sexta-feira, 24 de novembro de 2023

BOLSA FAMÍLIA DÁ UM PREJUÍZO DE 34 BILHÕES POR INCONSISTÊNCIAS

 

História por Karina Ferreira  • Jornal Estadão

Uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para avaliar o processo de cadastramento de famílias de baixa renda no Cadastro Único (CadÚnico) mostrou inconsistências nos dados de uma a cada cinco unidades familiares. O cadastro é uma prerrogativa para que quem necessita de programas de auxílio do Governo possa recebê-los, como é o caso do Bolsa Família.

Essa conclusão, segundo o relatório, aponta para a estimativa de que R$ 14,24 bilhões em pagamentos tenham ocorrido fora dos critérios de elegibilidade entre janeiro e maio de 2023. De junho até dezembro, há o potencial de outros R$ 19,94 bilhões serem pagos a famílias que não estão cumprindo todos os requisitos para o recebimento, considerando o valor mínimo de R$ 600 mensais distribuídos pelo programa.

Relatório do TCU aponta para a estimativa de que R$ 14,24 bilhões em pagamentos tenham ocorrido fora dos critérios de elegibilidade entre janeiro e maio de 2023. Foto: Agência Senado/ Divulgação© Fornecido por Estadão

O relatório mostrou que foram encontradas inconsistências nos dados relativos às rendas de 40,3% das famílias e nas informações sobre composição familiar de 33,4% do total da amostra estatisticamente representativa de 2.662 famílias, localizadas em 1.517 municípios. Para a amostra, foram selecionadas famílias entre as pouco mais de 21 milhões que recebiam o auxílio em dezembro de 2022, na época chamado de Auxílio Brasil.

A auditoria envolveu verificações domiciliares, feitas por agentes municipais, que comprovaram as divergências entre os cadastros e a realidade, além da comparação entre dados do CadÚnico e do banco de dados da Administração Pública.

As principais inconsistências referentes à renda tiveram a ver com autodeclarações em que o rendimento da família era inferior às despesas. O relatório aponta que isso pode ter a ver com a informalidade, que é uma situação comum no País e gera dificuldades para o cálculo e o registro da renda. “As rendas familiares podem sofrer diversas alterações em curtos espaços de tempo, e nem sempre são atualizadas no CadÚnico”, consta em um trecho.

A auditoria teve relatoria do ministro Walton Alencar Rodrigues e verificou os dados da Secretaria de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único (Sagicad) do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

O TCU deu o prazo de final de 2024 ao MDS para resolver as divergências em seus bancos de dados. O tribunal também cobra que sejam tomadas medidas de controle para que os erros não voltem a acontecer.

CRISE ENTRE OS TRÊS PODERES POR CAUSA DA PEC CONTRA O STF

 

Com temas relevantes para a economia no Judiciário e no Congresso, Executivo queria se manter neutro, ou parecer neutro, equilibrando-se entre dois lados, mas não conseguiu

Por Eliane Cantanhêde – Jornal Estadão

O que era um mal estar entre o Senado e o Supremo Tribunal Federal acabou se transformando numa crise entre os Três Poderes, com o Palácio do Planalto contra a parede, tendo de dar explicações e transbordando desconfiança para os dois lados. Mais uma vez, como no caso da âncora fiscal, do déficit zero e das pressões políticas sobre a Petrobras, destaca-se um personagem do centro do poder: Rui Costa, chefe da Casa Civil, unha e carne com Jaques Wagner, o líder do governo que, surpreendentemente, votou contra o Supremo.

Em telefonema para Wagner, o ministro do STF Gilmar Mendes reclamou, irritado: “Ou foi coisa de gênio ou de idiota”. Ou deu certo o PT ir para um lado e o líder do governo para o outro, ficando bem com todos, ou foi um desastre (ou uma “idiotice”), porque desagradou todo mundo. Como fato concreto, quem deu a vitória à PEC e a derrota ao STF foram Wagner e o PSD — da Bahia.

Voto de Jaques Wagner a favor de PEC que tira poderes de ministros do STF gerou irritação da Corte com Executivo
Voto de Jaques Wagner a favor de PEC que tira poderes de ministros do STF gerou irritação da Corte com Executivo Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Depois do caldo entornado, Wagner pediu desculpas e aguentou o tranco, levando a culpa sozinho e bronca até da presidente do PT, Gleisi Hoffmann. No dia seguinte à votação, os ministros do STF estavam no ataque e o PT e o governo, desconcertados e na defensiva. Detalhe: há decisões monocráticas “do bem” e “do mal”. Algumas foram decisivas para evitar ainda mais mortes na pandemia e, outras, para livrar a cara de muito político importante — que agora vota contra o instrumento que o beneficiou.

Parece óbvio que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que foi aprovada pelo Senado e interfere na atuação dos ministros do Supremo, não tem efeitos práticos, só políticos. Depois de deixar de lado os pedidos de vista na Corte, o texto manteve a intervenção nas decisões monocráticas, tomadas por apenas um ministro. Os dois pontos, porém, já foram alvo de medidas internas do Supremo, logo, eram desnecessários, e a PEC foi só uma provocação.

O ataque partiu da bancada bolsonarista, que não engole o fato de o Supremo ter sido o líder da resistência a um golpe de Estado e ser inclemente com os culpados. Aderiu imediatamente ao ataque à bancada conservadora, que não aceita a derrubada do Marco Temporal para terras indígenas nem a pauta de vanguarda da Corte em questões como aborto e porte de pequenas quantidades de maconha. Assim, a dona da PEC é a direita parlamentar, unindo bolsonaristas e conservadores não bolsonaristas.

Rui Costa, ministro da Casa Civil e aliado de Jaques Wagner, também sofre desgaste com a Corte, que duvida que o senador agiu sozinho
Rui Costa, ministro da Casa Civil e aliado de Jaques Wagner, também sofre desgaste com a Corte, que duvida que o senador agiu sozinho Foto: WILTON JUNIOR/ESTADAO

E o que o governo Lula tinha a ver com isso? O governo depende dos dois lados, com temas relevantes para a economia no Judiciário, como precatórios, e no Congresso, como reforma tributária e taxação de offshores, fundos especiais e apostas esportivas. Queria se manter neutro, ou parecer neutro, equilibrando-se entre dois lados de uma guerra que não era sua. Não conseguiu.

O voto do líder Jaques Wagner, a favor da PEC, foi recebido pela Corte como uma “traição rasteira”, não de Wagner, mas de seu parceiro Rui Costa (PT-BA), do Planalto e do próprio Lula. O líder jura que foi um voto “pessoal” e Costa, que ele e Lula não sabiam. “Çei…”, ironizou um ministro da corte pelo WhatsApp.

O recado é duro: se Wagner não sair ou não for saído da liderança, rompe-se a ponte entre Supremo e Planalto — que, apesar da gritaria bolsonarista, sempre houve, inclusive no governo de Jair Bolsonaro, e sempre haverá.

