico e térmico,
além das técnicas de sustentabilidade social e ambiental aplicadas em
todas as etapas”, conta Raul Penteado, Presidente do Conselho de
Administração do GBC.
O Green Building Council analisa práticas nas áreas de energia e
atmosfera, água, materiais e recursos, implantação, qualidade interna do
ar, conforto, requisitos sociais e inovação. Com práticas e metas
bastante acima do que determinam as normas técnicas que legislam o
setor, o GBC já garante redução, em média, de 40% a 50% dos gastos com
água, 25% do consumo de energia e 85% do total de resíduos de construção
desviados de aterro, sem falar na otimização dos custos operacionais.
Uma ação real e imediata para garantir o dia depois de amanhã. www.gbcbrasil.org.br | @gbcbrasil
Edifício IDEA Bagé*, Porto Alegre, arquitetura Flávio Lembert
GBC CONDOMÍNIO Platina, 40% de eficiência energética, conforto
térmico, acústico e luminoso acima do nível superior da norma, geração
de 100% de energia renovável da área comum e 1/3 para área privativa,
70% da demanda de água quente por painéis solares, reaproveitamento de
recursos hídricos a ponto de não usar água potável para irrigação e
limpeza, priorização de fornecedores com declaração ambiental de produto
e redução de R$ 10 mil/ano na conta de condomínio de cada apartamento.
Casa FM136*, São Paulo, arquitetura Rafael Assis, JAA Arquitetura e Miguel Aflalo
GBC CASA Platina, redução de 75% mais eficiente em energia, geração
de 94% da energia renovável, 70% da demanda de água quente por painéis
solares, estudo de avaliação de ciclo de vida que evidencia a redução de
40,5% das emissões de CO2 . Uma casa sustentável, que prioriza os itens
de conforto e saúde dos moradores, com custo de construção próximo do
convencional mas que garante a redução de 50% dos custos de energia,
água, gás e manutenção para os próximos 50 anos de operação.
*Projetos aprovados por meio de uma iniciativa durante as
reuniões do G20 em 2023 na Índia, um “paper” que elencou os 100 projetos
sustentáveis mais icônicos do mundo.
*BrandVoice é de responsabilidade exclusiva dos autores e não reflete, necessariamente, a opinião da FORBES Brasil e de seus editores.
*Angélica Rebello – Gestora de Projetos e Estrategista de Negócios
No contexto atual das empresas, a transformação digital e o marketing
digital estão se tornando cada vez mais vitais. A integração da
Transformação Digital em todos os aspectos de um negócio permite uma
compreensão mais profunda dos clientes, suas preferências e hábitos.
Como resultado, as empresas podem oferecer experiências
personalizadas e interações fluidas, melhorando a experiência global do
cliente. Por outro lado, o Marketing Digital permite que as empresas
projetem campanhas personalizadas que atinjam o público certo no momento
certo. A combinação de ambos melhora a satisfação e a fidelidade do
cliente, proporcionando uma vantagem competitiva para o negócio.
A Transformação Digital melhora a eficiência operacional, automatiza
processos e aumenta a agilidade organizacional, permitindo que as
empresas respondam rapidamente às mudanças do mercado. Enquanto isso,
táticas de Marketing Digital ajudam as empresas a sair na frente da
concorrência, alcançando e envolvendo eficazmente seu público-alvo.
A tomada de decisões baseada em dados é outro fator crítico. A
Transformação Digital fornece às empresas as ferramentas e a
infraestrutura necessárias para coletar, analisar e obter insights dos
dados. Isso permite decisões mais informadas, otimização operacional e a
identificação de oportunidades de crescimento.
Insights baseados em dados são usados no marketing digital para
analisar a eficácia das campanhas, compreender o comportamento do
cliente e aprimorar a estratégia de marketing.
As organizações podem gerar crescimento e lucratividade aproveitando
os dados. Outra vantagem da adoção dessas abordagens é a eficiência de
custos. A Transformação Digital permite a automação de procedimentos
manuais, a redução de papelada e a otimização de fluxos de trabalho.
O marketing digital elimina a necessidade de grandes e dispendiosos
esforços de publicidade tradicional, permitindo soluções mais
direcionadas e econômicas. Como resultado, as empresas podem aumentar
seu retorno sobre o investimento e otimizar seu orçamento de marketing.
Por fim, a Transformação Digital e o Marketing Digital promovem
agilidade e criatividade. As empresas podem fomentar a inovação em
produtos, serviços e modelos de negócios, bem como experimentar novas
ideias e responder às mudanças nas necessidades dos clientes de forma
eficaz.
Como reconhecer a Transformação Digital
Se está acontecendo a integração de tecnologias digitais em todas as
partes de uma organização, redefinindo a forma como ela opera e oferece
valor aos clientes, então você está diante da transformação digital. É
um projeto estratégico que incorpora uma transformação completa nos
processos, cultura e modelos de negócios, em vez de apenas a adoção
tecnológica. O objetivo é melhorar a eficiência operacional de uma
organização, otimizar as experiências do cliente e estimular a inovação.
A inteligência artificial (IA), a análise de big data, a computação
em nuvem, a Internet das Coisas (IoT) e a automação são forças motrizes
por trás da transformação digital. As empresas podem usar essas
tecnologias para coletar e analisar grandes quantidades de dados,
automatizar operações de rotina, melhorar a tomada de decisões e
oferecer experiências personalizadas aos consumidores. Empresas que
adotam a transformação digital podem otimizar operações, aumentar a
agilidade e obter uma vantagem competitiva no cenário digital.
Como reconhecer o Marketing Digital
O marketing digital, por outro lado, preocupa-se com a promoção de
produtos ou serviços por meio de meios digitais. Isso inclui uma
variedade de métodos e táticas usados para alcançar e envolver o
público-alvo por meio de plataformas online.
Para aumentar o reconhecimento e relevância da marca, gerar leads e
converter vendas, o marketing digital emprega métodos como otimização de
mecanismos de busca, marketing de mídia social, marketing de conteúdo,
email marketing e marketing de influência.
Ele, ao contrário da transformação digital, que envolve uma transição
organizacional mais ampla, está principalmente preocupado com tarefas
de marketing e vendas. Seu principal objetivo é usar plataformas
digitais para alcançar o público certo com a mensagem certa no momento
certo.
Os especialistas em marketing digital usam análise de dados para
avaliar a eficácia das campanhas, acompanhar o comportamento do cliente e
melhorar as atividades de marketing para obter melhores resultados.
