quarta-feira, 22 de novembro de 2023

FLAVIO DINO NÃO COMPARECE À CÂMARA PARA DEPOR PELA TERCEIRA VEZ

História por admin3  • IstoÉ Dinheiro

Pela terceira vez, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, deixou de comparecer à Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (21). Em ofício encaminhado ao presidente da Casa, deputado federal Arthur Lira (PP-AL), o ministro reiterou que é alvo de ameaças proferidas por parlamentares e, por isso, falta segurança para comparecer ao colegiado.

Dino lembrou-se de xingamentos e confusões de outras convocações e pediu providências quanto à conduta do presidente da comissão, deputado Sanderson (PL-RS), alegando falta de capacidade e de isenção do parlamentar. Ao mesmo tempo, Dino pede que a reunião seja realizada em uma comissão geral no plenário da Câmara, repetindo os argumentos usados para não comparecer à última convocação feita pela comissão no dia 24 de outubro.

O deputado Sanderson afirmou que a ausência do ministro configura crime de responsabilidade com base no Artigo 50 da Constituição Federal. “Ministros de Estado, quando convocados, havendo pertinência temática e há, e não comparecendo, ele automaticamente comente crime de responsabilidade. A menos que tivesse uma justa causa, uma doença, ou que foi convocado para uma reunião internacional de última hora, mas não é isso. Ele não vem porque não quer”, reclamou.

No documento enviado ao presidente da Câmara, o ministro argumenta que algumas manifestações de deputados de oposição à atual gestão federal equivalem a ameaças contra sua integridade e afirma ter sido orientado a não comparecer à sessão. Dino reproduz fotos de parlamentares governistas e de oposição quase chegando às vias de fato para apontar o “inusitado clima agressivo, hostil e de desordem” que, segundo ele, marca os trabalhos da comissão.

“A partir das frases dos citados parlamentares, membros da comissão, é verossímil pensar que eles andam armados, o que se configura uma grave ameaça à minha integridade física, se eu comparecesse à audiência. Lembro, a propósito, que os parlamentares não se submetem aos detectores de metais, o que reforça a percepção de risco, inclusive em razão dos reiterados desatinos por parte de alguns. Ademais, sublinho que o presidente da comissão reconheceu a impossibilidade de manutenção da ordem dos trabalhos, ao encerrar a sessão anterior a que compareci no dia e hora marcados”, encerra Dino.

O ministro da Justiça e Segurança Pública tem sido convocado pela Comissão de Segurança da Câmara para falar de diferentes temas. Os parlamentares querem explicação sobre os atos golpistas de 8 de janeiro; a regulamentação das armas; invasão de terras; supostas interferências na Polícia Federal, entre outros temas.

O post Flávio Dino cita ameaça de parlamentares e deixa de ir à Câmara apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

 

MARINA SILVA ALEGA FALTA DE RECURSOS PARA COMBATER AS CHAMAS

História por Paula Ferreira  • Jornal Estadão

ALTAMIRA, PARÁ, BRAZIL: Aerial image of burning in Altamira, state of Pará. (Photo: Victor Moriyama/Greenpeace), Amazon Burning ALTAMIRA, PARÁ, BRASIL: Imagem aérea de queimadas na cidade de Altamira, Estado do Pará. (Foto: Victor Moriyama / Greenpeace)

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta terça-feira, 21, que o orçamento deixado pela gestão Jair Bolsonaro (PL) para combater incêndios era insuficiente para atender à explosão de queimadas no Pantanal. O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) diz ter aumentado o total de brigadistas, mas ao longo de todo este ano não ampliou as equipes em número suficiente para conter o fogo, que era previsto com a chegada do El Niño.

Ministra do Meio Ambiente reconheceu a necessidade de ampliar estrutura de combate ao fogo diante da alta de queimadas Foto: Evaristo Sá/AFP© Fornecido por Estadão

Marina participou de uma sessão da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados para responder sobre medidas tomadas pela pasta na área ambiental. Ela foi questionada a respeito das queimadas no Pantanal. A resposta do governo à crise tem sido criticada pelas falhas de planejamento de prevenção e pela estrutura precária no combate ao fogo. Como o Estadão mostrou o Ibama tem um brigadista para cuidar de uma área equivalente a cerca de 13 mil campos de futebol.

Marina afirmou que o bioma tem áreas de difícil acesso e que o governo reforçou brigadas no local. Segundo ela, também atuam no bioma os governos estaduais e brigadas privadas. Em novembro, o Pantanal registrou até o momento 3.957 focos de incêndio, o número é maior para este mês em toda a série histórica, que começou em 1998. Nesta terça-feira, 21, a chuva na região conteve o espalhamento das queimadas.

Em Porto Jofre (MT), no Pantanal, queimadas deixam rastro de destruição Foto: Joedson Alves/Agência Brasil© Fornecido por Estadão

“Tem hora que a linha de fogo é incomparavelmente maior que o nosso esforço, mas mesmo assim posso dizer que temos muita clareza de que é preciso ampliar esforços no Pantanal. A gente não tinha recurso do orçamento anterior para o tamanho dessa demanda. Infelizmente não tínhamos”, disse.

Procurado para comentar, a gestão Bolsonaro ainda não falou. Marina afirmou que o governo atuou para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que resultou em verba para ampliar o número de brigadistas do Ibama em 17% e do ICMBio, em 5%. “Isso é uma operação de guerra”, disse.

No início do mês, no auge da seca na Amazônia, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, admitiu em entrevista ao Estadão que a estrutura disponível para combater os focos de queimada na região era insuficiente. O governo liberou neste mês outros R$ 405 milhões do Fundo Amazônia para os Estados e disse que vai buscar mais recursos do programa para investir na área de combate a incêndios.

A seca que atingiu o Amazonas, interrompeu a navegabilidade dos rios, dificultando o abastecimento das cidades ribeirinhas e gerando nuvens de fumaça que atingiram Manaus. O Estado também viu uma série de mortes de botos.

O governo tem atribuído à gestão Bolsonaro e ao El Niño as causas para as catástrofes ambientais. A intensificação do El Niño neste ano é um fenômeno que vinha sendo anunciado por cientistas em todo o planeta. Por isso, especialistas apontam que o governo deveria ter investido mais em tecnologia e nas estratégias de prevenção para evitar os incêndios.

Ao ser questionada na Câmara, a ministra argumentou que, apesar da intensificação do El Niño e da ação humana, o número de focos de incêndios florestais ainda é 14% menor do que no ano passado. “Isso diminui a gravidade do problema? Não, porque queremos resolver o problema”, disse.