E, se Rui Costa e Wagner estão no centro da fogueira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, é apontado como padrinho da PEC, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a grande vítima. Aumentar receita e cortar gastos pode ficar ainda mais difícil. E com o déficit já aumentando R$ 36 bilhões…

TENHA SEGURANÇA NO INÍCIO DE UM NOVO NEGÓCIO TRAÇANDO UM PLANO DE NEGÓCIO

Autoavaliação do empreendedor, análise de mercado e financeira são pontos fundamentais para traçar um plano de negócio que dê segurança no início de um novo empreendimento.

Por João Scheller – Jornal Estadão

Muito se fala na necessidade de o pequeno empresário ter um plano de negócio bem definido antes de começar a empreender. Mas, afinal de contas, o que é esse plano e para que ele serve?

Em resumo, trata-se de um documento para organizar os planos da empresa e definir metas e objetivos.

“Plano de negócio é planejamento. É o que eu preciso saber para sair de uma situação presente A e chegar a uma situação futura B”, explica Enio Pinto, consultor de negócios do Sebrae nacional.

Em linhas gerais, o plano de negócio deve conter alguns pontos fundamentais:

  • Autoavaliação do empreendedor
  • Análise de mercado
  • Análise financeira

Dentro destes três pontos, algumas perguntas e definições vão ser fundamentais para analisar a viabilidade do negócio, fazer adaptações no planejamento e, eventualmente, mudá-lo completamente.

Autoavaliação do empreendedor, análise de mercado e análise financeira são alguns pontos fundamentais para se traçar um plano de negócio
Autoavaliação do empreendedor, análise de mercado e análise financeira são alguns pontos fundamentais para se traçar um plano de negócio Foto: Nuthawut/Adobe Sotck

1. Autoavaliação

A autoavaliação é importante para o empreendedor compreender se seu perfil está de acordo com o que é necessário para empreender e, especialmente, com o modelo de negócio que deseja seguir.

“A empresa, especialmente no começo, vai ser o próprio empreendedor. É preciso saber se ele tem um perfil para isso”, afirma Enio Pinto, gerente de relacionamento com o cliente do Sebrae nacional.

Ele recomenda que o candidato a empreendedor observe se é uma pessoa propensa a correr riscos, tem uma boa rede de contatos, sabe estabelecer metas e se tem foco em qualidade. Preenchendo a maior parte desses requisitos, é possível perceber se a pessoa tem um perfil para empreender ou não, avalia.

“Você pode ter um perfil muito mais voltado para cumprir tarefas e se encaixar melhor como empregado. Se for o caso, o plano já acaba aí”, explica o especialista.

2. Análise de mercado

O empreendedor deve analisar três pontos que podem ajudá-lo a compreender o mercado onde a empresa irá se inserir e a traçar (ou modificar) estratégias antes de enfrentar as dificuldades no dia a dia.

A. Mercado fornecedor

É preciso compreender quem serão os consumidores dos produtos ou serviços que o seu negócio irá oferecer. Além disso, é preciso entender se a logística das operações é compatível com a realidade local.

“Devo me perguntar se tenho fornecedores de qualidade que me atendam como eu preciso. Só vende bem quem compra bem”, diz Enio Pinto.

B. Mercado concorrente

Neste ponto, o empreendedor deve analisar quem já está no mercado e oferece serviços ou produtos similares ao que ele deseja oferecer. É importante avaliar os pontos fortes e fracos desses concorrentes para ter uma análise aprofundada do mercado que será disputado.

Nesse caso, o ponto fraco dos concorrentes poderá se tornar o diferencial de mercado da nova empresa.

“Eu posso ainda perceber que quem está estabelecido já tem um nível de vanguarda tão grande, que impede novos entrantes no mercado”, declara o especialista. Nesse caso, caberia uma avaliação da viabilidade do novo negócio naquele mercado.

C. Mercado consumidor

Ao analisar os consumidores, é fundamental compreender quem será o seu cliente e definir um perfil médio dessa pessoa. Este perfil, chamado de personaé fundamental para compreender o que poderia mudar e quais os pontos em aberto na estratégia.

É fundamental entender gostos, hábitos de consumo, preferências preponderantes e a maneira como a persona interage com a empresa. Isso permite compreender o seu público.

“Assim você vai se preparando para os problemas que só irá perceber operando”, explica o especialista.

3. Análise financeira

A análise financeira é outro detalhe fundamental a ser analisado durante a criação de um plano de negócios. É nesse momento que o futuro empreendedor pode visualizar os custos que terá com o novo negócio e qual será a fonte de custeio destes gastos.

É importante analisar dois pontos:

A. Fluxo financeiro

Nessa etapa, devem ser projetados os custos de operação do negócio, como aluguel, compras e pagamentos de funcionários, por exemplo. Além disso, deve-se reservar uma quantia, chamada de pró-labore, que diz respeito ao “salário” recebido pelo empreendedor.

É um ponto de extrema importância para não se confundirem as finanças da empresa com a do empreendedor.

Além disso, é fundamental, durante a análise de fluxo financeiro, considerar se os custos de operação do negócio são menores do que os ganhos, para confirmar a viabilidade da empresa.

“Se o empreendedor constatar a viabilidade financeira, deve então analisar a viabilidade de investimento”, diz Enio Pinto.

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B. Fluxo de investimento

Essa etapa consiste em avaliar o quanto há para investir no novo negócio, incluindo o montante para dar viabilidade a toda a operação, incluindo o dinheiro reservado para capital de giro.

A grosso modo, esse é o dinheiro reservado para o período entre a compra da mercadoria e o recebimento do pagamento. “Este período a descoberto – quando é necessário ter recursos ou financiamento – é o chamado capital de giro”, explica Enio Pinto.

“Quando sei o montante de investimento necessário, vejo se terei o dinheiro ou se terei que pegar empréstimo com o banco ou com um sócio”, afirma.

O consultor explica ser comum que, durante o processo de criação do plano de negócios, mudanças estratégicas ou reformulações mais drásticas tenham de ser feitas.

A ideia, segundo ele, é exatamente essa: que o empreendedor se previna de problemas, fazendo um planejamento detalhado de suas operações futuras.

Modelos de plano de negócios para diferentes tipos de estabelecimento, como padarias, lojas de roupa ou açougues, estão disponíveis em sites como o do Sebrae e podem ser usados como molde para a produção de seu próprio plano.

 

O FUNCIONÁRIO DE UMA EMPRESA COM PERFIL EMPREENDEDOR PODE PRATICAR O INTRAEMPREENDEDORISMO NELA

Sabrina Bezerra – Jornalista – StartSE

Gmail e botão curtir do Facebook são dois exemplos dos projetos de pessoas intraempreendedoras. Entenda o que é, quais são os tipos e como se tornar uma pessoa que tem perfil empreendedor na empresa!

