sábado, 18 de novembro de 2023

ANITTA TEM DICAS IMPORTANTES PARA OS NEGÓCIOS E CARREIRAS POR TRÁS DE TUDO O QUE ELA FAZ

 

Camila Petry Feiler – Jornalista – StarSE

“Eu quero agradecer a mim mesma, porque eu trabalhei muito”, diz Anitta que tem dicas importantes para os negócios e carreiras por trás de tudo o que ela faz.

A cantora brasileira Anitta alcançou números recordes no cenário da música, mas também nos negócios. Nos dois, ela tem um elemento em comum: ela hackeia como as coisas são conduzidas e se tornou um destaque no cenário internacional.

E antes de falar sobre o impacto da Anitta nos negócios brasileiros, vale lembrar que as mulheres estão mexendo com as estruturas e cifrões das economias por aí.

PESO DAS MULHERES NA ECONOMIA

Recentemente, Barbie, Taylor Swift e Beyoncé estão unindo pessoas de várias gerações e países, dando um impulso à economia dos Estados Unidos.

“Barbie” arrecadou mais de US$ 1 bilhão nas bilheterias.

A turnê de Beyoncé foi um sucesso tão grande que ela foi acusada de aumentar a inflação em Estocolmo.

Já as últimas seis noites da “The Eras Tour” de Taylor Swift, em Los Angeles, devem trazer US$ 320 milhões para a cidade.

ANITTA NOS NEGÓCIOS

(Foto: divulgação Nubank)

FAZENDA DO FUTURO

O movimento mais recente no mundo dos negócios foi a aposta de Anitta na foodtech Fazenda Futuro, startup brasileira pioneira de produtos à base de plantas. Além de estrelar a nova campanha, ela se tornou sócia da empresa, que foi avaliada em R$ 2,2 bilhões em sua última rodada de captação com investidores.

Por quê? O objetivo de Anitta na companhia é atrair um maior público. E mesmo sendo uma proposta ainda nova no Brasil, um estudo da Credit Suisse sobre os hábitos de consumo da geração z, mostra que os brasileiros têm grande apetite quando o assunto é alimentos sustentáveis: 90% dos entrevistados pretende ampliar o consumo de alimentos plant-based.

AMBEV

Anitta tem a função de ‘diretora de criatividade’, que é o profissional fala sobre o conceito das campanhas, e de inovação dentro da Ambev.

Por quê? Anitta é conhecida por seu poder de marketing, introduzindo conteúdos publicitários com maestria em suas redes sociais e parcerias criativas, como a realizada com a Skol Beats – marca de bebidas da Ambev.

NUBANK

Apesar de já ter deixado o conselho da fintech para se tornar embaixadora global da marca, é importante lembrar da conexão dela com o Nubank.

Por quê? Mesmo com o sucesso financeiro, Anitta trabalhava para melhorar o posicionamento do Nubank com as classes C e D: a cantora é modelo de sucesso para milhões de brasileiros que enxergam em seu crescimento uma representatividade do que podem alcançar, independente de suas origens.

HARVARD E FORBES

Em 2018, a cantora foi convidada para dar uma palestra em Harvard sobre empreendedorismo e gestão de carreira. Além disso, a carioca, entrou para a Forbes USA na lista 30 under 30 2023, que reuniu 600 fundadores, líderes e empreendedores com negócios relevantes e de impacto em diversas áreas, como arte, entretenimento e tecnologia.

Foto: Eduardo Bravin/Fazenda Futuro

MAIS SOBRE O ASSUNTO

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O QUE DIFERENCIA ANITTA

Visão de futuro e ousadia

Metas claras e negócios alinhados

Estratégia em todos os cenários que está

Adaptação

Presença e marca forte

POR QUE IMPORTA?

Anitta conseguiu utilizar o lado empresarial junto ao apelo comercial para potencializar as parcerias. Em um ecossistema cada vez mais conectado, aproveitar grandes players que possuam vantagens compostas deve ser um movimento crescente.

Ela entra em setores polêmicos e disruptivos, como a parceria com a Cimed para criar perfumes íntimos, focada em bem-estar sexual. A empresa disse que Anitta participou de todo o processo – do desenvolvimento ao marketing – deixando sua marca em tudo e garantindo o sucesso no final.

E ela sabe que faz isso muito bem. Na premiação do VMA, que ela venceu a categoria melhor videoclipe latino na premiação, ela agradeceu aos fãs e a si mesma: “Eu quero agradecer a mim mesma, porque eu trabalhei muito!”

LEITURA RECOMENDADA

O que Anitta está mostrando para o mercado é que sempre há espaço para quem se reinventa. Só se mantém competitivo no mercado hoje quem se reinventa o tempo inteiro. E é aí que estão as grandes (e melhores) oportunidades. Se você faz a mesma coisa há muito tempo e sente que o mercado está mudando, chegou a hora de mudar com ele.

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sexta-feira, 17 de novembro de 2023

É NORMAL NOS GOVERNOS ALTERAR A META FISCAL

 

História por IDIANA TOMAZELLI  • Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Com o adiamento para o ano que vem do debate sobre a meta fiscal, ganha força no governo a possibilidade de alteração do alvo para as contas públicas em março. Não seria a primeira vez que uma mudança ocorreria em meio à execução do Orçamento.

A revisão da meta fiscal figura como solução frequente adotada por diferentes governos desde a aprovação da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).

Ao longo de 23 anos, houve mudança do alvo perseguido pela política fiscal em 14 exercícios, em geral para autorizar um desempenho das contas pior do que o inicialmente prometido.

As estratégias foram as mais diversas e incluíram desde a alteração do número a ser alcançado até o desconto de valores relacionados a investimentos no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) ou desonerações —expediente criticado por economistas no passado por comprometer a credibilidade da própria meta fiscal.

Ao apresentar o novo arcabouço fiscal, Haddad sinalizou a intenção de zerar o déficit já em 2024, objetivo reconhecido como “ambicioso” pelos próprios integrantes do Executivo.

Para alcançar o alvo, fixado na proposta de LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) enviada pelo governo ao Congresso, o ministro precisa ser bem-sucedido na obtenção de R$ 168,5 bilhões em receitas extras. Isso é considerado improvável por economistas e pela ala política do próprio governo.

No fim de outubro, em café com jornalistas no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que a meta fiscal não precisa ser zero e que esse resultado dificilmente será atingido, pois ele não quer realizar cortes em investimentos e obras no ano que vem.

Para uma ala do governo, um déficit correspondente a 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto) não seria um problema. A fala do petista deu a senha para integrantes do núcleo político, que passaram a pressionar por uma mudança no alvo da política fiscal de 2024.

Nesta quinta (16), o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) afirmou que o Executivo não agirá por uma mudança. “Não existe e não vai existir qualquer iniciativa do governo de alterar essa meta fiscal”, afirmou Padilha.

O relator da LDO, deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), afirmou após reunião com a equipe econômica que o governo manteve a meta fiscal zero, mas citou a possibilidade de revisão “no futuro”.

Sob o objetivo de déficit zero, economistas avaliam que Haddad precisará impor, já no começo do ano que vem, um freio bilionário nos gastos para evitar o estouro da meta no primeiro ano de vigência do novo arcabouço fiscal.

A nova regra fiscal exige que o gestor adote providências para evitar o descumprimento do alvo e prevê que a trava pode chegar a 25% das despesas discricionárias, parte não obrigatória dos gastos que inclui custeio e investimentos.

Isso significa que o contingenciamento poderia chegar a R$ 53 bilhões. Como as incertezas já superam esse valor, a avaliação preliminar dos especialistas é de que há risco elevado de o governo começar 2024 sob uma trava significativa —algo que Lula disse não querer.

A versão inicial do novo arcabouço fiscal, proposta pela equipe de Haddad, não previa a necessidade de contingenciamento. O limite de despesas era dado pela regra, e o resultado das contas públicas seria como uma variável de ajuste, flutuando conforme o ingresso de receitas no caixa do governo.