Programa para remunerar preservação

Na comissão, a ministra afirmou que o Brasil desenha uma proposta para obter financiamento para países florestais que preservem seus biomas. Marina afirmou que o projeto será apresentado pelo presidente Lula. A expectativa é que o modelo seja apresentado na COP-28, que ocorre no fim do mês em Dubai.

“Essa proposta vai ao encontro da preocupação daqueles que preservam que sejam remunerados pelo serviço ecossistêmico que prestam”, disse Marina.

Em agosto, na Cúpula da Amazônia, em Belém, Lula realizou encontros com chefes de Estado de países da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) e com países como o Congo e a Indonésia, que têm florestas em seus territórios. Na ocasião, o presidente brasileiro manifestou que gostaria de chegar à COP-28 com uma proposta unificada do grupo para obter financiamento.

O evento marcou a volta de um encontro que reuniu nações amazônicas, mas terminou em frustração de pesquisadores e ambientalistas diante de um documento final que não citou combustíveis fósseis nem troue o desmatamento zero omo uma meta comum dos países.

 

CHANCELEER ARGENTINA DIZ QUE O GOVERNO MILEI VAI CORTAR RELAÇÕES COM O BRASIL E A CHINA

 

Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A principal candidata para assumir o ministério das Relações Exteriores da Argentina disse que o país vai cortar laços com o Brasil e a China.

Diana Mondino disse isso quando questionada se o país incentivaria as exportações e importações com esses países: “Vamos parar de interagir com os governos do Brasil e da China”, disse, em entrevista à agência de notícias russa RIA Novosti.

Brasil e China estão entre os parceiros comerciais mais importantes da Argentina. Mas, durante a campanha eleitoral, o presidente eleito Javier Milei fez críticas e ataques aos dois países. [

O argentina já disse que Lula era “comunista”, “ladrão” e “corrupto”, e que não se encontraria com ele se fosse eleito. Milei também convidou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para participar da cerimônia de posse em dezembro.

Milei afirmou também que o governo chinês era um “assassino” e que o povo daquele país “não era livre”.

LULA DIZ QUE NÃO TEM QUE SER AMIGO DE PRESIDENTE

O presidente Lula afirmou nesta terça-feira (21) que “não tem de ser amigo” de presidentes de países vizinhos, só tem de haver uma relação republicana entre eles.

Sem citar o eleito na Argentina, Lula disse que a América da Sul “está vivendo algumas confusões” e que é preciso “chegar a um acordo”. Como candidato, Milei disse que o brasileiro era “comunista”, “ladrão” e “corrupto”.

“Eu não tenho que gostar do presidente do Chile, da Argentina, da Venezuela… Ele não tem que ser meu amigo, ele tem que ser presidente do país dele e eu tenho que ser presidente do meu país”, disse Lula, em cerimônia do Itamaraty.

STF CRITICADO POR MANTER PRESOS PELO 8 DE JANEIRO NA PAPUDA

 

História por Gabriel de Sousa  • Jornal Estadão

BRASÍLIA – Parlamentares da oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviaram nesta terça-feira, 21, um ofício ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes questionando a permanência de bolsonaristas presos preventivamente na Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, pelos atos golpistas do 8 de Janeiro. O documento foi enviado após um dos detidos morrer dentro do presídio na manhã desta segunda-feira, 20.

Parlamentares querem que Moraes informe se outros presos estão detidos na Papuda mesmo com liberdade provisória concedida pela PGR Foto: WILTON JUNIOR© Fornecido por Estadão

O documento foi assinado por 66 parlamentares – 58 deputados federais e oito senadores. Segundo os congressistas, sete pessoas estão presas preventivamente mesmo com pareceres da Procuradoria-Geral da República (PGR) pela concessão de liberdade provisória. Seis estão na Papuda e uma está em um presídio de São Paulo.

“Questionamos Vossa Excelência, acerca da manutenção das prisões preventivas dos réus citados, uma vez que a própria autoridade titular da ação penal, a qual representa o interesse do Estado na punição e repressão, já se manifestou pela liberdade provisória dos presos”, diz o ofício.

O Supremo foi procurado pelo Estadão, mas ainda não retornou.

Cleriston Pereira da Cunha, que morreu nesta segunda-feira, estava detido na Papuda desde o dia 9 de janeiro acusado de invadir o Congresso Nacional. Cleriston tinha uma parecer favorável da PGR para deixar a Papuda protocolado em setembro, mas o despacho não foi feito pelo STF até o seu falecimento.

Segundo denúncia do Ministério Público, o homem fez parte do grupo que invadiu o Congresso Nacional durante os ataques, quebrou vidraças, espelhos, móveis, lixeiras, computadores, obras de artes e câmeras de seguranças. Além disso, queimou o salão verde da Câmara, empregando uma substância inflamável, e destruiu uma viatura da Casa.

O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) disse que Cleriston perdeu a vida por causa da “inércia do Judiciário” e afirmou que a demora do Supremo em conceder a liberdade ao preso pode configurar um crime de responsabilidade. “Nós, parlamentares federais, deputados e senadores, estamos pedindo com urgência que o ministro (Alexandre de Moraes) tome alguma atitude”, disse.

“O ministro Alexandre Moraes precisa urgentemente se manifestar sobre as prisões ainda não relaxadas, apesar de haver pedidos por parte do Ministério Público. Há presos que, há mais de três meses, aguardam a soltura. Qualquer juiz de primeira instância seria severamente questionado se deixasse passar mais do que um dia”, afirmou Van Hattem.

Cleriston tinha problemas de saúde e advogado disse que prisão seria ‘sentença de morte’

Enquanto estava detido na Papuda, Cleriston era acompanhado por uma equipe multidisciplinar da Unidade Básica de Saúde da penitenciária. Ele recebia remédios controlados para diabetes e hipertensão.

Cleriston Pereira da Cunha tinha problemas de saúde e era acompanhado por uma equipe médida da Papuda Foto: Reprodução/Cleriston Cunha no Facebook© Fornecido por Estadão

Em fevereiro, o advogado do bolsonarista, Bruno Azevedo de Souza, chegou a dizer que a prisão de Cleriston seria uma “sentença de morte” e pediu para que a Justiça concedesse liberdade provisória, o que foi negado naquele momento.

“Ele já sofreu graves danos e grandes sequelas em razão da covid-19. Depende da utilização de bastantes medicamentos, que nem sequer são oferecidos pelo sistema penitenciário. É de extrema importância informar que a médica responsável pelo acompanhamento solicitou exames necessários para assegurar a saúde do agravante, todavia ele não pode comparecer aos exames devido a prisão preventiva. Essas condições podem acarretar em complicações fatais para o paciente. Nesse sentido, é notório que a segregação prisional pode acarretar uma sentença de morte”, disse o advogado.