Duas mulheres intraempreendedoras conversando no escritório (Foto: Hinterhaus Productions via Getty Images)

Sábado (19/11) foi o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino. Mas, caso você tenha o perfil de uma pessoa empreendedora, mas não queira sair da empresa em que trabalha, não se preocupe. Você pode fazer parte do grupo de pessoas intraempreendedoras. Vamos lá?

O que é intraempreendedorismo?

Quais são os tipos de intraempreendedorismo que existem?

Como se tornar uma pessoa intraempreendedora?

O QUE É INTRAEMPREENDEDORISMO?

Intraempreendedorismo nada mais é do que a habilidade de empreender dentro de uma empresa. Na prática, é quando as pessoas — que têm perfil empreendedor — criam um produto ou solução inovadora para o negócio.

A prática, além de oferecer um ambiente mais colaborativo e horizontal, é responsável pelo sucesso ou fracasso da companhia.

“Atualmente, o intraempreendedor é um dos mais importantes recursos nas empresas de alta competitividade”, diz o Sebrae. Assim, se você tem essa habilidade, está um passo à frente na carreira. Se não tem, vale a pena desenvolvê-la.

Empreendedorismo feminino (Foto: Pexels)

QUAIS TIPOS DE INTRAEMPREENDEDORISMO EXISTEM?

De acordo com o Sebrae, dois tipos de empreendedorismo. “O de valor agregado e o spin-off”, diz.

Valor agregado: está relacionado ao core do negócio. Por exemplo, é quando algum projeto ou solução é desenvolvido de acordo com as necessidades do público-alvo. Seria uma melhoria de um determinado setor, com o objetivo de fazê-lo crescer.

Spin-off: é quando as ideias são desenvolvidas com um olhar externo, algo novo do mercado que, de alguma forma, agregue valor para o negócio. Para você ter uma noção, o Gmail, do Google, é fruto de um projeto de intraempreendedorismo. O botão do Facebook também.

Agora, já pensou você colocando no perfil no LinkedIn um baita projeto que trouxe ótimos resultados para a sua empresa? Demais, né?

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Como as soft skills e as hard skills podem definir sua carreira

5 lições que todo empreendedor deve aprender com Sam Walton, fundador do Walmart

Por que o empreendedorismo é tão importante?

COMO SE TORNAR UMA PESSOA INTRAEMPREENDEDORA?

Não tenha medo. A executiva da Microsoft Paula Silva, orienta que você fale para a liderança sobre a ideia que você tem para criar um novo produto ou uma nova solução para a empresa.

Mesmo que já exista todo um mecanismo dentro da companhia e que traga resultados, é interessante você expor as suas ideias porque traz outros pontos de vista, outra vivência, outro background para o negócio.

“Talvez as pessoas que estão ali ainda não tiveram e não conseguiram pensar a respeito disso, por conta desse próprio processo, desse próprio sistema. Então, fale. Escolha um ou dois cases onde você queira aplicar esse processo e compartilhe”, diz Paula.

Além disso, as soft skills — chamadas habilidades comportamentais — como criatividade, proatividade e curiosidade também são importantes. Neste artigo, você entende mais o que são as soft skills e como desenvolvê-las.

Cada vez mais carreiras estão sendo impactadas por essas e outras exigências do mercado. Se capacitar para essas transformações com agilidade pode ser a diferença entre você ser uma profissional de destaque e bem remunerada, ou ficar fora do jogo.

Mindset correto é o que vai fazer você alcançar (ou não) o sucesso

Junior Borneli, co-fundador do StartSe

Mulher negra e sorridente segurando um IPad e olhando para frente (Fonte: Getty Images)

Mindset é a sua programação mental, é como você encara tudo que está ao teu redor

Mindset. Você já ouviu essa palavinha algumas vezes aqui no StartSe. Ela é importante, talvez uma das coisas mais importantes para “chegar lá” (seja lá onde for que você quiser chegar).

É sua habilidade de pensar o que você precisa para ter sucesso. E como a maioria das coisas que você possui dentro de você, ela é uma espécie de programação do seu ser. Tanto que é possível que você adquira outro mindset durante a vida, convivendo com as pessoas corretas, conhecendo culturas diferentes.

Algumas pessoas dizem que é isso das pessoas que faz o Vale do Silício ser a região mais inovadora do mundo. Eu, pessoalmente, não duvido. Fato é: você precisa de ter a cabeça no lugar certo, pois a diferença entre um mindset vencedor e um perdedor é o principal fator entre fracasso e sucesso.

Para isso, é importante você começar do ponto inicial: um objetivo. “Todo empreendedor precisa ter um objetivo. Acordar todos os dias e manter-se firme no propósito de fazer o máximo possível para chegar lá é fundamental”, diz Junior Borneli, co-fundador do StartSe e uma das pessoas mais entendidas de mindset no ecossistema brasileiro.

De lá, é importante você fazer o máximo que puder e não perder o foco, mantendo-se firme. “Não importa se no final do dia deu tudo certo ou errado. O importante é ter a certeza de que você fez tudo o que foi possível para o melhor resultado”, avisa.

Com a atitude certa, é capaz que você sempre consiga canalizar as coisas como positivas. “Você sempre tem duas formas de olhar um a mesma situação: aquela em que você se coloca como um derrotado e a outra onde você vê os desafios como oportunidades. Escolha sempre o melhor lado das coisas, isso fará com que sua jornada seja mais leve”, alerta o empreendedor.

Esses tipo de sentimento abre espaço para uma característica importantíssima dos principais empreendedores: saber lidar com grandes adversidades. “Um ponto em comum na maioria os empreendedores de sucesso é a superação”, destaca Junior Borneli.

Saber lidar com essas adversidades vai impedir que você pare no primeiro problema (ou falência) que aparecer na sua frente. “São muito comuns as histórias de grandes empresários que faliram várias vezes, receberam diversos ‘nãos’ e só venceram porque foram persistentes”, afirma.

É importante ter esse mindset resiliente, pois, nem sempre tudo será fácil para você – na verdade, quase nunca será. “Empreender é, na maior parte do tempo, algo muito doloroso. Até conseguir algum resultado expressivo o empreendedor passa por muitos perrengues. A imensa maioria fica pelo caminho”, diz.

É como uma luta de boxe, onde muitas vezes, para ganhar, você terá que apanhar e apanhar e apanhar até conseguir desferir o golpe (ou a sequência) certo. “Na minha opinião, não há melhor frase que defina a trajetória de um empreendedor de sucesso do que aquela dita por Rocky Balboa, no cinema: ‘não importa o quanto você bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar. É assim que se ganha’”, ilustra.

O problema talvez seja que alguns aspectos do empreendedorismo tenham glamour demais. “Empreender não é simplesmente ter uma mesa com super-heróis e uma parede cheia de post-its coloridos. Você vive numa espécie de montanha russa de emoções, onde de manhã você é ‘o cara’ e à tarde não tem dinheiro pro café”, salienta.

