Possíveis conflitos de interesse entre a
organização do evento e o setor de petróleo e gás levantam dúvidas se,
ao fim, da Cúpula, existirá uma decisão política concreta sobre metas de
redução de consumo e desestímulo gradual de subsídios para os
combustíveis fósseis
Por Celso Ming
Algumas das principais autoridades do planeta estão reunidas nos Emirados Árabes Unidos, para a Conferência do Clima (COP-28). Mas sobram dúvidas se, na prática, o objetivo é mesmo o combate ao aquecimento global e a definição de prazos para a transição energética ou se acabará por ser apenas uma oportunidade para fechar negócios.
O anfitrião e líder das negociações, o presidente-executivo da
empresa petrolífera estatal Adnoc, Sultan al-Jaber, se defendeu das
acusações de conflito de interesses, mas não colocou em dúvida a
autenticidade dos documentos.
Além do esperado freio aos fósseis, outros temas devem protagonizar
as rodadas de negociação. Entre eles, a avaliação sobre o progresso dos
países-membros na implementação do Acordo de Paris;
a formulação de estratégias de adaptação climática e mitigação dos
impactos climáticos, sobretudo em países em desenvolvimento ou em
territórios que devem desaparecer em consequência da elevação do nível
do mar. E, mais uma vez, entra no foco a questão dos financiamentos destinados a enfrentar esses e outros problemas que pedem soluções urgentes.
Segundo
especialistas ouvidos pelo Estadão, setor de petróleo e gás precisa ser
pressionado com metas de redução de consumo e desestímulo de
investimentos. Foto: Marcos Müller/Estadão
Guilherme Syrkis, diretor-executivo do Centro Brasil no Clima,
avalia que o governo tem adotado discurso raso sobre a utilização de
combustíveis fósseis na transição energética. Ou limita-se a tentar
convencer o mundo de que a extração do petróleo brasileiro é menos
poluente quando comparada com a de outros países.
No entanto, a questão central versa sobre um cronograma crível de
cortes no consumo de combustíveis fósseis. E, nesse cenário, a Petrobras
ainda vem trabalhando para manter artificialmente achatados os preços
dos combustíveis.
“Quando chega aos assuntos mais sensíveis, como o do uso dos recursos
energéticos, o Brasil não tem mostrado que leva a pauta ambiental a
sério. O setor de petróleo e gás precisará passar por reformulação de
financiamentos, pela derrubada de subsídios e pela definição de metas
objetivas de redução de consumo. Não há sinal disso.”, reforça Syrkis.
/ COM PABLO SANTANA
Regina Lobato – Bruno Avelar – CVO (Chief Visionary Officer)
Business team celebrating a good job in the modern office
O network é a base do sucesso de qualquer negócio. A arte do
networking é poder construir uma rede de contatos que possa
potencializar oportunidades através de relacionamentos. Segundo o
empresário Bruno Avelar, especialista no assunto, a troca de
conhecimentos e experiências é fundamental, seja para fortalecer laços,
estreitar negociações ou se destacar no mercado.
“Conviver com pessoas de diferentes segmentos e que possam
influenciar nas suas conexões é uma forma de aprimorar o crescimento
interpessoal e se aproximar dos seus objetivos profissionais.
Independentemente do segmento, o networking traz inúmeros benefícios e
um grande reconhecimento. Já é de conhecimento comum que ser bem
sucedido na área escolhida está diretamente ligado aos relacionamentos
cultivados dentro e fora do ambiente de trabalho. Ter uma boa rede de
contatos não é uma opção, é indispensável. Sem relacionamentos, não
existe negócio”, diz Avelar.
O empreendedor, que é CVO (Chief Visionary Officer) de diversas
empresas e criador do ‘O Poder do Network’, separou 5 dicas fundamentais
para ajudar quem ainda não tem uma rede sólida de relacionamentos.
1. Pague o preço para estar onde os melhores estão
São nos ambientes mais restritos que você fará as melhores conexões e
neste momento sua postura e comportamento serão fundamentais para que
isso aconteça. Você já deve ter percebido que muitas pessoas conseguem
empregos e oportunidades porque fizeram um bom trabalho e foram
reconhecidas.
A famosa “indicação” é algo comum quando se tem uma rede de contatos
sólida, com uma base que é nutrida constantemente, sempre atrelado a um
bom trabalho, claro.
2. Saiba que existem modos de tratar suas conexões
Pessoas que buscam apenas se relacionar a qualquer custo, priorizando
a quantidade em detrimento à qualidade, acabam agindo da forma oposta
ao que é recomendado. Network é um dom que precisa ser moldado, de modo
que não prejudique sua reputação.
3. Deixe a vergonha de lado e inspire confiança
É muito comum, também, se sentir inseguro demais para criar vínculos
com outros profissionais. Se você não confia em si mesmo, como outros
irão? Descubra o que a pessoa que você quer se conectar gosta e com quem
ela convive.
4. Estude e aprenda a se comunicar melhor
Inicialmente, a criação de laços deve ser feita de forma espontânea.
Não se deve se aproximar de alguém apenas esperando receber algo em
troca. O ideal é que você crie e mantenha seus relacionamentos de forma
natural e que tenha interações constantes, não apenas quando tiver
necessidade de algo que possam fornecer.
Relacionamento é sobre dar, e não pedir. O retorno vem
automaticamente e a sabedoria do network está na paciência de esperar a
maturação do relacionamento. Você não planta uma árvore hoje e colhe
frutos no dia seguinte.
A probabilidade de que a pessoa se lembre de você, e, mais
importante, do que você faz, é muito grande se você puder inspirar
confiança e amizades recíprocas.
5. Procure estar no lugar certo, na hora certa
Você precisa saber o porquê, como e o que. Onde estar, quando estar e
com quem estar. Manter um bom relacionamento com a rede de contatos que
você construiu é uma ação que deve ser priorizada todos os dias. Com a
internet e as redes sociais se tornou ainda mais simples fortalecer seus
laços e sua marca pessoal.
