segunda-feira, 27 de novembro de 2023

MILEI DIPLOMATICAMENTE CONVIDA LULA PARA A SUA POSSE

História por admin3  • Revista Planeta

Presidente eleito da Argentina muda o tom e diz que gostaria da presença do brasileiro quando assumir o poder, em 10 de dezembro. Documento foi entregue ao ministro Mauro Vieira pela futura chanceler argentina.Uma semana após ter sido eleito presidente da Argentina, Javier Milei parece ter moderado o discurso. Durante a campanha, o argentino chamou o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, de corrupto e comunista e desdenhou do Mercosul.

No entanto, neste domingo (26/11), a deputada argentina eleita Diana Mondino, escolhida por Milei como futura chanceler, esteve em Brasília e se reuniu com o ministro de Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira.

Mondino entregou a Vieira pessoalmente um convite assinado por Milei para que Lula compareça à posse do argentino no dia 10 de dezembro.

Além disso, segundo o Itamaraty, Mondino e Vieira também discutiram aspectos da relação bilateral e do atual estágio das negociações do acordo entre Mercosul e União Europeia. A reunião foi acompanhada pelos embaixadores do Brasil em Buenos Aires, Julio Bitelli, e da Argentina em Brasília, Daniel Scioli.

Apesar da cordialidade de Mondino, ainda não está confirmado que Lula viajará a Buenos Aires para a posse de Milei. Segundo interlocutores, um dos obstáculos seria a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, que estará na capital argentina acompanhado de uma delegação que inclui seus filhos Flávio e Eduardo e sua esposa, Michelle.

Mudança de tom

A vitória do candidato populista de direita para presidência da Argentina levantou dúvidas em relação ao futuro das relações diplomáticas e econômicas com o Brasil devido à postura do candidato ao longo da campanha.

Milei defendeu a saída da Argentina do Mercosul, mas depois recuou e passou a pedir apenas mudanças no bloco econômico, que reúne também Uruguai, Brasil e Paraguai.

Durante a campanha, Milei também disse que seu país não faria mais negócios com o Brasil, nem com a China, dois dos principais parceiros comerciais da Argentina.

No entanto, no decorrer da semana, Milei já baixou o tom de várias de suas declarações – o presidente não tem maioria absoluta no Congresso e, segundo observadores, precisa maneirar o discurso se quiser aprovar projetos.

Um exemplo da mudança de tom foi a relação com o papa Francisco, a quem chegou a acusar de estar ligado a “ditaduras sangrentas”.

Esta semana, Milei conversou por telefone com Francisco e convidou o pontífice a visitar a Argentina como chefe de Estado do Vaticano e líder da Igreja Católica.

le (Agência Brasil, ots)

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O LIDER TEM QUE TER CORAGEM DE ENFRENTAR E TER CORAGEM PARA SEREM FIRMES NAS SUAS DECISÕES

 

História por Aryel Fernandes  • IstoÉ Dinheiro

Por Jorge Sant’Anna 

O filme Spartacus, de Stanley Kubrick, narra a história de um escravo romano que se transforma em gladiador e lidera uma grande revolta de escravos contra as legiões romanas. Ameaçada, Roma envia as melhores legiões e generais para combater o exército de Spartacus.

Spartacus sabia que a última batalha seria muito difícil e que a maioria de seus seguidores iria perecer, mas fez sua ronda noturna conversando, animando e confortando cada membro do grupo. Não se escondeu atrás da sua comitiva e responsabilidades: se preocupou em ser empático com os que partiriam e referência para quem continuaria a seu lado.

O mundo BANI (Brittle, anxious, nonlinear e incomprehensible – frágil, ansioso, não-linear e incompreensível), que descreve a complexidade da sociedade atual, tem transformado a relação emprego-empregador. Neste ano, a indústria de IT mundial assistiu à destruição de mais de 240 mil empregos, muito mais baixas do que as do exército de Spartacus.

Tal movimento, com exceções, foi correto, digno e para proteger quem continuou. As demissões coletivas muitas vezes refletem a falta de coragem dos líderes de enfrentar situações difíceis, tentando adiar o processo na expectativa de que haja um novo ciclo positivo: quando decidem agir, é tarde e os danos são maiores.

Em outras situações, o movimento retrata o exercício de poder dos líderes, que definem quem fica e quem sai de forma impessoal e ainda se vangloriam da coragem de serem firmes nas decisões – exageros e erros são comuns.

Há ainda os que demitem sob orientação da matriz e de conselhos de administração, sem defender os colaboradores e destruindo toda a sua segurança psicológica.

Tudo isso é marcado pela covardia e não tratar com dignidade e respeito aqueles que saem e de encarar os que ficam com transparência e sinceridade.

O líder tem que ter a coragem de enfrentar os colaboradores e explicar a situação: ele sofre com o processo e seu time percebe isso, que é o que o reconecta com a empresa e permitea sua retomada

A demissão muitas vezes é inevitável, mas deve ser cuidadosa e planejada, pois causa uma profunda cicatriz na organização, nos que ficam, e pode apagar anos de criação de valor, por falta de coragem de abordar o tema com transparência e até mostrar nossa vulnerabilidade como líderes.

Ter certeza de que de estamos fazendo o movimento no tempo certo e com os colaboradores certos, fazer tudo de uma vez só, preparando corretamente os gestores para a comunicação do evento, atentos à diversidade e inclusão, mantendo a transparência e cuidando dos que ficam são os principais mandamentos para atravessar momentos tão difíceis com crescimento e aprendizado.

Temos que oferecer aos colaboradores que permanecem a continuidade do propósito. O desligamento tem que fazer sentido na estratégia da companhia e não ser percebido como ruptura, para não destruir a segurança psicológica na organização.

O líder tem que ter a coragem de enfrentar os colaboradores e explicar a situação: ele sofre com o processo e seu time percebe isso, que é o que o reconecta com a empresa e permite a sua retomada.

Quantos dos 240.000 empregados que foram demitidos no mundo de IT entenderam a decisão? Quantos dos que ficaram se sentem seguros e comprometidos com a companhia?

Temos que ter a coragem de fazer tudo no momento e do modo certos. Para o líder, agir com convicção, dignidade e empatia faz toda diferença no futuro.

Como os líderes em sua empresa agem em momentos assim?

Jorge Sant’Anna é diretor-presidente e cofundador da BMG Seguros e membro do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Bancos

O post Não seja covarde, faça o que tem de ser feito e direito apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

ENTENDA OS CRITÉRIOS E COMO OS BRASILEIROS PODEM BENEFICIAR DAS ALTERAÇÕES POLÍTICAS PREVIDENCIÁRIAS

 

História por Redação  • Catraca Livre

Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS)© Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Créditos: Pollyana Ventura/ iStock

A questão da aposentadoria é um tópico de grande interesse para milhares de brasileiros, principalmente aqueles que estão planejando o seu futuro e buscando entender as mudanças nas leis previdenciárias.