Se tornando uma só força
Embora a transformação digital e o marketing digital sejam facetas
independentes da jornada digital de uma empresa, eles estão ligados e se
reforçam mutuamente. Ao permitir que as empresas aproveitem a
tecnologia moderna e insights baseados em dados, a transformação digital
prepara o terreno para as atividades de marketing digital.
O marketing digital, por sua vez, é fundamental para aumentar o
envolvimento do cliente e o crescimento da receita, impulsionando assim o
sucesso das atividades de transformação digital.
A transformação digital melhora o marketing digital ao permitir
análises de dados e otimizar operações. As empresas podem adquirir uma
compreensão abrangente dos interesses, atividades e padrões de compra de
seus clientes ao adotar tecnologias digitais. Esse conhecimento vital
do cliente permite que os profissionais da área criem esforços
direcionados e personalizados, o que leva a um aumento no envolvimento e
nas taxas de conversão.
Além disso, ao fomentar a inovação centrada no cliente, o marketing
digital contribui para o sucesso da transformação digital. Os
comentários e dados coletados das atividades de marketing digital podem
ser usados para aprimorar produtos e serviços, resultando em melhores
experiências para o cliente.
A natureza iterativa do marketing digital permite que as empresas
testem, aprendam e aprimorem continuamente suas estratégias digitais,
alinhando-as com as necessidades e expectativas em constante evolução de
seu público-alvo.
Por fim, empresas que adotam ambas as áreas para apoiar nas suas
estratégias estão a vários passos à frente de sua concorrência e
conquistando uma fatia maior do mercado.
Como está a evolução da sua empresa nesses dois cenários?
Marketplaces em alta: o sucesso no mercado
Tiago Sanches, gerente comercial da Total IP
Certas estratégias são cruciais para alavancar as vendas e isso começa com o primeiro contato
Marketplaces são uma tendência no e-commerce. Isso porque, os
benefícios existem tanto para quem tem seu próprio ambiente, quanto para
os sellers, os quais vendem nas plataformas de outros empreendedores.
Entretanto, apesar dessa alta, é fundamental as organizações se
prepararem da melhor forma para receberem seus grupos alvo,
independentemente da época do ano. Isso inclui uma elaboração iniciada
pelo atendimento.
O que são marketplaces e qual a sua realidade no mercado?
Esse conceito se remete a uma noção mais coletiva de vendas on-line.
Nessa plataforma, diferentes lojas podem anunciar seus artigos, dando ao
cliente um leque de opções. Desse jeito, trata-se de uma rede cujos
vendedores podem fazer suas ofertas dentro da mesma página. Ou seja, é
como um shopping center virtual cujos visitantes têm acesso a vários
estabelecimentos. Sites como Mercado Livre, Magalu, Americanas, Amazon e
a Valeon são ótimos exemplos, inclusive, de acordo com o último
relatório Webshoppers, 84% dos empreendedores brasileiros possuem canais
ativos em ambientes como esses.
Conforme a ChannelAdvisor, na China, esse tipo de comércio já
representa 90% do faturamento do varejo on-line e, nos EUA, 33%. Já no
Brasil, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm),
o crescimento do setor em 2021 foi de 19%.
Principalmente em temporadas de forte atividade, como o Natal, Dia
dos Namorados, das Mães e dos Pais, as movimentações tendem a ser
significativas. O Dia do Consumidor, por exemplo, em 2022, chegou a um
faturamento de R$ 722 milhões, com elevação de 22% em comparação a 2021,
de acordo com dados da Neotrust. Contudo, para, de fato, chamar a
atenção dos fregueses, apenas preços atrativos e propagandas não são o
suficiente, é preciso oferecer uma experiência completa. “Para deixar
uma marca positiva é necessário garantir um primeiro contato excelente,
indo até o pós-venda. Os responsáveis por esse tipo de negócio tendem a
pensar só no produto final entregue, mas toda interação importa”,
explica Tiago Sanches, gerente comercial da Total IP.
Um destaque em meio à concorrência é fundamental
Ciente de como apenas qualidade final não é o suficiente, diversos
quesitos tendem a ajudar uma empresa a se destacar em meio a tanta
concorrência. Logo, diferentes fatores influenciam a posição ocupada nas
buscas, seja preço, custo do frete, avaliações, etc. Além disso, é
imprescindível identificar como chamar a atenção em detrimento de
sellers ocupando o mesmo espaço. Nesse contexto, conhecimento nunca é
demais para descobrir como planejar condições visando se sobressair.
Outra questão importante diz respeito aos parceiros mantidos por
perto e a estrutura do negócio em geral. Para a quantidade de vendas
alcançadas por um programa como esse, investir na atração de indivíduos
para promover suas corporações lá dentro, diversificando e ampliando o
portfólio torna tudo mais robusto. Além disso, deve haver uma atenção
especial à otimização das operações.
Todavia, de nada adianta tomar cuidado com tudo isso e não promover
uma boa gestão operacional. Dentre diversos benefícios, a transformação
de um e-commerce em um marketplace proporciona ganho de escala das
demandas. A partir desse ponto é crucial redobrar a cautela com
estratégias adotadas no local omnichannel. Uma administração eficiente é
o meio para a criação de modelos de vivência da persona para ela ter
uma boa prática nessa aquisição. “Hoje em dia, uma pessoa transita por
diferentes pontos de contato. É relevante, então, conseguir alcançar o
preciso da melhor forma e naquele momento, assim, há grandes chances de
fidelizar”, comenta o especialista.
Dicas para se sair bem no mercado
Antes de tudo é sempre interessante se colocar no lugar dos
frequentadores, pois, somente conhecendo bem eles é viável proporcionar
oportunidades e elementos favoráveis. Em circunstâncias assim, um bom
levantamento de dados para analisar as dores e as necessidades é uma
excelente alternativa, tendo em vista como, por meio dessas informações,
é fácil identificar qual a busca e como agradar.
No entanto, o ditado é real e, de fato, a primeira impressão fica.
Logo, a assistência inicial desse sujeito deve ser levada em
consideração de forma primordial. Como anda o seu atendimento? Quais as
abordagens utilizadas para lidar com esses interessados?
Independentemente de qual seja, a Startup Valeon consegue auxiliar, incrementar e melhorar qualquer estratégia de forma inovadora.