Ao Estadão, o irmão de Cleriston, Cristiano Pereira da Cunha, disse que a família está “indignada” pela morte do irmão e considerou que o STF agiu com um “descaso” ao não o beneficiar com a saída da Papuda apesar do parecer da PGR.

“A gente considera um descaso. Já tinham vários laudos. Ele sofreu um mal súbito lá dentro. Infelizmente, eles não apreciaram e terminou chegando à conclusão do que a médica já havia dito: que ele ia sofrer um mal súbito. Fica aí a indignação”, afirmou Cristiano, que é vereador pelo PSD no município baiano de Feira da Mata.

A DEMOCRACIA DO PT TEM LIMITES, SE O GOVERNO FOR CRITICADO REAGEM COM TRUCULÊNCIA

 

História por Notas & Informações  • Jornal Estadão

Não durou muito a farsa segundo a qual Lula da Silva precisava ser eleito para, segundo suas palavras, “recuperar a democracia neste país”. Bastou que a imprensa começasse a publicar notícias desfavoráveis ao governo para que esses campeões da democracia voltassem a ser o que sempre foram – a vanguarda da truculência. Para a seita petista, vale tudo, até mentir e distorcer, para desmoralizar aqueles que ousam revelar os malfeitos do governo de Lula.

No domingo passado, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, usou suas redes sociais para atacar o Estadão, compartilhando – como se fosse digna de crédito – uma suposta denúncia anônima contra o jornal que teria sido apresentada no site do Ministério Público do Trabalho (MPT). “Gravíssima denúncia feita ao MPT sobre a fabricação do ‘escândalo da dama do tráfico’ pelo Estadão para fazer parecer que (o ministro da Justiça) Flávio Dino é simpático ao crime organizado”, escreveu a presidente do PT. Ato contínuo, todo o exército de militantes petistas na internet passou as horas e dias seguintes a repercutir a patranha, sem qualquer cuidado a respeito da veracidade do que ali se expunha.

Esse é o padrão de atuação dos petistas. Para eles, nem é preciso que a informação seja verdadeira para que seja usada em favor de seus propósitos autoritários, isto é, difamar o jornal que revelou que a mulher de uma das lideranças do Comando Vermelho (CV) participou de reuniões no Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Ora, o Estadão nunca afirmou que Flávio Dino era simpático ao crime organizado. Trouxe apenas fatos: Luciane Barbosa Farias, mulher de Clemilson dos Santos Farias, conhecido como “Tio Patinhas” e um dos líderes do CV no Amazonas, esteve no Ministério da Justiça, em março, para reunião com o sr. Elias Vaz, secretário Nacional de Assuntos Legislativos, e em maio, para reunião com o sr. Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). Na reportagem que revelou o caso, publicada no dia 13 de novembro, o próprio Ministério confirmou a presença de Luciane na comitiva para as duas reuniões.

A atestar que o jornal fez apenas o seu trabalho – trouxe fatos relevantes ao conhecimento do leitor –, o Ministério da Justiça, no mesmo dia da publicação da reportagem, elaborou uma portaria alterando as regras de acesso ao prédio. No entanto, o PT não gosta de jornalismo independente. Diante da natural repercussão do caso, o partido de Lula passou a atacar o jornal, como se a reportagem sobre as reuniões no Ministério da Justiça fosse fake news.

Esse episódio serve para recordar que, por trás da fachada de defensores da democracia, os petistas são e sempre foram raivosos inimigos da imprensa livre. Desde os tempos da trevosa era petista no poder, jornalistas são ameaçados de agressão por militantes do partido. Há toda uma rede de veículos de comunicação a serviço do lulopetismo que se dedicam a destruir a reputação de jornalistas e de veículos independentes. O bolsonarismo certamente se inspirou nesse método do PT para, por sua vez, hostilizar a imprensa e os jornalistas. O “gabinete do ódio” bolsonarista é filhote dos “blogs sujos” – que recebiam generoso financiamento público dos governos petistas para atacar desafetos do partido.

“O uso de métodos de intimidação contra veículos e jornalistas não se coaduna com valores democráticos e demonstra um flagrante desrespeito à liberdade de imprensa”, afirmou em nota a Associação Nacional de Jornais (ANJ) sobre o vergonhoso ataque petista a este jornal. “Também evidencia uma prática característica de regimes autocráticos de, com o apoio de dirigentes políticos, sites e influenciadores governistas, tentar desviar o foco de reportagens incômodas por meio de ataques contra quem as apura e divulga”, disse a entidade.

Mas os petistas perdem tempo e energia. Desde sua fundação, há quase 150 anos, este jornal nunca vergou diante da força bruta dos inimigos da democracia, e não serão os arreganhos dos sabujos de Lula da Silva que o intimidarão. Continuaremos a publicar tudo o que nosso jornalismo apurar, a respeito deste ou de qualquer outro governo, pois a função da imprensa responsável e livre é revelar aos cidadãos o que os poderosos querem esconder. Isso sim é democracia – sem aspas.

LULA QUER O COMPARECIMENTO DO GOVERNADOR ZEMA PARA DISCUTIR A DÍVIDA DE MINAS COM A UNIÃO

 

História por admin3  • IstoÉ Dinheiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), pela ausência em reuniões realizadas para discutir a dívida dos Estados com o governo federal. A fala do presidente ocorreu durante encontro com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que apresentou uma proposta diferente da defendida por Zema para solucionar a dívida de R$ 160 bilhões de Minas com a União.

“Eu estou na Presidência há 10 meses e de vez em quando eu ouço o (ministro da Fazenda, Fernando) Haddad falar que tem tentado discutir a dívida dos Estados com os governadores. É importante lembrar que o governador de Minas Gerais não compareceu a nenhuma reunião. Ele manda o vice”, disse Lula em um vídeo gravado durante a reunião.

“Eu espero que daqui para frente o governador compareça para conversar com o ministro da Fazenda. Eu quero ajudar, o governo federal quer ajudar. Nós queremos dialogar e resolver o problema. Eu só espero que haja boa vontade do governador de fazer um acordo que seja razoável aos olhos da sociedade mineira e do povo brasileiro”, continuou Lula.

Procurado, o governo Zema ainda não se posicionou sobre as declarações de Lula. O governador é esperado para um encontro com Pacheco na tarde de quarta-feira, 22, no qual será apresentada a proposta do presidente do Senado para a dívida de Minas Gerais

O governador mineiro não se reuniu com o presidente da República até o momento. Na segunda-feira, 20, ele foi até Brasília na expectativa de conseguir uma brecha na agenda de Lula para discutir a situação das contas públicas, mas acabou se encontrando apenas com o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT).