Recentemente, uma notícia trouxe alegria para muitos, pois indicou o fim da idade mínima para aposentadoria, uma modificação que promete novas vantagens para os trabalhadores. Vamos explorar essas mudanças, entender os critérios e como os brasileiros podem se beneficiar dessas alterações nas políticas previdenciárias.

Reforma da Previdência começou a valer nesta terça-feira, 12© Fornecido por Catraca Livre

A Reforma da Previdência de 2019 e suas mudanças recentes

No início deste ano, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) implementou ajustes nas leis previdenciárias, decorrentes da Reforma da Previdência de 2019. Essas mudanças têm impactos significativos nas regras de aposentadoria por idade mínima, com foco especial nas mulheres.

Anteriormente, a aposentadoria por idade mínima para mulheres era concedida aos 60 anos, mas agora, com as novas diretrizes, a idade mínima foi aumentada para 63 anos. Além disso, são necessários 15 anos de contribuição para ter direito ao benefício. Essa mudança, embora tenha elevado a idade mínima, representa uma tentativa de equilibrar o sistema previdenciário e garantir a sustentabilidade no longo prazo.

Aposentadoria por tempo de contribuição e mudanças em 2019

A Reforma da Previdência de 2019 também trouxe alterações substanciais na aposentadoria por tempo de contribuição. Antes da reforma, a exigência era de 30 anos de contribuição. No entanto, essa exigência foi eliminada, proporcionando maior flexibilidade para aqueles que desejam se aposentar com base no tempo de contribuição ao sistema previdenciário.

Aposentadoria por invalidez sem idade mínima

Uma das mudanças mais notáveis é a introdução de uma nova modalidade de aposentadoria por invalidez, que não requer idade mínima. Esse novo modelo permite que as mulheres se aposentem caso apresentem uma condição médica que as impossibilite de continuar trabalhando. Essa mudança visa oferecer suporte às pessoas que, devido a problemas de saúde, não podem mais exercer suas atividades profissionais.

Regras atuais da aposentadoria por idade mínima

De acordo com as regras vigentes para a aposentadoria por idade mínima, exceto as normas de transição, homens podem adquirir o direito a essa modalidade aos 65 anos de idade e 15 anos de contribuição. Já para as mulheres, é necessário ter pelo menos 62 anos e seis meses de idade, além de 15 anos de contribuição.

Essa diferenciação nas idades mínimas entre homens e mulheres reflete a busca por uma maior igualdade e consideração das especificidades de cada grupo. As mudanças buscam garantir que as mulheres possam se aposentar em condições mais condizentes com suas realidades e contribuições ao longo da vida.

NEGOCIAÇÕES DO FIES COM LULA E BOLSONARO

História por Gabriel Bandeira  • Poder360

As primeiras negociações das dívidas do Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) sob as novas regras aprovadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começaram em 7 de novembro. A iniciativa, no entanto, não apresenta novidades significativas com relação à medida que substituiu, aprovada durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Até mesmo o valor máximo de 99% de desconto, enfatizado por lideranças petistas, já estava vigente.

nova lei, sancionada por Lula em 1º de novembro, revogou a resolução nº 51 de Bolsonaro. A medida provisória do ex-presidente foi publicada em dezembro de 2021 e, depois de ser aprovada pelo Congresso Nacional, ganhou força de lei em julho de 2022.

As duas iniciativas buscam atender estudantes que tenham financiado seus estudos até o 2º semestre de 2017 por meio do Fies e estão com as parcelas atrasadas. O programa do governo federal, criado em 1999, define que os beneficiados devolvam à União o valor investido no custeio dos cursos superiores particulares.

Apesar da substituição, a nova proposta pouco se diferencia da antecessora. Para os descontos, Lula considera valores semelhantes, quando não iguais, aos de Bolsonaro. A novidade está na divisão dos grupos contemplados, que agora passam a incluir pessoas que tenham entrado no programa até 2017 e não tenham atrasos de pagamento, além de criar um subgrupo de estudantes inscritos no CadÚnico.

Entenda as diferenças entre os 2 programas abaixo:

Entenda a diferença da renegociação do Fies sob Lula e Bolsonaro© Fornecido por Poder360

Renegociação no governo Bolsonaro 

Bolsonaro implementou a proposta por meio de uma medida provisória como uma resposta às falas de Lula sobre as dívidas dos estudantes com o programa. Na época (final de 2021), as pesquisas eleitorais já indicavam crescimento de Lula na intenção de voto dos brasileiros.

Em entrevista ao programa Podpah, em 2 de dezembro de 2021, o petista afirmou que era preciso “anistiar os meninos” do Fies. Poucos dias depois, em uma live oficial de 9 de dezembro, Bolsonaro declarou que estava trabalhando em uma proposta no mesmo sentido. No final do mesmo mês, a MP 1090/2021 entrou em vigor. A medida ganhou força de lei em julho de 2022 depois de aprovação no Congresso.

O texto contemplava 3 grandes grupos:

  • grupo 1 – estudantes com débitos vencidos e não pagos há mais de 90 dias em 30 de dezembro de 2021;
  • grupo 2 – estudantes com débitos vencidos há mais de 360 dias em 30 de dezembro de 2021;
  • grupo 3 – estudantes com débitos vencidos e não pagos há mais de 360 dias em 30 de dezembro de 2021, inscritos no CadÚnico ou no Auxílio Emergencial em 2021.

Para cada um deles, o programa estabeleceu um desconto diferente, desde que o valor não superasse 77% do total dos créditos devidos, com exceção do grupo inscrito no CadÚnico e no Auxílio Emergencial. As parcelas também não poderiam ser maiores do que 150 divisões. 

Eis os valores para cada grupo:

  • grupo 1 – desconto de até 12% do valor principal, para pagamento à vista ou parcelamento em até 150 parcelas mensais e sucessivas, com redução de 100% de juros e multas;
  • grupo 2 – desconto de até 77% do valor consolidado da dívida, inclusive principal, por meio da liquidação integral do saldo devedor;
  • grupo 3 – desconto de até 99% do valor consolidado da dívida, inclusive principal, por meio da liquidação integral do saldo devedor. Na medida provisória inicial editada por Bolsonaro, o valor era de 92%, mas foi alterado no Congresso. 

A medida determinava ainda que o acordo de renegociação seria quebrado caso o inadimplente deixasse de pagar 3 prestações sucessivas ou 5 alternadas.