Parece ingênuo, de início, atrelar o segredo do sucesso às pessoas
que convivemos. Mas é uma realidade fortíssima. Valorize os contatos em
que pode confiar, e o seu sucesso será sem limites. Assim, alcançar seus
objetivos pessoais e profissionais será apenas uma questão de tempo.
Mindset correto é o que vai fazer você alcançar (ou não) o sucesso
Junior Borneli, co-fundador do StartSe
Mulher negra e sorridente segurando um IPad e olhando para frente (Fonte: Getty Images)
Mindset é a sua programação mental, é como você encara tudo que está ao teu redor
Mindset. Você já ouviu essa palavinha algumas vezes aqui no StartSe.
Ela é importante, talvez uma das coisas mais importantes para “chegar
lá” (seja lá onde for que você quiser chegar).
É sua habilidade de pensar o que você precisa para ter sucesso. E
como a maioria das coisas que você possui dentro de você, ela é uma
espécie de programação do seu ser. Tanto que é possível que você adquira
outro mindset durante a vida, convivendo com as pessoas corretas,
conhecendo culturas diferentes.
Algumas pessoas dizem que é isso das pessoas que faz o Vale do
Silício ser a região mais inovadora do mundo. Eu, pessoalmente, não
duvido. Fato é: você precisa de ter a cabeça no lugar certo, pois a
diferença entre um mindset vencedor e um perdedor é o principal fator
entre fracasso e sucesso.
Para isso, é importante você começar do ponto inicial: um objetivo.
“Todo empreendedor precisa ter um objetivo. Acordar todos os dias e
manter-se firme no propósito de fazer o máximo possível para chegar lá é
fundamental”, diz Junior Borneli, co-fundador do StartSe e uma das
pessoas mais entendidas de mindset no ecossistema brasileiro.
De lá, é importante você fazer o máximo que puder e não perder o
foco, mantendo-se firme. “Não importa se no final do dia deu tudo certo
ou errado. O importante é ter a certeza de que você fez tudo o que foi
possível para o melhor resultado”, avisa.
Com a atitude certa, é capaz que você sempre consiga canalizar as
coisas como positivas. “Você sempre tem duas formas de olhar um a mesma
situação: aquela em que você se coloca como um derrotado e a outra onde
você vê os desafios como oportunidades. Escolha sempre o melhor lado das
coisas, isso fará com que sua jornada seja mais leve”, alerta o
empreendedor.
Esses tipo de sentimento abre espaço para uma característica
importantíssima dos principais empreendedores: saber lidar com grandes
adversidades. “Um ponto em comum na maioria os empreendedores de sucesso
é a superação”, destaca Junior Borneli.
Saber lidar com essas adversidades vai impedir que você pare no
primeiro problema (ou falência) que aparecer na sua frente. “São muito
comuns as histórias de grandes empresários que faliram várias vezes,
receberam diversos ‘nãos’ e só venceram porque foram persistentes”,
afirma.
É importante ter esse mindset resiliente, pois, nem sempre tudo será
fácil para você – na verdade, quase nunca será. “Empreender é, na maior
parte do tempo, algo muito doloroso. Até conseguir algum resultado
expressivo o empreendedor passa por muitos perrengues. A imensa maioria
fica pelo caminho”, diz.
É como uma luta de boxe, onde muitas vezes, para ganhar, você terá
que apanhar e apanhar e apanhar até conseguir desferir o golpe (ou a
sequência) certo. “Na minha opinião, não há melhor frase que defina a
trajetória de um empreendedor de sucesso do que aquela dita por Rocky
Balboa, no cinema: ‘não importa o quanto você bate, mas sim o quanto
aguenta apanhar e continuar. É assim que se ganha’”, ilustra.
O problema talvez seja que alguns aspectos do empreendedorismo tenham
glamour demais. “Empreender não é simplesmente ter uma mesa com
super-heróis e uma parede cheia de post-its coloridos. Você vive numa
espécie de montanha russa de emoções, onde de manhã você é ‘o cara’ e à
tarde não tem dinheiro pro café”, salienta.
Vale a pena, porém, perseverar neste caminho. “Para aqueles que são
persistentes e têm foco, a jornada será difícil, mas o retorno fará
valer a pena!,” destaca o empreendedor.
DERROTA TAMBÉM ENSINA
Um ponto importante do sucesso é saber lidar com o fracasso e, de lá,
tomar algumas lições para sair mais forte ainda. “Toda derrota nos
ensina algumas lições e assim nos tornamos mais fortes a cada nova
tentativa. A cultura do fracasso, aqui no Brasil, é muito diferente dos
Estados Unidos”, afirma Junior.
No Vale do Silício, falhar é encarado algo bom, na verdade – e
aumenta suas chances de sucesso futuro. “Por lá, empreendedor que já
falhou tem mais chances de receber investimentos porque mostrou
capacidade de reação e aprendeu com os erros”, conta o empreendedor.
Mas ao pensar sobre fracasso, você precisa ter o filtro correto para
não deixar a ideia escapar. “Encarar os erros como ensinamentos e
entender que falhar é parte do jogo torna as coisas mais fáceis e
suportáveis”, salienta.
Foco é a palavra de ordem para você conseguir alcançar os objetivos
traçados no caminho, mesmo que em alguns momentos pareça que está tudo
dando errado. “Por fim, buscar o equilíbrio mental e o foco são
fundamentais. Nas vitórias, tendemos a nos render à vaidade e ao
orgulho. E nas derrotas nos entregamos ao desânimo e a depressão.
Mentalize seus objetivos, foque nos caminhos que vão leva-lo até eles e
siga firme em frente”, afirma.
É importante que você tenha noção de que para ser uma exceção, você
não pode pensar da maneira comodista que a maior parte das pessoas. “Se
você quer chegar onde poucos chegaram, precisará fazer o que poucos têm
coragem e disposição para fazer”, completa.
O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?
Moysés Peruhype Carlech
Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”,
sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de
resto todas as lojas dessa cidade no Site da nossa Plataforma Comercial
da Startup Valeon.
Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer
pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as
minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais
uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?
Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a
sua localização aí no seu domicílio? Quais os produtos que você
comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online
com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu
WhatsApp?
Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para
ficarem passeando pelos Bairros e Centros da Cidade, vendo loja por loja
e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.
A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao
mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para
sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em
Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para
enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de
isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos
hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar
pelos corredores dos shoppings centers, bairros e centros da cidade,
durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar
por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que
tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa
barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio
também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.
É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda
do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim
um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu
processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e
eficiente. Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e
aumentar o engajamento dos seus clientes.
Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu
certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer”. –
Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um
grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe
você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o
próximo nível de transformação.
O que funcionava antes não necessariamente funcionará no
futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas
como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos
consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas
tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo
aquilo que é ineficiente.
Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de
pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos
justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer
e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde
queremos estar.
Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a
absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que
você já sabe.
Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo
por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na
internet.
Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a
sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar
você para o próximo nível.
Aproveite essa oportunidade para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.
Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.
A oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) da Câmara afirma que atuará para impedir que o PL 5.719 de 2023 avance na Casa Baixa. A proposta enviada pelo Executivo visa a permitir que o BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) volte a financiar obras
e serviços prestados por empresas brasileiras no exterior. Eis a íntegra (PDF – 148 kB).
Congressistas da oposição ouvidos pelo Poder360 afirmam
que o Executivo irá encarar resistência na Câmara para a aprovação do
texto. Também visam, como manobra, tentar votar a PEC 3 de 2023, do deputado Mendonça Filho (União
Brasil-PE), que define a competência do Congresso para autorizar
empréstimos de instituições financeiras públicas para outros países.
O líder da oposição na Casa Baixa, deputado Carlos Jordy (PL-RJ), disse não crer que o projeto de lei “tenha força para ser aprovado no Congresso Nacional”, pois seria um “escárnio com o erário público e com o povo brasileiro”.
“Mesmo dizendo que países inadimplentes não poderiam ser
beneficiados com o projeto, há a possibilidade de que possam renegociar
formalmente a dívida e assim poderiam receber investimentos do BNDES”, declarou o congressista.
O trecho citado por Jordy está presente no texto do PL. Lê-se:
“É proibida, nos financiamentos à exportação de serviços, a concessão de
novas operações de crédito entre o BNDES e as pessoas jurídicas de
direito público externo inadimplentes com a República Federativa do
Brasil, exceto nas hipóteses em que houver a formalização da
renegociação da dívida.”
Pessoas jurídicas de direito público são países, integrantes de uma
federação ou seus respectivos órgãos. Atualmente, 3 nações são devedoras
do BNDES: Venezuela, Cuba e Moçambique (leia mais abaixo).
“O projeto vai totalmente na contramão do bom senso e do que pede
a população, que é transparência e limitação às transferências de
recursos para outros países. Vamos trabalhar pela aprovação da PEC 3 de
2023 para garantir isto”, afirmou o líder da oposição.
O deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP), que foi vice-presidente da CPI do BNDES, em 2019, disse durante a comissão que pôde “constatar
que esses empréstimos do banco para o exterior só serviram para
exportar corrupção, para enviar dinheiro público do Brasil para
empreiteiras corruptas e também para ditaduras aliadas do petismo”.
“Eu, pessoalmente, vou obstruir. Vou apresentar todos os
requerimentos de obstrução e a oposição vai se posicionar de maneira
contrária, não tenho a menor dúvida disso”, declarou o congressista.
Kataguiri disse também que esse ano “quase foi aprovada a admissibilidade” da
PEC 3 de 2023 que submete os empréstimos de instituições públicas ao
Congresso Nacional. Afirmou que continuará apoiando a proposta.
“Acredito, sim, que o governo terá muita dificuldade de
emplacar a volta do financiamento dessas obras que posteriormente, tanto
na CPI do BNDES, como na Lava Jato, se demonstraram gargalos de
corrupção”, afirmou.
Kataguiri ainda disse que a proposta de retomada da modalidade de crédito pelo BNDES é “uma prática nefasta” do governo Lula.
MODALIDADE SUSPENSA
A modalidade de crédito do BNDES foi suspensa em 2016, depois que
construtoras brasileiras beneficiadas pela medida passaram a ser
investigadas na operação Lava Jato. Antes da interrupção, a linha de
crédito financiou obras controversas. Entre elas, o metrô de Caracas, na Venezuela, e o Porto de Mariel, em Cuba.
O texto que quer retomar essa modalidade foi enviado pelo Planalto no
momento em que a Câmara dos Deputados analisa uma PEC (Proposta de
Emenda à Constituição) que busca dar aos congressistas o poder de vetar
operações realizadas no exterior.
O BNDES discutiu o conteúdo da proposta com o TCU (Tribunal de Contas da União). A Corte teria sugerido um artigo para “blindar” o Planalto de críticas ou de tomar calotes.
Em um dos trechos, lê-se: “É proibida, nos
financiamentos à exportação de serviços, a concessão de novas operações
de crédito entre o BNDES e as pessoas jurídicas de direito público
externo inadimplentes com a República Federativa do Brasil, exceto nas
hipóteses em que houver a formalização da renegociação da dívida.”
Pessoas jurídicas de direito público são países, integrantes de uma federação ou seus respectivos órgãos.
Dados do BNDES mostram que 3 países acumulam dívidas de US$ 1,16 bilhão no acumulado até setembro de 2023:
Venezuela – US$ 762 milhões;
Cuba – US$ 273 milhões;
Moçambique – US$ 122 milhões.
Outros US$ 463 milhões estão por vencer desses países.
A única exceção ao que determina o projeto é caso haja a renegociação
formal da dívida pendente. O texto prevê medidas de transparência e
autoriza o BNDES a criar subsidiárias no Brasil.
O governo brasileiro quer que o BNDES financie a construção do gasoduto Néstor Kirchner, na Argentina. Lula disse, em 26 de junho, estar “muito satisfeito” com a perspectiva “positiva” de o financiamento ocorrer.
“Fico muito satisfeito com as perspectivas positivas de
financiamento do BNDES à exportação de produtos para a construção do
gasoduto Presidente Néstor Kirchner. Estamos trabalhando na criação de
uma linha de financiamento abrangente das exportações brasileiras para a
Argentina”, declarou o presidente na época.