A solução foi mal recebida pelo mercado e pelos integrantes do Congresso, que trabalharam pela inclusão do dever de contingenciar recursos em caso de ameaça à meta fiscal.

A decisão do Legislativo acabou dando ainda mais peso aos objetivos ambiciosos de Haddad, uma vez que sua frustração pode gerar consequências práticas —indesejadas pelos políticos que querem manter as despesas intactas e crescentes.

Nos bastidores, uma ala do governo vê a decisão de Haddad de prometer um déficit zero já em 2024 como um erro político. A avaliação desse grupo é que o mercado compreenderia uma sinalização, desde o início, de um ajuste contínuo, embora mais gradual. Agora, eventual flexibilização do alvo trará mais desgaste.

Representantes do governo citam, sob reserva, a estratégia do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles como exemplo.

Ao assumir o cargo, após o impeachment de Dilma Rousseff (PT), Meirelles alterou a meta de 2016 para um déficit de até R$ 170,5 bilhões. Já na época, a avaliação era de que número continha uma gordura —o resultado efetivo de fato foi melhor, com um déficit de R$ 159,5 bilhões, em valores da época.

Em 2017, Meirelles se deparou com uma queda na arrecadação, atribuída na ocasião ao rápido processo de desaceleração da inflação. O ministro chegou a propor um cardápio de medidas para elevar receitas, incluindo aumento de tributos, o que foi rechaçado pela ala política.

Em agosto daquele ano, Meirelles anunciou a revisão das metas de 2017 e também de 2018 (que havia sido sancionada um dia antes). Os alvos, antes negativos em R$ 139 bilhões e R$ 129 bilhões, respectivamente, foram alterados para um rombo de até R$ 159 bilhões em ambos os exercícios.

No fim das contas, o então governo Michel Temer (MDB) acabou entregando resultados melhores até mesmo do que o fixado nas metas iniciais. O resultado ficou no negativo entre R$ 116 bilhões e R$ 118 bilhões nos dois anos.

A leitura de petistas é que Meirelles traçava metas mais folgadas e entregava resultados melhores, o que poderia gerar uma percepção de esforço fiscal maior do que o obrigatório.

Ainda na visão dessa ala, ao propor objetivos mais ousados, Haddad corre o risco de frustrar expectativas, mesmo que consiga percorrer metade do caminho almejado —o que já seria um esforço considerável de arrecadação.

Na Fazenda, as metas fiscais ambiciosas são vistas como um motivador para a busca das medidas de receitas necessárias para reequilibrar as contas. Por isso, a equipe de Haddad resistiu a uma mudança agora no alvo da política fiscal, diante do risco de que isso desmobilize o Congresso na aprovação das iniciativas em tramitação.

O Banco Central faz coro à posição do Ministério da Fazenda e defende a importância de o governo persistir no objetivo para demonstrar compromisso com o reequilíbrio fiscal — algo que poderia influenciar inclusive nas decisões de juros da instituição.

O PARQUE INDUSTRIAL BRASILEIRO ESTÁ ENVELHECIDO

 

História por Luiz Araújo  • Jornal Estadão

BRASÍLIA – O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, afirmou na quinta-feira, 16, que o parque industrial brasileiro está envelhecido. Ele comentava a política de depreciação acelerada para a compra de bens de capital como forma de estimular a ampliação e renovação de máquinas da indústria.

A medida, que ainda não tem data para lançamento, será colocada em prática a partir de incentivo sobre o fluxo de pagamentos de impostos, reorganizando taxas nos primeiros anos. “É a próxima medida que queremos. O governo não vai abrir mão do imposto. Ele abre mão do fluxo. No primeiro ano reduz a arrecadação de Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre Lucro Líquido. Para ajudar a trocar as máquinas. Infelizmente o parque industrial está envelhecido”, disse.

As falas do vice-presidente foram feitas durante e após evento de lançamento da nova fase do Programa Brasil Mais Produtivo, destinado à transformação digital de micro, pequenas e médias indústrias.

De acordo com o Mdic, a nova fase do Programa Brasil Mais Produtivo irá destinar R$ 2,037 bilhões para “um ciclo completo de acesso ao conhecimento”. Serão 200 mil empresas com acesso à plataforma de produtividade, tendo acesso a materiais gratuitos. Dessas, 93,1 mil receberão atendimento direto, com consultorias e serviços previstos no programa.

O Brasil Mais Produtivo existe desde 2016 com parcerias do Sebrae e do Senai. Na nova fase, terá participação das instituições financiadoras BNDES, Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Até agora, as instituições parceiras têm atuado separadamente em duas frentes: enquanto o Sebrae presta consultorias ao setor de Comércio e Serviços, o Senai atende a indústria.

O vice-presidente Geraldo Alckmin. Foto: Rafael Arbex/Estadão© Fornecido por Estadão

Já na nova configuração, as unidades do Senai e do Sebrae atuarão de forma coordenada, “identificando as metodologias que melhor se aplicam às empresas atendidas, com técnicas para promoção de manufatura enxuta e eficiência energética, adoção de melhores práticas de produtividade e digitalização da gestão do negócio”, explica o Mdic.

Além do vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, o lançamento da nova fase do programa contou com representantes da CNI, do Sebrae Nacional e da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação (Embrapii).

Reforma tributária

No evento, Alckmin também comentou que a reforma tributária não reduz a carga tributária do País para a indústria, mas ajudará o setor a partir da extinção de cumulatividade, resultando em desonerações para investimentos e exportações. “Isso vai resultar em aumento do PIB. Temos estudos mostrando aumento de 12% em 15 anos”, disse.

“Apesar de as exportações não pagarem imposto, você já pagou quando comprou o aço, o pneu, o vidro. Ficou com crédito acumulado. Então vamos decidir o que fazer com esse crédito, se abater pagamento de tributos, enfim”, disse.

Ainda sobre a reforma, Alckmin disse que o ideal seria o menor volume de exceções possível, por resultar em alíquota menor para o imposto unificado. “Porque quanto menor a alíquota do IVA, melhor. Mas, no mundo inteiro, onde tem IVA, temos exceções. O que não podemos é ter exceções demais”, afirmou.

GASOLINA PETROBRAS PODIUM AGORA É CARBONO NEUTRO

 

CNN – Vibra

Exclusiva dos Postos Petrobras, Gasolina Petrobras Podium agora é Carbono Neutro e tem compensação de suas emissões operacionais e de uso pelos consumidores por meio de créditos de carbono.

A preocupação com as causas ambientais já é uma realidade para empresas dos mais variados segmentos, que estão cada vez mais engajadas em estratégias voltadas a minimizar os impactos negativos causados ao planeta.

Entre elas se destaca a Vibra, líder no mercado brasileiro de distribuição de combustíveis e de lubrificantes, que busca entregar um portfólio de energias renováveis e compor soluções para uma economia de baixo carbono, capazes de atender a demanda da transição energética e ajudar na descarbonização de seus clientes.

Dentre as estratégias adotadas está o recente lançamento da gasolina Podium Carbono Neutro, vendida com exclusividade pelos  Postos Petrobras. Combustível de alta performance que tem todas as emissões de gases causadores do efeito estufa neutralizadas pela Petrobras, fornecedora da gasolina, por meio de créditos de carbono, desde a produção até o uso pelo consumidor final. A Vibra, maior distribuidora de combustível do país, é licenciada das marcas Petrobras e Petrobras Podium.

“Temos a responsabilidade, como a maior distribuidora de combustíveis do país, de dar o exemplo e apoiar nossos clientes em sua transição energética. Ter a gasolina Petrobras Podium carbono neutro em nossos postos é um passo importante nesta missão. Nosso time trabalha visando a evolução, buscando sempre embarcar tecnologia e inovação em nossos produtos. Vamos continuar expandindo a nossa presença e oferta da nova Podium em novas regiões e praças para que os clientes de todo o país tenham acesso a produtos com mais benefícios e atributos”, explica Vanessa Gordilho, vice-presidente de negócios e marketing da Vibra.