Vale a pena, porém, perseverar neste caminho. “Para aqueles que são persistentes e têm foco, a jornada será difícil, mas o retorno fará valer a pena!,” destaca o empreendedor.

DERROTA TAMBÉM ENSINA

Um ponto importante do sucesso é saber lidar com o fracasso e, de lá, tomar algumas lições para sair mais forte ainda. “Toda derrota nos ensina algumas lições e assim nos tornamos mais fortes a cada nova tentativa. A cultura do fracasso, aqui no Brasil, é muito diferente dos Estados Unidos”, afirma Junior.

No Vale do Silício, falhar é encarado algo bom, na verdade – e aumenta suas chances de sucesso futuro. “Por lá, empreendedor que já falhou tem mais chances de receber investimentos porque mostrou capacidade de reação e aprendeu com os erros”, conta o empreendedor.

Mas ao pensar sobre fracasso, você precisa ter o filtro correto para não deixar a ideia escapar. “Encarar os erros como ensinamentos e entender que falhar é parte do jogo torna as coisas mais fáceis e suportáveis”, salienta.

Foco é a palavra de ordem para você conseguir alcançar os objetivos traçados no caminho, mesmo que em alguns momentos pareça que está tudo dando errado. “Por fim, buscar o equilíbrio mental e o foco são fundamentais. Nas vitórias, tendemos a nos render à vaidade e ao orgulho. E nas derrotas nos entregamos ao desânimo e a depressão. Mentalize seus objetivos, foque nos caminhos que vão leva-lo até eles e siga firme em frente”, afirma.

É importante que você tenha noção de que para ser uma exceção, você não pode pensar da maneira comodista que a maior parte das pessoas. “Se você quer chegar onde poucos chegaram, precisará fazer o que poucos têm coragem e disposição para fazer”, completa.

                   O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?                  

Moysés Peruhype Carlech

Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”, sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de resto todas as lojas dessa cidade no Site da nossa Plataforma Comercial da Startup Valeon.

Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?

Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a sua localização aí no seu domicílio? Quais os produtos que você comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu WhatsApp?

Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para ficarem passeando pelos Bairros e Centros da Cidade, vendo loja por loja e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.

A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar pelos corredores dos shoppings centers, bairros e centros da cidade, durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.

É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e eficiente.  Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e aumentar o engajamento dos seus clientes.

Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer”. – Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o próximo nível de transformação.

O que funcionava antes não necessariamente funcionará no futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo aquilo que é ineficiente.

Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde queremos estar.

Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que você já sabe.

Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na internet.

Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar você para o próximo nível.

Aproveite essa oportunidade para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.

Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

 

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

PEC QUE LIMITA PODERES DO STF FOI APROVADA NO SENADO

 

História por JOÃO GABRIEL E JULIA CHAIB  • Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que restringe as decisões monocráticas do STF (Supremo Tribunal Federal) teve em seu favor o voto do líder do governo Lula no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).

Já o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), votaram contra –este último deixou o cargo no Executivo e reassumiu o mandato temporariamente, por isso conseguiu participar.

No total, tanto no primeiro quanto no segundo turno, o texto foi aprovado por 52 parlamentares, contra 18 votos contrários e nenhuma abstenção.

Só PT e MDB, entre os partidos, orientaram voto contra a PEC; PSB e PSD liberaram suas bancadas. Todas as outras siglas foram favoráveis, e o governo não marcou posição para sua bancada.

Dentre os nomes que se posicionaram contra a proposta, apenas Romário (PL-RJ) e Leila Barros (PDT-DF) não são do PT, MDB, PSD ou PSB.

Jaques Wagner, líder do governo, afirmou que decidiu se opor à posição de seu próprio partido após as mudanças feitas na PEC que amenizaram sua redação.

“Eu me orgulho de ter participado de um movimento no sentido de minimizar ou diminuir as diferenças que poderiam incomodar ou serem interpretadas equivocadamente como uma intromissão do Legislativo na corte superior”, afirmou.

O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, foi contra a proposta e fez um longo discurso, no qual lembrou o papel do STF contra manifestantes golpistas do 8 de janeiro.

“Não há outra definição para ela [a proposta]. Ela é uma reação a sobretudo ao papel histórico que o Supremo Tribunal Federal cumpriu”, afirmou.

Ele citou o cantor e compositor Chico Buarque e disse que o Congresso pode se debruçar sobre os outros Poderes, mas que, neste momento, tal movimentação vai contra a mobilização contra o bolsonarismo.

“Não posso colocar a minha digital e, me permita, também não pode ser colocada a digital do governo do presidente Lula [a favor da PEC], sobretudo porque o governo do presidente Lula foi resultado de uma frente ampla de brasileiros para evitar o pior”, afirmou.

Ele ainda fez uma referência à atuação do STF e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, no combate aos golpistas.

“Nos últimos quatro anos, a democracia brasileira esteve por um fio. Dentro da institucionalidade democrática, poucos foram aqueles que se levantaram para impedir que a ruptura do tecido democrático fosse concretizada. Poucos se levantaram para impedir o avanço das ameaças às instituições democráticas”, disse, se dirigindo diretamente a Pacheco.

Já Carlos Fávaro esteve no Senado desde a manhã e também acompanhou a votação do projeto de lei dos agrotóxicos. Ficou para a sessão do plenário e votou contra a proposta.

Os partidos que fazem parte da base do governo ou que se declaram independentes, embora tenham integrantes como ministros na Esplanada (como União Brasil, Republicanos e PP), deram ao menos 31 votos na sessão.

Aqueles considerados da base mais fiel desde o início da gestão Lula, como Rede, PSB, MDB, PSD e PDT, deram 15 votos a favor e 16 contra a proposta.

Outros 10 senadores faltaram à sessão, o que também pode ser encarado como uma forma de o senador se contrapor à PEC, mas evitar se posicionar.

O partido que mais registrou divisões foi o próprio PSD, de Pacheco, e o MDB. No primeiro, foram registrados 7 votos a favor da PEC, 4 contra e 3 ausências. Já no segundo, houve 4 senadores que apoiaram a proposta, 3 que votaram pela derrubada e 4 que faltaram.

No PT, o único que votou a favor da PEC foi justamente Jaques Wagner; os outros 7 optaram por reprovar a proposta.

A ofensiva contra o STF sempre foi uma pauta de senadores aliados a Jair Bolsonaro (PL), mas ganhou tração justamente a partir de uma articulação entre o Senado e a oposição na Câmara, impulsionada pela bancada ruralista, a mais forte do Congresso no momento.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) já chegou a pedir o microfone do plenário para “fazer público esse agradecimento mais uma vez a vossa excelência, o presidente Rodrigo Pacheco”.

“Isso é uma questão muito mais ampla que qualquer interesse eleitoral, meu ou de qualquer outro”, rebateu Pacheco, após ser questionado pela reportagem.

Alcolumbre é um dos possíveis candidatos à presidência do Senado em 2025.