“Essa dívida não é só de Minas. Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Goiás também enfrentam problema semelhante. E se fosse fácil, ela já teria sido resolvida há muito tempo. No meu governo, não fizemos um centavo de endividamento. Só temos pagado juros da dívida. Se a dívida, hoje, está grande, é porque ela foi feita lá atrás”, disse ele em vídeo gravado após o encontro.

Nas duas vezes que esteve com Lula, Zema estava acompanhado dos demais 26 governadores em agendas institucionais: após os atos golpistas de 8 de janeiro e no final do mesmo mês para apresentar as obras prioritárias de cada Estado. Naquela ocasião, Zema foi convidado para almoçar com o presidente, mas preferiu retornar a Minas Gerais para inaugurar uma biblioteca pública.

Desde então, porém, o governador se reuniu com Fernando Haddad em maio para pedir mudanças nas regras do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) junto com outros governantes estaduais. No início de novembro, o vice-governador Mateus Simões (Novo-MG) se juntou a outros governadores do Sul e do Sudeste e foi à Brasília pedir a Haddad que o governo federal alterasse a fórmula de correção da dívida estadual.

“Vou colocar a equipe para estudar a proposta com a maior diligência possível. É uma proposta séria, formulada por homens sérios que querem o bem de Brasil e de Minas Gerais”, disse Haddad no vídeo. “Mas o melhor de tudo é a iniciativa. Vir resolver o problema, enfrentá-lo de forma definitiva, isso que para nós é uma coisa válida”, acrescentou o ministro da Fazenda.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), que é aliado de Pacheco, também criticou a proposta do governador. “Queremos que esse novo projeto equacione a dívida do estado de uma vez por todas, e não apenas a empurre para frente, como foi proposto pelo governo mineiro. Vamos recuperar Minas sem privatizar as empresas, sem prejudicar os servidores públicos e os serviços para o povo”, escreveu ele nas redes sociais após a reunião com Lula.

Presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Tadeu Leite (MDB) elogiou a postura do governo federal e também a intermediação feita por Pacheco. “Não tenho dúvida que o governo do Estado terá boa vontade de se sentar à mesa, não para resolver o Regime de Recuperação Fiscal, mas esse problema histórico da dívida de Minas Gerais”, disse ao Estadão.

Pacheco quer federalização de estatais de Minas Gerais

Rodrigo Pacheco tem aproveitado o vácuo na relação entre o governo de Minas e o governo federal para tentar viabilizar uma proposta alternativa à do governador. Zema propõe privatizar a Codemig, estatal que explora nióbio, cortar despesas e conceder apenas duas recomposições salariais até 2032 aos servidores públicos. Mesmo assim, a projeção do próprio governo estadual é que a dívida aumente dos atuais R$ 160 bilhões para R$ 210 bilhões ao final deste período.

A proposta do presidente do Senado é que Minas Gerais repasse sua participação em estatais, como a Cemig (energia elétrica), Copasa (saneamento básico) e Codemig (exploração de nióbio) para abater a dívida. A sugestão é que haja uma cláusula de recompra pelo prazo de até 20 anos. Além disso, o governo do Estado cederia para a União parte do que receberá pela repactuação do acordo com a Samarco pelo rompimento da barragem de Mariana, em 2015. Neste caso, o governo federal se comprometeria a investir os recursos no Estado.

Pacheco não falou publicamente em valores, mas o Estadão apurou que a ideia é que Minas Gerais transfira ao governo federal de R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões do que tiver direito pela repactuação. Também seria antecipado o pagamento pela União dos R$ 8,7 bilhões que Minas Gerais tem direito a receber como compensação pela Lei Kandir. O dinheiro seria utilizado no pagamento da dívida. Pelas regras atuais, esse montante só seria pago integralmente em 2037.

Por fim, Pacheco mencionou ainda a apresentação de um projeto de lei complementar para criar um novo programa de renegociação de dívidas, que ele chamou de “REFIS dos Estados”. Esse programa seria uma alternativa ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), criado no governo Michel Temer (MDB), e por meio do qual Zema tenta renegociar a dívida de Minas Gerais com a União.

O presidente do Senado quer que o percentual da dívida pago pelos Estados seja aplicado também como desconto. No exemplo dado por ele, se Minas quitar 50% da dívida global, receberia 50% de desconto sobre o saldo remanescente. A dívida restante seria parcelada em 12 anos.

O post Lula critica Zema: ‘Não veio em nenhuma reunião (sobre dívida), só manda o vice’ apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

ASPECTOS DETERMINANTES PARA FIDELIZAR O PÚBLICO E AQUELES QUE PODEM AFASTARO CONSUMIDOR

 

Eduardo Scherer, fundador do Guia dos Melhores

Estudo também revela quais aspectos são determinantes para fidelizar o público, e aqueles que podem afastar o consumidor

A recente mudança do nome do Twitter para X trouxe diversas discussões sobre a relação das marcas com seus consumidores ou, como no caso da rede social, seus usuários. Entre as questões que entraram em debate, as alterações na identidade da plataforma foram polêmicas e causaram reações. As transformações visuais não foram as únicas da rede, que já vinha apresentando algumas modificações desde a compra da plataforma pelo empresário Elon Musk, mas a troca do famoso passarinho azul pelo símbolo “X” causou estranhamento e mesmo rejeição entre muitos usuários, e pode ter sido a gota d’água para que muito tuiteiros deixassem a plataforma.

Sabendo da importância da comunicação e da identidade para as marcas, e buscando entender a relevância dessas esferas para os consumidores, o Guia dos Melhores, plataforma de avaliação de produtos online, realizou uma pesquisa com brasileiros de todas as idades e regiões do país para entender o quanto o posicionamento, os valores e a aparência de uma marca influenciam no momento de compra e ajudam na fidelização do consumidor.

A pesquisa revela que a comunicação, incluindo posicionamento, mensagem e valores, e a identidade visual de uma marca são fatores significativos para 54% dos consumidores. As respostas positivas equivalem aos 27% dos entrevistados que consideram o fator como bastante importante no momento de escolha e de consumo, e aos 26% que pensam que a questão é determinante, sendo que só consomem de marcas com as quais se identificam com a identidade. Para 17% dos respondentes, esses quesitos são critério de desempate quando estão na dúvida entre produtos ou serviços; para 14% não é algo tão importante, mas pode interferir na decisão de consumo de um produto, e apenas 6% disse não considerar esses pontos nem um pouco importantes e que eles não interferem em suas decisões de compra.