A tecnologia de robôs tem sido cada vez mais utilizada em diversas
esferas do cotidiano da população. No geral, essa indústria está em
crescimento, de acordo com a VDMA (Associação Alemã de Fabricantes de
Máquinas e Instalações Industriais), as vendas do setor aumentaram em
13% em 2022. Nos primeiros quatro meses, os pedidos recebidos foram
elevados em 38%, também em relação ao ano anterior, na Alemanha.
Em todo o mundo, já existem mais de três milhões deles operando em
fábricas e pelo menos US$ 13,2 bilhões foram gastos nos últimos anos em
novas instalações utilizando esse tipo de modernização. Pelo menos 76%
desses investimentos foram feitos por cinco países: China, Japão,
Estados Unidos, Coreia do Sul e Alemanha. As indústrias automotiva,
elétrica, eletrônica e metálica se destacam nesse uso em seus parques
industriais. Porém, no caso do apoio ao consumidor esse artifício também
não poderia ficar de fora. Com a Startup Valeon isso é possível para
todos os âmbitos. “Nós enxergamos essa assistência como parte do
processo de conquista e a colocamos como um pilar principal para os
nossos usuários.
Dessa maneira, a firma oferece serviços baseados na aprimoração desse
suporte para as companhias parceiras, seja com os tão comentados robôs,
responsáveis por atender chamadas e responder mensagens
automaticamente, ou com outras ferramentas. Ao todo, há uma
flexibilidade sem igual para atender a todo tipo de instituição, com
humanos, chat, voz, redes sociais e WhatsApp, o propósito é aumentar os
resultados e promover atualização constante.
O que é marketplace e por que investir nessa plataforma
ÚnicaPropaganda e Moysés Peruhype Carlech
Milhares de internautas utilizam o marketplace diariamente para fazer
compras virtuais. Mas muitos ainda desconhecem seu conceito e como ele
funciona na compra e venda de produtos.
Afinal, o que é marketplace?
O marketplace é um modelo de negócio online que pode ter seu funcionamento comparado ao de um shopping center.
Ao entrar em um shopping com a intenção de comprar um produto
específico, você encontra dezenas de lojas, o que lhe permite pesquisar
as opções e os preços disponibilizados por cada uma delas. Além de
comprar o que você planejou inicialmente, também é possível consumir
outros produtos, de diferentes lojas, marcas e segmentos.
Leve isso ao mundo virtual e você entenderá o conceito de
marketplace: um lugar que reúne produtos de diversas lojas, marcas e
segmentos. A diferença é que no ambiente virtual é mais fácil buscar
produtos, e existe a facilidade de comprar todos eles com um pagamento
unificado.
Os principais marketplaces do Brasil
A Amazon foi a primeira a popularizar esse modelo de negócio pelo mundo, e até hoje é a maior referência no assunto
No Brasil, o marketplace teve início em 2012. Quem tornou a
plataforma mais conhecida foi a CNova, responsável pelas operações
digitais da Casas Bahia, Extra, Ponto Frio, entre outras lojas.
Hoje, alguns nomes conhecidos no marketplace B2C são: Americanas,
Magazine Luiza, Netshoes, Shoptime, Submarino e Walmart. No modelo C2C,
estão nomes como Mercado Livre e OLX. Conheça os resultados de algumas
dessas e de outras lojas no comércio eletrônico brasileiro.
Aqui no Vale do Aço temos o marketplace da Startup Valeon que é uma
Plataforma Comercial de divulgação de Empresas, Serviços e Profissionais
Liberais que surgiu para revolucionar o comércio do Vale do Aço através
de sua divulgação online.
Como escolher o marketplace ideal para sua loja
Para ingressar em um marketplace, é preciso cadastrar sua loja,
definir os produtos que serão vendidos e iniciar a divulgação. Mas é
fundamental levar em consideração alguns pontos importantes antes de
decidir onde incluir sua marca:
Forma de cobrança: cada marketplace possui seu modelo de comissão
sobre as vendas realizadas, que pode variar de 9,5% a 30%. O que
determina isso é a menor ou maior visibilidade que o fornecedor
atribuirá a seus produtos. Ou seja, o lojista que quer obter mais
anúncios para seus produtos e as melhores posições em pesquisas pagará
uma comissão maior.
Na Startup Valeon não cobramos comissão e sim uma pequena mensalidade para a divulgação de seus anúncios.
Público-alvo: ao definir onde cadastrar sua loja, é essencial
identificar em quais marketplaces o seu público está mais presente.
Garantimos que na Valeon seu público alvo estará presente.
Concorrentes: avalie também quais são as lojas do mesmo segmento que
já fazem parte da plataforma e se os seus produtos têm potencial para
competir com os ofertados por elas.
Felizmente não temos concorrentes e disponibilizamos para você cliente e consumidores o melhor marketplace que possa existir.
Reputação: para um marketplace obter tráfego e melhorar seus
resultados em vendas precisa contar com parceiros que cumpram suas
promessas e atendam aos compradores conforme o esperado. Atrasos na
entrega, produtos com qualidade inferior à prometida e atendimento
ineficiente são fatores que afastam os usuários que costumam comprar
naquele ambiente virtual. Ao ingressar em um marketplace, certifique-se
de que a sua loja irá contribuir com a boa reputação da plataforma e
pesquise as opiniões de compradores referentes às outras lojas já
cadastradas.
Temos uma ótima reputação junto ao mercado e consumidores devido a seriedade que conduzimos o nosso negócio.
Vantagens do marketplace
A plataforma da Valeon oferece vantagens para todos os envolvidos no comércio eletrônico. Confira abaixo algumas delas.
Para o consumidor
Encontrar produtos de diversos segmentos e preços competitivos em um único ambiente;
Efetuar o pagamento pelos produtos de diferentes lojistas em uma única transação.
Para o lojista
Ingressar em um comércio eletrônico bem visitado e com credibilidade, o que eleva a visibilidade de seus produtos;
Fazer parte de uma estrutura completa de atendimento e operação de
vendas com um menor investimento, considerando que não será necessário
pagar um custo fixo básico, como aconteceria no caso de investir na
abertura de uma loja física ou online.
Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:
• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;
• Atraímos visualmente mais clientes;
• Somos mais dinâmicos;
• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;
• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;
• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.
• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em
buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para
impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as
suas vendas.
Para o Marketplace
Dispor de uma ampla variedade de produtos em sua vitrine virtual, atraindo ainda mais visitantes;
Conquistar credibilidade ao ser reconhecido como um e-commerce que
reúne os produtos que os consumidores buscam, o que contribui até mesmo
para fidelizar clientes.