ESTADOS VÃO AUMENTAR O ICMS EM RETALIZAÇÃO À REFORMA TRIBUTÁRIA EM APROVAÇÃO

História por Notas & Informações  • Jornal Estadão

Seis Estados das Regiões Sul e Sudeste anunciaram nesta semana que vão propor, às suas respectivas Assembleias Legislativas, o aumento da alíquota modal do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para 19,5%. Segundo carta divulgada pelos secretários estaduais de Fazenda de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul, a medida seria uma reação à reforma tributária sobre o consumo, que, segundo eles, reduzirá a autonomia dos entes federativos.

“Nesse sentido”, diz o documento, “a arrecadação dos Estados com o ICMS nos próximos 5 anos condicionará, em significativa medida, as suas receitas tributárias nos 50 anos subsequentes, configurando-se um forte incentivo para que aumentem a sua arrecadação entre 2024 e 2028, por exemplo, mediante a realização de programas de recuperação de créditos tributários ou aumentos de alíquotas modais de ICMS.”

É interessante observar o argumento tortuoso a que os secretários recorrem para justificar o aumento do imposto. Verdadeiros estadistas, estariam muito preocupados com a arrecadação que legarão aos Estados quando o ICMS for extinto e substituído pelo futuro Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Veem-se, portanto, obrigados a elevar os impostos agora para defender as futuras gerações desse possível ataque às contas públicas que pode vir a se materializar de 2033 a 2078.

É evidente que se trata de desculpa esfarrapada para aumentar tributos e gastar o dinheiro arrecadado desde já. Esse movimento era mais do que previsível. Mas a motivação desse ato não é a reforma tributária, que, por sinal, ainda nem entrou em vigor.

São as Leis Complementares 192 e 194, que alteraram a legislação do ICMS e impuseram um teto nas alíquotas aplicadas sobre combustíveis, energia e telecomunicações – historicamente a maior fonte de arrecadação dos Estados. Aprovadas no ano passado pela Câmara e pelo Senado, elas foram fruto da pressão do ex-presidente Jair Bolsonaro para baixar os preços dos combustíveis poucos meses antes da eleição.

A carta dos secretários estaduais de Fazenda até menciona esse contexto, mas de forma lateral. Sem culpar Bolsonaro e o Congresso, o documento cita uma “decisão federal alheia à vontade dos Estados” que promoveu “substantivas alterações na legislação do ICMS, as quais reduziram a sua capacidade de gerar receitas aos Estados”. “Tal intervenção provocou uma expressiva e insustentável redução das receitas tributárias estaduais”, afirma a carta.

À época em que as leis foram submetidas a votação no Legislativo, não se viu qualquer mobilização por parte dos governadores para barrar a medida. Pudera: Cláudio Castro, Renato Casagrande, Romeu Zema, Ratinho Jr. e Eduardo Leite ainda não disputariam a reeleição. O único que ainda não ocupava o cargo era Tarcísio de Freitas, mas já se sabia que o ministro da Infraestrutura de Bolsonaro seria candidato ao governo de São Paulo.

Naquele momento, todos optaram pelo silêncio. Não era hora de testar o humor do eleitorado e opor-se à redução de impostos, mas de aprovar reajustes salariais para o funcionalismo, realizar concursos públicos e afrouxar os gastos. A conta finalmente chegou. Nos primeiros seis meses deste ano, a arrecadação caiu 8,73% em termos reais, segundo o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) do Ministério da Fazenda.

Saliente-se que os governadores do Sul e Sudeste não foram os únicos a adotar a medida. Segundo o Estadão, 17 Estados já elevaram as alíquotas modais de ICMS desde o fim do ano passado. A diferença é que eles não culparam a reforma tributária por seus atos.

É cômodo, mas falso, responsabilizar a reforma tributária pelo aumento dos impostos. É fácil para os governadores se esconderem atrás de uma carta assinada por seus secretários estaduais de Fazenda para se livrarem dos danos causados por uma decisão impopular.

Mas a medida anunciada nesta semana é mera consequência da omissão destes mesmos Estados no ano passado, quando as propostas foram discutidas e aprovadas sem qualquer resistência. Estão, agora, colhendo o que plantaram.

 

ZEMA REAGE A CRÍTICAS E MUDA TÁTICA PARA NEGOCIAR COM BRASÍLIA

 

História por LEONARDO AUGUSTO  • Folha de S. Paulo

BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – Acuado diante de uma ofensiva em Minas tanto do presidente Lula como de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, o governador Romeu Zema (Novo) mudou sua estratégia de embate e decidiu tomar a frente nas negociações da dívida de R$ 161 bilhões do estado com a União.

As discussões sobre o tema vinham sendo tocadas por secretários do governo mineiro, entre os quais Gustavo Barbosa (Fazenda) em viagens a Brasília para reuniões com integrantes da equipe econômica do governo federal. O vice-governador, Professor Mateus (Novo), também participava das negociações.

Um fator político, porém, deixou Zema sem alternativa e o obrigou a assumir as conversas. Pacheco (PSD), que tem sido colocado como possível candidato ao Governo de Minas, iniciou articulações diretamente com Lula de propostas alternativas para o pagamento da dívida do estado.

Em 2026, Zema deve indicar o nome de algum aliado para a sua sucessão no estado, que disputaria contra Pacheco, e pode concorrer ao Palácio do Planalto em uma eleição que pode ter Lula como candidato à reeleição. Zema, que apoiou Jair Bolsonaro (PL) em 2022, atua na oposição ao governo petista.

Sobre a dívida mineira, até o momento o caminho para o acerto seria o RRF (Regime de Recuperação Fiscal), que permite o escalonamento do passivo.

Nesta terça (21), Pacheco se reuniu em Brasília com Lula e o ministro Fernando Haddad (Fazenda) para entregar as propostas. Tanto Lula como Haddad criticaram o governador Zema, com direito a publicação de vídeo.

“Estou na Presidência há dez meses. Eu ouço o Haddad falar de vez em quando que tem tentado discutir as dívidas dos estados com os governadores, e aí é importante lembrar que o governador de Minas Gerais não compareceu em nenhuma reunião. Ele mandou o vice”, diz Lula, na gravação.

Haddad foi na mesma linha. “Vamos nos dedicar a isso [estudar as propostas]. Vamos fazer as contas devidas. Mas o melhor de tudo é a iniciativa. Vim resolver o problema, enfrentá-lo de forma definitiva, isso é que para nós é uma coisa válida”, afirma o ministro no mesmo vídeo.

Também participaram do encontro o ministro da Casa Civil, Rui Costa, das Minas e Energia, Alexandre Silveira, que também é de Minas, e o presidente da Assembleia Legislativa, Tadeu Leite (MDB).

A presença de Leite é outro motivo de preocupação para Zema. Pelo cargo, o parlamentar tem influência na pauta da Casa, onde tramita atualmente o projeto de lei que autoriza o estado a aderir ao Regime de Recuperação Fiscal.