Compensação em todas as etapas

Segundo a Petrobras, que fornece para a Vibra com exclusividade o combustível, a neutralização, via aquisição e aposentadoria de créditos de carbono, tem o objetivo de compensar as emissões de GEE (Gases de Efeito Estufa). A companhia mensurou os GEEs emitidos em todo o ciclo de vida do produto pela metodologia de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) do “berço à roda”, que inclui as emissões de fontes controladas diretamente pela empresa e, também, as fontes indiretas de emissões no uso do produto.

Embora o combustível seja fóssil e, portanto, emita GEEs durante sua produção e uso, as emissões são compensadas antes da venda ao consumidor. O usuário final vai comprar uma gasolina neutra em carbono, abastecer, rodar com seu veículo, e as emissões geradas já terão sido compensadas. Dessa forma, a a compensação das emissões da nova Gasolina Petrobras Podium está garantida em toda a cadeia de produção de petróleo, refino, distribuição e consumo.

Inovação com a tecnologia Tecno 3

Desenvolvida no Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes) e vendida exclusivamente nos Postos Petrobras selecionados das principais cidades do país, Podium tem como diferenciais a altíssima octanagem RON 102 mínimo e o teor de enxofre abaixo de 20 ppm (partes por milhão). Trata-se da melhor octanagem de fábrica, obtida com as mais nobres correntes dos avançados processos de refino. Soma-se a isso a tecnologia de aditivação da Vibra, chamada Tecno 3, que garante limpeza e proteção do motor, além de economia com a menor necessidade de manutenção.

A gasolina Petrobras Podium é o combustível oficial da Stock Car desde 2015, principal competição automobilística do país, e da equipe Lubrax | Podium Stock Car Team, que tem como pilotos Felipe Massa e Júlio Campos. A Podium permite que motores de alto desempenho alcancem a potência máxima com que foram projetados, e seu menor teor de enxofre preserva sistemas de pós-tratamento responsáveis por reduzir as emissões do veículo.

Fora das pistas, ela é indicada para motos ou veículos a gasolina ou flex com motores com taxa de compressão acima de 10:1, embora qualquer motor possa usufruir de seus benefícios. Sua formulação garante ainda maior estabilidade à degradação, protegendo o tanque e o motor caso o veículo fique parado por um longo período.

Petrobras Grid: mais proteção e menos resíduos

Desde o ano passado a tecnologia de aditivação Tecno 3 também foi incorporada à gasolina Petrobras Grid e o resultado é a formação de 98% menos depósitos nas válvulas de admissão do que a gasolina comum, chegando a um nível de resíduos três vezes menor que a versão anterior da própria Grid.

Desenvolvida ao longo de 2021 e testada por mais de 700 horas em laboratórios e motores na Alemanha, Estados Unidos e Brasil, Tecno 3 conta com os mais avançados modificadores de fricção, detergentes e anticorrosivos, para um menor gasto com a manutenção do motor. Ou seja, sua fórmula reduz a formação de depósitos de resíduos e remove os já existentes.

Testes realizados no desenvolvimento da aditivação Tecno 3 demonstraram uma melhora de três vezes na proteção contra o desgaste e três vezes menos formação de depósitos que a tecnologia anterior, além da melhora na capacidade de limpeza (remoção de depósitos) de partes internas do motor, como por exemplo as válvulas, e a mais alta proteção contra corrosão. Todos estes fatores geram uma maior economia na manutenção do automóvel e uma maior eficiência em seu desempenho, além de maior rendimento.

O uso da nova tecnologia representa um passo à frente no mercado de gasolinas aditivadas, levando a uma mínima formação de depósitos e proporcionando uma operação mais eficiente dos motores. O desenvolvimento de Tecno 3 teve a preocupação de garantir o desempenho tanto nos novos motores de injeção direta como também nos motores mais tradicionais de injeção indireta, nos quais obteve excelentes resultados.

Por padrão, todos os testes começam com o motor limpo. No entanto, para atestar o poder de limpeza de Tecno 3, foi realizado também um teste adicional, com as válvulas já sujas. Após um ciclo de avaliações com gasolina comum e um outro com a Petrobras Grid, ficou demonstrada sua capacidade de remover 82% desses resíduos prévios.

Já no quesito proteção, a Petrobras Grid demonstrou alta performance na redução de desgaste e corrosão. O agente redutor de atrito diminuiu, e muito, o desgaste causado pela fricção, protegendo assim os componentes internos do motor (anéis de segmento, pistões e cilindros). Em laboratório, observou-se uma proteção contra o desgaste de 53% em relação à gasolina comum e três vezes mais proteção que a versão anterior da Grid.

A gasolina Grid também provou entregar o nível mais alto de proteção contra a ferrugem, como observou-se nos testes de corrosão realizados em laboratório. Esse mesmo nível de 100% de proteção foi confirmado nas condições mais severas, quando foi utilizada água salgada na verificação.

“Quando o Brasil vai em frente, ele vem de Vibra”

Com mais de 50 anos de mercado e líder no segmento de distribuição de combustíveis e de lubrificantes do Brasil, a Vibra proporciona a melhor alternativa energética e de mobilidade a seus clientes, alinhada às melhores práticas de ESG do setor.

No mercado automotivo, a companhia detém a licença de uso da marca Petrobras, formando uma rede com 8,3 mil postos de combustíveis, em todo o país. Licenciada das marcas Petrobras, Petrobras Podium e Petrobras Grid, a Vibra tem a maior rede de postos do país, a mais confiável e que oferece os melhores produtos e serviços do mercado. As franquias da Vibra Energia para o segmento são as lojas de conveniência BR Mania e os centros de lubrificação automotiva Lubrax+.

Por meio de sua estrutura logística a Vibra está presente em todas as regiões do país, através de um portfólio com mais de 18 mil grandes clientes corporativos dos mais variados segmentos como aviação, transporte, indústrias, mineração, produtos químicos e agronegócio.

Com a marca BR Aviation, a empresa possui cerca de 70% do mercado de aviação, abastecendo aeronaves em mais de 90 aeroportos brasileiros.

Em constante evolução, a companhia já investiu em torno de R$ 4 bilhões em transição energética, através de investimentos e/ou constituição de parcerias com a Comerc, Zeg, Evolua e EZVolt.

Graças a essas estratégias, a Vibra caminha para se tornar uma das principais empresas de energia do país, com papel relevante para que se alcance a tão necessária transição energética.

ALARMANTE FALTA DE BANHEIROS EM MAIS DE 4 MILHÕES DE RESIDÊNCIAS

 

CNN Brasil – Isabel Campos – Amanda Garcia da CNN

À CNN Rádio, a presidente-executiva do Instituto Trata Brasil, Luana Pretto, destacou as consequências negativas da falta de acesso

4,4 milhões de brasileiros não têm banheiro em casa, aponta levantamento do Trata Brasil4,4 milhões de brasileiros não têm banheiro em casa, aponta levantamento do Trata BrasilFoto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Um relatório do Instituto Trata Brasil aponta que 4,4 milhões de brasileiros não têm banheiro em casa.

O estudo procurou entender quantas pessoas tinham algum tipo de privação em relação ao saneamento básico, incluindo acesso à água e coleta de esgoto.

À CNN Rádio, a presidente-executiva do Instituto Trata Brasil, Luana Pretto, destacou que a maior parte da população que não tem banheiro na sua residência vive abaixo da linha da pobreza.

“Em sua maioria, são da região Nordeste, em especial Maranhão Bahia e Piauí, além do Norte, como Pará e Amazonas, têm até 20 anos de idade, ensino fundamental incompleto e renda familiar de até 2.400 reais mensais”, explicou.