Com o programa, o governo pretendia atender 2,4 milhões de contratos em atraso, com um saldo devedor total de R$ 106,9 bilhões perante os agentes financeiros –na época, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

Ao fim de 2022, foram efetivamente perdoados R$ 9,8 bilhões, segundo informações do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). Ao todo, R$ 2,4 bilhões foram regularizados com as renegociações de dívidas e mais de R$ 400 milhões foram pagos somente com o valor da entrada da renegociação.

Entenda a diferença da renegociação do Fies sob Lula e Bolsonaro© Fornecido por Poder360

Renegociação no governo Lula

Diferentemente de Bolsonaro, Lula decidiu tratar do assunto por meio de um projeto de lei. Para começar a valer, o PL 4.172/2023 precisou passar por um trâmite mais demorado de votação e aprovação do que a MP de Bolsonaro.

Enquanto uma medida provisória entra em vigor no momento em que é publicada, um projeto de lei precisa passar pela Câmara e Senado para, então, ser sancionado pelo presidente da República e ter validade. Nesse processo, ele acaba por concorrer com uma série de outros projetos de lei e não precisa necessariamente ser priorizado.

A MP, quando publicada pelo Poder Executivo, também precisa ser votada pelo Congresso em até 120 dias após a data de sua publicação para não perder validade. No entanto, ela tramita com mais facilidade no Legislativo, uma vez que tem caráter de urgência na votação das Casas e passa na frente das demais pautas em discussão.

Questionado sobre o motivo por trás da escolha por um projeto de lei, e não uma medida provisória, o FNDE informou que “os novos critérios e prazos de renegociação já eram objeto de tratamento de projeto de lei que se encontrava em estado avançado de tramitação, não se fazendo necessário, nesse sentido, a instituição de medida provisória”.

A nova medida contempla 5 grandes grupos:

  • grupo 1 – estudantes com débitos vencidos e não pagos há mais de 90 dias em 30 de dezembro de 2021;
  • grupo 2 – estudantes com débitos vencidos há mais de 360 dias em 30 de dezembro de 2021;
  • grupo 3 – estudantes com débitos vencidos e não pagos há mais de 360 dias em 30 de dezembro de 2021, inscritos no CadÚnico ou no Auxílio Emergencial 2021;
  • grupo 4 – estudantes com débitos vencidos e não pagos há mais de 360 dias em 30 de dezembro de 2021, inscritos no CadÚnico ou no Auxílio Emergencial 2021, cuja data da última prestação prevista em contrato esteja em atraso superior há 5 anos;
  • grupo 5 – estudantes sem atrasos.

No projeto aprovado, o governo estabelece um desconto diferente para cada grupo, em uma lógica semelhante ao da MP de Jair Bolsonaro. O texto, porém, não explicita um limite máximo nas porcentagens de descontos e parcelas feitas.

  • grupo 1 – desconto de 12% do valor principal, para pagamento à vista ou parcelamento em 150 parcelas mensais e sucessivas, com redução de 100% de juros e multas;
  • grupo 2 – desconto de até 77% do valor consolidado da dívida, inclusive principal, por meio da liquidação integral do saldo devedor;
  • grupo 3 – desconto de 92% do valor consolidado da dívida, inclusive principal, ou liquidação integral do saldo devedor em até 15 prestações mensais;
  • grupo 4 – desconto de até 99% do valor consolidado da dívida, inclusive principal, por meio da liquidação integral do saldo devedor;
  • grupo 5 – desconto de 12% do valor consolidado da dívida, inclusive principal, para pagamento à vista. 

Mais uma vez, como na MP de Bolsonaro, o PL de Lula estabelece que o acordo de renegociação será quebrado caso o inadimplente deixe de pagar 3 prestações sucessivas ou 5 alternadas.

O governo calcula que a medida irá contemplar 1,24 milhão de universitários ou graduados, com um valor de R$ 54 bilhões para renegociação. O FNDE estima um saldo positivo da renegociação de R$ 108 milhões, mas o valor real dependerá da adesão. 

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RECEBER INVESTIMENTOS É UM MARCO CRUCIAL NA JORNADA DE UMA STARTUP

Matheus Martins Barcelos, fundador e CEO do escritório Barcelos Martins.

Foto grátis computador portátil com estatísticas da empresa em pé na mesa da mesa no escritório de inicialização, equipe de negócios trabalhando horas extras na estratégia de marketing em segundo plano. colegas de trabalho discutindo o relatório de crescimento financeiro

Receber investimentos é um marco crucial na jornada de uma startup, impulsionando seu crescimento e viabilizando sua visão de negócio. No entanto, preparar-se adequadamente é fundamental para maximizar as chances de sucesso nesse processo. Diversos aspectos, desde a organização interna até a apresentação do potencial de retorno, podem influenciar a decisão de quem faz o aporte. Desde 2019 até 2023, as startups brasileiras já receberam US$ 21,9 bilhões (cerca de R$ 108 bilhões) em investimentos, conforme mostra o relatório Panorama Tech, da plataforma Distrito.

“O investimento em startup requer uma análise muito precisa entre executivos e investidores, principalmente na legislação sobre acordos e retornos à aceleradora. Portanto, tenha parceiros ao seu lado para auxiliar nesse processo”, Matheus Martins Barcelos, fundador e CEO do escritório Barcelos Martins.

O executivo compartilha cinco dicas para startups maximizarem suas chances de sucesso nas negociações.

1- Desenvolva um plano de negócios sólido

Um plano de negócios bem estruturado é o caminho certeiro da startup. Deve-se descrever a visão, missão, estratégia, mercado-alvo, concorrência, modelos de receita e projeções financeiras realistas. “Investidores buscam empreendedores que tenham uma compreensão clara de como a startup operará e se tornará lucrativa.” explica Barcelos.

2- Construa uma equipe especializada

Investidores frequentemente investem em pessoas, não apenas em ideias. Montar uma equipe talentosa e complementar é crucial. Mostre que tem a experiência necessária para liderar o negócio e que a equipe tem as habilidades técnicas e de gestão para executar o plano pedido. “Além disso, certifique-se de que todos estejam alinhados com a visão da empresa”, comenta.

3- Valide seu modelo de negócios

Antes de buscar investimentos, é essencial validar seu modelo no mercado. Isso envolve demonstrar que existe demanda real pelo produto ou serviço. Consiga clientes, colete feedback e demonstre evidências de que sua startup pode crescer e escalar com sucesso. Isso aumentará sua credibilidade aos olhos dos investidores. “Lembre-se de que atrair investidores pode ser um processo demorado e desafiador, e a rejeição é comum. Mantenha a perseverança e a adaptabilidade, esteja aberto a feedback construtivo e continue aprimorando o plano e sua abordagem para aumentar suas chances de sucesso na captação de investimentos.” conclui Barcelos.