Na quinta (16), Pacheco já tinha se reunido em Brasília com o presidente da Assembleia mineira, quando anunciou que faria a entrega a Lula da proposta alternativa para a dívida de Minas.

Duas das propostas alternativas apresentadas a Lula são um baque para Zema e, se aceitas, acabam com dois de seus principais projetos de segundo mandato.

Uma é a federalização da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) para abatimento no valor da dívida. Zema nunca escondeu que um de seus principais projetos é a privatização da estatal.

A outra é o uso de pelo menos parte dos recursos da repactuação do acordo da tragédia de Mariana também no abatimento da dívida. Zema quer utilizar o dinheiro para obras em todo o estado.

E aqui já há um ponto de atrito de Zema com o governo Lula. A intenção do Palácio do Planalto, ao menos até o momento, é usar todo o recurso do acordo exclusivamente nos municípios ao longo do Rio Doce, em Minas e no Espírito Santo, região atingida pela tragédia.

Na semana passada, quando Pacheco se encontrou com o presidente da Assembleia, Zema estava em viagem à Ásia. Já nesta segunda (20), o governador desembarcou na capital federal e se encontrou com o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT-BA).

“O objetivo do encontro foi debater especificidades da dívida de Minas Gerais com a União”, afirmou em nota o governo mineiro.

O mesmo texto disse que uma nova reunião seria marcada ainda nesta semana “para dar sequências às discussões”, desta vez, com o ministro Fernando Haddad, o que deve ocorrer nesta quarta (22).

Sobre sua alegada ausência para discutir a dívida, o que foi citado em vídeo por Lula, o governo estadual diz que Zema esteve em Brasília uma vez para debater o assunto, em reunião com outros governadores. “Em maio, o governador esteve com o ministro Haddad e demais governadores para discutir o tema”, afirma o comunicado.

A agenda de Zema na capital federal inclui ainda encontro com Pacheco juntamente com o presidente da Assembleia de Minas.

A principal crítica do grupo político de Pacheco em Minas em relação ao RRF é que os termos prejudicam os servidores públicos, diminuindo a possibilidade de reajustes e impactando promoções. Este impacto é negado por três secretários de Zema. A de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, o da Fazenda, Gustavo Barbosa e o de Governo, Gustavo Valadares.

Conforme prazo estabelecido pelo STF (Supremo Tribunal Federal), Minas Gerais tem que aderir ao regime até 20 de dezembro. Caso contrário, terá que pagar, de imediato, R$ 18 bilhões da dívida. Com a aprovação, esse valor cai para R$ 4 bilhões.

O projeto que autoriza o estado a aderir ao RRF está tramitando na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembleia, a última antes da votação em plenário.

MILEI AGRADECE A LÍDERES MUNDIAIS CUMPRIMENTOS PELA SUA ELEIÇÃO

 

História por JÚLIA BARBON  • Folha de S. Paulo

BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) – Aos líderes mundiais que insultou quando candidato, Javier Milei agora agradece enquanto presidente eleito. O ultraliberal argentino disse “obrigado” a uma lista de personalidades globais que lhe felicitaram pela vitória no pleito do último domingo (19), entre elas gente a quem ele já fez críticas no passado.

“Agradeço a cada um dos líderes mundiais que entraram em contato comigo para parabenizar nossa equipe e expressar seus bons votos para o futuro da Argentina”, escreveu nesta quarta (22) o direitista nas redes sociais, marcando 22 nomes, entre presidentes e diretores de órgãos como o FMI (Fundo Monetário Internacional).

O primeiro e mais notório deles é o também argentino papa Francisco, a quem ele já chamou de “representante do mal na terra”. Mas há também o líder chileno de esquerda, Gabriel Boric, que caracterizou como “esquerdista” e “empobrecedor” no passado, e o francês Emmanuel Macron, a quem já se referiu pejorativamente como “progre” (progressista).

Outro a que ele agradeceu depois foi o americano Joe Biden, que o cumprimentou durante a tarde em uma ligação de cerca de 10 minutos onde os dois “discutiram a importância de continuar a fortalecer a relação entre os EUA e a Argentina”. O ultraliberal disse em maio à CNN que o democrata é um “socialista moderado, mas é socialista”.

A declaração foi dada ao jornalista argentino Andrés Oppenheimer, que lhe perguntou o que ele considerava socialismo. “Para mim, qualquer um que tenha um perfil onde coloque o coletivo à frente do individual entra na categoria de socialista […] O Partido Democrata tem um perfil, digamos, socialista da nossa perspectiva”, afirmou.

Já Lula (PT) não conversou nem foi citado por Milei até aqui. No dia das eleições, o brasileiro reconheceu rapidamente a vitória e deu parabéns “às instituições e ao povo argentino”, mas não citou seu nome. O ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta (PT-RS), afirmou que Lula só deveria ir à posse se recebesse um pedido de desculpas pelas acusações de Milei durante a campanha.

Após uma conversa de 8 minutos por telefone na terça (21), o papa Francisco agora ganhou um “agradecimento especial” e foi chamado de “Sua Santidade” por Milei, que o convidou a visitar a Argentina. Um tratamento bastante diferente em relação a dois meses atrás, quando disse que Jorge Bergoglio tinha “afinidade com comunistas assassinos”.

“O papa joga politicamente, tem uma forte interferência política e demonstrou, além disso, uma grande afinidade com ditadores como [o cubano Raúl] Castro ou [o venezuelano Nicolás] Maduro. Ou seja, está do lado de ditaduras sangrentas”, acusou Milei em entrevista ao jornalista americano conservador Tucker Carlson um mês depois de ganhar as eleições primárias e se tornar favorito.

“Na verdade, não os condena e é bastante condescendente também com a ditadura venezuelana. Ele é condescendente com todos os de esquerda, mesmo que sejam verdadeiros assassinos. Além disso, é alguém que considera a justiça social como um elemento central, e isso é muito complicado”, afirmou na época, após diversos outros insultos no passado.

O chileno Boric, a quem ele agora expressou gratidão, também foi duramente criticado em julho deste ano num evento promovido pelo ativista liberal Axel Kaiser, em Santiago.

“Entre esquerdistas se unem, ou seja, entre empobrecedores se unem. E, assim como esperamos exterminar a praga kirchnerista, na verdade, toda a praga socialista que assola a Argentina por mais de cem anos, espero que vocês tenham a sorte e a altura para se livrarem também desse empobrecedor do Boric”, discursou Milei na ocasião.

Macron foi outro que não escapou. Em junho de 2022, quando a Suprema Corte dos EUA suspendeu o direito constitucional ao aborto, o francês publicou: “O aborto é um direito fundamental para todas as mulheres. Deve ser protegido. Quero expressar minha solidariedade às mulheres cujas liberdades estão sendo minadas pela Suprema Corte dos Estados Unidos”.