Segundo a especialista, o acesso ao banheiro está diretamente relacionado à dignidade humana.

“Quando não se tem banheiro na residência existe uma série de doenças associada, como esquistossomose, leptospirose e diarreias”, disse.

Diante disso, as pessoas ficam “automaticamente mais doentes”, com menor produtividade no trabalho, além de afetar “o desenvolvimento educacional das crianças.”

“A diminuição da possibilidade de acesso ao Ensino Superior, por exemplo, impacta em um aumento da renda no futuro”, completou.

Luana Pretto também destacou que, apesar da maior parte dessas pessoas estar nas regiões Norte e Nordeste, o Brasil todo sofre com a situação.

Veja mais – Análise: As mudanças no Marco Legal do Saneamento

Análise: As mudanças no Marco Legal do Saneamento | WWAnálise: As mudanças no Marco Legal do Saneamento | WW

Ela acredita que o tema precisa ser prioridade das autoridades e da população como um todo, com a necessidade de criação de políticas habitacionais, de saneamento básico e de conscientização.

Luana lembra que em 2003 eram 5,5 milhões de brasileiros sem acesso a banheiros, ou seja, o número caiu.

“Mas a velocidade precisa ser maior, nesse ritmo, resolveremos somente em 40 anos, precisamos da priorização”, afirmou.

*Com produção de Isabel Campos

MAIS DE 4 MIL INCÊNDIOS NO MATOGROSSO

 

CNN Brasil Renato Pereira

Transpantaneira foi tomada por fumaça nesta quinta-feira (16); cerca de 100 homens trabalhavam para apagar as chamas no Pantanal mato-grossense

Bombeiros do Mato Grosso do Sul combatem incêndios no Pantanal                                                              Bombeiros do Mato Grosso do Sul combatem incêndios no PantanalCorpo de Bombeiros Militar do Mato Grosso do Sul/Divulgação

Durante os primeiros 15 dias de novembro, o Mato Grosso e o Mato Grosso do Sul registraram 3.860 focos de incêndio. Os estados que abrigam o bioma do Pantanal ocupam a 2ª e a 4ª posição das unidades federativas que mais registraram queimadas nos primeiros dias de novembro.

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Ao todo, foram 2.663 focos de incêndio no Mato Grosso e 1.197 incêndios no Mato Grosso do Sul.

Nesta quinta-feira (16), foram necessários cerca de 100 militares do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso para combater oito frentes de incêndios florestais no Pantanal mato-grossense.

Deste total, 60 militares atuam exclusivamente no combate aos incêndios na região do Parque Estadual Encontro das Águas e na Transpantaneira, em Porto Jofre. As ações contam com o apoio de três aviões para o despejo de água, helicóptero e 11 barcos para a infiltração de equipes, além de viaturas e caminhões-pipa.

Mato Grosso e Mato Grosso do Sul estão entre os estados em alerta para onda de calor, válidos até esta sexta-feira (17).

Estado de emergência

Os governos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul decretaram situação de emergência em razão de incêndios na região norte do Pantanal.

As medidas viabilizam a participação do governo federal em áreas estaduais por meio da Defesa Civil, além da transferência de recursos para as ações de combate aos incêndios florestais e municípios atingidos pelo desastre.

O decreto de Mato Grosso, publicado na terça-feira (14), tem vigência de 60 dias e é um reforço a outra medida que determinou a prorrogação do período proibitivo para queimadas no estado até 30 de novembro, para atender uma exigência do governo federal no pedido de apoio para combate aos incêndios.

No Mato Grosso do Sul, o decreto de emergência, também publicado na terça, terá vigência de 90 dias e vale para os municípios de Corumbá, Ladário, Miranda, Aquidauana e Porto Murtinho, cidades da região pantaneira mais afetadas pelos incêndios.

FLAVIO DINO ABANDONA O ESPÍRITO DA TOGA

 

Ministro da Justiça tem preferido embates à temperança; cargo já foi ocupado por Márcio Thomaz Bastos que atuou como bombeiro no primeiro governo Lula

Por Francisco Leali – Jornal Estadão

Ao assumir o cargo pela primeira vez em 2003, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava cercado por gente que o acompanhava há um bom tempo. No Planalto ou perto dele, o petista tinha próximo vozes experientes e que ele ouvia. Em momentos de crise, algumas deram a ele conselhos de temperança. Alguns Lula ouviu. Nesta terceira gestão, o entorno do presidente está mudado.

As crises que batem à porta do gabinete presidencial têm encontrado uma tropa mais interessada no belicismo, e em elevar a têmpera do chefe ao invés de contê-la, considerando que o importante é governar o País todo e não brigar com a outra metade.

Lula e o advogado Márcio Thomaz Bastos em solenidade na OAB em dezembro de 2002, antes de o petista tomar posse pela primeira vez na presidência da República
Lula e o advogado Márcio Thomaz Bastos em solenidade na OAB em dezembro de 2002, antes de o petista tomar posse pela primeira vez na presidência da República Foto: Ed Ferreira / Estadão

Lá no Lula 1, quando se aventou no Planalto expulsar do País um jornalista estrangeiro por texto considerado ofensivo, sabe-se que veio do Ministério da Justiça, mais precisamente do titular da Pasta, do advogado Márcio Thomaz Bastos, palavras na linha do “melhor não, presidente”. A crise passou e o jornalista não foi mandado para fora do território nacional.

Já na mais recente crise, a das visitas da dona de ONG ligada ao Comando Vermelho do Amazonas ao Ministério da Justiça, revelada pelo Estadão, o que se viu foi a direção do PT e ministros em peso fazendo coro na defesa da honra do ministro Flávio Dino. Não se escutaram vozes a alertar o presidente de que houve um problema ali na Pasta e que o ajuste precisa ser feito.

Dino segue convencido de que, mesmo não tendo se reunido com a senhora do CV, o encontro de seus subordinados com ela só veio a público porque é candidato a uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF). Em Brasília não é incomum acreditar-se em teorias de conspiração porque é terra em que ora se estendem tapetes, ora os puxam.

O caso das visitas é, entretanto, motivo de constrangimento para a gestão que atua contra o crime. Ainda que não houvesse dolo, a imagem abalada só se recompõe com demonstrações de correção que ainda não vieram.

O ministro tem indicado que amolda-se mais ao estilo de quem gosta do combate. Aliás, mostrou ter todas as armas para enfrentar um ou outro da oposição que rosnou em sua direção. Nesses embates transmitidos pelas TVs do Congresso, o ministro ou afugentou com tacape na mão quem ladrava contra si, ou zombou de quem deu sinais de carecer de habilidade para confrontá-lo. Os episódios se repetiram e Dino parece ter gostado do personagem que assumiu.

No mesmo espírito, recusou-se a entregar vídeos do prédio do ministério no 8 de janeiro. As imagens foram requisitadas por oposicionistas na CPMI dos ataques golpistas. Dino não entregou. Alegou sigilo. Apresentou argumentos de ex-juiz. Peitou a comissão quando Planalto, Congresso e o próprio STF já tinham entregue à mesma CPI todas as imagens de que dispunham. O ministro saiu do episódio como quem passou por um desgaste desnecessário.

Esta semana, ele volta à cena com mesmo ânimo. E vocaliza o discurso da perseguição, agora reverberado por todo o exército de tuiteiros dispostos a inflar discussão sobre tudo menos o erro de o ministério receber pessoa ligada ao crime.

Como um dos principais auxiliares de Lula, Dino alinha-se, assim, entre os que preferem ver o governo no front. Como ex-juiz, o hoje ministro talvez pudesse ressuscitar o espírito da toga que já usou e até pode voltar a vestir. Dos magistrados espera-se sempre que sobrepesem os elementos e sigam a medida mais equilibrada e justa ainda mais em tempos de depor armas.