4- Construa um histórico sólido

Investidores confiam em dados e resultados. Mostre um histórico de marcos alcançados, como métricas de crescimento, aquisição de clientes, parcerias estratégicas ou receitas. Um histórico positivo ajuda a construir confiança e convencer os investidores de que sua startup tem potencial. “Tenha parceiros ao seu redor. Clientes que podem afirmar positivamente sobre a empresa são um ótimo recurso. Torne sua solução algo impossível de ser feito melhor, o chamado must have”, explica Barcelos.

5- Arrume a casa

Investidores buscam oportunidades de investimento que estejam organizadas. A startup deve ter documentos e registros do que for importante, organizados para facilitar o processo de avaliação do investidor. “É recomendável que a startup faça uma auditoria prévia, chamada de vendor due diligence, para entender a própria situação e conseguir analisar riscos e oportunidades antes da transação. Ela serve para identificar e corrigir passivos e riscos financeiros e jurídicos, organizar o data room e antecipar impactos no valuation”, afirma

6- Negocie até a exaustão

O processo de negociação e formalização do investimento é longo e precisa ser bem conduzido. A presença de assessores legais e financeiros com experiência no mercado é essencial para uma boa transação acontecer e a união de esforços de startup e investidor ser potencializada. São diversas cláusulas e termos próprios do mundo de startups e venture capital que exigem cuidado e capacidade de negociação.

“Cláusulas como preferência de liquidação e anti diluição provocam verdadeiras tragédias quando utilizadas erroneamente. Conhecemos histórias de terror vivenciadas por fundadores inexperientes que não tinham uma boa assessoria e fizeram péssimas transações. A startup não deve poupar energia para discutir cláusulas e lutar pelo que importa: discussões sobre direitos econômicos e políticos ao longo da jornada.”, comenta.

7- Esteja preparado para dizer não

Por mais que os envolvidos queiram fazer algo acontecer, nem toda transação acontece. Seja por falta de alinhamento, seja por falta de acordo sobre termos do contrato, o fato é que muitas vezes é melhor deixar passar o investimento e buscar novos investidores.

“Qualquer startup tem que estar pronta para se afastar da negociação. Investimento é algo que vem para começar uma nova fase e acelerar o desenvolvimento do negócio. Qualquer desalinhamento relevante na negociação já é um sinal ruim para o futuro da relação entre startup e investidores e é melhor que a transação seja encerrada antes de ser finalizada.” conclui Matheus Barcelos Martins.

Sobre Barcelos Martins Advogadoso

Fundado em 2020 com foco em assessoria empresarial, o escritório Barcelos Martins, sediado em Vitória (ES), já movimentou R$ 2 bilhões em transações de clientes, auxiliando mais de 50 startups na burocracia envolvendo venture capital, M&A e investimentos. Para saber mais: https://barcelosmartins.com.br/.

A STARTUP VALEON OFERECE SEUS SERVIÇOS AOS EMPRESÁRIOS DO VALE DO AÇO

Moysés Peruhype Carlech

A Startup Valeon, um site marketplace de Ipatinga-MG, que faz divulgação de todas as empresas da região do Vale do Aço, chama a atenção para as seguintes questões:

• O comércio eletrônico vendeu mais de 260 bilhões em 2021 e superou pela primeira vez os shopping centers, que faturou mais de 175 bilhões.

• Estima-se que mais de 35 bilhões de vendas dos shoppings foram migradas

para o online, um sintoma da inadequação do canal ao crescimento digital.

• Ou seja, não existe mais a possibilidade de se trabalhar apenas no offline.

• É hora de migrar para o digital de maneira inteligente, estratégica e intensiva.

• Investir em sistemas inovadores permitirá que o seu negócio se expanda, seja através de mobilidade, geolocalização, comunicação, vendas, etc.

• Temas importantes para discussão dos Shoppings Centers e do Comércio em Geral:

a) Digitalização dos Lojistas;

b) Apoio aos lojistas;

c) Captura e gestão de dados;

d) Arquitetura de experiências;

e) Contribuição maior da área Mall e mídia;

f) Evolução do tenant mix;

g) Propósito, sustentabilidade, diversidade e inclusão;

h) O impacto do universo digital e das novas tecnologias no setor varejista;

i) Convergência do varejo físico e online;

j) Criação de ambientes flexíveis para atrair clientes mais jovens;

k) Aceleração de colaboração entre +varejistas e shoppings;

l) Incorporação da ideia de pontos de distribuição;

m) Surgimento de um cenário mais favorável ao investimento.

Vantagens competitivas da Startup Valeon:

• Toda Startup quando entra no mercado possui o sonho de se tornar rapidamente reconhecida e desenvolvida no seu ramo de atuação e a Startup Valeon não foge disso, fazem dois anos que estamos batalhando para conquistarmos esse mercado aqui do Vale do Aço.

• Essa ascensão fica mais fácil de ser alcançada quando podemos contar com apoio dos parceiros já consolidados no mercado e que estejam dispostos a investir na execução de nossas ideias e a escolha desses parceiros para nós está na preferência dos empresários aqui do Vale do Aço para os nossos serviços.

• Parcerias nesse sentido têm se tornado cada vez mais comuns, pois são capazes de proporcionar vantagens recíprocas aos envolvidos.

• A Startup Valeon é inovadora e focada em produzir soluções em tecnologia e estamos diariamente à procura do inédito.

• O Site desenvolvido pela Startup Valeon, focou nas necessidades do mercado e na falta de um Marketplace para resolver alguns problemas desse mercado e em especial viemos para ser mais um complemento na divulgação de suas Empresas e durante esses dois anos de nosso funcionamento procuramos preencher as lacunas do mercado com tecnologia, inovação com soluções tecnológicas que facilitam a rotina dessa grande empresa. Temos a missão de surpreender constantemente, antecipar tendências, inovar. Precisamos estar em constante evolução para nos manter alinhados com os desejos do consumidor. Por isso, pensamos em como fazer a diferença buscando estar sempre um passo à frente.

• Temos a plena certeza que estamos solucionando vários problemas de divulgação de suas empresas e bem como contribuindo com o seu faturamento através da nossa grande audiência e de muitos acessos ao site (https://valedoacoonline.com.br/) que completou ter mais de 100.000 acessos.

Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:

• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;

• Atraímos visualmente mais clientes;

• Somos mais dinâmicos;

• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;

• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;

• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.

• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as suas vendas.

Proposta:

Nós da Startup Valeon, oferecemos para continuar a divulgação de suas Empresas na nossa máquina de vendas, continuando as atividades de divulgação e propaganda com preços bem competitivos, bem menores do que os valores propostos pelos nossos concorrentes offlines.