Temos nos dedicado com muito afinco em melhorar e
proporcionar aos que visitam o Site uma boa avaliação do nosso canal
procurando captar e entender o comportamento dos consumidores o que nos
ajuda a incrementar as melhorias e campanhas de marketing que
realizamos.
Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (App)
História por CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA • Folha de S. Paulo
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Morreu nesta quarta-feira aos 100 anos o
ex-secretário de Estado dos EUA Henry Kissinger, um dos mais influentes
nomes da diplomacia na segunda metade do século 20.
Dois fatos banais ajudam a dimensionar como a inteligência e
habilidade de Kissinger foram grandes: nascido em outro país e com forte
sotaque estrangeiro que nunca superou, ele conseguiu ser o principal
representante dos EUA, uma sociedade com forte tendência ao chauvinismo;
judeu, tornou-se o mais poderoso integrante do governo de Richard
Nixon, um antissemita.
Heinz Alfred Kissinger, seu nome original, foi capaz de vencer muitos
obstáculos aparentemente intransponíveis para uma pessoa com sua
história, quase sempre pela admiração que seu talento causava aos
interlocutores.
Ele nasceu em Furth, Alemanha, em 27 de maio de 1923. Sua família
imigrou para os EUA em 1938, quando os rumos do Terceiro Reich de Adolf
Hitler já estavam suficientemente claros.
Em 1943, naturalizou-se americano e lutou no Exército da nova nação
contra a antiga na Segunda Guerra Mundial, sempre no setor de
inteligência, onde sua fluência em alemão era apreciada.
Depois dos combates, deu início à extraordinária carreira acadêmica
que lhe abriu as portas para os políticos: bacharelou-se em ciência
política pela Universidade Harvard em 1950, onde também completou o
mestrado (1952) e o doutorado (1954, com tese sobre ‘paz, legitimidade e
equilíbrio”).
Sua proximidade com os principais círculos intelectuais de Nova York
nos anos 1950, quando sua principal atividade era como professor em
Harvard, o levou a prestar consultoria a diversas entidades de governo
na administração Eisenhower e a colaborar com Nelson Rockefeller,
principal líder da ala mais liberal do Partido Republicano.
Rockefeller foi pré-candidato à Presidência do país pelos
republicanos em 1960, 1964 e 1968. Na primeira e na terceira tentativas,
perdeu para Richard Nixon, seu arqui-inimigo, que não hesitou em
chamá-lo como assessor logo que chegou à Casa Branca, em janeiro de
1969.
A comunidade política tinha tal fascínio por Kissinger que o
candidato derrotado por Nixon em 1968, o democrata ultraliberal Hubert
Humphrey, disse que também o teria chamado para trabalhar consigo se
tivesse vencido.
De integrante do Conselho Nacional de Segurança, ele logo passou para
a chefia desse órgão, de onde de fato liderava a política externa
americana, por causa da fragilidade política e pessoal de William
Rogers, secretário de Estado no primeiro mandato de Nixon.
Assumiu formalmente a condição de condutor dos EUA em relações
internacionais quando Nixon o nomeou secretário de Estado em 1973 (o
primeiro a ter nascido fora do país), cargo em que foi mantido pelo
sucessor, Gerald Ford, depois de o caso Watergate levar o presidente à
renúncia.
Nos oito anos em que ditou o modo como os EUA lidavam com o mundo,
Kissinger estabeleceu o império da “realpolitik”, conceito genérico que
contrasta com o do idealismo, e realizou operações diplomáticas
inimagináveis para um governo conservador, como o de Nixon, num ambiente
de plena Guerra Fria entre capitalismo e comunismo.
Entre os grandes feitos de seu “mandato”, a aproximação com a China e
seu posterior reconhecimento por Washington sem dúvida é o mais
sensacional.
Mas a assinatura de acordos de limitação de armas nucleares (o SALT)
com a União Soviética, o processo de paz no Vietnã (que lhe rendeu um
Prêmio Nobel dividido com o principal diplomata norte-vietnamita), a
presença constante em negociações no Oriente Médio (apelidada de
“diplomacia de ponte aérea”) e o apoio ao Paquistão contra a Índia na
guerra que resultou na formação de Bangladesh foram outros pontos altos
desse período.
A debacle do governo Nixon em consequência dos escândalos políticos
fizeram de Kissinger um personagem cada vez mais importante para o país e
para o mundo. Em 1975, pesquisa do Instituto Gallup o apontou como a
pessoa mais admirada nos EUA.
Ele passou do status de poderoso assessor para o de celebridade
global. Seu casamento com Nancy Maginess, em 1974, recebeu cobertura de
imprensa similar à do de um astro de cinema ou um monarca britânico.
Frases que lhe foram atribuídas nessa época (como “o poder é o melhor
afrodisíaco”) ajudavam a ampliar sua fama.
Kissinger manteve relação especial com o Brasil, em parte por razões
explicáveis pela “realpolitik” (ele sempre reconheceu a importância
estratégica do Brasil para os EUA no hemisfério ocidental,) em parte,
talvez pela conhecida paixão que teve pelo futebol.
No poder, deve ter influenciado Nixon a proferir a famosa frase em
1972 (“Para onde o Brasil se inclinar, toda a América Latina se
inclinará”, ao saudar o então presidente Garrastazu Médici, em
Washington) e forjou vínculos de amizade com o chanceler do governo
Geisel, Antônio Francisco Azeredo da Silveira, “o mais substantivo
interlocutor que tive na América Latina”.
O diálogo do todo-poderoso da política externa americana de 1969 a
1977 com o Brasil está muito bem documentado no livro “Kissinger e o
Brasil”, de Matias Spektor (Zahar, 2009).
Numa de suas viagens ao país, em 1976, quando grandes divergências
econômicas atritavam a relação binacional, ele ajudou a lhes dar um viés
político, em que soluções seriam mais facilmente encontráveis.
No campo do futebol, apesar de fascinado pelos brasileiros (dizia que
a seleção de 1982 foi o melhor time da história, que só não foi campeão
por azar), teve boicotada por anos a sua ambição de levar a Copa do
Mundo para os EUA por João Havelange (então presidente da Fifa), que se
ofendeu em 1974 por não ter recebido grande atenção do então secretário
de Estado durante o jogo Brasil e Holanda.