O governo registrou rombo de R$ 75,1 bilhões nas
contas públicas no acumulado de janeiro a outubro de 2023 em valores
nominais. O resultado é o pior desde 2017 ao seguir o mesmo critério,
quando houve deficit de R$ 104,5 bilhões.
Ao considerar o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo),
o rombo é de R$ 74,6 bilhões no acumulado de janeiro a outubro deste
ano. É o pior saldo desde 2019, quando atingiu deficit de R$ 81,9
bilhões.
Os dados são do Tesouro Nacional. Eis a íntegra da apresentação (PDF – 997 kB).
Eis a trajetória do resultado primário de janeiro a outubro de 2023:
O governo, no entanto, piorou a projeção para o resultado primário deste
ano. O rombo estimado para 2023 passou de R$ 141,4 bilhões (1,3% do
PIB) em setembro para R$ 177,4 bilhões em novembro (1,7% do PIB).
A secretária adjunta do Tesouro, Viviane Varga, disse nesta 3ª (28.nov) não ver “dinâmica explosiva” na trajetória das contas públicas. Em entrevista a jornalistas, ela afirmou que a nova regra fiscal “aponta” para uma “trajetória de estabilização”.
SUPERAVIT EM OUTUBRO
O governo federal registrou superavit de R$ 18,3 bilhões em outubro de 2023.
O resultado é inferior ao obtido no mês em 2022 e em 2021, quando houve
saldo positivo de R$ 32,1 bilhões e R$ 31,8 bilhões, respectivamente,
em termos reais –quando considera o IPCA.
Viviane Varga afirmou que o resultado foi “acima do esperado” pelo mercado financeiro. As projeções obtidas pelo Poder360 variavam de superavit de R$ 11,9 bilhões a R$ 18,3 bilhões.
O presidente eleito da Argentina, o ultraliberal Javier Milei, deixou
Washington na terça-feira (28) com uma impressão “muito boa” do governo
do democrata Joe Biden, que lhe estendeu as mãos com base em
“prioridades compartilhadas”, incluindo a “energia limpa” e a “defesa
dos direitos humanos”.
Em seu segundo dia nos Estados Unidos, Milei esteve na Casa Branca
para um primeiro contato com colaboradores de máxima confiança de Biden,
que viajou para Atlanta para o funeral da ex-primeira-dama Rosalynn
Carter.
O presidente eleito e uma equipe reduzida conversaram com Jake
Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional; com Juan González,
principal conselheiro presidencial para a América Latina; com o
subsecretário de Estado para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Brian
Nichols, e com o embaixador dos Estados Unidos na Argentina, Marc
Stanley.
Milei partilhou com eles “sua visão sobre a agenda geopolítica
internacional alinhada com o Ocidente e a sua defesa dos valores da
liberdade”, informou seu gabinete em um comunicado publicado na rede
social X.
A reunião lhe causou uma impressão “muito boa”, declararam à AFP
fontes de seu partido, A Liberdade Avança, que pediram anonimato.
Sullivan felicitou Milei novamente por sua vitória eleitoral e se
comprometeu “a prosseguir com a cooperação” bilateral estreita, segundo
um comunicado divulgado pela Casa Branca durante a noite.
O influente conselheiro afirmou que se reuniu com Milei “para
discutir a importância de seguir construindo a relação sólida entre os
Estados Unidos e a Argentina em temas econômicos e nas prioridades
compartilhadas, como o investimento em tecnologia e energia limpa, a
defesa dos direitos humanos e defesa das democracias em todo o mundo”.
Uma forma diplomática de mencionar dois temas: o aquecimento global,
essencial na agenda de Biden e questionado por Milei, e os direitos
humanos, depois que o presidente eleito da Argentina, de 53 anos,
questionou o número de desaparecidos durante a ditadura em seu país.
Milei viajou aos Estados Unidos para abrir portas e o fez pelas mãos
do embaixador Stanley, com a esperança de converter o país
norte-americano em seu principal aliado e marcar distâncias com China e
Rússia.
Pelo que se sabe, não houve encontros com membros do Partido
Republicano nem com o ex-presidente Donald Trump, com quem Milei se dá
muito bem e é frequentemente comparado.
Da Casa Branca, ele seguiu para o aeroporto para retornar à
Argentina, sem se reunir com a diretora-gerente do Fundo Monetário
Internacional (FMI) Kristalina Georgieva, com quem falou na sexta-feira
por videoconferência.
Seu chefe de gabinete Nicolás Posse e Luis Caputo, cotado como futuro
ministro da Economia argentino, permaneceram nos Estados Unidos para
uma reunião a nível técnico no FMI liderada pela número dois da
organização, Gita Gopinath. Pela manhã, mantiveram outro encontro com
funcionários do Departamento do Tesouro americano.
A Argentina tem que saldar um empréstimo de 44 bilhões de dólares
(cerca de R$ 215 bilhões na cotação atual), em meio à sua pior crise
econômica em duas décadas, com inflação de 140% e 40% da população na
linha de pobreza.
– ‘Desafios complexos’ –
“Debateram os desafios complexos que o país enfrenta e os planos para
fortalecer urgentemente a estabilidade e assentar as bases de um
crescimento mais sustentável”, informaram fontes oficiais do FMI.
“Ambas as equipes vão continuar colaborando estreitamente no futuro”, acrescentaram.
A equipe de Milei espera que a relação com o Fundo seja fluida, dado
que o presidente eleito, que se autodefine como anarcocapitalista, não
teme os cortes de gastos.
O novo presidente propõe privatizar boa parte das empresas estatais e
prometeu cortar os gastos públicos, inclusive mais do que pede o FMI.
Este “outsider” da política que tem aversão ao que chama de “casta”, a
elite política tradicional, advertiu que vai tomar decisões “difíceis”
quando assumir o cargo em 10 de dezembro.
De cara, a Argentina precisa de recursos para fazer frente ao último vencimento do ano.