Pretendemos ainda, fazer uma página no site da Valeon para cada empresa contendo: fotos, endereços, produtos, promoções, endereços, telefone, WhatsApp, etc.

O site da Valeon é uma HOMENAGEM AO VALE DO AÇO e esperamos que seja também uma SURPRESA para os lojistas dessa nossa região do Vale do Aço.

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua empresa seja oficializada.

A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as melhores marcas do varejo e um mix de opções.

O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.

Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é muito abaixo do valor praticado pelo mercado.

Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:

  • O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
  • A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a comunicação dos clientes com as lojas.
  • Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da compra.
  • No país, as lojas online, que também contam com lojas físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
  • O número de visitantes do Site da Valeon (https://valedoacoonline.com.br/)  tem crescido exponencialmente, até o momento, temos mais de 225.000 visitantes e o site (https://valeonnoticias.com.br/) também nosso tem mais de 5.900.000 de visitantes.
  • O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
  • A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como: empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.

                                                                                                                                                 Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.

Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?

Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

 

domingo, 26 de novembro de 2023

REAÇÃO DO STF À PEC QUE LIMITA OS SEUS PODERES FOI DESPROPORCIONAL

 

História por PODER360  

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que a reação do STF (Supremo Tribunal Federal) a aprovação da PEC (Proposta de Emenda a Constituição) que limita poderes da Corte foi “desproporcional. A declaração foi dada ao Canal Meio, e irá ao ar no domingo (26.nov), às 20h, na BandNews TV.

“Eu considero que foi um tom um pouco acima do que se esperava, considero que a reação em relação a essa proposta de emenda à Constituição foi uma reação um tanto desproporcional, considerando o mérito dela. O que ela significa”, declarou o presidente do Senado.

O congressista voltou a dizer que não aceita nenhum tipo de intimidação. Falou que a aprovação do texto não é uma “intimidação” contra o STF.

“Primeiro ressaltar que não há a mínima hipótese de haver qualquer tipo de intimidação, assim como nós, também não aceitamos nenhum tipo de intimidação, porque eu, no Senado também é composto por pessoas com a mesma coragem cívica, e imunes de medos dessa natureza”, argumentou.

Pacheco disse que a proposta só faz valer o que já está previsto na Constituição Federal. “Quem faz a lei é o Congresso Nacional. Quem sanciona é o Presidente da República e só pode se declarar inconstitucionalidade pela maioria do colegiado do Supremo Tribunal Federal. O que nessa dimensão política significa dizer que há um equilíbrio. Então, é uma harmonia entre os poderes a partir desses mecanismos. Então a emenda constitucional é absolutamente razoável e pertinente”, declarou.

O presidente do Senado afirmou que continurá defendendo o STF e o Judiciário assim como fez desde que se tornou senador. “É que em todos os instantes, de momentos críticos da vida nacional, nós afirmamos e reafirmamos a nossa confiança no poder judiciário em todas as suas instâncias.  Então é muito importante que nós estamos tratando aqui de algo bom para o Brasil”, disse.

FAVORÁVEL A MANDATO FIXO PARA STF

Pacheco voltou a afirmar que é a favor da proposta que quer estabelecer um mandato fixo para ministros do STF. O congressista também é a favor de elevar a idade mínima para poder ser ministro da Corte.

Questionado sobre o momento, já que há uma tensão entre Judiciário e Senado depois a aprovação da PEC, o presidente da Casa Alta disse ser “apropriado”.

“Sou a favor de mandato de ministro do Supremo Tribunal Federal, assim como acontece em diversos outros países. Sou a favor da elevação da idade mínima para ingresso no Supremo Tribunal Federal, então são modificações que eu sempre defendi e continuarei defendendo. E acho que sim, é o momento propício para se discutir. Nós não podemos ter inibição em razão de se criar uma crise que não existe por conta de um tema que é absolutamente honesto de se discutir”, falou.

Ministros foram vocais contra o Congresso depois da aprovação da PEC que limita decisões no Senado. As declarações foram rebatidas em tom duro pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O congressista disse que “não permite receber agressões gratuitas” de ministros do STF.

ENTENDA A PEC

A PEC 8 de 2021 limita decisões monocráticas no STF. Foi aprovada no Senado, na 4ª feira (22.nov), por 52 votos favoráveis e 18 contrários. A proposta agora vai à Câmara dos Deputados. O trecho que alterava a regra sobre os pedidos de vista (prazo extra) foi retirado pelo relator, senador Esperidião Amin (PP-SC).

O texto estabelecia que pedidos dessa natureza seriam concedidos coletivamente, com um prazo máximo de 6 meses. Hoje, no Supremo, cada ministro pode pedir vista individualmente, tendo um prazo de até 90 dias para retomar o julgamento. A retirada se deu depois do pedido de líderes partidários e de uma emenda do senador Otto Alencar (PSD-BA).

Na discussão, o relator também acatou uma emenda do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que propôs que, quando for declarada alguma inconstitucionalidade, o Poder afetado possa se defender. Por exemplo, se foi o Executivo, cabe à AGU (Advocacia Geral da União). Mas se for o Legislativo, as advocacias da Câmara e do Senado deverão fazer a defesa.

A PEC proíbe os ministros de darem decisões monocráticas que suspendam:

  • eficácia de leis;
  • atos normativos (comandos do Poder Executivo para a aplicação correta das leis);
  • atos do presidente da República, do Senado, da Câmara e do Congresso.

O governo atuou discretamente para evitar a aprovação do texto, que tem a antipatia de ministros do Supremo e colocou o presidente do Senado sob pressão dos magistrados.

SENADO TENTA FREAR STF

A pauta que limita as decisões monocráticas foi defendida por Pacheco. Ele faltou à cerimônia de posse dos novos ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça) porque, no momento, o texto estava sendo votado no plenário do Senado.

Pacheco também já se manifestou a favor de outras propostas discutidas no Congresso para barrar os poderes dos magistrados. Leia mais aqui.

Atualmente, a Suprema Corte enfrenta um momento difícil na relação com o Congresso, principalmente com o Senado.

Como mostrou o Poder360, os desentendimentos começaram com Barroso. Em evento da UNE (União Nacional dos Estudantes), em julho deste ano, o ministro disse: “Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo” –o que incomodou a oposição.

leitura do presidente da Casa Alta foi de que a Corte não colaborava para diminuir a temperatura na relação entre os Poderes. Pacheco também ficou mais impaciente depois de decisões do Supremo sobre o piso de enfermagem, implementado por decisão do Congresso.