Os elogios e expressões de confiança no Brasil se mantiveram mesmo
depois de sua aposentadoria como diplomata. No livro “Diplomacy”, de
1995, Kissinger é pródigo em boas palavras sobre o país, em contraste
com críticas que faz ao México.
Fora do governo, Kissinger continuou a ser autor profícuo, com livros
volumosos sobre política externa publicados periodicamente e artigos
frequentes sobre os grandes temas internacionais, sempre recebidos com
atenção e nem sempre aceitos consensualmente.
Em 2001, apoiou a guerra ao terror declarada por George W. Bush após
os atentados terroristas de 11 de setembro. Em 2005, insistiu em público
e privado com Bush para não sair do Iraque, apesar de todos os sinais
de que a situação se deteriorava como a do Vietnã no início dos anos
1970, um claro distanciamento das posições de “realpolitik” que ele
executara no governo.
Houve várias tentativas de fazer com que Kissinger respondesse na
Justiça por ações cometidas por agentes oficiais americanos durante seu
período como secretário de Estado, principalmente no Chile na época do
golpe contra Salvador Allende e no início da ditadura de Augusto
Pinochet, mas eles nunca prosperaram.
Em 1982, ele criou empresa de consultoria em relações governamentais
chamada Kissinger Associates com Brent Scowcroft, colega na
administração Ford. Em 1999, ele se associou a Mack McLarty, que havia
sido chefe da Casa Civil no governo de Bill Clinton, para criar a
Kissinger McLarty Associates.
As atividades da consultoria e seus livros, artigos e entrevistas o mantiveram como personagem público de primeira grandeza.
Ocasionalmente, foi chamado para desempenhar algumas ações para
governos estrangeiros, como o da Indonésia, ou dos EUA, como em 2001,
quando o então presidente Bush o nomeou presidente da comissão para
investigar os atentados terroristas de 11 de setembro, cargo do qual
renunciou por não aceitar revelar os nomes dos clientes de sua
consultoria, como lhe foi exigido para verificar eventuais conflitos de
interesse.
História por THAÍSA OLIVEIRA E CATIA SEABRA • Folha de S. Paulo
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Indicado ao STF (Supremo Tribunal
Federal), o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), disse a aliados que
está à disposição para conversar com todos os senadores, sem restrições,
seguindo um conselho dado pelo próprio presidente da República.
Segundo relatos, antes do anúncio oficial, nesta segunda (27), Lula
(PT) e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), recomendaram
que Dino se colocasse como candidato e buscasse, um por um, seus 81
potenciais eleitores.
Com o sinal verde de Dino, Wagner e o relator da indicação, senador
Weverton Rocha (PDT-MA), começaram a fazer as pontes nesta terça (28).
Tanto Wagner como Rocha procuraram o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
para ensaiar uma aproximação.
O líder do governo também pediu votos ao líder da oposição, Rogério
Marinho (PL-RN), que foi ministro no governo Jair Bolsonaro (PL). Flávio
Bolsonaro e Marinho responderam, no entanto, que não gostam do estilo
de Dino e sinalizaram que pretendem manter o voto contrário.
Apesar das ressalvas feitas pelo núcleo bolsonarista, o governo
aposta em uma espécie de “efeito manada”. A avaliação política é de que,
mesmo a votação sendo secreta, indecisos acabam aderindo ao candidato
por medo de ficarem marcados pelo futuro ministro do STF.
Rocha disse que Dino tem hoje ao menos 50 votos, mas pode chegar a
ter entre 58 e 62. Em junho, Cristiano Zanin foi aprovado pelo Senado
para a vaga do ministro Ricardo Lewandowski por 58 votos a 18 –17 a mais
que os 41 necessários.
“A construção é feita de baixo para cima. Primeiro você repactua [com
aliados], pega na mão, olha nos olhos. Aí você vai avançando
território. Tenho certeza que ele, com a experiência que ele tem, está
fazendo essa construção”, disse Rocha.
O senador acrescentou: “Ele precisa conversar individualmente com
todos. Repito: tem colega senador que não vai votar nele. Mas não tem
por que ele não conversar com esse colega. Até porque tem que haver essa
institucionalidade e esse respeito mútuo”.
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues
(Rede-AP), disse que a base está “muito convicta” de que Dino será
aprovado. Rodrigues ofereceu um jantar ao ministro e aliados em sua casa
nesta terça.
Governistas têm tratado a indicação de forma descontraída, afastando
as ameaças da oposição. Um dos senadores da base fez piada com os
colegas dizendo que, se eles não gostam de Dino, devem votar a favor
dele e manter no Senado sua suplente, Ana Paula Lobato (PSB-MA).
Já Wagner tem argumentado que a indicação ao STF é prerrogativa do
presidente e que o PT não se opôs aos escolhidos no governo Bolsonaro,
Kassio Nunes Marques e André Mendonça. Nesta segunda, o senador disse à
Folha de S.Paulo que está à vontade para cobrar reciprocidade.
Wagner pretende conversar nesta quarta (29) com o procurador Paulo
Gonet, indicado por Lula à PGR (Procuradoria-Geral da República). O
líder do governo é relator da indicação de Gonet no Senado.
Dino e Gonet serão sabatinados no mesmo dia, 13 de dezembro. A data
conjunta foi anunciada pelo presidente da Comissão de Constituição e
Justiça, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). A expectativa é que a
votação no plenário ocorra entre os dias 13 e 14.
Além do calendário apertado até o final do ano, a data conjunta deve
diminuir o tempo de sabatina de Dino e Gonet. Em outubro, Alcolumbre
usou a mesma estratégia com os três indicados ao STJ (Superior Tribunal
de Justiça) e fez com que fossem sabatinados ao mesmo tempo.
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O governo de Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) articula um acordo com membros do Congresso Nacional para limitar a
R$ 6 bilhões o valor a ser aportado em 2023 no fundo privado criado
para bancar o incentivo financeiro à permanência de alunos no ensino
médio.
A trava está sendo negociada no âmbito do projeto de lei complementar
que autoriza o repasse fora do limite de despesas vigente neste ano. O
texto está na pauta do plenário do Senado desta quarta-feira (29).
A articulação se dá após críticas de técnicos do Executivo e
economistas de fora do governo, que viram na iniciativa um risco de
contabilidade criativa por meio da antecipação de gastos de anos futuros
ou da exclusão de uma política pública do Orçamento.