Eduardo Scherer, fundador do Guia dos Melhores, analisa as informações a partir de uma perspectiva do dia a dia do consumidor. “Sabemos que, na correria diária, muitas vezes o cliente não se atém tanto à identidade das marcas, mas é muito importante saber que o consumidor realmente dá importância para essas questões, conforme podemos ver a partir dos dados da pesquisa. Esse ponto é muito relevante pois sabemos o quanto grandes marcas investem em suas identidades e em marketing, e isso pode ser um forte diferencial para marcas menores se destacarem no mercado”, comenta Scherer.

O que é mais importante para o consumidor?

Quando se fala de comunicação, existem muitos aspectos que buscam conectar as marcas com seu público. No entanto, algumas dessas estratégias podem ter mais ou menos apelo de acordo com perspectivas geracionais, financeiras ou regionais.

De acordo com o estudo, entre os aspectos mais importantes para as marcas transmitirem por meio de sua comunicação escrita e visual estão o compromisso com o meio ambiente e a sustentabilidade, indicado por 57% dos entrevistados; possuir uma identidade visual agradável, segundo 50% dos respondentes; possuir missão e valores alinhados com o do cliente, citado por 43%; estar alinhado com o estilo de vida do consumidor, de acordo com 39%, e ter compromisso com a diversidade, para 36% dos perguntados.

Mas assim como existem aqueles pontos determinantes para que o consumidor se sinta atraído por uma marca e motivado e consumir seus produtos, há também aqueles que desestimulam o público a seguir comprando. Segundo o levantamento, os pontos mais determinantes para que se deixe de utilizar uma marca da qual se costumava consumir são o mau atendimento ou suporte por parte da marca, indicado por 57%; aumento de preço dos produtos ou serviços, para 55% dos respondentes; alteração na composição do produto, como mudança de ingredientes ou de materiais, citado por 52% dos entrevistados; polêmicas negativas em relação à marca, escolhido por 42%, e diminuição do tamanho do produto, apontado por 35%.

“É indispensável para as marcas entenderem que elas precisam seguir aqueles valores a que se propõem. Se uma empresa diz ter compromisso com a diversidade, é imprescindível que ela realize ações que realmente demonstrem esse engajamento. Atualmente, o público está muito atento a essas iniciativas, e não seguir com as missões propostas pode ter o efeito contrário e afastar o consumidor”, explica Scherer.

Mudanças também podem ser positivas

Por mais que as mudanças do Twitter para X sejam as mais comentadas atualmente, existem atualizações de identidade de marcas que foram cases de sucesso. As renovações são importantes para que as marcas não fiquem ultrapassadas e possam acompanhar o desenvolvimento do mercado, trazendo para si transformações estratégicas, feitas a partir de muita pesquisa e estudo que podem, a partir de suas transformações, atrair e fidelizar novos públicos, especialmente os mais jovens.

Alguns casos de atualização na identidade ou posicionamento de marcas deram bastante certo. O banco digital Nubank, ao expandir sua oferta de produtos, aproveitou a oportunidade para se renovar. Aspectos como logotipo e fontes foram alterados para trazer a sensação de movimento, em alusão ao momento de transformação da empresa. E a manutenção da cor roxa, que já era marca registrada da Nubank, fez com que as mudanças fossem bem recebidas pelos usuários do banco. Outro case de sucesso foi a mudança da Magazine Luiza para Magalu, em 2018. A empresa se atualizou para marcar sua aproximação do mundo digital, e hoje é fortemente reconhecida por iniciativas como o investimento na Lu, atendente virtual do e-commerce da marca, que já recebeu diversos prêmios por ser considerada a maior influenciadora virtual do mundo.

Entre as mudanças que mais causam impacto ou que mais são percebidas pelos consumidores, estão as alterações em apresentações de embalagens de produtos, segundo 40% dos entrevistados; modificações no logotipo, citado por 22%; variações em propagandas e anúncios, indicado por 14%, e alterações em ícones de celular, segundo 12% dos respondentes.

“Neste ponto, é interessante pensar na recente mudança de identidade visual do Twitter, atual X, pois as edições em logotipos estão entre as que mais são percebidas pelos consumidores. O que fica claro é que uma marca pode, sim, se atualizar visualmente, e essa transformação muitas vezes é necessária para acompanhar o mercado, mas as consequências dessas mudanças precisam ser muito bem estudadas para que o impacto seja realmente positivo”, pondera Scherer.

As mais lembradas

Investir em um bom posicionamento é tão importante que existem premiações específicas para reconhecer as marcas mais lembradas pelos consumidores. Anualmente, o Top Of Minds elege as marcas mais lembradas pelo público do Brasil, levando em consideração todas as regiões do país. O prêmio busca revelar as primeiras marcas que vêm à mente dos consumidores quando eles pensam em determinado produto ou serviço.

Neste sentido, o Guia dos Melhores procurou descobrir as marcas mais lembradas pelos consumidores quando perguntados em relação a posicionamento e identidade, levando em consideração pontos como nome, logotipo, aparência, propósito, mensagem e valores. As marcas mais citadas pelos entrevistados foram Coca-Cola, com 45 indicações; Natura, com 38; Nike, com 33; Nestlé, com 30; Omo e Apple, com 16; O Boticário, com 15, e Adidas, com 10 menções.

“Quando analisamos as marcas mais lembradas por sua identidade, vemos, principalmente, empresas com bastante peso e tempo de mercado. De qualquer forma, essas são empresas que realmente fazem grande investimento em comunicação, o que gera esse reconhecimento pelo público. Para as marcas menores, vale a análise dessas estratégias das grandes empresas para que possam usar alguns dos métodos como base para o desenvolvimento de uma comunicação própria efetiva. A inspiração é um ótimo caminho para a criação”, completa Scherer.

Metodologia

Público: foram entrevistados 500 brasileiros de todos os estados do país, incluindo mulheres e homens, com idade a partir dos 16 anos e de todas as classes sociais.

Coleta: os dados do estudo foram levantados via plataforma de pesquisas online.

Data de coleta: entre os dias 18 e 25 de setembro de 2023.

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segunda-feira, 20 de novembro de 2023

PRINCIPAIS PROPOSTAS DE MILEI VENCEDOR DAS ELEIÇÕES NA ARGENTINA

BBC News Brasil

Javier Milei será o 12º presidente em 40 anos de democracia na Argentina© Getty Images

“Não vim guiar cordeiros, vim despertar leões.”

Foi com esta frase que o candidato à Presidência da Argentina Javier Milei, representante da coalizão A Liberdade Avança, definiu sua surpreendente vitória nas eleições primárias do país em agosto. Aquele seria o primeiro passo da trajetória que levou à sua eleição neste domingo (19/11).