Para isso, teria que passar na análise regular do Fundo para
averiguar se o país cumpre as condições fiscais e de reservas. O
problema é que os números não batem. Milei também pode optar por
repensar o programa de crédito com o FMI.
Enquanto isso, continuam as gestões para definir o governo que moldará a nova Argentina.
O último nome confirmado é o de Eduardo Rodríguez Chirillo, que
estará à frente da pasta de Energia, segundo confirmou o gabinete de
Milei em comunicado.
A primeira viagem aos Estados Unidos de Milei como presidente eleito
começou na segunda-feira em Nova York, onde ele almoçou com o
ex-presidente democrata Bill Clinton.
Antes, usando um kipá, visitou o túmulo do rabino de Lubavitch na
metrópole dos arranha-céus. Um ato simbólico para o político argentino,
de religião católica, mas muito interessado no judaísmo e a estreitar
laços com Israel.
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para autorizar o
governo a quitar o estoque de precatórios atrasados sem violar as regras
fiscais. O julgamento ainda não foi concluído, mas a maioria dos
ministros acompanhou o voto do relator, Luiz Fux, para quem o limite
anual para saldar esses compromissos é inconstitucional.
A origem desse imbróglio foi a Proposta de Emenda à Constituição
(PEC) 23/2021, instrumento utilizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro
para abrir espaço para um festival de medidas populistas às vésperas da
eleição.
Antes mesmo da apresentação da PEC, quando o então ministro da
Economia, Paulo Guedes, comparou o volume dessas dívidas a um “meteoro”,
este jornal já acusava o calote, único nome possível para designar o
plano que começava a ser desenhado.
Para piorar, o calote daria origem a uma bola de neve de R$ 250
bilhões para 2027, soma dos valores represados de 2022 a 2026. Se nada
fosse feito até lá, a dívida ocuparia todo o espaço das despesas
discricionárias daquele ano e implodiria de vez o orçamento.
Aproveitando-se de duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adin)
apresentadas ao Supremo, o governo Lula se antecipou à provável
derrota. Em petição ao STF, a Advocacia-Geral da União (AGU) reconheceu a
inconstitucionalidade da medida e pediu a abertura de R$ 95 bilhões em
créditos extraordinários para assim quitar o estoque acumulado.
A tese, ao que tudo indica, será aceita pelo STF – e não apenas até
2024, como queria o governo, mas até 2026. Considerando as alternativas,
esta parece ser a solução menos ruim. O ideal, e o correto, seria
acomodar esses gastos dentro do Orçamento, contabilizar a dívida no
limite de despesas e considerá-la na apuração da meta fiscal.
Chama a atenção, no entanto, a generosa interpretação que Fux deu ao
julgar a PEC dos precatórios. Ignorando o contexto político em que a
proposta foi apresentada, o ministro a considerou “medida proporcional e
razoável para que o poder público pudesse enfrentar a situação
decorrente de uma pandemia mundial em 2022?, configurando-se como
“providência fora de esquadro” apenas em 2023.
Ora, todos sabem que a intenção da PEC nunca foi enfrentar a
emergência sanitária, mas somente atender aos interesses de um
presidente que se candidataria à reeleição.
O STF, no entanto, pretende impor limites ao acordo proposto pelo
governo. Em seu voto, Fux recusou a possibilidade de segregar as
parcelas dos precatórios – ideia que resultaria em nova manobra contábil
para facilitar o cumprimento das metas fiscais. Assim, principal, juros
e correção monetária continuam a ser classificados como despesa
primária, como manda a contabilidade pública e os padrões internacionais
seguidos pelo Banco Central (BC).
Em tempos tão estranhos, o fim do calote institucionalizado e a
rejeição ao retorno da contabilidade criativa certamente são algo a
comemorar. Mas não deixa de ser estarrecedor que a PEC dos precatórios
tenha sido tão facilmente aprovada pelo Congresso – e, pior, que uma
parte dela tenha sido avalizada pelo STF.
História por Vinícius Valfré, Julia Affonso e Daniel Weterman • Jornal Estadão
BRASÍLIA – O ministro das Comunicações, Juscelino Filho,
concedeu 31 retransmissoras de televisão para um mesmo empresário da
sua base política no Maranhão. Nenhuma outra emissora no País teve
tantos pedidos do mesmo tipo atendidos neste ano, aponta levantamento
exclusivo do Estadão. Todos foram aprovados a jato, num período entre cinco a oito meses.
A TV Difusora pertence ao advogado Willer Tomaz de Souza, compadre do senador Weverton Rocha (PDT-MA),
aliado de primeira hora do ministro. O responsável no Ministério das
Comunicações pela área que dá aval aos pedidos é ex-sócio do dono da TV.
Juscelino diz que agiu com base em critérios técnicos e nega ter
beneficiado os aliados (Leia mais abaixo).
Na prática, as autorizações concedidas pelo ministro aumentam a
influência da emissora no Maranhão, ampliam o valor comercial da empresa
e permitem maior arrecadação com publicidade. As outorgas são dadas
pelo governo sem custos, mas podem ser negociadas em um mercado paralelo
por empresários. Dependendo do local onde a retransmissora está
instalada pode valer milhões de reais.
O negócio se torna ainda mais interessante para o grupo porque, das
31 solicitações de retransmissão atendidas pelo ministro, 27 são para
cidades localizadas na Amazônia Legal. A legislação permite que um canal
nesta região não só reproduza os programas da “emissora-mãe”, mas
também tenha conteúdos informativos e publicitários locais, o que torna o
negócio rentável.
Em outra frente, a ampliação do sinal da Difusora pelo Maranhão pode
ajudar o ministro e políticos aliados a fazerem propaganda de suas
ações. Em janeiro, o ministro nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula
da Silva foi retratado pela emissora como “nosso querido Juscelino
Filho”. “A TV Difusora está sempre de portas abertas. Qualquer
informação que o Ministério queira divulgar, é só entrar em contato
conosco, que nós estamos à disposição”, afirmou o apresentador.