Segundo os relatos, o governo calcula precisar de cerca de R$ 7
bilhões anuais para custear a poupança dos alunos de ensino médio que
estão em famílias contempladas pelo Bolsa Família. Como a dotação do MEC
(Ministério da Educação) para 2024 já reserva R$ 1 bilhão, a
necessidade adicional para a largada do programa seria de R$ 6 bilhões.
Membros do governo reconhecem a conveniência de usar o espaço
disponível de R$ 10 bilhões dentro da meta fiscal de 2023 para antecipar
um gasto que, mantido em 2024, colocaria pressão sobre o alvo de
déficit zero fixado pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda). Mas a trava
seria um compromisso de que não haverá interferência na despesa dos
anos seguintes.
Os aportes de 2025 e 2026, também na casa dos R$ 7 bilhões em cada
ano, constarão nos respectivos Orçamentos, de acordo com interlocutores
do governo. A soma alcançaria o limite de até R$ 20 bilhões previsto na
MP (medida provisória) assinada por Lula.
O texto, antecipado pela Folha de S.Paulo, diz que a integralização
dos valores pode ser feita com recursos do Orçamento, ações de empresas
estatais federais ou empresas nas quais a União tenha participação
minoritária.
A reportagem apurou, no entanto, que o Executivo não tem a intenção
de usar ações de empresas para integralizar cotas no fundo de apoio aos
alunos do ensino médio. O expediente já foi usado no passado para
abastecer o fundo garantidor do Fies, gerando problemas posteriores
devido à baixa liquidez de alguns desses ativos.
Segundo um técnico, não há “nenhuma expectativa” dentro do governo de
fazer o aporte com ações, justamente pelas características do programa.
Um depósito em poupanças direcionadas a estudantes de baixa renda
demandará liquidez de recursos.
A avaliação nos bastidores é que o dispositivo que autoriza o uso das
ações de empresas foi incluído por “questão de praxe”, uma vez que ele é
comum em leis que tratam da criação de fundos de governo. Dado o ruído
gerado pela iniciativa, membros do governo não veem prejuízos na
exclusão desse dispositivo, caso o Congresso julgue mais adequado.
A edição da MP gerou desconforto entre técnicos da área econômica,
para quem o formato pode ter impactos negativos na gestão fiscal. A
visão é compartilhada por agentes do mercado, que temem uma fragilização
de regras inclusive do novo arcabouço fiscal, recém-aprovado e que
começará a vigorar no ano que vem.
O ex-secretário do Tesouro Nacional Carlos Kawall, sócio-fundador da
Oriz Partners, vê uma série de pontos questionáveis na proposta. “Acho
que, infelizmente, tem aqui um cheiro do uso da contabilidade criativa, e
preocupa o fato de se estar criando algo que possa estar em desacordo
com a Constituição”, afirma.
O primeiro problema, segundo ele, é a tentativa de tirar uma política
pública do alcance do novo arcabouço fiscal, aprovado este ano e que
começará a valer a partir de 2024. Embora não haja exclusão formal da
ação, a antecipação de uma parte do aporte para o ano de 2023 tem efeito
semelhante na prática.
“Há uma clara intenção de postergar receitas que poderiam ocorrer
este ano para o ano que vem e antecipar despesas. É o subterfúgio da
pedalada”, critica Kawall. “Se quero melhorar hoje, jogo pra amanhã. Se
quero melhorar amanhã, jogo para hoje. É girar o pedal da bicicleta para
trás em vez de para frente, mas não é uma boa coisa.”
Outro alvo de críticas é a possibilidade de fazer aportes no fundo
por meio de ações de empresas, operação que sequer seria registrada no
Orçamento. Kawall questiona se a manobra poderia se enquadrar na vedação
do artigo 167 da Constituição Federal, que proíbe o início de programas
ou projetos fora da Lei Orçamentária.
“Como vai fazer um programa que é por meio de um fundo, com aporte de
ações, e não aparece na despesa? Deixo registrada essa dúvida”, diz.
Técnicos da área econômica também manifestam discordâncias em relação
ao texto, diante da avaliação de que o Orçamento deve registrar todas
as receitas e despesas, para evitar uma erosão das regras fiscais.
Segundo relatos colhidos pela reportagem, a criação do fundo privado
foi discutida inicialmente pela Casa Civil e pelo Ministério da Fazenda.
Posteriormente, o MEC (Ministério da Educação) ingressou nos debates
desse ponto específico. O Ministério do Planejamento e Orçamento foi
ouvido apenas informalmente, de acordo com pessoas a par das tratativas.
O principal argumento para optar pelo modelo de fundo, segundo
interlocutores, é o princípio do programa de oferecer uma poupança aos
alunos de baixa renda ainda que haja alguma periodicidade de saques. O
modelo seria diferente de um benefício social, pago mensalmente e cuja
folha poderia ser rodada dentro do próprio Orçamento.
Manter o programa sob a gestão direta do governo poderia ser visto
como um precedente de descentralização de benefícios sociais, o que essa
ala vê como contraproducente após o esforço feito pela unificação de
programas no Bolsa Família.
Na visão do governo, o cenário ideal é constituir o fundo ainda em
2023, para que o próximo ano letivo já comece com a garantia do
incentivo aos alunos.
O debate sobre se ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) devem
ter mandato para exercer o cargo é legítima e pode ocorrer, mas é
preciso se chegar a uma conclusão se a mudança será positiva para a mais
alta corte do País e resolver os problemas atribuídos atualmente a ela.
Essa foi a conclusão da segunda mesa de debates do 8ª Seminário
Caminhos contra a Corrupção, realizado pelo Instituto Não Aceito
Corrupção em parceria com o Estadão. O encontro foi
mediado pela jornalista Paula Litaiff, fundadora da revista Cenarium
Amazônia. A íntegra pode ser conferida aqui.
O tema voltou ao noticiário após o presidente do Senado, Rodrigo
Pacheco (PSD-MG), declarar que pretende colocar em discussão no ano que
vem a proposta de emenda à Constituição que cria os mandatos. A
declaração ocorreu na esteira da aprovação da PEC que limitou o poder
dos ministros concederem decisões monocráticas. A medida teve como
consequência reação de ministros do Supremo. Gilmar Mendes disse que a
Corte “não admite intimidações”.
Guilherme Casarões, cientista político da FGV, não vê problema na
discussão, mas considera que a sociedade ainda não tem informações
suficientes para determinar se a redução do mandato vitalício para um
prazo de 10 anos, por exemplo, resolverá os problemas do dia a dia do
STF.