QUESTÕES DO ENEM CONFIRMAM A ABORDAGEM PRECONCEITUOSA E ENVIESADA CONTRA O AGRONEGÓCIO

 

Especialistas veem viés ideológico; parlamentares chegaram a pedir a anulação das perguntas, mas medida foi descartada pelo Inep

Por Redação – Jornal Estadão

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou nesta terça-feira, 14, o gabarito oficial do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) com as respostas de todas as questões, incluindo as perguntas que abordaram o agronegócio e a competitividade econômica e que foram alvo de críticas do setor e de especialistas. Para economistas e educadores, as respostas consideradas certas, embora já fossem esperadas, confirmam a abordagem preconceituosa e enviesada contra dois pilares importantes para o desenvolvimento do País.

A questão sobre o agronegócio dizia que no Cerrado o “conhecimento local” está subordinado “à lógica do agronegócio” e que o “capital impõe conhecimentos biotecnológicos” que trazem consequências negativas para a população do campo. O trecho faz parte de um artigo publicado na Revista de Geografia da Universidade Estadual de Goiás. De acordo com os elementos descritos no texto, a respeito da territorialização da produção, o candidato tinha as seguintes opções para assinalar:

  • – cerco aos camponeses, inviabilizando a manutenção das condições para a vida.
  • – descaso aos latifundiários, impactando a plantação de alimentos para a exportação.
  • – desprezo ao assalariado, afetando o engajamento dos sindicatos para o trabalhador.
  • D – desrespeito aos governantes, comprometendo a criação de empregos para o lavrador.
  • E – assédio ao empresariado, dificultando o investimento de maquinários para a produção.

A resposta correta divulgada pelo Inep nesta terça-feira é A: “cerco aos camponeses, inviabilizando a manutenção das condições para a vida”, classificando, portanto, o agronegócio como algo ruim para a população local. Para os especialistas, tecnicamente a resposta assinalada deveria ser essa porque o aluno era obrigado a se ater ao que era trazido no texto e no enunciado, mas a abordagem, dizem, é preconceituosa.

“Fica explícito o preconceito com o agronegócio. É preciso observar que a pergunta se refere ao que está escrito no texto e não à opinião do aluno. Pode-se dizer que há preconceito? Sim, mas na seleção do texto, não na pergunta. A pergunta pede que o aluno identifique o que está escrito”, afirma a presidente do Instituto Singularidades e ex-diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

 Foto: Reprodução

Para o engenheiro agrônomo João José Demarchi, pesquisador da Secretaria de Estado da Agricultura de São Paulo, a resposta considerada certa define como negativas práticas que podem ser positivas em muitos contextos, como a mecanização. “A mecanização, de modo geral, facilita o trabalho humano. Posso ver um lado bom, desenvolvimentista, que agrega valor, que dá qualidade de vida. Posso também olhar para o lado de desagregação, de desumanização, de desalojamento de pessoas, como a questão nos leva a entender”, afirma o especialista. “Se os pequenos produtores são deslocados, na grande maioria, é por falta de política pública, por falta de associativismo e de agregação”.

O especialista afirma que falta profundidade e conhecimento na formulação das questões. “Quando eu leio uma questão com tantos subtópicos, isso já me assusta. Vejo como isso é tratado de forma rasa e equivocada. A gente não está aqui para esconder nenhum problema, a gente tem problemas, mas a forma como os assuntos são tratados é muito superficial. É lógico que as respostas vão ser rasas, as perguntas vão estar repletas de desconhecimento da nossa realidade”.

Em outra questão, relacionou-se a competitividade na economia à pratica de dumping ao fazer essa relação entre o texto e a resposta considerada correta. O texto selecionado é da autoria do geógrafo Milton Santos, premiado internacionalmente e morto em 2001, no livro Por uma outra globalização. Do pensamento único à consciência universal. A prática de dumping – quando se baixa o preço deliberadamente para eliminar a concorrência – é condenada pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

Entre as opções para assinalar como uma “prática econômica considerada moralmente condenável”, os estudantes tinham:

  • – Adoção do dumping comercial.
  • – Fusão da função administrativa.
  • – Criação de holding empresarial.
  • – Limitação do mercado monopolista.
  • – Modernização da produção industrial.
 Foto: Reprodução

A resposta correta divulgada pelo Inep é A: “adoção do dumping comercial”.

Especialistas condenaram a associação da competitividade a uma prática nociva como o dumping. “A competitividade é vista como algo bom na economia. Um país se tornar competitivo é investir na infraestrutura, na educação”, afirma Armando Castelar, professor e pesquisador associado do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV). Para ele, as duas questões têm textos “carregados e adjetivados”.

Em reação a essas perguntas, a Frente Parlamente do Agronegócio, que possui 347 congressistas, chegou a pedir a anulação de questões da prova.

A anulação foi descartada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC) responsável pelo exame. O presidente do Inep, Manual Palácios, disse que os itens foram elaborados por professores externos ao governo e selecionados em gestões passadas. Segundo o presidente do Inep, as questões que constam no Enem deste ano foram produzidas ainda na gestão Jair Bolsonaro (PL).

As questões do Enem são elaboradas por professores externos ao Ministério da Educação (MEC) e depois pré-testadas para verificar a escala de dificuldade, capacidade de diferenciar os níveis dos candidatos e probabilidade de acerto ao acaso. Um dos problemas recorrentes do Enem é a baixa quantidade de perguntas no banco de itens do exame, o que muitas vezes leva ao uso de questões que não passaram por essa calibragem.

QUEM TEM MEDO DA MUDANÇA DE CARREIRA? POR QUE O MEDO?

 

Carolina Nucci – StartSE

O dilema da prisão é inerente a qualquer mudança de carreira. Nesse artigo, abordo os desafios e anseios que envolvem esse dilema, assim como os caminhos para sair dele e contornar as fricções que envolvem toda mudança de carreira – e de vida.

Quem tem medo da mudança de carreira? Nos últimos 2 meses, conversei com mais de 20 pessoas brilhantes e bem-sucedidas no que fazem. Todas com um mesmo problema: o desejo e o medo de fazer uma transição de carreira.

Num primeiro momento, o nosso olhar julgador pensa: mas por que raios essa pessoa tá com medo? Olha esse currículo, essa bagagem, essa rede de contatos… Por que o medo?

Esse medo, que eu chamo de dilema da prisão, tem uma razão de ser e existir. E queria usar esse artigo não só para falar sobre os desafios e anseios que envolvem esse dilema, mas também trazer os caminhos para sair desse impasse e contornar as fricções que envolvem toda mudança de carreira – e de vida.

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DE ZERO A 10, DE QUANTA MUDANÇA ESTAMOS FALANDO?

Quando comecei a trabalhar, aos 16 anos, minha visão romântica era: vou conseguir um

trabalho pra provar pro meu pai que eu posso fazer o que eu quiser (que, no caso, era ser

jornalista), vou entrar em uma faculdade pública logo depois da escola, com 22 anos estou formada e trabalhando no que eu gosto, com 25 tô casada e até 30 tenho minha primeira filha.

Pois bem: como a carreira (e a vida) de muita gente, esse meu planejamento linear

impecável falhou miseravelmente.

Nos 22 anos de carreira que se seguiram, eu me aventurei em mudanças bruscas e improváveis que eu nunca imaginei que faria com aquela cabeça linear e ingênua de 16 anos:

Mudei do Jornalismo Automobilístico para Engenharia Química

Mudei de Engenharia para o Marketing

Mudei do Marketing para Vendas e, depois, voltei para o Marketing de novo

Mudei do Marketing B2C para o B2B

Mudei de Multinacional para Startup

Mudei de Produto para Serviço

Mudei de Sócia de uma empresa para Empreendera do zero

E sabe-se lá o que vem por aí

Apesar de todas essas mudanças, deu pra perceber uma diferença gradual entre cada uma delas.