Ministério das Comunicações beneficiou TV maranhense
Durante duas semanas, o Estadão identificou todas as
autorizações de serviço de retransmissão de TV, em caráter primário e
secundário, concedidas por Juscelino em 2023. As medidas que
beneficiaram a emissora do grupo do ministro e de Weverton tramitaram
por um período entre cinco a oito meses. Enquanto isso, há pedidos
protocolados entre 2019 e 2022 aguardando deliberação, em diferentes
fases. O Estadão conversou com advogados, engenheiros e
consultores da área. Todos foram unânimes em apontar que a tramitação
dos processos é lenta e sujeita a influência política.
Ministro das Comunicações no governo de Fernando Henrique Cardoso,
Juarez Quadros afirma que a liberação de outorgas de retransmissão de TV
é um ato “altamente discricionário”, apesar da necessidade de
cumprimento de requisitos técnicos. Ele considera que as outorgas são
influenciadas por aspectos políticos.
“Depende muito da orientação política de plantão. Ou seja, não é uma
licitação em que alguém ganha por preço ou avaliação de condições
técnicas. É a vontade do governo de plantão de liberar ou não, desde que
esteja em conformidade com toda a regulação. O critério não é um
critério muito técnico. É um critério mais político”, frisou.
O ex-ministro afirmou também que é comum uma maior quantidade de
demandas da região do chefe da pasta. Contudo, pontuou que cabe ao
ministério equilibrar as liberações. Segundo ele, quando chefiou o
ministério, no início dos anos 2000, essa era uma orientação pessoal de
FHC.
“Quando a autoridade é de um determinado estado, a demanda daquele
estado se apresenta diante da autoridade de plantão. Mesmo sendo
paraense, eu tratava de equilibrar isso para não ficar dando atenção a
um determinado grupo, a um determinado estado. A orientação do próprio
presidente da República era atender a todos desde que dentro da
legislação fosse possível. Evitávamos concentrações”, comentou.
Os 31 municípios para onde a TV Difusora poderá ser retransmitida a
partir de portarias do atual ministro somam cerca de 418 mil habitantes.
Para efeito comparativo, Juscelino Filho foi eleito deputado federal
com 142.419 votos. A candidata à Câmara mais votada pelos maranhenses
foi Detinha (PL), com 161.206. O menos votado, Márcio Honaiser (PDT),
teve 54.547.
Ex-senador diz que arrendou TV para aliado de Juscelino
A Difusora é a primeira emissora de TV do Maranhão. Fundada na década de 1960, já foi comandada pela família do ex-senador Edison Lobão (MDB-MA). O filho do ex-parlamentar, o ex-senador Edinho Lobão, contou ao Estadão que arrendou a rede para Weverton, em 2016, e depois a vendeu a Willer Tomaz, compadre do parlamentar.
“Depois de alguns eventos que ocorreram em São Luís, ele (Weverton) perdeu a capacidade de arrendamento e a emissora acabou sendo vendida para um amigo dele (Willer Tomaz)”, relatou.
Weverton Rocha é braço direito de Juscelino Filho e um dos padrinhos de sua indicação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao Estadão,
o senador afirmou que “a informação de arrendamento é equívoco”. “Eu
nunca arrendei a Difusora”, afirmou. A Constituição impede deputados e
senadores de terem rádio e TV.
Willer Tomaz já foi descrito pela emissora como “acionista” do grupo,
em abril deste ano, e como presidente do Conselho do Sistema Difusora,
em setembro de 2021. Na Receita Federal, a Difusora está sob controle da
irmã de Tomaz, a cirurgiã-dentista e auxiliar em saúde bucal Christine
Tomaz de Souza, e da empresa Difusora Comunicação S/A.
O Estadão identificou que a irmã do advogado assinou
de próprio punho ao menos sete pedidos de retransmissão da Difusora
enviados ao Ministério das Comunicações neste ano. A solicitação foi
endereçada às áreas competentes da pasta, dentre elas, o Departamento de
Radiodifusão Privada.
Como revelou o Estadão, o departamento é comandado por um ex-sócio de Willer Tomaz,
o advogado Antonio Malva Neto. Ele foi nomeado por Juscelino Filho para
a diretoria de radiodifusão privada em fevereiro. Malva Neto já foi
assessor parlamentar do senador Weverton Rocha e não tem a radiodifusão
como especialidade jurídica.
Pelo departamento de Malva Neto passam todos os pedidos de
retransmissão de emissoras privadas. Notas técnicas do ministério
obtidas pelo Estadão identificam o advogado como a pessoa que aprova as solicitações das emissoras privadas.
Willer Tomaz é um advogado que está entranhado no poder em Brasília e
mantém amizades com políticos de diferentes espectros políticos. Além
de Weverton, é amigo do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e do presidente
da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) – para quem também advoga.
Em julho, Tomaz embarcou em um cruzeiro, no navio do cantor Wesley
Safadão, rumo às Bahamas. Passageiros filmaram o advogado assistindo a
um show, ao lado de Lira, Weverton e as respectivas mulheres, ao som da
música “Ar Condicionado no 15?.
O que dizem o ministério e a TV Difusora
O Ministério das Comunicações afirmou que “os processos da TV
Difusora foram analisados junto com tantos outros” e que, por se tratar
de um “canal de rede exclusiva”, é possível um “tratamento mais célere
por ausência de concorrência”. Contudo, as liberações foram para os
canais 38, 39, 41 e 42. Segundo a portaria 7.770, de dezembro de 2022, a
Difusora só tem rede no canal 38 do Maranhão.
A pasta de Juscelino informou ainda que existem 9.650 pedidos em
tramitação. “Cabe destacar que as análises dos processos de radiodifusão
são sempre pautadas em critérios técnicos analisados por servidores do
ministério. Apenas após a rigorosa análise técnica, o processo é enviado
para despacho do ministro permitindo-o decidir com tranquilidade sobre
os processos já aprovados por sua equipe técnica da Secretaria de
Comunicação Social Eletrônica”, diz a pasta.
O CEO da TV Difusora, Leo Felipe, disse que o papel da emissora é a
meta é “promover a maior integração possível dos municípios maranhenses”
e “cobrir 100% do território”.