O peronista Sergio Massa reconheceu a vitória de Milei pouco depois das 20h, mesmo antes das autoridades eleitorais divulgarem os resultados oficiais..

Ele será o 12º presidente em 40 anos de democracia na Argentina, sucedendo o peronista Alberto Fernández. O ultraliberal assume a Casa Rosada em 10 dezembro.

Parlamentar desde 2021, economista e amante de cachorros, Milei se tornou um fenômeno político polêmico na Argentina nos anos recentes, com propostas como a dolarização da economia, a privatização de estatais e o fechamento do Banco Central.

O presidente eleito também já anunciou ideias como a permissão à venda de armas e órgãos humanos.

Autodefinido como “libertário”, Milei é frequentemente comparado com outros políticos da direita radical, como o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e o brasileiro Jair Bolsonaro.

Mas afinal, quais são as principais propostas de Milei – e a as críticas a elas? Confira.

Milei foi catapultado por programas de TV como analista de economia© Getty Images

Dolarizar a economia e ‘dinamitar’ o Banco Central

Dolarizar a economia para abandonar o peso argentino é uma das principais promessas de Javier Milei.

A medida visa combater a inflação galopante que assola o pais e que, no ano passado, chegou a 100% no acumulado do ano.

“O peso é a moeda emitida pelo político argentino, portanto, não pode valer nem um excremento, porque esses lixos não servem nem para adubo”, disse em entrevista a uma emissora de rádio local.

Originalmente, sua proposta era dolarizar em dois anos e meio, mas depois passou a dizer que vai implementar o plano no “menor tempo possível.”

Porém, para dolarizar é preciso ter um estoque de dólares – e é justamente isso que a Argentina não tem, já que as reservas do país diminuíram drasticamente e a disponibilidade de dólares é limitada.

Milei disse em uma conta nas redes sociais que já teria um caminho para obter os dólares a um valor de mercado, mas não explicou como.

Segundo estimativas do grupo de assessores do candidato, atualmente são necessários cerca de US$ 35 bilhões para implementar a ideia.

Segundo Milei, o fechamento do Banco Central permitiria que os dólares do BC como reservas internacionais pudessem ser colocados em circulação.

Antes de avançar para a dolarização, diz Milei, ele flexibilizaria o mercado de trabalho e abriria a economia.

O segundo passo, segundo ele, seria eliminar o órgão que regula as instituições financeiras para que haja “competição entre moedas”.

“Depois que você desregulamenta, você escolhe o que quer. Você pode usar ouro, franco suíço, libra”, afirmou em declarações à imprensa local. A última fase para conseguir a dolarização seria trocar alguns recursos do Banco Central por “dívida pública” e usar outros recursos para injetar dólares na economia, fechando a agência que imprime os pesos argentinos. Seus assessores argumentaram que, no final, os argentinos escolheriam o dólar como moeda.

Economistas, no entanto, consideram pouco provável que a dolarização possa ser implementada e que, se isso acontecer de fato, não será a solução para os problemas da economia da Argentina.

Isso porque, para dolarizar, seria preciso tomar dólares emprestados, mas como o país tem um alto índice de endividamento, é muito improvável que consiga esses empréstimos.

Além disso, uma vez dolarizada, a Argentina ficaria submetida ao ciclo econômico e política monetária dos Estados Unidos, sem a possibilidade de se defender de choques externos.

Os analistas também apontam que a dolarização pode até domar a inflação num primeiro momento, mas que ela só será de fato derrotada quando o país conseguir controlar seu déficit fiscal excessivo.

Saída do Mercosul e afastamento de China e Brasil

No âmbito da política externa, Milei promete retirar a Argentina do Mercosul – bloco econômico criado em 1991, que engloba Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.

Ele também é contrário à adesão do país aos Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que em agosto anunciou sua expansão, com seis novos membros).

Argentina foi um dos seis países convidados a se integrar ao Brics em agosto, ao lado de Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito, Irã e Etiópia© Ricardo Stuckert/Presidência

Milei afirmou ainda, durante a campanha, que não manterá parcerias com a China e outros governos de esquerda – incluindo o Brasil de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“O Mercosul é uma união aduaneira de má qualidade, que cria distorções comerciais e prejudica seus membros”, disse Milei em uma entrevista à Bloomberg.

A posição preocupa o governo brasileiro.

“Obviamente não podemos comentar assuntos internos da Argentina, mas a preservação do Mercosul é uma preocupação legítima. É um patrimônio de mais de trinta anos e é parte do patrimônio de paz e prosperidade que criamos e que queremos fortalecer”, afirmou o ex-chanceler e assessor especial da Presidência, Celso Amorim, à BBC News Brasil.

Já o rompimento com a China, devido ao fato de que o país asiático é governado pelo Partido Comunista, é considerado improvável por analistas.

“Este rompimento [da Argentina com a China] seria impossível. A China é o principal destino da carne bovina e da soja que exportamos. É impossível deixar de negociar com a China. Não é possível ideologizar o comércio exterior, isso é impossível”, disse à BBC News Brasil Diego Guelar, ex-embaixador da Argentina no Brasil.

Privatizar empresas e obras estatais

Como parte de sua promessa de reformar o Estado argentino por meio de uma guinada liberal, Milei disse que pretende privatizar as empresas estatais que considera “deficitárias”.

Na mira do presidente eleito, estão companhias como a YPF (Yacimientos Petrolíferos Fiscales), maior petroleira do país. “Primeiro é preciso racionalizar a YPF e depois vendê-la”, disse em entrevista.

Milei já disse também que pretende fechar a Televisón Pública (TN), rede pública de televisão argentina, fundada em 1951. Ameaçou ainda pôr fim ao Instituto Nacional de Cine y Artes Audiovisuales (INCAA), principal órgão responsável por fomentar o cinema na Argentina.

A motosserra, símbolo de seus planos para diminuir o Estado argentino, tornou-se uma de suas marcas registradas. Entre esses planos, está a eliminação das obras públicas estatais, para substituí-las por um sistema privado “ao estilo chileno”, segundo informações da imprensa argentina.

Nesse modelo, as obras de infraestrutura no país passariam às mãos do setor privado, que teria uma renda mínima garantida pelo Estado para assumir essas responsabilidades.

Milei quer também reduzir o número de ministérios para apenas oito (atualmente são 18 ministérios, sem contar outras agências estatais).

Saúde paga e vouchers na Educação

Dentro da proposta de redução de gastos públicos, Milei tem deixado claro que haverá cortes nas principais áreas sociais: saúde, educação e desenvolvimento social.