Milei, já em campanha pela Presidência, respondeu ao tuíte. “Aqui outro progre… Contra a vida, contra a biologia, contra a matemática, contra a lógica, contra o liberalismo. Para não falar do respeito às instituições, especialmente às de outros países… Com líderes assim, é um milagre que o planeta ainda exista”, escreveu.

Na lista de agradecimentos está ainda Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia, o qual o argentino não criticou diretamente, mas que entra no pacote de críticas ao Brics, bloco que o país integra junto ao Brasil, Rússia, China e África do Sul.

“Nosso alinhamento geopolítico é com os Estados Unidos e Israel. Essa é a nossa política internacional. Nós não vamos nos alinhar com comunistas”, afirmou Milei em agosto, quando o atual presidente peronista Alberto Fernández anunciou que aceitaria o convite recebido para entrar no grupo.

ISRAEL LIBERA 150 PALESTINOS E O HAMAS LIBERA 50 ISRAELENSES NA TROCA DE PRISIONEIROS

História por Alaa Daraghme – Serviço Árabe da BBC  • BBC News Brasil

Cerca de 40% dos prisioneiros palestinos que deverão ser libertados são menores de 18 anos© Getty Images

Israel e o Hamas fizeram um acordo de troca de prisioneiros e reféns, além de uma pausa de quatro dias nos combates na Faixa de Gaza.

Segundo informações obtidas pela BBC, a suspensão dos conflitos começará às 10h (às 5h no horário de Brasília) de quinta-feira (23/11), enquanto a troca de prisioneiros ocorrerá por volta do meio-dia.

Israel divulgou uma lista de 300 palestinos que poderiam ser libertados. A maioria tem 17 ou 18 anos, variando a idade geral entre 14 e 59 anos. Segundo foi informado, 274 dos detidos são homens.

A lista foi publicada devido a uma formalidade em Israel. Antes de qualquer libertação de prisioneiros, os cidadãos israelenses devem ter 24 horas para entrar com um recurso na Suprema Corte israelense.

Na primeira fase, prevista para começar na quinta, o Hamas libertará um total de 50 mulheres e crianças reféns, num grupo de 12 pessoas por dia.

Israel libertará, então, 150 palestinos. Em seguida, Israel se comprometeu a libertar “até” mais 150 palestinos detidos se “até” mais 50 reféns forem libertados de Gaza.

Líderes mundiais saudaram o acordo mediado pelo Catar.

O Hamas, grupo classificado como terrorista pela União Europeia, o Reino Unido e os Estados Unidos, matou mais de 1.200 pessoas e fez mais de 200 reféns em Gaza desde o dia 7 de outubro, segundo as autoridades israelenses.

Desde então, mais de 14 mil palestinos que viviam na Faixa de Gaza foram mortos em ataques aéreos israelenses e numa invasão terrestre, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

Famílias de reféns israelenses detidos em Gaza pelo Hamas realizaram uma campanha aberta e pública para trazê-los de volta© Getty Images

História das trocas de prisioneiros

Israel também listou os crimes ou supostos crimes dos 300 prisioneiros palestinos que poderiam ser libertados.

Eles incluem tentativa de homicídio, ataques com bombas, confecção de objetos explosivos ou incendiários, lançamento de pedras, contato com uma organização hostil, lesões corporais graves e incêndio criminoso por motivos nacionalistas.

Ao contrário das trocas anteriores de prisioneiros, nenhuma das pessoas que constavam na lista foi condenada pelo assassinato de israelenses.

A troca de maior visibilidade ocorreu em outubro de 2011, quando o soldado israelense Gilad Shalit foi libertado após cinco anos de cativeiro do Hamas. Ele foi trocado por 1.027 prisioneiros palestinos como parte do acordo entre Israel e o grupo palestino.

Alguns dos prisioneiros libertados foram condenados por homicídio, incluindo Yahya Sinwar, líder do Hamas na Faixa de Gaza, e um dos apontados por Israel por idealizar o ataque de 7 de outubro.

Outra grande troca ocorreu em janeiro de 2004, quando Israel libertou 436 prisioneiros palestinos e outros árabes, num acordo com o grupo Hezbollah, apoiado pelo Irã e com sede no Líbano.

Isso facilitou o retorno de Elhanan Tannenbaum, um empresário israelense, e dos restos mortais de três soldados israelenses.

O atual primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também negociou o acordo de troca de prisioneiros com o Hamas em 2011 para libertar Gilad Shalit© Israel Defense Force

Aumento da população carcerária

A população carcerária palestina de Israel está aumentando, com um total de 7.000 palestinos presos em cadeias geridas por Israel, segundo a Addameer, uma organização palestina de direitos humanos.

Isso inclui 80 mulheres e 200 crianças menores de 18 anos.

A organização não-governamental afirma que mais de 3.000 palestinos foram presos desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro.

Israel rotulou a Addameer como uma organização “terrorista” em 2021, junto com outros cinco grupos palestinos de direitos civis. A ONU e grupos internacionais de direitos humanos rejeitam essa designação.

No final de setembro de 2023, o Serviço Prisional de Israel (IPS, na sigla em inglês) mantinha 146 menores palestinos detidos ou presos por motivos que definiu como “segurança”, segundo a organização israelense de direitos humanos B’Tselem.

Ao mesmo tempo, o IPS também detinha 34 menores palestinos por estarem ilegalmente em Israel, acrescentou.

O Clube dos Prisioneiros Palestinos, uma organização independente de direitos palestinos, afirma que seis detentos morreram nas prisões israelenses desde o ataque do Hamas, com cinco dos presos mortos depois de 7 de outubro.

Sem acusação formal ou julgamento

Israel também tem um sistema chamado “detenção administrativa”, no qual uma pessoa pode ser detida sem receber informações sobre as acusações que enfrenta ou ser submetida a julgamento. Esses casos envolvem principalmente palestinos.

No dia 1º de novembro, de acordo com a organização israelense de direitos humanos HaMoked, havia 2.070 palestinos detidos administrativamente em Israel. Estima-se que esse número era de 1.319 quando ocorreu o ataque do Hamas.

Jessica Montell, diretora-executiva da HaMoked, apoia o acordo.

“Manter pessoas reféns é em si ilegal, um crime de guerra, e o Hamas deveria libertar todos os reféns incondicionalmente” disse ela num comunicado. “Mas é apropriado que Israel liberte prisioneiros e detidos para alcançar este objetivo.”

Ela também disse que mulheres e crianças palestinas mantidas em detenção administrativa serão libertadas como parte do acordo Israel-Hamas.

“Essas pessoas também deveriam ter sido libertadas incondicionalmente. Portanto, um acordo para libertar reféns israelenses e os palestinos detidos administrativamente é duplamente bem-vindo.”

A Relatora Especial da ONU para os Territórios Ocupados Palestinos, Francesca Albanese, está no cargo há pouco mais de um ano© EPA

Críticas da ONU

As Nações Unidas têm sido altamente críticas a Israel ao longo dos anos. A organização afirma que gerações de palestinos suportaram “privação arbitrária de liberdade generalizada e sistemática” sob a “ocupação israelense”.