Ele também ressaltou que as entrevistas concedidas pelo ministro para
a emissora se deram “dentro do âmbito ético do bom jornalismo, dentro
do acompanhamento da agenda local, e com ampla cobertura de todos os
veículos de comunicação locais, incluindo os nossos concorrentes
diretos”.
O advogado Willer Tomaz afirmou que as perguntas feitas a ele
deveriam ser “respondidas pelos órgãos competentes, a quem cabe atuar no
processo de todas as outorgas realizadas no Brasil”.
Dados da Hogan Assessments mostram que gestores preferem segurança e estabilidade, evitam riscos e têm resistência à mudança
Ao contrário do senso comum, gestores brasileiros costumam liderar
sob uma perspectiva mais conservadora – e com bem menos carisma do que
se imagina. Esses são os resultados do estudo “Personalidade dos Líderes
Brasileiros”, desenvolvido pela Hogan Assessments, em parceria com a
Ateliê RH, sua distribuidora no Brasil.
Uma das maiores editoras de testes de personalidade do mundo e
utilizada por mais de 300 empresas da lista das 500 Maiores Empresas da
Forbes, a Hogan Assessments atende o mercado brasileiro desde 2003, ano
em que a Ateliê RH passou a representar a empresa no país. De lá pra cá,
as maiores empresas em atuação no Brasil já utilizaram os testes da
Hogan para avaliação, seleção e desenvolvimento de pessoas.
“O senso comum de que os líderes brasileiros são flexíveis e
adaptáveis não é confirmado pelo nosso levantamento. E, apesar da fama
de mais extrovertidos e expressivos, nossos dados indicam que a força de
trabalho e os gestores são menos propensos a criar vínculos em
comparação com os globais”, explicou Roberto Santos, Sócio-diretor da
Ateliê RH.
A pesquisa foi feita a partir de uma mostra global de 19.970 gestores – e um recorte brasileiro de cerca de 388 gestores.
Perfil conservador
Talvez o traço de personalidade mais surpreendente apontado pela
pesquisa tenha sido a característica mais conservadora da liderança
brasileira. “Em geral, os gestores preferem segurança e estabilidade,
evitam riscos, seguem regras, têm resistência à mudança e são menos
imaginativos do que os gestores globais”, explica Santos.
“Curiosamente, apesar de nossa reputação de sermos divertidos para
trabalhar e amantes de carnaval e samba”, nossos dados mostram que os
gestores brasileiros são menos hedonistas que líderes de outros países.
Esse é um outro estereótipo que diverge bastante do que achamos de nós
mesmos, e até mesmo do que o resto do mundo pensa de nós”, aponta o
executivo.
Nessa linha, a pesquisa também apontou um outro dado que conflita
totalmente com o senso comum de que brasileiros são bons em se
comunicar: por incrível que pareça, gestores de outros países são mais
carismáticos e charmosos que os brasileiros. Apesar disso, os
brasileiros são mais empáticos e colaborativos que a média global, e
frequentemente demonstram preocupação com as necessidades e emoções de
seus funcionários, além de serem ouvintes ativos.
Se por um lado os gestores brasileiros exibem esse traço empático,
por outro, o excesso de preocupação com valores tradicionais e regras
–outro traço apontado pela pesquisa – mostra que esses líderes têm
extrema dificuldade em flexibilizar valores diante de outros, levando a
vieses inconscientes que impedem a formação de uma cultura inclusiva.
“Paternalista Prepotente”
Na comparação do perfil dos gestores brasileiros com o dos gestores
de outros países, os líderes nacionais tendem a ser menos ambiciosos e
orientados para o poder – embora privilegiem a estabilidade em suas
questões financeiras em maior grau que a média global.
Sob estresse, os brasileiros são mais ousados, o que pode levar a um
comportamento marcado pela arrogância e prepotência em comparação com a
média global. “Essa característica, combinada a uma maior sensibilidade
interpessoal, pode trazer à tona um perfil de líder paternalista
prepotente em períodos de maior tensão”, explica Santos.
“Estes dados apontam para a importância de se apoiar em instrumentos
de avaliação com validade científica comprovada em decisões sobre
pessoas, em vez de baseá-las em avaliações subjetivas contaminadas por
estereótipos que não se comprovam empiricamente” diz o executivo.
A metodologia Hogan é baseada na avaliação da personalidade no dia a
dia e sob estresse, motivações, valores e estilo cognitivo, sendo
utilizada em mais de 57 países. “Os testes de personalidade da Hogan são
baseados em décadas de pesquisas sobre a psicologia e a mensuração da
personalidade e eles têm sido validados em relação a critérios externos,
incluindo avaliação de desempenho no trabalho e avaliações por
colegas”, finaliza o especialista.
Forma de plantio utilizada nos solos do Estado requer cuidado e
conhecimento para que os grãos destinados aos consumidores sejam de alta
qualidade
Por mais que seja um pequeno grão que acompanha o prato de vários
brasileiros, para que o arroz chegue da melhor forma aos consumidores
espalhados em todo país, os agricultores precisam dominar as técnicas de
plantio e cultivo. Em Santa Catarina, o método adotado e que também
distingue o cereal cultivado no Estado, do de outras localidades, é o
pré-germinado. Com ele, o arroz plantado cresce com grandes quantidades
de nutrientes e vitaminas essenciais para a saúde humana.
O cultivo de arroz em Santa Catarina começou há mais de 100 anos,
juntamente com os imigrantes europeus. Décadas depois, com a promulgação
da Lei Nº 86.146 em 1981, foi criado o Programa Nacional para
Aproveitamento de Várzeas Irrigáveis, conhecido como Provárzeas
Nacional. A iniciativa teve como objetivo dar uma melhor utilização para
as áreas úmidas das beiras de rios e, no Estado, a cultura que mais se
adaptou foi o arroz.
Neste cenário, como já existiam estudos anteriores sobre o sistema
irrigado pré-germinado, com o Provárzeas, os solos foram nivelados para
receber a modalidade de cultivo. Atualmente, segundo dados da Empresa de
Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), 85%
dos solos catarinenses utilizam o sistema de arroz irrigado nos 147 mil
hectares de terras disponibilizados.