A primeira mudança parece até elegante, audaciosa e inovadora. “Olha que corajosa

essa mulher que seguiu seus sonhos…”. Mas, com o tempo, percebi que a mudança troca o charme e o fôlego pelo medo e fica mais com cara de “olha lá, que mulher doida, vai

arriscar de novo, não consegue se decidir e nem acertar em um rumo na vida”.

Foi aí que eu me deparei com o dilema da prisão.

Pra mim, essa virada de chave aconteceu depois de 7 anos de uma carreira bem sucedida

em uma mesma multinacional, quando eu me tornei mãe.

Com a maternidade, eu não queria parar de trabalhar fora, eu amo trabalhar. Mas a minha definição de sucesso mudou por um motivo simples: o meu tempo agora valia muito mais.

Com a chegada da Olívia (agora com 6 anos), o tempo longe dela tinha que ser investido

em algo igualmente sensacional – o que, no meu caso, não estava sendo mais. De repente, meu motor de ambição precisava de uma boa dose de propósito, de saber que estou investindo de fato o tempo longe dela em algo valioso para nós duas. Essa redefinição de prioridades foi o motivo que me fez olhar pra fora.

Ah… Então é simples: eu só preciso largar meu trabalho atual e encontrar meu novo rumo.  É pra ser fácil, já mudei tantas vezes. Mas, pra minha surpresa, não foi. A esse impasse eu dei o nome de dilema da prisão:

Quando estamos perdidos num contexto ruim, parece que estamos em uma prisão. De repente, a prisão fica insuportável quando vemos o que há do lado de fora. A grama verde, o céu azul e pessoas livres deixam os problemas mais evidentes, a rotina mais difícil, a cela ainda menor e, de tão sufocante, tudo o que a gente quer é sair dali.

Mas é aí que vem o dilema da prisão. “Será que eu consigo sair? E se lá fora for pior?

Como eu vou sobreviver? Ah… Pensando bem… A prisão até que é boa, eu já

conheço meus companheiros de cela, eu já sei como tudo funciona, todo dia tem

almoço, janta, banho de sol – até prometeram me “promover” pra uma cela com vista

para o pátio… Vai saber o que vai acontecer comigo lá fora… Acho melhor eu ficar”.

No meu caso, o pensamento julgador era óbvio: “quem é a maluca que larga uma carreira sólida em multinacional com uma bebê no colo pra criar?”. Lembro até que um gerente, na época, me falou: “Carol, quando tudo der errado, pode me chamar que eu te contrato de novo”.

Mas também teve outro que me disse: “você ainda tá em tempo, eu mesmo não posso mais ter o luxo de me arriscar”.

Esse impasse misturado com julgamento vale para qualquer pessoa que está insatisfeita

com seu contexto atual, com o qual está acomodada, para mudar para algo que, apesar de poder ser melhor, pode também ser pior. Pode ser sua carreira atual, ma também pode ser um relacionamento, um projeto de longo prazo, uma casa em que você mora… E por aí vai.

Realmente… Não é fácil sair da prisão. Em qualquer um desses casos, o medo de mudar

se mistura com o receio de perder o que já se têm por duas causas-raízes:

1. O primeira delas é a INÉRCIA: indo para a definição padrão, a inércia é a tendência

natural de um objeto em resistir em seu estado natural – seja ele em repouso ou em

movimento. Partindo dessa lógica, quanto mais investidos estamos na carreira ou caminho que escolhemos, seja ele mais acelerado ou mais estável, mais difícil é alterar o rumo e a velocidade para outra direção. Dá preguiça de investir tempo para mudar o comportamento, buscar e aprender coisas novas… Mas tem jeito de contornar essa preguiça.

2. A segunda é o RISCO: Quanto mais o tempo passa e a inércia aumenta, maior é o risco de mudar. E esse é um risco composto entre vida pessoal (ou seja, será que consigo

manter minhas contas, meus compromissos e estilo de vida fazendo essa mudança?) e

profissional (depois de investir tanto tempo na empresa e nessa carreira, não parece meio burro largar tudo pra trás? E se eu não for bem no meu novo caminho?). O risco é inerente a qualquer mudança… Mas também tem como mitigar.

ENTÃO COMO CONTORNAR O DILEMA DA PRISÃO?

Trazendo de novo a minha história como exemplo aqui, passaram-se 10 MESES entre eu

pensar em sair e eu fazer de fato a transição da carreira de multinacional para startup. A

partir dessa mudança, consegui costurar os aprendizados para usá-los em outras

mudanças da vida, sejam elas profissionais ou pessoais.

É como eu sempre digo: trabalhar dá trabalho – temos que nos mexer se queremos que

algo mude. E, entre as mexidas que eu aprendi a fazer, eu destaco 5 que foram

fundamentais, para essa e pra outras mudanças minhas e das pessoas que pude ajudar no processo:

1. ANTES DE BUSCAR AS RESPOSTAS, DEFINA AS PERGUNTAS

Nesses momentos de insatisfação, é instintivo querer começar buscando por caminhos de solução. O problema desse ímpeto pela resposta certa o mais rápido possível é que não nos atentamos para as perguntas que queremos responder antes de dar um novo passo – e aí corremos o risco de errar de novo mesmo que seja em um caminho diferente. É o que acontece quando pulamos de uma empresa para a outra e saímos sempre por motivos similares.

O tempo de parar e refletir é um impulsionador mais assertivo para reunir a coragem de mudar. Para mim, o que funcionou foi desenhar o meu próprio “Golden Circle” : qual é o meu porquê (o que me motiva e me move); como eu quero trabalhar esse porquê (meus princípios, meus valores, o que é importante pra mim) e; o que eu quero de faço fazer a partir disso (atividades que me interessam, assuntos com os quais quero trabalhar, formatos de trabalho, etc). Com isso em mãos, é mais fácil levantar hipóteses mais alinhadas e as dúvidas que você precisa investigar para identificar o melhor caminho.

2. NETWORKING BOM É NETWORKING DIRECIONADO

O que me dá mais vergonha de fazer networking (e os piores resultados também) é quando faço uma conexão de forma randômica e sem saber o que eu busco com essa conexão. No contexto de uma mudança de carreira, é ainda mais importante trazer esse direcionamento para responder às perguntas conectam seu Golden Circle e as hipóteses de solução que você quer investigar.

No meu caso, minha hipótese era sobre mudar para o ambiente de startups. Para isso, conversei na época com mais de 30 pessoas que fizeram uma transição similar, ou sempre trabalharam nesse ambiente ou pessoas que são influentes e que podem me abrir portas para esse novo caminho. Em nenhuma dessas conversas eu fui pedir emprego. Eu fui pra aprender, pra ouvir e para me aproximar desse rumo (pra ver se eu queria mesmo). Mesmo assim, foram essas conversas que me geraram 5 oportunidades de emprego para eu avaliar e, melhor ainda, conexões que são próximas até hoje, tanto para eu pedir ajuda, como para eu ajudar também.

3. ESTUDAR, SIM, MAS PRATICAR É AINDA MELHOR

Via de regra, toda mudança de carreira envolve uma dose de estudo. Pode ser sobre uma área nova, uma empresa nova, uma função nova. O investimento em aprender sempre é válido para diminuir a insegurança e se preparar melhor para o novo rumo. E quando eu falo de estudo, não tô falando de um MBA pesado: pode ser uma busca por podcasts, palestras, artigos, eventos, cursos curtos.

Se couber na sua rotina e te ajudar nessa preparação e tomada de decisão, tá valendo! No entanto, a depender da mudança desejada, nada te impede de não só estudar, mas

também testar as águas: pode ser um projeto paralelo, participar como pessoa voluntária

em um projeto da área nova, testar algumas novas habilidades na sua função atual e por aí vai. A prática vai acelerar muito o estudo teórico, além de te dar aquela motivação pra

mudar mais rápido e contornar a inércia.