“A pergunta que quase nunca é feita é: vai melhorar?”, questionou
ele, acrescentando que não tem uma resposta para a questão. “Eu sinto
que a posição pública é defender a mudança porque você não gosta do
Supremo ou criticá-la porque você gosta”, avaliou.
Na mesma linha, Maria Tereza Sadek, cientista política da USP e da
FGV, lembrou que há diversas experiências institucionais, desde a
Europa, onde é comum que os ministros da corte constitucional tenham
mandato, até o Estados Unidos, onde o cargo é vitalício e frequentemente
os ministros morrem durante seu exercício.
“É razoável que alguém fique no Supremo durante 30 anos? É uma
pergunta, não tenho uma resposta. Não seria mais produtivo que houvesse
uma renovação? Toda e qualquer instituição pode ser aprimorada”,
declarou.
Ex-ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro foi mais enfático e
defendeu a criação dos mandatos para o STF, mas com algumas condições.
Para ele, é preciso vetar a possibilidade que um único presidente
indique todos os ministros e que a renovação do STF seja escalonada.
“Também teria que ser impossível a recondução, porque isso colocaria o
ministro à mercê do presidente da República e do Senado, a quem ele
teria que agradar para ser reconduzido”, avaliou Ribeiro.
Orçamento secreto: consequência do enfraquecimento do Executivo
Outro ponto debatido no seminário foi o orçamento secreto, prática criada no governo Bolsonaro e revelada pelo Estadão,
e suas consequências no combate à corrupção. Na visão dos
especialistas, o mecanismo representa o ápice de um processo de
enfraquecimento do Poder Executivo no Brasil e o fortalecimento do
Legislativo.
No início dos anos 90, o cientista político Sérgio Abranches cunhou o
termo presidencialismo de coalizão para definir o sistema político
brasileiro. Mesmo com a concentração de poder no Executivo, o presidente
da República era obrigado a negociar com os partidos políticos para ter
governabilidade no Congresso.
Segundo Casarões, da FGV, inicialmente o presidencialismo de coalizão
era encarado como positivo por forçar o presidente a compartilhar poder
com os parlamentares. Porém, desde o governo Dilma Rousseff, que não
demonstrou disposição em negociar com o Parlamento, esse processo se
aprofundou.
“O Congresso entendeu em algum momento que diante da fraqueza de
certos presidentes que não estavam dispostos a negociar, ele poderia
ampliar sua tentativa de influir sobre o orçamento e as políticas
públicas”, afirmou o cientista político.
O principal problema do orçamento secreto é a falta de transparência.
Deputados e senadores indicam recursos para suas bases eleitorais, mas
não é possível saber exatamente quem são os autores daquelas indicações.
No final do governo Bolsonaro, o STF proibiu o mecanismo, mas o
Congresso, juntamente com o governo Lula, criou outra forma para as
indicações continuarem ocorrendo.
Agora, os parlamentares influenciam na destinação do dinheiro que,
formalmente, está no orçamento de ministérios e órgãos públicos.
Recentemente, Lula mudou a destinação de recursos que estavam sob
controle dos ministérios para formar um “caixa” com verbas que poderão
ser indicadas por deputados e senadores durante votações importantes
para o governo no Congresso neste final de ano.
“Nós temos um Legislativo muito empoderado em função da baixa
transparência”, avalia Maria Tereza Sadek. “Tudo isso fortalece a
corrupção. Não sabemos para onde vão essas verbas, se elas de fato
atendem interesses públicos ou meramente interesses locais para garantir
a sobrevivência de determinados políticos”, acrescentou a cientista
política, sem citar casos específicos. Em um dos casos revelados pelo Estadão,
o ministro de Comunicações, Juscelino Filho, usou verbas do orçamento
secreto para asfaltar uma estrada de terra que passa em frente à sua
fazenda, em Vitorino Freire (MA).
Para o ex-ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, o sistema
brasileiro obriga os presidentes a atuarem como “acrobatas” e serem os
responsáveis por dar racionalidade ao sistema político. “O Legislativo e
o Judiciário fazem o que lhes dá na telha. Com o fortalecimento deles
nos últimos 10 anos, a situação ficou quase ingovernável”, opinou.
O que estão compartilhando: que o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva gastou R$ 164 milhões em 2023 com diárias, reservas
de passagens e outros gastos em viagens internacionais, e que outros R$
800 milhões foram gastos por servidores, também em viagens
internacionais.
O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. De acordo com uma reportagem da revista Veja,
o valor de R$ 800 milhões se refere a despesas de servidores do governo
federal em viagens nacionais, dentro do Brasil. O gasto em viagens
internacionais foi de R$ 164 milhões — mas, diferentemente do que diz o
vídeo, o texto da revista não afirma que essa cifra é referente apenas a
despesas de Lula. A notícia menciona gastos do governo.
Saiba mais: Quem aparece no vídeo é a jornalista Carla Cecato. Ela critica gastos do governo em viagens internacionais com base em uma nota da coluna Radar, da revista Veja, mas
engana ao detalhar os números. O texto usado como fonte pela jornalista
foi publicado em 18 de novembro deste ano. Nele, o colunista Robson
Bonin afirma que, no primeiro ano do atual mandato de Lula, o governo
federal gastou cerca de R$ 1 bilhão em viagens.
Deste valor de quase R$ 1 bilhão, diz o texto, R$ 164 milhões foram
gastos em “giros internacionais”, para pagamento de diárias e compras de
passagens e outras despesas. Não há menção a este montante ter sido
usado para pagar apenas despesas de Lula nas viagens. Apesar de fazer
essa afirmação, Cecato usa em seu vídeo um imagem do texto, que é o
mesmo que está no ar na manhã desta quarta-feira, 29.
A publicação da Veja aponta que R$ 800 milhões foram usados
em “viagens de servidores da máquina dentro do Brasil”. A alegação é
diferente da feita por Carla Cecato, que diz que o valor foi usado por
servidores em viagens internacionais.
Entrada de dinheiro estrangeiro caiu
Após citar os valores, a jornalista questiona qual a justificativa
para o uso do dinheiro público em viagens internacionais. Segundo ela,
Lula afirma que o objetivo das viagens é trazer investimentos para o
Brasil, mas a entrada de dinheiro estrangeiro no País caiu 40% em
relação ao mesmo período do ano passado.