Em seguida, o STF começou o julgamento de diferentes casos que colocaram a Corte em oposição direta ao Congresso, como nos casos do marco temporal, da descriminalização do porte pessoal de drogas e da descriminalização do aborto.

Em todos esses casos, os senadores reagiram com medidas que iam de encontro às decisões do Supremo:

  • oposição apresentou PEC para a retomada do marco temporal, mesmo com o STF tendo rejeitado a tese;
  • plenário do Senado aprovou o projeto de lei que determina o marco temporal no mesmo dia em que a Corte definia uma nova tese que barrava o marco temporal;
  • oposição apresentou PEC propondo a proibição do aborto;
  • oposição protocolou pedido de plebiscito para discutir o aborto; e
  • Pacheco apresentou PEC criminalizando a posse e o porte de todas as drogas –incluindo a maconha.

POLÍTICOS PRETENDEM UTILIZAR A IA NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES

 

História por Zeca Ferreira  • Jornal Estadão

Às vésperas do segundo turno das eleições, surge um áudio nas redes sociais em que um dos candidatos defende a brutalidade policial. Após impactar milhares de eleitores, o conteúdo é removido por ser identificado como uma gravação falsa gerada por inteligência artificial (IA). O caso deste ano marcou a disputa pelo comando de Chicago, a terceira cidade mais populosa dos Estados Unidos, mas poderia ser em qualquer outro país democrático. Especialistas e marqueteiros admitem que as eleições municipais no Brasil ano que vem vão usar e, principalmente, abusar da tecnologia.

Embora a IA possa gerar desinformação, ela também tem usos positivos. De acordo com publicitários que atuam nas campanhas eleitorais, essa tecnologia tende a tornar a comunicação mais ágil e eficiente, estreitando os canais entre políticos e eleitores. Ciente de que nem sempre é o lado bom da tecnologia que será aplicado, a Justiça Eleitoral trabalha para regulamentar a aplicação no pleito municipal do ano que vem, conforme apurou o Estadão.

Floriano de Azevedo Marques Neto, ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Foto: Divulgação/TSE© Fornecido por Estadão

O ministro Floriano Azevedo Marques Neto, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), adverte que uma das principais preocupações da Corte em relação ao uso de inteligência artificial é a criação de imagens e áudios falsos, prática conhecida como deepfake. Essa tecnologia permite a produção de vídeos fraudulentos, nos quais pessoas são retratadas realizando ações que nunca ocorreram. Além disso, é possível criar fotos de situações fictícias e até mesmo replicar a voz de alguém para proferir palavras que nunca foram ditas.

A eleição recente na Argentina é considerada a primeira da era da IA. Durante o pleito, a tecnologia foi utilizada tanto para gerar conteúdo favorável aos candidatos como para atacá-los. Apoiadores do presidente eleito Javier Milei, por exemplo, criaram um vídeo falso em que o candidato derrotado Sergio Massa aparece cheirando cocaína. A gravação, que viralizou nas redes sociais faltando poucos dias para o pleito, foi editada para inserir o rosto de Massa em uma filmagem antiga que mostra um homem não identificado consumindo a substância. Milei também foi alvo de ataques do gênero.

IA inaugura era das fakes news 2.0

Segundo o ministro Floriano de Azevedo Marques, a utilização de deepfakes para disseminar informações falsas pode ser considerada como uma espécie de “fake news 2.0?. “Essa é uma preocupação grande que, na perspectiva da propaganda eleitoral, receberá uma atenção bastante especial”, disse ao Estadão. Ele esclareceu ainda que a IA, como toda tecnologia inovadora, gera um desafio macro para a Justiça Eleitoral: antecipar eventuais problemas que o uso indiscriminado dessa nova ferramenta pode trazer para as eleições.

Floriano de Azevedo Marques relatou ainda que, sob a orientação do presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes, a Escola Judiciária Eleitoral da Corte realiza pesquisas sobre a regulamentação das deepfakes. “Provavelmente, desse mundo resultará contribuições que podem – não estou falando que vão – ser traduzidas na resolução a ser editada ao longo do primeiro semestre do ano que vem”, afirmou.

TSE já discute maneira de regulamentar o uso da inteligência artificial nas campanhas eleitorais em 2024 Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE© Fornecido por Estadão

De acordo com o professor Diogo Rais, de Direito Eleitoral e Direito Digital na Universidade Presbiteriana Mackenzie, a utilização de deepfakes na criação de conteúdo enganoso marca uma evolução no fenômeno das fake news. Isso se deve não apenas à capacidade de produzir informações falsas com maior rapidez, mas também à significativa melhoria na qualidade dessas produções, a ponto de ser praticamente impossível para o olho humano detectar a manipulação realizada por um sistema computacional.

Diretor-geral do Instituto Liberdade Digital, Rais conta que, no contexto brasileiro, sua maior preocupação em relação ao uso impróprio de IA nas eleições não é a produção de vídeos enganosos, e sim a disseminação de áudios falsos. Ele explica que a criação de áudios falsos é mais simples em comparação aos vídeos. Além disso, destaca o hábito dos brasileiros de usar aplicativos de mensagem, como WhatsApp. “É até fácil de imaginar os áudios falsos circulando às vésperas das eleições, com candidatos pedindo propina ou até mesmo renunciando à candidatura”.

Apesar desses desafios, o professor do Mackenzie afirma que a Justiça Eleitoral tem avançado no combate à desinformação. Ele ressalta que, mesmo sem uma legislação específica para o uso de IA, o código eleitoral brasileiro já veda a manipulação de conteúdo com o intuito de enganar o eleitor.

A diretora de projetos do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS), Celina Bottino, concorda com a avaliação de que o uso de deepfakes eleva a preocupação com a manipulação de informações. Porém, ela ressalta que essa tecnologia também pode ser aplicada de maneira benéfica.

“É possível usar deepfakes para clonar a voz de pessoas que falavam, mas perderam essa capacidade por algum motivo. Além disso, é possível recriar figuras históricas, como Napoleão, para que os estudantes possam aprender história interagindo com elas”, exemplifica Celina. A diretora esclarece que proibir ou demonizar a tecnologia não constitui uma solução eficaz para o problema.

Candidatos à Prefeitura de SP em 2024 já aderem à IA

Os principais candidatos à Prefeitura de São Paulo sinalizam que o uso de IA será uma componente importante em suas respectivas estratégias de comunicação, embora não revelem os planos de como vão utilizá-la. O Estadão procurou as pré-campanhas de Guilherme Boulos (PSOL), Ricardo Nunes (MDB), Tabata Amaral (PSB), Kim Kataguiri (União Brasil) e Marina Helena (Novo) a fim de levantar como cada candidato pretende utilizar a tecnologia nas eleições de 2024.