4. CONVERTER AS “COISAS DE FAZER” EM “COISAS DE GOSTAR”

Via de regra, é extremamente raro conseguir e ter a condições financeiras de fazer uma mudança de carreira do dia pra noite. Leva tempo, trabalho e intenção para encontrar a oportunidade que estamos buscando. Isso não significa, no entanto, que temos que ficar parados e frustrados na prisão fazendo as coisas por obrigação e esperando a hora de sair chegar. Enquanto a oportunidade não chega, uma forma de aproveitar o tempo é testando novas coisas no seu trabalho atual.

Pode ser um projeto diferente, buscar uma mudança de área dentro da empresa atual antes de sair (o que geralmente aumenta as chances de conseguir uma vaga nessa nova área depois), aplicar aprendizados dos estudos no seu dia-a-dia e por aí vai. É uma forma de investir o tempo que precisa ainda ser dedicado em coisas que não queremos, mas precisamos fazer (“coisas de fazer”) em coisas que queremos para o nosso futuro (“coisas de gostar”).

5. RESSIGNIFIQUE SEU PASSADO COMO REPERTÓRIO

Na hora que a gente decide que quer mudar o rumo da carreira, a falta de experiência na área futura faz com que a gente se sinta despreparado ou até inferior para encarar um novo desafio. Esse pensamento não faz tanto sentido por dois motivos.

O primeiro é que, em qualquer experiência profissional, é possível destacar soft skills que desenvolvemos e que são transversais em qualquer profissão. Eu usei muito a minha facilidade com mudanças pra demonstrar minha multidisciplinaridade e que me adapto a qualquer contexto, assim como enfatizo a minha experiência em dezenas de mercados como repertório criativo pra resolução de problemas de diversas naturezas.

O segundo motivo é que, muito embora experiência seja sim importante, a habilidade de

aprender rápido é tão crucial quanto, já que todas as áreas de atuação estão em ritmo

acelerado de evolução.

Pessoalmente, eu gosto muito de investir em pessoas que têm esse potencial, até mais do que em pessoas que às vezes têm a experiência, mas não têm a mesma adaptabilidade ou vontade de fazer diferente. Dessa forma, um esforço bem feito nos estudos somado a histórias e evidências que comprovam essa habilidade de aprender rápido sempre jogam a nosso favor.

Depois de tantas mudanças, eu ainda tenho o mesmo frio na barriga inerente ao dilema da prisão. Afinal, qualquer pessoa que esteja insatisfeita com uma carreira de sucesso (onde quer que seja) e que sustenta sua vida pessoal tem medo de mudar e perder as “benesses da prisão”.

Um dia antes de pedir demissão da multinacional em que trabalhava, liguei para uma das

pessoas que me ajudou a encontrar uma nova oportunidade e disse: “Mas e se der

errado?”. Aos risos, essa pessoa me falou, com toda a calma do mundo, o óbvio: “uai… Se

der errado, você começa de novo”. Se der errado… Comece outra vez.

ESCALANDO NEGÓCIOS DA VALEON

1 – Qual é o seu mercado? Qual é o tamanho dele?

O nosso mercado será atingir os 766 mil habitantes do Vale do Aço e poder divulgar os produtos / serviços para vocês clientes, lojistas, prestadores de serviços e profissionais autônomos e obter dos consumidores e usuários a sua audiência.

A ValeOn atenderá a todos os nichos de mercado da região e especialmente aos pequenos e microempresários da região que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona. Pretendemos cadastrar todas as empresas locais com CNPJ ou não e coloca-las na internet.

2 – Qual problema a sua empresa está tentando resolver? O mercado já expressou a necessidade dessa solução?

A nossa Plataforma de Compras e Vendas que ora disponibilizamos para utilização das Empresas, Prestadores de Serviços e Profissionais Autônomos e para a audiência é um produto inovador sem concorrentes na região e foi projetada para atender às necessidades locais e oferecemos condições de adesão muito mais em conta que qualquer outro meio de comunicação.

Viemos para suprir as demandas da região no que tange a divulgação de produtos/serviços cuja finalidade é a prestação de serviços diferenciados para a conquista cada vez maior de mais clientes e públicos.

O nosso diferencial está focado nas empresas da região ao resolvermos a dor da falta de comunicação entre as empresas e seus clientes. Essa dor é resolvida através de uma tecnologia eficiente que permite que cada empresa / serviços tenha o seu próprio site e possa expor os seus produtos e promoções para os seus clientes / usuários ao utilizar a plataforma da ValeOn.

3 – Quais métodos você usará para o crescimento? O seu mercado está propício para esse tipo de crescimento?

Estratégias para o crescimento da nossa empresa

  1. Investimento na satisfação do cliente. Fidelizar é mais barato do que atrair novos clientes.
  2. Equilíbrio financeiro e rentabilidade. Capital de giro, controle de fluxo de caixa e análises de rentabilidade são termos que devem fazer parte da rotina de uma empresa que tenha o objetivo de crescer.
  3. Desenvolvimento de um planejamento estratégico. Planejar-se estrategicamente é como definir com antecedência um roteiro de viagem ao destino final.
  4. Investimento em marketing. Sem marketing, nem gigantes como a Coca-Cola sobreviveriam em um mercado feroz e competitivo ao extremo.
  5. Recrutamento e gestão de pessoas. Pessoas são sempre o maior patrimônio de uma empresa.

O mercado é um ambiente altamente volátil e competitivo. Para conquistar o sucesso, os gestores precisam estar conectados às demandas de consumo e preparados para respondê-las com eficiência.

Para isso, é essencial que os líderes procurem conhecer (e entender) as preferências do cliente e as tendências em vigor. Em um cenário em que tudo muda o tempo todo, ignorar as movimentações externas é um equívoco geralmente fatal.

Planeje-se, portanto, para reservar um tempo dedicado ao estudo do consumidor e (por que não?) da concorrência. Ao observar as melhores práticas e conhecer quais têm sido os retornos, assim podemos identificar oportunidades para melhorar nossa operação e, assim, desenvolver a bossa empresa.

4 – Quem são seus principais concorrentes e há quanto tempo eles estão no mercado? Quão grandes eles são comparados à sua empresa? Descreva suas marcas.

Nossos concorrentes indiretos costumam ser sites da área, sites de diretório e sites de mídia social. Nós não estamos apenas competindo com outras marcas – estamos competindo com todos os sites que desejam nos desconectar do nosso potencial comprador.

Nosso concorrente maior ainda é a comunicação offline que é formada por meios de comunicação de massa como rádios, propagandas de TV, revistas, outdoors, panfletos e outras mídias impressas e estão no mercado há muito tempo, bem antes da nossa Startup Valeon.

5 – Sua empresa está bem estabelecida? Quais práticas e procedimentos são considerados parte da identidade do setor?

A nossa empresa Startup Valeon é bem estabelecida e concentramos em objetivos financeiros e comerciais de curto prazo, desconsideramos a concorrência recém chegada no mercado até que deixem de ser calouros, e ignoramos as pequenas tendências de mercado até que representem mudanças catastróficas.

“Empresas bem estabelecidas igual à Startp Valeon devemos começar a pensar como disruptores”, diz Paul Earle, professor leitor adjunto de inovação e empreendedorismo na Kellogg School. “Não é uma escolha. Toda a nossa existência está em risco”.

6 – Se você quiser superar seus concorrentes, será necessário escalar o seu negócio?

A escalabilidade é um conceito administrativo usado para identificar as oportunidades de que um negócio aumente o faturamento, sem que precise alavancar seus custos operacionais em igual medida. Ou seja: a arte de fazer mais, com menos!