Ele quer aglutinar os três ministérios que tratam dessas questões em um só, que se chamaria de “Capital Humano”.

Milei tem deixado claro que haverá cortes nas principais áreas sociais: saúde, educação e desenvolvimento social© Getty Images

Na área da saúde, ele propõe a criação de um “seguro universal”, em que os usuários e médicos chegariam a um acordo sobre valores pelos serviços médicos.

No campo da educação, Milei propõe um sistema de vouchers, no qual a educação não seria nem obrigatória nem gratuita.

“O sistema obrigatório não funciona. Se você quiser estudar, terá um voucher e poderá estudar. O dinheiro que o Estado separa para isso seria dividido entre as crianças em idade escolar e um voucher seria entregue aos pais, para que eles possam escolher a escola que querem para os seus filhos”, disse.

Professora de carreira e parlamentar, Victoria Morales Gorleri foi uma das pessoas que se manifestaram contra o projeto.

“A educação obrigatória não é uma arma que se coloca na cabeça da sociedade, mas um estímulo essencial para a sobrevivência”, avaliou Gorleri.

Armas e venda de órgãos

Em várias ocasiões durante a campanha presidencial, Milei afirmou ser a favor de que os argentinos possam comprar armas livremente, justificando para isso o aumento de incidentes de segurança em algumas áreas do país.

O candidato já defendeu também a facilitação para outro mercado: o da venda de órgãos, atividade atualmente proibida.

“Há 7.500 pessoas sofrendo, esperando por transplantes. Tem alguma coisa que não está funcionando bem. O que proponho é procurar mecanismos de mercado para resolver este problema”, disse o candidato ao canal de televisão TN.

A proposta foi categoricamente rejeitada por Carlos Soratti, diretor do Instituto Central Coordenador Nacional de Ablação e Implantação (Incucai), órgão que regulamenta a doação de órgãos no país.

“Essas propostas exóticas, que já eram colocadas há um século, hoje são absurdas”, disse Soratti em um comunicado.

Redução da maioridade penal e militarização de presídios

Victoria Villarruel é o segundo nome na chapa de Javier Milei© Getty Images

Na área de segurança, Milei propõe uma agenda de “linha dura” contra a criminalidade, com medidas como a redução da maioridade penal para 14 anos, a criação de um comitê de crise de combate ao narcotráfico, políticas de “tolerância zero” contra a criminalidade urbana e a militarização das prisões.

Ele também inclui nessa agenda o combate à ocupação de terras por povos originários e práticas de luta social, como o fechamento de estradas e piquetes.

Indígenas argentinos têm lutado nos últimos anos contra grandes projetos de exploração de recursos naturais no país, como a prospecção de petróleo em Vaca Muerta e de lítio em Jujuy.

“O objetivo não é criminalizar o protesto. O direito de manifestação é reconhecido pela Constituição. Mas fechar estradas, colocar fogo em pneus, impedir o trânsito e levar crianças a uma manifestação para usá-los como escudo não pode acontecer. Todos devem poder exercer o seu direito sem promover o da livre circulação do resto dos cidadãos”, disse Victoria Villarruel, coordenadora de Segurança e Defesa dA Liberdade Avança e vice de Milei, ao jornal La Nación.

As declarações de Villarruel têm sido duramente criticada por organizações indígenas argentinas.

Em um comunicado, a Confederação Mapuche de Neuquén afirmou que “a guerra de Milei contra os povos originários já começou”, classificando o candidato como “negacionista, homofóbico, racista e violento”.

 

LULA REABILITA FÁBRICA DE CHIPS ABANDONADA POR BOLSONARO POR CAUSA DOS SEUS PREJÍZOS

História por THIAGO AMÂNCIO  • Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O fim do processo de liquidação da empresa estatal de chips e semicondutores Ceitec, anunciado no começo do mês pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), animou especialistas e representantes do setor, que vive momento de euforia com o aumento da demanda global e descentralização das cadeias de produção.

A empresa, no entanto, voltará em meio a desconfianças após mais de uma década de prejuízos e a fama de que seus projetos “não vingaram”.

Semicondutor é um material que controla um fluxo de eletricidade e é a matéria prima para a fabricação de chips, essenciais para a operação dos atuais dispositivos eletrônicos.

O setor já vinha ganhando importância de maneira exponencial com o avanço tecnológico de dispositivos eletrônicos, mas atingiu outro patamar ao entrar no centro do conflito comercial entre Estados Unidos e China. Além disso, a interrupção nas cadeias de fornecimento durante a pandemia afetou indústrias no mundo todo.

O efeito foi sentido também no Brasil. A Anfavea (associação de montadoras), por exemplo, afirma que o país deixou de fabricar 250 mil veículos em 2022 e 370 mil um ano antes por falta desses componentes eletrônicos.

“O mundo passou a fazer investimentos para criar resiliência da cadeia de semicondutores. Isso significa criar cadeias de manufatura global que não dependam de regiões nem de aspectos políticos”, diz Rogério Nunes, presidente da Abisemi (Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores).

A entidade diz que as empresas associadas no Brasil tiveram faturamento sem precedentes de US$ 1 bilhão (R$ 4,84 milhões) no ano passado. A produção brasileira é especialmente voltada para a indústria das chamadas “tics” (tecnologias da informação e comunicação), com componentes para computadores e celulares, mas também atua no setor automotivo e a eletrodomésticos.

No planeta, porém, a ordem de grandeza é outra. Avaliado em US$ 664 bilhões neste ano, com expectativa de se aproximar dos US$ 2 trilhões ao fim da próxima década, o mercado hoje se divide entre EUA, com pesquisa e desenvolvimento, e Ásia, na manufatura em si, onde mais de três quartos de todos os processadores do mundo são fabricados.

O destaque tecnológico é Taiwan, que produz 9 em cada 10 processadores de tecnologia mais avançada. A ilha, no entanto, é considerada uma província rebelde pelo governo chinês, que promete reanexá-la ao comando de Pequim.

Avessos a essas tensões, governos e mercados apostam no chamado “reshoring”, trazer de volta fábricas que atuavam no exterior para dentro do território das potências; ou “nearshoring”, quando as plantas são instaladas em países próximos.

É nisso que o governo Lula defende encaixar a Ceitec.

O governo fala em 45 patentes criadas, mas poucos projetos vingaram de fato. Houve desenvolvimento por exemplo de chips de passaportes, mas não foram comprados pela Casa da Moeda, o que rendeu críticas de que nem o governo se interessava pelo produto da empresa.