Guilherme Boulos, candidato do PSOL, enfatiza necessidade de se atentar para o uso responsável da tecnologia na campanha Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO© Fornecido por Estadão

Líder nas pesquisas de intenção de voto, o deputado federal Guilherme Boulos disse, por meio de sua assessoria, que a IA é mais uma tecnologia que pode ser utilizada para diferentes finalidades, incluindo a comunicação. “No entanto, como todas as ferramentas de comunicação, ela precisa ser utilizada de maneira crítica e criteriosa, considerando as especificidades da tecnologia e seus riscos embutidos, bem como a legislação eleitoral e nossos compromissos éticos”, informou.

Já o deputado federal Kim Kataguiri demonstrou entusiasmo com as possibilidades de aplicação da tecnologia, inclusive utilizando inteligência artificial para responder ao Estadão. Em texto gerado pelo ChatGPT, uma das mais famosas ferramentas de IA, ele afirmou que “tem avaliado positivamente o papel transformador da inteligência artificial no contexto eleitoral”. Como exemplos de aplicação, ele citou que a ferramenta será usada para melhorar a logística e a segmentação da campanha, além da distribuição de recursos. (Leia mais na imagem abaixo).

Deputado federal Kim Kataguiri usa IA para responder ao Estadão Foto: Reprodução© Fornecido por Estadão

A pré-candidata do Novo, Marina Helena, afirmou que também utilizará a tecnologia no próximo ano. Segundo ela, por meio de IA é possível mapear com maior precisão “as dores dos eleitores e, com isso, trazer soluções”. Marina destaca, porém, que a tecnologia não substitui o elemento humano das campanhas eleitorais. “As pessoas também querem entender como os candidatos pensam. Por isso, acho que a autenticidade é muito importante”.

Marina Helena Santos, candidata do Novo, é uma das que pretende utilizar aspectos positivos da inteligência artificial Foto: Divulgação/Novo© Fornecido por Estadão

Procurada, a pré-campanha do prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes, não respondeu aos contatos até a publicação desta reportagem. Porém, o Estadão apurou, com interlocutores do prefeito, que a equipe de comunicação de sua pré-campanha já utiliza IA.

A pré-campanha da deputada Tabata Amaral, por seu lado, informou que não responderá aos questionamentos sobre o uso de inteligência artificial.

Uso de IA em contexto eleitoral

Sócio da agência PLTK, o consultor de comunicação política Pablo Nobel atuou na campanha vitoriosa de Javier Milei. Para ele, a eleição argentina inaugurou uma nova era, na qual as campanhas serão influenciadas pela IA. Nobel conta ainda que, assim como qualquer ferramenta, a inteligência artificial possui lados positivos e negativos. “É preciso ter um olhar ético, entender como usá-la e quais são os limites [morais]”, disse.

Pablo Nobel, marqueteiro do candidato Tarcísio de Freitas, candidato ao Governo do Estado de São Paulo e que atuou na campanha de Milei Foto: TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO© Fornecido por Estadão

Segundo o consultor, a IA usada para manipular a opinião do eleitor em relação a um candidato específico é uma arma extremamente poderosa, pois cria uma realidade paralela. “A inteligência artificial borra a fronteira entre verdade e ficção. A ideia de confiar no que vemos deixa de funcionar, porque vemos o que alguém quis nos mostrar. Esse é o lado perigoso da inteligência artificial”.

A popularização da IA é outro elemento que torna o uso da tecnologia uma ameaça à integridade do processo eleitoral. Atualmente, softwares para a criação de deepfakes são facilmente encontrados na internet, permitindo que apoiadores de candidatos gerem conteúdo falso contra outros políticos. “É uma forma muito anárquica de produzir conteúdo, não há uma inteligência de campanha centralizada”, afirmou Nobel.

STF ACABA COM PENDURICALHOS E PRIVILÉGIOS DA CLASSE JUDICIÁRIA

História por Notas & Informações  • Jornal Estadão

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que é inconstitucional um dos penduricalhos do Ministério Público (MP), os chamados “quinto”, “décimo” e “opção”. Trata-se de “vantagens pessoais” concedidas a quem exerceu cargos de direção, de chefia ou de assessoramento em algum momento da carreira, mas que continuam sendo pagas mesmo após o término dessas funções. Proposta pela Advocacia-Geral da União (AGU) em 2006, ainda no primeiro governo Lula, a ação questionava o dispositivo de uma resolução do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que, confrontando o texto constitucional, havia autorizado a benesse.

É um escândalo que essa ação tenha demorado tanto para ser julgada. A resolução do CNMP violava diretamente a Constituição, que veda esse tipo de incorporação. A proibição existia desde 1988, mas a Emenda Constitucional (EC) 19/1998 deixou o tema ainda mais cristalino. Não se pode transformar em permanente o valor extra motivado por trabalho ou função adicional.

De toda forma, o julgamento dessa ação pode ser um grande aprendizado. Em primeiro lugar, ele mostra que, quando se quer, não é difícil de dizer que é inconstitucional o que é inconstitucional. Por mais lobby que as associações de procuradores tenham feito ao longo dos anos, no momento em que quis declarar a inconstitucionalidade, o STF o fez com tranquilidade. Ou seja, a Corte constitucional tem plenas condições para enfrentar todos os outros privilégios e penduricalhos existentes nas carreiras públicas. Não precisa temer ninguém.

Tal realidade institucional é fonte de enorme paz para o País. Não é preciso inventar nada para enfrentar os privilégios da elite do funcionalismo que foram se instaurando ao longo dos anos. Já existe um tribunal que, devidamente acionado, pode pôr fim a todas as regalias – regalias essas que violam os princípios básicos do Estado Democrático de Direito.

Em segundo lugar, esse julgamento explicita o real valor jurídico dos argumentos que as associações de juízes e de membros do Ministério Público utilizam para obter e reter seus penduricalhos e privilégios. Apesar da pompa, eles são absurdamente frágeis. Nada valem. São mero emaranhado de citações em defesa do interesse próprio.

É tempo de o Judiciário – em concreto, o STF e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) – ser mais maduro e mais autônomo. A Justiça não pode ficar refém da retórica dessas associações corporativistas, cujos argumentos são imprestáveis. Por exemplo, tais entidades, sem nenhum rubor, sustentaram por anos que o penduricalho inconstitucional era um “direito adquirido”, em descarada inversão da hierarquia normativa. Seria lamentável que, em vez de defender o Direito, o Judiciário preferisse atender a esse tipo de falácia.