Então, podemos resumir que um empreendimento escalável é aquele que consegue aumentar sua produtividade, alcance e receita sem aumentar os gastos. Na maioria dos casos, a escalabilidade é atingida por conta de boas redes de relacionamento e decisões gerenciais bem acertadas.

Além disso, vale lembrar que um negócio escalável também passa por uma fase de otimização, que é o conceito focado em enxugar o funcionamento de uma empresa, examinando gastos, cortando desperdícios e eliminando a ociosidade.

Sendo assim, a otimização acaba sendo uma etapa inevitável até a conquista da escalabilidade. Afinal de contas, é disso que se trata esse conceito: atingir o máximo de eficiência, aumentando clientes, vendas, projetos e afins, sem expandir os gastos da operação de maneira expressiva.

Pretendemos escalar o nosso negócio que é o site marketplace da Startup Valeon da seguinte forma:

  • objetivo final em alguma métrica clara, como crescimento percentual em vendas, projetos, clientes e afins;
  • etapas e práticas que serão tomadas ao longo do ano para alcançar a meta;
  • decisões acertadas na contratação de novos colaboradores;
  • gerenciamento de recursos focado em otimização.

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

AS QUESTÕES DO ENEM NÃO TÊM NADA HAVER COM A REALIDADE DO ENSIMO MÉDIO NAS ESCOLAS PÚBLICAS

 

História por Vinícius De Andrade  • DW Brasil

Exame Nacional do Ensino Médio,Enem

Muitos estudantes relatam ansiedade e frustração com o exame. Nada surpreendente, pois, na maioria das escolas, ouvem falar muito sobre ele apenas no último ano do ensino médio.

Muitos estudantes da rede pública sentem que não estão tão preparados para o exame quanto seus colegas dos colégios particulares

Muitos estudantes da rede pública sentem que não estão tão preparados para o exame quanto seus colegas dos colégios particulares

© Leandro Ferreira/Fotoarena/imago images

“Angústia, ansiedade, insuficiência, desespero e tristeza”: é assim que Maria Veloso, jovem da rede pública mineira, descreveu seus sentimentos em relação ao Enem deste ano.

Falei com 83 jovens da rede pública oriundos de 21 estados que fizeram o exame nos dois primeiros domingos de novembro. O objetivo desta coluna é, em algum nível, ser uma porta-voz das perspectivas e sentimentos deles em relação ao exame em questão, que é também o maior vestibular do Brasil.

Brendha, jovem maranhense, compartilha dos sentimentos da colega mineira. A jovem do Maranhão diz: “Me senti muito mal. Não fui bem como esperava, e isso tem me massacrado, pois penso que a minha vida depende disso, o meu futuro e o que vou viver ano que vem também. Vivi o ano para esse dia, e não ter conseguido ir bem me faz sentir pequena e que pra mim nunca vai dar certo, o que eu sei que é mentira, porque vai, sim”.

Elas não estão só. A maioria citou as mesmas sensações. Do total de estudantes com quem conversei, 78% relataram terem sentido ansiedade antes, durante ou após o exame. Sei que não é algo totalmente incomum sentir ansiedade em relação à uma prova. No entanto, no contexto Enem versus jovens da rede pública, esse sentimento se origina de questões que precisam de atenção e exposição.

Para começar, vale expor um outro dado: 66% dos jovens com quem conversei acreditam que o desempenho no exame não correspondeu às próprias expectativas.

Flávia, outra jovem maranhense, tem algo a dizer acerca da percepção em relação ao nível de dificuldade: “Acho que a dificuldade depende muito de se você é de escola pública ou privada, porque eu, como aluna da pública, nunca vi a maioria dos assuntos, mas tenho muitos amigos de particulares que se saíram muito melhor do que eu”.

Outros tiveram a mesma percepção. No geral, sentem que não estão tão preparados para o exame quanto seus colegas que estudam ou estudaram num colégio particular. É como se a maioria dos assuntos nunca tivesse sido visto por eles ou trabalhados na sala de aula.

Essa questão, da discrepância entre as duas redes, é um pouco complicada e costuma ser refutada por duas linhas.

A primeira é aquele bem simplista e superficial que se pauta na meritocracia e que diz que basta querer e se esforçar. Ela, muitas vezes, chama os jovens que ousam expor suas percepções e frustrações de “vitimistas”.

Já a segunda se pauta em garantir por A + B que o Enem é totalmente pautado na BNCC e que, portanto, os jovens da rede pública são muito bem treinados e capacitados para o exame. Dessa forma, simplesmente não há discrepância entre as redes.

As duas desconsideram muitas questões. A primeira, que as pessoas simplesmente não partem do mesmo ponto de partida, e, sim, isso muda tudo. Já a segunda parece ser defendida por pessoas que não conhecem a realidade das escolas. Por “n” razões (não cabe citar todas aqui nesta coluna), os conteúdos estarem na grade está bem longe de ser sinônimo de que foram trabalhados ao longo do ano.

Eu acredito que precisamos ouvir os estudantes. Não podemos subestimá-los e nem as suas opiniões. Dos com quem conversei, 90% sentem que o Enem simplesmente não foi pensado para eles. É um dado alarmante e que merece atenção. Por que sentem isso?

“No que tange aos conteúdos e ao estilo de prova prestado, nenhum desses dois fatores se aproxima da realidade apresentada na rede pública de ensino. Generalizando, a incidência de treinamento para provas de longa duração, como o Enem, não ocorre. Tampouco o ensino acerca dos conteúdos de forma mais aprofundada”, diz Sael, estudante de São Paulo.

Ele continua: “Queria dizer que o Enem e todos os vestibulares em geral são segregação. Vestibular é um castelo medieval, tem muros enormes e só os nobres passam com facilidade para o outro lado. Provas como essa não deveriam existir, muito menos sob a tutela de um Estado que não tem como prioridade a equidade da educação no país”.

Entendo sua indignação. Tenho uma tia que tem uma boa condição financeira. Há cerca de um mês eu estive na casa dela e vi o filho estudando. Ele está no 7° ou 8° ano do ensino fundamental e estuda num dos melhores colégios privados na cidade. Fiquei chocado com o material didático a que ele tem acesso: repleto de questões de vestibulares de todo o Brasil. São questões do Enem, Fuvest, Unesp, Uerj etc. Ele ainda está no fundamental e terá mais, pelo menos, 4 ou 5 anos de vida escolar na educação básica.

Ela passará todos esses anos treinando, de diversas formas e em diversos ambientes, questões de vestibulares e se familiarizando com esses exames.

No extremo oposto, sejamos honestos: quais alunos da rede pública têm essa mesma oportunidade? Quais colégios públicos trabalham esse tipo de conteúdo desde o ensino fundamental? A realidade da maioria das escolas é a seguinte: o estudante ouve falar muito sobre o Enem apenas no último ano do ensino médio. Sofre até uma certa pressão, interna e externa, para ir bem, mas encontra-se totalmente perdido, sem informações, sem treinamento e sem familiaridade. Isso é cruel.

Pautando-se na lógica de ampliar as vozes dos alunos, quero terminar esta coluna, assim como comecei, com a fala de um deles, o Yan, outro jovem maranhense.

“O Enem não é um exame que avalia o ensino médio nas escolas públicas. Se fosse, não precisaríamos assinar cursos ou plataformas digitais para tentar tornarmos apto a realizar essa prova.”

Vozes da Educação é uma coluna quinzenal escrita por jovens do Salvaguarda, programa social de voluntários que auxiliam alunos da rede pública do Brasil a entrar na universidade. Revezam-se na autoria dos textos o fundador do programa, Vinícius De Andrade, e alunos auxiliados pelo Salvaguarda em todos os estados da federação. Siga o perfil do Salvaguarda no Instagram em @salvaguarda1

Este texto foi escrito por Vinícius De Andrade e reflete a opinião do autor, não necessariamente a da DW.

Autor: Vinícius De Andrade