O comentário é opinativo e, neste caso, o número está correto. As estatísticas do setor externo divulgadas
pelo Banco Central em 6 de novembro, com dados até o mês de setembro,
mostram que, nos nove primeiros meses deste ano, os investimentos
diretos no País (IDP) somaram US$ 41,6 bilhões, valor 39,5% menor do que
os US$ 68,8 bilhões de IDP acumulados de janeiro a setembro de 2022.
Lula vem falando em buscar investimentos estrangeiros por meio das
viagens ao exterior. Em setembro, durante viagem a Nova York para
participar da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU),
Lula disse em um encontro com executivos do mercado financeiro que “o Brasil não oferece riscos, oferece oportunidades”, e que vale a pena investir aqui.
O radicalismo cada vez maior do Supremo,
seus ataques ao Senado e a sua cólera ruidosa contra quem discorda de
qualquer decisão tomada pelos ministros, compõem um ambiente ideal para
Dino.
Por J.R. Guzzo – Jornal Estadão
Os presidentes Lula e Dilma Rousseff, somados, destruíram ao longo dos últimos vinte anos o Supremo Tribunal Federal.
Lula, como ficou mais tempo na presidência, e está de volta a ela, é
autor da maior parte da obra. Dos onze ministros atuais, contando aí a
última indicação, sete foram colocados no STF por eles; dos outros
quatro, dois são Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes,
o que dá uma ideia de como a coisa acabou ficando. Dilma e Lula
nomearam tanto ministro que dois deles já se aposentaram, por terem
batido nos 75 anos de idade; um outro morreu. O traço de união entre
todos os nomeados é a sua notável falta de saber jurídico, ao contrário
do que a Constituição manda fazer. O resultado é que o Brasil não tem
mais uma corte suprema de justiça, exigência básica de qualquer
democracia séria. Tem uma penca de agentes políticos do governo – que
agem unicamente em favor dos seus interesses e deram a si próprios o
direito de mudar, eliminar e fazer as leis que realmente valem no país.
A nomeação do ministro da Justiça, Flavio Dino,
para a última vaga que foi aberta no STF, é um momento de superação
neste processo degenerativo – ele é o mais extremista dos militantes
políticos de Lula, foi o pior dos seus ministros até agora e, em oito
anos seguidos como governador de Estado, deixou o Maranhão com o pior
índice de IDH do Brasil. É um currículo e tanto. Mas o seu pior problema
não é a incompetência. Nisso ele segue o padrão Lula de governo, um
sistema pelo qual o sujeito sobe na vida através do fracasso – quanto
mais prejuízo dá, mais alto chega. O que torna Flavio Dino um
dos políticos mais tóxicos do Brasil de hoje é a sua intransigência no
combate à liberdade. Ninguém no governo Lula atacou com tanto rancor os
direitos individuais e coletivos quanto o ministro da Justiça. Quer a
censura na internet. Quer a polícia fazendo repressão política. Quer que
os parlamentares da oposição fiquem em silêncio. Diz o tempo todo que a
liberdade “tem de ter limites” – o que, em português claro, significa
que a liberdade é um vício a ser combatido. Qual a esperança de que o
novo ministro do Supremo tome uma decisão a favor da livre expressão do
pensamento, ou de qualquer princípio da democracia?
O radicalismo cada vez maior do STF, seus ataques ao Senado e a sua
cólera ruidosa contra quem discorda de qualquer decisão tomada pelos
ministros, compõem um ambiente ideal para Dino. O STF e seus apêndices
absolvem automaticamente traficantes de drogas; inclusive, devolvem os
iates, jatinhos e casas de praia que ganharam com o tráfico. Que lugar
poderia ser mais adequado para o novo indicado de Lula? Em seu Ministério a mulher de um dos chefes mais perigosos do crime organizado foi recebida duas vezes este ano; a culpa foi jogada pelo governo Lula nos jornalistas do Estadão que
revelaram a história. Dino debocha do Congresso, ignora as suas
convocações e não entrega fitas gravadas pelas câmeras de segurança do
Ministério. Foi ele que forneceu ao ministro Dias Toffoli a
desculpa apresentada para anular todas as provas materiais de corrupção
contra a construtora Odebrecht. Que suprema corte do planeta tem um
ministro assim?
Possíveis conflitos de interesse entre a
organização do evento e o setor de petróleo e gás levantam dúvidas se,
ao fim, da Cúpula, existirá uma decisão política concreta sobre metas de
redução de consumo e desestímulo gradual de subsídios para os
combustíveis fósseis
Por Celso Ming
Algumas das principais autoridades do planeta estão reunidas nos Emirados Árabes Unidos, para a Conferência do Clima (COP-28). Mas sobram dúvidas se, na prática, o objetivo é mesmo o combate ao aquecimento global e a definição de prazos para a transição energética ou se acabará por ser apenas uma oportunidade para fechar negócios.
O anfitrião e líder das negociações, o presidente-executivo da
empresa petrolífera estatal Adnoc, Sultan al-Jaber, se defendeu das
acusações de conflito de interesses, mas não colocou em dúvida a
autenticidade dos documentos.
Além do esperado freio aos fósseis, outros temas devem protagonizar
as rodadas de negociação. Entre eles, a avaliação sobre o progresso dos
países-membros na implementação do Acordo de Paris;
a formulação de estratégias de adaptação climática e mitigação dos
impactos climáticos, sobretudo em países em desenvolvimento ou em
territórios que devem desaparecer em consequência da elevação do nível
do mar. E, mais uma vez, entra no foco a questão dos financiamentos destinados a enfrentar esses e outros problemas que pedem soluções urgentes.
Guilherme Syrkis, diretor-executivo do Centro Brasil no Clima,
avalia que o governo tem adotado discurso raso sobre a utilização de
combustíveis fósseis na transição energética. Ou limita-se a tentar
convencer o mundo de que a extração do petróleo brasileiro é menos
poluente quando comparada com a de outros países.
No entanto, a questão central versa sobre um cronograma crível de
cortes no consumo de combustíveis fósseis. E, nesse cenário, a Petrobras
ainda vem trabalhando para manter artificialmente achatados os preços
dos combustíveis.
“Quando chega aos assuntos mais sensíveis, como o do uso dos recursos
energéticos, o Brasil não tem mostrado que leva a pauta ambiental a
sério. O setor de petróleo e gás precisará passar por reformulação de
financiamentos, pela derrubada de subsídios e pela definição de metas
objetivas de redução de consumo. Não há sinal disso.”, reforça Syrkis.
/ COM PABLO SANTANA