A decisão contra o penduricalho do Ministério Público revela ainda outro dado. Nesses 35 anos de Constituição – mesmo depois da reforma do Judiciário, em 2004, com a criação do CNJ –, muita coisa foi feita dentro de uma lógica (arcaica e não republicana) de tolerância com privilégios e regalias. Criou-se abundante jurisprudência favorável a toda sorte de privilégio, a começar pela condescendência com as férias de dois meses de juízes e membros do Ministério Público.

É necessário restaurar a efetividade do princípio da igualdade de todos perante a lei. O caminho é rever toda a jurisprudência tolerante com a captura do Estado por setores da elite do funcionalismo público. O Supremo não pode ficar congelado numa compreensão enviesada da lei e da Constituição, que tolera a existência de diversas classes de cidadãos.

A AGU e todas as pessoas jurídicas autorizadas a propor no STF uma ação direta de inconstitucionalidade – por exemplo, os partidos políticos – podem fazer um grande serviço ao País. Elas podem – e devem – acionar o Supremo para que se estabeleça uma nova jurisprudência sobre situações de privilégio incompatíveis com o Estado Democrático de Direito. Por mais que agradem a alguns, leis e resoluções inconstitucionais não podem prosperar.

 

GOVERNO BONZINHO VAI PAGAR PASSAGENS AÉREAS DE IDA E VOLTA PARA 38 MINISTROS

História por PODER360  

O governo deseja incluir no Orçamento de 2024 o pagamento de passagens aéreas semanais para os 38 ministros de Estado na Esplanada e para os 11 magistrados do Supremo Tribunal Federal. Não será necessário justificar a viagem com algum compromisso de trabalho. Ou seja, essas passagens poderão ser usadas para o lazer dos ministros, usando os bilhetes para retornar para seus Estados de origem.

Eles já podem utilizar passagens custeadas pela União no “estrito interesse do serviço público”. Na prática, quando há alguma agenda de trabalho fora de Brasília. Uma emenda à LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) do líder do Governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), entretanto, permite que esse direito seja ampliado.

O conceito de “estrito interesse do serviço público” é modificado para: “No estrito interesse do serviço público, nele compreendido o transporte entre Brasília e o local de residência de origem de membros do Poder Legislativo, ministros do Supremo Tribunal Federal e ministros de Estado”.

A possibilidade de criação desse benefício havia sido antecipada pelo Poder360 em 18 em julho de 2023. A ideia de incluir a despesa no Orçamento –o valor ainda não é conhecido– foi do governo, segundo afirmou a assessoria do senador Randolfe Rodrigues. Ou seja, a proposta tem o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Uma passagem de ida e volta para Brasília em alguns casos pode custar de R$ 4.000 a R$ 5.000, a depender do destino e da antecedência com que é feita a compra. Quando se compra a passagem de última hora, como a maioria dos ministros, a maioria dos bilhetes sai por esse valor mais alto.

O salário dos 38 ministros de Estado de Lula e dos 11 ministros do STF é de R$ 41.650,92. De acordo com o Portal da Transparência, o 1º escalão de Lula consegue, na maioria dos meses, receber cerca de R$ 38.000 líquidos, contando com remunerações extras.

Segundo apurou o Poder360, uma das principais reclamações entre os ministros seria o quanto as passagens estariam impactando no salário líquido dos políticos. Um gasto mensal que representaria cerca de 50% das receitas dos ministros.

Quem ainda não tinha uma carreira na política ou não tinha um grande patrimônio, reclamava do custo.

Agora, com a mudança proposta, o cenário se inverte. Nos casos em que algum ministro receber 4 passagens por mês ao custo de R$ 5.000 para cada uma delas, terá um acréscimo de R$ 20.000 em seu salário –um aumento de quase 50%. Não incidirá imposto sobre esse benefício.

O salário médio dos trabalhadores brasileiros, segundo o IBGE, era de R$ 2.714 em 2022. Ou seja, quem tem emprego no Brasil ganha, em média, apenas 6,5% do que os ministros de Estado ou do Supremo.

O valor total das compras de passagens aéreas semanais para os ministros e magistrados do STF (Supremo Tribunal Federal), numa estimativa com preços de mercado, custaria na casa de R$ 2,6 milhões por ano –essa cifra foi calculada usando o site oficial da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

O órgão calcula o preço médio de bilhetes. O Poder360 usou valores registrados no período de setembro de 2022 a setembro de 2023 (última data disponível). Trata-se de um valor pequeno frente ao total do Orçamento Geral da União, que em 2022 foi de R$ 4,7 trilhões.

Ainda assim, conceder esse benefício com o dinheiro do pagador de impostos contrasta com o momento de aperto econômico pelo qual passa o governo federal. O rombo das contas públicas em 2023 está estimado em R$ 177 bilhões. Para 2024, já se sabe que também haverá deficit e aumento de impostos para bancar a falta de dinheiro.

O argumento do senador Randolfe Rodrigues, autor da proposta, é o de que será oferecido aos ministros apenas o que já é concedido a deputados e senadores –os congressistas têm uma cota de dinheiro para gastar com passagens aéreas mensalmente, não importando se viajam a trabalho ou a passeio. Em 2022, gastaram R$ 48 milhões com esse tipo de despesa.

Atualmente, para evitar gastar parte do salário com as passagens, os ministros aproveitam eventos oficiais para irem aos seus Estados ou então pedem carona em aviões da Força Aérea Brasileira.

As prerrogativas para uso de voos da FAB por autoridades de Estado, com exceção ao presidente da República, são descritas pelo decreto 10.267, de 5 de março de 2020. Eis os principais pontos do texto:

  • quem pode pedir – o vice-presidente da República, os ministros de Estado e os presidentes do Senado, da Câmara e do Supremo Tribunal Federal (outros ministros do STF não têm essa prerrogativa), além dos comandantes das Forças Armadas e do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.
  • justificativa – as viagens devem ter motivo de trabalho, segurança ou razão médica;
  • acompanhantes – a comitiva deve ter “estrita ligação” com os compromissos oficiais dos ministros.

Há, porém, brechas dentro do decreto que acabam permitindo uma liberalidade maior no convite a acompanhantes:

  • vagas “ociosas” – o preenchimento dos assentos que “sobram” fica a critério do ministro que solicitou o voo;
  • Defesa – o ministro da Defesa “poderá autorizar o transporte aéreo de outras autoridades”. Ou seja, pode pedir um voo que não seja para ele próprio. Nestes casos, os registros da FAB vêm com identificação “à disposição do Ministério da Defesa”.

O governo, segundo apurou o Poder360, acha que o custo para um jatinho levantar voo é alto e vê uma vantagem em evitar esse tipo de despesa, concedendo dinheiro para a compra de passagens aéreas em voos de carreira.

 

GOVERNO LULA ESCOLHEU SEU INIMIGO NÚMERO UM AS BIG TECHS

  Big Techs ...