“Desde 1967, mais de 800 mil palestinos, incluindo crianças , foram detidos com base numa série de regras autoritárias promulgadas, aplicadas e julgadas pelos militares israelenses”, afirmou um relatório da Relatora Especial para os Territórios Ocupados Palestinos desde 1967, Francesca Albanese, publicado em junho de 2023.

Ela disse que não foi autorizada a visitar a Cisjordânia ocupada, mas viajou para a Jordânia e conduziu entrevistas remotamente durante seis meses.

Israel rejeitou as suas conclusões e disse que o seu mandato foi criado com o único propósito de “discriminar Israel e os israelenses”.

A ONU e a Save the Children, uma organização não governamental, afirmam que entre 500 e 700 crianças palestinas entram todos os anos no sistema de detenção militar israelenses.

 

MORTE DE JOVEM DURANTE O SHOW DE TAYLOR SWIFT FOI POR CAUSA DE HEMORRAGIA PULMONAR

 

História por Renata Okumura  • Jornal Estadão

Um laudo preliminar apontou que Ana Clara Benevides, de 23 anos, fã que morreu durante o primeiro show da cantora Taylor Swift, no Estádio Nilton Santos, o Engenhão, no Rio de Janeiro, teve hemorragia pulmonar. No entanto, o quadro não pode ser considerado como a causa da morte da jovem. Novos exames foram realizados e a previsão é que a entrega dos resultados aconteça em 30 dias.

Ana Clara teve uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. Ela foi socorrida pela equipe de resgate na grade em frente ao palco, antes do show da artista ter início na noite de sexta-feira, 17. A suspeita é de que a morte tenha sido ocasionada pela forte onda de calor que atingiu a capital fluminense. No dia, a sensação térmica ficou próxima aos 60 ºC. A artista inclusive interrompeu o show algumas vezes para entregar água aos fãs.

O corpo da jovem foi sepultado e enterrado na terça-feira, 21, no Cemitério Municipal Parque dos Ipês, na cidade de Pedro Gomes, em Mato Grosso do Sul.

Entenda mais sobre hemorragia pulmonar

“A hemorragia pulmonar é um diagnóstico que pode ter múltiplas causas. Em geral, está associada a doenças prévias. É muito raro uma pessoa saudável ter uma hemorragia pulmonar somente pela exposição prolongada ao calor. Pode acontecer, mas é muito raro”, afirma Marcelo Ferraz Sampaio, cardiologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Ana Clara Benevides morreu após passar mal no primeiro show da cantora Taylor Swift no Brasil. Foto: Reprodução/Instagram/@acbenevidesm© Fornecido por Estadão

O que é hemorragia pulmonar?

É uma síndrome de sangramento pulmonar recorrente ou persistente, que pode ser causada por diversos fatores. Ela provoca um acúmulo de sangue nos alvéolos, o que pode interromper as trocas gasosas.

Quais os fatores de risco para a hemorragia pulmonar?

O problema pode ter várias causas. Pode acontecer pela presença de doenças prévias, como doenças autoimunes e renais. Doenças cardiológicas (como estenose mitral) e doenças do sangue (os chamados distúrbios de coagulação) também podem favorecer esse quadro.

“O uso de medicamentos anticoagulantes, antiarrítmicos e drogas quimioterápicas, a presença de condições próprias do pulmão, além da presença de infecções ativas, e não somente na parte respiratória, podem dar essa hemorragia pulmonar”, acrescenta o cardiologista. Ainda segundo ele, outros pontos de atenção são traumas e tosse excessiva. “Neste último caso, tem um detalhe: a desidratação é capaz de levar ao excesso de tosse, que, por sua vez, pode ocasionar a ruptura de algum determinado vaso e provocar a hemorragia pulmonar”, aponta o médico.

  • O que causa hemorragia pulmonar? Entenda quadro apontado em laudo preliminar de Ana Clara Benevides© Fornecido por EstadãoComo o calor faz a gente passar mal e pode levar a casos extremos? Médicos explicam como se prevenir

Quais são os principais sintomas da hemorragia pulmonar?

  • Sintomas respiratórios, como tosse persistente e falta de ar;
  • Dor no tórax;
  • Queda da pressão arterial;
  • Palidez, por causa de anemia aguda;
  • Desmaio;
  • Queda de oxigenação.

“Tudo depende ainda da magnitude e da quantidade da hemorragia. Se é uma hemorragia leve, moderada ou severa, ela pode provocar mais ou menos sintomas”, observa o especialista.

A exposição prolongada ao calor pode levar à morte?

Certamente a exposição prolongada ao calor pode levar a consequências perigosas, inclusive à morte. “Temos determinados estados evolutivos que começam com a queda da pressão, alteração dos batimentos cardíacos, desidratação, fraqueza e exaustão pelo calor, chegando até a desmaios e morte”, comenta o cardiologista. Mas ele frisa que tudo depende muito do tempo de exposição, da temperatura, da umidade e da presença de condições de saúde prévias da pessoa.

O que é a complicação conhecida como heatstroke, relacionada ao calor?

São complicações neurológicas que ocorrem devido a temperaturas extremas, quando mecanismos compensatórios que nosso corpo lança para lidar com a situação se esgotam, levando a uma dificuldade de eliminar o calor e ao aumento da temperatura do corpo. “Esse heatstroke tem várias fases. Em um momento inicial, às vezes temos uma alteração cognitiva leve ou alteração sensorial, com confusão mental ou sensação de sonolência ou fraqueza”, disse o cardiologista da BP.

Quando o organismo se mostra incapaz de manter uma temperatura corpórea de, em média, 37ºC, as alterações neurológicas vão aumentando. Em geral, o heatstroke acontece em situações associadas a esforços excessivos realizados em climas e condições externas muito quentes e úmidas, mas também pode acontecer independentemente do esforço.

“Quando a temperatura chega perto dos 40ºC, pode provocar o que chamamos de insolação, que já é uma fase mais importante do heatstroke, com possível piora da confusão mental, além de aumento de risco de convulsões, perda da consciência, falência de vários órgãos e evolução para o coma e até mesmo morte, se a temperatura chegar ou passar dos 40ºC”, explica Sampaio.

Algumas condições próprias das pessoas podem favorecer esse grave quadro, como obesidade, uso de certos remédios (como diuréticos) e estar nos extremos das idades, ou seja, ser bebê ou idoso.

A hemorragia pulmonar pode acontecer por causa da massagem cardíaca?

“Uma massagem cardíaca pode ter relação com uma hemorragia se a técnica não for apropriada ou feita por pessoas que não sabem exatamente conduzi-la de forma efetiva. Uma massagem prolongada também pode provocar (a hemorragia pulmonar)”, avalia o cardiologista da BP.

LULA PAZ E AMOR FAZ CAÇA ÀS BRUXAS CONTRA A OPOSIÇÃO

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