Em 2020, a companhia foi incluída no programa de privatizações do governo Jair Bolsonaro (PL). Sem interessados, a gestão tentou liquidar a empresa. Mas o processo foi suspenso pelo Tribunal de Contas da União, que apontou que a liquidação poderia custar R$ 140 milhões (nas estimativas da estatal).

A dificuldade maior de fechar a fábrica seria a chamada sala limpa, ambiente ultracontrolado para evitar contaminação externa dos chips, considerada um diferencial da empresa. Só a manutenção das instalações paradas custava cerca de R$ 25 milhões por ano, segundo o processo.

O fechamento, no entanto, demandava serviço especializado de descontaminação, para evitar o risco de acidentes ambientais com gases tóxicos, que custaria R$ 111,9 milhões.

Enquanto a empresa estava parada, perdeu mão de obra especializada para companhias de Taiwan, Reino Unido e Estados Unidos, segundo funcionários da companhia.

Para evitar incorrer nos mesmos erros, a ideia agora é incluir o material produzido ali nos planos de compra do governo, diz Henrique Miguel, diretor do Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação Digital do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Inicialmente, a empresa deve atuar em projetos de transição energética, com chips da área de potência, que fazem o controle de baterias e podem tornar carregadores mais eficientes –de celular a veículos elétricos.

Miguel reconhece que a Ceitec não tem pretensão de concorrer com gigantes estrangeiras do setor, mas pode produzir e desenvolver novas tecnologias para aplicações do dia a dia. Para isso, a ideia é religar os motores da fábrica até o fim do primeiro semestre do ano que vem, com a fabricação de tecnologias mais simples, e retomar de forma completa as operações em 2026 ou 2027, disse a nova direção à Folha.

Com meta de alcançar 7% do mercado latino-americano até 2027, o governo fala em investimentos de R$ 500 milhões nos próximos quatro anos, mesmo com os prejuízos históricos da companhia.

“Sem a presença do governo, nenhum país do mundo consegue manter uma indústria de semicondutores que exige uma complexidade muito elevada, não só em recursos humanos, mas em investimentos em equipamentos e instalações”, diz o novo presidente da companhia, Augusto Gadelha.

O Chips and Science Act dos EUA, aprovado no ano passado, é o principal elemento utilizado pelos defensores de um investimento estatal no setor. A lei prevê a injeção de US$ 52,7 bilhões (R$ 259 bi) no setor, entre pesquisa, desenvolvimento, fabricação (que ficará com 70% do montante) e formação de mão de obra.

O governo justificou o investimento como uma necessidade de “vencer a corrida do século 21”, falou em segurança nacional e disse ser necessário para “conter a China”.

Com o estímulo, o setor privado anunciou investimentos que somam US$ 210 bilhões (R$ 1 trilhão) no país, segundo dados da SIA (Associação das Indústrias de Semicondutores dos EUA), em fábricas em 22 estados americanos –nenhuma dessas empresas, no entanto, é estatal.

Fabrizio Panzini, diretor de relações governamentais da Amcham Brasil (Câmara Americana de Comércio no país), afirma que, confirmado o investimento bilionário na indústria americana, “a demanda vai transbordar para fora dos EUA”, e o Brasil pode se beneficiar.

“A gente tem indústria, tem matéria-prima, o que é um diferencial em relação a outros países, os investimentos globais estão aumentando e os EUA têm oito das quinze maiores empresas globais”, diz.

Ele defende que o Brasil precisa celebrar uma parceria com os EUA em cadeias de fornecimento, que reúna os setores público e privado, a exemplo do que os americanos fizeram com outros países como Austrália, Índia e Japão.

Autoridades americanas têm discutido o tema com o governo e empresas brasileiras, de forma mais geral, a respeito da cadeia de suprimentos, ou de forma mais específica, como quando o vice-presidente Geraldo Alckmin tratou de investimentos em semicondutores com a secretária americana de Comércio, Gina Raimondo, no começo do ano.

Outros países também querem se aproximar dos americanos. A TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing), uma das líderes no setor, planeja abrir uma fábrica no Arizona.

O investimento, no entanto, já foi adiado uma série de vezes –a empresa fala em falta de mão de obra qualificada, e sindicatos americanos a acusam de privilegiar trabalhadores estrangeiros com salários baixos nas contratações.

A China também está de olho no mercado brasileiro e o governo chegou a assinar parceria com Pequim na viagem de Lula ao país em abril, mas não há previsão de investimento chinês na Ceitec, segundo os membros do governo ouvidos pela reportagem.

 

HOJE É O DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA

História por News Rondônia

Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro no Brasil, é uma data de profunda reflexão sobre a posição da população negra na sociedade brasileira. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, líder do maior quilombo da época colonial, que se tornou um ícone da resistência contra a escravidão e da luta pela liberdade.

Este dia não é apenas um momento de lembrar as injustiças históricas que assolaram e ainda assolam a população afro-brasileira, mas também de celebrar a riqueza cultural e a contribuição inestimável dos africanos e seus descendentes para a construção do Brasil.

“O Dia da Consciência Negra é um momento para reconhecer as lutas e vitórias da comunidade negra, e também para reafirmar nosso compromisso com uma sociedade mais justa e igualitária”, afirma a ativista e educadora social Beatriz Nascimento.

A data é marcada por eventos educativos, marchas, e celebrações que destacam a importância da cultura e história afro-brasileira. Em cidades como São Paulo e Salvador, o dia é um feriado municipal, reconhecendo a importância desta reflexão no tecido social do país.

“Através da música, da dança, da arte, revivemos a memória dos nossos ancestrais e reivindicamos nosso espaço na sociedade”, comenta o músico Gilberto Gil, destacando a vitalidade da expressão cultural negra no Brasil.

Além das celebrações, o Dia da Consciência Negra é uma oportunidade para discutir políticas públicas e medidas de combate ao racismo estrutural. Instituições educacionais promovem debates e palestras, enquanto movimentos sociais organizam ações que buscam ampliar a visibilidade das questões negras e promover a igualdade racial.

Foto: FreePik© Fornecido por Newsrondonia

A data também serve para refletir sobre os avanços e desafios que persistem. Apesar dos progressos em termos de legislação e representatividade, a desigualdade racial ainda é uma realidade no Brasil, com impactos na educação, saúde, emprego e segurança. “O Dia da Consciência Negra é um lembrete de que a luta por direitos e reconhecimento é diária”, destaca o escritor e filósofo Sueli Carneiro.

Assim, o Dia Nacional da Consciência Negra ressoa como um chamado à ação, um convite à reflexão e, sobretudo, uma celebração da história e da cultura afro-brasileira, peças fundamentais na rica tapeçaria do Brasil.