A base para o plantio
O sistema do arroz irrigado ganha força e destaque entre os
agricultores devido à sua capacidade de se adaptar a solos úmidos, um
aspecto que prevalece no clima subtropical da região Sul do Brasil. Além
disso, o sistema apresenta alta produtividade, o que é uma das
principais vantagens da semeadura. Ao ser cultivada em uma lâmina
d’água, as sementes estão preparadas para germinar, garantindo uma
colheita bem-sucedida.
E para que a germinação ocorra, o grão é levado a um encharcamento –
ficando submerso na água – de 24 a 30 horas, dependendo da temperatura
ambiente. Depois de retirá-lo deste processo, ele fica em repouso por 24
a 48 horas até brotar. “Quando semeamos na arrozeira, no terreno, a
semente já está germinando e, por isso, pode se desenvolver dentro
d’água, enquanto as sementes das plantas daninhas, não. Isso permite o
melhor manejo dos arrozais, aumentando a produtividade, pois reduz a
competição com o arroz, que pode se desenvolver plenamente”, explica o
engenheiro agrônomo e coordenador estadual do programa Grãos da Epagri,
Douglas George de Oliveira.
Na visão do presidente do SindArroz-SC, Walmir Rampinelli, o arroz de
Santa Catarina é aceito em todas as partes do mundo, principalmente,
pela qualidade e tratamento. “Além de ser um alicerce para a economia,
temos a Epagri que nos ajuda no desenvolvimento de novas cultivares que
tem o potencial de produção muito forte. São todos esses fatores
combinados, que dão a Santa Catarina o título de maior produtividade”,
enfatiza.
O arroz catarinense se destaca no cenário nacional, devido à
qualidade e pelo emprego de uma técnica especial de beneficiamento: a
parboilização. O desenvolvimento de variedades especiais e também de
tecnologias industriais de preparo do grão faz com que o produto
catarinense seja reconhecido como o melhor arroz parboilizado, trazendo
reconhecimento e abrindo mercados.
Preparo inicial do solo
Seguindo o contexto do Provárzeas Nacional, os produtores começam a
fazer as preparações das terras com o auxílio da Epagri, para deixar os
solos em nivelamento zero. “Essa fase da sistematização acontece uma vez
só, e depois de pronta, é preparada todos os anos para semear o arroz.
Então, no pré-geminado, enche-se a lavoura de água para semear, e com um
equipamento, é realizado o revolvimento do solo, formando uma lama
viscosa. Posteriormente, é feito o alisamento para deixar a terra bem
nivelada, para que a água fique por cima, mantendo a essência do sistema
utilizado”, complementa Oliveira.
Em relação às práticas aplicadas pelos agricultores, a principal é a
forma de semear em lanço, em que a semeadeira joga o grão germinado de
forma não linear para facilitar o crescimento. Para Rampinelli, o
diferencial do plantio catarinense é a forma do preparo da terra, uma
vez que os agricultores manuseiam as pequenas plantações com carinho,
podendo olhar para cada pequeno detalhe com muito cuidado e, com isso,
fazendo com que os campos tenham muita uniformidade e desempenho em cada
metro quadrado.
Processo de beneficiamento nas indústrias
Finalizado este processo de manejo e cuidado do grão, após cultivado e
colhido, ele é encaminhado para o beneficiamento nas indústrias. A
carga com a matéria prima, após coletada a amostra, é enviada para
balança e registro de peso. No tombador ou moega, de forma automática, o
arroz é descarregado, passando pelo processo de peneiras para retirar
as impurezas.
Como o grão colhido chega à indústria de forma úmida, ele passa pelos
secadores contínuos para retirar a umidade excessiva e, por
consequência, não comprometer sua qualidade. Por um período mínimo de
amadurecimento de 20 a 30 dias, a matéria-prima recebe o processo de
aeração de forma automática, por meio de aeradores.
Tanto a fase de cultivo, quanto a de beneficiamento são de grande
importância para a cadeia produtiva do arroz. “Após o zelo dos
agricultores, as indústrias preparam o cereal para que ele chegue com a
melhor qualidade possível nas prateleiras dos supermercados. O empenho
dessas duas frentes é que faz com que a produção catarinense seja
destaque a nível internacional”, enfatiza o presidente do SindArroz-SC.
Junior Borneli – Founder da StartSe – Redação de Priscila Antunes
Depois de diminuir o valor da bolsa da Microsoft com a demissão de Altman da Open AI, os números viraram. Entenda!
Satya Nadella (Foto: Getty Images)
E tome mais um recorde!
A Microsoft chegou ao seu maior valuation da história. Esse marco
veio depois do anúncio da contratação de Sam Altman, ex-CEO da OpenAI,
numa grande reviravolta.
Na sexta-feira passada, divulgamos que a Microsoft havia atingido seu topo de valorização: US$ 2,68 trilhões.
Com todas as movimentações dos últimos dias, o número mudou. O valor
de mercado da empresa bateu US$ 2,81 trilhões, muito perto do valor de
mercado da Apple, que é a empresa mais valiosa do mundo.
Inclusive, a empresa fundada por Steve Jobs bateu US$ 3 trilhões
hoje, voltando a ultrapassar essa barreira icônica de valor de mercado.
Agora, veja: a importância da Inteligência Artificial nos negócios da Microsoft continua firme e forte.
A demissão de Sam Altman da OpenAI, abalou não apenas o mercado de
tecnologia, mas o presidente da empresa, Greg Brockman. Ele chegou a
divulgar no X, antigo Twitter, que após ser destituído do cargo de
conselheiro e apenas avisado sobre a demissão de Altman, também pediu
seu desligamento.
E trazendo essas figuras para dentro, Satya deixa clara sua jogada em tornar a frente de pesquisa em IA cada vez mais avançada.
Essa história está só no começo…
POR QUE IMPORTA?
Fato é: o desligamento de Sam Altman da Open AI pegou todos de
surpresa. E movimentações como essa só mostram como o mercado está cada
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